PROGRAMA VIVA A ESCOLA – RESGATE HISTÓRICO DO
MUNICÍPIO DE ITAÚNA DO SUL.
Escola Estadual Machado de Assis E. Fundamental
REALIZAÇÃO: Alunos da 6ª Série B, 7ª C e 8ª B
Alan de L. Constantino
Aline D. Almeida
Ana Elisa C. Costa Cavalcante
Ana Paula A. Lupe
Andressa Angélica da Silva
Cícera Caroline R. da Silva
Cintia Mayara da S. Pereira
Claudinéia Cristina S. Silva
Everthon Ricardo dos Santos
Janaina da S. Vergilio
José Gabriel S. Oliveira
Maria Cristina Farias
Naiara Azevedo da Silva
Roziani da S. Ferreira
Wilian B. da Silva
Celso Borges dos S. da Silva
Geovane José de L. Braga
Vanessa Martins da Silva
Dayane Tavares Ferreira
Dayson Brauna Navarro
Wladimir Rodrigues Pereira
Isabel Cristina da Silva
José Fernando da Silva de Oliveira
COORDENAÇÃO: Professora Édina Maria M. Costa
SUPERVISÃO: N.R.E Loanda e Secretaria Estadual de Educação
Esse trabalho foi realizado pelos alunos da 6ª a 8ª séries (vespertino), do
Ensino Fundamental da Escola Estadual Machado de Assis.
Foi desenvolvido através de pesquisa em documentos da Câmara
Municipal e Prefeitura Municipal de Itaúna do Sul e também entrevista
com o autor da bandeira; no intuito de promover o resgate histórico dos
símbolos municipais (Bandeira e Brasão de Armas).
O município de Itaúna do Sul pode se orgulhar de seus símbolos que são
constituídos pela Bandeira Municipal, o Brasão de Armas e o Hino
Municipal. Cada um deles possui um significado especial que englobam os
aspectos da comunidade.
A Bandeira
A Bandeira de Itaúna do Sul passou a ser oficializada pelo projeto de Lei
Nº 030/92 no ano de 1989. Ela foi desenhada por Washisgton Batista de
Souza, na época então aluno do Colégio Estadual Rui Barbosa, que
juntamente com a Câmara Municipal promoveu um concurso de desenho
da Bandeira Municipal.
A Bandeira Municipal possui em suas dimensões, 1,25m de comprimento
por 85cm de largura, tendo sua cor branca ocupando 95cm de comprimento
e o azul ocupando o restante, ou seja, 30cm; ao lado direito a constelação
do cruzeiro do sul, as estrelas representam os distritos do município (a
Sede, Placa Itaúna, São Paulo Paraná, Zimaré e a Água da Abelha), ao
lado esquerdo o Brasão de Armas, desenhado entre duas cores. O Brasão de
Armas constituído em um escudo Português, trazendo em seu interior os
seguintes desenhos: Representando a religião, uma Bíblia, contendo em
suas cores o preto, o amarelo ouro, branco e vermelho, colocados sobre o
branco do Brasão em forma de sinople. Uma montanha trazendo o sol à
sua nascente, também em forma de sinople, tendo o sol sobre a cor
amarelo ouro e a montanha de cor marrom. Uma enxada e um chapéu,
representando o trabalhador da agricultura (principal fonte de renda do
município), desenhado sobre o verde no Brasão, a enxada em seu alto de
cor marrom e o cabo de cor cáqui, o chapéu trazendo a cor, amarelo ouro.
Como suporte representando a agricultura, a esquerda do Brasão um ramo
de milho com duas espigas, com as cores amarela ouro e preto, a direita um
ramo de café com dez caroços, o ramo de cor verde e os caroços
vermelhos, predominando o ramo de milho sobre o ramo de café.
Uma faixa com duas dobras na ponta escrita ao meio “ITAÚNA DO SUL”,
à esquerda da faixa o ano de 1961, representado a criação do município de
Itaúna do Sul, à direita o ano de 1989 representado o ano em que a
bandeira tornou-se oficial.
-Pesquisa realizada em documentos da Câmara Municipal e Prefeitura
Municipal de Itaúna do Sul.
Decreto assinado pelo prefeito: Francisco Inocêncio Leite Neto em
20/11/1992 e pelo presidente da Câmara Municipal: José Carlos Lourenço
em 09/12/1992.
-Entrevista realizada com o autor do desenho da Bandeira Municipal,
Washisgton Batista de Souza, em julho de 2009.
Washisgton Batista de Souza autor da Bandeira Municipal.
O Brasão de Armas
Outro símbolo do município é o Brasão de Armas, ele foi oficializado
juntamente com a Bandeira Municipal, no projeto de Lei Nº 036/92.
O Brasão de Armas é usado em todos os documentos oficiais do
município, ele é a identificação de cada cidade.
O Brasão de Armas é constituído de um Escudo português. Trazendo em
seu interior os seguintes desenhos: Representando a Religião, uma Bíblia;
contendo em suas cores o preto, amarelo ouro, branco e vermelho,
colocado sobre o branco no Brasão em forma de sinople. Uma montanha
trazendo o sol à sua nascente, também em forma de sinople, tendo o sol a
cor amarelo ouro, e a montanha a cor marrom. Uma enxada e um chapéu,
representando o trabalhador da agricultura (principal fonte de renda na
época), desenhada sobre o verde no brasão, a enxada tem em gume a cor
marrom e o cabo a cor cáqui, o chapéu trazendo a cor amarelo ouro. Como
suporte representando a agricultura, a esquerda do Brasão, um ramo de
milho com duas espigas, com as cores amarelo ouro e preto, à direita do
Brasão, um ramo de café com dez caroços, o ramo de tom verde e os
caroços vermelhos, predominando o ramo de milho sobre o ramo de café.
A Bandeira do município e o Brasão de Armas foram escolhidos através
de um concurso promovido pela Câmara Municipal juntamente com o
Colégio Estadual Rui Barbosa, sob a direção do professor Nilson Ferreira
Lima no ano de 1988.
Foi escolhido entre os desenhos, a bandeira e o escudo do aluno
Washington Batista de Souza (hoje engenheiro civil , residente em Campo
Largo).
Estes símbolos passaram a ser oficiais sob o projeto de Lei Nº 036/92 no
ano de 1989.
O Hino Municipal
Um outro símbolo do município de Itaúna do Sul é o Hino Municipal, de
autoria de Sebastião Lima, que foi composto no ano de 1965 e gravado
pelo maestro Sebastião Lima.
No ano de 2.007 a professora Maria Inez Rodrigues Pereira regravou o
hino em Nova Londrina, na então Rádio Pontal. Sendo então distribuído
CDs para todas as escolas.
Salve, salve, Itaúna do Sul
Berço de riquezas mil
Espelhas o labor
Do seu povo varonil.
Rijos braços com fé e ardor
Construíram este marco de glória
E hoje plena de paz e esplendor
Itaúna do Sul segue o rumo da vitória
Para sempre há de ter altivo porte
És a terra privilegiada
E a teu povo dedica um grande forte
Eternamente serás a bem amada.
Rijos braços com fé e ardor
Construíram este marco de glória
E hoje plena de paz e esplendor
Itaúna do Sul segue o rumo da vitória.
És orgulho de seus descobridores
Que te contemplam rica e pujante
Aos pioneiros este hino de louvor
Por nos legaram uma terra fulgurante.
Rijos braços com fé e ardor
Construíram este marco de glória
E hoje plena de paz e esplendor
Itaúna do Sul segue o rumo da vitória.
MEUS AGRADECIMENTOS:
Quero agradecer em primeiro lugar a Deus, por ter me capacitado para
desenvolver este trabalho; aos meus alunos, que não mediram esforços para
participar pesquisando,elaborando e produzindo este trabalho; à prefeitura
municipal pela sua contribuição e parceria. Agradeço ao diretor da Escola
Estadual Machado de Assis Eudis Ronny Sottoriva, a Equipe Pedagógica
Beatriz Vale Bono e Maria Inez Rodrigues, toda Equipe Administrativa e
em especial a Professora Lucilei Rita de Souza Santana e ao Professor e
Doutor Nelson Brito Rodrigues, que contribuíram de forma muito especial
com este trabalho.Também aos familiares dos pioneiros e imigrantes desse
município que muito gentilmente contribuíram participando e contando a
real história do município de Itaúna do Sul.
Fica aqui a nossa gratidão aos pioneiros anônimos, que não participaram
da execução deste trabalho, mas que contribuíram desbravando esta terra e
fazendo a história deste município.
Histórico sobre a Igreja Católica em Itaúna do Sul
A Primeira igreja Católica foi construída na Rua Paraná, próximo do
cruzamento da Rua Argentina (cito localização da nova creche), na década
de 50; depois foi transferida para a Praça da Bandeira na década de 60, com
o objetivo de embelezar a cidade, sendo ainda de madeira. Na década de 70
a igreja teve que ser novamente transferida de local, pois a área em estava
(Praça da Bandeira),é local público Mudando-se então para o atual
endereço Praça da Matriz esquina com a Rua Paraná com a Avenida Brasil.
Histórico sobre a Praça da Bandeira
A Praça da Bandeira foi construída por volta de 1954, na época até então
havia uma passagem direta na Avenida São Paulo, sendo então construída a
praça para embelezar a cidade, esta era bem arborizada, com cerquinha de
madeira, circulando a um passeio de Norte a Sul e de Leste a Oeste, no
centro a Igreja Católica, o salão de festas e um espaço de lazer onde
encontrava-se um luminoso e vários bancos.
Com a mudança da Igreja Católica para a Praça da Matriz, a Praça da
Bandeira ficou abandonada e depois foram feitas três reformas até chegar a
forma atual.
A primeira mudança foi feita na gestão do Prefeito Edson Moreira
Guimarães no ano de 1974 , a segunda mudança no ano de 1981 pelo então
Prefeito Luis Fernandes Reche e no ano de 2003, na gestão do Prefeito
Pedro Castanhari foi realizada a terceira mudança. Foram retiradas as
árvores para serem plantadas novas espécies e também fazer novos
canteiros . Ficando então o formato atual.
Praça da Bandeira década de 60.
Praça da Bandeira década de 80.
A Praça da Bandeira faz parte da história do município de Itaúna do Sul,
pois sempre foi local de grandes acontecimentos e também serviu e serve
de local de lazer para as pessoas de todas as idades. Nela hoje é realizada
todas as sextas-feiras a “Feira da Lua”, onde os produtores agrícolas e
artesanais vendem seus produtos e servindo ainda de local de encontro das
pessoas para conversarem, comerem comidas típicas (tapioca, caldo-de-
cana, sushi, sashimi, manju, doraiaki, tempurá, espetinho, etc)
e se divertirem.
Histórico sobre a cidade de Itaúna do Sul
O início da ocupação da região onde hoje se localiza o município de Itaúna do Sul deu
por volta do final da década de 40, quando o governo do Estado do Paraná dando
seqüência a política de colonização das áreas desabitadas do território paranaense ,
promoveu a doação de terras devolutas do patrimônio estadual a diversas empresas
colonizadoras.
A empresa que requereu e recebeu os títulos de propriedade dessas terras foi a
Imobiliária Ferreira e Toledo Piza. Esta iniciou a demarcação das terras ou lotes a partir
de 1949, trazendo os primeiros topógrafos e picadeiros, iniciando assim a abertura de
estradas e a demarcação dos lotes na zona rural, bem como das ruas e lotes no núcleo
urbano. A partir de 1950, previa-se para a zona rural a criação de 4 fazendas maiores,
enquanto o restante seria destinado a pequenas propriedades, que foram desmatadas
para a lavoura de café.
Em 1958, a Imobiliária Ferreira &Toledo Piza vendeu o empreendimento de
colonização de Itaúna do Sul para a Companhia Urano de Capitalização, sediada em
Curitiba.
Em 07 de abril de 1958, através da Lei Estadual Nº3.554/58, Itaúna do Sul foi elevada à
categoria de Distrito de Nova Londrina e, em 25 de janeiro de 1961, com a Lei Estadual
Nº4.338/61, ganhou autonomia política, com o mesmo nome que possuía quando
distrito. A instalação oficial ocorreu no dia 28 de maio de 1961, sendo o aniversário do
município comemorado na data de 19 de novembro de cada ano.
O nome itaúna é de origem da língua indígena Tupi-Guarani.
A palavra Itaúna representa uma contração das palavras: ita=pedra e una=negra, ou seja:
pedra negra ou pedra escura.
O nome da cidade ficou sendo Itaúna do Sul para diferenciar da cidade de Itaúna no
Estado de Minas Gerais, por isso, foi acrescentado do Sul.
A ocupação da zona urbana de Itaúna do Sul ocorreu a partir de dois assentamentos
localizados nas extremidades da Avenida São Paulo, saída para Diamante do Norte e
Nova Londrina.
O primeiro comércio foi um armazém instalado na cidade que pertencia a um cidadão
de origem árabe de nome Rachid, o segundo de um imigrante português, senhor Luis
Vieira; seguido pelos armazéns das famílias Stropp e Nakahara.
As primeiras atividades econômicas do município foram:
-A extração da madeira (duas serrarias):
-A cultura do algodão;
-O cultivo do café (tornando-se a principal atividade econômica do município até a
década de 70).
FONTE: Plano Diretor Municipal de Itaúna do Sul 2008
HISTÓRIA E MEMÓRIA
Para elaboração deste trabalho foram entrevistadas 12 pessoas descendentes de famílias
de pioneiros e colonizadores ( todos vindos do Estado de São Paulo), que ainda residem
no município e 7 pessoas imigrantes ou descendentes ( espanhol, português e japonês).
Estas pessoas narraram a história da cidade de Itaúna do Sul com palavras simples mas
de forma real.
Sr. Afonso Martins representante da família Martins.
Sr. Pedro Kariya representante da família Kariya
Sra Maria O. São Pedro representante da família São Pedro
Sra Ke Nakahara representante da família Nakahara.
Sr. Ricardo Sottoriva representante da família Sottoriva.
Sr. Antonio A. Matsuoka e Sra Rosa Matsuoka representante da família Matuoka.
Sra Alzira M. Martins e Sr. Sidnei M. Marconi representante da família Carrança.
Sra Francisca Maria Fernandes representante da família Fernandes.
Sra .Elisa Vieira, Sra Aparecida Henrique, Sra Nair Costa e Sra Loide Miranda.
Sra Nair Ramos Prado representante da família Ramos.
Sra Moyko Takahashi
Sr. Ta Sumida representante da família Sumida.
A chegada dessas famílias ocorreu a partir de 1948 a1960, trazendo consigo o desejo de
trabalhar nessa terra e construir riquezas para si e para a cidade.
Nessa época a região ainda era coberta de matas, que foram derrubadas para dar lugar
ao cultivo de café, sendo então a principal riqueza daquela época. As matas derrubadas
eram transformadas em madeira em duas serrarias, localizadas na saída para Diamante
do Norte e saída para Nova Londrina. Essa madeira depois era aproveitada para fazer as
construções locais, declararam as pessoas entrevistadas “as poucas casas e construções
existentes na época eram todas de madeira”, contaram ainda que fazia muito frio, não
havia água encanada, possuía apenas umas torneiras na Avenida São Paulo para que as
pessoas pudessem pegar a água com balde, não havia energia elétrica, pois só na década
de 60 é que passou a ter um motor que gerava energia para as ruas da cidade ( que era
desligado as 22:00hs); as ruas eram de terra, havia uma Igreja Católica, um hotel, uma
farmácia, o comércio era pequeno com armazéns onde se vendia tudo o que era
necessário, o transporte também era precário, porque poucas pessoas possuíam
condução, a exemplo do Sr. João São Pedro que servia as pessoas com seu jipe; não
havia hospital e nem posto de saúde; as mulheres tinham muitos filhos e os partos eram
feitos em casa com auxilio de parteiras (cito D.Chiquinha e D. Lina );as famílias eram
numerosas e grande parte delas moravam na área rural, muitas crianças trabalhavam
para ajudar os pais, e a maioria das pessoas trabalhavam na agricultura (especificamente
na lavoura do café).
Essa pessoas trouxeram para cá muitos costumes e declararam que alguns permanecem
até hoje, como por exemplo na culinária, as comidas nordestina: como a tapioca, bolo
de fubá, bolo de puba, pão caseiro com fermento caseiro feito algumas vezes no forno a
lenha; outras ainda trazidas pelos imigrantes como a polenta, o macarrão feito com a
massa caseira, a bacalhoada, o churrasco, as comidas japonesas como é de costume o
arroz sem sal, sushi, sashimi, manju, doraiaki, tempura. Alguns deles declararam que
também mantêm o costume de falar a língua de origem de seu país.
Alguns costumes religiosos também permanecem como rezar terço nas casas, reunir a
família nas festas religiosas como nos batizados, natal, festa da padroeira. Outro
costume é o de benzimento, as simpatias e o uso de plantas medicinais.
Colonização de Itaúna do Sul.
Principal economia do município: o café.
Ginásio E. de Itaúna do Sul – atualmente E.E.Machado de Assis.
Avenida São Paulo.
Praça da Bandeira – década 60/70.