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Page 1: Eletrosul Agora nº 129 - Maio

Maio 2014 | Ano XX | Nº129 Um jornal para novos tempos

Págs. 6 e 7

Pág. 3

Desafio das obras deinfraestrutura

ENGENHARIA

Pág. 11

Cresce mercado de renováveis

SUSTENTABILIDADE

Pág. 8

INCLUSÃO

RS terá cinco novos telecentros

Pág. 9

Teatro ocupa ruas de Porto Alegre

CULTURA

Págs. 6 e 7

Complexo Eólico Campos Neutrais

Investimentos somam R$ 3,5 bilhões

Page 2: Eletrosul Agora nº 129 - Maio

Crescer investindoCom investimentos de R$ 3,5 bilhões, a Eletrosul, em conjunto com empresas parceiras, está erguendo no Rio Grande do Sul o maior complexo eólico da Amé-rica Latina e construindo o sistema de transmissão que irá escoar essa energia para abastecer cerca de 3,3 milhões de habitantes. São obras grandiosas que envolvem muitos desafios para a enge-

nharia e números que impressionam. A presente edição destaca, na matéria principal, os empreendimentos no ex-tremo Sul, que colocam a empresa na liderança dos investimentos eólicos e mostra também um pouco das dificul-dades das obras de infraestrutura ener-gética, que são superadas com capacida-de técnica e criatividade. Boa leitura!

EXPEDIENTE

Diretoria ExecutivaDiretor-Presidente

Eurides Luiz Mescolotto

Diretor de Engenharia e Operação

Ronaldo dos Santos Custódio

Diretor Financeiro

Antonio Waldir Vittori

Diretor Administrativo

Paulo Afonso Evangelista Vieira

Conselho Editorial

Cleiton Luis Rezende CabralLaércio FariaLuiz Ricardo MachadoRonaldo Bauer LessaRubem Abrahão Gonçalves Filho

Gerente ACS

Sandra da Silva [email protected]

Coordenação

Jonatas [email protected]

Edição

Andréa [email protected]

Jonatas [email protected]

Textos

Anahi GurgelAndréa LombardoCleusa FreseGilberto Del Pozzo

Edição de Fotografia

Hermínio Nunes

Fotos

Anselmo CunhaArquivo DDOM/DGIArquivo CHTPArquivo Construtora IntegraçãoArquivo Costa Oeste TransmissoraArquivo Eólicas do SulArquivo ESBRArquivo Marumbi TransmissoraArquivo TSBEArquivo TSLECauê MendonçaDivulgação Prefeitura de Porto AlegreEduardo GrandaHermínio NunesJoel VargasLuciano LanesNelio Catharina PintoRoberto Samper

Projeto Gráfico

Agenciamob

Conteúdo e Projeto Editorial

Giusti Comunicação Integrada

Tiragem 6.000 exemplares

Periódico editado pela ACS – Assessoriade Comunicação Social e Marketing

Rua Dep. Antônio Edu Vieira, 999, PantanalFlorianópolis/SCCEP 88040901Fone (48) 3231.7269 / 3231.7075

www.eletrosul.gov.br

2 EDITORIAL

Elaborado entre 2000 e 2002, o primeiro Atlas Eólico gaúcho foi coordenado pelo engenheiro Ronaldo Custódio, atual Diretor de Engenharia e Operação da Eletrosul. Com informações coletadas a 50 metros de altura, na época os estudos apontaram um potencial de 15.840 megawatts (MW), resultado que serviu de base para a expansão do aproveitamento eólico no Estado.

Doze anos após o lançamento do primeiro Atlas Eólico do Rio

Grande do Sul, a Eletrosul, em conjunto com o Governo do

Estado, deu início à atualização do mapeamento. As medições

serão mais detalhadas e irão aferir, também, o regime dos

ventos que sopram sobre o oceano – offshore – a uma

altura de até 100 metros.

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OBRAS NO TAIM

DESTAQUE 3Eletrosul agora - Maio 2014

Condições ambientais adversas exigem soluções técnicas inéditas no sistema de transmissão da Eletrosul

Desafios da engenharia

Por trás de grandes obras de infraestrutura, há desafios que a engenharia busca superar com soluções que muitas vezes envolvem, além da técnica, uma boa dose de criativida-de e ousadia. Um exemplo claro disso são as obras do linhão de quase 500 quilômetros, que irá escoar a energia do Complexo Eólico Campos Neutrais, no extremo Sul do País, e integrar a região ao sistema elétrico nacional. Aproximadamente 15 quilômetros do trecho Sul da linha de transmissão – que vai da Su-bestação Povo Novo (RS) à Subestação Santa Vitória do Palmar (RS), em uma extensão to-tal de 200 quilômetros – passam pela Estação Ecológica do Taim. Dez quilômetros estão dentro da Lagoa Mirim, condição que exigiu alternativas construtivas até então inéditas em obras da Eletrosul.

Uma das exigências do órgão ambiental para a obra dentro da reserva foi que o traça-do seguisse em paralelo a uma linha de 138 kV já existente, pertencente à CEEE Distribui-ção. Por essa razão, foi necessário projetar a rede na parte alagada. No entanto, quando o traçado foi definido, apenas seis torres fica-vam dentro d’água. Quando a obra começou de fato, esse número subiu para dezoito, em função das peculiaridades da hidrologia da

região. Como a Lagoa Mirim sofre forte influ-ência do mar, da pressão atmosférica e dos ventos, as variações no nível e extensão da lâmina d’água são constantes.

“Essas torres que estão dentro da Estação Ecológica do Taim são de circuito duplo, isto é, mais reforçadas e ficarão com os cabos para--raios e condutores lançados, prontos, anteci-pando a passagem de um segundo circuito e evitando, dessa forma, outra intervenção ambiental nessa área tão adversa”, explicou o engenheiro Eduardo Cabane, da Transmisso-ra Sul Brasileira de Energia (TSLE) – empresa constituída pela Eletrosul (51%) e Compa-nhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica - CEEE-GT (49%), responsável pela obra.

DesafiosAs condições ambientais adversas impuse-

ram uma série de adaptações para a instala-ção das torres. As principais dificuldades para fazer as fundações têm sido a profundidade da lagoa – 60 centímetros em média – e o tipo de solo, que é bastante arenoso. “Não há calado su-ficiente para as balsas que carregam os mate-riais, o concreto, e são usadas como bases de tra-balho”, relatou o engenheiro. O jeito foi apelar

para a criatividade. Uma escavadeira hidráulica em cada balsa faz a movimentação e abertura de calado onde é necessário. Para garantir sus-tentação adequada, as fundações foram proje-tadas com estacas tubulares de 60 centímetros de diâmetro, que são cravadas com bate estacas, atingindo profundidades de 12 a 38 metros. Em cada um dos quatro pés da torre são instaladas pelo menos cinco estacas que, depois de crava-das, são preenchidas com concreto e “coroadas” por blocos do mesmo material. O volume de concreto usado nas fundações de cada torre va-ria de 80 m³ até 180 m³.

A concretagem foi outro desafio. Para as tor-res mais próximas à margem, foi usado um caminhão-bomba de concreto com tubulação modulada instalada a partir da margem até as fundações mais próximas. Para as mais afasta-das da margem, a saída foi transportar, em uma balsa maior, dois pequenos caminhões betonei-ras com capacidade de 4 m³ de concreto cada.

Segundo Cabane, considerando as dificulda-des encontradas, as obras estão caminhando em bom ritmo, com o trabalho em série e um contingente maior de trabalhadores envolvi-dos. A conclusão da implantação da linha de transmissão em toda sua extensão está previs-ta para o segundo semestre deste ano.

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CANTEIRO DE OBRAS

MAIO DE 2014

4

SE CURITIBA LESTE

LT SUL LITORÂNEA

Subestação Marmeleiro: vista da entrada da linha de transmissão vinda da Subestação Santa Vitória do Palmar.

UHE TELES PIRES

RS

N

525 kV

Extensão: 468 km

Canaleta de passagem de cabos da casa de comando para equi-pamentos.

1.820MW

Capacidade de atendimento: 6.500.000 habitantes

N

MT

PA

Vista de montan-te da montagem da cobertura metálica e fecha-mento lateral da casa de força.

672MVA

Capacidade de atendimento:

900.000 habitantesN

Curitiba

+LT 525 kVExtensão: 29,4km

AMPLIAÇÃO DO COMPLEXO EÓLICO CERRO CHATO

Segue a montagem mecânica dos aerogeradores. Na foto, as três primeiras unidades montadas da Usina Cerro Chato VI.

Com 100% dos equipa-mentos dos pátios de 230 kV e 69 kV monta-dos, está sendo iniciado o comissionamento na SE Camaquã 3.

LT SUL BRASILEIRA

525 kV

230 kV

781 km de extensão:

494 km em 525kV

287 km em 230 kVN

RS

78MW

Capacidade de atendimento:

447.000 habitantes

RS

N

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CANTEIRO DE OBRASEletrosul agora - Maio 2014

CANTEIRO DE OBRAS5

LINHÃO DO MADEIRA - CIRCUITO 2

UHE JIRAU

Obras de barra-mento aéreo da SE Candiota.

Torre número 2142/2, tipo estaiada, sen-do montada com guindaste e localizada no município de Itarumã (GO).

Pórticos de entrada e saída, e barras de proteção sen-do montadas no pátio da Subestação Geribatu. À direi-ta, a casa de comando em construção.

À jusante da casa de força da margem direita, estão sen-do executadas obras civis em 14 unidades geradoras. Das outras 14 turbinas que compõem essa estrutura, três já estão em operação comercial, uma em comissio-namento e dez em montagem eletromecânica. Até mea-dos de maio, a usina tinha oito unidades geradoras em operação comercial, totalizando 600 MW.

PARQUE EÓLICO GERIBATU

Cabos já lançados no mu-nicípio de Iracema do Oeste (PR), entre a SE Umuarama e SE Cascavel Norte.

INTERLIGAÇÃO BRASIL – URUGUAI

258MW

Capacidade de atendimento:

1.600.000 habitantes

RS

N

MEGAwATT SOLAR

600kV

Maior LT de 600 kV do mundo,

com 2.412 Km de extensãoN

525 kV

230 kV

60 km em 525 kV3 km em 230 kV

SE Candiota:525/230 kV

672 MVA

1MW

Capacidade de atendimento:

540 residênciasSC

N

Obras nos estacionamentos da Eletrosul em fase final para início da operação em teste já autorizada pela Agência Nacional de Ener-gia Elétrica (Aneel).

Obras de drenagem no acesso principal Norte.

PARQUE EÓLICO CHUÍ

144MW

Capacidade de atendimento:

900.000 habitantes

RS

N

300MVA

Capacidade de atendimento:

400.000 habitantes

N

SE Umuarama (230 kV)

+LT 230 kVExtensão: 142 km

SE Cascavel Oeste (230 kV)

LT Cascavel Oeste - Umuarama (230 kV)

3.750MW

Capacidade de atendimento: 34.100.000 habitantes

RO

N

SISTEMA DE TRANSMISSÃO COSTA OESTE

Chuí

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Maior complexo eólico da América LatinaCAMPOS NEUTRAIS

6 ESPECIAL

Empreendimento receberá R$ 3,5 bilhões em investimentos

O Rio Grande do Sul, que tem despon-tado no cenário nacional como um dos estados que mais contribuem com o crescimento da energia eólica na ma-triz elétrica brasileira, será também o detentor do maior empreendimento da América Latina no segmento. O lan-çamento do Complexo Eólico Campos Neutrais pela Diretoria da Eletrosul aconteceu no início de maio em Santa Vitória do Palmar que, junto do municí-pio vizinho de Chuí, abrigará os parques eólicos. Serão investidos 2,7 bilhões em geração e mais R$ 800 milhões no sistema de transmissão. Diante da im-portância desses investimentos para o Estado, o governador Tarso Genro este-ve presente na cerimônia, assim como várias outras autoridades e moradores da região.

O Complexo Eólico Campos Neutrais reúne três grandes parques: Geribatu,

Chuí e Hermenegildo – que somam 583 megawatts (MW) de capacidade instalada, o suficiente para atender ao consumo de 3,3 milhões de habitan-tes. “Com esse gigantesco complexo, a Eletrosul consolida sua presença como maior empreendedora em energia eó-lica no Sul do País”, afirmou o presi-dente da estatal, Eurides Mescolotto. Quase metade da potência instalada de geração eólica no Rio Grande do Sul, contratada nos leilões desde 2009, é de empreendimentos da Eletrosul e par-ceiros, que somam aproximadamente 800 MW.

O Parque Eólico Geribatu, com 258 MW divididos em dez usinas, está em implantação. No Parque Eólico Chuí, que terá 144 MW de potência instalada em seis usinas, as obras estão em fase inicial (a ordem de serviço foi assinada na mesma solenidade). Para a mobiliza-ção do canteiro de obras do Parque Eó-lico Hermenegildo, que terá 13 usinas com 181 MW de capacidade, a expec-tativa é que a licença de instalação seja emitida ainda neste semestre.

Parque Eólico Geribatu

Capacidade Instalada: 258 MW

Capacidade de Atendimento: 1,5 milhão de habitant

Área: 4,7 mil hectares

Investimento: R$ 1 bilhão

Empregos: 1,7 mil diretos e indi

Empreendedores: Eletrosul e Rio Bravo Energia I - FIP

Parque Eólico Chuí

Capacidade Instalada: 144 MW – 72 aerogeradoresCapacidade de Atendimento: 800 mil habitantesÁrea: 3,2 mil hectaresInvestimento: R$ 800 milhões Empregos: 1,5 mil diretos e indiretosEmpreendedores: Eletrosul eRio Bravo Energia I - FIP

Parque Eólico Hermenegild

Capacidade Instalada: 181 MW

Capacidade de Atendimento:

Área: 2,5 mil hectares

Investimento: R$ 900 milhões

Empregos: 1,6 mil diretos e indi

Empreendedores: Eletrosul e R

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Maior complexo eólico da América LatinaESPECIAL 7Eletrosul agora - Maio 2014

u

258 MW – 129 aerogeradores

1,5 milhão de habitantes

os e indiretos

sul e Rio Bravo Energia I - FIP

Valorizando a regiãoA denominação do complexo eólico re-

mete ao período da colonização. A área compreendida entre os banhados do Taim e o Arroio do Chuí, onde foram posterior-mente instalados os municípios de Santa Vitória do Palmar e Chuí, foi palco de vá-rias disputas entre tropas portuguesas e espanholas. Para evitar mais conflitos, com a assinatura do Tratado de Santo Ildefonso, em 1777, a região ficou sendo um território neutro e, portanto, conhecida como Cam-pos Neutrais. “Temos procurado valorizar a cultura e história das regiões ao nominar nossos empreendimentos. Por isso, a es-colha por Campos Neutrais. É dessa forma que as populações de Santa Vitória do Pal-mar e Chuí, e muitos outros gaúchos, como eu, conhecem a região”, lembrou o diretor de Engenharia e Operação da Eletrosul, Ro-naldo dos Santos Custódio.

Para o executivo, a geração de energia eólica é perfeitamente compatível com

o perfil econômico dos municípios, uma vez que não interfere na atividade predo-minante na região, que é o cultivo agrí-cola, principalmente, de arroz. “Empreen-dimentos como os que estamos trazendo para a região acabam impactando de forma muito positiva na economia dos municípios, pois geram empregos, mo-vimentam o comércio local e reforçam a renda dos proprietários das terras onde os aerogeradores são instalados”, acres-centou Custódio.

Outro efeito da implantação de parques eólicos em Santa Vitória do Palmar e Chuí é a movimentação do turismo. Os aeroge-radores, que chegam à altura de um pré-dio de aproximadamente 25 andares, têm atraído centenas de visitantes, tanto brasi-leiros como uruguaios. Fomentando o tu-rismo regional, a Eletrosul implantou um Centro de Visitantes que, de fevereiro até agora, recebeu mais de 1,6 mil pessoas.

Capacidade Instalada: 144 MW – 72 aerogeradoresCapacidade de Atendimento: 800 mil habitantesÁrea: 3,2 mil hectaresInvestimento: R$ 800 milhões Empregos: 1,5 mil diretos e indiretosEmpreendedores: Eletrosul eRio Bravo Energia I - FIP

Hermenegildo

181 MW – 101 aerogeradores

1 milhão de habitantes

os e indiretos

sul e Renobrax

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O planejamento para instalação de cinco no-vos telecentros para uso gratuito, no Rio Gran-de do Sul, foi apresentado pela Eletrosul e Com-panhia de Processamento de Dados do Estado (Procergs), durante audiências públicas realiza-das, em maio, em Santa Rosa e Santo Ângelo. A implantação das unidades, que deve ocorrer ainda este ano, é resultado da parceria entre as duas instituições para compartilhamento de infraestrutura de telecomunicação, que tem permitido ampliar a oferta de internet de ban-da larga no Sul do País.

As unidades serão instaladas nos municípios

de Santa Rosa, Santo Ângelo, Ijuí, São Luiz Gon-zaga e São Borja. Utilizando o sistema de comu-nicação óptica de alta capacidade da Eletrosul, que tem 80 gigabits por segundo (Gbps), cada unidade deverá ser atendida com links de até 150 megabits por segundo (Mbps) fornecidos pela Eletrosul. Dois pré-contratos de forneci-mento de internet já foram assinados com pro-vedores locais, totalizando 1 gigabit.

A Procergs ficará responsável por toda a infraestrutura física, de computadores e con-trole de acesso, utilizando links de comuni-cações da Eletrosul nessas regiões para ofe-

recer, com qualidade e menor custo, internet de banda larga a órgãos públicos e a peque-nos provedores locais.

A parceria entre Eletrosul e Procergs viabili-zou o primeiro Telecentro Binacional da Amé-rica Latina, inaugurado em junho de 2013, em Sant’Ana do Livramento (RS), divisa com Rivera, no Uruguai. O espaço dispõe de 20 computa-dores conectados à internet de alta velocida-de (300 Mbps), com configuração especial nos dois idiomas e para acesso por portadores de deficiência visual. Por mês, cerca de 20 mil usu-ários passam pelo telecentro.

8 GERAL

Novos telecentros no RSINCLUSÃO DIGITAL

Implantação das unidades é resultado de parceria entre Eletrosul e Procergs

Energia do lixo: em busca de parceirosEstá em andamento o processo de sele-

ção de empresas que se cadastraram para participar dos estudos de aproveitamento energético de resíduos sólidos urbanos co-ordenados pela Eletrosul, que tem como fim a implantação de uma Pequena Cen-tral Termelétrica, de 1 megawatt (MW) de capacidade instalada, em Seberi, no Rio Grande do Sul. O projeto conceitual já foi elaborado, em parceria com a Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec), e a Univer-

sidade Federal do Paraná (UFPR), por meio do Laboratório de Análises de Combustí-veis Automotivos (LACAUTets).

A Eletrosul abriu a possibilidade de in-serção da indústria nesses estudos para o desenvolvimento de uma solução na-cional em termos de equipamento para o tratamento térmico de resíduos. A plan-ta deverá usar o processo de gaseifica-ção, desenvolvido pela UFPR/LACAUTets. Esse método evita a formação de gases

tóxicos e poluentes, e permite melhor aproveitamento térmico para geração de energia elétrica.

A região de Seberi foi escolhida por dis-por de uma estrutura de reciclagem bas-tante consolidada. Cinquenta e dois mu-nicípios formaram três consórcios para a gestão dos resíduos sólidos urbanos. Os rejeitos provenientes do processamento realizado pelos consórcios abastecerão a Pequena Central Termelétrica.

Page 9: Eletrosul Agora nº 129 - Maio

No Festival Internacional de Teatro de Rua, 61 performances são levadas a 28 bairros da Capital

Eletrosul agora - Maio 2014

INCENTIVO AO TEATRO

CULTURA 9

A arte nas ruasde Porto Alegre

A arte dos palcos tomou conta das ruas, parques e praças de Porto Alegre. A capi-tal gaúcha sediou, entre os dias 20 e 27 de abril, o 6º Festival Internacional de Teatro de Rua, considerado um dos maiores do gênero no País, que este ano teve apoio da Eletrosul. Contemplado com patrocí-nio no edital do Programa Cultural das Empresas Eletrobras 2014, o evento tem o intuito de aproximar o público das artes cênicas, oferecendo espetáculos gratuitos e atividades de formação em espaços não convencionais. No total, 24 companhias nacionais e internacionais apresentaram 61 performances interativas em 28 bair-ros da cidade.

Entre as atrações do festival, que contou com 27 espetáculos, estava o grupo francês Generik Vampeur, com a peça Bivoac – uma procissão de atores pintados de azul junta-mente com um trio elétrico – e também Roger Bernat, da Espanha, com a monta-gem A Sagração da Primavera, que convida a plateia a assistir à peça com fones de ou-vido em três canais de som, onde diferen-

tes vozes se misturam. Companhias do Rio de Janeiro, Goiânia, Brasília, Itajaí, Porto Alegre, Caxias do Sul e Canoas marcaram presença. Além da programação teatral, o festival ofereceu oficinas formativas, uma rodada de negócios e um seminário. Foram 300 inscrições de 22 estados e 11 países.

Nas seis edições do evento, foram reali-zadas 180 apresentações por 68 grupos de artes cênicas de rua. O festival é uma reali-zação do Centro de Pesquisa Teatral do Ator e da Associação Rede do Circo das Artes, do Rio Grande do Sul, com financiamento da Lei de Incentivo à Cultura.

Page 10: Eletrosul Agora nº 129 - Maio

O administrador Da-niel Flores Caldas é o em-

pregado da Eletrosul que obte-ve a melhor colocação nas etapas local e estadual do Sesi Surf 2014,

realizado no final de abril, na Praia do Santinho, em Florianópolis. Ao vencer três

baterias, o surfista acumulou 656 pontos pela Federação Catarinense de Surf, conquistando o quarto lugar na regional. A disputa contou com 44 participantes, representando 16 empresas de nove municípios.

“O resultado me surpreendeu porque o ní-vel dos competidores estava muito elevado.

Foi uma injeção de ânimo para eu me preparar para outros desafios, espe-

cialmente pelo excelente supor-te que a Eletrosul oferece aos

atletas. Espero que nos pró-ximos campeonatos cada

vez mais empregados surfistas participem”,

afirmou Caldas, des-tacando o apoio lo-

gístico dado pelo Departamento de Gestão de Pessoas e pela Associação dos Empregados da Eletrosul (Elase).

Daniel Caldas começou a pegar onda aos 15 anos e, um ano depois, já dava aulas em uma escola de Florianópolis. O “manezinho da ilha”, hoje com 30 anos, já surfou nos lugares mais tradicionais para o esporte, como o Peru, Havaí, Uruguai e Califórnia. A última aventura foi em abril do ano passado, quando retornou ao Peru para surfar em Lobitos, cidade famosa pelas grandes ondas. Um mês depois, teve problemas na coluna e ficou sem praticar atividade física até outubro. Foi somente durante as férias, em março deste ano, que Daniel pôde se dedicar ao treino, poucas semanas antes da competição.

Com a conquista, a Eletrosul acrescentou 80 pontos para a somatória final dos Jogos do Sesi 2014, que acontecem até o mês de setembro. No Sesi Surf deste ano, a empresa foi representa-da, ainda, pelos empregados Rodrigo Galvão e Wellington Pendrak, que obtiveram a 13ª e 15ª colocação, respectivamente. Na Grande Floria-nópolis, a Eletrosul é tetracampeã consecutiva dos Jogos do Sesi. Além de Santa Catarina, os empregados do Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul e Rondônia têm ativa participa-ção no campeonato.

10 ESPORTE

Destaque nas ondasJOGOS DO SESI 2014

Representando a Eletrosul, empregado conquista 4º lugar em campeonato de surf

Page 11: Eletrosul Agora nº 129 - Maio

SUSTENTABILIDADE 11Eletrosul agora - Maio 2014

MERCADO VERDE

Participação em evento de energias renováveis mostra que profissionais estão atentos ao crescimento do setor

Mais de 200 acadêmicos, profissio-nais e especialistas do Brasil e do ex-terior participaram da 5ª edição do Seminário Energia + Limpa, realizado pelo Instituto para o Desenvolvimen-to de Energias Alternativas na América Latina (Ideal) nos dias 13 e 14 de maio, em Florianópolis. O evento, que contou com apoio da Eletrosul, teve o objetivo de apresentar soluções inovadoras ao setor de energias renováveis e promover o diálogo no meio empresarial, que vem adotando postura cada vez mais susten-tável para se adequar às exigências do chamado “mercado verde”.

O recente estudo Energias Renováveis e Empregos, elaborado pela Agência Inter-nacional de Energia Renovável (Irena na sigla em inglês), reflete essa nova realida-de nacional. O relatório aponta que o Bra-sil é o segundo país que mais emprega na indústria de energia renovável, com apro-ximadamente 894 mil postos de trabalho: a maioria ligada à bioenergia. O número representa 13,75% de 6,5 milhões de em-pregos diretos e indiretos do setor em

todo o mundo. Na pesquisa, a China apa-rece em primeiro lugar, com 2,6 milhões de empregos relacionados a fontes verdes, sendo a energia solar a área que mais em-prega na indústria renovável mundial.

“A demanda faz com que o setor exi-ja mão de obra qualificada e, felizmen-te, os profissionais estão atentos a isso, participando de seminários, treinamen-tos e capacitações para preencherem vagas específicas. As oportunidades de trabalho só tendem a aumentar”, afirma o empresário Hewerton Martins, diretor executivo da Solar Energy, indústria es-pecializada em projetos de energia fo-tovoltaica, que participou de uma mesa redonda sobre geração distribuída, du-rante o Energia +Limpa.

No seminário, a Eletrosul foi repre-sentada pelo assistente da Diretoria Fi-nanceira, Tomé Gregório, moderador da mesa redonda “Financiamento de Reno-váveis”. Também fez parte da programa-ção do evento uma visita à Usina Mega-watt Solar, na sede da Eletrosul, com a presença de mais de 60 pessoas.

ESPAÇO DA GESTÃO AMBIENTAL

Compartilhando experiências

O Dia Mundial do Meio Ambiente, cele-brado em 5 de junho, é o principal veículo das Nações Unidas para estimular a cons-cientização ambiental, que passa por diver-sos segmentos da sociedade, dentre os quais o ambiente de trabalho. A data tem crescido e se tornado uma importante oportunidade para fazer as pessoas perceberem que o meio ambiente pertence a todos e por todos deve ser cuidado.

A Eletrosul, ciente de que o conhecimen-to contribui para a mudança de comporta-mento, programou atividades, que buscam proporcionar aos seus empregados um mo-mento de reflexão, visando estimular a per-cepção das responsabilidades individuais e coletivas em prol de iniciativas positivas para preservação do meio ambiente.

Mostrar boas ações e bons exemplos sustentáveis é um desafio que se impõe de forma constante a todos os cidadãos. No dia 5 de junho, empregados e seus familiares terão oportunidade de participar de ativida-

des, com foco principalmente nas crianças, que são consideradas os principais agentes no processo de transformação.

Neste ano, além da programação interna, que incluirá palestra, teatro de sensibiliza-ção, oficina de educação ambiental, entre ou-tras ações alinhadas às questões de susten-tabilidade ambiental, a empresa também participará da programação da Fundação de Meio Ambiente de Florianópolis (Floram), que cedeu a sua coleção de animais nativos da Mata Atlântica para exposição durante o Dia Mundial do Meio Ambiente na Eletrosul.

Ações positivas

Fonte: Irena

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Instalações da Eletrosul são usadas por programa do Instituto Guga Kuerten, que visa o estímulo ao esporte e reforço no aprendizado

12 RESPONSABILIDADE SOCIAL

Inspirados na trajetória de sucesso do te-nista catarinense Gustavo Kuerten, o Guga, cerca de 100 crianças e adolescentes da Grande Florianópolis com idade entre 7 e 15 anos estão se dedicando à prática do tênis no contraturno escolar. As aulas, que acontecem duas vezes por semana, na sede social da Ele-trosul no Sertão do Maruim, em São José (SC), fazem parte do Programa Campeões da Vida, promovido pelo Instituto Guga Kuerten. Além do estímulo ao esporte, o programa oferece atividades culturais e educacionais, que servem como reforço no aprendizado. Outros 200 estudantes já passaram pelo pro-grama nos sete anos em que é realizado nas instalações da Eletrosul.

Segundo a coordenadora social do proje-to, Suelen Virgilino, o trabalho é interdisci-plinar e envolve profissionais de Pedagogia, Psicologia, Serviço Social, Informática, Biblio-

teconomia e de Educação Física. “O esporte é uma estratégia educacional, mas o objetivo é integrar várias atividades que assegurem o desenvolvimento integral dessas crianças e adolescentes”, revelou.

“Embora o trabalho seja muito mais abrangente, o tênis, sem dúvida, é um fator preponderante na atração dos estudantes”, completou o professor de Educação Física, Renato Faphael Paupitz Dranka, que minis-tra as aulas de tênis. Alguns alunos, segundo o educador, pensam, inclusive, em seguir no esporte e se tornar atletas profissionais. Adel-cio Koester, 10 anos, é um dos que sonham em ser um tenista. “É o que eu mais gosto”, diz o garoto, que não perde as aulas por nada. Já a aluna Vitória Laís Pereira, 13 anos, apesar de assídua às aulas, não tem a mesma aspi-ração. Ela afirma gostar muito de jogar tênis, mas apenas como passatempo.

Esporte como inclusão

As crianças e adolescentes que partici-pam do Programa Campeões da Vida, no Sertão do Maruim, são alunos da Escola Estadual José Matias Zimmer, que fica no mesmo bairro. A seleção dos estudantes é feita com base em critérios socioeco-nômicos, com o apoio da escola e de uma equipe multidisciplinar. A maioria dos estudantes permanece no projeto até o término da educação básica, por volta dos 15 anos.

O Instituto Guga Kuerten mantém ou-tros seis núcleos do programa em Santa Catarina com apoio de empresas e insti-tuições parceiras: três em Florianópolis e os demais em Palhoça, Biguaçu, na Região Metropolitana, e Campos Novos, no Meio--Oeste do Estado. Cada núcleo atende aproximadamente 50 crianças no período da manhã e outras 50 à tarde. Uma vez por ano, os familiares são convidados a parti-cipar das aulas e conhecer o ambiente, o que possibilita uma melhor integração.

Integração

CAMPEõES DA VIDA


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