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    ESTATUTO DO IDOSO

    Professora Claudete PessaSite: www.claudetepessoa.com.br

    LEI N o 10.741, DE 1 DE OUTUBRO DE 2003.Dispe sobre o Estatuto do Idoso e doutras providncias.

    O PRESIDENTE DA REPBLICA Fao saber que o Congresso Nacionaldecreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    TTULO IDisposies Preliminares

    Art. 1o institudo o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitosassegurados s pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.

    Art. 2o O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes pessoahumana, sem prejuzo da proteo integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, parapreservao de sua sade fsica e mental e seu aperfeioamento moral,intelectual, espiritual e social, em condies de liberdade e dignidade.

    Art. 3o obrigao da famlia, da comunidade, da sociedade e do PoderPblico assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivao do direito vida, sade, alimentao, educao, cultura, ao esporte, ao lazer, aotrabalho, cidadania, liberdade, dignidade, ao respeito e convivnciafamiliar e comunitria. Pargrafo nico. A garantia de prioridade compreende: I atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos rgospblicos e privados prestadores de servios populao; II preferncia na formulao e na execuo de polticas sociais pblicasespecficas; III destinao privilegiada de recursos pblicos nas reas relacionadascom a proteo ao idoso; IV viabilizao de formas alternativas de participao, ocupao econvvio do idoso com as demais geraes; V priorizao do atendimento do idoso por sua prpria famlia, emdetrimento do atendimento asilar, exceto dos que no a possuam ou careamde condies de manuteno da prpria sobrevivncia; VI capacitao e reciclagem dos recursos humanos nas reas de geriatriae gerontologia e na prestao de servios aos idosos; VII estabelecimento de mecanismos que favoream a divulgao deinformaes de carter educativo sobre os aspectos biopsicossociais deenvelhecimento; VIII garantia de acesso rede de servios de sade e de assistnciasocial locais.

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    IX prioridade no recebimento da restituio do Imposto deRenda. (Includo pela Lei n 11.765, de 2008).

    Art. 4o Nenhum idoso ser objeto de qualquer tipo de negligncia,discriminao, violncia, crueldade ou opresso, e todo atentado aos seusdireitos, por ao ou omisso, ser punido na forma da lei. 1o dever de todos prevenir a ameaa ou violao aos direitos do idoso. 2o As obrigaes previstas nesta Lei no excluem da preveno outrasdecorrentes dos princpios por ela adotados. Art. 5o A inobservncia das normas de preveno importar emresponsabilidade pessoa fsica ou jurdica nos termos da lei.

    Art. 6o Todo cidado tem o dever de comunicar autoridade competentequalquer forma de violao a esta Lei que tenha testemunhado ou de que tenhaconhecimento.

    Art. 7o Os Conselhos Nacional, Estaduais, do Distrito Federal e Municipaisdo Idoso, previstos na Lei n o 8.842, de 4 de janeiro de 1994, zelaro pelocumprimento dos direitos do idoso, definidos nesta Lei.

    TTULO IIDos Direitos Fundamentais

    CAPTULO IDo Direito Vida

    Art. 8o O envelhecimento um direito personalssimo e a sua proteo umdireito social, nos termos desta Lei e da legislao vigente.

    Art. 9o obrigao do Estado, garantir pessoa idosa a proteo vida e sade, mediante efetivao de polticas sociais pblicas que permitam umenvelhecimento saudvel e em condies de dignidade.

    CAPTULO IIDo Direito Liberdade, ao Respeito e Dignidade

    Art. 10. obrigao do Estado e da sociedade, assegurar pessoa idosa aliberdade, o respeito e a dignidade, como pessoa humana e sujeito de direitoscivis, polticos, individuais e sociais, garantidos na Constituio e nas leis. 1o O direito liberdade compreende, entre outros, os seguintes aspectos: I faculdade de ir, vir e estar nos logradouros pblicos e espaoscomunitrios, ressalvadas as restries legais; II opinio e expresso; III crena e culto religioso; IV prtica de esportes e de diverses; V participao na vida familiar e comunitria; VI participao na vida poltica, na forma da lei; VII faculdade de buscar refgio, auxlio e orientao.

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    2o O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade fsica,psquica e moral, abrangendo a preservao da imagem, da identidade, daautonomia, de valores, idias e crenas, dos espaos e dos objetos pessoais. 3o dever de todos zelar pela dignidade do idoso, colocando-o a salvo dequalquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatrio ouconstrangedor.

    CAPTULO IIIDos Alimentos

    Art. 11. Os alimentos sero prestados ao idoso na forma da lei civil.

    Art. 12. A obrigao alimentar solidria, podendo o idoso optar entre osprestadores.

    Art. 13. As transaes relativas a alimentos podero ser celebradasperante o Promotor de Justia ou Defensor Pblico, que as referendar, epassaro a ter efeito de ttulo executivo extrajudicial nos termos da leiprocessual civil. (Redao dada pela Lei n 11.737, de 2008) Art. 14. Se o idoso ou seus familiares no possurem condies econmicas deprover o seu sustento, impe-se ao Poder Pblico esse provimento, no mbitoda assistncia social.

    CAPTULO IVDo Direito Sade

    Art. 15. assegurada a ateno integral sade do idoso, por intermdiodo Sistema nico de Sade SUS, garantindo-lhe o acesso universal eigualitrio, em conjunto articulado e contnuo das aes e servios, para apreveno, promoo, proteo e recuperao da sade, incluindo a atenoespecial s doenas que afetam preferencialmente os idosos. 1o A preveno e a manuteno da sade do idoso sero efetivadas pormeio de: I cadastramento da populao idosa em base territorial; II atendimento geritrico e gerontolgico em ambulatrios; III unidades geritricas de referncia, com pessoal especializado nasreas de geriatria e gerontologia social; IV atendimento domiciliar, incluindo a internao, para a populao quedele necessitar e esteja impossibilitada de se locomover, inclusive para idososabrigados e acolhidos por instituies pblicas, filantrpicas ou sem finslucrativos e eventualmente conveniadas com o Poder Pblico, nos meios urbanoe rural; V reabilitao orientada pela geriatria e gerontologia, para reduo dasseqelas decorrentes do agravo da sade. 2o Incumbe ao Poder Pblico fornecer aos idosos, gratuitamente,medicamentos, especialmente os de uso continuado, assim como prteses,rteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitao ou reabilitao.

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    3o vedada a discriminao do idoso nos planos de sade pela cobranade valores diferenciados em razo da idade. 4o Os idosos portadores de deficincia ou com limitao incapacitantetero atendimento especializado, nos termos da lei.

    5o vedado exigir o comparecimento do idoso enfermo perante os rgospblicos, hiptese na qual ser admitido o seguinte procedimento: (Includopela Lei n 12.896, de 2013)

    I - quando de interesse do poder pblico, o agente promover o contatonecessrio com o idoso em sua residncia; ou (Includo pela Lei n 12.896,de 2013)

    II - quando de interesse do prprio idoso, este se far representar porprocurador legalmente constitudo. (Includo pela Lei n 12.896, de 2013)

    6o assegurado ao idoso enfermo o atendimento domiciliar pela perciamdica do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, pelo servio pblico desade ou pelo servio privado de sade, contratado ou conveniado, que integreo Sistema nico de Sade - SUS, para expedio do laudo de sade necessrioao exerccio de seus direitos sociais e de iseno tributria. (Includo pela Lein 12.896, de 2013)

    Art. 16. Ao idoso internado ou em observao assegurado o direito aacompanhante, devendo o rgo de sade proporcionar as condiesadequadas para a sua permanncia em tempo integral, segundo o critriomdico. Pargrafo nico. Caber ao profissional de sade responsvel pelotratamento conceder autorizao para o acompanhamento do idoso ou, no casode impossibilidade, justific-la por escrito. Art. 17. Ao idoso que esteja no domnio de suas faculdades mentais assegurado o direito de optar pelo tratamento de sade que lhe for reputadomais favorvel. Pargrafo nico. No estando o idoso em condies de proceder opo,esta ser feita: I pelo curador, quando o idoso for interditado; II pelos familiares, quando o idoso no tiver curador ou este no puderser contactado em tempo hbil; III pelo mdico, quando ocorrer iminente risco de vida e no houvertempo hbil para consulta a curador ou familiar; IV pelo prprio mdico, quando no houver curador ou familiarconhecido, caso em que dever comunicar o fato ao Ministrio Pblico.

    Art. 18. As instituies de sade devem atender aos critrios mnimos parao atendimento s necessidades do idoso, promovendo o treinamento e acapacitao dos profissionais, assim como orientao a cuidadores familiares egrupos de auto-ajuda.

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    Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmao de violncia praticada contraidosos sero objeto de notificao compulsria pelos servios de sade pblicose privados autoridade sanitria, bem como sero obrigatoriamentecomunicados por eles a quaisquer dos seguintes rgos: (Redao dada pela Lein 12.461, de 2011) I autoridade policial; II Ministrio Pblico; III Conselho Municipal do Idoso; IV Conselho Estadual do Idoso; V Conselho Nacional do Idoso. 1o Para os efeitos desta Lei, considera-se violncia contra o idosoqualquer ao ou omisso praticada em local pblico ou privado que lhe causemorte, dano ou sofrimento fsico ou psicolgico. (Includo pela Lei n 12.461, de2011) 2o Aplica-se, no que couber, notificao compulsria previstano caput deste artigo, o disposto na Lei n o 6.259, de 30 de outubro de1975. (Includo pela Lei n 12.461, de 2011)

    CAPTULO VDa Educao, Cultura, Esporte e Lazer

    Art. 20. O idoso tem direito a educao, cultura, esporte, lazer, diverses,espetculos, produtos e servios que respeitem sua peculiar condio de idade. Art. 21. O Poder Pblico criar oportunidades de acesso do idoso educao,adequando currculos, metodologias e material didtico aos programaseducacionais a ele destinados. 1o Os cursos especiais para idosos incluiro contedo relativo s tcnicasde comunicao, computao e demais avanos tecnolgicos, para suaintegrao vida moderna. 2o Os idosos participaro das comemoraes de carter cvico ou cultural,para transmisso de conhecimentos e vivncias s demais geraes, no sentidoda preservao da memria e da identidade culturais. Art. 22. Nos currculos mnimos dos diversos nveis de ensino formal seroinseridos contedos voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e valorizao do idoso, de forma a eliminar o preconceito e a produzirconhecimentos sobre a matria. Art. 23. A participao dos idosos em atividades culturais e de lazer serproporcionada mediante descontos de pelo menos 50% (cinqenta por cento)nos ingressos para eventos artsticos, culturais, esportivos e de lazer, bem comoo acesso preferencial aos respectivos locais. Art. 24. Os meios de comunicao mantero espaos ou horrios especiaisvoltados aos idosos, com finalidade informativa, educativa, artstica e cultural, eao pblico sobre o processo de envelhecimento.

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    Art. 25. O Poder Pblico apoiar a criao de universidade aberta para aspessoas idosas e incentivar a publicao de livros e peridicos, de contedo epadro editorial adequados ao idoso, que facilitem a leitura, considerada anatural reduo da capacidade visual.

    CAPTULO VIDa Profissionalizao e do Trabalho

    Art. 26. O idoso tem direito ao exerccio de atividade profissional, respeitadassuas condies fsicas, intelectuais e psquicas. Art. 27. Na admisso do idoso em qualquer trabalho ou emprego, vedada adiscriminao e a fixao de limite mximo de idade, inclusive para concursos,ressalvados os casos em que a natureza do cargo o exigir. Pargrafo nico. O primeiro critrio de desempate em concurso pblicoser a idade, dando-se preferncia ao de idade mais elevada. Art. 28. O Poder Pblico criar e estimular programas de: I profissionalizao especializada para os idosos, aproveitando seuspotenciais e habilidades para atividades regulares e remuneradas; II preparao dos trabalhadores para a aposentadoria, com antecednciamnima de 1 (um) ano, por meio de estmulo a novos projetos sociais, conformeseus interesses, e de esclarecimento sobre os direitos sociais e de cidadania; III estmulo s empresas privadas para admisso de idosos ao trabalho.

    CAPTULO VIIDa Previdncia Social

    Art. 29. Os benefcios de aposentadoria e penso do Regime Geral daPrevidncia Social observaro, na sua concesso, critrios de clculo quepreservem o valor real dos salrios sobre os quais incidiram contribuio, nostermos da legislao vigente. Pargrafo nico. Os valores dos benefcios em manuteno seroreajustados na mesma data de reajuste do salrio-mnimo, pro rata, de acordocom suas respectivas datas de incio ou do seu ltimo reajustamento, com baseem percentual definido em regulamento, observados os critrios estabelecidospela Lei n o 8.213, de 24 de julho de 1991. Art. 30. A perda da condio de segurado no ser considerada para aconcesso da aposentadoria por idade, desde que a pessoa conte com, nomnimo, o tempo de contribuio correspondente ao exigido para efeito decarncia na data de requerimento do benefcio. Pargrafo nico. O clculo do valor do benefcio previstono caput observar o disposto no caput e 2 o do art. 3 o da Lei n o 9.876, de 26de novembro de 1999, ou, no havendo salrios-de-contribuio recolhidos a

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    partir da competncia de julho de 1994, o disposto no art. 35 da Lei n o 8.213, de1991. Art. 31. O pagamento de parcelas relativas a benefcios, efetuado com atrasopor responsabilidade da Previdncia Social, ser atualizado pelo mesmo ndiceutilizado para os reajustamentos dos benefcios do Regime Geral de PrevidnciaSocial, verificado no perodo compreendido entre o ms que deveria ter sidopago e o ms do efetivo pagamento. Art. 32. O Dia Mundial do Trabalho, 1o de Maio, a data-base dos aposentados epensionistas.

    CAPTULO VIIIDa Assistncia Social

    Art. 33. A assistncia social aos idosos ser prestada, de forma articulada,conforme os princpios e diretrizes previstos na Lei Orgnica da AssistnciaSocial, na Poltica Nacional do Idoso, no Sistema nico de Sade e demaisnormas pertinentes. Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que no possuammeios para prover sua subsistncia, nem de t-la provida por sua famlia, assegurado o benefcio mensal de 1 (um) salrio-mnimo, nos termos da LeiOrgnica da Assistncia Social Loas. (Vide Decreto n 6.214, de 2007) Pargrafo nico. O benefcio j concedido a qualquer membro da famlianos termos do caput no ser computado para os fins do clculo da rendafamiliar per capita a que se refere a Loas. Art. 35. Todas as entidades de longa permanncia, ou casa-lar, so obrigadas afirmar contrato de prestao de servios com a pessoa idosa abrigada. 1o No caso de entidades filantrpicas, ou casa-lar, facultada a cobranade participao do idoso no custeio da entidade. 2o O Conselho Municipal do Idoso ou o Conselho Municipal da AssistnciaSocial estabelecer a forma de participao prevista no 1o, que no poderexceder a 70% (setenta por cento) de qualquer benefcio previdencirio ou deassistncia social percebido pelo idoso. 3o Se a pessoa idosa for incapaz, caber a seu representante legal firmaro contrato a que se refere o caput deste artigo. Art. 36. O acolhimento de idosos em situao de risco social, por adulto ouncleo familiar, caracteriza a dependncia econmica, para os efeitoslegais. (Vigncia)

    CAPTULO IXDa Habitao

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    Art. 37. O idoso tem direito a moradia digna, no seio da famlia natural ousubstituta, ou desacompanhado de seus familiares, quando assim o desejar, ou,ainda, em instituio pblica ou privada. 1o A assistncia integral na modalidade de entidade de longapermanncia ser prestada quando verificada inexistncia de grupo familiar,casa-lar, abandono ou carncia de recursos financeiros prprios ou da famlia. 2o Toda instituio dedicada ao atendimento ao idoso fica obrigada amanter identificao externa visvel, sob pena de interdio, alm de atendertoda a legislao pertinente. 3o As instituies que abrigarem idosos so obrigadas a manter padresde habitao compatveis com as necessidades deles, bem como prov-los comalimentao regular e higiene indispensveis s normas sanitrias e com estascondizentes, sob as penas da lei. Art. 38. Nos programas habitacionais, pblicos ou subsidiados com recursospblicos, o idoso goza de prioridade na aquisio de imvel para moradiaprpria, observado o seguinte: I - reserva de pelo menos 3% (trs por cento) das unidades habitacionaisresidenciais para atendimento aos idosos; (Redao dada pela Lei n 12.418,de 2011) II implantao de equipamentos urbanos comunitrios voltados ao idoso; III eliminao de barreiras arquitetnicas e urbansticas, para garantia deacessibilidade ao idoso; IV critrios de financiamento compatveis com os rendimentos deaposentadoria e penso. Pargrafo nico. As unidades residenciais reservadas para atendimento aidosos devem situar-se, preferencialmente, no pavimento trreo. (Includopela Lei n 12.419, de 2011)

    CAPTULO XDo Transporte

    Art. 39. Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica assegurada a gratuidadedos transportes coletivos pblicos urbanos e semi-urbanos, exceto nos serviosseletivos e especiais, quando prestados paralelamente aos servios regulares. 1o Para ter acesso gratuidade, basta que o idoso apresente qualquerdocumento pessoal que faa prova de sua idade. 2o Nos veculos de transporte coletivo de que trata este artigo, seroreservados 10% (dez por cento) dos assentos para os idosos, devidamenteidentificados com a placa de reservado preferencialmente para idosos. 3o No caso das pessoas compreendidas na faixa etria entre 60(sessenta) e 65 (sessenta e cinco) anos, ficar a critrio da legislao local

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    dispor sobre as condies para exerccio da gratuidade nos meios de transporteprevistos no caput deste artigo. Art. 40. No sistema de transporte coletivo interestadual observar-se-, nostermos da legislao especfica: (Regulamento) (Vide Decreto n 5.934, de2006) I a reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por veculo para idosos com rendaigual ou inferior a 2 (dois) salrios-mnimos; II desconto de 50% (cinqenta por cento), no mnimo, no valor daspassagens, para os idosos que excederem as vagas gratuitas, com renda igualou inferior a 2 (dois) salrios-mnimos. Pargrafo nico. Caber aos rgos competentes definir os mecanismos eos critrios para o exerccio dos direitos previstos nos incisos I e II. Art. 41. assegurada a reserva, para os idosos, nos termos da lei local, de 5%(cinco por cento) das vagas nos estacionamentos pblicos e privados, as quaisdevero ser posicionadas de forma a garantir a melhor comodidade ao idoso. Art. 42. So asseguradas a prioridade e a segurana do idoso nosprocedimentos de embarque e desembarque nos veculos do sistema detransporte coletivo. (Redao dada pela Lei n 12.899, de 2013)

    TTULO IIIDas Medidas de Proteo

    CAPTULO IDas Disposies Gerais

    Art. 43. As medidas de proteo ao idoso so aplicveis sempre que os direitosreconhecidos nesta Lei forem ameaados ou violados: I por ao ou omisso da sociedade ou do Estado; II por falta, omisso ou abuso da famlia, curador ou entidade deatendimento; III em razo de sua condio pessoal.

    CAPTULO IIDas Medidas Especficas de Proteo

    Art. 44. As medidas de proteo ao idoso previstas nesta Lei podero seraplicadas, isolada ou cumulativamente, e levaro em conta os fins sociais a quese destinam e o fortalecimento dos vnculos familiares e comunitrios. Art. 45. Verificada qualquer das hipteses previstas no art. 43, o MinistrioPblico ou o Poder Judicirio, a requerimento daquele, poder determinar,dentre outras, as seguintes medidas:

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    I encaminhamento famlia ou curador, mediante termo deresponsabilidade; II orientao, apoio e acompanhamento temporrios; III requisio para tratamento de sua sade, em regime ambulatorial,hospitalar ou domiciliar; IV incluso em programa oficial ou comunitrio de auxlio, orientao etratamento a usurios dependentes de drogas lcitas ou ilcitas, ao prprio idosoou pessoa de sua convivncia que lhe cause perturbao; V abrigo em entidade; VI abrigo temporrio.

    TTULO IVDa Poltica de Atendimento ao Idoso

    CAPTULO IDisposies Gerais

    Art. 46. A poltica de atendimento ao idoso far-se- por meio do conjuntoarticulado de aes governamentais e no-governamentais da Unio, dosEstados, do Distrito Federal e dos Municpios. Art. 47. So linhas de ao da poltica de atendimento: I polticas sociais bsicas, previstas na Lei n o 8.842, de 4 de janeiro de1994; II polticas e programas de assistncia social, em carter supletivo, paraaqueles que necessitarem; III servios especiais de preveno e atendimento s vtimas denegligncia, maus-tratos, explorao, abuso, crueldade e opresso; IV servio de identificao e localizao de parentes ou responsveis poridosos abandonados em hospitais e instituies de longa permanncia; V proteo jurdico-social por entidades de defesa dos direitos dos idosos; VI mobilizao da opinio pblica no sentido da participao dos diversossegmentos da sociedade no atendimento do idoso.

    CAPTULO IIDas Entidades de Atendimento ao Idoso

    Art. 48. As entidades de atendimento so responsveis pela manuteno dasprprias unidades, observadas as normas de planejamento e execuoemanadas do rgo competente da Poltica Nacional do Idoso, conforme a Lein o 8.842, de 1994. Pargrafo nico. As entidades governamentais e no-governamentais deassistncia ao idoso ficam sujeitas inscrio de seus programas, junto aorgo competente da Vigilncia Sanitria e Conselho Municipal da Pessoa Idosa,e em sua falta, junto ao Conselho Estadual ou Nacional da Pessoa Idosa,especificando os regimes de atendimento, observados os seguintes requisitos:

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    I oferecer instalaes fsicas em condies adequadas de habitabilidade,higiene, salubridade e segurana; II apresentar objetivos estatutrios e plano de trabalho compatveis comos princpios desta Lei; III estar regularmente constituda; IV demonstrar a idoneidade de seus dirigentes. Art. 49. As entidades que desenvolvam programas de institucionalizao delonga permanncia adotaro os seguintes princpios: I preservao dos vnculos familiares; II atendimento personalizado e em pequenos grupos; III manuteno do idoso na mesma instituio, salvo em caso de foramaior; IV participao do idoso nas atividades comunitrias, de carter interno eexterno; V observncia dos direitos e garantias dos idosos; VI preservao da identidade do idoso e oferecimento de ambiente derespeito e dignidade. Pargrafo nico. O dirigente de instituio prestadora de atendimento aoidoso responder civil e criminalmente pelos atos que praticar em detrimentodo idoso, sem prejuzo das sanes administrativas. Art. 50. Constituem obrigaes das entidades de atendimento: I celebrar contrato escrito de prestao de servio com o idoso,especificando o tipo de atendimento, as obrigaes da entidade e prestaesdecorrentes do contrato, com os respectivos preos, se for o caso; II observar os direitos e as garantias de que so titulares os idosos; III fornecer vesturio adequado, se for pblica, e alimentao suficiente; IV oferecer instalaes fsicas em condies adequadas de habitabilidade; V oferecer atendimento personalizado; VI diligenciar no sentido da preservao dos vnculos familiares; VII oferecer acomodaes apropriadas para recebimento de visitas; VIII proporcionar cuidados sade, conforme a necessidade do idoso; IX promover atividades educacionais, esportivas, culturais e de lazer; X propiciar assistncia religiosa queles que desejarem, de acordo comsuas crenas; XI proceder a estudo social e pessoal de cada caso; XII comunicar autoridade competente de sade toda ocorrncia deidoso portador de doenas infecto-contagiosas; XIII providenciar ou solicitar que o Ministrio Pblico requisite osdocumentos necessrios ao exerccio da cidadania queles que no os tiverem,na forma da lei; XIV fornecer comprovante de depsito dos bens mveis que receberemdos idosos; XV manter arquivo de anotaes onde constem data e circunstncias doatendimento, nome do idoso, responsvel, parentes, endereos, cidade, relao

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    de seus pertences, bem como o valor de contribuies, e suas alteraes, sehouver, e demais dados que possibilitem sua identificao e a individualizaodo atendimento; XVI comunicar ao Ministrio Pblico, para as providncias cabveis, asituao de abandono moral ou material por parte dos familiares; XVII manter no quadro de pessoal profissionais com formao especfica. Art. 51. As instituies filantrpicas ou sem fins lucrativos prestadoras deservio ao idoso tero direito assistncia judiciria gratuita.

    CAPTULO IIIDa Fiscalizao das Entidades de Atendimento

    Art. 52. As entidades governamentais e no-governamentais de atendimento aoidoso sero fiscalizadas pelos Conselhos do Idoso, Ministrio Pblico, VigilnciaSanitria e outros previstos em lei. Art. 53. O art. 7o da Lei n o 8.842, de 1994, passa a vigorar com a seguinteredao:"Art. 7 o Compete aos Conselhos de que trata o art. 6o desta Lei a superviso, oacompanhamento, a fiscalizao e a avaliao da poltica nacional do idoso, nombito das respectivas instncias poltico-administrativas." (NR) Art. 54. Ser dada publicidade das prestaes de contas dos recursos pblicos eprivados recebidos pelas entidades de atendimento. Art. 55. As entidades de atendimento que descumprirem as determinaesdesta Lei ficaro sujeitas, sem prejuzo da responsabilidade civil e criminal deseus dirigentes ou prepostos, s seguintes penalidades, observado o devidoprocesso legal: I as entidades governamentais: a) advertncia; b) afastamento provisrio de seus dirigentes; c) afastamento definitivo de seus dirigentes; d) fechamento de unidade ou interdio de programa; II as entidades no-governamentais: a) advertncia; b) multa; c) suspenso parcial ou total do repasse de verbas pblicas; d) interdio de unidade ou suspenso de programa; e) proibio de atendimento a idosos a bem do interesse pblico. 1o Havendo danos aos idosos abrigados ou qualquer tipo de fraude emrelao ao programa, caber o afastamento provisrio dos dirigentes ou ainterdio da unidade e a suspenso do programa. 2o A suspenso parcial ou total do repasse de verbas pblicas ocorrerquando verificada a m aplicao ou desvio de finalidade dos recursos.

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    3o Na ocorrncia de infrao por entidade de atendimento, que coloqueem risco os direitos assegurados nesta Lei, ser o fato comunicado ao MinistrioPblico, para as providncias cabveis, inclusive para promover a suspenso dasatividades ou dissoluo da entidade, com a proibio de atendimento a idososa bem do interesse pblico, sem prejuzo das providncias a serem tomadaspela Vigilncia Sanitria. 4o Na aplicao das penalidades, sero consideradas a natureza e agravidade da infrao cometida, os danos que dela provierem para o idoso, ascircunstncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes da entidade.

    CAPTULO IVDas Infraes Administrativas

    Art. 56. Deixar a entidade de atendimento de cumprir as determinaes do art.50 desta Lei: Pena multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 3.000,00 (trs milreais), se o fato no for caracterizado como crime, podendo haver a interdiodo estabelecimento at que sejam cumpridas as exigncias legais. Pargrafo nico. No caso de interdio do estabelecimento de longapermanncia, os idosos abrigados sero transferidos para outra instituio, aexpensas do estabelecimento interditado, enquanto durar a interdio. Art. 57. Deixar o profissional de sade ou o responsvel por estabelecimento desade ou instituio de longa permanncia de comunicar autoridadecompetente os casos de crimes contra idoso de que tiver conhecimento: Pena multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 3.000,00 (trs milreais), aplicada em dobro no caso de reincidncia. Art. 58. Deixar de cumprir as determinaes desta Lei sobre a prioridade noatendimento ao idoso: Pena multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 1.000,00 (um mil reais)e multa civil a ser estipulada pelo juiz, conforme o dano sofrido pelo idoso.

    CAPTULO VDa Apurao Administrativa de Infrao s

    Normas de Proteo ao Idoso Art. 59. Os valores monetrios expressos no Captulo IV sero atualizadosanualmente, na forma da lei. Art. 60. O procedimento para a imposio de penalidade administrativa porinfrao s normas de proteo ao idoso ter incio com requisio do MinistrioPblico ou auto de infrao elaborado por servidor efetivo e assinado, sepossvel, por duas testemunhas. 1o No procedimento iniciado com o auto de infrao podero ser usadasfrmulas impressas, especificando-se a natureza e as circunstncias da infrao.

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    2o Sempre que possvel, verificao da infrao seguir-se- a lavraturado auto, ou este ser lavrado dentro de 24 (vinte e quatro) horas, por motivojustificado. Art. 61. O autuado ter prazo de 10 (dez) dias para a apresentao da defesa,contado da data da intimao, que ser feita: I pelo autuante, no instrumento de autuao, quando for lavrado napresena do infrator; II por via postal, com aviso de recebimento. Art. 62. Havendo risco para a vida ou sade do idoso, a autoridadecompetente aplicar entidade de atendimento as sanes regulamentares,sem prejuzo da iniciativa e das providncias que vierem a ser adotadas peloMinistrio Pblico ou pelas demais instituies legitimadas para a fiscalizao. Art. 63. Nos casos em que no houver risco para a vida ou a sade da pessoaidosa abrigada, a autoridade competente aplicar entidade de atendimento assanes regulamentares, sem prejuzo da iniciativa e das providncias quevierem a ser adotadas pelo Ministrio Pblico ou pelas demais instituieslegitimadas para a fiscalizao.

    CAPTULO VIDa Apurao Judicial de Irregularidades em Entidade de Atendimento

    Art. 64. Aplicam-se, subsidiariamente, ao procedimento administrativo de quetrata este Captulo as disposies das Leis n os 6.437, de 20 de agosto de 1977,e 9.784, de 29 de janeiro de 1999. Art. 65. O procedimento de apurao de irregularidade em entidadegovernamental e no-governamental de atendimento ao idoso ter inciomediante petio fundamentada de pessoa interessada ou iniciativa doMinistrio Pblico. Art. 66. Havendo motivo grave, poder a autoridade judiciria, ouvido oMinistrio Pblico, decretar liminarmente o afastamento provisrio do dirigenteda entidade ou outras medidas que julgar adequadas, para evitar leso aosdireitos do idoso, mediante deciso fundamentada. Art. 67. O dirigente da entidade ser citado para, no prazo de 10 (dez) dias,oferecer resposta escrita, podendo juntar documentos e indicar as provas aproduzir. Art. 68. Apresentada a defesa, o juiz proceder na conformidade do art. 69 ou,se necessrio, designar audincia de instruo e julgamento, deliberandosobre a necessidade de produo de outras provas.

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    1o Salvo manifestao em audincia, as partes e o Ministrio Pblicotero 5 (cinco) dias para oferecer alegaes finais, decidindo a autoridadejudiciria em igual prazo. 2o Em se tratando de afastamento provisrio ou definitivo de dirigente deentidade governamental, a autoridade judiciria oficiar a autoridadeadministrativa imediatamente superior ao afastado, fixando-lhe prazo de 24(vinte e quatro) horas para proceder substituio. 3o Antes de aplicar qualquer das medidas, a autoridade judiciria poderfixar prazo para a remoo das irregularidades verificadas. Satisfeitas asexigncias, o processo ser extinto, sem julgamento do mrito. 4o A multa e a advertncia sero impostas ao dirigente da entidade ou aoresponsvel pelo programa de atendimento.

    TTULO VDo Acesso Justia

    CAPTULO IDisposies Gerais

    Art. 69. Aplica-se, subsidiariamente, s disposies deste Captulo, oprocedimento sumrio previsto no Cdigo de Processo Civil, naquilo que nocontrarie os prazos previstos nesta Lei. Art. 70. O Poder Pblico poder criar varas especializadas e exclusivas do idoso. Art. 71. assegurada prioridade na tramitao dos processos e procedimentos ena execuo dos atos e diligncias judiciais em que figure como parte ouinterveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, emqualquer instncia. 1o O interessado na obteno da prioridade a que alude este artigo,fazendo prova de sua idade, requerer o benefcio autoridade judiciriacompetente para decidir o feito, que determinar as providncias a seremcumpridas, anotando-se essa circunstncia em local visvel nos autos doprocesso. 2o A prioridade no cessar com a morte do beneficiado, estendendo-seem favor do cnjuge suprstite, companheiro ou companheira, com unioestvel, maior de 60 (sessenta) anos. 3o A prioridade se estende aos processos e procedimentos naAdministrao Pblica, empresas prestadoras de servios pblicos e instituiesfinanceiras, ao atendimento preferencial junto Defensoria Publica da Unio,dos Estados e do Distrito Federal em relao aos Servios de AssistnciaJudiciria. 4o Para o atendimento prioritrio ser garantido ao idoso o fcil acessoaos assentos e caixas, identificados com a destinao a idosos em local visvel ecaracteres legveis.

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    CAPTULO II

    Do Ministrio Pblico Art. 72. (VETADO) Art. 73. As funes do Ministrio Pblico, previstas nesta Lei, sero exercidasnos termos da respectiva Lei Orgnica. Art. 74. Compete ao Ministrio Pblico: I instaurar o inqurito civil e a ao civil pblica para a proteo dosdireitos e interesses difusos ou coletivos, individuais indisponveis e individuaishomogneos do idoso; II promover e acompanhar as aes de alimentos, de interdio total ouparcial, de designao de curador especial, em circunstncias que justifiquem amedida e oficiar em todos os feitos em que se discutam os direitos de idosos emcondies de risco; III atuar como substituto processual do idoso em situao de risco,conforme o disposto no art. 43 desta Lei; IV promover a revogao de instrumento procuratrio do idoso, nashipteses previstas no art. 43 desta Lei, quando necessrio ou o interessepblico justificar;

    V instaurar procedimento administrativo e, para instru-lo: a) expedir notificaes, colher depoimentos ou esclarecimentos e, em casode no comparecimento injustificado da pessoa notificada, requisitar conduocoercitiva, inclusive pela Polcia Civil ou Militar; b) requisitar informaes, exames, percias e documentos de autoridadesmunicipais, estaduais e federais, da administrao direta e indireta, bem comopromover inspees e diligncias investigatrias; c) requisitar informaes e documentos particulares de instituiesprivadas; VI instaurar sindicncias, requisitar diligncias investigatrias e ainstaurao de inqurito policial, para a apurao de ilcitos ou infraes snormas de proteo ao idoso; VII zelar pelo efetivo respeito aos direitos e garantias legais asseguradosao idoso, promovendo as medidas judiciais e extrajudiciais cabveis; VIII inspecionar as entidades pblicas e particulares de atendimento e osprogramas de que trata esta Lei, adotando de pronto as medidasadministrativas ou judiciais necessrias remoo de irregularidadesporventura verificadas; IX requisitar fora policial, bem como a colaborao dos servios desade, educacionais e de assistncia social, pblicos, para o desempenho desuas atribuies; X referendar transaes envolvendo interesses e direitos dos idososprevistos nesta Lei.

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    1o A legitimao do Ministrio Pblico para as aes cveis previstas nesteartigo no impede a de terceiros, nas mesmas hipteses, segundo dispuser alei. 2o As atribuies constantes deste artigo no excluem outras, desde quecompatveis com a finalidade e atribuies do Ministrio Pblico. 3o O representante do Ministrio Pblico, no exerccio de suas funes,ter livre acesso a toda entidade de atendimento ao idoso. Art. 75. Nos processos e procedimentos em que no for parte, atuarobrigatoriamente o Ministrio Pblico na defesa dos direitos e interesses de quecuida esta Lei, hipteses em que ter vista dos autos depois das partes,podendo juntar documentos, requerer diligncias e produo de outras provas,usando os recursos cabveis. Art. 76. A intimao do Ministrio Pblico, em qualquer caso, ser feitapessoalmente. Art. 77. A falta de interveno do Ministrio Pblico acarreta a nulidade do feito,que ser declarada de ofcio pelo juiz ou a requerimento de qualquerinteressado.

    CAPTULO IIIDa Proteo Judicial dos Interesses Difusos, Coletivos

    e Individuais Indisponveis ou Homogneos Art. 78. As manifestaes processuais do representante do Ministrio Pblicodevero ser fundamentadas. Art. 79. Regem-se pelas disposies desta Lei as aes de responsabilidade porofensa aos direitos assegurados ao idoso, referentes omisso ou aooferecimento insatisfatrio de: I acesso s aes e servios de sade; II atendimento especializado ao idoso portador de deficincia ou comlimitao incapacitante; III atendimento especializado ao idoso portador de doena infecto-contagiosa; IV servio de assistncia social visando ao amparo do idoso. Pargrafo nico. As hipteses previstas neste artigo no excluem daproteo judicial outros interesses difusos, coletivos, individuais indisponveis ouhomogneos, prprios do idoso, protegidos em lei. Art. 80. As aes previstas neste Captulo sero propostas no foro do domicliodo idoso, cujo juzo ter competncia absoluta para processar a causa,ressalvadas as competncias da Justia Federal e a competncia originria dosTribunais Superiores.

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    Art. 81. Para as aes cveis fundadas em interesses difusos, coletivos,individuais indisponveis ou homogneos, consideram-se legitimados,concorrentemente: I o Ministrio Pblico; II a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios; III a Ordem dos Advogados do Brasil; IV as associaes legalmente constitudas h pelo menos 1 (um) ano eque incluam entre os fins institucionais a defesa dos interesses e direitos dapessoa idosa, dispensada a autorizao da assemblia, se houver prviaautorizao estatutria. 1o Admitir-se- litisconsrcio facultativo entre os Ministrios Pblicos daUnio e dos Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta Lei. 2o Em caso de desistncia ou abandono da ao por associaolegitimada, o Ministrio Pblico ou outro legitimado dever assumir atitularidade ativa. Art. 82. Para defesa dos interesses e direitos protegidos por esta Lei, soadmissveis todas as espcies de ao pertinentes. Pargrafo nico. Contra atos ilegais ou abusivos de autoridade pblica ouagente de pessoa jurdica no exerccio de atribuies de Poder Pblico, quelesem direito lquido e certo previsto nesta Lei, caber ao mandamental, quese reger pelas normas da lei do mandado de segurana. Art. 83. Na ao que tenha por objeto o cumprimento de obrigao de fazer ouno-fazer, o juiz conceder a tutela especfica da obrigao ou determinarprovidncias que assegurem o resultado prtico equivalente ao adimplemento. 1o Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificadoreceio de ineficcia do provimento final, lcito ao juiz conceder a tutelaliminarmente ou aps justificao prvia, na forma do art. 273 do Cdigo deProcesso Civil. 2o O juiz poder, na hiptese do 1o ou na sentena, impor multa diriaao ru, independentemente do pedido do autor, se for suficiente ou compatvelcom a obrigao, fixando prazo razovel para o cumprimento do preceito. 3o A multa s ser exigvel do ru aps o trnsito em julgado da sentenafavorvel ao autor, mas ser devida desde o dia em que se houver configurado. Art. 84. Os valores das multas previstas nesta Lei revertero ao Fundo do Idoso,onde houver, ou na falta deste, ao Fundo Municipal de Assistncia Social,ficando vinculados ao atendimento ao idoso. Pargrafo nico. As multas no recolhidas at 30 (trinta) dias aps otrnsito em julgado da deciso sero exigidas por meio de execuo promovidapelo Ministrio Pblico, nos mesmos autos, facultada igual iniciativa aos demaislegitimados em caso de inrcia daquele. Art. 85. O juiz poder conferir efeito suspensivo aos recursos, para evitar danoirreparvel parte.

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    Art. 86. Transitada em julgado a sentena que impuser condenao ao PoderPblico, o juiz determinar a remessa de peas autoridade competente, paraapurao da responsabilidade civil e administrativa do agente a que se atribuaa ao ou omisso. Art. 87. Decorridos 60 (sessenta) dias do trnsito em julgado da sentenacondenatria favorvel ao idoso sem que o autor lhe promova a execuo,dever faz-lo o Ministrio Pblico, facultada, igual iniciativa aos demaislegitimados, como assistentes ou assumindo o plo ativo, em caso de inrciadesse rgo. Art. 88. Nas aes de que trata este Captulo, no haver adiantamento decustas, emolumentos, honorrios periciais e quaisquer outras despesas. Pargrafo nico. No se impor sucumbncia ao Ministrio Pblico. Art. 89. Qualquer pessoa poder, e o servidor dever, provocar a iniciativa doMinistrio Pblico, prestando-lhe informaes sobre os fatos que constituamobjeto de ao civil e indicando-lhe os elementos de convico. Art. 90. Os agentes pblicos em geral, os juzes e tribunais, no exerccio de suasfunes, quando tiverem conhecimento de fatos que possam configurar crimede ao pblica contra idoso ou ensejar a propositura de ao para sua defesa,devem encaminhar as peas pertinentes ao Ministrio Pblico, para asprovidncias cabveis. Art. 91. Para instruir a petio inicial, o interessado poder requerer sautoridades competentes as certides e informaes que julgar necessrias,que sero fornecidas no prazo de 10 (dez) dias. Art. 92. O Ministrio Pblico poder instaurar sob sua presidncia, inqurito civil,ou requisitar, de qualquer pessoa, organismo pblico ou particular, certides,informaes, exames ou percias, no prazo que assinalar, o qual no poder serinferior a 10 (dez) dias. 1o Se o rgo do Ministrio Pblico, esgotadas todas as diligncias, seconvencer da inexistncia de fundamento para a propositura da ao civil ou depeas informativas, determinar o seu arquivamento, fazendo-ofundamentadamente. 2o Os autos do inqurito civil ou as peas de informao arquivados seroremetidos, sob pena de se incorrer em falta grave, no prazo de 3 (trs) dias, aoConselho Superior do Ministrio Pblico ou Cmara de Coordenao e Revisodo Ministrio Pblico. 3o At que seja homologado ou rejeitado o arquivamento, pelo ConselhoSuperior do Ministrio Pblico ou por Cmara de Coordenao e Reviso doMinistrio Pblico, as associaes legitimadas podero apresentar razes

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    escritas ou documentos, que sero juntados ou anexados s peas deinformao. 4o Deixando o Conselho Superior ou a Cmara de Coordenao e Revisodo Ministrio Pblico de homologar a promoo de arquivamento, serdesignado outro membro do Ministrio Pblico para o ajuizamento da ao.

    TTULO VIDos CrimesCAPTULO I

    Disposies Gerais Art. 93. Aplicam-se subsidiariamente, no que couber, as disposies da Lein o 7.347, de 24 de julho de 1985. Art. 94. Aos crimes previstos nesta Lei, cuja pena mxima privativa de liberdadeno ultrapasse 4 (quatro) anos, aplica-se o procedimento previsto na Lein o 9.099, de 26 de setembro de 1995, e, subsidiariamente, no que couber, asdisposies do Cdigo Penal e do Cdigo de Processo Penal. (Vide ADI 3.096-5 -STF)

    CAPTULO IIDos Crimes em Espcie

    Art. 95. Os crimes definidos nesta Lei so de ao penal pblicaincondicionada, no se lhes aplicando os arts. 181 e 182 do Cdigo Penal. Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso aoperaes bancrias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou porqualquer outro meio ou instrumento necessrio ao exerccio da cidadania, pormotivo de idade: Pena recluso de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa. 1o Na mesma pena incorre quem desdenhar, humilhar, menosprezar oudiscriminar pessoa idosa, por qualquer motivo. 2o A pena ser aumentada de 1/3 (um tero) se a vtima se encontrar sobos cuidados ou responsabilidade do agente. Art. 97. Deixar de prestar assistncia ao idoso, quando possvel faz-lo semrisco pessoal, em situao de iminente perigo, ou recusar, retardar ou dificultarsua assistncia sade, sem justa causa, ou no pedir, nesses casos, o socorrode autoridade pblica: Pena deteno de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa. Pargrafo nico. A pena aumentada de metade, se da omisso resultaleso corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte. Art. 98. Abandonar o idoso em hospitais, casas de sade, entidades de longapermanncia, ou congneres, ou no prover suas necessidades bsicas, quandoobrigado por lei ou mandado: Pena deteno de 6 (seis) meses a 3 (trs) anos e multa.

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    Art. 99. Expor a perigo a integridade e a sade, fsica ou psquica, do idoso,submetendo-o a condies desumanas ou degradantes ou privando-o dealimentos e cuidados indispensveis, quando obrigado a faz-lo, ou sujeitando-oa trabalho excessivo ou inadequado: Pena deteno de 2 (dois) meses a 1 (um) ano e multa. 1o Se do fato resulta leso corporal de natureza grave: Pena recluso de 1 (um) a 4 (quatro) anos. 2o Se resulta a morte: Pena recluso de 4 (quatro) a 12 (doze) anos. Art. 100. Constitui crime punvel com recluso de 6 (seis) meses a 1 (um) ano emulta: I obstar o acesso de algum a qualquer cargo pblico por motivo deidade; II negar a algum, por motivo de idade, emprego ou trabalho; III recusar, retardar ou dificultar atendimento ou deixar de prestarassistncia sade, sem justa causa, a pessoa idosa; IV deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execuode ordem judicial expedida na ao civil a que alude esta Lei; V recusar, retardar ou omitir dados tcnicos indispensveis propositurada ao civil objeto desta Lei, quando requisitados pelo Ministrio Pblico. Art. 101. Deixar de cumprir, retardar ou frustrar, sem justo motivo, a execuode ordem judicial expedida nas aes em que for parte ou interveniente o idoso: Pena deteno de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa. Art. 102. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, penso ou qualquer outrorendimento do idoso, dando-lhes aplicao diversa da de sua finalidade: Pena recluso de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa. Art. 103. Negar o acolhimento ou a permanncia do idoso, como abrigado, porrecusa deste em outorgar procurao entidade de atendimento: Pena deteno de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa. Art. 104. Reter o carto magntico de conta bancria relativa a benefcios,proventos ou penso do idoso, bem como qualquer outro documento comobjetivo de assegurar recebimento ou ressarcimento de dvida: Pena deteno de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos e multa. Art. 105. Exibir ou veicular, por qualquer meio de comunicao, informaes ouimagens depreciativas ou injuriosas pessoa do idoso: Pena deteno de 1 (um) a 3 (trs) anos e multa. Art. 106. Induzir pessoa idosa sem discernimento de seus atos a outorgarprocurao para fins de administrao de bens ou deles dispor livremente:

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    Pena recluso de 2 (dois) a 4 (quatro) anos. Art. 107. Coagir, de qualquer modo, o idoso a doar, contratar, testar ou outorgarprocurao: Pena recluso de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. Art. 108. Lavrar ato notarial que envolva pessoa idosa sem discernimento deseus atos, sem a devida representao legal: Pena recluso de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.

    TTULO VIIDisposies Finais e Transitrias

    Art. 109. Impedir ou embaraar ato do representante do Ministrio Pblico ou dequalquer outro agente fiscalizador: Pena recluso de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa. Art. 110. O Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940, Cdigo Penal,passa a vigorar com as seguintes alteraes:"Art. 61. ........................................................................................................................................................II - ........................................................................................................................................................h) contra criana, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grvida;............................................................................." (NR)"Art. 121. ........................................................................................................................................................ 4 o No homicdio culposo, a pena aumentada de 1/3 (um tero), se o crimeresulta de inobservncia de regra tcnica de profisso, arte ou ofcio, ou se oagente deixa de prestar imediato socorro vtima, no procura diminuir asconseqncias do seu ato, ou foge para evitar priso em flagrante. Sendodoloso o homicdio, a pena aumentada de 1/3 (um tero) se o crime praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta)anos.............................................................................." (NR)"Art. 133. ........................................................................................................................................................ 3o ........................................................................................................................................................III se a vtima maior de 60 (sessenta) anos." (NR)"Art. 140. ........................................................................................................................................................ 3 o Se a injria consiste na utilizao de elementos referentes a raa, cor, etnia,religio, origem ou a condio de pessoa idosa ou portadora de deficincia:............................................................................ (NR)"Art. 141. ........................................................................................................................................................

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    IV contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficincia,exceto no caso de injria.............................................................................." (NR)"Art. 148. ........................................................................................................................................................ 1o............................................................................I se a vtima ascendente, descendente, cnjuge do agente ou maior de 60(sessenta) anos............................................................................." (NR)"Art. 159........................................................................................................................................................ 1 o Se o seqestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o seqestrado menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime cometido por bando ou quadrilha............................................................................." (NR)"Art. 183........................................................................................................................................................III se o crime praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60(sessenta) anos." (NR)"Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsistncia do cnjuge, ou defilho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendenteinvlido ou maior de 60 (sessenta) anos, no lhes proporcionando os recursosnecessrios ou faltando ao pagamento de penso alimentcia judicialmenteacordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de socorrerdescendente ou ascendente, gravemente enfermo:............................................................................" (NR) Art. 111. O O art. 21 do Decreto-Lei n o 3.688, de 3 de outubro de 1941, Leidas Contravenes Penais, passa a vigorar acrescido do seguinte pargrafonico:"Art. 21........................................................................................................................................................Pargrafo nico. Aumenta-se a pena de 1/3 (um tero) at a metade se a vtima maior de 60 (sessenta) anos." (NR) Art. 112. O inciso II do 4 o do art. 1 o da Lei n o 9.455, de 7 de abril de 1997,passa a vigorar com a seguinte redao:"Art. 1o ........................................................................................................................................................ 4o ............................................................................II se o crime cometido contra criana, gestante, portador de deficincia,adolescente ou maior de 60 (sessenta) anos;............................................................................" (NR) Art. 113. O inciso III do art. 18 da Lei n o 6.368, de 21 de outubro de 1976,passa a vigorar com a seguinte redao:"Art. 18........................................................................................................................................................

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    III se qualquer deles decorrer de associao ou visar a menores de 21 (vinte eum) anos ou a pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos ou aquem tenha, por qualquer causa, diminuda ou suprimida a capacidade dediscernimento ou de autodeterminao:............................................................................" (NR) Art. 114. O art 1 da Lei n o 10.048, de 8 de novembro de 2000, passa avigorar com a seguinte redao:"Art. 1 o As pessoas portadoras de deficincia, os idosos com idade igual ousuperior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as lactantes e as pessoasacompanhadas por crianas de colo tero atendimento prioritrio, nos termosdesta Lei." (NR) Art. 115. O Oramento da Seguridade Social destinar ao Fundo Nacionalde Assistncia Social, at que o Fundo Nacional do Idoso seja criado, os recursosnecessrios, em cada exerccio financeiro, para aplicao em programas eaes relativos ao idoso. Art. 116. Sero includos nos censos demogrficos dados relativos populao idosa do Pas. Art. 117. O Poder Executivo encaminhar ao Congresso Nacional projeto delei revendo os critrios de concesso do Benefcio de Prestao Continuadaprevisto na Lei Orgnica da Assistncia Social, de forma a garantir que o acessoao direito seja condizente com o estgio de desenvolvimento scio-econmicoalcanado pelo Pas. Art. 118. Esta Lei entra em vigor decorridos 90 (noventa) dias da suapublicao, ressalvado o disposto no caput do art. 36, que vigorar a partir de1o de janeiro de 2004. Braslia, 1o de outubro de 2003; 182o da Independncia e 115o da Repblica.LUIZ INCIO LULA DA SILVAMrcio Thomaz BastosAntonio Palocci FilhoRubem Fonseca FilhoHumberto Srgio Costa LImaGuido MantegaRicardo Jos Ribeiro BerzoiniBenedita Souza da Silva Sampaiolvaro Augusto Ribeiro CostaEste texto no substitui o publicado no DOU de 3.10.2003*