UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
REGIONAL JATAÍ
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA
RELATÓRIO DE PROJETO ORIENTADO
MÁRCIO BORRÁS BATISTA FILHO
EVOLUÇÃO DO EFETIVO DE BOVINOS E DA PRODUÇÃO DO GADO DE CORTE NO BRASIL, ESTADO DE GOIÁS E
MUNICÍPIO DE JATAÍ (GO)
JATAÍ – GO
2016
ii
MÁRCIO BORRÁS BATISTA FILHO
EVOLUÇÃO DO EFETIVO DE BOVINOS E DA PRODUÇÃO DO GADO DE CORTE
NO BRASIL, ESTADO DE GOIÁS E MUNICÍPIO DE JATAÍ (GO)
Orientador: Prof. Vinicio Araujo Nascimento
Relatório de projeto orientado apresentado
ao Colegiado do Curso de Zootecnia, como
parte das exigências para obtenção do título
de Bacharel em Zootecnia.
JATAÍ - GO
2016
iii
iv
Este trabalho é dedicado
primeiramente a Deus, a meus pais
e a meus avós que deram total
suporte para que concluísse o curso,
e a todos que me ajudaram e
incentivaram nesta fase da minha
vida.
v
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, que me dá força para vencer os obstáculos, os quais apareceram em
meu caminho, durante esta jornada.
Aos meus pais, Márcio Borrás Batista e Valéria Sayonara de Moraes Borrás, e a minha
amada irmã, Maria Claudia Moraes Borrás, que ofereceram, todo o suporte e amor
necessário para eu seguir esse caminho.
As minhas avós, que as amo muito e sempre estão comigo.
Ao meu saudoso avô, Fernando Borrás Neto, quem foi o meu maior incentivador para a
escolha do Curso de zootecnia.
A todos meus familiares, pelo apoio incondicional.
Agradeço à Universidade Federal de Goiás e à cidade de Jataí, que me acolheram com
muito carinho.
A todos os Professores, com quem pude aprender, e que tenho muita gratidão.
Ao meu Orientador, professor Vinício Araújo Nascimento, pelo qual tenho muito carinho.
A todos os amigos que vivenciaram comigo a fase da graduação em Zootecnia,
especialmente ao Ítalo Machado e Mikael Ferraz que sempre estiveram ao meu lado, e
a minha namorada, Thalita Nattiele de Oliveira Barbosa.
vi
EVOLUÇÃO DO EFETIVO DE BOVINOS E DA PRODUÇÃO DO GADO DE CORTE
NO BRASIL, ESTADO DE GOIÁS E MUNICÍPIO DE JATAÍ (GO)
Resumo: Ao trabalhar com a cultura bovina, é importante saber de sua evolução. A
bovinocultura brasileira precisa ser conhecida pelo histórico em dados de sua produção.
Assim, objetivou-se realizar o estudo da evolução e distribuição dos bovinos no Brasil,
Centro-Oeste, Goiás e município de Jataí-GO, enfocando a evolução do abate e o peso
médio de carcaças. O efetivo bovino brasileiro evoluiu 691% de 1912 a 2014 colocando
o Brasil em patamar privilegiado quando comparado a outros países, sendo superado
apenas para efetivo bovino da Índia. O crescimento do rebanho brasileiro está ligado à
introdução do grupo genético Bos taurus taurus indicus, os zebuínos, além de avanços
significativos na nutrição animal e melhoramento genético. O Centro-Oeste destaca-se
frente às outras regiões, devido ao crescente aumento do efetivo bovino, sobretudo no
Mato Grosso. O deslocamento do rebanho para terras mais baratas ainda se mostra
presente fato que aconteceu na microrregião do Sudoeste de Goiás, em municípios
como Rio Verde e Jataí – GO. Pela competitividade, a pecuária perde espaço para
outras culturas, como a de soja e a de milho. A intensificação da pecuária e sua evolução
se vê ainda mais marcante pelo crescimento do abate de bovinos que evoluiu 431% de
1958 a 2014 e o peso de carcaça aumentou em média 50 kg no mesmo período. A
bovinocultura de corte no Brasil ainda tem muito a desenvolver, mas é uma atividade
com dados consolidados e futuro promissor.
Palavras-chave: desenvolvimento, distribuição regional, economia, peso de carcaça,
pastagens
vii
EVOLUTION OF CATTLE AND BEEF CATTLE PRODUCTION EMPLOYED IN
BRAZIL, GOIAS STATE AND MUNICIPALITY JATAÍ (GO)
Abstract: For analysis of evolution of beef cattle herds, it is necessary analysis the
historical of numberns of production with of numberns current. The objective was
accomplish the estudy of evolution and distribution, focusing the evolution of slaughter
and weight averaging of carcass of cattle in Brazil, Midwest, Goiás and city of Jataí-GO.
The effective Brazilian cattle evolved 691 % from 1912 of 2014 putting the Brazil of an
landing place privileged regarding other cauntries, staying behind in cattle effective only
of India, thise growth of cattle are connected of i outstanding introduction of Zebu in
countries beyond of significant advances in animal nutrition and genetical enhancement.
The Midwest It is above in regarding the others regions, because of increase of cattle
effective mainly state of Mato Grosso. The movement of the cattle for acres more cheap
shows this because what happened in region of south-west for example the cities of Rio
Verde – GO and Jataí – GO, where of livestock lost space for corn and soybean cultures.
The intensification of livestock and your evolution see more outstanding of growth of
slaughte in Brazil of evolved 437% of 1958 and 2014 and carcass weight increased in
average 50 kg in the same period. What shows uso f are on the way right for reach levels
of productivity the developed countries, only a matter of time.
Palavras-chave: development, distribution, economy carcass weight, pastures
viii
SUMÁRIO
1. INTRODUÇAO .......................................................................................................... 1
2. MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................................... 3
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................ 4
3.1. A EVOLUÇÃO DO EFETIVO BOVINO NO BRASIL ............................................... 4
3.2. A EVOLUÇAO DO EFETIVO BOVINO NAS GRANDES REGIÕES DO BRASIL ... 6
3.3. A EVOLUÇAO DO EFETIVO BOVINO NO CENTRO-OESTE ............................... 9
3.4. A EVOLUÇÃO DO EFETIVO BOVINO EM GOIÁS .............................................. 10
3.5. A EVOLUÇÃO DO EFETIVO BOVINO EM JATAÍ, GO ........................................ 14
3.6. A EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE CARNE BOVINA NO BRASIL ..................... 15
3.7. A EVOLUÇÃO DO ABATE DE BOVINOS NAS GRANDES REGIÕES DO BRASIL
................................................................................................................................... 17
3.8. A EVOLUÇÃO DO ABATE DE BOVINOS NO CENTRO-OESTE ........................ 19
3.9. A RELAÇÂO E EVOLUÇÂO DA NUTRIÇÃO PARA A PECUÁRIA ...................... 21
3.10. OS EFEITOS DO MELHORAMENTO GENÉTICO NA PECUÁRIA ................... 23
3.11. A EVOLUÇÃO DO ABATE DE BOVINOS COM IDADE INFERIOR A 2 ANOS .. 28
3.12. A EVOLUÇÃO DO PESO MÉDIO DE CARCAÇA DE BOVINOS MACHOS E
FÊMEAS ..................................................................................................................... 30
4. CONCLUSÕES ....................................................................................................... 33
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 34
ix
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1. Evolução do efetivo bovino no Brasil. ............................................................ 6
Figura 2. Evolução do efetivo bovino nas grandes regiões do Brasil............................. 7
Figura 3. Evolução do efetivo bovino nos estados da região Centro-Oeste. ................. 9
Figura 4. Evolução do efetivo bovino nas mesorregiões do Estado de Goiás. ............ 11
Figura 5. Evolução do efetivo bovino nas microrregiões do Estado de Goiás. ............ 13
Figura 6. Evolução do efetivo bovino nos municípios da microrregião Sudoeste de
Goiás. ......................................................................................................................... 14
Figura 7. Evolução do efetivo bovino no município de Jataí, GO. ............................... 15
Figura 8. Evolução do quantidade de bovinos abatidos no Brasil. .............................. 16
Figura 9. Evolução do rebanho de bovinos abatidos nas grandes regiões do Brasil. .. 18
Figura 10. Evolução do peso médio de carcaças dos bovinos abatidos nas grandes
regiões do Brasil. ........................................................................................................ 19
Figura 11. Evolução do rebanho de bovinos abatidos nos estados da região Centro-
Oeste. ......................................................................................................................... 20
Figura 12. Evolução do peso médio de carcaças dos bovinos abatidos nos estados da
região Centro-Oeste. .................................................................................................. 21
Figura 13. Linhagem Karvadi. a) Karvadi Imp.; b) Chummak POI VR, filho do touro
Karvadi Imp.; c) Ludy de Garça, filho do touro Gim de Garça; d) Dingo OB, Familia
Evaru SC. ................................................................................................................... 24
Figura 14. Linhagem Taj Mahal: a) Taj Mahal I, Filho do touro Taj Mahal Imp.; b)
Iguaçu da Pegador, filho do touro Taj Mahal I. ............................................................ 24
Figura 15. Linhagem Golias, touro Faulad da SC filho de Golias Imp. ........................ 25
Figura 16. Linhagem Godhavari, touro Dalamu OB. ................................................... 25
Figura 17. Linhagem Rastã, touro Eeral SC, filho de Rasta Imp. ................................ 25
Figura 18. Linhagem Akasamu e Padhu, touro Usuki da Soraya, filho de Akasamu Imp.
................................................................................................................................... 26
Figura 19. Linhagem Lemgruber, touro 1646 da MN. .................................................. 26
Figura 20. Linhagem Nova Opção, touro Farjado da GB. ........................................... 26
Figura 21. Evolução do peso médio de carcaças dos bovinos abatidos no Brasil. ...... 27
Figura 22. Evolução das vendas de doses de sêmen de bovinos de corte no Brasil. .. 28
Figura 23. Evolução do abate de animais com menos de dois anos no Brasil. ........... 29
Figura 24. Porcentagem do abate de animas de até dois anos em relação ao abate
total no Brasil. ............................................................................................................. 29
Figura 25. Evolução do peso médio da carcaça de bovinos machos no Brasil. .......... 30
Figura 26. Evolução do peso médio da carcaça de bovinos fêmeas no Brasil. ........... 31
Figura 27. Porcentagem de abate de bovinos machos e fêmeas no Brasil. ................ 32
1
1. INTRODUÇAO
A bovinocultura brasileira tem grande importância no contexto mundial, visto a
capacidade produtiva e a eficiência na superação dos obstáculos nacionais e globais,
como a crise política e econômica interna e, também, a crise mundial. Desde 2004, o
Brasil ostenta a posição de maior exportador mundial de carne bovina, caracterizando
como maior rebanho comercial do mundo, e destinando 80% da produção para o
abastecimento do mercado interno, com um consumo médio de 39,2 kg por habitante
(ABIEC, 2014).
Com um efetivo de aproximadamente 212 milhões de bovinos em 2014 e a área
de pastagens de 167 milhões de hectares, o Brasil produz a carne com menor custo,
caracterizando o país com o mercado mais competitivo (IBGE, 2014). Em termos de
bovinos confinados, há dados recentes demonstrando que são terminados cerca de 4,66
milhões de cabeças, cerca de 11% do total de abate. Pode-se observar que o bovino
brasileiro é terminado praticamente a pasto favorecendo a produção de carne
competitiva mundialmente. Enquanto ainda, a taxa de desfrute brasileira, que mede a
capacidade do rebanho em gerar excedente, é de 20,11%, sendo inferior às taxas de
desfrute de países desenvolvidos (ABIEC, 2014). Isso evidencia a necessidade de
avanços técnicos produtivos no setor, demonstrando o quanto este setor é promissor e
como fonte de renda segura.
O agronegócio brasileiro gera 33,5 milhões de empregos. A pecuária de corte é
responsável por sete milhões e um emprego direto gera três indiretos. Isso demonstra
sua importância na economia brasileira. Para maior destaque, foi observado que com o
abate total de 42,8 milhões de cabeças no ano de 2010, houve o movimento de cerca
de 167,5 bilhões de reais, representando aproximadamente 8% do PIB brasileiro
(SCOT, 2011).
A cada cinco kg de carne comercializada no mundo um kg é brasileiro e a
pecuária de corte está presente em 75% das propriedades agrícolas brasileiras (IBGE,
2014). Os bovinos Bos taurus indicus sem dúvida foram o avanço para pecuária
brasileira, sobretudo associados à difusão de conhecimentos em relação à nutrição
animal e ao melhoramento genético. Isto em conjunto, elevaram o rendimento médio de
carcaça, sendo entre 52,3 a 55% (ABIEC, 2014).
O investimento em tecnologia e capacitação profissional, vem sendo cada vez
mais empregado nas propriedades rurais. Também, o desenvolvimento de políticas
públicas contribui efetivamente para evolução da bovinocultura. Tal efeito pode ser
observado a partir da exigência da rastreabilidade dos animais, do nascimento ao abate,
2
e do maior controle da sanidade animal, principalmente com o programa de controle e
erradicação da brucelose, tuberculose e febre aftosa. Assim, o Brasil ganhou destaque
por atender as exigências dos mercados rigorosos e conquistou espaço no cenário
mundial.
As técnicas específicas a cada sistema de produção vem impulsionando os
índices de produtividade dos animais e colaborando para a pecuária ser cada dia mais
eficiente e sustentável, conseguindo produzir com maior eficiência e mantendo 68% da
área do território em florestas preservadas (ABIEC, 2011).
Assim, objetivou-se realizar o estudo da evolução e distribuição dos bovinos no
Brasil, no Centro-Oeste, em Goiás e no município de Jataí-GO, também enfocando a
evolução do abate e o peso médio de carcaças.
3
2. MATERIAL E MÉTODOS
O método utilizado foi o de levantamento de dados secundários. Com o método
descritivo pretendeu-se descrever as características de uma realidade como se
apresenta. Foi realizada a pesquisa exploratória com abordagem qualitativa de
levantamentos bibliográficos acerca da temática evolução da bovinocultura
complementados por pesquisa exploratória no Brasil, no Centro-Oeste, em Goiás e no
município de Jataí-GO.
A pesquisa se pautou em estudo bibliográfico e documental, a partir de
informações coletadas por pesquisas em relatórios, banco de dados estatísticos,
artigos, livros, internet e publicações de índices de estudos catalogados sobre a
temática nos estudos extraídos de órgãos oficiais, empresas públicas e privadas: a)
Dados do Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
b) Dados do Anuário da Pecuária Brasileira; c) Dados da Associação Brasileira de
Inseminação Artificial (ASBIA).
Os dados do efetivo bovino foram retirados do banco de dados SIDRA (IBGE,
2014). As análises foram realizadas a partir da visualização dos dados em gráficos, visto
melhor interpretação evolutiva.
Os dados relativos aos pesos médios das carcaças dos bovinos em geral e por
categoria animal foram calculados pela somatória dos pesos de carcaças (kg) divididos
pela somatória dos bovinos abatidos no ano. Os registros foram obtidos a partir de
tabelas geradas pelo banco de dados SIDRA (IBGE, 2014).
Os dados relativos à evolução das vendas de doses de sêmen de bovinos de
corte no Brasil foram extraídos de relatórios publicados pela Associação Brasileira de
Inseminação Artificial (ASBIA, 2014).
4
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1. A EVOLUÇÃO DO EFETIVO BOVINO NO BRASIL
Os primeiros bovinos chegaram no Brasil, em 1533, na Expedição de Martin
Afonso de Souza, donatário da primeira Capitania Portuguesa na Ilha de São Vicente
(SILVA et al., 2012). A seguir, houve a expansão principalmente para o sul do país pelos
missionários passando por Paraná, Santa Catarina até chegar no Rio Grande do Sul.
Em 1550, Tomé de Sousa trouxe bovinos de Cabo Verde, havendo a difusão para a
região Nordeste (MALDONADO, 1917 citado por PEIXOTO, 2010a).
As primeiras raças trazidas para o Brasil foram importadas da Espanha e
Portugal, sendo os bovinos Minhota, Mirandesa, Alentejana, Arouquesa e Transtagana.
Estas raças sofreram seleção natural com o tempo, visto que o clima, a disponibilidade
de alimento, as enfermidades com ecto e endo parasitas, além dos critérios de seleção
estabelecidos pelo homem na época específica, formaram as raças nativas brasileiras,
como o bovinos das raças Caracu, Crioula, Junqueira, Curraleiro, China, Franqueiro,
Mocho Nacional, Sertaneja, além de outras de menor importância (PEIXOTO, 2010b;
SILVA et al., 2012).
Com o crescimento da economia na região litorânea, com o aumento
populacional e, consequentemente, a ocupação do interior do país, a criação de gado
foi se deslocando. Assim, a criação de bovinos foi sendo implantada nas diversas
localidades do país. A busca por minérios e a captura de índios foram importantes no
processo de disseminação dos rebanhos bovinos. Portanto, a atividade pecuária só teve
relevância com o declínio da indústria mineradora no século XVIII, visto que até então a
bovinocultura era uma economia secundária. Também, a tendência da época era a
produção de açúcar na região litorânea (SILVA et al., 2012).
A extração de recursos naturais do solo pelo cultivo de lavoura sem a tecnologia
apropriada para reposição de nutrientes foi determinante para a expansão da pecuária
em solos com baixa fertilidade (ARAÚJO et al., 2009; MEZZADRI, 2014). Sabe-se que
quando não se repõem os nutrientes, o solo fica impróprio para as culturas exigentes de
maior fertilidade. Então, o solo degradado, fraco e pouco produtivo para o cultivo das
culturas tropicais (café, cana de açúcar, milho, etc.), transformavam-se em propriedades
pecuárias, devido as pastagens serem de menor exigência em relação à qualidade do
solo (MONZATTO et al., 2002).
Os zebuínos oriundos da Índia tiveram a entrada no país iniciado por D. Pedro I,
em 1826, na Fazenda Real de Santa Cruz, estado do Rio de Janeiro (SANTIAGO, 1975),
5
mas sem nenhum interesse produtivo. Em 1870, ocorreu a crise do café nas lavouras
paulistas e fluminenses, acelerando a atividade pecuária. Também, já existiam grandes
centros comerciais urbanos. Os animais que predominavam naquele momento eram os
bovinos da raça Caracu e Holandês (CRPBZ, 2015a).
A importação do gado zebu pode ser dividida em 5 fases. A primeira foi entre os
anos de 1813 e 1870, na qual houve um casal de animais vindo da Costa do Malabar,
região mais úmida da Índia meridional, e foi deixado no porto de Salvador. Nesse
período, vários exemplares da espécie chegaram ao Brasil vindos da Índia e do
Paquistão, e os bovinos da raça Guzerá tornou-se predominante no processo
introdutório (CRPBZ, 2015b).
A segunda fase ocorreu entre os anos de 1875 a 1891 e correspondeu ao
período em que os pecuaristas perceberam a viabilidade econômica dos bovinos
zebuínos. Foram trazidos da Índia alguns reprodutores criteriosamente selecionados por
produtores brasileiros, entre os quais o criador Manuel Hubelhart Lemgruber. Essa fase
caracterizou-se pela chegada de bovinos da raça Nelore, o que veio a possibilitar a
diversificação posterior da espécie no país (CRPBZ, 2015c).
A terceira fase foi determinada entre os anos de 1898 a 1921. Neste período,
lotes de até 100 ou mais animais foram desembarcadas no país, com destaque para os
criadores do Triângulo Mineiro, região que se tornou a maior referência na criação do
Zebu. O produtor Teófilo de Godoy foi o pioneiro a ir a Índia com a finalidade de escolher
os zebuínos (CRPBZ, 2015d).
A quarta fase foi entre os anos de 1930 a 1960, sendo sucessiva ao ano de 1921,
quando o governo federal proibiu a importação de zebuínos da Índia. Assim, a quarta
fase foi sequencial ao tempo em que o crescimento do rebanho zebuíno estava
interrompido. Manoel de Oliveira Prata e Ravísio Lemos conseguiram licença para obter
um lote de quase 200 animais, com a exigência de que os mesmos permanecessem por
cerca de 3 meses em quarentena na Ilha do Governador. Em 1960, chegou ao Brasil o
touro Karvadi, tido como o "pai" da linhagem Nelore brasileira. Este touro foi trazido pelo
veterinário José Deutsch e José Dico, a serviço do pecuarista Torres Homem Rodrigues
da Cunha (CRPBZ, 2015e).
No período da quarta fase, houve a II Guerra Mundial (1939 a 1945). Este fato
fez com que ocorresse a expansão da bovinocultura brasileira, visto que a Europa
precisava importar carne e o Brasil era um produtor de carne barata produzida a pasto.
Assim, grandes indústrias frigoríficas mundiais, como a Swift e a Anglo, se instalaram
6
no país. A raça Nelore, nestes anos, começou a se destacar pela resistência e
produtividade em relação às variadas raças já existentes (CRPBZ, 2015e).
A quinta fase é a mais recente, determinada entre os anos de 1994 a 2010. Neste
período, ocorreu a chegada da raça Brahman e muitos entraves políticos para a
liberação da importação de genética direto da Índia. No ano de 2005, um grupo de
pecuaristas, liderado por Jonas Barcellos Corrêa Filho, conseguiu a liberação definitiva
para importação de embriões e, no ano de 2009, chegaram ao Brasil 350 embriões
(CRPBZ, 2015f).
A pecuária bovina brasileira é desenvolvida em todos os estados da união e a
partir dos dados de pesquisas do IBGE pode-se conhecer a evolução do efetivo de
rebanho bovino do país desde o ano de 1912, data em que se encontrava cerca de
30.705.000 milhões de bovinos. No ano de 2014, os registros do efetivo foram de
212.343.932 milhões de cabeças, representando o crescimento médio de 1.781.773
milhões de cabeças por ano (Figura 1).
Figura 1. Evolução do efetivo bovino no Brasil.
Fonte: Adaptado IBGE (2014).
3.2. A EVOLUÇAO DO EFETIVO BOVINO NAS GRANDES REGIÕES DO BRASIL
A bovinocultura é encontrada em todas as grandes regiões brasileiras (Figura
2) e nos diferentes biomas, o que permite a criação de diferentes raças no país. Nas
25.000.000
55.000.000
85.000.000
115.000.000
145.000.000
175.000.000
205.000.000
235.000.000
19
12
19
38
19
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19
49
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19
64
19
67
19
70
19
75
19
78
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84
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87
19
90
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93
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19
99
20
02
20
05
20
08
20
11
20
14
Bo
vin
os
(milh
ões
)
Ano
7
regiões Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste com os biomas Amazônia, Cerrado,
Caatinga, Pantanal e Mata Atlântica, prevalece a criação de bovinos Bos taurus indicus,
com amplo destaque para a raça Nelore. Na região Sul, com os biomas Pampa e Mata
Atlântica, prevalece a criação de bovinos Bos taurus taurus, com ênfase nas raças
Hereford, Angus, Simental e Charolês (EUCLIDES-FILHO e EUCLIDES, 2010).
Figura 2. Evolução do efetivo bovino nas grandes regiões do Brasil.
Fonte: Adaptado IBGE (2014).
A pecuária bovina brasileira caracteriza-se pela criação de bovinos a pasto, o
que faz com que o Brasil tenha os menores custos de produção de carne do mundo
(CARVALHO et al., 2009). Em 1950, foram desenvolvidos estudos preliminares sobre o
uso racional de pastagens, pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz –
ESALQ, os quais possibilitaram avanços na nutrição animal a partir de forragens
(PEIXOTO, 2010a). Assim, o desenvolvimento tecnológico nos centros de pesquisas e
nas universidades sobre espécies forrageiras caracterizam o desenvolvimento evolutivo
na nutrição animal e na produtividade dos bovinos. Logo, a entrada de raças zebuínas
com melhor valor genético no país contribuiu para que a expansão da atividade no Brasil
central fosse possível.
Entre 1975 e 2006, as áreas de pastagens do país diminuíram nas regiões
Sudeste, Sul e Centro-Oeste, em cerca de 32,2, 14,0 e de 7,3%, respectivamente.
0
10.000.000
20.000.000
30.000.000
40.000.000
50.000.000
60.000.000
70.000.000
80.000.000
Bo
vin
os
(milh
õe
s)
Ano
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
8
Houve aumento nas regiões Norte de 518% e Nordeste de 6,6%. No Brasil, como um
todo, o crescimento das áreas de pastagens, desde meados da década de 1970, foi de
apenas 4% (DIAS-FILHO, 2014). O destacado aumento das áreas de pastagens no
Norte do Brasil foi devido à evolução do efetivo bovino na região, o que de certa forma
evidenciou o avanço do desmatamento da Floresta Amazônica.
Nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul, a evolução do efetivo de bovinos
praticamente se manteve constante de 1974 a 2014 (Figura 2). Na região do Centro-
Oeste, houve um avanço de 311% nesse período e no ano de 1981 o efetivo bovino do
Centro-Oeste ultrapassou a quantidade de bovinos da região Sudeste. Outra importante
região que vem se destacando com a criação de bovinos é a Norte, que apresentou a
evolução do efetivo bovino de 1974 a 2014 em cerca de 2.000%, sendo a evolução
média de 1.093.000 animais por ano
Dias-Filho (2014) destacou baixo o crescimento médio das áreas de pastagem
brasileiras nos últimos 30 anos, decorrente da expansão de áreas agrícolas, do
reflorestamento e de urbanização sobre as áreas originais de pastagens. Pela
diminuição das áreas de pastagens e o crescimento do efetivo de bovinos em todas
grandes regiões brasileiras, houve o aumento da taxa de lotação, estimado em torno de
90%. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, a evolução da taxa de lotação das pastagens
foi superior a 200%. Isso demonstra, de certa forma, a intensificação da pecuária bovina.
Os avanços de tecnologias foram gradativamente transformando a pecuária
brasileira. A partir do melhoramento genético animal, das pastagens cultivadas e
adaptadas às condições geoclimáticas locais, além de medicamentos e defensivos
agrícolas, pôde-se obter os incrementos da produção de bovinos. Entretanto, o
desenvolvimento e crescimento da produtividade ainda está longe de atingir o limite,
prova disso são os indicadores que colocam o Brasil em posição de produção extensiva
e de fornecedor de produto de baixa qualidade (DIAS FILHO, 2011).
A crescente valorização das terras nas regiões do Brasil com maior história de
ocupação, como a região Sudeste, foi impulsionada pela expansão dos mercados de
cana-de-açúcar e pela produção de grãos, principalmente de milho e soja
(GUANZIROLI, 2006; OLIVETTE et al., 2010). Com isso, tem-se a consequência do
deslocamento da pecuária bovina para as regiões de fronteira agrícola do país, como
as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, em que a terra é relativamente mais barata.
9
3.3. A EVOLUÇAO DO EFETIVO BOVINO NO CENTRO-OESTE
Os dados do efetivo rebanho bovino da região Centro-Oeste demonstram os
registros de maior crescimento (Figura 3). No Brasil central, a pecuária sempre teve
vantagens sobre os outros produtos, visto que devido à dificuldade de escoamento da
produção para os grandes centros urbanos, o gado era o único produto que poderia
deslocar de uma região para outra independentemente das condições de infraestrutura.
As terras e a extensão do Centro-Oeste brasileiro era ideal para o meio de produção
extensivo, dispensando maior volume de mão de obra e havia compatibilidade para os
tipos de propriedades (ESTEVAM, 2004).
Figura 3. Evolução do efetivo bovino nos estados da região Centro-Oeste.
Fonte: Adaptado IBGE (2014).
A bovinocultura expandiu com a exploração mais intensificada do Mato Grosso
do Sul e do Mato Grosso. Borges (2001) citou que o desenvolvimento da bovinocultura,
nos dois estados, foi resultado de medidas governamentais, como a abertura da estrada
de ferro Itapura-Corumbá, prolongamento da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, como
parte da incorporação de novas terras.
0
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Ano
Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal
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O gado curraleiro pé-duro, adaptou-se às regiões de clima quente e seco do
Centro-Oeste, sendo, portanto, muito rústico e resistente. O gado Pantaneiro
desenvolveu-se no Pantanal do Mato Grosso e Mato-Grosso do Sul e foi decisivo para
a ocupação das extensas áreas alagáveis dessa região. As raças Caracu, Canchim,
Franqueiro, Gir, Girolando, Guzerá, Holandês, Junqueiro, Mocho Nacional, Nelore,
Pantaneiro, Tabapuã são as raças envolvidas na modernização da pecuária do Centro-
Oeste (SILVA et al., 2012).
Com a evolução do efetivo bovino no Centro-Oeste, desde o ano de 1981
ultrapassando a quantidade de bovinos do Sudeste, a grande região passou a ser o
principal centro de criação de bovinos. Na abertura da região, o valor desbravador dos
bovinos teve o destaque aliado às fazendas com grandes áreas. Outra característica
importante, deveu-se ao caráter inovador dos proprietários das grandes fazendas do
Centro-Oeste, pois baseavam-se em empreendimentos planejados com critérios
modernos de administração. Constituindo, assim em empresas rurais organizadas,
orientadas por técnicos especializados das áreas de ciências agrárias na exploração
pecuária (SANTIAGO, 1970). Também, em 1977, com a divisão territorial e
administrativa do antigo estado do Mato Grosso, dando origem ao estado de Mato
Grosso do Sul, foi importante para o desenvolvimento regional e a evolução da
bovinocultura. A construção da rodovia BR-163 foi importante para a formação de
cidades em Mato Grosso, como Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop, e
para a expansão das áreas de criação de bovinos (MELO, 2009).
O efetivo de bovinos na Região do Centro-Oeste obteve considerável aumento,
a destacar o crescente aumento do rebanho nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso
do Sul, a partir da divisão dos dois estados. No ano de 1988, o rebanho bovino do estado
do Mato Grosso do Sul ultrapassou o efetivo bovino de Goiás. O efetivo bovino de Mato
Grosso ultrapassou o de Goiás em 2001 e o de Mato Grosso do Sul em 2005. A partir
deste mesmo ano, o efetivo de bovinos do Mato Grosso do Sul começou a diminuir,
ficando inferior ao de Goiás no ano de 2013 (Figura 4). Contribuiu para a queda do
efetivo bovino no estado do Mato Grosso do Sul o surto de febre aftosa que ocorreu em
2005 e causou prejuízos econômicos (PILLONETTO, 2008) e, também, a ocupação de
áreas pelas culturas alternativas, como a de soja e a de milho.
3.4. A EVOLUÇÃO DO EFETIVO BOVINO EM GOIÁS
No estado de Goiás, a bovinocultura esteve presente na economia desde a
chegada dos primeiros habitantes, período em que a principal atividade produtiva
11
brasileira era a extração de ouro (SILVA, 2011). A bovinocultura manteve-se viva como
a principal atividade produtiva e econômica do estado de Goiás em quase todo o século
XIX. Na primeira metade do século XX, chegaram as grandes transformações
estruturais e econômicas em Goiás, decorrentes da mudança da capital do Estado para
Goiânia em 1933, o que constituiu em intervenção direta do governo federal no sentido
de alavancar o desenvolvimento do interior do país; e da mudança da capital federal
para Brasília em 1960. Logo, junto com essas transformações, a pecuária se fortaleceu
ainda mais, fazendo com que chegasse aos dias de hoje como um dos principais
segmentos da economia do Estado (PAULA, 2011).
A evolução do efetivo bovino nas mesorregiões do Estado de Goiás é superior
na mesorregião Sul Goiano, seguido pelo Noroeste Goiano, com pequena superioridade
em relação ao Centro Goiano, e pelas mesorregiões Norte Goiano e Leste Goiano com
a menor quantidade de animais (Figura 4).
Figura 5. Evolução do efetivo bovino nas mesorregiões do Estado de Goiás.
Fonte: Adaptado IBGE (2014).
No Estado de Goiás, a bovinocultura se instalou primeiro na região Norte Goiano.
Só mais tarde, com a chegada do progresso junto com a estrada de ferro, vindos de São
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Ano
Noroeste Goiano - GO Norte Goiano - GOCentro Goiano - GO Leste Goiano - GOSul Goiano - GO
12
Paulo e Minas Gerais, é que a região Sul Goiano se desenvolveu, tirando do norte a
exclusividade do comércio de gado (GALLI, 2005). Fator importante na difusão da
bovinocultura no estado de Goiás foi o cultivo das lavouras temporárias a partir de 1960,
pois as áreas cultivadas com grãos em três anos de exploração eram transformadas em
pastagens (SILVA, 2007). Pode-se destacar também, que em Goiás, as raças mais
difundidas de forma absoluta são do grupo genético Bos taurus indicus, como os bovinos
Gir, Guzerá e Nelore, formando a maioria do rebanho existente no estado.
O maior rebanho do estado desde tempos antigos encontra-se na mesorregião
Sul Goiano. Inicialmente, a produção desta região estava diretamente ligada ao
mercado do sudeste do país. Os goianos buscavam as matrizes e os reprodutores de
raça apurada no Triângulo Mineiro, para o melhoramento genético de seus rebanhos
(PAULA, 2011). Além dessa parceria comercial, era pelas cidades mineiras de Araguari
e Uberaba, interligadas pela estrada de ferro ao grande centro paulista, que os goianos
de toda extensão do sul, sudeste e sudoeste goiano, exportavam os produtos da
pecuária bovina (ESTEVAM, 2004).
Para a economia, as regiões Norte e Leste de Goiás não tiveram a mesma
oportunidade, visto terem a localização isolada comercialmente do resto do país. Assim,
não tinham como melhorar o plantel bovino, continuavam com o rebanho nativo de baixa
qualidade e de pouco valor comercial. A maioria das fazendas continuava organizada
de forma tradicional. As fazendas não tinham divisões de pastos e o gado era criado
extensivamente (BORGES, 2000).
Na análise do efetivo bovino do estado de Goiás pelas microrregiões, observa-
se a superioridade da quantidade de bovinos do Sudoeste de Goiás (Figura 5),
confirmando que a localização estratégica influencia. O auge do efetivo bovino do
Sudoeste de Goiás foi em 1991, com 3.260.766 milhões de cabeças, havendo
decréscimo nos anos seguintes. A partir de 2000, nas microrregiões de São Miguel do
Araguaia e Porangatu, houve importante desenvolvimento do efetivo bovino, explicado
pela perda de áreas de pastagens para o cultivo de soja e milho na microrregião
Sudoeste Goiano e pela intensificação da exploração nas microrregiões de São Miguel
do Araguaia e Porangatu com a criação de bovinos.
13
Figura 6. Evolução do efetivo bovino nas microrregiões do Estado de Goiás.
Fonte: Adaptado IBGE (2014).
O decréscimo do efetivo bovino da microrregião Sudoeste de Goiás, a partir de
1991, se deu pela retração da criação de bovinos nos municípios que historicamente
tiveram os maiores rebanhos, Rio Verde e Jataí (Figura 6). Nas duas cidades, as
culturas alternativas, principalmente de soja e milho, vem tomando os espaços das
pastagens. O município de Caiapônia, desde o ano de 2003, tem o maior rebanho da
microrregião Sudoeste de Goiás, seguido a partir de 2013 pelo rebanho do município de
Mineiros.
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São Miguel do Araguaia - GO Rio Vermelho - GOAragarças - GO Porangatu - GOChapada dos Veadeiros - GO Ceres - GOAnápolis - GO Iporá - GOAnicuns - GO Goiânia - GOVão do Paranã - GO Entorno de Brasília - GOSudoeste de Goiás - GO Vale do Rio dos Bois - GOMeia Ponte - GO Pires do Rio - GOCatalão - GO Quirinópolis - GO
14
Figura 7. Evolução do efetivo bovino nos municípios da microrregião Sudoeste de Goiás.
Fonte: Adaptado IBGE (2014).
3.5. A EVOLUÇÃO DO EFETIVO BOVINO EM JATAÍ, GO
O município de Jataí teve seu maior rebanho bovino em 1991, totalizando 700 mil
animais (Figura 7). A partir desta data houve decréscimo acentuado do efetivo bovino.
No ano de 2014, tem-se o registro de 283 mil bovinos. Isso ocorreu devido ao
crescimento da área plantada pelas culturas alternativas, como a cultura de soja, que
desde o ano de 1996 está aumentando, passando de 91.768 para 278 mil hectares de
soja plantada em 2014 (IBGE, 2014).
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AnoAparecida do Rio Doce - GO Aporé - GO
Caiapônia - GO Castelândia - GO
Chapadão do Céu - GO Doverlândia - GO
Jataí - GO Maurilândia - GO
Mineiros - GO Montividiu - GO
Palestina de Goiás - GO Perolândia - GO
Portelândia - GO Rio Verde - GO
Santa Helena de Goiás - GO Santa Rita do Araguaia - GO
Santo Antônio da Barra - GO Serranópolis - GO
15
Figura 8. Evolução do efetivo bovino no município de Jataí, GO.
Fonte: Adaptado IBGE (2014).
3.6. A EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE CARNE BOVINA NO BRASIL
O sucesso produtivo na cadeia da bovinocultura está correlacionado à adoção
de inovações tecnológicas, como a adoção de técnicas de fertilidade do solo e dos
avanços no melhoramento genético, na saúde animal e na nutrição animal. Estas
tecnologias demoraram a chegar ao Brasil e serem aceitas pelos pecuaristas. Percebe-
se esse comportamento avaliando o total do rebanho bovino abatido no país (Figura 8).
No período entre 1958 a 1986 praticamente não houve aumento na quantidade de
bovinos abatidos, o que variou de 7.857.000 a 9.112.000. Isso foi devido à falta da
evolução na eficiência produtiva do bovinocultores, gerando o retardamento da
produtividade. A partir de 1987, com dados registrados de 10.591.000 bovinos abatidos
houve o crescimento praticamente linear, atingindo no ano de 2014 o abate de
33.904.703 bovinos (IBGE, 2014). Com isso, pode-se perceber a nova fase produtiva
da bovinocultura de corte. Mas, mesmo com este avanço evolutivo a taxa de desfrute
no Brasil ainda é baixa, cerca de 20,11% (ANUALPEC, 2013).
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Figura 9. Evolução do quantidade de bovinos abatidos no Brasil.
Fonte: Adaptado IBGE (2014).
O desenvolvimento tecnológico agrícola ocorreu ao final do século XIX e início
do século XX, baseado nos estudos de fertilidade do solo, proporcionando avanços
significativos de produtividade na agricultura com o uso de fertilizantes, defensivos e
máquinas. No Brasil, a chegada de tecnologias agrícolas na década de 1960 sob a
forma da importação de máquinas e insumos agrícolas, que embora não fossem
destinados à pecuária, serviram como incentivos à produção bovina e foi denominado
de “Revolução Verde” (LEMOS, 2013).
Por volta dos anos de 1980, os bovinos eram abatidos com cerca de cinco anos.
Assim, para o aumento da eficiência há a necessidade de redução do período de
desenvolvimento do animal, ou seja, redução do período do nascimento até o
acabamento final da carcaça. Este período está diminuindo pelo aumento de abate de
bovinos mais jovens, considerando o abate de bovinos convencionais com a idade
acima dos 32 meses, de novilhos precoces com a idade entre 19 e 31 meses e de
novilhos superprecoces com a idade até aos 18 meses (GOLONI, 2009).
Com base na taxa de abate do Brasil em 20%, percebe-se que o país ainda tem
elevado potencial de crescimento, considerando a taxa de abate de outros países como
a Argentina 26 %, Uruguai 30 % e Estados Unidos com 36% (ANUALPEC, 2013). Assim,
a bovinocultura tem muito a avançar com base no incremento em produtividade. A
maioria das fazendas adotam sistemas tradicionais, sendo gerenciadas de forma
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empírica e desorganizadas, com raros estabelecimentos adotando registros
zootécnicos, sanitários e contábeis. Em função disso, parte dos produtores não dispõem
de dados consistentes relativos aos parâmetros zootécnicos e econômicos de seu
negócio, tendo apenas a noção abstrata do desempenho da atividade (EUCLIDES
FILHO, 1997). Logo, tem-se que a adoção de sistemas de gestão com a assistência
técnica seja essencial para verificar o potencial de produtividade da bovinocultura.
3.7. A EVOLUÇÃO DO ABATE DE BOVINOS NAS GRANDES REGIÕES DO BRASIL
A grande região do Brasil em que ocorre o maior abate de bovinos é no Centro-
Oeste (Figura 9). A região Sudeste apresenta-se como a segunda grande região em
abate de bovinos, devido aos maiores preços, às diferenças de impostos, à qualidade
da infraestrutura, etc. O estado de São Paulo apresentou por muito tempo o maior
número de animais abatidos sob inspeção sanitária, seja municipal, estadual ou federal.
Assim, com a qualidade da infraestrutura os bovinos podem ser criados em um Estado
e abatido em outro (IBGE, 2014).
O Centro-Oeste se destaca pela capacidade de produção pecuária da região
devido ao crescente aumento do abate de bovinos no estado de Mato Grosso. O Norte
vem aumentando o abate no mesmo ritmo que aumenta o crescimento do efetivo bovino
e já se encontra em terceiro lugar. Isso evidencia ao país a importância dessa região
para pecuária nacional e a necessidade de melhorias na infraestrutura. O Nordeste teve
pequena evolução, demonstrando que a carência em logística e em investimentos
prejudica a região. Já na região Sul pode-se observar certa constância nos dados, o que
demonstra o quanto consolidado e sofisticado é a produção de bovinos, principalmente
pela criação de bovinos de corte Bos taurus taurus.
18
Figura 10. Evolução do rebanho de bovinos abatidos nas grandes regiões do Brasil.
Fonte: Adaptado IBGE (2015).
A partir de 1997, foi observado o crescimento do abate de bovinos no Centro-
Oeste, que era de 5.848.513 milhões e atingiu a 12.715.172 milhões de cabeças no ano
de 2014. Nestes 17 anos, houve a evolução de 217%. Outra região que merece
destaque é a região Norte, que em 1997 abatia apenas 890.113 mil, já em 2014, houve
o abate de 6.520.316 mil bovinos, representando a evolução de 732,5%, com o
crescimento médio de 43% de bovinos abatidos por ano (Figura 9).
O peso médio das carcaças demonstrou desempenho irregular (Figura 10). Este
fato pode ser devido ao crescente aumento de fêmeas abatidas, o que acarreta a
diminuição no peso de carcaça. O Nordeste tem menor peso médio das carcaças de
bovinos abatidos, o que decorre do clima e do bioma. O Sul possui nível tecnológico
mais avançado, embora não seja evidenciado com o aumento no peso médio de
carcaças, mas sim na evolução uniforme dos animais com abate mais precoce,
destacando a criação dos bovinos Bos taurus taurus.
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Sudeste Norte Nordeste Sul Centro Oeste
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Figura 11. Evolução do peso médio de carcaças dos bovinos abatidos nas grandes regiões do Brasil.
Fonte: Adaptado IBGE (2014).
3.8. A EVOLUÇÃO DO ABATE DE BOVINOS NO CENTRO-OESTE
No Centro-Oeste, pode-se observar o crescente aumento do abate no Mato
Grosso devido ao aumento observado no efetivo de bovinos, seguido por Mato Grosso
do Sul e Goiás (Figura 11).
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em k
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Centro Oeste Norte Nordeste Sudeste Sul
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Figura 12. Evolução do rebanho de bovinos abatidos nos estados da região Centro-Oeste.
Fonte: Adaptado IBGE (2014).
Nota-se que houve ascensão do abate de bovinos no Mato Grosso, superando
o estado de Goiás a partir do ano de 2002, em que foram abatidos cerca de 2.444.180
milhões de cabeças. Esse maior abate ocorreu dois anos depois que o efetivo bovino
ultrapassou o rebanho do estado de Goiás. O abate de bovinos no estado de Mato
Grosso ultrapassou o estado do Mato Grosso do Sul em 2005, com abate total de
4.081.659 milhões de cabeças, 59% a mais do que em 2002 em três anos de diferença.
No ano de 2013 atingiu o máximo de abate com 5.837.857 milhões de bovinos, o que
equivaleu a 537% a mais do que em 1997 e com a evolução anual de 33,56%. Assim,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás apresentam desempenhos semelhantes com
relação abate de bovinos, o que é relativo às condições relacionadas ao clima, ao bioma
e à evolução em infraestrutura.
Os fatores clima, bioma e tecnologias produtivas também estão relacionados
diretamente com o peso médio de carcaças dos bovinos abatidos nos estados da região
Centro-Oeste (Figura 12). Isto pode ser observado pela semelhança dos pesos médios
das carcaças (IBGE, 2014).
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AnoMato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal
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Figura 13. Evolução do peso médio de carcaças dos bovinos abatidos nos estados da região Centro-Oeste.
Fonte: Adaptado IBGE (2014).
3.9. A RELAÇÂO E EVOLUÇÂO DA NUTRIÇÃO PARA A PECUÁRIA
No Brasil, a pastagem constitui a principal fonte de alimentação dos bovinos em
todas as fases de criação. Há registros de que o Brasil possui 54.193.453 ha de
pastagens naturais e 97.702.407 ha de pastagens cultivadas (IBGE, 2006). As
gramíneas correspondem ao alimento abundante e barato que os animais consomem.
A evolução técnica da atividade é baseada no desenvolvimento de espécies forrageiras
mais produtivas. Os primeiros trabalhos realizados na área de introdução e avaliação
de plantas forrageiras tropicais evidenciaram a importância dos gêneros Brachiaria spp.,
que sem dúvida constituiu um dos pilares para o aumento do rebanho brasileiro e pela
produção de carne bovina (EITEN, 1963; FAGUNDES et al., 2006).
A suplementação e uso de rações para os bovinos, os cuidados com a saúde
animal, com a reprodução e os avanços com o emprego do melhoramento genético
animal e as questões relacionadas a sustentabilidade, meio ambiente e o bem estar
animal constituem os principais pontos para a produtividade da bovinocultura
(PEIXOTO, 2010a).
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Car
caça
em
kg
Ano
MatoGgrosso do Sul Mato Grosso Goiás
22
A evolução da nutrição bovina é ponto crucial para o desenvolvimento da
atividade com o incremento da produtividade no campo. De acordo com a descrição
apresentada pelo Centro de Referência da Pecuária Brasileira – ZEBU (CRPBZ, 2015g),
o segmento de nutrição animal é dividido por décadas com relação às pesquisas e ao
uso de técnicas e produtos específicos para os trópicos. Na década de 30, ocorreu o
início do plantio da gramínea Panicum maximum cv. colonião em São Paulo. Na década
de 40, houve a expansão do capim colonião para as regiões de Goiás e Mato Grosso.
Nos anos 50, houve como fato marcante a construção da Usina Siderúrgica de Volta
Redonda, o que possibilitou a difusão do arame farpado para as propriedades rurais,
melhorando a divisão das áreas de pastagens e, consequentemente, melhorando o seu
aproveitamento. Nas décadas de 60 a 70, houve a introdução da forrageira Brachiaria
spp., e também, em 26 de abril de 1973 foi fundada a Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (EMBRAPA). Este marco foi muito importante, visto que dava-se início a
implementação de pesquisas em diversas áreas, intensificando a difusão de
conhecimento e tecnologias. Inicialmente, pôde ser observada a difusão do uso da
suplementação mineral. Na década de 1980, iniciou-se a suplementação mineral
protéica, adotada principalmente no período da seca nas condições do Brasil central.
Nos anos 90, houveram pesquisas com o uso de corretivos e adubação do solo
evidenciando o incremento na produção, sendo demonstrado que em 34% das
pastagens do Centro-Oeste ocorreu o aumento na capacidade produtiva de 8,8 para
16,5 kg carne/ano/ha em pastagem cultivada. Na década de 2000, houve a
conscientização da importância das áreas do Cerrado para a pecuária de bovinos no
Brasil, visto que constitui 49,4 milhões de hectares em pastagens e que 90% da carne
produzida no país advém das pastagens do Cerrado. Os bovinos abatidos derivados de
semi-confinamentos correspondiam a 4,8% e dos confinamentos a 4,9% da produção
(ANUALPEC, 2000). Na década de 2010, surgiram os conceitos de Integração Lavoura
Pecuária (ILP) e Integração Lavoura Pecuária e Floresta (ILPF) com a ideia de
desenvolvimento sustentável para a agropecuária, tendo como proposta a valorização
do homem, o aumento da produção e a viabilidade econômica dos investimentos. Esses
aspectos evolutivos na cadeia da bovinocultura, destacando os avanços na nutrição,
estão intimamente correlacionados ao desenvolvimento do efetivo bovino no país, à
quantidade de animais abatidos e a importância dos bovinos no contexto do mercado
nacional.
23
3.10. OS EFEITOS DO MELHORAMENTO GENÉTICO NA PECUÁRIA
O melhoramento genético animal é a ciência que estuda as ações da genética
dos indivíduos e do ambiente na determinação das características de interesse
econômico. Embora, o melhoramento genético dos bovinos tenha a fundamentação
teórica desenvolvida há muitos anos, é recentemente que tem sido observado seu
destaque como um dos principais responsáveis pela expansão da pecuária, estando
intimamente relacionado a evolução da produtividade e da qualidade da carne
(EUCLIDES FILHO e EUCLIDES, 2010).
O melhoramento genético pela seleção de reprodutores com maior
desenvolvimento ponderal, maior rendimento de carcaça, melhor produção leiteira,
melhor conversão alimentar e precocidade sexual possibilita o aumento da
produtividade, tanto de carne como de leite. Além disso, o uso de tecnologias
reprodutivas implementadas nos rebanhos do Brasil está aumentando continuamente.
Segundo Inforzato et al. (2008), a utilização das biotecnologias reprodutivas possibilita
ganhos genéticos significativos, merecendo destacar a Inseminação Artificial (IA), a
Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), a Transferência de Embrião (TE), a
Transferência de Embrião em Tempo Fixo (TETF) e a Fertilização In Vitro (FIV).
O melhoramento genético de bovinos de corte deve ocorrer em todas as raças,
mas no Brasil destaca-se na raça Nelore, pela sua difusão no país. O rebanho Nelore
brasileiro descende de poucos genearcas, a grande maioria importados da Índia, no
início da década de 1960. O uso contínuo desses genearcas e de seus descendentes
acarreta em uma questão importante relativa ao aumento da endogamia. Isso implica
em atenção imediata dos criadores, para que a raça não perca as vantagens que a
destaca no país, a rusticidade, a produtividade e a fertilidade (FERRAZ e ELER, 2010).
As linhagens utilizadas com maior frequência são a Karvadi, Taj Mahal, Golias,
Godhavari, Rastã, Akasamu e Padhu, Lemgruber e Nova Opção (Figuras 13 a 20)
(OLIVEIRA et al., 2002).
24
a) b)
c) d)
Figura 14. Linhagem Karvadi. a) Karvadi Imp.; b) Chummak POI VR, filho do touro Karvadi Imp.; c) Ludy de Garça, filho do touro Gim de Garça; d) Dingo OB, Familia Evaru SC.
Fonte: OLIVEIRA et al. (2002).
a) b)
Figura 15. Linhagem Taj Mahal: a) Taj Mahal I, Filho do touro Taj Mahal Imp.; b) Iguaçu da Pegador, filho do touro Taj Mahal I.
Fonte: OLIVEIRA et al. (2002).
25
Figura 16. Linhagem Golias, touro Faulad da SC filho de Golias Imp.
Fonte: OLIVEIRA et al. (2002).
Figura 17. Linhagem Godhavari, touro Dalamu OB.
Fonte: OLIVEIRA et al. (2002).
Figura 18. Linhagem Rastã, touro Eeral SC, filho de Rasta Imp.
Fonte: OLIVEIRA et al. (2002).
26
Figura 19. Linhagem Akasamu e Padhu, touro Usuki da Soraya, filho de Akasamu Imp.
Fonte: OLIVEIRA et al. (2002).
Figura 20. Linhagem Lemgruber, touro 1646 da MN.
Fonte: OLIVEIRA et al. (2002).
Figura 21. Linhagem Nova Opção, touro Farjado da GB.
Fonte: OLIVEIRA et al. (2002).
O melhoramento genético dos bovinos no Brasil pode ser evidenciado pelo
aumento do peso médio de carcaça. Esse característica é um parâmetro ideal para
observar a evolução da bovinocultura. Em 1958, o peso médio das carcaças abatidas
27
era inferior a 190 kg. No ano de 2014, o peso médio atingiu, aproximadamente, 240 kg.
Houve a evolução de aproximadamente 50 kg no peso médio de carcaça no período de
56 anos (Figura 21).
Figura 22. Evolução do peso médio de carcaças dos bovinos abatidos no Brasil.
Fonte: Adaptado IBGE (2014).
Na bovinocultura de corte, pelos dados da Associação Brasileira de Inseminação
Artificial (ASBIA, 2014) tem-se a evolução do uso da biotécnica de Inseminação Artificial
(IA) (Figura 22). No ano de 2001, houveram vendas de cerca de 2 milhões de doses de
sêmen, já em 2013 atingiu cerca de 7.656.506 milhões de doses. Com isso, é
demonstrado o avanço que está ocorrendo com o uso da Inseminação Artificial em
bovinos de corte. Nesse período ocorreu o crescimento de 383%. Esse crescimento do
uso da IA em bovinos se deve há dois marcos importantes, o melhoramento genético
dos bovinos de corte evolutivo e a difusão do uso da biotecnologia reprodutiva
Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF).
Em 2001, as cinco principais raças utilizadas na Inseminação Artificial em
bovinos de corte, eram Nelore 34,94%; Red Angus 15,02%; Nelore Mocho 9,28%;
Simental 6,58% e Aberdeen Angus 3,79%. No ano de 2014, houveram maiores vendas
de sêmen da raça Nelore 54,49%; Aberdeen Angus com 18,36%; Senepol 4,05%;
Nelore Mocho 3,2% e Brahman 2,8% (ASBIA, 2014). Com isso, notou-se que os
produtores preferem constantemente o uso de sêmen da raça Nelore padrão, mas com
o crescimento de uso de sêmen de touros da raça Aberdeen Angus e de Senepol. Pode-
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se observar que, também, representa o aumento do conhecimento do produtor brasileiro
quanto ao efeito da heterose na produção de carne bovina, utilizando animais de grupos
genéticos diferentes, e tendo atenção especial à relação adaptação ao meio ambiente
e produção.
Figura 23. Evolução das vendas de doses de sêmen de bovinos de corte no Brasil.
Fonte: Adaptado ASBIA (2014).
3.11. A EVOLUÇÃO DO ABATE DE BOVINOS COM IDADE INFERIOR A 2 ANOS
Um fator marcante da pecuária brasileira é o crescente abate de animais jovens,
abaixo de dois anos de idade. Em 1997, o abate de bovinos com até dois anos de idade
foi de 2.633.069, e no ano de 2014 o abate foi de 5.158.070 animais (Figura 23). Houve
o aumento de 51%. No entanto, o abate de bovinos com até dois anos em relação ao
abate total no ano de 1997 representava 18%, chegando em 21% em 2001, decaindo
nos anos seguintes, e somente a partir de 2012 voltou a crescer, atingindo em 2014 a
15,21% do abate total (Figura 24). Assim, a partir dessa relação pode ser notado que
houve avanços produtivos para a terminação de bovinos em menor intervalo de tempo,
embora não tenha sido significativo no total de bovinos abatidos. Tal efeito pode ser
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estimado que o avanço com o uso tecnológico para a produção de bovinos jovens não
acompanhou o crescimento quantitativo dos bovinos.
Figura 24. Evolução do abate de animais com menos de dois anos no Brasil.
Fonte: Adaptado IBGE (2014).
Figura 25. Porcentagem do abate de animas de até dois anos em relação ao abate total no Brasil.
Fonte: Adaptado IBGE (2014).
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3.12. A EVOLUÇÃO DO PESO MÉDIO DE CARCAÇA DE BOVINOS MACHOS E
FÊMEAS
A evolução do peso de carcaça de bovinos machos e fêmeas expressa o
desenvolvimento da nutrição animal e do melhoramento genético que vem acontecendo
no Brasil. O peso da carcaça médio dos machos era de 245,67 kg em 1997 e de 268,38
kg em 2014, ocasionando o incremento de 22,71 kg (Figura 25). Nas fêmeas, o peso
médio das carcaças era de 181,3 kg em 1997 e de 195,2 kg em 2014, havendo o
incremento de 13,9 kg (Figura 26). Provavelmente, a queda acentuada do peso dos
machos em 2011 pode ter sido causada por fatores que ocasionaram o abate
antecipado dos animais da categoria, como o aumento satisfatório no valor de mercado
da arroba do boi gordo. Isto, também, de certa forma pode ter causado o aumento no
interesse dos produtores em abater vacas e, também, em terminar a carcaça das
fêmeas com melhor qualidade, gerando o abates com carcaças mais pesadas.
Figura 26. Evolução do peso médio da carcaça de bovinos machos no Brasil.
Fonte: Adaptado IBGE (2014).
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Figura 27. Evolução do peso médio da carcaça de bovinos fêmeas no Brasil.
Fonte: Adaptado IBGE (2014).
A relação do abate de bovinos machos e fêmeas, além de provocar variações na
evolução do peso médio das carcaças, provoca alterações no ciclo de crescimento da
pecuária bovina. Se a demanda de boi gordo, por algum motivo, aumenta, os preços
elevam, induzindo o maior abate de vacas. A redução no número de matrizes acarreta
em diminuição de nascimentos de bezerros no ciclo seguinte, acentuando a escassez
de novilhos e de novilhas para reposição futura dos rebanhos. Assim sendo, o gado
tende a aumentar quantitativamente em épocas de desaquecimento da demanda, pois
há diminuição no abate de vacas. Porém, quando há período de demanda acima do
normal, há retenção de vacas, aumentando a quantidade de bezerros, bois abatidos e
queda no preço da arroba gerando flutuações cíclicas na oferta de animais prontos para
o abate. Segundo Bragança e Bueno (2010), choques de demanda do boi gordo, em
um determinado ano, produzem efeitos sobre o setor durante vários períodos produtivos
à frente.
Os produtores para terem conhecimento da variação cíclica dos bovinos e suas
implicações no mercado devem ficar atentos quanto a relação de abate de fêmeas e de
machos. De acordo com os dados do IBGE (2014), a variação cíclica do abate de
fêmeas pode ser notada desde o ano de 1997 (Figura 27), com picos nos anos de 2005,
2006 e nos anos de 2012 a 2014. Assim, corroborando com Bragança e Bueno (2010),
nota-se que se não forem adotadas políticas para reduzir o abate de fêmeas, há o
comprometimento para o atendimento de aumento no abate de bovinos, seja para o
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mercado consumidor interno ou para exportações, devido ao crescimento insuficiente
do rebanho.
Figura 28. Porcentagem de abate de bovinos machos e fêmeas no Brasil.
Fonte: Adaptado de IBGE (2014).
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4. CONCLUSÕES
Com a interiorização do rebanho brasileiro, dos primórdios da chegada dos
bovinos no Brasil aos dias atuais, é percebido que a atividade tem seu desenvolvimento
vinculado a intensificação de aproveitamento do território, à ocupação do interior e das
regiões de melhor adaptação aos bovinos. A evolução do efetivo bovino é significativa
nas regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil, com destaque ao estado do Mato Grosso.
Enquanto que nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul, o efetivo bovino vem se
estabilizando.
A migração da pecuária decorre da implantação de culturas alternativas, como a
soja, o milho e a cana no cerrado brasileiro. De certa forma, tal situação exerce a
pressão sobre a atividade, em contrapartida contribui para o avanço da mesma, o que
resulta em melhor eficiência produtiva e melhor acabamento de carcaças
evolutivamente para garantir a renda. O início da suplementação mineral protéica nos
anos 80 foi o marco primordial para a produtividade do país.
O município de Jataí, GO, acompanha a evolução brasileira, sendo destaque na
produção de grãos e com o efetivo bovino oscilando, exigindo as adaptações para a
eficiência em produtividade.
Os avanços na nutrição animal, no melhoramento genético e nas estratégias de
manejo disseminados pela difusão de conhecimento de centros de pesquisa e
universidades constituem os principais fatores contribuintes para a evolução da pecuária
brasileira. Com isso, a bovinocultura de corte no Brasil ainda tem muito a desenvolver,
confirmando que é uma atividade com dados consolidados e futuro promissor.
34
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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