Práticas Não Escolares
� Intencional e objetiva a formação de
sujeitos.
�Acontece em espaços não escolares,
porém educativos (Gohn,2006).
Educação Especial“modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na
rede regular de ensino, para educandos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação”. (Art. 58 da LDB nº 9394/96).
“Por educação especial, modalidade da educação escolar,
entende-se um processo educacional definido por uma proposta
pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais
especiais, organizados institucionalmente para apoiar,
complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os
serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação
escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos
educandos que apresentam necessidades educacionais especiais,
em todas as etapas e modalidades da educação básica”. (Art. 3º
da Resol. CNE/CEB nº 02, de 11/09/2001.
• Oficializada pelo governo 2 instituições para cegos e surdos.1850
• Criado o Instituto dos Meninos Cegos do Rio de Janeiro (Instituto Benjamin Constant).1854
• Organização da primeira equipe multidisciplinar para atendimento à crianças deficientes (médicos, pedagogos e psicólogos).1929
BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL
• Início do processo de organizações filantrópicas para atendimento assistencialista aos deficientes.
• Início das reflexões acerca da transição da concepção médica para concepção de deficiência centrada na pessoa.
1930
• Fundação da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE.1954
• Criação da Campanha Nacional de Educação e Reabilitação de Deficientes Mentais - CADEME
• Lei n° 4024/61: a educação dos "excepcionais" deve se enquadrar na educação geral, no que for possível.
Década de 1960
• Atenção do governo à Educação Especial.
• Lei n° 5692/71 - Integração do deficiente na rede regular de ensino através das classes especiais.
Década de 1970
• Criação do Centro Nacional de Educação Especial -CENESP: órgão governamental com objetivo de organizar as instituições e o ensino para os deficientes. (atual SECADI - Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão).
1973
• Perspectiva social da Educação Especial: marginalização, assistência e educação/reabilitação.
• início da superação da visão assistencialista para uma visão de educação e reabilitação.
Década de 1980
• Constituição Federal: atendimento aos deficientes preferencialmente na rede regular de ensino.
1988
•Debates sobre a inclusão no Brasil;
•1990 - Declaração Mundial sobre Educação para Todos ;
•1994 - Declaração de Salamanca.
•Esses documentos influenciaram diretamente na formulação de politicas públicas em Educação Especial.
•Lei n° 9394/96: matrícula na rede regular de ensino e atendimento educacional especializado -AEE.
•Discussões sobre o melhor ensino às PNEE: ensino regular x educação especial.
Década de
1990
Resoluções e Decretos
• Resolução CNE/CEB nº 02/2001 – Diretrizes
Nacionais para a Educação Especial na
Educação Básica.
•Decreto Federal nº 7.611/2011 – Dispõe sobre
a educação especial, o atendimento
educacional especializado e outras
providências.
Atendimento Educacional Especializado:
“(...)Conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e
pedagógicos organizados institucional e continuamente,
prestados das seguintes formas:
I – Complementar à formação dos estudantes com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento (...) ; ou
II – suplementar à formação de estudantes com altas habilidades
ou superdotação”. (Art. 2º do Decreto Federal nº 7.611, de
17/11/2011).
Práticas não escolares na Educação Especial: Atendimento Educacional Especializado - AEE
“(...) I - prover condições de acesso, participação e aprendizagem noensino regular e garantir serviços de apoio especializados de acordocom as necessidades individuais dos estudantes;
II - garantir a transversalidade das ações da educação especial no ensinoregular;
III - fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicosque eliminem as barreiras no processo de ensino e aprendizagem; e
IV - assegurar condições para a continuidade de estudos nos demaisníveis, etapas e modalidades de ensino”. (Art. 3º do Decreto Federal
nº 7.611, de 17/11/2001).
•Objetivos do AEE
Salas de Recursos/Salas de Recursos Multifuncionais
Apoiar a organização e a oferta do Atendimento
Educacional Especializado – AEE, prestado de forma
complementar ou suplementar aos estudantes com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento,
altas habilidades/superdotação matriculados em classes
comuns do ensino regular, assegurando-lhes condições
de acesso, participação e aprendizagem.
Atendimento Educacional Especializado - AEE
Cursos de qualificação profissional/Oficinas
Objetiva a inserção dos alunos no mercado de
trabalho, através da qualificação profissional e
certificação de competências.
Educação Profissional
Atendimento educacional especializado a alunos
impossibilitados de frequentar as aulas em razão de
tratamento de saúde que implique internação
hospitalar, atendimento ambulatorial ou
permanência prolongada em domicílio.
Escolas Hospitalares
As classes hospitalares e o atendimento em
ambiente domiciliar devem dar continuidade ao
processo de desenvolvimento e ao processo de
aprendizagem de alunos matriculados em escolas da
Educação Básica, contribuindo para seu retorno e
reintegração ao grupo escolar, e desenvolver
currículo flexibilizado com crianças, jovens e adultos
não matriculados no sistema educacional local,
facilitando seu posterior acesso à escola regular.
Escolas Hospitalares (cont.)
Atividades de Vida Diária-AVD
• conjunto de atividades que visam o desenvolvimento pessoal e
social nos múltiplos afazeres do cotidiano, tendo em vista a
independência, a autonomia e a convivência social do educando
com deficiência visual. (SEESP/MEC, 2006)
ObjetivoProporciona oportunidades educativas funcionais que habilitem
o aluno com deficiência visual a desenvolver, de forma
independente, seu auto-cuidado e demais tarefas no ambiente
doméstico, promovendo seu bem-estar social, na escola e na
comunidade.
Orientação e Mobilidade
� Orientação – Habilidade do indivíduo para perceber o ambiente que o
cerca, estabelecendo as relações corporais, espaciais e temporais com
esse ambiente, através dos sentidos remanescentes. A orientação do
deficiente visual é alcançada pela utilização da audição, do tato, da
consciência cinestésica, do olfato e da visão residual, nos casos de
pessoas com baixa visão. (SEESP/MEC, 2006)
� Mobilidade – Capacidade do indivíduo de se mover, reagindo a estímulos
internos ou externos, em equilíbrio estático ou dinâmico. A mobilidade do
deficiente visual é alcançada por meio de um processo de ensino e
aprendizagem, bem como de um método sistematizado que envolve a
utilização de recursos mecânicos, ópticos, eletrônicos, animal (cão-guia),
em vivências contextualizadas, favorecendo o desenvolvimento das
habilidades e de capacidades perceptivomotoras do indivíduo.
(SEESP/MEC, 2006)
“O processo conjunto de Orientação e Mobilidade
(OM) permite que o educando, cego ou de baixa
visão, adquira a capacidade de se locomover e de se
orientar nos diversos espaços, tais
como: escola, lar, comunidade, trânsito, etc. Ao
dominar esses espaços e sentir-se inserido neles,
com independência e naturalidade, o educando
adquire maior confiança em si e maior domínio
pessoal, condições favoráveis a sua integração
social.” (SEESP/MEC, 2006)
OBJETIVO
Proporciona à pessoa cega ou com baixa visão
independência, autonomia na locomoção, e
autoconfiança, como elementos favorecedores de
sua integração social.
O Sistema BrailleO Sistema Braille é um código universal de
leitura tátil e de escrita, usado por pessoas
cegas, inventado na França por Louis Braille,
um jovem cego, em 1825.
Consta do arranjo de seis pontos em relevo,
dispostos em duas colunas de três pontos,
configurando um retângulo de seis milímetros
de altura por dois milímetros de largura.
Conforme combinados os pontos entre si, formar-se-ão as letras.
Educação BilingueEducação dos surdos realizada através da
Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, e a Língua
Portuguesa, admitindo a LIBRAS como língua
materna.
A Língua de Sinais é uma língua com estrutura
gramatical própria.
Atribui-se às Línguas de Sinais o status de
língua porque elas também são compostas
pelos níveis lingüísticos: o fonológico, o
morfológico, o sintático e o semântico.
O que é denominado de palavra nas línguas
oral-auditivas são denominados sinais nas
línguas de sinais.
O que diferencia as Línguas de Sinais das
demais línguas é a sua modalidade visual-
espacial.
� CAP - Centro de Apoio para Atendimento às Pessoascom Deficiência Visual: formação de professores para
AEE e produção de material didático.
� CAS - Centro de Capacitação de Profissionais daEducação e de Atendimento às Pessoas com Surdez:formação de professores para AEE e produção de
material didático.
� NAAH/S - Núcleos de Atividades de AltasHabilidades/Superdotação: formação de professores
para AEE.
Programa Escola Acessível:
Promover condições de acessibilidade ao
ambiente físico, aos recursos didáticos e
pedagógicos (tecnologia assistiva) e à
comunicação e informação nas escolas públicas
de ensino regular.
Acessibilidade
BRASIL. Lei nº 4024, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 27 de setembro de 1961.
BRASIL. Lei nº 5692, de 11 de agosto de 1971. Fixa Diretrizes e Bases para o Ensino de 1° e 2° graus, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 18
de agosto de 1971.
BRASIL, Ministério da Educação/Secretaria de Educação Especial/UNESCO. Subsídios para Organização e Funcionamento de Serviços de Educação Especial. Vol. 9
– Brasília: MEC/SEESP, 1995.
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 de dezembro de
1996.
BRASIL. Resolução nº 02, de 11 de setembro de 2001. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Diário Oficial da União, Brasília, 14 de
setembro de 2001.
BRASIL. Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011. Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências..
Diário Oficial da União, Brasília, 18 de novembro de 2011.
BRASIL, Secretaria de Educação Especial e Ministério da Educação. Saberes e práticas da inclusão: desenvolvendo competências para o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos surdos. [2. ed.]. Brasília : MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006a.
BRASIL, Secretaria de Educação Especial e Ministério da Educação. Saberes e práticas da inclusão : desenvolvendo competências para o atendimento às
necessidades educacionais especiais de alunos cegos e de alunos com baixa visão. [2. ed.]. Brasília : MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006.
Educação Inclusiva - Maurício de Sousa & Turma da Mônica – Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=nisvNAzYjzU. Acesso em 22 nov. 2013.
FONSECA, E.S. Por um atendimento escolar no ambiente hospitalar. São Paulo: Memnon Edições Científicas. 2002.
GOHN, M. D. G. Educação não-formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v. 14, n.50, p
27-38, jan/mar. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v14n50/30405.pdf. Acesso em 20 nov. 2013.
GUENTHER, Zenita Cunha. Desenvolver capacidades e talentos: um conceito de inclusão. Petrópolis, RJ, Vozes, 2000.
Referências Bibliográficas
“A educação inclusiva só começa com uma
radical reforma da escola, com a mudança do
sistema existente e repensando-se
inteiramente o currículo, para se alcançar as
necessidades de todas as crianças”
Dulce Barros de Almeida
Educadora brasileira, pesquisadora e professora universitária com
destaque na área de educação inclusiva no Brasil, e pioneira desse
movimento no Estado de Goiás.
Web Art: LEÃO, W.J.Dez.2013