Emilio Lèbre La Rovere, D. Sc.
““ENERGIA ENERGIA E MEIO E MEIO AMBIENTE”AMBIENTE”
ENERGIA E MEIO AMBIENTE
I – Introdução
II – Conceitos e Definições
II.1 – Meio Ambiente
II.2 – Energia
II.3 – Risco Tecnológico
ENERGIA E MEIO AMBIENTE
III – Impactos Ambientais da Produção e Uso de Energia
III.1 – Combustíveis Fósseis (carvão, petróleo, gás natural e xisto)III.2 – Energia NuclearIII.3 – Energia HidroelétricaIII.4 – Fontes Novas e Renováveis de Energia
III.4.1 – GeotermiaIII.4.2 – Energia SolarIII.4.3 – Energia EólicaIII.4.4 – Biomassa
IV. Conclusão
Referências Bibliográficas
I – Introdução
I – Introdução
Energia: Essencial (necessidades)
Homem: Necessidades mudam!
Revolução Industrial:
Ruptura
Antes: Crescimento do consumo energético: lento
Depois: Outra ordem de grandeza
Lenha – carvão – petróleo – eletricidade – nuclear
Hoje: Biosfera em perigo – duas razões:
HOJE:
dejetos – efeitos cumulativos – contaminação
riscos de acidentes de enormes conseqüências
I – Introdução
Os quatro principais riscos ambientais estão associados ao consumo de energia:
efeito estufa – produção excessiva de CO2 – pode afetar o clima do planeta
contaminação do ar das cidades pela indústria e pelos meios de transporte
chuvas ácidas – impactos sobre o solo, rios e lagos riscos de acidentes em reatores nucleares: resíduos radioativos;
desativação das centrais e instalações nucleares: contaminação por radiação
Combustíveis fósseis – 1, 2, 3Energia nuclear – 4Três conseqüências importantes:
preservação do meio ambiente – ação internacional – complexa planejamento energético – restrições ambientais necessidade de uma política de conservação de energia nos países
industrializados e no terceiro mundo
II – Conceitos e definições
II.1 – Meio Ambiente
Definição de meio ambiente: tem que incluir o homem.
Características dos impactos ambientais:
- Diretos – indiretos
- Curto – longo prazo
- Curta – longa duração
- Reversíveis – irreversíveis
- Cumulativos ou não
- Sinérgicos ou não
II.1 – Meio Ambiente (cont.)
Características – dificuldades até de identificação
Quantificação – ainda mais difícil – só em alguns casos
Subjetividade intrínseca – diferentes grupos e opiniões
Deterioração ambiental – depende de interação poluente – meio danos resultantes para:
- Saúde da população
- Recursos biológicos e sistemas biológicos
- Patrimônio estético e cultural
- Uso futuro dos recursos naturais
Percurso: emissão – difusão – absorção – concentração
II.1 – Meio Ambiente (cont.)
Metodologias de avaliação de impactos ambientais:A. Sistemas cartográficos – superposição de mapas temáticos
úteis para a análise da situação inicial
B. Matrizes causa – efeito: identificação dos impactos e análise comparativa – Ex.: matriz de Leopold
C. Sistemas de redes e grafos – identificação – úteis para verificar inter-relações (variante de B)
D. Listas de verificação e integração de indicadores: pesos relativos – hierarquização-seleção
E. Métodos quantitativos – modelos de predição: quantificação – seleção da alternativa ótima
Nenhuma é satisfatória: dificuldades mais a necessidade de grande volume de dados – é preciso um aperfeiçoamento metodológico.
II.2 – ENERGIA
Energia – capacidade de realizar trabalho Hoje energia é indispensável – bens e serviços
Gasolina Máquinas Calor
Óleo Diesel Turbinas Energia Mecânica
Óleo combustível Motores Iluminação
Carvão vegetal Fogões Aparelhos eletrônicos
Gás Fornos Proc. Eletrônicos
Formas de energia secundária
Equipamentos de
consumo finalEnergia útil – serviço ao consumidor
Fontes de energia primária
Centros de
transformaçãoFormas de energia secundária
II.2 – ENERGIA (cont.) Energia – capacidade de realizar trabalho Hoje energia é indispensável – bens e serviços
Petróleo Refinarias Gasolina
Óleo Diesel
Óleo Combustível
Energia Hidráulica Usinas hidroelétricas Eletricidade
Lenha Lenha
Fornos Carvão vegetal
Exploração Produção, transformação, uso final
Prospecção Transporte, distribuição, estocagem
II.2 – ENERGIA (cont.)
Ao Longo de toda a Cadeia : Perdas Importantes
Por Exemplo : (Brasil, 1983)
Energia 11%
PrimáriaMatéria
PrimaEnergia Secundária
Matéria
PrimaEnergia Útil
100% P – 12% 77% P – 44% 33%
II.2 – ENERGIA (cont.)
Causas das Perdas Energéticas:
1. Má concepção e Operação dos Equipamentos – Baixos preços
da energia, pequena incidência no custo total, etc.
2. Segundo Princípio da Termodinâmica – Um nível mínimo de
perdas é inevitável
Rendimentos Energéticos: Menores que 100%.
Para baixar a antropia dentro de um sistema, tem que se perder
uma quantidade de energia, emitida para fora do sistema.
Transformações Energéticas: Melhoram a qualidade da energia
disponível para o consumidor final: Mais concentrada, mais fácil de
transportar – Tem que se pagar um preço por isso.
II.2 – ENERGIA (cont.)
Generalização:
A. Primeiro princípio da termodinâmica - Lei da conservação da energia
B. Teoria da Relatividade: E = M . C2
Energia -----------------Matéria
C. Atividade Econômica do Homem:Estruturação da Matéria para sua utilizaçãoÉ Necessária uma emissão de Matéria e/ou energia para o Meio AmbienteOrigem dos impactos ambientais.
II.3 – Risco Tecnológico
Riscos ambientais da produção e uso de energia:
A. Impactos ambientais da operação normal das
instalações energéticas
B. Riscos de acidente e catástrofes – Grande dano
potencial ao meio ambiente.
II.3 – Risco Tecnológico (cont.)
Três Conceitos Distintos de Risco Tecnológico:
1) Risco Direto = Valor esperado dos danos
em Freqüência X Danos
Conseqüências/ Eventos/Ano Conseqüência/
Ano Evento
2) Risco de catástrofe: Caso especial de 1: Probabilidade muito baixa, mas conseqüências enormes
3) Risco percebido pelo público: Subjetivo – Depende de quem é o responsável pela decisão de aceitá-lo ou não, da facilidade de sua compreensão, da experiência histórica no campo da informação difundida pelos meios de comunicação ...
II.3 – Risco Tecnológico (cont.)
Gerenciamento dos Riscos
a) Identificação
b) Mensuração – Quantificação só é possível com
elevada margem de erro
c) Avaliação – Necessita de Juízos de valor e portanto
da participação da sociedade.
d) Controle – Uma alternativa possível é a
internalização do risco pelo empreendedor, através
de uma política governamental de dissuasão -
Impostos e taxas, por exemplo.
II.3 – Risco Tecnológico (cont.)
É perigoso adotar para o risco de catástrofes o
conceito de risco direto!
Lei dos Grandes Números - Em todas as atividades
humanas difundidas em larga escala, o pior
acidente acabou ocorrendo, mais cedo ou mais
tarde.
III - Impactos Ambientais da Produção e Uso de Energia
III.1 Impactos Ambientais da Produção e Uso de Combustíveis Fósseis
Mineração de CarvãoA. Saúde dos trabalhadores nas minas (pulmões,
ruídos)
B. Risco de Acidentes: Incêndios, explosões,
C. Erosão e Acidificação do Solo – Necessidade de recomposição
D. Drenagem Ácida – Eliminação/Redução da vida nos recursos hídricos – Necessidade de selar minas abandonadas, tratamento químico, controle
E. Impactos negativos sobre os assentamentos humanos e sua Infra-Estrutura
III.1 Impactos Ambientais da Produção e Uso de Combustíveis Fósseis (cont.)
Lavagem do carvão
1) Contaminação do ar (NO x SO x Material
particulado)
2) Contaminação da Água (Finos de carvão em
suspensão) se não houver reciclagem
3) Inutilização de grandes áreas para depósitos de
rejeitos
4) Risco de combustão espontânea dos rejeitos
III.1 Impactos Ambientais da Produção e Uso de Combustíveis Fósseis (cont.)
Exploração de Produção de Petróleo e Gás
Natural
A. Risco de incêndios, explosões e vazamento ----
Danos aos trabalhadores e ao meio ambiente.
B. Pequenos Vazamentos --- Impactos pouco estudados
sobre manguezais e estuários
III.1 Impactos Ambientais da Produção e Uso de Combustíveis Fósseis (cont.)
Transporte de Petróleo A. Forte expansão do comércio internacional ---
Aumento da probabilidade e das conseqüências de um acidente.
B. Pequenos Vazamentos+ 35% do total – Impactos localizados
C. Risco de Vazamentos, explosões e incêndios em oleodutos, gasodutos e tanques de armazenamento e Gás e derivados do Petróleo
III.1 Impactos Ambientais da Produção e Uso de Combustíveis Fósseis (cont.)
Refinarias de Petróleo
A. Emissões de SOX, NOX, COX, material particulado e
compostos orgânicos na atmosfera
B. Odor desagradável
III.1 Impactos Ambientais da Produção e Uso de Combustíveis Fósseis (cont.)
C. Efluentes líquidos tóxicos, com óleo, fenóis, amônia,
graxa e sólidos em suspensão ou dissolvidos – podem
ser reduzidos com processamento adequado
D. Risco de incêndios e explosões
Impactos de refinarias: importantes e em geral perto
de aglomerações urbanas
III.1 Impactos Ambientais da Produção e Uso de Combustíveis Fósseis (cont.)
PRODUÇÃO DE ÓLEO DE XISTO
A. Impactos análogos aos da mineração de carvão, porém em maior escala.
B. Rejeitos necessita de grandes áreas e acumula substâncias tóxicas na vegetação
C. Importante consumo de água no processo
D. Possível contaminação dos recursos hídricos (lençóis freáticos e cursos d’água)
PRODUÇÃO DE ÓLEO A PARTIR DE AREIAS ASFÁLTICAS
A. Impactos análogos aos da mineração, porém não é possível reutilizar o solo para fins agrícolas
III.1 Impactos Ambientais da Produção e Uso de Combustíveis Fósseis (cont.)
COMBUSTÃO DE DERIVADOS DE PETRÓLEO, CARVÃO E GÁS
A. Emissão de poluentes na atmosfera: CO2, SOx, NOx,
CO, material particulado, compostos orgânicos, traços de metais e radionuclídeos
B. Emissões do gás menores que as do petróleoEmissões do petróleo menores que as do carvão
Três conseqüências importantes:1. Chuvas ácidas: SO2 --- SO3 --- H2O --- H2SO4
NOx --- HNO3
III.1 Impactos Ambientais da Produção e Uso de Combustíveis Fósseis (cont.)
Homem: responsável por 40% do enxofre da
atmosfera, dos quais 75% a 85% vêm da
queima dos combustíveis fósseis. Impactos:
A. Danos ao solo e à vegetação (raízes e folhas das
plantas)
B. Eliminação da vida aquática, pelo aumento
constante dos níveis de acidez, nos lagos, por
exemplo.
III.1 Impactos Ambientais da Produção e Uso de Combustíveis Fósseis (cont.)
C) Corrosão de edificações, estruturas metálicas, tubulações, veículos
2. Contaminação do Ar das Cidades
A. Problemas de Saúde (Pulmões) para a população urbana.
B. Medidas de controle: limites para as emissões, proibição do uso do Enxofre nas cidades, chaminés mais altas
C. Em geral: Custo das medidas de controle menor que os custos dos danos causados pela poluição, com a possível exceção do CO2
D. Perigo: Apenas transferir a poluição – Por exemplo, chaminés industriais bem altas
III.1 Impactos Ambientais da Produção e Uso de Combustíveis Fósseis (cont.)
3. Efeito Estufa: Aumento da concentração de CO2, principalmente na atmosfera – 280 PPM antes da revolução Industrial --- 340 PPM em 1980 --- 560 PPM em 2030. O Desmatamento também contribui, em menor escala, para
elevar a concentração de CO2 e outros gases também
contribuem para intensificar o efeito estufa
Planeta de 1,5 a 4,5 ºC, em média, com maior aquecimento nas regiões polares --- Derretimento do Gelo --- Elevação do nível dos oceanos em 25 a 140cm --- Impactos sobre as cidades costeiras e as áreas agrícolas baixas; E as mudanças climáticas alterarão o regime de chuvas com graves conseqüências econômicas e sociais em muitos países.
III.1 Impactos Ambientais da Produção e Uso de Combustíveis Fósseis (cont.)
Incerteza atual é muito elevada; Porém não se pode esperar pelos estudos, até que seja tarde demais, para adotar medidas de controle:A. Substituir carvão e petróleo por gás natural, que produz
menos CO2 por unidade de energiaB. Maior utilização das fontes energéticas renováveis, em
substituição aos combustíveis fósseisC. Promoção de uma ampla política de conservação de
energiaD. Assinatura de um acordo internacional estabelecendo o
estudo e monitoramento do efeito estufa, e adotando uma política comum de redução da emissões dos gases que o provocam.
III.2 Energia Nuclear
Energia NuclearProdução:
Fusão Nuclear
E=m.c2 “Quente”“Fria” (?)
Fissão Nuclear
USO: Bélico Pacífico
- Medicina- Traçadores- Geração Elétrica
III.2 Energia Nuclear (cont.)
Ciência
Tecnologia
Combustível
Transporte de Calor
Elemento Moderador
III.2 Energia Nuclear (cont.)
1986: 15% da eletricidade = 2% Energia Primária 366 Reatores em operação, 140 em projeto 85 --- 90% capacidade de produção = reatores LWR Ciclo do combustível nuclear (LWR) : Mineração de
Urânio --- Concentração --- Conversão --- Enriquecimento (de 0,7 a 3% U235) --- Fabricação do Elemento Combustível --- Reator ---
Processamento do Combustível Irradiado --- Disposição Final dos Resíduos de Baixa e
Alta Radioatividade --- Desmantelamento das Instalações Nucleares Desativadas
III.2 Energia Nuclear (cont.)
Mineração de Urânio
A. Impactos de toda mineração (análogos á de carvão)
B. Trabalhadores expostos a radiação --- Câncer de
Pulmão
III.2 Energia Nuclear (cont.)
Concentração de Urânio
A. Utilização de grandes áreas
B. Efluentes líquidos com substancias tóxicas dissolvidas---
Potencial de Poluição das águas do subsolo
C. Níveis de radiação muito mais baixos que na
mineração--- Conversão, enriquecimento, fabricação do
elemento combustível--- Sem impactos ambientais
significativos
III.2 Energia Nuclear (cont.)
Reatores
A. Eficiência térmica = 33% --- Emissão de dois terços
do calor para o meio ambiente --- Impactos negativos
sobre ecossistemas aquático e no Micro-Clima
B. Radiação em Pequenas Doses --- Trabalhadores e
população local: É necessário estudar melhor seus
efeitos
III.2 Energia Nuclear (cont.)
Reprocessamento do Combustível Nuclear
A. Efluentes líquidos contendo CESIO 134 e 137,
Estrôncio 90, Trítio
B. Emissões gasosas de Carbono 14, Criptônio 85 e
Trítio
III.2 Energia Nuclear (cont.)
Resíduos Radioativos: Em todo o ciclo
A. Maior Quantidade – Menor Radioatividade:
Primeiras etapas---Tambores Especiais – Enterrados
ou depositados sob Águas Profundas
B. Menor Quantidade – Maior Radioatividade: Etapas
Finais---Teriam de ser solidificados e mantidos em
isolamento por séculos --- Ainda não há solução
satisfatória
III.2 Energia Nuclear (cont.)
Principais Preocupações do Público com o Nuclear1) Efeitos da Radiação dobre o homem (em todo o ciclo)
2) Segurança das instalações nucleares
3) Impactos ambientais dos resíduos radioativos
4) Produção de Plutônio – Risco de desvios para fins indevidos
5) Aspectos sociais, econômicos e políticos
III.2 Energia Nuclear (cont.)
Importância dos Riscos: Muito maior que a dos impactos ambientais
Conseqüência de um acidente – Muito Graves; E sua probabilidade é crescente, devido a:
A. Multiplicação das instalações nucleares
B. Necessidades de transporte de materiais radioativos
C.Centrais nucleares da primeira geração – Mais baratas e menos seguras – Estão ficando velhas
D.Fator humano
III.2 Energia Nuclear (cont.)
Percepção Social do Risco é Ainda Mais Aguçada
1. Origem associada a associações militares
2. A radiação não é perceptível pelo homem
3. Falta de informação
4. Proximidade das centrais a grandes cidades
5. Temos de atos de Sabotagem – Terrorismo
III.3 – Hidroeletricidade
III.3 – Hidroeletricidade
Grandes Barragens --- Impactos a Jusante e na área do reservatório
Transformação do ecossistema --- Impactos da Natureza física, biologia, econômica, social, cultural
Impactos de Origem Física
A. Retenção dos sedimentos – Acelera erosão – Reduz capacidade do reservatório – Causa prejuízos á agricultura e á pesca a jusante.
B. Alteração do balanço de recursos hídricos - Possível redução da vazão média do rio, sobretudo em regiões áridas, devido a perdas na barragem
C. Peso do reservatório --- Possíveis problemas sísmicos; Terremotos de até 6 graus Richter – Perdas humanas e até rompimento da barragem
D. Mudança do micro-clima (necessita mais estudos)
III.3 – Hidroeletricidade (cont.)
Impactos de Natureza BiológicaA. Alteração da qualidade da água devido a estratificação na
barragem: Sólidos – Temperatura --- Densidade diferentes
B. Matéria Orgânica e formação de H2S --- Odor desagradável e mortandade de peixes
C. Enchimento do reservatório: Mudança do ecossistema --- Problemas para a Fauna e Flora
D. Possíveis perdas de patrimônio genético, sobretudo em regiões de florestas equatoriais úmidas
E. Proliferação de plantas aquáticas --- Problemas para turbinas
F. Perigo de proliferação de esquistossomose e de mosquitos na represa
III.3 – Hidroeletricidade (cont.)
Impactos Econômicos: Também têm de ser contabilizados os seguintes custos:A. Perdas da produção agrícola – Efetiva e potencialB. Valor da madeira e dos recursos minerais perdidos na
área inundada
Impactos SociaisA. Grande migração durante a construção --- sobrecarga da
infra-estrutura de assentamentos humanosB. Necessidade de reassentamentos humanosC. Alterações na vida da população ribeirinha a jusanteD. Possível contribuição para o desenvolvimento regional:
irrigação, agricultura, pesca, turismo, pequenas indústrias...
III.3 – Hidroeletricidade (cont.)
Impactos de Natureza Cultural
A. Possíveis perdas de patrimônio arqueológico, paisagens, ...
B. Reservas indígenas
Além dos Impactos – Riscos de Acidentes:
A. Rompimento da barragem por falhas construtivas, terremotos, excesso de chuva ou má operação do reservatório – 0,01% : 1,5 por ano das 15000 em operação
B. Inundações mais graves a jusante
III.3 – Hidroeletricidade (cont.)
Hidroeletricidade: Riscos menores que impactos
Energia Nuclear: Riscos maiores que impactos
III.3 – Hidroeletricidade (cont.)
Na Percepção do Público, porque:A. Conseqüências dos acidentes com barragens:
Menores e imediatas– Nuclear: Permanentes
B. Reservatórios em geral estão afastados das grandes cidades
C. Funcionamento de uma central hidroelétrica: Fácil compreensão
D. Experiência Histórica: Risco comprovadamente pequeno
III.3 – Hidroeletricidade (cont.)
Impactos ambientais das linhas de transmissão
associadas sobretudo às hidroelétricas:Aspectos estéticos;
Utilização de erras;
Interferência nas comunicações;
Formação de Ozônio;
Perigo de acidentes aéreos;
Influencia do campo elétrico nos seres vivos.
III.4 – Fontes Novas e Renováveis de Energia
III.4.1 – Geotermia
Produção/ Utilização: Concentrada no mesmo local para evitar perdas de calor - Menor Utilização de terras e controle de efluentes mais fácil
Reciclagem do Vapor: Não é necessário consumo de água de fontes externas
III.4.1 – Geotermia (cont.)
Impactos Negativos Sobre o Meio Ambiente:A. Retirada dos fluidos geométricos --- Instabilidade do
solo (Pode ser evitada por sua reinjeção em poços profundos)
B. Emissão atmosférica de H2S --- Odor desagradável
C. Efluentes líquidos contêm elementos químicos. Alternativas:1) Lançamento direto em cursos da água
2) Evaporação
3) Dessalinização e reutilização da água
4) Reinjeção no reservatório
III.4.2 – Energia Solar
Aquecimento da água: Indústrias, Residências, Serviços Secagem de produtos agrícolas, aquecimento e
condicionamento ambiental, bombeamento de água, produção direta de eletricidade por células fotovoltaicas, refrigeração solar, destilação e dessalinização de água – outras aplicações
Impactos ambientais positivos: Conservação de recursos energéticos não renováveis, redução da emissão de poluentes, melhoria da qualidade de vida no meio rural...
Necessidade de terras, que entretanto podem ser utilizadas para outros fins; E aspectos estéticos – Preocupações ambientais, de pequena monta, da utilização direta; Problemas pontuais na fabricação dos equipamentos
III.4.3 – Energia Eólica
Máquinas eólicas de 5 a100KW de capacidade para
bombeamento de água e eletricidade rural
Impactos ambientais: Risco de acidentes, ruído,
interferência nas telecomunicações e possíveis
mudanças no micro-clima
III.4.4 – Biomassa
Doméstico Industriais Agrícolas Animais
Fontes Tecnologias de Transformação Produtos
Florestas Nativas Conversão Combustão Lenha
Termo Pirólise
Reflorestamento Química Gaseificação Carvão Vegetal
Culturas Energéticas Liquefação Metanol
Etanol
Plantas Aquáticas Conversão Fermentação Anaeróbica
Bio Gás
Resíduos Orgânico Bio Fermentação Alcoólica
Eletricidade
Química Gás
III.4.4 – Biomassa
Combustão direta de lenha, resíduos agrícolas e
animais:
Contribui para o avanço do processo de desertificação,
causando erosão e deterioração do solo. Possíveis
medidas de controle:
A. Técnicas adequadas de reflorestamento e manejo
florestal --- suprimento renovável de lenha
B. Conservação: Fogões mais eficientes
III.4.4 – Biomassa
Produção de Carvão VegetalA. Fornos de baixo rendimento energético
B. Contribui para o desmatamento em grande escala por viabilizar o transporte e a longas distancias até cidades e indústrias
C. O desenvolvimento e difusão de fornos de elevada eficiência com aproveitamento dos resíduos pode reduzir o impacto ambiental
D. Fabricação de carvão vegetal a partir de resíduos de serrarias – Impactos ambientais positivos
III.4.4 – Biomassa
Biodigestão Anaeróbica A. Bom método de tratamento e reciclagem de resíduos poluentes
– Esgotos, vinhoto, efluentes industriais, dejetos de animais – com produção de Biofertilizantes e Biogás: Impactos positivos
B. Elimina os Germes Patogênicos – Melhora condições de higiene – Sobre tudo no meio rural
C. Deve-se tomar algumas precauções para a produção em larga escala, visando a geração de eletricidade, o que requer: Extensa área de coleta e armazenamentos do resíduo orgânico; E medidas de segurança na produção, estocagem e distribuição do Biogás
III.4.4 – Biomassa
Produção de ÁlcoolA. Matérias-Primas Possíveis: cana de açúcar,
mandioca, milho, sorgo sacarino, ...B. No Brasil: Próalcool – 12 Bilhões de litros de álcool
de cana por ano= 4 Milhões de carros a álcool, além de adição de 20% de álcool á gasolina usada por 8 milhões de carros
C. Sucesso TecnológicoD. Viabilidade econômica – Fator limitante do programa
após a queda dos preços do petróleo em 1986 – A produção de álcool parou de crescer
E. Custos sociais e ecológicos
III.4.4 – Biomassa
1. Possível competição com a produção de alimentos
2. Monocultura e queimada exigem muito do solo
3. Grande consumo de água, fertilizantes químicos e pesticidas
4. Destilarias – Água de lavagem e sobretudo vinhoto em grande
quantidade – 10 a17 litros por litro de álcool produzido.
Alternativas: Lagoas de Decantação – Risco de rompimento ou trasbordo
--- Poluição de Rios --- Mortandade de Peixes Utilização direta para fertilização – Possível em alguns tipos
de solo Biodigestão
III.4.4 – Biomassa
5. Emissão de aldeídos, com efeitos pouco conhecidos, pelo motores a álcool; Mas as emissões de SOX NOX Hidrocarbonetos e material particulado são menores; E na mistura com a gasolina o impacto ambiental é positivo, com a eliminação da adição de Chumbo Tetraetila
IV – Conclusões
Impactos ambientais significativos de todas as fontes de
energia, com exceção da produção em pequena escala
de fontes energéticas renováveis
As metodologias de avaliação de impactos ambientais
têm de ser aperfeiçoadas
IV – Conclusões
Necessidade de Participação da sociedade na avaliação
e aceitação dos riscos tecnológicos e ambientais
Dimensão ambiental deve ser incorporada “EX–ANTE ”
na tomada de decisões de política energética
Interpenetração: Planejamento Energético/Ambiental
IV – Conclusões
Busca de estilos de desenvolvimento menos intensivos
em energia, através da promoção de amplas políticas de
conservação de energia, é cada vez mais necessária
Novos mecanismos de cooperação Internacional têm de
ser estabelecidos para a execução de uma ação
coordenada de preservação do meio ambiente.
LIMA/COPPE - Laboratório Interdisciplinar de Meio Ambiente
Coordenador: Prof. Emilio Lèbre La Rovere
Caixa Postal 68565Centro de Tecnologia - Bloco I - Sala 208
CEP 21945-970 - Ilha do Fundão - Rio de Janeiro/RJTel/Fax.: (0xx21) 2562-8805
Emilio Lèbre La Rovere, D. Sc.