EsquemasCrenças
Distorções CognitivasPensamentos Automáticos
Profa. Ms. Eliana Melcher Martins
EsquemaA maioria dos pesquisadores do desenvolvimento
cognitivo usa uma dessas quatro abordagens para definir esquema:
BehavioristaPsicométricaProcessamento de InformaçãoPiagetiana
Papalia (2000)
Abordagem Behaviorista
Estuda a mecânica básica da aprendizagem, preocupando-se em como o comportamento muda em resposta à experiência.
Abordagem Psicométrica
Tenta medir as diferenças individuais em termos de quantidade de inteligência.
Abordagem do Processamento de Informação
Concentra-se nas diferenças individuais quanto ao modo no qual as pessoas usam sua inteligência, focando os processos envolvidos na percepção e no manuseio de informação.
Abordagem PiagetianaObserva as mudanças na qualidade do
funcionamento cognitivo
O que a pessoa é capaz de fazer
Relação com a evolução das estruturas mentais
Como as crianças se adaptam ao seu ambiente, sustentando que a cognição se desenvolve em etapas.
Piaget acreditava que o núcleo do comportamento inteligente estaria numa capacidade inata de adaptar-se ao ambiente, pois é a partir daí que ele descreve o desenvolvimento cognitivo como uma série de estágios, em cada estágio a criança desenvolve uma nova maneira de pensar e responder ao ambiente, onde esse desenvolvimento ocorreria por meio de três princípios que estão inter-relacionados:
organização, adaptação e equilibração.
Papalia (2000)
Organização Cognitiva
Tendência de criar sistemas de conhecimento cadavez mais complexos.
Desde que nascem as pessoas organizam o que conhecem por meio de representações mentais da realidade que as ajudam a dar sentido a seu mundo.
Dentro dessas representações mentais encontram-se as estruturas chamadas esquemas, que podem ser conceituados como padrões organizados de comportamento que uma pessoa usa para pensar e agir em uma situação. À medida que as crianças adquirem mais informação, seus esquemas tornam-se cada vez mais complexos, progredindo as maneiras de realizar ações motoras até o pensamento crítico sobre percepções sensoriais, e depois até o pensamento abstrato.
• Adaptação: modo como lidamos com as novas informações Envolvendo:
Assimilação: tomar uma informação e incorporá-la em estruturas cognitivas existentes
Acomodação: mudar nossas ideias para incluir um novo conhecimento.
Equilibração: busca constante de equilibrio, entre a criança e o mundo exterior e entre as próprias estruturas cognitivas da criança.
Piaget afirma que os esquemas tem origem no exercício dos reflexos.
O recém-nascido, ao exercitar seus reflexos hereditários começa a relacionar o contexto no qual o reflexo é aplicado com a situação alcançada por ele, dando origem aos esquemas.
Papalia (2000)
Esquema piagetiano: estrutura cognitiva dinâmica que se modifica ao longo do tempo, agregando conhecimento.
Por meio de suas interações, das experiências que a criança vivencia, constrói ativamente os seus conhecimentos.
A ação da criança sobre os objetos é que possibilita a formação da inteligência, em que a estrutura lógica é formada pelo desenvolvimento cognitivo, e neste sentido, a socialização, a linguagem, a curiosidade é expressão do desenvolvimento cognitivo.
Bartlett, Atkinson (2002) afirmam quetalvez Piaget tenha sido o primeiro psicólogo a
estudar sistematicamente os efeitos dos esquemas sobre a memória.
Ele sugeriu que distorções de memórias muito semelhantes àquelas que ocorrem quando encaixamos pessoas em estereótipos podem ocorrer quando tentamos encaixar narrativas em esquemas. (distorções cognitivas)
Bartlett concluiu na sua pesquisa sobre os esquemas que os dois aspectos da memória: preservar e construir, podem sempre estar presentes.
Papalia (2000) nos confirma que o bebê necessita de toda a atenção e cuidados do adulto, sozinho ele não sobreviveria, pois o período que vai do nascimento à aquisição da linguagem é marcado por um extraordinário e complexo desenvolvimento da mente.
A criança progressivamente aumenta o autocontrole do seu próprio corpo e sentimentos.
Assim, ela conseguirá pouco a pouco lidar com as demandas da vida.
Conceito de EsquemasTem sua história relativamente ligada aos
teóricos Piaget e Bartlett, primeiros a definir e descrever um esquema como:
“Estruturas que integram e atribuem significados aos eventos”.
Beck & Freeman (1993)
Esquemas
Aaron Becksugere que os ESQUEMAS são
estruturas cognitivas cujo conteúdo específico são as
CRENÇAS CENTRAIS.
RepresentaçãoRepresentação
Esquemas Esquemas DefiniçõesDefinições
“Elementos organizados a partir de experiências e reações passadas que formam
um corpo relativamente compacto e persistente de conhecimento capaz de dirigir
as valorizações e percepções posteriores” Segal (1988)
EsquemasEsquemas DefiniçõesDefinições
“Armazenam postulados e suposições básicas para interpretar as informações”.
Beck (in Cottraux e Blackbum, 2001)
EsquemasEsquemas DefiniçõesDefinições
Esquemas são estruturas internas de relativa durabilidade que armazenam aspectos genéricos ou protótipos de estímulos, ideias ou experiências, e também organizam informações novas para que tenham significado, determinando como os fenômenos são percebidos e conceitualizados.
São estruturas cognitivas com conteúdos (crenças) Estruturas mentais que contêm armazenadas as representações de
significados. São fundamentais para orientar a seleção, codificação, organização,
armazenamento e recuperação de informações de dentro do aparato cognitivo.
Tem uma estrutura interna consistente que ordena novas informações que entram no sistema cognitivo.
(Williams, 1997)
Esquemas Esquemas DefiniçõesDefinições
O ESQUEMA Dá à experiência sua forma e significado, provendo, dessa forma, a estabilidade (estrutura) dos sistemas cognitivo, afetivo e comportamental ao longo do tempo e dos eventos.
São padrões ordenadores da experiência que ajudam os indivíduos a explicá-la, mediar sua percepção e guiar suas respostas (cognitivas, emocionais e comportamentais).
(Clark, Beck, Alford, 1999)
A “arquitetura” dos esquemas faz o indivíduo ser como é.
Processamento automático de Processamento automático de informaçãoinformação
“Os esquemas, depois de desenvolvidos, servem como modelos para o processamento
das experiências ulteriores e acabam desembocando em confirmações automáticas
e circulares dos próprios esquemas”
Marco Callegaro, em O NOVO INCONSCIENTE, Artmed 2011, pag. 243
Viés confirmatórioViés confirmatório• Paciente com autoimagem
Incapaz de ser amada
• Processa a experiência de uma rejeição amorosa como evidência da veracidade de suas crenças, reconfirmando-as a cada experiência negativa
• Cada vez mais, parecem certas e reais suas crenças sobre si mesma.
• Circuito de retroalimentação que estabiliza a ideia de ser indigna de amor.
Profecia catastróficaProfecia catastróficaO comportamento é influenciado de modo
negativo por esse conjunto de crenças (esquema), fazendo a pessoa agir de modo a
confirmar sua profecia catastrófica (previsão sem fundamento de que algo
catastrófico acontecerá)
Evidência confirmatória dos esquemas
ou viés confirmatório
AutoperpetuaçãoAutoperpetuação
•Aquele que se considera indigno de amor agirá de forma acabrunhada e tímida, não olhará nos olhos e falará baixo em uma situação social, conduta que certamente aumenta sua chance de
REJEIÇÃO.•As rejeições que ocorrem, por sua vez,
CONFIRMAM os esquemas em um círculo vicioso
autoperpetuador (viés confirmatório).
Esquema núcleo da Esquema núcleo da personalidadepersonalidade
•Embora a TCC permita que o sujeito se dê conta em maior grau sobre os esquemas, normalmente não estamos conscientes de sua operação, nem mesmo de sua existência, apenas dos resultados produzidos, que acabam compondo o núcleo de nossa personalidade.
Exemplos de EsquemasExemplos de Esquemas• Esquema de incapacidade: “Sou incapaz”
ou “Meu autoconceito profissional depende do que os outros pensam de mim”, ou “A não ser que eu alcance os mais altos padrões de desempenho, eu provavelmente serei um profissional de segunda classe”.
• Esquema de desamor ou baixa estima: “Não sou amado” ou “Não sou gostável” ou “Se alguém não gosta de mim, isso significa que não sou gostável”.
• Esquema de inadequação: “Sou socialmente inadequado” ou “Sou feio” (ou não atraente, “chato”, visto-me mal, etc.)
Exemplos de EsquemasExemplos de Esquemas• Esquema de vulnerabilidade: “É melhor não
dizer nada, do que arriscar cometer um erro”, ou “É melhor não me aproximar do que ser rejeitado”, ou “Se eu for rejeitado (não aprovado, dispensado, tiver dor, etc.) não suportarei”.
• Esquema de perfeccionismo: “A não ser que as coisas aconteçam como eu quero, minha vida não vale a pena” ou “Tirar dez não é mais do que obrigação”.
• Esquema de inferioridade: “Se uma pessoa tem algo que eu não tenho, isso significa que ela é uma pessoa melhor do que eu”.
CrençasCrenças(Beliefs)
Crenças – Crenças – DefiniçõesDefinições
Em filosofia, mais especificamente em epistemologia, Crença é uma condição psicológica que se define pela sensação de veracidade relativa a uma determinada ideia a despeito de sua procedência ou possibilidade de verificação objetiva.
Logo pode não ser fidedigna à realidade e representa o elemento subjetivo do conhecimento.
CrençasCrenças
As crenças afetam tudo em nossa vida: como criamos os filhos, onde decidimos morar, com quais pessoas nos relacionamos, nosso estado de saúde, o trabalho que fazemos, o dinheiro que ganhamos ou temos e nosso equilíbrio mental e emocional. Literalmente, as crenças constroem nosso mundo.
Mas elas não são "A Verdade", são apenas uma percepção que foi aceita como verdade.
CrençasCrenças
O que é fantástico sobre as crenças é que podemos mudá-las! Podemos escolher acreditar em ideias que apoiam nossos sonhos e visões do que desejamos.
Mudar as crenças negativas e instalar novas e poderosas ideias é essencial para criar uma vida em alinhamento com nossos desejos.
Crenças Centrais, Básicas ou Nucleares
Core Beliefs
Esquema ou Estrutura Cognitiva
RepresentaçãoRepresentação
Crenças
BECK, 1970 As crenças centrais são o nível mais fundamental de
pensamento. São globais, rígidas e supergeneralizadas. Pode-se dizer que fazem parte da personalidade dos
indivíduos São Ideias e conceitos fundamentais sobre nós
mesmos, os outros e o mundo São Incondicionais Formadas desde a infância e se fortalecem com o
tempo As pessoas frequentemente não as articulam, sequer
para si mesmas. Essas ideias são consideradas pela pessoa como
verdades absolutas.
BECK, 1970Fazem parte, portanto da formação de nosso caráter que se refere a fatores psicossociais, fatores aprendidos que influem na personalidade. Boa parte do caráter é formado ao longo da experiência e do processo de socialização.
As crenças centrais estão inseridas dentro de estruturas mais ou menos estáveis, os esquemas, que orientam o comportamento e manifestam os traços de personalidade do indivíduo, isto é, regras específicas que regem o processamento da informação e do comportamento.
CARACTERÍSTICASIrracionaisRígidasExcessivasSupergeneralizadasAbsolutasExtremasPrimitivas
CRENÇAS CENTRAIS, BÁSICAS OU NUCLEARESDISFUNCIONAIS Predispõem a transtornos emocionais
Impedem a realização de metas
Associadas a emoções fortes
Tornam-se ativas em situações relacionadas às vulnerabilidades específicas do indivíduo
Idiossincráticas (cada pessoa tem o seu conjunto)
CRENÇAS CENTRAIS, BÁSICAS OU NUCLEARESDISFUNCIONAIS Muitas são culturalmente reforçadas
“sofrer é virtuoso” “só podia ser mulher” “professor tem que saber tudo”“psicólogo não tem problema” “é esforçada e não inteligente”“não se pode elogiar, senão se fracassa”
CRENÇAS CENTRAIS, BÁSICAS OU NUCLEARESDISFUNCIONAIS As crenças nucleares ou centrais são mais abstratas e gerais, constituindo um nível mais profundo de representação dos pensamentos.
Ativam-se durante os transtornos emocionais
O processo de informação torna-se tendencioso, extraindo da realidade os aspectos que confirmam a crença disfuncional (viés confirmatório).
Passado o problema emocional ela volta a ser latente. Nos traços e transtornos de personalidade os indivíduos
tem suas crenças disfuncionais ativadas na maior parte do tempo.
CRENÇAS CENTRAIS, BÁSICAS OU NUCLEARESDISFUNCIONAIS“Pelas crenças centrais nos ajudarem a compreender nosso mundo em uma idade tão tenra, pode nunca nos ocorrer avaliar se elas são o modo mais útil de compreender nossas experiências adultas.
Ao contrário, quando adultos agimos, pensamos e sentimos como se elas fossem 100% verdadeiras.”
(D.Greenberger e C. Padesky, em A Mente Vencendo o Humor, pg. 109, Artmed, 1999)
CRENÇAS CENTRAIS, BÁSICAS OU NUCLEARESDISFUNCIONAIS
Crenças centrais sobre si mesmo
Crenças centrais sobre os outros
Crenças centrais sobre o mundo
CRENÇAS CENTRAIS SOBRE SI MESMO
DesamparoDesamor
Aaron Beck
CRENÇAS CENTRAIS SOBRE SI MESMODesamparo: impotente, frágil, vulnerável,
carente, desamparado, necessitadoDesamor: indesejável, incapaz de ser
gostado, de ser amado, sem atrativos, imperfeito, rejeitado, abandonado, sozinho
Desvalor: incapaz, incompetente, inadequado, ineficiente, falho, defeituoso, enganador, fracassado, sem valorJudith Beck (1995)
CRENÇAS CENTRAIS SOBRE OS OUTROS Os pacientes percebem os outros de maneira
rígida, supergeneralizada e dicotômica.
Crenças disfuncionais ou negativas sobre os outros levam os pacientes a terem percepções muito negativas.
As pessoas são vistas como desprezíveis, frias, prejudiciais, ameaçadoras e manipuladoras.
As pessoas são más, desleais, traiçoeiras, só querem se aproveitar, tirar vantagens, etc.
CRENÇAS DISFUNCIONAIS SOBRE OS OUTROSÀs vezes, os pacientes podem ter
uma visão positiva, mas irreal (disfuncional), como se as pessoas fossem superiores, muito eficientes, amáveis e úteis (diferente da visão que eles tem de si próprios)
Judith Beck, Terapia Cognitiva para Desafios Clínicos, 2007, Artmed, pg 37.
CRENÇAS DISFUNCIONAIS SOBRE O MUNDO Os pacientes podem perceber o mundo de
maneira rígida, supergeneralizada e dicotômica. E da mesma forma criam crenças negativas sobre este mundo.
Os pacientes acreditam que não conseguem o que querem em razão dos obstáculos encontrados no mundo.
“O mundo é injusto, hostil, imprevisível, incontrolável, ameaçador, perigoso, etc.”
Judith Beck, Terapia Cognitiva para Desafios Clínicos, 2007, Artmed, pg. 38.
IMPORTANTÍSSIMO
Conceituar corretamente a categoria, ou categorias, das
crenças centrais dos pacientes é essencial para conduzir eficientemente a terapia.
Judith Beck, em “Terapia Cognitiva para Desafios Clínicos, pag. 36, Artmed, 2007
CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS OU SUBJACENTESPRESSUPOSTOS CONDICIONAIS
CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS
• As crenças centrais influenciam o desenvolvimento das crenças intermediárias.
• São construções cognitivas disfuncionais.
• São regras, padrões, normas, premissas e atitudes que adotamos e que guiam a nossa conduta.
Crenças intermediárias
• Segundo Judith Beck (1995) Pressupostos Subjacentes ou Pressupostos Condicionais
Crenças Subjacentes ou Crenças Intermediárias
Crenças intermediárias
• São Pressupostos, manifestam-se sempre na forma condicional.
“Se eu fizer o que os outros
esperam, então irão gostar de mim.”
Crenças intermediáriasAs crenças intermediárias são manifestadas através de:
•REGRAS (eu devo...) “Tenho que ser perfeito em tudo o que faço” “Não devo me mostrar como sou, pois verão que sou incompetente”
•ATITUDES (é preciso que...) “É horrível ser incompetente.” “É terrível desperdiçar seu potencial”
•SUPOSIÇÕES (se eu...). “Se eu me mantiver nesta posição eu ficarei bem. Mas, se eu tentar mudar eu não conseguirei ficar bem.” “Se eu cometo erros é porque sou má”
• As crenças intermediárias pressupõem que, desde que determinadas regras, normas e atitudes sejam cumpridas
(por exemplo, “se eu fizer o que os outros esperam, então irão gostar de mim”),
não haverá problemas e o indivíduo se mantém relativamente estável e produtivo.
(Fennel, 1997).
• Se, por alguma circunstância, os pressupostos
(por exemplo, “devo sempre sacrificar-me pelo bem-estar dos outros)”
não estão sendo cumpridos, o indivíduo torna-se vulnerável ao transtorno emocional quando as crenças centrais negativas
(“sou um fracassado, incapaz de ser amado”)
são ativadas.
Crenças intermediárias
• São mais maleáveis do que as crenças centrais.
• Embora o indivíduo construa e mantenha os pressupostos e as regras como tentativa de lidar com a crença central disfuncional, ele as acaba confirmando e reforçando.
• Determinam
• “os estilos de enfrentamento” ou “estratégias compensatórias” (Judith Beck, 1995)
Estilos de enfrentamentoEstilos de enfrentamento
Comportamentos que a pessoa usa na tentativa de lidar com as crenças (esquemas).
Tem correlação direta com as regras e os pressupostos disfuncionais que acabam por reforçar ainda mais as crenças.
Os pressupostos condicionais modelam a relação entre as estratégias comportamentais e as crenças nucleares.
Estilos de EnfrentamentoEstilos de Enfrentamento
Manutenção do esquema
Evitação do esquema
Compensação do esquema
Manutenção do esquemaManutenção do esquema
Refere-se a como o pensar e agir acabam perpetuando as crenças nucleares. A literatura chama de capitular, render-se ao esquema.
Por exemplo, uma pessoa que pensa e se “sente” inferior aos outros sempre se coloca, literalmente ou na imaginação, atrás dos outros, porque tem a crença: “Eu não mereço nada melhor”.
Evitação do EsquemaEvitação do Esquema
Refere-se às estratégias cognitivas, comportamentais e emocionais usadas para evitar o acionamento das crenças nucleares e dos sentimentos dolorosos associados a elas.
Por exemplo, uma pessoa muito tímida, que fica retraída, não se comunica, fecha-se para o mundo, se pensa e se sente não desejável e acaba se deprimindo, ficando só em casa. Como não faz nenhum movimento para enfrentar o problema, ao contrário, o evita, acaba perpetuando seu esquema de não ser desejável.
Compensação do EsquemaCompensação do Esquema
Refere-se a comportamentos que as pessoas tem que parecem contradizer suas crenças nucleares.
Por exemplo, no caso anterior, o indivíduo que se vê como não desejado, engaja-se em uma intensa e frenética vida social e amorosa (sem, no entanto, aprofundar nenhuma das relações), tudo para compensar sua crença de não ser desejado.
De acordo com a literatura, os processos de compensação do esquema podem ser vistos como tentativas parcialmente bem-sucedidas de desafiar e superar os esquemas. Na medida em que usualmente envolvem uma falha em reconhecer a vulnerabilidade subjacente, deixam a pessoa despreparada quando a compensação falha e o esquema é acionado.
Exemplo:Indivíduo com Ansiedade Social
Sou incapaz de ser amado (CRENÇA CENTRAL)
É perigoso interagir com as pessoas, pois elas não vão gostar de mim. (ATITUDE)
Para não ter problemas, não devo interagir com as pessoas (REGRA)
Se eu interagir com as pessoas elas não vão me aceitar como sou. Devo me afastar, caso contrário me machucarão. (SUPOSIÇÃO)
Não vou ter assunto pra conversar na festa. (PENSAMENTO AUTOMÁTICO)
ERROS COGNITIVOSERROS COGNITIVOSProcessamento defeituoso da informação.Processamento defeituoso da informação.
São vieses sistemáticos na forma como São vieses sistemáticos na forma como indivíduos interpretam suas experiências.indivíduos interpretam suas experiências.
Se a situação é avaliada erroneamente, essas Se a situação é avaliada erroneamente, essas distorções podem levar o indivíduo a distorções podem levar o indivíduo a conclusões equivocadas.conclusões equivocadas.
Pensamentos distorcidosErros cognitivos = Pensamentos distorcidosErros cognitivos = Pensamentos distorcidosDeslizes de pensamentoImpedem que se faça uma avaliação exata
das experiênciasImpelem a se tomar o caminho menos
adequado, tirar conclusões e supor o pior.Desviam do caminho adequado ou induzem à
distorção dos fatos.
Flexibilidade CognitivaO objetivo da Terapia Cognitiva é
corrigir as distorções do pensamento, ou seja, modificar os erros cognitivos, promovendo maior flexibilidade cognitiva, construindo pensamentos alternativos mais funcionais, capazes de gerar uma melhora no estado de humor no paciente.
As distorções cognitivas tem intersecções e sobreposições, por isso o paciente provavelmente irá apresentar, concomitantemente, mais de uma distorção numa mesma situação.
Por ex.: “Se eu chegar atrasado minha mulher vai se separar de mim. Ela não consegue me compreender.” (catastrofização e vitimização)
As distorções cognitivas tem intersecções e sobreposições, por isso o paciente provavelmente irá apresentar, concomitantemente, mais de uma distorção numa mesma situação.
Por ex.: “Se eu chegar atrasado minha mulher vai se separar de mim. Ela não consegue me compreender.” (catastrofização e vitimização)
CATASTROFIZAÇÃOPensar que o pior de uma situação vai ocorrer,
sem levar em consideração outros desfechos. Acreditar que esse acontecimento será terrível e insuportável. Eventos negativos que podem ocorrer são tratados como catástrofes intoleráveis, em vez de serem vistos em perspectiva.
“Perder o emprego será o fim da minha carreira”
“Não suportarei a separação da minha mulher”
“Se eu perder o controle será o meu fim”
ABSTRAÇÃO SELETIVA (filtro mental, filtro negativo ou visão em túnel)
Um aspecto de uma situação complexa é o foco da atenção, enquanto outros aspectos relevantes da situação são ignorados. Uma parte negativa de toda uma situação é realçada, enquanto todo o restante positivo não é percebido.
Um homem deprimido com baixa autoestima não recebe um cartão de boas-festas de um velho amigo.
Ele pensa: "Estou perdendo todos os meus amigos; ninguém se importa mais comigo". Ele ignora as evidências de que recebeu cartões de vários outros amigos, que seu velho amigo tem lhe enviado cartões todos os anos nos últimos 15 anos, que seu amigo esteve muito ocupado no ano passado com uma mudança e um novo emprego e que ele ainda tem bons relacionamentos com outros amigos.
INFERÊNCIA ARBITRÁRIA
Conclusão a partir de evidências contraditórias ou na ausência de evidências.
Uma mulher com medo de elevador é solicitada a prever as chances de um elevador cair com ela dentro. Ela responde que as chances são de 30% ou mais de o elevador cair até o chão e ela se machucar. Muitas pessoas tentaram convencê-la de que as chances de um acidente catastrófico com um elevador são desprezíveis.
SUPERGENERALIZAÇÃOConclusão sobre um acontecimento isolado é
estendida de maneira ilógica a outras áreas do funcionamento.
Um universitário deprimido tira nota B em uma prova. Ele considera insatisfatório e supergeneraliza com pensamentos automáticos:
"Estou com problemas nessa aula; estou ficando para trás em todas as áreas da minha vida; não consigo fazer nada direito".
MAXIMIZAÇÃO E MINIMIZAÇÃOA importância de um atributo, evento ou
sensação é exagerada ou minimizada. Uma mulher com transtorno de pânico começa
a sentir tonturas durante o início de um ataque de pânico. Ela pensa: "Vou desmaiar; posso ter um ataque cardíaco ou um derrame".
“Eu tenho um ótimo emprego, mas todo mundo tem”.
“Obter notas boas não quer dizer que sou inteligente, os outros obtêm notas melhores do que as minhas.”
PERSONALIZAÇÃO
Assumir responsabilidade excessiva ou culpa por eventos negativos, falhando em ver que outras pessoas e fatores também estão envolvidos nos acontecimentos.
O chefe estava nervoso e de cara feia. “Devo ter feito algo errado.”
Separando-se da esposa. “Não consegui manter meu casamento, ele acabou por minha causa.”
PENSAMENTO ABSOLUTISTA (dicotômico ou do tipo tudo-ou-nada)Os julgamentos sobre si mesmo, as experiências pessoais ou com
os outros são separados em duas categorias ( totalmente mau ou totalmente bom, fracasso total ou sucesso, cheio de defeitos ou completamente perfeito)
Paulo, um homem com depressão, compara-se com Roberto, um amigo que parece ter um bom casamento e cujos filhos estão indo bem na escola. Embora o amigo seja muito feliz em sua casa, sua vida está longe do ideal. Roberto tem problemas no trabalho, restrições financeiras e dores físicas, entre outras dificuldades.
Paulo está se envolvendo em pensamento absolutista quando diz para si mesmo:
"Tudo vai bem para Roberto; para mim nada vai bem".
RACIOCÍNIO EMOCIONALPresumir que sentimentos são fatos. “Sinto, logo
existo”. Pensar que algo é verdadeiro porque tem um sentimento (na verdade um pensamento) muito forte a respeito. Deixar os sentimentos guiarem a interpretação da realidade. Presumir que as reações emocionais refletem a situação verdadeira.
“Eu sinto que minha mulher não gosta mais de mim.”
“Sinto que meus colegas riem às minhas costas”.“Sinto que estou tendo um enfarto, então deve
ser verdadeiro.”“Sinto-me desesperado, então a situação deve ser
desesperadora.”
ADIVINHAÇÃO
Prever o futuro. Antecipar problemas que talvez não venham a ocorrer. Expectativas negativas estabelecidas como fatos.
“Não irei gostar da viagem.”“Ela não aprovará meu trabalho.”“Dará tudo errado.”
LEITURA MENTALPresumir, sem evidências, que sabe o que os outros estão pensando, desconsiderando outras hipóteses possíveis.
“Ela não está gostando da minha conversa.”
“Ele está me achando inoportuna.”“Ele não gostou do meu projeto.”
ROTULAÇÃO
Colocar um rótulo global, rígido em si mesmo, numa pessoa ou situação, em vez de rotular a situação ou o comportamento específico.
“Sou incompetente.”“Ele é uma pessoa má.”“Ela é burra.”
DESQUALIFICANDO O POSITIVOExperiências positivas e qualidades que entram
em conflito com a visão negativa são desvalorizadas porque “não contam” ou são triviais.
“O sucesso obtido naquela tarefa não importa, porque foi fácil.”
“Isso é o que esposas devem fazer, portanto, ela ser legal comigo não conta.”
“Eles só estão elogiando meu trabalho porque estão com pena.”
IMPERATIVOS“deveria” e “tenho que”Interpretar eventos em termos de como as
coisas deveriam ser, em vez de simplesmente considerar as coisas como são. Afirmações absolutistas na tentativa de prover motivação ou modificar um comportamento. Demandas feitas a si mesmo, aos outros e ao mundo para evitar as consequências do não cumprimento dessas demandas.
“Eu tenho que ter controle sobre todas as coisas.”“Eu devo ser perfeito em tudo que faço.”“Eu não deveria ter ficado incomodado com meu
amigo.”
VITIMIZAÇÃOConsiderar-se injustiçado ou não
entendido. A fonte dos sentimentos negativos é algo ou alguém, havendo recusa ou dificuldade de se responsabilizar pelos próprios sentimentos e comportamentos.
“Minha esposa não entende meus sentimentos.”
“Faço tudo pelos meus filhos e eles não me agradecem.”
QUESTIONALIZAÇÃO(E se?)
Focar o evento naquilo que poderia ter sido e não foi. Culpar-se pelas escolhas do passado e questionar-se por escolhas futuras.
“Se eu tivesse aceitado o outro emprego, estaria melhor agora.”
“E se o novo emprego não der certo?”“Se eu não tivesse viajado, isso não teria
acontecido.”
BAIXA TOLERÂNCIA À FRUSTRAÇÃO
Supor que quando uma coisa parece difícil de ser tolerada, ela é intolerável.
Significa aumentar o desconforto e não tolerar o desconforto temporário, quando é do seu interesse fazê-lo em prol de algo que você deseja.
Exemplos
Frequentemente você adia os trabalhos acadêmicos, pensando:
“Vai dar muito trabalho. Vou fazer quando estiver com vontade.” Você tende a deixar para fazer o trabalho quase no fim do prazo e isso se torna desconfortável demais para ser ainda mais adiado. Infelizmente, esperar até o último momento significa que você raramente se esforça tanto quanto poderia no seu curso/trabalho para atingir todo o seu potencial.
Você quer superar sua ansiedade por viajar para longe de casa enfrentando diretamente o seu medo. E ainda assim, cada vez que você tenta viajar para longe de trem, você fica ansioso e pensa:
“Isso é horrível, eu não posso suportar”, e rapidamente retorna para casa, o que reforça seu medo mais do que o ajuda a vivenciar uma experiência menos ameaçadora.
CETCC
Pensamentos Automáticos• São um fluxo de pensamentos que coexistem com um
fluxo de pensamentos mais manifestos. Surgem espontaneamente e não são embasados em reflexão ou deliberação.
• São, usualmente aceitos como verdadeiros, sem avaliação crítica.
• Parecem surgir espontaneamente, mas estão ligados ao nosso sistema de crenças centrais e subjacentes.
• São quase sempre negativos, a menos que o paciente seja maníaco ou hipomaníaco, tenha um transtorno de personalidade narcisístico ou seja um dependente de drogas.
• São usualmente breves e o paciente com frequência está mais ciente da emoção que sente em decorrência do pensamento do que do pensamento em si.
Pensamentos Automáticos• Influenciam o comportamento: o que
escolhemos ou não fazer e a qualidade do nosso desempenho.
• Podem ocorrer em forma verbal ou como imagens.
• Pensamentos e Crenças afetam respostas biológicas.
• São influenciados pelas crenças que se adquire na infância e no meio cultural.
Pensamentos Automáticos• Ajudam a definir os estados de humor que
experimentamos
• “Os pensamentos ajudam a definir qual estado de humor experimentamos em determinada situação.
Por exemplo, pessoas com raiva pensam a respeito de como foram prejudicadas; pessoas deprimidas pensam sobre quão infelizes suas vidas se tornaram; e pessoas ansiosas veem perigo em toda parte.”
(D.Greenberger e C. Padesky, em A Mente Vencendo o Humor, pg. 24, Artmed, 1999)
P. A.P. A.É uma cognição alicerçada em auto-É uma cognição alicerçada em auto-avaliações e auto-direcionamentos, avaliações e auto-direcionamentos,
fora do alcance consciente que fora do alcance consciente que opera automaticamente, de forma opera automaticamente, de forma
particular e produzida pelos particular e produzida pelos esquemas.esquemas.
(Aaron Beck)(Aaron Beck)
PENSAMENTOS PENSAMENTOS AUTOMÁTICOSAUTOMÁTICOS
Desencadeantes eEstimulantes
Origem dos PAD•Uma gama de situações pode gerar
pensamentos automáticos DISFUNCIONAIS
•Sequência entre a geração da situação desencadeante e o comportamento final
(Pensamento quente)
Situações desencadeantes•Pequenos acontecimentos•Pensamentos estressantes•Lembranças•Imagens•Emoções•Comportamentos •Sensações físicas•Sensações mentais
1ª. situação•O paciente estava se sentindo bem, quando
estava falando com a mãe ao telefone, percebeu que ela o estava criticando por não telefonar sempre para ela.
“Por que ela sempre reclama que eu não falo o suficiente com ela? Ela não sabe que eu tenho a minha vida?”
(Irritado)
2ª. situação•O paciente refletiu sobre esses
pensamentos e teve uma outra série de pensamentos
“Eu não devia pensar mal da minha mãe. Ela é idosa e sozinha
•(Culpa)
3ª. situação•Ao se sentir culpado, ele pensou:
“Eu sou um homem. Como a minha mãe ainda me afeta tanto? Realmente há alguma coisa errada comigo.”
•(Tristeza)
4ª. situação•Ao se sentir triste, sentou no sofá, ficou
encolhido, refletindo sobre seu comportamento.
“Eu não devia estar sentado aqui. Qual o problema comigo?”
•(Raiva)
Situações estimulantes
Pensamentos automáticos tornam-se situações ESTIMULANTES quando os pacientes os avaliam, tomam conhecimento deles e
Tem pensamentos automáticos adicionais
Reações do paciente• Emocional• Comportamental• Física
• É importante descobrir se a natureza dessas reações perturba o paciente. Normalmente eles se sentem perturbados com suas emoções negativas
(Mudança de humor)
Reação emocional•O paciente estava na farmácia e pensou: “Por que este remédio não me ajuda?”
(Ansioso)•Percebeu a ansiedade e pensou: “Nunca vou sarar”. (Desanimado)
Reação comportamental•A paciente viu um prato de biscoitos e
pensou:- “Não tem problema se eu pegar apenas
um”(pegou o biscoito e comeu).- Quando terminou de comer percebeu o que
tinha feito e pensou:- “Oh! Eu não devia ter comido. Realmente
quebrei minha dieta hoje. Talvez eu possa comer mais um e recomeçar minha dieta amanhã”.
Reação física•O paciente estava dirigindo quando
passou pela sua cabeça as imagens de um acidente, sentiu-se ansioso e percebeu que seu coração estava batendo mais forte.
•Pensou:•“Isso pode acontecer comigo”.
Situações e reações•“Na verdade, pode ser mais importante trabalhar a avaliação do paciente quanto às suas reações do que a situação desencadeante”.
Judith Beck em TERAPIA COGNITIVA PARA
DESAFIOS CLÍNICOS, O que fazer quando o básico não funciona, página 47, Artmed
Uso de substânciasSituações desencadeantes e estimulantes
•Situação 1 – Em casa•PA – “Estou sem dinheiro, quebrado, Eu
nunca sairei desse buraco”.
•Emoção: Tristeza, desânimo
Uso de substânciasSituações desencadeantes e estimulantes• Situação 2• - Percebe o sentimento de tristeza• PA – “Eu odeio este sentimento. Se eu pudesse
cheirar só uma carreira (usar cocaína)”.
Emoção: Ansiedade
• PA – Lembrança do sentimento maravilhoso da primeira vez em que usou cocaína
Emoção: Excitação Reação física: Fissura
Uso de substânciasSituações desencadeantes e estimulantes•Situação 3 – Reconhece o desconforto da
fissura•PA – “Preciso conseguir um pouco (de
cocaína). Não vai me fazer mal desta vez”.
Emoção: Alívio Comportamento: Evita pensamentos que
possam detê-lo, consegue a cocaína e a consome.
Uso de substânciasSituações desencadeantes e estimulantes•Situação 4 – Mais tarde percebe o que faz•PA – “Não acredito que eu fiz isso. Sou um
fraco. Eu nunca vou me livrar disto (dependência)!.
•REFORÇO DA CRENÇA DE SER UM FRACASSO E SEM CONTROLE.
ConclusãoConclusão•Os pacientes tendem a pensar e agir
de modo rígido.•É essencial reavaliar continuamente a
conceituação cognitiva para entender por que os pacientes reagem desta ou daquela forma em situações atuais e para selecionar os problemas mais importantes, cognições e comportamentos a serem trabalhados.
Exercício•Lembre de uma situação em que você
sentiu algo desagradável e o que passou por sua cabeça naquele momento.
•Identifique o pensamento automático disfuncional, que erro cognitivo ele apresenta
Conceitualização (Conceituação)
Cognitiva
É essencial para o terapeuta aprender a conceituar as dificuldades do paciente em termos cognitivos, a fim de determinar como proceder na terapia:
. quando trabalhar sobre uma meta específica . pensamento automático . crença ou comportamento
. que técnicas escolher e
. como melhorar o relacionamento terapêutico.
As perguntas básicas que o terapeuta faz a si mesmo são:
• Como esse paciente veio parar aqui?
• Que vulnerabilidades e eventos de vida (traumas, experiências, interações) foram importantes?
• Como o paciente enfrentou sua vulnerabilidade?
• Quais são seus pensamentos automáticos e de que crenças eles brotaram?
É importante para o terapeuta colocar-se no lugar do paciente para desenvolver empatia pelo que o paciente está passando, entender como ele está se sentindo e perceber o mundo através dos seus olhos.
Dessa maneira, de acordo com a sua história e conjunto de crenças, suas percepções, pensamentos, emoções e comportamentos deveriam fazer sentido.
Uma conceituação cognitiva fornece a estrutura para o entendimento de um paciente pelo terapeuta, que faz a si mesmo as seguintes perguntas:• Qual é o diagnóstico do paciente?
• Quais são seus problemas atuais, como esses problemas se desenvolveram e como eles são
mantidos?
• Que pensamentos e crenças disfuncionais estão associados aos problemas?
• Quais reações (emocionais, fisiológicas e comportamentais) estão associadas ao seu pensamento?
Então o terapeuta levanta hipóteses sobre como o paciente desenvolveu essa desordem psicológica particular, fazendo a si mesmo as seguintes perguntas:
Que aprendizagens e experiências antigas (e talvez predisposições genéticas) contribuem para seus problemas hoje?
Quais são suas crenças subjacentes (incluindo atitudes, expectativas e regras) e pensamentos?
Como ele enfrentou suas crenças disfuncionais?
Que mecanismos cognitivos, afetivos e comportamentais, positivos e negativos, ele desenvolveu para enfrentar suas crenças disfuncionais?
Como ele via (e vê) a si mesmo, aos outros, seu mundo pessoal, seu futuro?
Que estressores contribuíram para seus problemas psicológicos ou interferiram em sua habilidade para resolver esses problemas?
Dessa maneira o terapeuta começa a construir uma conceituação cognitiva durante seu primeiro contato com um paciente e continua a refinar sua conceituação até a última sessão.
Conceitualização CognitivaAnálise Vertical• Pensamentos Automáticos e Distorções Cognitivas
típicas
• Crenças Centrais, Crenças Subjacentes e Estilos de Enfrentamento
• Tríade Cognitiva (Visão de si, dos outros, do mundo e do futuro)
• Organização da Personalidade (autônoma X sociotrópica)
• Metas e expectativas de vida
Traço de PersonalidadeSociotrópica vs. Autonômica
[____________________________________]Sociotrópica AutônomaVoltado ao social Voltado a si
Ideal:Equilibrar-se entre os dois extremos
Desenvolver as duas áreas
Conceitualização CognitivaAnálise Longitudinal• Fatos relevantes de desenvolvimento e ou impedimentos psicológicos ou
físicos que predispuseram a problemas
• Autoconceito e autoestima
• Conceito sobre os outros significativos
• Estilos de Enfrentamento e Estratégias Compensatórias
• Formulação da Hipótese de Vulnerabilidade Cognitiva• Interação entre eventos de vida e vulnerabilidade cognitiva (temas
frequentes e episódios passados)
• Distúrbio atual:- Problemas internos que mantém o estado disfuncional - Problemas externos que mantém o estado disfuncional - Problemas causados pelo distúrbio
- Problemas residuais após a solução do distúrbio atual
Objetivos da TCC•Flexibilidade Cognitiva:Modificando primeiramente os erros cognitivosModulando as emoções Procurando interpretações mais adaptativas
•Reestruturação Cognitiva:Aprofundando a terapia em busca de tornar o
sistema de esquemas e crenças mais funcional
•Resolução de Problemas:Pragmatismo
Exercício•Conceitualização do Caso Florinda