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ESCOLA DE MEDICINA DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA
RHANIELEN SANTOS STANCINI
A TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS (TAA) EM CRIANÇAS
AUTISTAS E SEUS BENEFÍCIOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
VITÓRIA
2018
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RHANIELEN SANTOS STANCINI
A TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS (TAA) EM CRIANÇAS
AUTISTAS E SEUS BENEFÍCIOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória – EMESCAM, como requisito parcial para obtenção do grau de enfermeira.
Orientador: Prof. Ms. Rubens José Loureiro
VITÓRIA
2018
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RHANIELEN SANTOS STANCINI
A TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS (TAA) EM CRIANÇAS
AUTISTAS E SEUS BENEFÍCIOS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em
Enfermagem da Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória
– EMESCAM, como requisito parcial para obtenção do grau de enfermeira.
Aprovado em de de 2018.
COMISSÃO EXAMINADORA
Prof. Ms. Rubens José Loureiro
Escola Superior de Ciências da Santa
Casa de Misericórdia de Vitória –
EMESCAM Orientador
Prof. Ms. Patrícia Correa de Oliveira
Saldanha Escola Superior de Ciências da
Santa Casa de Misericórdia de Vitória –
EMESCAM
Banca Examinadora
Prof. Ms. Cristina Ribeiro Macedo
Escola Superior de Ciências da Santa
Casa de Misericórdia de Vitória –
EMESCAM
Banca Examinadora
AGRADECIMENTOS
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Primeiramente а Deus Pai, Deus filho e Deus Espírito Santo, pela permissão que tudo
isso acontecesse ao longo da minha vida, е não somente nestes anos como
universitária, mas em todos os momentos. É o maior mestre que alguém pode
conhecer e admirar.
Agradeço а minha mãe Luciana Santos Stancini, heroína que mе proporcionou
apoio
, incentivo nos momentos difíceis, de desânimo е cansaço.
Ao meus dois pais Derli Vendramini e Cláudio de Oliveira, que apesar das dificuldades,
me fortaleceram para concluir o curso.
Ao meu noivo Tarciso, que a todo momento sempre me ajudou e incentivou para que
esse projeto fosse à frente.
À minha amiga Raquel, que esteve me apoiando e orientando em todo esse projeto.
Ao meu orientador, o mestre Rubens José Loureiro, pelo empenho dedicado à
elaboração desse trabalho e todas as orientações. Sem ele esse trabalho jamais
poderia ir à frente.
Agradeço à todos os professores, em especial a professora Francine Gratival, Sarah
Cosme e Loise Drumond que me apoiaram e incentivaram a ser capaz de todos os meus
sonhos e projetos. À banca de avaliação composta pelas professoras mestres Patrícia
Saldanha e Cristina Ribeiro, por me proporcionarem о conhecimento, não apenas
racional, mas а manifestação do caráter educacional no processo de formação
profissional, por tanto que se dedicaram а nossa turma, não somente ensinando, mas
por terem me feito aprender gerando em mim uma certa admiração pela profissão.
А palavra mestre, nunca fará justiça aos professores dedicados, os quais sem
nominar, terão os meus eternos agradecimentos.
À esta universidade, seu corpo docente, direção е administração e à coordenação de
enfermagem, por ter me proporcionado a chance da janela que hoje vislumbro um
horizonte superior, eivado pela acendrada confiança no mérito е ética aqui presentes.
Em especial a Drª Italla Maria Pinheiro Bezerra, nossa Coordenadora, que vêm
abrindo portas de novos horizontes nesse curso mostrando que se pode ter uma
enfermagem diferenciada.
Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco!
RESUMO
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O objetivo do estudo é identificar os benefícios da Terapia Assistida por Animais (TAA)
em crianças com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). De acordo com a revisão
sistemática evidenciou-se que a TAA vem conquistando um significativo espaço na
atualidade, por ser um tipo de terapia que usa a conexão afetiva entre o ser humano
e o animal na concretização de objetivos psicossociais como base fundamental para
o tratamento em crianças com TEA. O estudo obteve um resultado um total de 19
artigos, sendo selecionados para compor a amostra da pesquisa 12 artigos. O cavalos
auxiliam na interação e restabelecimento da criança em sua autoconfiança, melhorias
na comunicação, convívio social, consciência sensorial e cognitiva e comportamento
físico. Os cães, atuam na autoconfiança e mudanças na percepção do mundo social,
por serem mais sociáveis e interagir com mais facilidade, podendo melhorar a
capacidade de sensibilidade e comunicação; o cão é um instrumento de estimulação
para os órgãos sensoriais, sentidos cinestésico e o sistema límbico, com isso, é
possível desenvolver o respeito, a autoestima e o companheirismo. É importante
mencionar que a continuidade da terapia é um fator que não pode ser descuidada,
porque, as consequências são negativas se o tratamento for interrompido, podendo
causar problemas emocionais inquietantes para a criança portadora do TEA. Concluiu-
se que a TAA pode trazer benefícios à criança portadora do TEA, tais como:
relaxamento, melhorias na saúde mental, melhorias na atenção direta, efeitos
positivos na comunicação, sociabilidade, consciência no âmbito sensorial, cognitivo,
no comportamento físico e melhorias na desatenção e distração.
Palavras-chave: Autismo, Cinoterapia, Equoterapia, Terapia Assistida por Animais e Autismo.
LISTA DE SIGLAS
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CID – Classificação Geral de Doenças
INATAA – Instituto Nacional de Ações e Terapias Assistidas por
Animais TAA – Terapia Assistida por Animais
TEA – Transtorno do Espectro do
Autismo TFC – Terapia Facilitada por
Cães
TGD – Transtorno Global do Desenvolvimento
TIDs – Transtornos Invasivos do
Desenvolvimento
SUMÁRIO
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1 INTRODUÇÃO....................................................................................................08
2 OBJETIVOS........................................................................................................11
3 JUSTIFICATIVA................................................................................................12
4 CAMINHO METODOLÓGICO........................................................................ 13
5 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.............................. 15
5.1 BENEFÍCIOS DA TAA EM CRIANÇAS AUTISTAS...................................... 15
5.2 TERAPÊUTICA COM ANIMAIS......................................................................19
5.3 AS LIMITAÇÕES DA TAA EM CRIANÇAS AUTISTAS............................... 21
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................22
REFERÊNCIAS......................................................................................................23
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1 INTRODUÇÃO
A palavra “autismo” vem do grego “autos”, que significa “Eu/Próprio”, ou seja, voltar-
se para si mesmo. A origem do termo autismo é definido como: “o estado de alguém
que tende em afastar-se da realidade exterior, concentra-se apenas em si próprio”
(CAÇADOR, 2014, p.62).
O autismo é um transtorno neuropsiquiátrico com etiologias múltiplas e diversas. É um
transtorno de caráter genético, com uma herdabilidade estimada de mais de 90%
(GUPTA; STATE, 2006). É também conhecido como Transtorno Global do
Desenvolvimento (TGD), ou também como Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)
(NIKOLOV; JONKER; SCAHILL, 2006), e se caracteriza por alterações restritas e
repetitivas de comportamento, atividades e interesses, manifestadas por pelo menos
duas maneiras: comportamentos motores ou verbais estereotipados, ou
comportamentos sensoriais incomuns; excessiva adesão/aderência a rotinas e
padrões ritualizados de comportamento; interesses restritos, fixos e intensos (FIALHO,
2014).
Segundo a Classificação Geral de Doenças (CID), o autismo é parte da categoria dos
Transtornos Invasivos do Desenvolvimento (TIDs) (MARQUES; ARRUDA, 2007), e o
diagnóstico se dá por observações clínicas, e de comparação de acordo com os
critérios estabelecidos pelo CID, e pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens
Mentais (DSM- 5) (MUNÕZ, 2013).
Schmitt (2015) acrescenta que o autismo é um desenvolvimento comprometido e
significativamente incomum da socialização e comunicação da criança, apresentando
um repertório limitado de interesses e atividades. As manifestações são de maneira
variada, e depende do nível de desenvolvimento e da idade da criança. É de suma
importância que se tenha um diagnóstico precoce atrelado à um tratamento efetivo.
Ressalva Munõz (2013), que quanto mais tardiamente forem realizados o diagnóstico
e as intervenções propostas, o andamento do tratamento já não terá o resultado tão
eficiente e as intervenções, na maioria dos casos, irão proporcionar apenas uma
qualidade de vida mais confortável para o autista e sua família.
Explicam Ribeiro e Cardoso (2014) que recentes pesquisas revelam o significativo
aumento de diagnósticos de autismo em todo o mundo – um a cada mil nascidos é
autista e cerca de quatro indivíduos a cada mil nascidos apresentam espectro autista.
Diante desse quadro, é crescente a necessidade de programas e serviços capazes de
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atender crianças autistas, com o propósito de reduzir suas dificuldades e potencializar
suas capacidades, para que torne possível a promoção no desempenho funcional nos
papéis ocupacionais desse público.
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Cita-se a Terapia Assistida por Animais (TAA) como sendo um tipo de terapia capaz
de desempenhar um papel terapêutico formal, justamente por ser um tipo de
intervenção mais facilitado para lidar com crianças, com enfoque na construção
cognitiva para a ação, tornando- os mais autônomos possíveis (VIVALDINI;
OLIVEIRA, 2015).
A TAA, segundo o Instituto Nacional de Ações e Terapias Assistidas por Animais
(INATAA) visa: “introduzir o animal juntamente com o indivíduo ou um grupo e torná-
lo parte do tratamento, visando sempre promover saúde física, social, emocional, bem
como desenvolver as funções cognitivas; tem, assim, finalidade terapêutica”
(LAMPERT, 2014, p.9).
Nesse sentido, tem-se a TAA como um método alternativo de tratamento capaz de
oferecer melhoras nos casos de autismo infantil; nesse processo, os animais são
transformados em artifício de cumplicidade, um catalisador de emoções e afetividade,
tornando-se um mecanismo de socialização e um elemento de aprendizagem,
favorecendo a possibilidade de melhorar o campo familiar, social e afetivo da criança
(MENDONÇA et al., 2014). A TAA “não é uma terapia, apenas busca proporcionar
momentos lúdicos, visando agradar e melhorar o dia a dia daqueles com os quais
entram em contato” (MENDONÇA et al., 2014, p.17).
A técnica terapêutica utilizando cães é denominada Terapia Facilitada por Cães (TFC),
atualmente conhecida como Cinoterapia (SILVA, 2011). Pesquisas revelam que a
companhia de um animal pode estar relacionada à redução na frequência de
batimentos cardíacos, pressão arterial e de ansiedade. Foi comprovado que a
companhia de cães alivia a depressão e aumenta a autoestima nos pacientes, estando
atrelados com melhorias no bem-estar psicológico e fisiológico (MUNÕZ, 2013).
Acrescentam Mendonça et al. (2014) que a companhia de cães faz com que a criança
autista tenha mais desejo de continuar a terapia, até porque, a criança não entende
que o cão é o terapeuta, mas um amigo. Os benefícios surgem sem que existam
obrigações e os resultados são muito importantes, sendo perceptíveis pelos
profissionais envolvidos na terapia e pela família.
A terapia envolvendo cavalos denomina-se Equoterapia. O caminhar do cavalo
proporciona à criança um movimento tridimensional, similar à marcha do homem,
levando seus corpos ao mesmo tempo para cima e para baixo, de um lado a outro,
verticalmente subindo e descendo. Os movimentos sequenciais e simultâneos do
10
bacia do cavaleiro, que é provocada pelas inflexões laterais do dorso do animal
terapêutico (SILVA, 2011).
O cavaleiro recebe os movimentos do animal, desencadeando o movimento de
resposta. Isso acontece porque os movimentos realizados na Equoterapia são
transmitidos pelo cérebro do cavaleiro, pelo seu sistema nervoso, através da relação
entre o assento do cavaleiro e o dorso do cavalo, centro de execução dos movimentos
do cavalo, com a continuidade de sua execução, tendo como resultado respostas que
ativam o organismo (SILVA, 2011).
No contexto da saúde, a TAA é o termo utilizado na inter-relação dos animais com as
pessoas sendo definido como uma intervenção dirigida por profissionais com
conhecimentos na área da saúde, que a estruturam através de metas e objetivos
específicos acomodados para a criança com autismo ou a grupos de indivíduos que
necessitam de tratamento. A TAA possibilita os profissionais de saúde novas
perspectivas no que se refere à recursos auxiliares, obtendo um resultado positivo até
em casos onde os métodos tradicionais não obtiveram sucesso.
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2 OBJETIVOS
Conhecer as principais terapias assistidas por animais em crianças autistas através de
uma revisão integrativa e seus benefícios.
12
3 JUSTIFICATIVA
A TAA é benéfica para o desenvolvimento de crianças com transtorno autista,
comprovando isso de acordo com a citação de Itana Cruz (2015, p.1) onde ela refere
que:
Relativamente à aplicação das terapias assistidas por animais, vários estudos de casos têm demonstrado que a presença do cão nas terapias é benéfica, proporcionando um aumento significativo dos comportamentos positivos (tais como sorrisos, contato físico e visual) e diminuição de comportamentos negativos (como a agressividade, alienação, isolamento, entre outros).
A citada autora menciona um estudo realizado por Redefer e colaboradores em
1989, que observou que a fuga ao contato e isolamento das crianças diminuíam de
modo significativo na presença do cão de terapia. E nas interações iniciadas com o
terapeuta, as crianças apresentavam um comportamento de isolamento e fuga,
nessas sessões o cão não estava presente.
A literatura revela que a TAA pode trazer benefícios no que se refere ao relaxamento,
desenvolvimento e interação social de crianças autistas na sociedade, intensificando
uma qualidade de vida relativa a uma pessoa normal, ou seja, que não possui o
transtorno.
Considerando que o significativo aumento de pessoas diagnosticadas com autismo e
a necessidade delas desenvolverem habilidades capazes de lhes permitirem exercer
funções na sociedade, como de estudante, membro de família, trabalhadores, dentre
outras atividades, o que torna imperioso conhecer as alternativas de tratamento, como
a TAA que apresenta capacidade de promover o estímulo na criança autista em suas
habilidades cognitivas e sua participação social de forma típica.
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4 CAMINHO METODOLÓGICO
Para a realização da revisão integrativa, foram percorridas as seguintes fases:
definição do tema TAA e autismo em crianças, determinação dos critérios de inclusão
e exclusão, busca nas principais bases de dados e revisão dos artigos com foco nos
critérios estabelecidos para análise.
Foi definido tendo como tema principal a TAA no desenvolvimento de crianças
autistas: uma revisão. A pesquisa foi realizada nas principais bases de dados:
ScienceDirect, Scielo, Medline Pubmed e na revisão dos artigos com base nos critérios
de inclusão e exclusão para análise, determinados antecipadamente. O estudo
priorizou as publicações em revistas indexadas, reconhecidas pela sua contribuição
científica e/ou os de acesso gratuito, para garantir a acessibilidade a uma maior
quantidade de investigações.
Os critérios de inclusão foram estabelecidos como seguem: estudos originais, de caso,
clínicos, estudos-piloto ou metanálises, elaborados em português, com publicações
dos últimos nos, ou seja, no período compreendido entre 2005 a 2017, relacionados
à TAA, equoterapia e cinoterapia entre crianças autistas. Os critérios de exclusão
compreenderam as revisões bibliográficas e artigos na língua inglesa e com acesso
restrito.
Após a seleção dos estudos, obteve-se um total de 19 artigos, sendo selecionados
para compor a amostra da pesquisa 12 artigos (Figura 1). Foram excluídos os artigos e
revisões bibliográficas na língua inglesa e com acesso restrito.
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Figura 1 – Diagrama de Venn: Seleção dos artigos classificados em benefícios da TAA em crianças autistas, as teorias da terapêutica com cães e cavalos e as limitações da TAA com crianças autistas.
A busca nos bancos de dados foi realizada mediante os descritores: terapia assistida
por animais e autismo, cinoterapia e autismo, equoterapia e autismo. Os títulos
encontrados em cada base de dados foram revisados em conformidade com os
critérios de inclusão e exclusão.
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5 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
5.1 BENEFÍCIOS DA TAA EM CRIANÇAS AUTISTAS
No cuidado da saúde, a TAA vem conquistando um significativo espaço na atualidade,
por ser um tipo de terapia que usa o laço/relação entre o humano e o animal na
realização/concretização de objetivos psicossociais como parte integral do processo
de tratamento em crianças com TEA (DIAS, 2014). Como ressalvam Endres et al.
(2013, p.2).
[...] através do relacionamento íntimo com os animais de estimação despertamos as outras características animais, igualmente poderosas, da lealdade, do amor, do instinto e da jovialidade. É nesta perspectiva que nas últimas décadas há um interesse crescente pelo estudo da relação homem e animal visto seu potencial terapêutico.
Os primeiros relatos sobre a utilização de animais no tratamento de crianças com TEA
foi desenvolvido por Redefer e Goodman em 1989. Os pesquisadores analisaram 12
crianças e jovens autistas, na faixa etária entre 5 e 20 anos, com o objetivo de
identificar mudanças no comportamento social, antes, durante e depois da exposição
planejada e fiscalizada a um animal (CARVALHO, 2014).
Medidas de isolamento e interação social foram administradas em várias fases da
pesquisa. Ao inserir um cão a experiência dos pesquisados com autismo demonstrou
melhorias na conduta pró-social, com diminuição de comportamentos e aumento
comportamentais sociais mais adequados (CARVALHO, 2014).
Para as crianças com TEA, a TAA serve como tratamento complementar e objetiva
promover melhorias físicas, cognitiva, social de pacientes humanos (SCHMITT, 2015).
A Tabela 1, mostra os principais benefícios da TAA em crianças autistas:
Tabela 1. Benefícios da Terapia assistida por animais em crianças autistas
Benefícios Nº de artigos
Porcentagem (%)
Amor 1 12,50% Amizade 2 25% Diminui a solidão e depressão 7 87,50% Diminui a depressão 6 75% Diminui a ansiedade 7 87,50% Diminui a desatenção 3 37,50% Diminui a distractibilidade 1 12,50% Atua no sistema nervoso simpático
2 25%
Estimula a prática de exercícios 1 12,50% Total 8 100%
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A literatura revela que a TAA vem apresentando bons resultados em crianças com
TEA, principalmente no que se refere a melhorias na saúde mental e qualidade de vida
dessas crianças no âmbito do desenvolvimento psicológico e social (DIAS, 2014;
LACERDA, 2014; SILVA, 2011).
Friedman em 1990 foi um dos pioneiros no estudo sobre os benefícios da TAA
envolvendo os parâmetros fisiológicos e saúde cardiovascular do homem, sendo que
os resultados de vários estudos revelaram que esse tipo de terapia pode promover a
saúde através de três mecanismos básicos: diminuição da solidão e da depressão;
diminuição da ansiedade, os efeitos do sistema nervoso simpático e aumento do
estímulo para a prática de exercícios (MACHADO et al., 2014).
A TAA objetiva proporcionar a criança com TEA benefícios, gerados pelo amor e
amizade, que pode surgir entre o indivíduo e o animal (DIAS, 2014). O vínculo afetivo
estabelecido entre a criança e o animal é o primeiro passo para a comunicação com o
terapeuta (MACHADO et al., 2014; KOBAYASHI et al., 2009).
Martin e Farnun (2013) apud Lacerda (2014) explicam que o animal é o meio facilitador
para o acesso da criança com TEA ao seu ambiente social. O animal age como um
objeto transicional, auxiliando a criança a estabelecer vínculo com ele para depois
estender esse vínculo para os humanos, devido à dificuldade da criança com TEA em
formar vínculo social.
Autores destacam que o contato com cães e cavalos, auxilia à criança pelo
conhecimento de si, no estabelecimento de sua própria identidade e na descoberta de
suas realidades animais; os animais atuam como facilitadores e estimuladores de
atividades físicas e terapêuticas (SCHMITT, 2015; SILVA, 2011).
O animal contribui para o desenvolvimento do senso de self, da imaginação, do brincar
e da empatia. O impacto da presença do animal na terapia parecer ser diferente da
presença de humanos, o animal seria uma fonte de afeto positivo e sem julgamentos
para a criança (LACERDA, 2014).
As habilidades motoras e a autoconfiança nas crianças é um ponto muito importante
na TAA, bem como diminuir a ansiedade, a desatenção e a distração. O contato com
o animal reduz o estresse provocado pelo problema enfrentado (MOREIRA et al.,
2016; SCHMITT, 2015).
As Tabelas 2 e 3, apresentam os benefícios da terapia assistida por cavalos e cães.
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Tabela 2. Benefícios da equoterapia com crianças autistas
Benefícios Nº de artigos Porcentagem (%) Movimento tridimensional 8 100% Equilíbrio 8 100% Atua no sistema nervoso 6 75% Diminui a agressividade 7 87,50% Diminui antipatias 3 37,50% Treina padrões comportamentais
2 25%
Total 8 100% Fonte: Adaptado pela autora, 2018.
As crianças com TEA utilizam a TAA
com cavalos revelam melhorias e significativos
desenvolvimentos na integração sensorial, motivação social, atenção direta e
sensibilidade sensorial, e melhorias na desatenção e distração (DIAS, 2014).
No estudo de Carvalho (2014) cita que na terapia com cavalos em crianças com TEA
foi identificado efeitos positivos na comunicação, sociabilidade, consciência sensorial,
cognitiva e do comportamento físico. Com isso, elucida Schimitt (2015) o praticamente
cria com o cavalo um relacionamento de afetividade importante, estabelecendo uma
harmoniosa relação e atuação mútua.
Os cavalos são usados para interagir e restabelecer a criança com TEA a autoestima
e a confiança. Mas não é uma técnica que ensina montaria, mas sim o processo
terapêutico e educacional; buscando o desenvolvimento biopsicossocial (SCHMITT,
2015).
A equoterapia oferece uma abordagem dinâmica da psicologia infantil, pois, a
desorganização do paciente é valorizada, reconhecendo seus aspectos positivos e
aproveitando para reforçar suas competências, fazendo do cavalo um aliado,
harmonizador da relação terapêutica (SCHMITT, 2015).
A andadura dos passos realizado pelo animal proporciona ao cavaleiro vários
movimentos sequenciados e simultâneos, tendo como efeito o movimento
tridimensional e multidirecional. O mesmo se refere ao eixo vertical, em movimento de
cima para baixo; no plano frontal, em movimento para direita e esquerda; e no plano
sagital, em movimento para frente e para trás. Acrescenta-se esses três movimentos
a um quarto, realizado pelo animal, que é a torção da bacia do cavaleiro da ordem de
até oito graus para cada lado, provocado pelas inflexões laterais do dorso do animal
(SCHMITT, 2015).
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Na andadura natural o cavalo possui ciclos de movimentos equivalentes aos ciclos do
homem. O paralelismo entre o andar do homem e do cavalo é identificado pelo
movimento tridimensional de ambos. No deslocamento do cavalo evidencia-se um
movimento tridimensional de ambos. Quando o cavalo se desloca, exige o cavaleiro a
modulação do tônus muscular para se ajustar, manter, recuperar ou adaptar o
equilíbrio postural a cada movimento realizado (SCHMITT, 2015).
A montaria é utilizada como a etapa principal do processo terapêutico (DIAS, 2014).
Tabela 3. Benefícios da cinoterapia com crianças autistas
Benefícios Nº de artigos
Porcentagem (%)
Diminui ansiedade 7 87,50% Diminui a depressão 7 87,50% Diminui a agressividade 6 75% Melhorias no desenvolvimento
socioemocional 5 62,50% Mudança na percepção do mundo
social 4 50% Total 8 100%
Fonte: Adaptado pela autora, 2018.
Os cães são os preferidos, por serem mais habilitados para as funções de favorecer
alegria, autoconfiança e mudanças na percepção do mundo social, por serem mais
sociáveis e interagir com mais facilidade (SCHMITT, 2015; SILVA, 2011); por possuir
uma feição natural pelas pessoas, e por ser facilmente adestrado e por criar respostas
positivas ao toque (MOREIRA et al., 2016).
Para as crianças com autismo, os cães podem proporcionar senso de autonomia, valor
próprio, melhor reconhecimento de si mesma, mesmo que muitos desses pacientes
não falem e tenham aversão ao toque, a TAA envolvendo cães pode melhorar a
capacidade de sensibilidade e comunicação.
O estudo do cão como participante da TAA desenvolvida por Redefere Goodmann em
1989, evidenciou que a aproximação com animais expande a capacidade de contato
com outros elementos do mundo externo. A pesquisa sugere que crianças com TEA
apresentavam menos sintomas autísticos quando em companhia do cão,
possibilitando uma interação maior com o ambiente e o terapeuta. O cão estimula os
sujeitos de modo a se tornarem mais capacitados para participar e desfrutar de
interações sociais (CARVALHO, 2014).
20
O cão serve de elo entre o paciente e o terapeuta e é usado como instrumento de
estimulação importante para os órgãos sensoriais, sentidos cinestésico e o sistema
límbico (CARVALHO, 2014), eles estabelecem uma recíproca comunicação que
possibilita o desenvolvimento do respeito, autoestima e companheirismo (ENDRES et
al., 2013).
A presença do cão amigável atua na diminuição da pressão sanguínea de crianças,
enquanto elas descansam e quando estão participando de alguma tarefa (LACERDA,
2014).
A TAA envolvendo o com cão pode reduzir a ansiedade em situações de estresse;
também identificam outros benefícios como melhoras no humor, diminui a
agressividade e o sentimento de solidão. A relação surge entre o animal e a criança
fazendo com que cultive sentimentos de confiança, cuidado, estima e reconhecimento
do mesmo como um amigo (CARVALHO, 2014).
Pesquisas revelam que a presença temporária ou permanente do cão aumenta os
comportamentos sociais; esses comportamentos incluem sorrisos, olhares, toques e
risadas. Esse fato pode ser explicado pela facilidade da criança se relacionar melhor
com os cães do que com os humanos (SCHMITT, 2015). A presença do animal pode
produzir efeitos espontâneos e inesperados (CARVALHO, 2014).
Explica a Lehman (2012) apud Lacerda (2014) que os bebês e crianças apresentam
características físicas que serviriam de mecanismo inato para elicitar nos adultos
comportamentos de proteção e cuidado, seria o Baby Schema Effect (BSE). Algumas
características como, olhos grandes, bochechas roliças, corpo gordinho com membros
curtos sendo que essas características podem ser comuns em algumas raças de cães.
5.2 AS TEORIAS DA TERAPÊUTICA COM CÃES E CAVALOS
A relação entre o homem e o animal já é conhecida desde a pré-história; sítios
arqueológicos foram encontrados dessa época em que o animal doméstico era
enterrado em posição de destaque ao lado do seu provável dono (SILVA, 2011).
Admite-se que os felinos tenham sido introduzidos de modo voluntário pela população
neolítica, como aconteceu com outros animais, como vacas, ovelhas, cabras, veados
e porcos. Os gatos serviam para controlar a população de ratos que atacavam as
plantações de cereais de Chipre e do Oriente Médio, provavelmente a sua
domesticação tenha iniciado entre 12 a 14 mil anos atrás, pois existem evidências de
20
de cereais nesse período. A domesticação de outros animais já foi identificada
anteriormente (MACHADO et al., 2014).
Bayne, em 2002 cita que:
Temos os animais como colaboradores de nossas conquistas e batalhas, personagens indispensáveis no desenvolvimento da ciência, na religião, nas fábulas infantis e sendo nossos companheiros, além de entenderem às necessidades humanas de alimentação, vestuário e transportes. De uma relação instrumental, o relacionamento entre os seres humanos e os animais vem se transformando e tem sido cada vez mais afetiva (SILVA, 2011, p.12).
A TAA, historicamente, foi utilizada de forma pioneira e intuitiva em 1792 por William
Tuke, no tratamento de doentes mentais (MACHADO et al., 2014; KOBAYASHI et al.,
2009).
Na abordagem da utilização do animal como recurso voltado para o cuidado em
saúde, a TAA remete aos registros de Florence Nightingale de 1860, a partir da
observação de pacientes que contavam a companhia de pequenos animais e suas
consequentes manifestações de melhora na saúde. A partir daí que se configurou a
TAA como uma técnica a influenciar profissionais de saúde para seus uso (MOREIRA
et al., 2016).
Na Enfermagem, uma revisão integrativa sobre o tema, evidenciou que cada vez mais
a profissão tem utilizado a TAA para diminuir a dor, a ansiedade e para aumentar a
socialização e qualidade de vida, e contribuir com tratamentos em várias áreas da
saúde (MOREIRA et al, 2016).
No Brasil, a TAA surge nos anos 1980, mas somente a partir dos anos 1990 que foram
fundados os primeiros Centros de Atendimentos de TAA, e foram iniciadas as
pesquisas científicas sobre o assunto (SILVA, 2011).
Os primeiros relatos da equoterapia como recurso na terapia surgiu no século XVIII,
com o objetivo de atuar na melhora do controle postural, na coordenação e equilíbrio
de pacientes com distúrbios articulares. A prática deste tipo de terapia com cavalos
vem aumentando consideravelmente nos dias atuais, utilizando esse animal como
agente promotor de melhorias nos aspectos físico, psicológico e educacional
(SCHMITT, 2015; KOBAYASHI et al., 2009).
A TAA deve ser supervisionada por profissionais de saúde habilitados e pode ser
realizada por paraprofissionais, profissionais e voluntários treinados (SCHMITT,
2015). Por ser uma intervenção direcionada, individualizada e com critérios
21
específicos em que o animal é parte integrante do processo de tratamento, é o tipo
de intervenção que precisa ser aplicada e
22
supervisionada por profissionais da saúde, devidamente habilitados, também se faz
necessário que todo o processo seja documentado e avaliado periodicamente, com o
objetivo de melhorar a função física, emocional e/ou cognitiva dos pacientes
(KOBAYASHI et al., 2009).
É importante, ter como garantia, o acompanhamento de médico veterinário para os
animais, assegurando o bom estado sanitário do animal e reduzir o potencial
zoonótico; e zelar com carinho e respeito pelo bem-estar do cão ou cavalo, até porque,
a qualidade de vida desses animais terapeutas é imprescindível para o bom
funcionamento terapêutico (SCHMITT, 2015).
5.3 AS LIMITAÇÕES DA TAA EM CRIANÇAS AUTISTAS
As dificuldades de interação social das crianças com TEA podem representar uma
limitação, por causar situações estressantes que tendem a ser evitadas, ficando para
o terapeuta proporcionar um ambiente facilitador para ao processo de interação
(LACERDA, 2014).
A condição interativa da criança com o terapeuta, exige que a criança desenvolva
habilidades sociais objetivadas no planejamento da terapia, por ser geradora de
estresse para a criança e para o terapeuta (LACERDA, 2014; SILVA, 2011).
É importante realizar uma criteriosa avaliação com o objetivo de adequar os exercícios
à criança e providenciar medidas de segurança para evitar a exposição a riscos
desnecessários. As agressões por parte dos animais podem ser evitadas, mediante
avaliação do temperamento individual e comportamental relacionado à espécie do
animal, sendo imprescindível reconhecer se há uma empatia deste com o paciente.
No caso de crianças que apresentam fobias e aversão à cães e cavalos não devem
fazer parte dos programas de TAA, o mesmo com aquelas com problemas alérgicos
(MACHADO et al., 2014).
A continuidade da TAA é uma questão que não pode ser negligenciada, porque, o
impacto negativo da interrupção do tratamento pode acarretar problemas emocionais
preocupantes, principalmente em crianças com autismo (MACHADO et al., 2014).
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse trabalho teve como objetivo conquistar um espaço significativo na atualidade,
por ser um tipo de terapia que usa o elo/relação entre o ser humano e o animal na
efetivação/concretização de trabalhos psicossociais como a parte mais importante do
processo de tratamento em crianças com TEA. A finalidade desse tipo de terapia é
proporcionar benefícios ao paciente, através de do vínculo de afetividade entre o
cão/cavalo e a criança. O estabelecimento desse vínculo é o primeiro passo para a
favorecer a troca de informações entre o paciente e o terapeuta.
O cavalos auxiliam na interação e restabelecimento da criança em sua autoestima e
confiança, na interatividade comunicacional, convívio social, consciência sensorial e
cognitiva, e comportamento físico. Os cães, atuam na autoconfiança e mudanças na
percepção do mundo social, por serem mais sociáveis e interagir com mais facilidade,
podendo melhorar a capacidade de sensibilidade e comunicação. O cão serve de elo
para excitar os órgãos sensoriais, sentidos cinestésico e o sistema límbico, com isso,
é possível desenvolver o respeito, a autoestima e o companheirismo.
Antes de iniciar a terapia, é imprescindível realizar uma criteriosa avaliação
objetivando adequar os exercícios à criança e providenciar medidas de segurança
para evitar a exposição à riscos dispensáveis. As agressões cometidos pelos animais
podem ser facilmente evitadas, mediante avaliação do temperamento individual e
comportamental relacionado à espécie do animal, sendo imprescindível identificar se
ocorrerá empatia deste com o paciente. A criança que apresenta fobias e aversão à
cães e cavalos não devem fazer parte dos programas de TAA, o mesmo com aquelas
com problemas alérgicos.
É importante mencionar que a continuidade da terapia é um fator que não pode ser
descuidada, porque, as consequências são negativas se o tratamento for
interrompido, podendo causar problemas emocionais inquietantes para a criança
portadora do TEA.
Concluiu-se que a TAA pode trazer benefícios à criança portadora do TEA, tais como:
relaxamento, melhorias na saúde mental, na atenção direta, efeitos positivos na
comunicação, sociabilidade, consciência no âmbito sensorial, cognitivo, no
comportamento físico e melhorias na desatenção e distração.
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