EMPREENDEDORESEstudo da Endeavor
Brasil revela que 76%dos brasileiros
gostariam de ter opróprio negócio e
mostra ainda os perfisdos nossos
empreendedores.
Tina
Cez
aret
ti/H
ype
São Paulo, sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014www.dcomercio.com.br
Jornal do empreendedor
ESPECIAL
2 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Mais benefícios para as MPEsEncabeçado pelo ministro Guilherme Afif Domingos, comitê vai
acompanhar políticas públicas para as micro e pequenas empresas
Carlos Ossamu
Na semana passada,
em Brasília, foi ins-
talado o Comitê In-
terministerial de
Avaliação do Simples Nacio-
nal, presidido pelo ministro da
Secretaria da Micro e Pequena
Empresa, Guilherme Afif Do-
mingos. O objetivo é acompa-
nhar e avaliar as políticas pú-
blicas para micro e pequenas
empresas e propor avanços
para o setor. O evento teve a
participação da presidente
Dilma Rousseff e dos ministros
que integram o comitê - Casa
Civil, Fazenda, Planejamento,
Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior, Ciência,
Tecnologia e Inovação e Traba-
lho e Emprego.
Para o ministro Afif Domin-
gos, o País precisa avançar
muito nas condições de aber-
tura de micro e pequenas em-
presas e adiantou que sua se-
cretaria irá encampar a cam-
panha "Pense Simples", para
que todos os órgãos públicos
comecem a simplificar suas
normas, leis e regulamentos.
Segundo o ministro, o primei-
ro grande projeto da simplifi-
cação governamental é o Por-
tal Empresa Simples, para tor-
nar mais fácil o processo de
abertura de empresas, que
deverá ser feito em um único
local: a Junta Comercial do Es-
tado onde se
p r e t e n d e
abrir o negó-
cio. Antes do
lança mento
do portal, no
entanto, Afif
f a r á , a t é
maio, uma ca-
ravana em to-
do o País para
divulgar o pro-
jeto. "Quando
se abre uma
e m p re s a , o
problema não
é a abertura, é
o l i c e n c i a-
mento. Tem
de ter inscrição estadual, ins-
crição municipal, licença do
meio ambiente, licença dos
bombeiros, da vigilância sani-
tária e o alvará. Cada um está
num balcão. Cada um com a
sua regra, a sua taxa e o seu
número", observou Afif.
Simplificação
De acordo com ele, o Cadas-
tro Nacional de Pessoa Jurídica
(CNPJ) será o único número
exigido do micro e pequeno
empreendedor. "Com isso, te-
mos de fazer um acordo com
os Estados para que se unifi-
que o sistema", observou.
O ministro disse que o novo
sistema, que pretende reduzir
de 150 dias para apenas 5 o
período de abertura de uma
empresa no País, ainda depen-
de de uma lei complementar,
que deve ser votada em plená-
rio até abril e aprovada até ju-
lho. Afif espera que, com a
aprovação e a implementação
do portal, tenha fim a via sacra
que se enfrenta hoje. "O em-
presário irá a um único balcão
e, se tiver assinatura digital,
poderá abrir ou fechar a em-
presa de sua casa porque, no
mundo digital, quem viaja são
os dados, e não as pessoas".
Segundo Afif, como cerca de
90% das micro e pequenas
empresas são de baixo risco
ambiental e de vigilância sani-
tária, será possível pegar o
certificado previamente e
aguardar a inspeção já com a
empresa aberta, evitando
"formar essa fila enorme que
atrasa a criação de empre-
sas", disse.
Campanha
A campanha Pense Simples,
que se referiu o ministro, teve
início no ano passado e quer a
aprovação do Projeto de Lei
Complementar 237/12, de au-
toria do deputado Pedro Eugê-
nio (PT-PE), que modifica o Es-
tatuto das Micro e Pequenas
Empresas (Lei Complementar
123/06). O objetivo é ampliar
os incentivos fiscais já conce-
didos às micro e pequenas em-
presas (MPEs) por meio do
Simples Nacional. O projeto foi
apresentado em dezembro de
2012, já passou por diversas
comissões na Câmara e foi
apresentado em audiências
públicas em diversas cidades
do País – em São Paulo aconte-
ceu em outubro último e reu-
niu mais de 700 pessoas.
Nesse evento na capital
paulista, o ministro contou os
seus planos frente à Secreta-
ria e muitas das ações estão
alinhadas e dependem da
aprovação do Projeto de Lei
Complementar 237/12. O pla-
no do ministro tem três gran-
des linhas de atuação: Simpli-
ficando o Simples, Aumentar a
renda da MPE através da am-
pliação de mercado e a facili-
tação ao crédito, e por fim, fa-
zer o Simples Trabalhista e in-
centivar a adoção da Lei do
Aprendiz nas MPEs.
Substituição Tributária
No item Simplificando o
Simples, o ministro quer elimi-
nar a substituição tributária
para as MPEs. “Ela elimina os
efeitos do Simples Nacional
em relação ao ICMS e reduz o
capital de giro das MPEs. A
ação proposta é impedir que
os substitutos apliquem a re-
tenção quando o substituído
for uma MPE”, observou. Esta
ação está alinhada ao PLC
237/12, assim como a propos-
ta de universalização do Sim-
ples para todas as atividades
profissionais. “Queremos que
a classificação seja pelo porte
e não por atividades. Faturou
até R$ 3,6 milhões por ano, se
enquadra no Simples”.
Outra proposta levantada
por Afif Domingos na ocasião
foi a unificação das obriga-
ções. Atualmente, o recolhi-
mento é único pelo Simples
Nacional, mas as informações
ainda são prestadas a diver-
sos órgãos, em di-
versas datas e em diversos
formatos. “O que propomos é
a criação da Obrigação Estatal
Única, via internet, engloban-
do Simples Nacional, FGTS,
Caged, RAIS e Refis”, disse.
Ainda na linha da simplifica-
ção, o ministro lembrou da Re-
desim - Rede Nacional para a
Simplificação do Registro e da
Legalização de Empresas e
Negócios, que agora está sen-
do chamada de Portal Empre-
sa Simples. “É a rede de unifi-
cação de abertura e fecha-
mento de empresas, já previs-
t a n a l e i , m a s d i f í c i l d e
implementar. O grande pro-
blema é que ainda existem vá-
rios processos, sistemas, bal-
cões e vários sites, resultando
em múltiplos cadastros – N i re ,
CNPJ, Inscrição Estadual, Ins-
crição Municipal, licenças do
Corpo de Bombeiro, Am-
biental, Sani-
tária e al-
v a r á d a
pre feitu ra.
Abrir uma em-
presa é uma via
sacra, tem que
bater de porta em
porta. E por isso, o
Brasil é colocado na
ridícula 123ª posição
n o r a n-
king do Banco Mundial em ter-
mos do apoio do país ao em-
preendedorismo. Isso afeta a
nossa imagem no exterior”.
“Nós temos a experiência
de que 90% das empresas são
de baixo risco. Só que, para se
dar a licença é preciso a visto-
ria prévia de todos, e a demora
se dá exatamente por causa
disso. Vamos começar a acre-
ditar na palavra das pessoas.
Ela assina qual é o seu risco e
eu vou acreditar, mas depois
vou fiscalizar. Infelizmente,
aqui a burocracia não acredi-
ta, não confia, não capacita e
depois não fiscaliza. É aquela
maçaroca inicial e depois não
se olha mais”, contou Afif Do-
mingos. “Nós vamos inverter
isso: eu acredito, confio, capa-
cito e vou fiscalizar, pois quem
for fiscalizado e mentiu em
sua declaração, essa empresa
será fechada e não abrirá mais
porque mentiu. Hoje, os men-
tirosos ganham dos honestos,
porque os honestos pagam
pelos mentirosos”.
Acesso ao crédito
O ministro lembrou que a
Constituição já determinou
um registro único para as em-
presas, que é o CNPJ. “Tem o s
que reafirmar na Lei Comple-
mentar um princípio constitu-
cional e acabar com a Inscri-
ção Estadual e Municipal. A
inscrição deve ser única e o
número único, que é o CNPJ. E
o balcão de entrada para aber-
tura e fechamento também é
único, é a Junta Comercial, ab-
solutamente modernizada
para esse objetivo. Esta é a
missão do nosso ministério”.
Também está nos planos a
ampliação e facilitação do
acesso ao crédito para as
MPEs para a compra de bens
de produção. “Uma manicure,
que precisa comprar uma au-
toclave para esterilizar os ins-
trumentos, que custa entre R$
1,5 mil e R$ 2 mil, não conse-
gue linhas de créditos. Mas se
ela for a uma loja comprar uma
TV de 40 ou 50 polegadas, tem
60 meses para pagar”, obser-
vou. “Precisamos criar as li-
nhas de crédito para máqui-
nas e equipamentos para as
MPEs, máquinas novas e usa-
das, pois alguém pode estar
desativando um torno compu-
tadorizado de penúltima gera-
ção para comprar uma de últi-
ma geração, e tem outra em-
presa pequena que para ela
essa máquina de penúltima
geração já serve. Mas não tem
financiamento para comprar
isso. Vamos trabalhar essa
cultura para crédito em inves-
timento, aperfeiçoando o sis-
tema”, prometeu.
Ueslei Marcelino /Reuters
Consumidorestá menosconfiante
O ministroGuilherme AfifDomingos (àesq.) com apresidenteDilma Rousseffno anúncio doComitêInterministerialde Avaliaçãodo SimplesNacional.A primeiraproposta é queo processocompleto deabertura deuma empresaseja feito naJuntaComercial.
Aconfiança do
consumidor
brasileiro neste início de
ano não sofreu
alterações em relação
ao fim do ano passado,
marcando 143 pontos
em janeiro – mesmo
número de dezembro. É
o que mostra o Índice
Nacional de Confiança
da Associação
Comercial de São Paulo
(INC ACSP/Ipsos) de
janeiro. Porém, o INC
está bem abaixo de
janeiro dos últimos dois
anos. Em janeiro de
2013, o índice ficou em
152 pontos e, em janeiro
de 2012, foi de 178
pontos – na época,
acreditava-se num salto
do PIB e numa
recuperação da
economia, o que não se
c o n f i rm o u .
O INC varia entre 0 e
200 pontos, sendo que
200 representa o
otimismo máximo. As
mil entrevistas
domiciliares para o INC
de dezembro foram
realizadas entre os dias
16 e 27 de janeiro em 70
cidades brasileiras,
incluindo nove regiões
metropolitanas. “A
confiança do
consumidor brasileiro
segue as expectativas
gerais do mercado e não
sinaliza grandes
oscilações para os
próximos meses”,
afirma Rogério Amato,
presidente da ACSP e da
Federação das
Associações Comerciais
do Estado de São Paulo
(Facesp). Ele lembra que
o INC despencou em
junho de 2013 – período
das manifestações
populares – e desde
então ficou no mesmo
p a t a m a r.
Segundo Amato, os
dados do INC a respeito
de compras e das
situações atual e futura
dos entrevistados
revelam que o
consumidor não
vislumbra mudanças na
economia nos próximos
meses. Mas o presidente
da ACSP alerta: “Esse é o
retrato do momento, na
visão do consumidor.
Fatores internos e
externos na economia
podem influenciar esses
indicadores no futuro”.5
Dias será o temponecessário para
abrir uma empresano Brasil quando o
Portal EmpresaSimples estiver emoperação. Hoje são
150 dias.
Paulo Pampolin/Hype
Rogério Amato: consumidor não vê mudanças.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ESPECIAL - 3
Orientação e boas ideiaspara o seu negócio
Começa amanhã no Expo Center Norte a Feira do Empreendedor doSebrae-SP, o maior evento do Brasil sobre empreendedorismo
startups, além de exposição
de oportunidades de negó-
cios. Para não enfrentar filas
na entrada, os interessados
podem realizar o cadastra-
mento prévio no site http://fei-
r a d o e m p re e n d e d o r. s e-
b r a e s p . c o m . b r.
O visitante que busca infor-
mações sobre empreendedo-
rismo poderá participar de ati-
vidades voltadas à dissemina-
ção de conhecimento nas oito
salas de palestras, com capa-
cidade para 300 pessoas ca-
da, que contará com apresen-
tações de profissionais do
mercado. Haverá ainda seis
espaços destinados à capaci-
tação comandados por con-
sultores e técnicos do Sebrae-
SP. “É o maior evento para mi-
cro e pequenos empreende-
dores do Brasil e es-
te ano vamos ter
muitas novidades,
como a carreta da
Copa do Mundo, a
nossa loja móvel, o
salão de beleza iti-
nerante, a lavande-
r ia mode lo e tc . ,
além de palestras e mais de 70
consultores para orientar os
em pree nded ores ”, diz Bruno
Caetano, diretor superinten-
dente do Sebrae-SP.
Os interessados em abrir a
própria empresa poderão sair
da Feira do Empreendedor
com informações sobre as
ofertas e tendências de mer-
cado ao visitar a área de opor-
tunidades de negócios. Cerca
de 300 expositores dos seg-
mentos de franquias, tecnolo-
gia da informação, máquinas
e equipamentos, representa-
ção e porta a porta estarão no
Expo Center Norte para apre-
sentar seus produtos e servi-
ços. "Nosso objetivo é apre-
sentar soluções e oportunida-
des que promovam a melhoria
de processos. Por isso, o Se-
brae-SP seleciona os exposi-
tores e avalia se o perfil da em-
presa participante é compatí-
vel com as demandas dos mi-
cro e pequenos empresários",
explica Caetano.
A feira também terá um es-
paço de atendimento do Se-
brae-SP, onde serão ofereci-
das consultorias de marke-
ting, financeira e jurídica. O
empresário que deseja sair da
informalidade também pode-
rá abrir a empresa durante a
Feira do Empreendedor.
Panorama do setor
Segundo conta o diretor su-
perintendente do Sebrae-SP,
pesquisas indicam que o em-
preendedorismo no Brasil
vem amadurecendo. “Hoje, a
maioria abre o seu negócio
porque identificou uma opor-
tunidade e não por necessida-
de, porque perdeu o emprego.
A cada negócio aberto por ne-
cessidade, se abrem dois por
oportunidade, o que significa
que o empreendedor estudou
o mercado, planejou e tem um
modelo de negócio”, diz Bruno
C a e t a n o.
Segundo o executivo, diver-
sas entidades que defendem
as micro e pequenas empre-
sas, como o Sebrae e a Asso-
ciação Comercial de São Paulo
(ACSP), entre outras, estão
mobilizadas para que seja
aprovado na Câmara o Projeto
de Lei Complementar 237/12,
de autoria do deputado Pedro
Eugênio (PT-PE), que modifica
o Estatuto das Micro e Peque-
nas Empresas (Lei Comple-
mentar 123/06) e que tem, en-
tre outros objetivos, ampliar
os incentivos fiscais já conce-
didos às MPEs por meio do
Simples Nacional. ( C . O. )
SSERVIÇOERVIÇOFeira do Empreendedor
Loc al: Expo Center Norte -Pavilhão Verde, São Paulo
E ndereço: Rua José BernardoPinto, 333 - Vila Guilherme
Dat a : de 22 a 25 de fevereiroSábado e domingo: 10h às 21h
Segunda e terça: 13h às 21h
Euler Paixão / Hype
Empreendedores estãomais maduros
Dados recentes
revelados pelo
Sebrae a partir da
pesquisa Global
Entrepreneurship Monitor
(GEM) mostram que de
cada 100 brasileiros que
começam um negócio
próprio no Brasil, 71 são
motivados por uma
oportunidade de negócios e
não pela necessidade. Esse
é o melhor índice já
registrado desde o início do
levantamento, há 12 anos.
Em 2002, apenas 42% das
pessoas abriam uma
empresa por identificar
demanda no mercado,
enquanto os demais tinham
o empreendedorismo como
única opção, por não
encontrar alternativas no
mercado de trabalho.
Na avaliação do
presidente do Sebrae
Nacional, Luiz Barretto, os
resultados indicam a
vitalidade do
empreendedorismo no País,
mesmo em um período de
pleno emprego. “A
perspectiva é de que os
pequenos negócios
continuem em uma
trajetória de crescimento, já
que o mercado interno
brasileiro ainda oferece
muitas oportunidades de
negócios, seja para a classe
média, em expansão, seja
para segmentos específicos
de mercado”, avalia. Os
m i c ro e m p re e n d e d o re s
individuais (MEI),
microempresas e pequenas
empresas – aqueles que
faturam até R$ 3,6 milhões
por ano – representam 99%
das empresas brasileiras e
somam mais de 8,3 milhões
de Cadastro Nacional de
Pessoa Jurídica (CNPJ).
Ter o próprio negócio é
um dos três principais
sonhos do brasileiro, atrás
apenas de comprar a casa
própria e viajar. “Sonhar é
tão fundamental quanto se
planejar. A maioria dos
entrevistados afirma não
ter medo de fracassar, o
que é positivo, mas, para ter
sucesso, o empreendedor
também precisa investir na
sua capacitação e buscar
um diferencial para seus
produtos e serviços”.
Outro dado da pesquisa
ainda não ultrapassaram os
homens, mas estão quase
lá, com aproximadamente
49% de participação entre
os novos empresários.
“A cada ano, o perfil do
empreendedor brasileiro se
torna mais feminino e mais
e s c o l a r i z a d o”, destaca o
Barretto. “As mulheres
estão investindo em
qualificação, buscam
acesso às informações, não
permitem amadorismo”,
afirma. Prova disso é o
índice de escolaridade: 49%
dos donos de novos
negócios – em que as
mulheres são maioria – têm
pelo menos o segundo grau
completo. Já entre os donos
de negócios estabelecidos
(com mais de três anos e
meio de atividade), – em
que os homens são maioria
– esse índice é de 41%.
A pesquisa GEM aponta
ainda que 66% das
mulheres iniciam uma
empresa após identificar
uma oportunidade de
mercado. “Elas estão
deixando de empreender
apenas para complementar
a renda da família ou por
p a s s a t e m p o”.
Boa parte desse
resultado pode ser
creditado à força do
mercado interno brasileiro,
fortalecido pela expansão
da classe média.
Feira doEmpreendedor:visitantesterão acesso anformaçõessobre asofertas etendências demercado aovisitara área deopor tunidadesde negócios.
Diretor de RedaçãoMoisés Rabinovici
Ed i to r - Ch e feJosé Guilherme
Rodrigues Ferreira
Edição e reportagemCarlos Ossamu
D iagramaçãoLino Fernandes
Gerente Executivade Publicidade
Sonia Oliveira
Telefone: 3180-3029s o l i ve i ra @ a c s p. co m . b r
71de cada 100
brasileiros queabriram um
negócio o fizerampor identificar umaoportunidade de
mercado e não porn e c e s s i d a d e.
GEM é que as mulheres já
são maioria nas estatísticas
de abertura de novos
negócios no País, com 52%
dos novos empreendedores
– aqueles com menos de
três anos e meio de
atividade. A força
empreendedora feminina é
maioria em quatro das
cinco regiões brasileiras.
Apenas no Nordeste elas
Empresários que dese-
jam melhorar ou ex-
pandir os seus negó-
cios e candidatos a
empreendedores não podem
deixar de ir à 3ª edição da Feira
do Empreendedor, que come-
ça amanhã e vai até o dia 25 no
Expo Center Norte – Pa v i l h ã o
Verde, zona Norte de São Pau-
lo. A feira é organizada pelo
Sebrae-SP a cada dois anos e
se consolidou como o principal
evento de empreendedoris-
mo do Brasil voltado às micro e
pequenas empresas. Com en-
trada franca, o evento ocupa-
rá uma área de 21 mil m² com
estandes de consultoria indi-
vidual, orientação coletiva, lo-
jas modelos para o comércio
varejista, espaço de negócios
para empreendedores de
BrunoCaetano: alémdas palestras,mais de 70consultoresestarãodisponíveispara orientaros pequenosempresários.
Tina Cezaretti / Hype
4 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Sebrae respondeas principais dúvidas
Conheça quais são as principais questões levantadas pelosempreendedores nos diversos canais da instituição
No ano passado, o Se-
brae-SP atendeu
quase 500 mil em-
presários e futuros
empreendedores do comér-
cio, de serviços, da indústria e
do agronegócios, em todo o
Estado de São Paulo. A entida-
de possui diversos canais de
atendimento, seja presencial,
por telefone ou pela internet.
N o S i t e d o S e b r a e - S P
(www.sebrasp.com.br), o em-
preendedor tem acesso a di-
versos informações de como
abrir ou tocar o seu negócio.
Veja algumas das principais
dúvidas que surgem nesses
atendimentos.
Quais são os controlesbásicos de gestão?
Para conseguir cumprir as
necessidades dos contro-
les empresariais, o em-
preendedor deve vi-
sualizar e analisar os
processos de rela-
ção da empresa
c o m o s s e u s
clientes e forne-
c e d o re s .
Portanto, os controles em-
presariais devem contemplar
desde o atendimento (cadas-
tro dos clientes), as análises
internas (custos, formação
dos preços de venda, fluxo de
caixa e demonstrativos de re-
sultados), o estoque (contro-
les de entrada, saída e giro),
seguindo posteriormente, pa-
ra a expedição e a entrega do
produto e serviço, até o pós-
venda.
Todas estas atividades pre-
cisam ser monitoradas por
controles diários, se possível,
informatizados e integrados,
para oferecerem os recursos
necessários à gestão empre-
sarial e às suas decisões estra-
tégicas.
O empreendedor necessita
ter o controle sobre todos os
aspectos inerentes ao negó-
cio, mas existem alguns que
são primordiais para a gestão
da empresa, como seguem:
- Cadastro de clientes, for-
necedores e produtos.
- Controle do estoque e as in-
formações inerentes a ele.
- Analisar o Demonstrativo
de Resultados do Exercício,
através da margem de contri-
buição, do lucro líquido da em-
presa e também do ponto de
e q u i l í b r i o.
- Analisar diariamente o Flu-
xo de Caixa, que proporciona
as condições adequadas à
orientação financeira da em-
presa, ao longo do tempo.
Tenho uma pequenaempresa, mas não estou
satisfeito com meusfornecedores. Como
devo fazer paragarantir uma boacontratação?
Em qua lquer
área, o empresá-
rio deve lembrar
que, para seus fornecedores,
ele é o cliente. Assim como vo-
cê preza por manter seus
clientes, seu fornecedor preci-
sa garantir um atendimento
satisfatório à sua empresa.
Busque um fornecedor que
preste bom atendimento, ofe-
reça flexibilidade, qualidade,
agilidade e capacidade de pro-
dução. Um bom fornecedor é
aquele que pratica bons pre-
ços, garante qualidade e cum-
pre os prazos de entrega.
É comum que o empresário
contrate um fornecedor ape-
nas pelo preço. Mas quando
não se olha a qualidade dos
produtos e o comprometimen-
to da empresa fornecedora, o
próprio negócio fica compro-
metido. Para evitar contra-
tempos, mantenha um forne-
cedor, mas sempre com uma
ou duas empresas fornecedo-
ras alternativas, que possam
atendê-lo de última hora.
Antes de qualquer contrato,
procure, também, conhecer o
histórico de seus fornecedo-
res. Peça referências, fale com
outras empresas atendidas e
peça indicações. Preocupe-se
com o preço, mas não abra
mão da qualidade e do com-
p ro m i s s o.
Além disso, busque manter
uma relação de parceria com
seu fornecedor. Afinal, tanto
o seu negócio quanto o
dele dependem desta
reciprocidade. Ava-
lie-o com frequên-
c ia e, sempre
que possível,
ofereça auxílio
para que ele
possa atendê-
lo da melhor
f o rm a .
Se, mesmo assim, a
relação com sua empresa
se mantiver abalada, pesqui-
se e avalie novos fornecedo-
res. Por mais que você queira
manter a parceria, seu negó-
cio é que deve ser priorizado. E
quando o fornecedor não con-
segue cumprir com a qualida-
de dos produtos e os prazos
combinados, o seu cliente é
quem vai perceber as falhas
Tenho um pequenoestabelecimento comercial eminhas vendas têm diminuídomuito nos últimos meses. Oque posso fazer para não fecharmeu negócio?
Antes de qualquer decisão
ou mudança, identifique o real
motivo desta queda de ven-
das. Em geral, elas acontecem
por aumento da concorrência
ou retração econômica. Vale
investigar, também, se a que-
da do seu faturamento não foi
por questões de qualidade dos
seus produtos ou de atendi-
mento feito em sua empresa.
Se as causas forem devido a
motivos externos, como a de-
saceleração econômica, é
preciso pensar estratégias pa-
ra retomar o faturamento nor-
mal. Primeiro, adeque a em-
presa em relação aos custos,
despesas, compras e investi-
mentos pelo tempo que per-
durar essa nova realidade.
Mesmo quando a população
começa a gastar menos, é
possível pensar em alternati-
vas, como itens que possam
ser agregados e que aumen-
tem as vendas.
Em situações mais críticas,
onde a queda do faturamento
é constante e crescente, ava-
lie os impactos no caixa da em-
presa. Para isso, faça uso do
fluxo de caixa, tanto para vi-
sualizar a situação da empre-
sa, como para encontrar pos-
síveis alternativas. Se, atra-
vés desta avaliação, for identi-
ficado que a empresa possui
reservas financeiras, meça
por quanto tempo elas supor-
tam a redução nas receitas.
Porém, se o problema esti-
ver dentro da sua empresa,
não meça esforços para resol-
vê-lo. Treine funcionários, fa-
ça pesquisa de qualidade, cul-
tive o relacionamento com a
sua clientela. Estude o com-
portamento das vendas, tanto
as realizadas quanto aquelas
que foram perdidas.
A análise do negócio é fun-
damental para o sucesso, in-
d e pe n-
d e n t e-
m e n t e d o
momento pelo
qual a empresa
passa. A economia e
a redução de gastos
desnecessários são bem-
vindas em qualquer negó-
cio. Além disso, esteja sempre
atento às possibilidades de
atrair mais clientes, seja por
contato direto, seja por divul-
gação de produtos, promo-
ções e ofertas
Quais são os principaisfatores que levam à falência ouà má administração de umaempresa?
A falta de experiência pode
levar à má administração. Po-
rém, o que leva uma empresa
à falência, na sua essência, é
não conseguir atender o seu
mercado e não conseguir le-
var a ele a sua proposta de va-
lor. Isso faz com que a empresa
não seja reconhecida, não po-
dendo capturar valor de volta
em forma de pagamento pelos
produtos e serviços ofereci-
dos. Para fazer a empresa fun-
cionar é preciso uma boa ges-
tão. Para aprender a fazer uma
boa gestão, o empresário de-
ve estudar bastante aqueles
aspectos onde encont ra
maior dificuldade. Além disso,
para não ter o sabor do insu-
cesso, o empresário deve
aprender com quem faz bem
aquilo que precisa implemen-
tar em sua empresa, muitas
vezes pessoas da sua própria
convivência, com quem pode
obter dicas, macetes e boas
práticas em gestão.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ESPECIAL - 5
Materiaisde construção:
vendasestáveis
Primeirapesquisa do ano
da Anamacomostra
estabilidadenas vendas emcomparação ajaneiro do anopassado e boasexpectativas
até o fim do ano
AAnamaco (Associa-
ção Nacional dos Co-
merciantes de Mate-
riais de Construção)
divulgou no início deste mês
os resultados do seu estudo
mensal sobre as vendas no se-
tor de material de construção.
O levantamento indicou que
as vendas no mês de janeiro ti-
veram retração de 7,7% em
relação a dezembro. Já na
comparação com janeiro de
2013, elas ficaram estáveis. A
pesquisa Tracking Mensal foi
realizada com 530 revende-
dores das cinco regiões do
Brasil. “Esse era um resultado
já esperado, em função do
comportamento do setor. Ja-
neiro geralmente é um mês
fraco, pois vem logo depois
das festas de fim de ano e ain-
da em uma época em que é
preciso pagar novos impostos
e matrículas escolares” ex p l i -
ca o presidente da Anamaco,
Cláudio Conz.
Segmentos
As lojas pequenas e médias
foram as que mais sentiram o
impacto. Já as grandes tive-
ram um incremento de 8% nas
vendas em relação a dezem-
bro – na comparação com ja-
neiro do ano passado, o de-
sempenho foi 2% superior.
A maioria dos segmentos
apresentou queda, exceto aço
e cimento, que se mantiveram
estáveis. A retração foi maior
ainda para os setores de tintas
e iluminação, que tiveram ín-
dice de -41% e -23%, respecti-
vamente. “No caso de tintas, a
retração aconteceu em fun-
ção do grande volume comer-
cializado em dezembro, que é
o melhor mês do ano para o
segmento. As pessoas sempre
procuram reformar a casa pa-
ra as festas de fim de ano e isso
acaba impactando o mês se-
guinte”, explica Conz.
Ainda segundo o estudo,
41% dos lojistas acreditam
que conseguirão recuperar
parte da queda de vendas já
em fevereiro, e 35% se decla-
raram otimistas com relação
às ações do governo nos próxi-
mos 12 meses. As perspecti-
vas também são positivas no
tocante a novos investimen-
tos, pois 53% dos revendedo-
res afirmaram que devem in-
vestir em seus estabeleci-
mentos nos próximos 12 me-
ses, com destaque para o
Centro-Oeste, Sudeste e Sul
neste quesito. Para o mês de
fevereiro também diminuiu de
forma geral a intenção de con-
tratação de funcionários, ex-
ceto nas regiões Centro-Oeste
e no Nordeste.
Apesar da retração de janei-
ro, a Anamaco continua com
perspectivas positivas para o
ano. O setor registrou 4,4% de
crescimento em 2013, alcan-
çando um faturamento recor-
de de R$ 57,42 bilhões: “Con-
tinuamos esperando um de-
sempenho 6% superior no pri-
meiro semestre do ano e 8%
superior no segundo. Se tudo
sair como estamos prevendo,
devemos encerrar o ano com
mais um recorde histórico de
7,2% de crescimento sobre
2013”, finaliza Conz.
Planejando a reforma
A Hibou, empresa de pes-
quisa e monitoramento de
mercado, realizou uma pes-
quisa com paulistanos de clas-
ses B e C, entre os dias 24 e 28
de janeiro, para entender co-
mo eles se programam para as
reformas domésticas e por
que o início do ano é período
propício para isso.
Dos entrevistados, 53% re-
sidem em casas e 47% em
apartamentos. “Notamos que
quase metade dos entrevista-
dos possui moradia própria
quitada (43%) e na outra me-
tade, 17% ainda pagam finan-
ciamento, 38% pagam alu-
guel e 2% vivem em residên-
cias emprestadas” explica Lí-
gia Mello, sócia da Hibou e
coordenadora responsável da
pesquisa.
Segundo o estudo, o final e
início de ano são as épocas es-
colhidas para realizar uma re-
forma. Dos entrevistados,
29% afirmaram que o 13º salá-
rio é o grande incentivador das
obras de final de ano. Já 17%
fazem por conta das promo-
ções do período e outros 17%
por conta das férias.
Uma reforma nunca é fácil
de ser planejada e mais difícil
ainda é ser colocada em práti-
ca. Os entrevistados foram
questionados se eles ou o res-
ponsável pela residência já ti-
nham realizado algum tipo de
reforma. Dos respondentes,
39% afirmaram que sim, 32%
disseram que nunca houve
uma reforma, mas gostariam
de fazer, e 29% não fizeram e
não fariam. Inclusive, apenas
19% deles fizeram alguma
ação de reforma antes de en-
trarem no imóvel.
Tipo de reforma
Para os que já realizaram al-
guma reforma, a p intura
(69%) e troca de revestimen-
tos, como em pisos e paredes
(43%), foram as ações mais
efetuadas, seguida de hidráu-
lica e elétrica (34%), 12% re-
novação de telhado e apenas
5% reformaram para ampliar
ou acrescentar novo cômodo
ao imóvel. “Foram citados
também troca de chuveiro e
quadro de luz, porém em per-
centuais abaixo de 2%” co m-
plementa Lígia.
Os principais motivos para a
execução da reforma são a
manutenção e solução de pro-
blemas (70%), 17% estética e
design, 6% modernização do
lar, 5% valorização do imóvel
e apenas 2% responderam
ampliação. “O paulistano de
classe média B e C reforma
mais por necessidade do que
por estética. Outra informa-
ção importante é que 74% dos
entrevistados que reforma-
ram permaneceram no imóvel
durante toda a obra.”
Divulgação
Pesquisa revelaperfil das empresas
de factoring
No fim do ano
passado, o SINFAC-
SP (Sindicato das
Sociedades de Fomento
Mercantil Factoring do
Estado de São Paulo)
realizou a pesquisa “O Perfil
da Atividade de Fomento
Mercantil no Brasil”, que
contou com a participação
de 91 empresas paulistas
de factoring. O objetivo foi
fazer um mapeamento do
setor. “Esta ampla
pesquisa será essencial
para que nossa entidade
condicione sua atuação
criando novas estratégias e
desenvolvendo planos que
contemplem a maior
representatividade do
setor e o melhor
atendimento aos
associados no Estado. A
análise da pesquisa mostra
que o perfil das empresas
de factoring é de pequenas
empresas que atendem
pequenas empresas”, diz
Hamilton de Brito Junior,
presidente da entidade.
Segundo a pesquisa,
entre os setores com maior
presença do factoring, a
indústria figura em
primeiro lugar com
36,32%, seguida do
comércio (28,33%), dos
serviços (26,39%) e do
agronegócio (8,95%). O
levantamento ratifica
ainda que, somadas, as
micro e pequenas
empresas representam
78,45% do setor.
Das empresas
entrevistadas, 75,23% têm
até 50 clientes ativos, com
operações regulares. Entre
as 91 pesquisadas, 84,61%
disseram que realizam até
200 operações mensais e
74,73% dos respondentes
afirmaram que
movimentam até R$ 2
milhões por mês. O prazo
médio da carteira de
clientes varia de 31 a 60
dias para 81,32% das
empresas do setor. De
acordo com o
mapeamento, 23,08% das
empresas registraram
menos de 0,20% de perda
sobre o total operado nos
últimos dois anos.
Apesar da diversificação,
maioria continua
adquirindo ou realizando
ativos e operações
tradicionais. O domínio
ainda é das duplicatas
(46,32%) e dos cheques
pré-datados (36,84%).
Claudio Conz, da Anamaco
SXC
6 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Asas para o seunegóciodecolar
Investidores-anjoajudam empresas
inovadoras acrescerem, com
capital e tambémapoio em forma
de conhecimentoe redes decontato
Entre junho de 2012 e
julho de 2013, o in-
vestimento-anjo des-
tinado às startups no
Brasil somou R$ 619 milhões,
um crescimento de 25% sobre
os R$ 495 milhões do período
anterior. O número de investi-
dores nesta categoria subiu
de 6.300 para 6.430, um au-
mento de pouco mais de 2%.
Estes números são de uma
pesquisa divulgada pela Anjos
do Brasil (www.anjosdobra-
sil.net) no fim do ano passado.
O estudo ainda revelou o perfil
dos investidores-anjo que
atuam no País: 50% são em-
presários, 29% são executi-
v o s , 1 3 % s ã o i n v e s t i d o-
res/gestores, 6% profissionais
liberais e 2% outros. Entre as
principais áreas de interesse
para investimentos estão: TI,
Mobile, Saúde/Biotecnologia,
E-commerce, Educação e En-
t re t e n i m e n t o.
A Anjos do Brasil é uma or-
ganização sem fins lucrativos
fundada em 2011 pelo empre-
sário Cassio Spina, que tam-
bém lançou o livro Investidor
Anjo (Editora nVersos). A orga-
nização foi criada com o obje-
tivo de fomentar o crescimen-
to do investimento-anjo para
apoio ao empreendedorismo
de inovação, compartilhando
conhecimentos, experiências
e oportunidades de negócios
para investidores e empreen-
dedores e apoiando a forma-
ção de redes de relaciona-
mento, ajudando a conectar
todos agentes da comunidade
e m p re e n d e d o r a .
Como funciona
O investimento-anjo é o in-
vestimento efetuado por pes-
soas físicas com capital pró-
prio em empresas nascentes
com alto potencial de cresci-
mento (startups). Geralmente
são empresários, executivos e
profissionais liberais expe-
rientes, que agregam valor
para o empreendedor com
seus conhecimentos, expe-
riência e rede de relaciona-
mentos, além dos recursos fi-
nanceiros. O investidor tem
normalmente uma participa-
ção minoritária no negócio e
não possui posição executiva
na empresa, mas apoia o em-
preendedor atuando como um
mentor ou conselheiro.
Spina explica que o investi-
mento-anjo é uma prática
bastante difundida nos Esta-
dos Unidos e Europa, onde os
governos locais oferecem in-
centivos, pois entendem que
eles geram riquezas e empre-
gos, além de promoverem a
inovação. Nos EUA, por exem-
plo, é possível deduzir no im-
posto de renda entre 10% e
100% do total investido, de-
pendendo do Estado; na Ingla-
terra, os investidores podem
deduzir do IR 30% do total in-
vestido e ter isenção sobre ga-
nho de capital. “No Brasil não
há incentivos e a legislação
considera que o investidor é
um sócio, qualquer que seja a
sua participação, podendo
responder judicialmente por
passivos ou outros problemas
que a empresa possa apresen-
tar ”, afirma Spina. “Porém, há
modelos de contratos que per-
mitem que o investidor não se-
ja considerado sócio – não é o
ideal, mas é uma solução que
temos usado”, revela.
Além do dinheiro
Importante observar que o
investimento-anjo não é uma
atividade filantrópica e/ou
com fins puramente sociais. O
investidor-anjo tem como ob-
jetivo aplicar recursos em ne-
gócios com alto potencial de
retorno, que consequente-
mente terão um grande im-
pacto positivo para a socieda-
de através da geração de
oportunidades de trabalho e
de renda. O termo "anjo" é uti-
lizado pelo fato de não ser um
investidor exclusivamente fi-
nanceiro, que fornece apenas
o capital necessário para o ne-
gócio, mas por apoiar o em-
preendedor, aplicando seus
conhecimentos, experiência e
rede de relacionamento para
orientá-lo e aumentar suas
chances de sucesso.
O investimento-anjo em
uma empresa é normalmente
feito por um grupo de dois a
cinco investidores, tanto para
diluição de riscos como para o
compartilhamento da dedica-
ção, sendo definido um ou dois
como investidores-líderes pa-
ra cada negócio. O investi-
mento total por empresa é em
média entre R$ 200 mil a R$
500 mil, podendo chegar até
R$ 1 milhão.
A Anjos do Brasil poderá for-
necer materiais de referência,
bem como apresentar outros
investidores-anjos e/ou asso-
ciações, conforme a necessi-
dade, com os quais o empre-
endedor poderá trocar expe-
riências e conhecimento.
Mas não basta o empreen-
dedor ter uma ideia na cabe-
ça, é preciso ter um modelo de
negócio formatado, um amplo
estudo do mercado e a empre-
sa ou produto registrados. Os
investidores-anjos normal-
mente investem em negócios
que apresentem inovação.
Caso seja um negócio tradicio-
nal, por exemplo varejo, a re-
comendação é que se procure
entidades como o Sebrae, in-
cubadoras ou organismos de
fomento ou financiamentos.
Os investidores-anjos tam-
bém buscam empresas que
atuem em mercados com
grande potencial de cresci-
mento. O valor do investimen-
to também não deve superar
R$ 1 milhão, pois exigiria um
número grande de investido-
res. Nesse caso, a opção é bus-
car empresas de private equi-
ty. O investimento-anjo se
destina exclusivamente para
aporte da empresa (cash-in) e
não para a compra de partici-
pação (cash-out) de outros in-
vestidores e/ou dos sócios, e
nem poderá ser utilizado para
pagamento de dívidas.
Segundo explica Spina, não
é apenas o investidor-anjo que
deve escolher com critério o
empreendimento que irá in-
vestir. O empreendedor tam-
bém deve escolher com cuida-
do o investidor-anjo, conhecer
a sua atuação, o seu portfólio
de investimento, se há afini-
dade e como ele pode agregar
valor, seja com contatos ou
experiência. ( C . O. )
Steve Marcus/Reuters
O investidor-anjo tem comoobjetivoaplicarrecursos emnegócios comalto potencialde retorno, queterão grandeimpactopositivo para asociedade.
Divulgação
Cassio Spina, da Anjos do Brasil
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ESPECIAL - 7
Quem são os novosempreendedores digitais?
Pesquisa mostra os perfis de empreendedores e investidores de startups no Brasil
Houve uma forte mu-
dança no foco das
startups brasileiras
nos últimos anos.
Em 2011, o foco principal era o
Marketing Online, com 17%
dos novos empreendimentos
vo l tados para esta
área, seguido de pro-
dução de Conteúdo,
também com 17%,
S o f t w a re ( 1 6 % ) ,
Educação (14%) e So-
cial Media (13%). Já em
2013 os segmentos
apontados como os de
maior investimento dos
empreendedores fo-
ram Serviços (33%),
Aplicativos (30%) e E-
commerce (29%). Is-
so é o que indica a se-
gunda edição da pesquisa “O
Perfil do Empreendedor Digi-
tal no Brasil”, realizada pela
e.Bricks Digital, empresa de
investimentos do Grupo RBS,
e a Consumoteca, boutique de
conhecimento especializada
no consumidor brasileiro. Fo-
ram ouvidos 342 empreende-
dores digitais, por meio de
questionário estruturado onli-
ne, com apoio dos parceiros
Endeavor, Brazil Founders,
Anjos do Brasil, Brazil Innova-
tors e Startupi. O primeiro es-
tudo sobre o tema foi realizado
pelas duas empresas em outu-
bro de 2011.
Amadurecimento
Para Fabio Bruggioni, CEO
da e.Bricks Digital, a compara-
ção entre os dois estudos mos-
tra uma evolução. “Os resulta-
dos apontam para uma clara
profissionalização do merca-
do, tendo em vista que os seto-
res de maior crescimento exi-
gem mais dos empreendedo-
res, tanto em capital quanto
em esforço de equipe”, afir-
ma. “Negócios disruptivos
têm chances maiores de com-
petir com players globais”,
completa Bruggioni.
O estudo abordou também
o ciclo de lançamento das
startups. Segundo os entre-
vistados, o tempo médio para
que os negócios e as ideias dos
empreendedores entrevista-
dos estejam prontos é de seis
meses, um ciclo bem rápido. A
pesquisa aponta que apenas
7% dos empreendedores ain-
da estão na fase de ideias, 8%
estão com o projeto no papel,
33% estão em fase inicial de
desenvolvimento, 26% estão
com seus produtos em fase
beta e 26% já estão com o pro-
duto finalizado.
Quando questionados so-
bre a formalidade dos negó-
cios, 78% constituíram em-
presa formal ou estão no pro-
cesso de legalização, um nú-
mero bem próximo aos 77%
que estavam nessa situação
em 2011. Outro dado é que
43% dos empreendedores tra-
balham exclusivamente em
seus projetos, enquanto que
52% dedicam parte do seu
tempo ao negócio; 27% dos
entrevistados afirmaram ter
uma equipe formada por qua-
tro ou seis pessoas, 15% res-
ponderam tocar o negócio so-
zinhos.
Em busca de apoio
A falta de recursos é a prin-
cipal barreira para os empre-
endedores digitais, de acordo
com 45% dos entrevistados.
Se pudessem, portanto, con-
tar com um apoio de empresas
especia l izadas em
startups, 33% dos en-
trevistados pediriam fi-
nanciamento. Já 28% de em-
preendedores gostariam de
ter mais contato com o merca-
do, ou seja, maior facilidade
para apresentar e comerciali-
zar o produto desenvolvido.
Aproximadamente 80% dos
projetos são financiados pelos
sócios do negócio, ou seja,
sem a presença de um investi-
dor externo. Entre os que não
possuem investimento exter-
no, 27% disseram que apre-
sentaram seu projeto para al-
gum investidor.
O status após a apresenta-
ção dos projetos a investido-
res não possui diferença signi-
ficativa entre os número de
2011 e os de 2013. Em ambas
as pesquisas, 42% dos entre-
vistados disseram estar em
negociação e 17% afirmaram
que não houve interesse por
parte dos investidores, dois
pontos percentuais a mais que
em 2011. Nove por cento dos
empreendedores entrevista-
dos disseram estar trabalhan-
do na lista de exigências – em
2011 eles eram 8%. Dos que
não contaram com investi-
mento externo, 46% disseram
ter a intenção de apresentar
posteriormente – em 2011 es-
te número era de 55%.
Uma parce-
la pequena dos
e mp re en de do re s
entrevistados possui al-
gum tipo de financiador, como
investidor-anjo (12%), empre-
sa de venture capital (5%),
empresa privada (4%) ou ban-
co de investimento (1%). A
participação de programas do
governo e instituições de ensi-
no é baixa, 3% e 1% respecti-
vamente.
Perfis de investidores
De acordo com os entrevis-
tados, um investidor hoje não
é apenas uma fonte de recur-
sos financeiros, mas, princi-
palmente, um parceiro. Para
39% dos entrevistados, o em-
preendedor precisa ter uma
boa rede de contatos para aju-
dá-los a abrir portas e a cres-
cer. Apenas 2% desejam ape-
nas o dinheiro do investidor.
São quatro os perfis de inves-
tidor mapeados pela pesqui-
sa: Abridor de portas, Especia-
lista, Estrategista e Financia-
d o r.
O Abridor de portas é o par-
ceiro que tem uma grande re-
de de relacionamento e possui
o tino comercial que muitos
empreendedores buscam. É
imprescindível que ele conhe-
ça o segmento de atuação do
negócio para que as ações se-
jam dirigidas sem perda de
t e m p o.
O Especialista possui bons
conhecimentos econômicos
de mercado para auxiliar o
empreendedor. Como geral-
mente o empreendedor é téc-
nico, é importante ter um par-
ceiro que entenda de econo-
mia e negócios. Ele deve aju-
dar o empreendedor a tomar
as decisões baseados em re-
ports, números e dados.
O Estrategista é responsá-
vel por repensar toda a inteli-
gência do negócio e apresen-
tar novos rumos para a empre-
sa. Neste caso o parceiro é vis-
to como um “c on s el h ei ro”,
mas é imprescindível que tra-
balhe no projeto, dedicando
tempo ao negócio junto com o
e m p re e n d e d o r.
Já o Financiador é o investi-
dor tradicional, que financia o
novo negócio em troca de par-
ticipação. É fonte de recursos
financeiros, mas não auxilia
em outras atividades, como
estratégia e networking. É um
perfil que os empreendedores
não valorizam atualmente.
Perfil do empreendedor
A pesquisa aponta uma con-
centração de empreendedo-
res nas regiões Sudeste (43%
estão em São Paulo) e Sul
(21%). Os empreendedores
são, em sua maioria, homens
com idade entre 25 e 40 anos.
A pirâmide social dos empre-
endedores é diferente da po-
pulação brasileira, privile-
giando pessoas com maior po-
der aquisitivo e alto nível de
escolaridade –42% fizeram al-
gum tipo de pós-graduação.
Cursos de graduação rela-
cionados à tecnologia são os
mais comuns entre os empre-
endedores digitais (19%), se-
guidos por administração de
empresas (16%) e comunica-
ção social (13%). A necessida-
de de gerir seu negócio e colo-
car sua ideia para fren-
te faz com que os cur-
s o s d e p ó s -
graduação mais fre-
quentes estejam re-
lacionados com ges-
tão de negócios (23%),
marketing (16%) e ad-
ministração de empre-
sas (11%).
Inspiração (histó-
rias de outros em-
preendedores) e
experiência pro-
fissional são os fa-
tores que mais in-
fluenciam um empreen-
dedor na hora de pensar em
ter seu negócio (42%). E sua
motivação é trabalhar com o
que gosta (73% em 2013 e
79% em 2011), seguido do re-
torno financeiro (50% em
2013 e 52% em 2011) e da
oportunidade de crescimento
profissional (44% em 2013 e
54% em 2011). As motivações
se mantiveram as mesmas em
2011 e 2013.
Dos entrevistados, 45% dis-
seram que a falta de recursos
financeiros ainda é o principal
problema dos empreendedo-
res digitais no País. Em 2011
este número foi de 44%. A bu-
rocracia (39%) e a falta de mão
de obra qualificada (35% em
2013 e 30% em 2011) tam-
bém apresentam elevados
percentuais. Observa-se re-
dução significativa na insatis-
fação com políticas públicas
de incentivo (28% em 2013 e
34% em 2011) e na falta de
tempo para dedicação ao pro-
jeto (18% em 2013 e 34% em
2011).
Em 2011, a média de tempo
em que os entrevistados se
consideravam empreendedo-
res era de 30 meses. Em 2013,
esse tempo subiu para 40 me-
ses. Apesar do crescimento, a
média não cresceu em 24 me-
ses (tempo entre as duas pes-
quisas), indicando que ainda
existe uma taxa de desistên-
cia elevada.
8 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Alta tecnologiaao alcance dos pequenos
O portalVouclicar.com
oferece aplicaçõesespecíficas de gestão
de serviços,hardware, software e
infraestruturaatravés da internet
SXC
Máquina velha,custos maiores
SXC
Uma pesquisa
realizada pela
Techaisle a pedido
da Intel revelou dados
preocupantes em relação
às pequenas empresas:
em média, os funcionários
perdem uma semana – ou
42 horas de trabalho – por
ano em função de
problemas com PCs
antigos. Em contrapartida,
27% das 736 empresas
entrevistadas afirmaram
que a prioridade delas é
reduzir o custo de TI.
O estudo realizado com
representantes do Brasil,
China, Alemanha, Índia,
Rússia e Estados Unidos,
mostrou que todas elas
estão prolongando a vida
de seus PCs muito além da
data de atualização
recomendada. Em 36%
delas, os PCs têm mais de
quatro anos de uso e por
isso exigem mais
manutenção, afetando a
produtividade dos
funcionários e elevando os
custos. Ainda segundo o
estudo, investimentos em
novas máquinas, em
alguns casos, sairiam mais
barato. “A atualização para
um PC novo é uma das
escolhas mais inteligentes
que uma empresa pode
fazer ”, explica Carlos
Luzzi, diretor do segmento
corporativo da Intel Brasil.
“Os PCs são considerados
a base de muitas empresas
e este estudo deixa clara a
necessidade de atualizá-
los regularmente”.
No que tange aos gastos
com os PCs mais antigos,
os serviços de reparo e
manutenção são 1,5 vezes
mais frequentes, o que
gera, em valor, custos de,
em média, US$ 427 por PC
com mais de quatro anos
de uso. Isto equivale a 1,3
vezes o valor do mesmo
serviço para PCs novo ou
seminovo. Por exemplo,
entre as empresas com 50-
99 empregados, o custo
médio de reparo de PCs
antigos é de US$ 521 por
ano, ou 1,4 vezes o custo
de reparo de um PC com
menos de quatro anos de
u s o.
Outro risco tem relação
com segurança e custos
que aumentarão no
próximo ano. Das
empresas participantes da
pesquisa, 47% delas não
estavam informadas de
que a Microsoft encerrou o
serviço de suporte para o
Windows XP, aumentando
a carga de manutenção.
Além disso, sem as
atualizações automáticas
que ajudam a proteger os
PCs, valiosos dados de
negócios ficam mais
vulneráveis aos vírus e
riscos de segurança.
Os pequenos
empresários acreditam
que com PCs mais novos o
desempenho de
aplicativos rodando
simultaneamente sem
nenhuma degradação do
sistema seria 60% maior
em comparação com os
PCs antigos. O avanço é
significativo na medida em
que as pequenas
empresas estão usando
tipos de aplicativos cada
vez mais diversificados,
incluindo aplicativos de
p ro d u t i v i d a d e
empresarial, e-mail e
internet, bate-papo e
vídeo, aplicativos de linhas
de negócios, finanças e
contabilidade, interações
nas redes sociais, além de
música e jogos.
Nem sempre a micro epequena empresa temrecursos para investirem hardwares, softwa-
res e serviços de tecnologia da in-formação (TI). Uma alternativa é aterceirização através de serviçosem nuvem (cloud computing). Éjustamente isso que propõe oVo u c l i c a r. c o m ( w w w. vo u c l i-car.com), um portal de comércioeletrônico de aplicativos de ges-tão empresarial e soluções de TIfocado em micro, pequenos e mé-dios empreendedores. O objetivoé oferecer a alta tecnologia utiliza-da por grandes corporações a em-presas de menor porte. A distân-cia de apenas um clique, o empre-endedor encontra soluções paraas suas necessidades, ganhandoeficiência e podendo focar apenasem seu negócio.
Idealizado pela empresáriaCristina Boner em 2009, o portal jáestá no ar e funciona como ummarketplace que une as tecnolo-gias de computação em nuvem ee-commerce para oferecer aplica-ções específicas de gestão de ser-viços, hardware, software e in-fraestrutura de fabricantes mun-diais – tudo em um mesmo local,com um ponto único de atendi-mento, venda e suporte ao cliente.“Essas companhias em estágio ini-cial são pilares fundamentais daeconomia brasileira e estão emfranco crescimento. O próximogrande desafio delas é o uso datecnologia para melhorar a pró-pria gestão e, assim, conseguir daro passo decisivo para a ampliaçãodos seus negócios”, comenta Cris-tina Boner, presidente do Conse-lho de Administração da Glo-balweb Corp, grupo controladordo Vouclicar.com.
“A ideia do Vouclicar.com éatuar como um Cloud Service Bro-ker, unindo as demandas dos em-presários às ofertas dos desenvol-vedores de tecnologia”, explicaGleydson Barbosa, COO da novaempresa. O resultado é um ecos-sistema que fomenta o surgimen-to de novos desenvolvedores (oschamados CSVs - Cloud SoftwareVendors), facilitando a entradadeles no mercado ao proporcio-nar uma infraestrutura tecnológi-ca e comercial que eles geralmen-te não têm. O empresário encon-trará no Vouclicar.com aplicativosde gestão criados para as necessi-dades de seu setor, como Automo-tivo, Saúde, Finanças, Indústria,Logística & Transporte, Jurídico,Marketing, Serviços e ONGs, entreoutros. O acesso e a utilização dosserviços são feitos diretamente noportal, a partir de qualquer com-
putador ou dispositivo móvel comconexão à internet.
“O Vouclicar.com vai prezar pe-la liberdade de escolha do cliente.Como uma espécie de ‘sup ermer-cado online de TI’, nosso market-place oferece as melhores solu-ções de fabricantes mundiais e dedesenvolvedores independentespara auxiliar o empreendedor emsuas ações diárias de gestão”, afir-ma Barbosa. Além das soluções es-pecíficas para determinados seg-mentos econômicos, o portal ofe-rece, ainda, ferramentas comuns adiferentes mercados, como arma-zenamento e backup, e-mail e co-laboração, segurança da informa-ção, entre outras. Revolucionário,o produto é o primeiro no cenáriomundial que se propõe a unir to-das as principais tendências tec-nológicas e do mercado global deTI – computação em nuvem, e-commerce, pay-per-use, billing,gestão de relacionamento com ocliente, seleção de CSVs, fabrican-tes e autoprovisionamento - emum modelo de negócios inovador.“Desta forma, os empresários te-rão no Vouclicar.com a sua equipede TI de aluguel, concentrando emum só lugar todo o atendimento,sem a necessidade de buscar auxí-lio junto aos diversos fabricantes”,diz Barbosa.
Investimentos
O Vouclicar.com foi viabilizadoe desenvolvido pela GlobalwebCorp, um dos maiores conglome-rados brasileiros de Tecnologia daInformação, ao longo de três anos.Foram investidos R$ 10 milhõesdesde o início do seu desenvolvi-mento e estão previstos mais R$12 milhões ao ano, destinados aparcerias com desenvolvedores,marketing, infraestrutura, equipee back-office.
A proposta do portal vai ao en-contro das estratégias dos gran-des fabricantes para atingir a mi-cro e pequenas empresas, o queexplica a grande adesão ao proje-to de importantes parceiros comoAmazon, Microsoft, IBM, TrendMicro, Oracle, CA e Symantec.“Grandes players e mesmo os pe-quenos desenvolvedores não têmacesso ao segmento de micro e pe-quenas empresas, que é muitopulverizado. Por isso, entende-mos que, para alcançá-lo, seriapreciso criar um novo modelo denegócio, democrático e inovador,com pouca customização dos pro-dutos e uma comercialização onli-ne que garanta maior capilarida-de e autoprovisionamento”, expli-ca Cristina Boner.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO ESPECIAL - 9
Agoraficou fácil
aceitarcartões
Com um leitor acoplado ao celular outablet, comerciantes e vendedores
autônomos passam a aceitar pagamentoscom cartões de crédito e débito
No ano passado, as
vendas com cartões
de crédito e débito
somaram quase R$
850 bilhões, segundo levanta-
mento da Abecs (Associação
Brasileira das Empresas de
Cartões de Crédito e Servi-
ços). Cada vez mais o dinheiro
de plástico vem ganhando es-
paço – hoje, mais de 20 mi-
lhões de pessoas são usuárias
de cartões, contra 16 milhões
em 2008. Pequenos comer-
ciantes e vendedores autôno-
mos também começam a
aceitar cartões na hora do pa-
gamento e muitas empresas
estão de olho neste público.
É o caso da iZettle, que de-
sembarcou no mercado brasi-
leiro no fim de agosto do ano
passado, graças a uma parce-
ria com o banco Santander.
Trata-se de uma empresa sue-
ca especializada em paga-
mentos móveis, cuja tecnolo-
gia permite a qualquer pessoa
aceitar transações com car-
tões de crédito e débito com
seus smartphones e tablets.
Além da Suécia, a empresa es-
tá presente na Noruega, Dina-
marca, Finlândia, Reino Unido,
Alemanha, Espanha e México.
O processo é muito simples,
basta criar uma conta de usuá-
rio e comprar o leitor de car-
tões pe lo s i t e www. i ze t-
tle.com.br e baixar o aplicati-
vo – disponível no Brasil para
download gratuito na Apple
App Store e na Google Play –di-
retamente no smartphone ou
tablet. O leitor de cartões cus-
ta R$ 99. Os clientes da iZettle
que optarem por ter o valor de
suas vendas depositado em
uma conta corrente do banco
Santander receberão de volta
50% do valor pago pelo leitor
após realizarem a primeira
transação. A solução aceita
cartões das bandeiras Master-
Card e Visa.
Um dos diferenciais da solu-
ção da iZettle é que não há
custos fixos, como mensalida-
de, aluguel ou taxa de utiliza-
ção mínima. Apenas será co-
brada uma taxa de 5,75% so-
bre o valor de cada transação.
Outro destaque é que o valor
das vendas com cartão de cré-
dito será depositado em até 5
dias, em vez de 30 dias como
nas soluções tradicionais.
A experiência de pagamen-
to é simples e segura. O cliente
digita os dados da compra e
clica em “cobrar ”. O compra-
dor insere o cartão no leitor,
que valida o chip, e assina na
própria tela do celular ou ta-
blet. Por fim, é possível enviar
o comprovante de pagamento
por e-mail.
A solução da iZettle tam-
bém traz ferramentas para o
gerenciamento. O sistema
permite rastrear e analisar
vendas, com gráficos, que exi-
bem receitas, produtos mais
vendidos, volume médio de
pagamentos, etc.
Opção de peso
O P a g S e g u r o d o U O L
( h t t p : / / p a g s e g u-
ro.uol.com.br), um gigante no
segmento de meios de paga-
mentos para comércio eletrô-
nico, também entrou neste
mercado e desde abril de 2013
oferece uma solução de venda
pelo smartphone e tablet, mas
apenas para cartões de crédi-
to. As transações são realiza-
das através de um leitor de
cartões acoplado à saída para
fone de ouvido dos aparelhos.
O vendedor se cadastra no
site para adquirir o leitor (em
até 12x de R$ 9,90), baixa gra-
tuitamente o aplicativo Pag-
Seguro na loja da Apple ou do
Google Play. Para efetuar a
venda, basta acoplar o leitor
de cartões no celular ou tablet,
digitar o valor da compra, pas-
sar o cartão do cliente e a tran-
sação é realizada.
A modalidade de venda pelo
celular do PagSeguro permite
que profissionais como taxis-
tas, consultoras de beleza,
personal trainers e dentistas,
entre outros, tenham a opor-
tunidade de aumentar seu fa-
turamento aceitando cartões
de crédito em qualquer lugar,
a qualquer hora, usando ape-
nas o celular ou tablet. E ainda
têm a grande vantagem de re-
ceber o valor total da venda
em uma única parcela. Quem
adquire o serviço pode parce-
lar o pagamento com cartão
de crédito por serviços que
usualmente são pagos com di-
nheiro ou cheque. Para rece-
ber o valor da venda em 14
dias, a taxa cobrada é de
3,99%; em 30 dias a taxa cai
para 3,59%; e em 45 dias,
3,09%. Para pagamentos par-
celados há um acréscimo de
1,99% ao mês.
Fotos: divulgação
Com opé no
acelerador
Captura de tela
Zoomyard: site oferece serviços de fotógrafos e cinegrafistas.
Acima, soluçãoda iZettle parapagamentospor celular ou
tablet, queaceita cartões
de débito ecrédito; ao
lado, soluçãodo PagSeguropara cartõesde crédito.
OZ o o m y a rd
( w w w. z o o m y a rd . c o m ) ,
plataforma social
que conecta fotógrafos e
cinegrafistas profissionais
com clientes, acaba de
receber o investimento de
R$ 50 mil da WOW,
aceleradora com foco em
iniciativas empreendedoras
e inovadoras que oferece,
além de recursos financeiros
para viabilizar o crescimento
de startups, uma ampla
experiência e networking de
um grupo de 57
i n v e s t i d o re s .
Com a colaboração de
recursos tecnológicos
avançados aliados a
resultados obtidos em
pesquisas qualitativas e
quantitativas que retratam o
atual momento do mercado
audiovisual brasileiro, a
iniciativa do portal
Zoomyard foi idealizada
pelo mestre em
administração internacional
e com conhecimentos na
área comercial e de
operações em startups, José
Figueiredo, e pelo
desenvolvedor de
empreendimentos digitais,
formado em ciência da
computação, Thiago
Ghilardi. Juntos eles deram
significado ao principal
objetivo da startup, focada
na ampliação do horizonte
de oportunidades de
trabalho do segmento
audiovisual no Brasil.
Segundo levantamento do
Zoomyard no Brasil, 75%
dos profissionais que atuam
no mercado afirmam que
seus clientes chegam até
eles através de
recomendações de outros
clientes, 65% mencionam o
Facebook e 45% seus
websites pessoais, mas
apenas 10% mencionam
“outros websites” como
fonte de trabalhos. A partir
desta estimativa, os
fundadores do projeto
começaram a construir uma
plataforma com o objetivo
de oferecer uma nova fonte
de trabalhos para os
fotógrafos e cinegrafistas do
Brasil. A empresa estruturou
um modelo de negócios
baseado na cobrança de
uma comissão de 20% por
cada serviço contratado
através da plataforma.
Desta forma, o Zoomyard
custeia suas atividades de
networking e proporciona o
fomento de oportunidade de
trabalho para os diversos
profissionais do ramo.
A startup inova no
mercado de serviços
audiovisuais, a partir da
criação de um canal de
comunicação direto entre
consumidor target e
profissionais da área de foto
e vídeo. “Queremos oferecer
uma nova fonte de trabalho
para os fotógrafos e
cinegrafistas do Brasil. Hoje
em dia, esses profissionais
têm dificuldade para
encontrar clientes e
trabalhos bem
remunerados. Da mesma
forma, clientes não possuem
subsídios para localizar, de
forma rápida e eficiente, um
profissional qualificado para
suas necessidades. O portal
tem como objetivo estreitar
esta lacuna entre clientes e
profissionais, e para isso não
poupamos expertise
tecnológica para suprir esta
demanda do mercado”,
afirma Figueiredo.
André Ghignatti, diretor-
executivo da WOW, declara
que o Zoomyard tem um
potencial de atuação que vai
além do esperado no
mercado. “Este portal é uma
ferramenta inovadora, o
qual é utilizado para
encontrar profissionais
especializados, pois estes
serviços são indispensáveis
em eventos corporativos,
ocasiões sociais e de
e n t re t e n i m e n t o”, diz.
10 -.ESPECIAL DIÁRIO DO COMÉRCIO sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Quando conselhosvalem ouro
A missão da Endeavor é identificar e apoiar pequenos negócios que amanhã serão as grandes empresas
Carlos OssamuSXC
Perfis dosempr eendedor es
No ano passado, a
Endeavor Brasil,
juntamente com o Ibope,
divulgou a pesquisa
E m p re e n d e d o re s
Brasileiros – Perfis e
Percepções 2013.
Entre aqueles que
pretendem ser
empreendedores, mas
ainda não são, foram
identificados três
grandes perfis:
Desbravador,
Empolgado e Provedor.
O Desbravador quer
empreender para ganhar
mais dinheiro, mas não
possui experiência e
renda; demanda
conteúdo básico e
prático sobre diversos
temas, como finanças
pessoais.
O Empolgado quer
empreender para ter
mais independência
pessoal, sendo mais
jovem do que a média.
Possui interesse em
educação a distância e
conteúdo inspiracional.
Já o Provedor é
composto
principalmente por
mulheres e pessoas mais
velhas, com baixa
escolaridade e renda
pessoal. Neste caso, são
necessários
engajamentos através
de eventos locais ou na
comunidade e conteúdos
mais simples.
O estudo determinou
ainda quatro tipos de
e m p re e n d e d o re s
formais: Apaixonado,
Antenado, Independente
e Arrrojado.
O empreendedor
Apaixonado é mulher em
sua maioria, com idade
entre 25 e 35 anos.
Enfrenta dificuldades
burocráticas e falta de
investimento e poderia
se beneficiar de cursos
sobre acesso a capital,
inovação e networking.
O Antenado
geralmente é jovem e
com maior renda
familiar, enfrenta
obstáculos de
conhecimento e
i n v e s t i m e n t o.
Este perfil
necessita de
mentoring e
coaching,
O Independente
é um
e m p re e n d e d o r
mais maduro e
estável, não acessa
muito a Internet,
portanto precisa de
conteúdo por meio de
revistas e ou jornais. Para
resolver problemas
financeiros, requer
educação sobre linhas de
f i n a n c i a m e n t o.
Já o Arrojado é
composto em sua
maioria por homens com
maiores rendas pessoal e
familiar. Para crescer,
precisaria de ajuda
sofisticada e
mentoring/networking.
Completando a lista há
outros dois na categoria
de empreendedores
informais: o Pragmático
e o Lutador.
O Pragmático tem
escolaridade mediana,
se comparada a
e m p re e n d e d o re s
informais em geral.
O Lutador é o
empreendedor com mais
idade e menor
escolaridade, que abriu o
negócio por
necessidade.
Caminho docr escimento
Acarioca Dermage
deu um salto
empresarial ao deixar de
ser apenas uma farmácia
de manipulação e passar
a produzir linha própria
de dermocosméticos.
Hoje, a empresa conta
com um portfólio de mais
de 100 produtos,
vendidos em 35 lojas, 80
pontos de revenda e
redes de drogarias,
apresentando forte
c re s c i m e n t o.
A Dermage é fruto da
perseverança e visão de
negócios da
farmacêutica Lisabeth
Braun, que, para
começar o negócio, teve
de vender seu carro. Em
1978, ela fundou a
primeira farmácia de
manipulação focada em
dermatologia no Rio de
Janeiro, em Copacabana
e, em 1990, Lisabeth
fundou um novo
empreendimento ao lado
do marido, o engenheiro
civil e administrador
Walter Braun, a
D e rm a g e .
A empresa cresceu
unindo os dois mundos:
cada unidade era, ao
mesmo tempo, uma
farmácia de manipulação
e uma loja de
d e rm o c o s m é t i c o s .
Graças ao
relacionamento que Lisa
desenvolveu com
d e rm a t o l o g i s t a s ,
alergistas e cirurgiões
plásticos ao longo de
doze anos, a linha
Dermage logo foi
ganhando a preferência
deles, que, em vez de
receitarem as fórmulas,
passaram a recomendar
os produtos prontos aos
pacientes.
Apoiada pela Endeavor
desde 2008, hoje a
empresa é multicanal,
presente em todo o
território nacional, com
35 lojas entre próprias e
franquias, e 80 pontos de
revenda multimarcas e
nas principais redes de
drogaria do Rio de Janeiro
e São Paulo. “A Endeavor
participa ativamente da
gestão da Dermage, nos
ajudando a
construir e
validar toda
a estratégia
da
e m p re s a .
Busca as
m e l h o re s
práticas e
nos orienta
na
implantação
daquelas
que julgam
adequadas
ao nosso
n e g ó c i o.
Além disso,
a Endeavor
nos
p ro p o rc i o n a
sessões de
mentoring
com
especialistas
das mais
diversas
áreas, o que nos permite
ter acesso ao que há de
mais novo em termos de
processos e práticas.
Busca oportunidades de
negócios e fomenta de
uma forma geral o
crescimento da
e m p re s a . ”, diz Ilana
Braun, CEO da Dermage
e filha dos fundadores da
empresa, Lisabeth e
Walter Braun.
Para um empreende-
dor com vontade fer-
renha de c rescer ,
quanto vale uma hora
de conversa e muitos conse-
lhos sobre negócios de empre-
sários como Emílio Odebrecht
(presidente do conselho do
Grupo Odebrecht), Carlos Al-
berto Sicupira e Jorge Paulo Le-
mann (acionistas da AB InBev,
maior cervejaria do mundo)
ou Laércio Consentino (CEO e
fundador da TOTVS)? Não tem
preço e nem isso está à venda,
mas está disponível para em-
preendedores apoiados pela
E n d e a v o r ( w w w. e n d e a-
vor.org.br), uma organização
internacional de fomento ao
empreendedorismo de alto
impacto, presente em 18 paí-
ses, inclusive no Brasil.
Segundo explica Fernanda
Antunes, diretora de Relações
Institucionais da Endeavor
Brasil, os empreendedores de
alto impacto são aqueles que
revolucionam o mercado e o
meio em que atuam pela ino-
vação, geram renda e
oportunidades de tra-
balho, proporcionam
mobilidade social e ins-
piram as próximas ge-
rações de empreende-
dores. “De 2009 a 2011,
apenas 1,5% das em-
presas no Brasil gera-
ram quase 50% dos no-
vos empregos, algo pró-
ximo a 3 milhões de postos de
trabalho. Estas são as empre-
sas de alto impacto a que nos
re feri mos ”, diz a executiva.
“Trabalhamos para que o am-
biente seja favorável ao surgi-
mento de empreendedores
inovadores, ambiciosos e com
empresas saudáveis”.
Para a Endeavor, as empre-
sas que crescem rapidamente
são aquelas que mais contri-
buem para a geração de em-
pregos e distribuição de ren-
da. A missão da organização é
selecionar as próximas gera-
ções de empreendedores que
mudarão o País e aumentarão
a qualidade do ecossistema
empreendedor brasileiro. As
empresas selecionadas rece-
bem educação empreendedo-
ra, aconselhamentos por par-
te de executivos de renome,
networking e outros tipos de
a p o i o.
A seleção dos empreende-
dores de alto impacto é muito
criteriosa, sendo feita por
meio de um processo bastan-
te estruturado, similar ao usa-
do como referência no merca-
do por alguns dos maiores in-
vestidores do mundo. Esses
empreendedores e seus res-
pectivos negócios são indica-
dos pela rede de empreende-
dores da Endeavor, pela mídia
e em eventos. Todo o processo
de prospecção é proativo, ou
seja, não há autoindicação ou
formulário de inscrição para
candidatos.
O processo completo de
uma empresa avaliada chega
a durar cerca de um ano e con-
siste, inicialmente, em uma
análise profunda da empresa
e dos empreendedores, guia-
da pelos mentores da Endea-
vor. Na etapa seguinte, os em-
preendedores apresentam
seus negócios para o conselho
da Endeavor no Brasil e poste-
riormente eles são submeti-
dos a uma etapa internacional
e são avaliados por mentores
de diferentes lugares do mun-
do. Em 2012, por exemplo, fo-
ram analisadas mais de 3 mil
empresas, e apenas 14 foram
selecionadas; no ano passado
foram avaliadas 1 mil empre-
sas e selecionadas 12. “H o je ,
apoiamos 57 empresas e 100
empreendedores no Brasil”,
diz Fernanda.
Pe r f i l
Segundo a executiva, não
se trata de um programa de
apoio para empresas inician-
tes, pois é preciso ter um tem-
po no mercado para mostrar a
viabilidade do modelo de ne-
gócio. Essas empresas deve-
rão atuar em um mercado com
grande potencial de cresci-
mento, estar bem estrutura-
das com um modelo de negó-
cio rentável, replicável e esca-
lável, que permita o rápido
crescimento. Do lado dos em-
preendedores, eles deverão
ter ambição e capacidade de
enxergar longe, ter paixão pe-
lo o que fazem, capacidade de
execução e serem éticos na
gestão. “Não é uma consulto-
ria, pois os mentores não irão
‘colocar a mão na massa’, mas
sim dar aconselhamentos, ti-
rar dúvidas e orientar os em-
preendedores – eles podem,
inclusive, aconselhar a con-
tratação de uma consultoria
para resolver um problema in-
t e rn o”, explica Fernanda.
Uma vez selecionados, os
empreendedores são acom-
panhados por uma equipe da
Endeavor. Eles passam a ter
acesso a uma rede de voluntá-
rios de mais de mil líderes glo-
bais e locais de negócios, que
atuam como mentores, orien-
tadores, conectores e investi-
dores, ajudando os empreen-
dedores a superar desafios e
acelerar o desenvolvimento
de suas empresas.
Cada empreendedor En-
deavor tem como ponto de
contato um gestor de conta,
responsável por identificar
junto ao empreendedor os
gargalos da empresa, forma-
tar propostas de projetos e ar-
ticular a rede da organização
de forma a auxiliar em cada
desafio encontrado. “O em-
preendedor é responsável pe-
la sua empresa, cabe a ele de-
cidir se segue ou não as orien-
tações dos mentores”, obser-
va Fernanda.
“Por outro la-
do, as empre-
sas e os em-
pree nde do-
res são cons-
t an t em e nt e
ava l iados e
caso se cons-
tate que não
es tão ap ro-
v e i t a n d o o
apoio dado,
e les podem
deixar a nos-
sa rede. Outra
s i tuação de
exclusão é a
c o n s t at a ç ã o
de falta de éti-
ca na gestão”,
ex p l i c a .
Em relação
às dificulda-
des de se em-
preender no
Brasil, a dire-
tora da Endeavor Brasil lem-
bra que o País ficou na 116ª po-
sição no relatório Doing Busi-
ness do Banco Mundial, que
mede a facilidade para se fa-
zer negócio em 189 países –
perdemos feio do Chile, que fi-
cou em 34º lugar. “A burocra-
cia e a alta carga tributária são
grandes empecilhos para o
empreendedorismo, assim
como a dificuldade no acesso
ao financiamento ”, observa.
Divulgação
A Dermage fazparte da rede
Endeavordesde 2008.
Hoje aempresa é
multicanal,presente emtodo o País,
com 35 lojas e80 revendas
multimarcas.
Fernanda: osempreendedoresde alto impactorevolucionamo mercado e omeio em queatuam pelainovação einspiram aspróximasgerações deempreendedores.
Pesquisarealizada pelaE n d e a v o r,juntamentecom o Ibope,mostra osperfis deempresários equais as suasdificuldades enecessidades.
SXC