CONCEITOS
• Pensamento Lateral diferente de:– Pensamento dedutivo ou silogístico– Pensamento indutivo: gera hipóteses para serem
testadas contra certos dados externosPois ambos eliminam em cada passo a informação
avaliada como “falsa” , considera esta irrelevante. Processo analítico.
(mas: como distinguir de modo seguro o que é falso do que não é?
Pensamento LateralVisa:-gerar tantas alternativas quantas possíveis- É não sequencial- Conserva os dados incorrectos e irrelevantes- Evita categorizar ou classificar as pessoasObjectivo: resultado:Maior probabilidade de modificar ou re-arranjar
padrões cognitivos préviosMas: não promete solução certa.
Utilizações• 1)Gerar alternativas de carreira• 2)Quebrar estereótipos pessoais, ambientais ou
profissionais• 3)Lidar com “injunções fracas” do cliente• 4)Promover a exploração criativa de alternativas• 5)Evitar o fechamento prematuro na tomada de
decisão• 6)Acessório das ferramentas de tomada de
decisão laterais
Utilidade
• Desbloquear • Desafiar estereótipos• Libertar relativamente a estratégias limitadoras
• Maximizam a informação sobre escolhas possíveis
• Complementares às estratégias lógicas• Pois: Chegará o momento em que é crucial fazer
uma escolha
Background
• E. de Bono (1970)• Resolução de problemas criativa• Atitude de risco, inovação (vs métodos
tradicionais, já testados), uso da fantasia e do jogo.
• Gellat (1989): Promoção da Incerteza Positiva
Incerteza Positiva• Aceitar a mudança e a ambiguidade que lhe está
associada; Aprender a usar a intuição e abordagens alternativas não racionais na tomada de decisão.
• Tomada de decisão humana = não sequencial, não sistemática.
• 3 linhas orientadoras:– “Trate os factos com imaginação, mas não os imagine!”
(Pesquisar constantemente, os dados são logo ultrapassados; reconhecer o seu papel e impacte na informação, que não é objectiva)
– “Conhece aquilo que queres e em que acreditas, mas não tenhas a certeza”: Tomar decisão não é só prosseguir metas prédefinidas, é descobrir novos objectivos a cada passo. Manter a Incerteza e abertura permanente sobre os objectivos e as opções.
– O decisor deveria ser racional, a menos que haja uma boa razão para ser não racional.
TÉCNICAS DE PENSAMENTO LATERAL
• Visões Alternativas• A Técnica dos Porquês• Suspender o juízo• Fraccionamento• Reversões• Brainstorming• Evitar polarização• Dizer “Po” (“Nim”)• O uso das Metáforas• Técnica dos 6 chapéus
Visões Alternativas
• Exercício proposto por deBono : Modos alternativos de olhar para um triângulo
• Dar uma estória incompleta, e pedir para gerar partes alternativas ou outros fins da estória.
A Técnica dos Porquês• Com clientes que nunca questionaram o seu modo de
pensar:• Deve ser usada tendo como objecto um aspecto muito
concreto (ex: ideia de frequentar a universidade da mesma cidade)
• O Co (conselheiro) apresenta a técnica: irá começar a perguntar-lhe porque é que acredita naquilo em que acredita, e gradualmente o cliente assumirá esse papel de interrogar a si mesmo. Usa uma sequência de porquês
– Porquê fez essa assunção?– porquê? É que .... – porquê? É que ....
NOTA: Cf. Laddering Vertical (G. Kelly)
Suspender o juízo• Requer que o Cliente deliberadamente adie tomar a
decisão.• Mto frequentemente a decisão corre mal porque as
pessoas pensam que têm de ter informação correcta em cada fase do processo – gera inibição – conduz a decisões abaixo daquelas do “sistema de memória auto-maximizante” (…)
• Ao ajuizarem da relevância da informação, das suas próprias ideias, ou as que os outros lhes sugerem, podem eliminar opções que poderiam ser ponto de partida para exploração de novas hipóteses.
• Ao suspender o juízo, podem considerar as implicações da informação, estimular os processos de pensamento, e pensar em possibilidades novas.
“E se eu lhe pedisse que suspendesse o juízo sobre…. (as ideias dos seus pais acerca do que deve seguir; e a sua conclusão sobre as hipóteses de entrar para o curso “X” mesmo que o desejasse)”
Fraccionamento
• Por vezes, olhar para o problema como um todo pode ser avassalador para o Cl.
• Partir o problema em partes, re-arranjar as partes em novos padrões, e até mesmo, poder criar novas partes. Modos criativos de olhar para a preocupação.
Reversões
• Olhar segundo novos padrões: por exemplo, não apenas projectar o caminho mais certo ou provável para o futuro. Sugerir novos modos de ver o problema.
• O Co pergunta ao cliente “E se… invertesse o seu padrão de vida… não indo atrás daquelas posições, empregos, cargos, tão amibicionados….
Brainstorming• Tipicamente: em situação de grupo, mas tb adaptada
para ser usada individualmente.• Suspender o juízo sobre qualidade das ideias• Após indução para a estratégia (gerar opções para
ajudar um amigo a fazer uma mudança difícil):– Não podemos censurar os próprios pensamentos, toda e
qualquer ideia por mais ridícula que pareça, deve ser expressa
– Não podemos censurar uns aos outrosTodas as ideias são anotadas, e só são consideradas e
avaliadas num 2º momento: Ex: as ideias imediatamente úteis; e aquelas que podem ser
exploradas mais tarde. Dar atenção ás ideias que sugerem novo modo de olhar o problema quanto às suas implicações.
Evitar polarização• Polarização = processo de repartir a informação
em categorias, e ulteriormente só são usados os rótulos associados a essas categorias. Processo pelo qual as pessoas se classificam a elas próprias “Sou péssima a Mat”
• O Co necessita de identificar as polarizações que o Cliente fez, e desafiar os rótulos que lhes associou: “Um bom aluno em Matemática é aquele “barra” que quase não precisa de estudar” “um talentoso” “Só tive 70% no teste de Mat”
Dizer “Po” (“Nim”… “talvez”)• “Nim” como Ferramenta de re-estruturação– Não dizer “não” às alternativas, nem “sim” (se são
importantes, relevantes, úteis…); – Provocar padrões antigos, e ligar entre si partes
(do problema, dos dados) que não poderiam ser ligadas logicamente
– Reter a informação, adiar o juízo (“talvez seja aceitável…útil, ou inútil… ou talvez não)
Uso Da Técnica do Nim• Encorajar o Cliente a dizer Nim a toda a
informação nova, para que seja relacionada com outra informação, que dantes não lhe era relacionada
• Está associada à assunção do risco de poder estar errado, ou poder explorar informação que pode estar errada: “Pode parecer um disparate, mas pensei….”
• Reter a informação por mais tempo, aumentar o seu potencial de associação, pis as ideias erradas ou ilógicas podem conduzir a outras soluções potencialmente melhores.
Dizer Nim
• Explicar ao Cliente que é uma atitude que ele pode usar quando confrontado com informação nova, ou quando se sente pressionado ou tentado a emitir juízos imediatos
• Reconsiderar a informação que parece ser inútil: por ex, aquelas escalas em que o Cl tem pontuações baixas nos inventários e testes.
O uso das Metáforas
• Adam, 1986• Meios de estimular pensamento sobre o
problema, e não seguir apenas os caminhos mais óbvio -- De Bono –metáforas que se pede ao cliente para gerar.
• Ampliar a comunicação Co-cliente e trabalhar com clientes resistentes (Gysbers e Moore) – metáforas produzidas e usadas pelo Co. Importante neste caso escolher criteriosamente as metáforas.
Metáforas• “Será que consegue lembrar-se de alguma
estória, filme, romance, que tenha visto ou lido, em que encontra um tema idêntico?” “Como é que a personagem conseguiu lidar? E com que resultado?” “Vê algumas semelhanças com a sua situação?”
• O Co produz uma metáfora: Ex: plantas que é necessário separar em vasos diferentes para poderem crescer (Cliente estava renitente em sair da casa dos pais para seguir novas oportunidades de carreira). Usar para produzir pensamento sobre…
Técnica dos 6 chapéus• De Bono (1985)• Ajudar o cliente a distinguir os seus
pensamentos sobre a escolha ou sobre a mudança com que se confronta.
• Importante: – O cliente ter diferentes experiências sobre o
priblema (usar os diferentes chapeús)– Identificar as suas perspectivas habituais sobre o
problema; usar nova informação
Descrição da tecnica dos 6 chapéus• Chapéu AZUL: controlo – a pessoa que o usa dirige para o uso dos outros
chapéus. No Aconselhamento de Carreira, pode ser o Co que o usa e encoraja o Cl a usar outros chapéus enquanto considera o Self e as Carreiras:
• Chapéu BRANCO: só examina factos verificáveis (ex: notas, tendências laborais, requisitos de acesso e de emprego…)
• Chapéu VERMELHO: Usa ; impressões não justificadas, a intuição, só considera os sentimentos.
• Chapéu PRETO: Perspectiva pessimista; crítica; considera razões do fracasso ocorrer (ex: numa mudança ou numa escolha)
• Chapéu AMARELO: Optimista, pensamento positivo, foca-se nos benefícios; razões de o sucesso ocorrer
• Chapéu VERDE: Gera novos pensamentos, novas alternativas, novas maneiras de ver o problema; foca-se no pensamento lateral.