26 Encontro Anual da Associao Nacionaldos Programas de Ps-Graduao em Comunicao
Faculdade Csper Lbero - So Paulo6 a 9 de junho de 2017
26 Encontro Anual da Associao Nacionaldos Programas de Ps-Graduao em Comunicao
Faculdade Csper Lbero - So PauloAvenida Paulista, 900
ASSOCIAO NACIONAL DOS PROGRAMAS DEPS-GRADUAO EM COMUNICAO
Diretoria 2015 / 2017
PresidenteProf. Dr. Edson Fernando Dalmonte
Programa de Ps-Graduao em Comunicao e Cultura ContemporneasUFBA
Vice-PresidentePrafa. Dra. Cristiane Freitas Gutfreind
Programa de Ps-Graduao em Comunicao SocialPUC-RS
Secretrio-GeralProf. Dr. Rogrio Ferraraz
Programa de Ps-Graduao em ComunicaoUniversidade Anhembi Morumbi
FACULDADE CSPER LBEROPresidentePaulo Camarda
Superintendente GeralSrgio Felipe dos Santos
Diretor da FaculdadeCarlos Roberto da Costa
Coordenador de Ps-GraduaoAntonio Roberto Chiachiri Filho
Coordenadora de Cultura GeralSonia Breitenwieser Alves dos S. Castino Coordenadora de JornalismoHelena Maria Afonso Jacob Coordenador de Publicidade e PropagandaJoubert Brito de Araujo Coordenador de Rdio, TV e InternetRoberto DUgo Junior Coordenadora de Relaes PblicasPatrcia Carla Gonalves Salvatori
Coordenador do Centro Interdisciplinar de Pesquisa (CIP)Eric de Carvalho
Coordenadora de Ensino a DistnciaJanara Dantas da Silva Frana
ORGANIZAOCoordenador GeralDimas A. Knsch
Comit ExecutivoAntonio Roberto Chiachiri FilhoBruna RodriguesDimas A. Knsch (coordenao)Marcelo RodriguesMateus Yuri PassosMatheus M. Loureno
Cobertura JornalsticaCarolina Klautau Carolina MximoGabriela ColicignoGiselle FreireHelena Jacob (coordenadora)Lus MathiasLus Mauro S MartinoMaria Filomena SalemmeRoberto Fideli
Centro de EventosBruna RodriguesMarcelo Rodrigues (gerente)Matheus M. Loureno
Arte e ProduoMatheus M. Loureno
Mdias DigitaisBruna Alencar Brando (coordenadora)Juliana Regina MachadoJulya Vendite ZancoperMarcela Delli Agostinho Schiavon Paola Schuler Fava
Docentes do Programa de Ps-GraduaoAna Luiza Coiro MoraesAntonio Roberto Chiachiri Filho (coordenador)Cludio Novaes P. CoelhoDimas A. KnschJos Eugenio de O. MenezesLus Mauro S MartinoMarcelo Santos de MoraesSimonetta Persichetti
Captao de recursosAntonio Roberto Chiachiri FilhoDimas A. KnschLus Mauro S Martino
MonitoriaLarissa RosaMariane Reghin
BOAS-VINDAS AO26 ENCONTRO COMPS06 a 09 de junho de 2017, Faculdade Csper Lbero So Paulo
Prezadas e prezados pesquisadores,
Este 26 Encontro da COMPS Associao Nacional dos Programas de Ps-Graduao em Comunicao , que teve o maior nmero de submisses de textos j registrado, evidencia a expanso e consolidao de nossa rea. A Associao, que passa a contar com 50 Programas filiados, tem se renovado e o Conselho Geral, composto pelas coordenaes de todos os PPGs acadmicos e profissionais, se destaca pelo envolvimento com os temas da avaliao e qualidade das aes de ensino e pesquisa, de maneira transversal, contribuindo para o estabelecimento de um esprito mais colaborativo.
A diversidade temtica dos nossos objetos e temas de pesquisa pode ser constatada pelos 170 trabalhos selecionados para os 17 GTs que atualmente compem o Encontro Anual da COMPS.
Faculdade Csper Lbero, que acolhe este nosso Encontro Anual de maneira to cuidadosa, nossos sinceros agradecimentos. Aproveitamos para cumprimentar a comunidade Csper Lbero pelas comemoraes dos seus 70 anos!
Damos as boas-vindas a todas e todos, com votos de um Encontro que propicie o dilogo e nos permita avanar coletivamente.
Edson DalmontePresidente
Cristiane Freitas GutfreindVice-Presidente
Rogrio FerrarazSecretrio-Geral
Diretoria 2015-2017
BOAS-VINDAS DO DIRETOR DA FACULDADE CSPER LBERO
Prezadas e prezados pesquisadores,
A direo, o corpo docente, os alunos e os funcionrios da Faculdade Csper Lbero se juntam com muita alegria para dar as boas-vindas a todos os participantes deste 26 Encontro da COMPS Associao Nacional dos Programas de Ps-Graduao em Comunicao. Quando, ao abrir um evento realizado pela Comps na Csper h dois anos, lancei a sugesto da realizao desse encontro de 2017 aqui, tnhamos a inteno de transformar esse importante convvio acadmico em um dos destaques da celebrao de nossos 70 anos de trajetria.
Nessas dcadas a Csper j foi palco de importantes momentos na histria da comunicao em nosso pas, como a reunio fundadora da Intercom, a Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicao. Esse marco na discusso e consolidao dos estudos da comunicao aconteceu h quarenta anos aqui, no dia 12 de dezembro de 1977, na que atual Sala 1 do 5 andar, um dos andares de maior presena das turmas do curso de Jornalismo.
Este ano de comemorao e festa para a Csper marca tambm para a Comps uma etapa de consolidao, com o recorde de submisses de textos registrados, de um total de 50 programas filiados.
Que 2017 marque o incio de uma nova fase, robusta e slida, e ao mesmo tempo clere, inovadora e empreendedora para a Faculdade Csper Lbero. E para os 50 programas que do solidez Comps.
Um grande trabalho a todos vocs. Obrigado por fazerem parte das festas da Csper!
Carlos Roberto da CostaDiretor da Faculdade Csper Lbero
SINTAM-SE MUITO BEM ACOLHIDOS NA FACULDADE CSPER LBERO!
Ao comemorar seus 70 anos de atividades no mundo da comunicao, a Faculdade Csper Lbero, por meio de seu Programa de Ps-Graduao em Comunicao, ganha mais um presente em poder sediar o 26 Encontro Nacional da COMPS/2017. Em retribuio a esse significativo presente, estamos envidando todos nossos esforos para poder receber a todas e todos da melhor maneira possvel. Nossas equipes estaro atentas para tornar sua estada em So Paulo e sua participao no Encontro o mais confortvel possvel.
Organizar um encontro desse porte, como o da COMPS, obriga-nos a buscar, com muito esmero, entender cada instncia que a nossa rea contempla. Uma rea que penetra em cada domnio de nossas vidas e que, muitas vezes negligenciada e at mesmo menosprezada, ganha muita importncia e evidncia quando, por exemplo, reunimos 50 PPGs de todo o Brasil e mostramos a que viemos e qual a nossa contribuio para o desenvolvimento cognitivo, para o desenvolvimento da pesquisa, para o desenvolvimento do saber e, sobretudo, para o desenvolvimento social.
O recorde de submisso de trabalhos neste ano e os 17 GTs com seus 170 trabalhos a serem apresentados reforam o valor que queremos imprimir a essa cincia que tanto nos fascina e nos intriga. Afinal, o que seria das outras cincias sem a Cincia da Comunicao?
Queridas e queridos colegas, aproveitemos este Encontro para trocarmos experincias, ideias e saberes, e tambm para podermos debat-los de forma a evidenciar a importncia do nosso papel em ajudar a construir uma sociedade mais justa, mais igual, com menos intolerncia, num esprito de amor e de solidariedade.
Sejam muito bem-vindas e muito bem-vindos a So Paulo e Faculdade Csper Lbero!
Recebam nosso forte abrao.
Antonio Roberto Chiachiri FilhoCoordenador do PPGCOM da Faculdade Csper Lbero
PROGRAMAO
8h s 18h
8h s 9h
10h30
11h
14h
16h30
12h
16h
18h30
9h
19h
6/06 (TERA-FEIRA)Retirada de credencialRecepo Trreo Baixo ( esquerda da escadaria)
Abertura oficial da CompsTeatro Csper Lbero (entrada pela escadaria da frente, lado direito)
CONFERNCIA DE ABERTURAComunicao, mdia e poltica na Frana e no BrasilDominique Wolton (Universidade Paris 3 - Sorbonne)Muniz Sodr (UFRJ)
ENTREGA DO PRMIO COMPS DE TESES E DISSERTAES EDUARDO PEUELA CAIZAL 2017
COQUETEL DE BOAS VINDAS
7/06 (QUARTA-FEIRA)Retirada de credencialRecepo Trreo Baixo ( esqueda da escadaria)
Grupos de TrabalhoSalas do 3 e 5 andares
Coffee break3 andar
Grupos de Trabalho
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Grupos de Trabalho
Coffee break
Grupos de Trabalho
Lanamento de livrosSesso de autgrafos - 3 andar
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10h s 12h
14h s 18h
9h
8/06 (QUINTA-FEIRA)Grupos de TrabalhoSalas do 3 e 5 andares
Coffee break3 andar
Grupos de Trabalho
Almoo
Grupos de Trabalho
Coffee break
Grupos de Trabalho
Avaliao e encerramento
Festa de encerramento
9/06 (SEXTA-FEIRA)Reunio de avaliao dos Coordenadores de GTsHotel Feller Avenida Paulista
Reunio do Conselho da CompsHotel Feller Avenida Paulista
LOCALIZAO DAS SALAS
Estudos de Jornalismo 3 andar, sala 3.01
Estudos de Cinema, Fotografia e Audiovisual 3 andar, sala 3.02
Comunicao e Cultura 3 andar, sala 3.03
Comunicao e Cidadania 3 andar, sala 3.04
Consumos e Processos de Comunicao 3 andar, sala 3.05
Comunicao e Experincia Esttica 3 andar, sala 3.06
Cultura das Mdias 3 andar, sala 3.07
Comunicao e Sociabilidade 3 andar, sala 3.08
Recepo: Processos de Interpretao, Uso e Consumo Miditicos 3 andar, sala 3.09
Comunicao e Cibercultura 5 andar, sala 1
Epistemologia da Comunicao 5 andar, sala 2
Estudos de Televiso 5 andar, sala 11
Comunicao e Poltica 5 andar, sala 12
Memria nas Mdias 5 andar, sala 13
Prticas Interacionais e Linguagens na Comunicao 5 andar, sala 14
Estudos de Som e Msica 5 andar, sala 15
Imagem e Imaginrios Miditicos 5 andar, sala 16
SUMRIO
Estudos de Jornalismo 15
Estudos de Cinema, Fotografia e Audiovisual 21
Comunicao e Cultura 27
Comunicao e Cidadania 33
Consumos e Processos de Comunicao 39
Comunicao e Experincia Esttica 45
Cultura das Mdias 51
Comunicao e Sociabilidade 57
Recepo: Processos de Interpretao, Uso e Consumo Miditicos 63
Comunicao e Cibercultura 69
Epistemologia da Comunicao 75
Estudos de Televiso 81
Comunicao e Poltica 87
Memria nas Mdias 93
Prticas Interacionais e Linguagens na Comunicao 99
Estudos de Som e Msica 105
Imagem e Imaginrios Miditicos 111
GTEstudos de Jornalismo
Coordenadora: Beatriz Becker (UFRJ)Vice-coordenadora: Claudia Irene de Quadros (UFPR)
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QUARTA-FEIRA, 7 DE JUNHOManh | 9h s 12h | Sala 3.01 - 3 andar
APONTAMENTOS SOBRE A CONTRIBUIO DA SOCIOLOGIA DAS FORMAS DE FRANCO MORETTI PARA OS ESTUDOS DE JORNALISMO MARCOS PAULO DA SILVA (UFMS)ResumoO artigo apresenta apontamentos sobre a contribuio terico-metodolgica da proposta de uma sociologia das formas do crtico literrio italiano Franco Moretti para o campo de estudos tericos em Jornalismo. A discusso sustenta-se em duas hipteses de fundo extradas da obra do autor: 1) um determinado padro esttico-expressivo apenas se dissemina socialmente quando encontra respaldo em padres culturais mais amplos pavimentados nos universos da vida privada e da vida cotidiana; e 2) o processo de codificao simblica desses padres culturais no se d apenas no plano do contedo, mas sobretudo na prpria forma, na dimenso esttico-expressiva da narrao. Na sequncia, elenca-se seis pressupostos terico-metodolgicos do autor passveis de um dilogo interdisciplinar com o campo jornalstico.RelatoElizabeth Saad e Stefanie Carlan da Silveira
UMA PROPOSTA TERICO-METODOLGICA PARA A PESQUISA DE OBJETOS NO JORNALISMO CONTEMPORNEO ELIZABETH SAAD (USP) E STEFANIE CARLAN DA SILVEIRA (USP)ResumoObjetivamos aqui discutir uma proposta terico-metodolgica para fundamentar a pesquisa e observao de objetos no jornalismo contemporneo. Recorremos aos conceitos de materialidade na Comunicao, associada TAR - Teoria Ator-Rede, aos estudos vinculados a sistemas, espumas e objetos todas elas reunidas sob a proposta de um campo mais aberto, interdisciplinar e resiliente para a comunicao contempornea. Por fim, propomos alguns pontos de reflexo para a construo de contedos informativos neste ambiente.RelatoMarcos Paulo da Silva
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QUARTA-FEIRA, 7 DE JUNHOTarde | 14h s 18h | Sala 3.01 - 3 andar
AS MUTAES NO MUNDO DO TRABALHO DO JORNALISTA E SUAS CON-TRADIES: UMA PERSPECTIVA ONTOLGICA DA CRISE DO JORNALISMO RAFAEL BELLAN RODRIGUES DE SOUZA (UFAM)ResumoO artigo investiga as tendncias que orientam a prtica jornalstica hoje, buscando compreender as mutaes no mundo do trabalho do jornalista. Ao explorar a esfera da produo noticiosa, torna-se possvel cartografar as contradies no interior do jornalismo, ressaltando como as dimenses singulares, particulares e universais interagem na moldura objetiva da crise que afeta o campo. Como muitas outras profisses, alteradas historicamente e muitas vezes extintas por novas foras produtivas, o jornalismo tm se tornado uma prtica fragmentada e instvel, sendo que o empreendedorismo neoliberal afeta tanto a subjetividade do reprter e seus projetos profissionais, quanto o papel da informao jornalstica na sociabilidade hegemnica contempornea. Essa reflexo apoia-se na edificao de uma ontologia do jornalismo, proposta de interpretao da prxis noticiosa hoje.RelatoMarcelo Kischinhevsky e Lun Chagas
DIVERSIDADE E PLURALIDADE DE FONTES NO JORNALISMO DA BANDNEWS FLUMINENSE FM MARCELO KISCHINHEVSKY (UERJ) E LUN CHAGAS (UERJ)ResumoO artigo traz resultados de estudo exploratrio sobre a diversidade e a pluralidade de fontes na programao jornalstica da rdio BandNews Fluminense FM. Foram analisadas 25 horas de programao da emissora durante uma semana, com o objetivo de amparar classificao das fontes de informao acionadas e investigar o nvel de diversidade de vozes presentes no jornalismo radiofnico. Considera-se, como pano de fundo, a precarizao das condies de trabalho, com a consolidao do chamado jornalismo sentado (NEVEU, 2006) e do perfil multitarefa imposto aos jornalistas de rdio, parte de uma srie de constrangimentos organizacionais. Os dados coletados expem uma srie de condicionantes na busca do ideal de diversificao das vozes no dial, num contexto de prevalncia de fontes cada vez mais profissionalizadas.RelatoPedro Henrique Varoni de Carvalho e Francisco Rolfsen Belda
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MULTIPARCIALIDADE, DIALOGIA E CULTURA PARTICIPATIVA COMO REAO PS-VERDADE: UMA ABORDAGEM DISCURSIVA SOBRE O JORNALISMO PEDRO HENRIQUE VARONI DE CARVALHO (UFSCAR) E FRANCISCO ROLFSEN BELDA (UNESP)ResumoDinmicas das redes sociais tm redefinido prticas jornalsticas, levando percepo de uma crise em noes como objetividade e imparcialidade. A discusso sobre ps-verdade durante as eleies norte-americanas de 2016 um sintoma de demandas sociais pela responsabilidade de atores miditicos em relao s informaes divulgadas e da necessidade de um reposicionamento deontolgico e epistemolgico no campo do jornalismo. No Brasil, esse contexto tambm envolve a cobertura jornalstica da crise poltica que levou ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. A partir desse quadro, o trabalho procura apontar a pertinncia dos valores de multiparcialidade e dialogismo para um reposicionamento conceitual do jornalismo. Assim, proposta uma aproximao terica entre os estudos miditicos da cultura participativa com o campo lingustico discursivo para se refletir sobre formas potencialmente mais democrticas e polifnicas do exerccio do jornalismo na contemporaneidade.RelatoRafael Bellan Rodrigues de Souza
QUINTA-FEIRA, 8 DE JUNHOManh | 09h s 12h30 | Sala 3.01 - 3 andar
AS FINALIDADES DO JORNALISMO PARA OS LEITORES: ESTUDO DA AUDINCIA DOS JORNAIS FOLHA, GLOBO E ESTADO GISELE REGINATO (UFRGS) E MARCIA BENETTI (UFRGS)ResumoEste artigo mostra como os leitores percebem as finalidades do jornalismo. A investigao mapeia comentrios coletados nos sites e em pginas no Facebook dos trs maiores jornais de referncia brasileiros (Folha de S.Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo), utilizando como mtodo a Anlise de Discurso. O trabalho revela que, para os leitores, o jornalismo tem 11 finalidades a cumprir. As quatro finalidades principais so, nesta ordem de importncia: a) fiscalizar o poder e fortalecer a democracia, b) informar, c) esclarecer o cidado e apresentar a pluralidade da sociedade e d) verificar a veracidade das informaes. Essas quatro finalidades so percebidas pelos leitores em mais de 75% dos trechos analisados. As outras funes so: e) selecionar o que relevante, f) investigar, g) registrar histria e construir memria, h) interpretar e analisar a realidade, i) defender o cidado, j) fazer a mediao entre os fatos e o leitor e k) integrar e mobilizar as pessoas.RelatoAdriana Barsotti e Leonel Azevedo de Aguiar
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JOGO DA LEITURA: A LUDICIDADE NO JORNALISMO PARA TABLET RODRIGO CUNHA (UFPE) E EDUARDO FREIRE (UNIFOR)ResumoEste artigo trata, de um modo exploratrio, do conceito de ludicidade como estratgia enunciativa da produo, na estruturao da experincia de leitura em publicaes digitais em tablets. Para discutir a relao entre produo jornalstica e leitura, passamos por uma ampliao da noo de dispositivo, para alm dos aspectos tcnicos, tratando-o como elemento da produo de sentidos. Desta forma, resgatamos a noo de contrato de leitura, de Eliseo Vern, quando analisa os dispositivos de imprensa, para estudar as condies de produo e de reconhecimento no tabletjornalismo. A partir de testes de usabilidade, foi possvel constatar que a simplicidade de contedos e a parcimnia no uso de recursos interativos podem ser a chave para a satisfao dos leitores de publicaes digitais, e podem servir como guia para jornalistas e designers na hora de escolher quais estratgias e funcionalidades usar ao construir o caminho que leva ao leitor no que denominamos de jogo da leitura.RelatoGisele Reginato e Marcia Benetti
A INVISIBILIDADE DA HOME PAGE E AS MUDANAS NOS MODOS DE LEITURA DAS NOTCIAS ADRIANA BARSOTTI (ESPM-RIO/PUC-RIO) E LEONEL AZEVEDO DE AGUIAR (PUC-RIO)ResumoO artigo apresenta os resultados parciais de uma pesquisa que investiga como as mudanas nos modos de leitura das notcias na internet esto provocando mais uma transformao contempornea no jornalismo: a invisibilidade das home pages dos sites jornalsticos. Analisa como os acessos ao noticirio, por meio de links distribudos em redes sociais, em ferramentas de busca e nos portais acarretam perda de sentido em um valor fundamental da cultura profissional. Aps levantamento de dados sobre novos hbitos de leitura, empreende reviso bibliogrfica sobre a home page e utiliza entrevistas em profundidade com jornalistas para compreender o impacto do silncio da primeira pgina on-line nas rotinas produtivas. Conclui que, medida que as notcias se desprendem do contexto original da edio, os profissionais sentem-se desafiados, mas sustentam que preciso cumprir com sua responsabilidade social, destacando, em manchetes e chamadas, os temas de interesse pblico.RelatoRodrigo Cunha e Eduardo Freire
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QUINTA-FEIRA, 8 DE JUNHOTarde | 14h s 18h | Sala 3.01 - 3 andar
A LACUNA: O ESFORO DE VERDADE NO TESTEMUNHO E NO JORNALISMO ANA CLUDIA PERES (UFF)ResumoEste artigo ocupa-se do papel desempenhado pelo testemunho no jornalismo. Com base na literatura do testemunho, prope uma reflexo sobre o movimento possvel entre viver a experincia e narr-la, trazendo para o jornalismo elementos que escapam de uma lgica meramente objetiva e aproximam a prtica jornalstica de um gesto de comunicao. Para tanto, toma como ponto de partida uma reportagem em que um reprter narra, nos dias de hoje, a busca pelo suposto delator de seus pais durante a ditadura militar no Brasil.RelatoMarcia Veiga da Silva e Beatriz Marocco
O FEMININO NO LIVRO DE REPRTER: UMA MIRADA EPISTEMOLGICA DE GNERO SOBRE AS PRTICAS JORNALSTICAS MARCIA VEIGA DA SILVA (UNISINOS) E BEATRIZ MAROCCO (UNISINOS)ResumoTrs jornalistas mulheres revelam a potncia do livro de reprter. As aes das reprteres-autoras Eliane Brum, Fabiana Moraes e Alexandra Lucas Coelho fazem emergir o feminino interditado e inferiorizado nas hierarquias de valores do jornalismo. Sugerem lentes mais complexas pelas quais a realidade e os sujeitos podem ser observados; demonstram a incapacidade da objetivao jornalstica, forjada no sculo XIX, para uma leitura do mundo no sculo XXI. Do flego para que se pense os novos e necessrios culos a serem utilizados nas prticas jornalsticas e para a crtica do jornalismo.RelatoAna Cludia Peres
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GTEstudos de Cinema, Fotografia
e Audiovisual Coordenadora: Angela Prysthon (UFPE)
Vice-coordenador: Fernando Gonalves (UERJ)
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QUARTA-FEIRA, 7 DE JUNHOManh | 9h s 12h | Sala 3.02 - 3 andar
FOTOGRAFIA, COTIDIANO E CIDADE: ENTRE O VER E O HABITAR A IMAGEMVICTA DE CARVALHO (UFRJ)ResumoRecentemente, uma nova gerao de artistas voltou-se para o cotidiano das ruas das grandes metrpoles e retomou o debate sobre os nossos condicionamentos dirios. De modo geral, so trabalhos que se apropriam da realidade e de um certo modo de representar o cotidiano, para transform-lo. Com efeito, seja como repetio, hbito, deriva, espera ou performance, o cotidiano nos oferece variadas possibilidades de experincia com a imagem. Nossa proposta observar, a partir do trabalho Marcha (2013), do coletivo brasileiro Cia de Foto, os diferentes modos de experimentar o cotidiano urbano na fotografia contempornea a partir da tenso entre a impossibilidade de ver e o convite a habitar a imagem. Nossa inteno ser propor relaes entre o hbito, a possibilidade de habitar uma imagem e o regime hptico de viso, como estratgias de experincia com a obra.RelatoNina Velasco e Cruz e Luiza Alvim
SENTIR A IMAGEM: PERFORMATIVIDADE E MISE-EN-SCNE NO CINEMA DE NAOMI KAWASE HENRIQUE CODATO (UFC) E EDUARDO DOS SANTOS OLIVEIRA (UFC)ResumoA partir de uma articulao terica que busca colocar em dilogo teorias oriundas do campo do cinema e dos estudos da performance, o presente trabalho busca visitar o cinema da realizadora japonesa Naomi Kawase, mais especificamente dois de seus documentrios Em Seus Braos (Ni Tsutsumarete, 1992) e Cu, Vento, Fogo, gua, Terra (Kya ka ra ba a, 2001) a fim de investigar as prticas performativas que a diretora utiliza na e com a imagem e como ela inscreve seu prprio corpo na materialidade do filme, constituindo, desse modo, um cinema repleto de imprecises, ausncias e desaparecimentos.RelatoLcio Reis, Jamer Guterres e Laura CnepaG
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QUARTA-FEIRA, 7 DE JUNHOTarde | 14h s 18h | Sala 3.02 - 3 andar
QUE LUGAR PARA A MILITNCIA NO CINEMA BRASILEIRO CONTEMPORNEO? INTERPELAO, VISIBILIDADE E RECONHECIMENTOAMARANTA CSAR (UFRB)ResumoAtravs da anlise das estratgias sensveis e discursivas dos curtas metragens Na misso com Kadu (2016), de Aiano Bemfica, Kadu Freitas e Pedro Maia de Brito, e Kbela (2015), de Yasmin Thayn, bem como de uma investigao sobre o percurso de suas aparies no campo cinematogrfico brasileiro, pretende-se refletir sobre os modos como os festivais de cinema, atravs da atividade de curadoria e programao (entendida como uma prxis crtica), tm respondido interpelao e afirmao polticas dos filmes brasileiros contemporneos. A perspectiva crtica implicada na noo de reconhecimento (na acepo de Judith Butler), conceito eminentemente tico e poltico, fornece as bases tericas para a reflexo proposta.RelatoAndrea Frana
PARA UM ATLAS DE COSMOPOTICAS: LITERATURA MUNDIAL, CINEMA MUNDIAL E O CATLOGO LUMIRE COMO ATLAS MARCELO RIBEIRO (UFG)ResumoEste artigo prope uma reconstituio dos debates sobre os conceitos de literatura mundial e de cinema mundial, de Johann Wolfgang von Goethe a Dudley Andrew, passando por Franco Moretti, Pascale Casanova e Lcia Nagib, entre outras referncias fundamentais. Nessa reconstituio, o deslocamento das coordenadas conceituais, com base na interrogao do conceito de mundo, se associa reivindicao da forma atlas, tal como explorada por Aby Warburg e teorizada por Georges Didi-Huberman, com o intuito de contribuir a um programa de pesquisa mais amplo a criao em andamento de um atlas de cosmopoticas. De modo complementar a essa contribuio terica, o artigo introduz um embate analtico com o catlogo de vistas cinematogrficas de diferentes partes do mundo que foram reunidas sob o nome Lumire, na passagem entre os sculos XIX e XX. Nesse sentido, a interpretao do catlogo Lumire como (parte de) um atlas me permite interrogar a potncia cosmopotica do cinema.RelatoLuiz Carlos Oliveira Junior
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LONGA DURAO, ANLISE (PS-)FLMICA E O TEXTO AINDA INENCONTRVEL: UM ESTUDO DE AS MIL E UMA NOITES (2015) E CANO PARA UM TRISTE MISTRIO (2016) LCIA MONTEIRO (USP)ResumoO presente artigo pretende refletir sobre as estratgias para a anlise flmica a partir do enfrentamento com dois filmes de durao superior a 400 minutos: As mil e uma noites (2015), de Miguel Gomes, e Cano para um triste mistrio (2016), de Lav Diaz. Filmes de longa durao podem deixar o analista que se prope a estud-los em uma posio incmoda, frente a uma srie de problemas. Como encontrar tempo para ver, rever, localizar fotogramas, citar, comparar um filme com os anteriores? Como traduzir, pela descrio textual acompanhada da reproduo de alguns fotogramas, a experincia da durao? Mesmo quando possvel exibir um trecho em um colquio ou inclu-lo no texto, os efeitos de repetio e acumulao que as imagens adquirem ao longo do visionamento completo esvaem-se, atualizando o paradoxo descrito por Bellour (1979). Como o analista pode analisar um e outro filmes?Relatolvaro Brito
QUINTA-FEIRA, 8 DE JUNHOManh | 9h s 12h30 | Sala 3.02 - 3 andar
O EFEITO CORINGA: POTICAS DA DESFIGURAO NO CINEMA E NA ARTE CONTEMPORNEALUIZ CARLOS DE OLIVEIRA JUNIOR (USP)ResumoO artigo parte da anlise de uma cena do filme Batman (1989), de Tim Burton, para definir uma dimenso possvel da imagem no sculo XX, pregnante tanto no cinema quanto nas artes plsticas dos anos 1960 em diante. O fenmeno, a que chamaremos o efeito Coringa, diz respeito a uma potncia figural, a um excesso de energia plstica que leva a imagem desfigurao, entendida aqui no s em seu sentido negativo, de violncia destrutiva, mas, sobretudo, num sentido de fora criativa positiva, que desestabiliza as normas de figurao convencionais para liberar significados, efeitos e potncias de plasticidade recalcados na imagem, e somente visveis mediante operaes de deformao e esgaramento da figura. Como veremos, o efeito Coringa uma propriedade intrnseca da imagem cinematogrfica e atravessa filmes de diferentes perodos, mas pode tambm ser encontrado em obras pictricas e fotogrficas de artistas como Francis Bacon e Cindy Sherman.RelatoVicta de Carvalho
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RITMOS E CORRESPONDNCIAS: A REPRESENTAO VISUAL DA MSICA NOS FILMES DE ROSE LOWDERNINA VELASCO E CRUZ (UFPE) E LUIZA ALVIM (UNIRIO)ResumoEste artigo pretende explorar as relaes entre o cinema experimental, especialmente chamado cinema de flicker, e a msica. Fazemos um breve histrico das diversas experincias que buscam criar uma representao visual da msica at chegarmos ao cinema de vanguarda e ao cinema experimental. Faremos uma anlise mais detida do trabalho de Rose Lowder, cineasta que desde a dcada de 70 produz filmes em 16mm e usa a tcnica do flicker, por se tratar de um corpus pouco explorado e que se relaciona diretamente ao tema.RelatoLcia Monteiro
LIES DAS TREVAS: HERZOG E LOVECRAFT EM TRS DOCUMENTRIOS LCIO REIS FILHO (UAM), JAMER GUTERRES (UAM) E LAURA CNEPA (UAM)ResumoNeste trabalho, propomos uma breve anlise de trs documentrios dirigidos pelo cineasta alemo Werner Herzog: O Homem Urso, 2005; Encontros no Fim do Mundo, 2007; Visita ao Inferno, 2016. Buscamos observar, nessas obras, um possvel dilogo com caractersticas da Mitologia criada pelo escritor estadunidense H.P. Lovecraft (1890-1937), ficcionista e terico da literatura cuja produo tem se mostrado fonte recorrente de anlises culturais e filosficas do mundo contemporneo.RelatoAmaranta Csar
QUINTA-FEIRA, 8 DE JUNHOTarde | 14h s 18h | Sala 3.02 - 3 andar
PASSEIO PELOS RIOS AQUERNTICOS DA HISTRIA: ENSASMO COMO FORMA E PROCEDIMENTO NO CINEMA DE MARKER E NA LITERATURA DE SEBALDLVARO RENAN JOS DE BRITO ALVES (UFPE)ResumoO ensasmo como forma e procedimento constitui o modo privilegiado com que se realiza a obra do cineasta Chris Marker, bem como do escritor W.G. Sebald. A reflexo aqui empreendida aproxima o cinema ensastico de Marker da literatura digressiva de Sebald para entender de que maneira a forma menor do ensaio interpela, questiona e problematiza os modelos tradicionais de construo do saber, apresentando-se como alternativa potente no contexto de crise das representaes e das grandes hermenuticas que marcou boa parte do sculo XX e redefiniu o estatuto das cincias humanas, bem como das prticas artsticas e comunicacionais.RelatoHenrique Codato e Eduardo Oliveira
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SRIES DOCUMENTAIS NA TELEVISO: O TRAVELLING-RASANTE DE AFRICAN POPANDREA FRANA MARTINS (PUC-RIO)ResumoH uma escassez de pesquisa sobre as sries documentais feitas para a TV Manchete na dcada de 1980. O artigo argumenta que h nesses programas um desejo de internacionalizao, de olhar para fora do pas, de renovao da linguagem documental televisiva que assume diferentes estticas e que precisa ser analisado. A chegada da tecnologia do vdeo colabora para transformaes formais da imagem. Para abordar esse tema, analisa a srie African Pop que foi ao ar em 1989.RelatoMarcelo Ribeiro
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Coordenador: Mauricio Ribeiro da Silva (UNIP) Vice-coordenador: Jlio Pinto (PUC-MG)
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ANOREXIA DE ENGAJAMENTO E KIT EROTISMOIEDA TUCHERMAN (UFRJ)ResumoTendo a questo da subjetividade contempornea como contexto, a ideia pensar as rupturas e deslocamentos entre as duas modalidades de amor caractersticas da modernidade, o amor romntico e o amor securitrio, cujas relaes de tempo se do entre a escolha e a promessa, e a nossa atualidade a partir da anorexia do engajamento. A leitura que propomos pretende identificar os indicadores desta mudana e a lgica do consumo porn mame no cinema, na publicidade, na literatura e na autoajuda nos nossos dias.RelatoDiogo Andrade Bornhausen e Norval Baitello Junior
TECENDO MITOS: A ILUSTRAO DE LIVROS COMO FORMA DE TRADUO INTERSEMITICA E RESSIGNIFICAO DO FEMININO GABRIELA REINALDO (UFC) E ALESSANDRA MARINHO BOUTY (UNIFOR)ResumoOs processos de traduo intersemitica so aes que, alm de envolverem trocas sgnicas, tambm dizem respeito s tradues interculturais - a traduo da tradio, como queriam os autores da Escola Tartu-Moscou - e materialidade dos suportes, o que Vilm Flusser (2011) chamou de perfdia do objeto. Nesses processos, imagens endgenas e exgenas (Belting, 2012) retroalimentam a cultura e redimensionam seus contedos. Esse artigo dedica-se a discutir a ilustrao de livros como forma de traduo intersemitica. Nosso objeto, que a traduo do conto A Moa Tecel, de M. Colasanti, pelo Matizes Dumont, nos confirma a vocao ancestral do bordado e da tecelagem como formas de traduo sgnica e de produo potica no sentido mtico de poiesis, o fazer, o instaurar, que, nesse caso, ressignifica as narrativas sobre o feminino. Nos interessa observar os gestos das mos e sua busca na produo de mitos.RelatoIeda Tucherman
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CONHECIMENTO, COMPREENSO E CULTURA: ASPECTOS INTERSUBJETIVOS E EPISTEMOLGICOS DA COMPREENSO COMO MTODODIMAS A. KNSCH (FACASPER), JOSE EUGENIO DE OLIVEIRA MENEZES (FACASPER) E MATEUS YURI PASSOS (FACASPER)ResumoO texto problematiza as relaes entre conhecimento, compreenso e cultura; coteja razes intersubjetivas e epistemolgicas das concepes de compreenso e destaca alguns dos laos entre os estudos da compreenso como mtodo e os da cultura. A partir das crticas de Montaigne, Medina e Morin, entre outros, fragmentao do conhecimento cientfico, mapeia o caminho percorrido por autores que contribuem com a concepo da compreenso como mtodo para ligar, unir, juntar saberes e conhecimentos. Em dilogo com estudiosos de diferentes formaes, como Arendt, Buber, Campbell, Weber, Popper, Latour e Bakhtin, apresenta o dilogo entre as diferentes prticas de conhecimento como forma de se conhecer, comunicar e participar da cultura. E prope que cultura e compreenso sejam entendidas como denominaes do fato de que, como animal simblico, o homem participa da cultura como um macrossistema comunicativo quando abraa compreensivamente prticas cientficas e no cientficas de conhecimento.RelatoBruno Vasconcelos de Almeida
COMUNICAO, CULTURA E VERDADE: DILEMAS E TENSESMRCIO SOUZA GONALVES (UERJ)ResumoO artigo discute, atravs de uma abordagem histrica, o problema da verdade em geral e da verdade no campo da Comunicao em particular. So considerados diversos fatores, tanto epistemolgicos quanto sociais, que concorrem para a construo de diferentes formas de se conceber o que seja a verdade. A questo da relatividade contempornea da verdade analisada criticamente em face de diversas possibilidades de compreenso do que seja o verdadeiro. Sustenta-se, fundamentalmente, a ideia de que a relatividade da verdade no implica no fim do verdadeiro, mas antes em sua existncia segundo novas modalidades, o que vai francamente na contramo do tema atual de ps-verdade.RelatoCarla Baiense Felix
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ECOSOFIA DAS REDES SOCIOTCNICAS E O MISTRIO DE ELENA FERRANTEBRUNO VASCONCELOS DE ALMEIDA (PUC-MG)ResumoEste trabalho investiga efeitos culturais e subjetivos da comunicao em redes sociotcnicas, a partir das ecosofias de Arne Naess e Flix Guattari, com nfase no modo como o conexionismo e a acelerao constante de ritmos existenciais engendram processos de subjetivao caracterizados pelas prticas do instante e pelo desaparecimento de si. Quatro aspectos desse delineamento indicam a centralidade da questo: o desenvolvimento tecnolgico, a relao entre criao e produo, a ligao entre prticas sociais e meios de comunicao e os fluxos de informaes. A individuao psquica, tcnica e transcoletiva de Gilbert Simondon permite aprofundar o exame da questo, escapando de posturas tecnofbicas e tecnoflicas. Entre os efeitos a produzidos, encontram-se casos como o da escritora Elena Ferrante, autora consagrada que mantm anonimato sobre sua identidade. Essa condio poltica paradoxal explicita alguns dos movimentos em jogo na relao estabelecida com as mdias e com a cultura.RelatoFbio Fonseca de Castro e Marina Ramos Neves de Castro
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IMAGENS QUE PAIRAM: A FANTASMAGORIA DAS IMAGENS EM CIRCULAOANA PAULA DA ROSA (UNISINOS)ResumoNa midiatizao se verifica a ascenso das superfcies que, potencializadas pelos protocolos sociossemiotcnicos, acionam memrias e alteram as noes de tempo e de referncia. As imagens so inseridas na circulao miditica tanto por instituies jornalsticas quanto por atores sociais que reelaboram os sentidos, mas preservam a fora de imagens anteriores. Nossa hiptese a de que a circulao configura uma atribuio de valor. O artigo discute a circulao e, especialmente, as reminiscncias da imagem do menino srio Aylan Kurdi. Apesar do tempo transcorrido, a imagem se presentifica em outras fotografias e vdeos de conflitos na regio da Sria. Questiona-se: em que medida a fotografia do menino se instala como uma fantasmagoria? Que relaes so produzidas na circulao entre as figuras? Assim, acionamos a anlise emprica e os conceitos de iconologia dos intervalos e nachleben de Warburg (2013), de corporeidade em Kamper (2016), e dos aportes especficos da midiatizao.RelatoJoo Damsio da Silva Neto
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A MEMRIA MEDITICA: PROJEES E SUJEIES NO AMBIENTE DIGITALDIOGO ANDRADE BORNHAUSEN (PUC-SP) E NORVAL BAITELLO JUNIOR (PUC-SP)ResumoO propsito deste estudo investigar sobre como a memria assimilada e disponibilizada pelos meios digitais. Esta interrogao parte do valor que a memria possui para a cultura e para a comunicao para o como reconhecida na atualidade, projetada por sua totalidade e plenitude. Em razo disso, nota-se que sua presena ultrapassa a funcionalidade tecnolgica cumulativa ao se formar como agenciadora das estratgias dos meios em narrativizar e gerenciar os saberes. Estas ocorrncias, observadas a partir do Google e do Facebook, sero ainda vistas como determinantes para a formao deste ambiente comunicativo, que centra as experincias de memria a partir do automatismo e do excesso, o que ressignifica suas compreenses coletivas e subjetivas, principalmente.RelatoMrcio Souza Gonalves
O ALEMO ERA O CORAO DO MAL: MDIA, GUERRA E PRODUO DE SENTIDOSCARLA BAIENSE FELIX (UFF)ResumoEste artigo condensa reflexes sobre os usos da representao (HALL, 2016) e do imaginrio sociodiscursivo (CHARAUDEAU, 2006) no jornalismo como formas de interveno no presente. A partir da metfora da guerra e da representao do alemo como inimigo na memria coletiva (HALBWACHS, 2006), analisaremos a cobertura e a produo de sentidos sobre a invaso do Complexo do Alemo, pelas foras de segurana, em novembro de 2010. Para compreenso do argumento, selecionamos dois grupos de reportagem: textos dos jornais O Globo e Dirio Carioca, sobre os desdobramentos da Segunda Guerra Mundial, em 1942, e a sequncia de reportagens veiculadas entre os dias 26 e 29 de novembro de 2010, em O Globo. Argumentamos que, a despeito da continuidade da gramtica discursiva que estrutura as matrias sobre favela, desde os anos 1990, a cobertura sobre a invaso do Complexo do Alemo lana mo de novos elementos, criando uma imagem ameaadora da comunidade, comparvel ao nazista na Segunda Guerra.RelatoAna Paula da Rosa
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A MATRIA DA CIDADE ESPRITA EM PALMELO (GO): PERMANNCIAS E TRANSIES SIMBLICAS ENTRE URBE E IDENTIDADE RELIGIOSAJOO DAMSIO DA SILVA NETO (UFG)ResumoEste artigo trata de um caso de comunicao entre os sistemas urbano e religioso na cidade de Palmelo (GO), conhecida como cidade esprita, a nica no mundo que surgiu em torno de um centro esprita. Para responder at que ponto a noo de cidade pode ser vinculada a uma identidade cultural religiosa sem que abandonem seus sistemas simblicos especficos, foram realizadas entrevistas em profundidade, anlise documental e observao participante. A anlise cultural encontrou permanncias em torno da tradio do movimento esprita palmelino e transies simblicas na sociedade, na comunidade e na cultura, compreendidos como trs ambientes de comunicao entre a urbe e a identidade esprita.RelatoGabriela Reinaldo e Alessandra Marinho Bouty
MDIA, INTERSUBJETIVIDADE E QUOTIDIANIDADE: ETNOGRAFIA DAS PRTICAS COMUNICACIONAIS EM UMA FEIRA DE BELMFBIO FONSECA DE CASTRO (UFPA) E MARINA RAMOS NEVES DE CASTRO (UFPA)ResumoO artigo descreve uma pesquisa etnogrfica com apoio da etnometodologia realizada numa feira da cidade de Belm, Par em dois momentos temporais: um com nove meses de durao em 2011-12 e outro com seis meses de durao, em 2015. Observando os processos comunicacionais e culturais presentes nas interaes sociais dessa feira, procura-se descrever as tipificaes (Schutz, 1967) que conforma a intersubjetividade dos sujeitos sociais que a frequentam. Nesse percurso, descreve-se e discute-se essas tipificaes como a forma social (Simmel, 1999; Simmel, 2006) de uma quotidianidade banal (Heidegger, 1976; Heidegger, 1985; Heidegger 1992) e procura-se pensar nessas tipificaes por meio da noo heideggeriana de falatrio (Gerede), entendida enquanto processo comunicacional-cultural afeito banalidade da vida quotidiana.RelatoDimas Antnio Knsch, Jos Eugenio de Oliveira Menezes e Mateus Yuri Passos
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GTComunicao e Cidadania
Coordenador: Mohammed Elhajji (UFRJ) Vice-coordenador: Juciano Lacerda (UFRN)
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PERSPECTIVAS SOBRE A CIDADANIA COMUNICATIVA: UM OLHAR METODOLGICO DESSA INTERFACETHAYS HELENA SILVA TEIXEIRA (UFRN)ResumoO texto busca compreender como o conceito de cidadania comunicativa se estruturou a partir dos debates feitos por meio da interface comunicao e cidadania. No sentido de observar essa estruturao epistemo e metodolgica tomamos como referncia um levantamento bibliomtrico elaborado a partir das produes cientficas debatidas e pulicizadas por meio do GT de Comunicao e Cidadania da Comps dos ltimos cinco anos (2011-2016). A bibliometria, seguida de uma postura metodolgica que toma a pesquisa da pesquisa (BONIN,2006) como base para entender as mtricas, gramticas e lgicas da construo desse conceito para a pesquisa em comunicao. Com essa finalidade, pensa-se uma estrutura metodolgica preliminar para o conceito de cidadania comunicativa e informa continuidade da pesquisa, em que diversos outros textos sero investigados.RelatoFernanda Castilho
POSSIBILIDADES, REALIDADE E DESAFIOS DA COMUNICAO CIDAD NA WEB CICILIA M. KROHLING PERUZZO (UMESP)ResumoEste texto discute a participao social potencializada pelas mdias e redes online. O objetivo refletir sobre a apropriao do ciberespao pelos movimentos sociais populares diferenciando-os das grandes manifestaes pblicas e protestos, alm de atentar para as contraposies sobre o papel das mdias e redes online, bem como para as potencialidades das mesmas na articulao mobilizadora. O estudo parte de pesquisa bibliogrfica para situar brevemente aspectos do debate terico sobre tecnologias e internet para em seguida refletir sobre algumas das prticas sociais efetivadas na relao movimentos populares e ciberespao. Considera-se que a internet ampliou as possibilidades comunicao popular, comunitria e alternativa, que se renova em sua linguagem, formatos, importncia e alcance. O avano tecnolgico incessante evidencia novas facetas do desenvolvimento das tecnologias de informao e comunicao ao propiciar descobertas e apropriaes em mltiplas direes.RelatoSofia Zanforlin
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COMUNICAO ALTERNATIVA A QU? NOTAS SOBRE CONTRA-HEGEMONIA NO CAMPO DA COMUNICAOCTIA GUIMARES (FIOCRUZ) ResumoO trabalho defende a importncia de se inserir a concepo de hegemonia do marxista Antonio Gramsci na discusso e nas prticas de comunicao alternativa. Parte do suposto de que a crtica aos meios de comunicao de massa - e a conseqente construo de alternativas a eles - precisa ultrapassar a denncia que reduz os problemas a um simples processo de manipulao e ir alm da proposta de produzir contrainformao e abrir espao para a pluralidade de vozes. Para isso, apresenta o conceito e suas variantes, tentando situ-lo no contexto da comunicao. Localiza a mdia empresarial como aparelhos privados de hegemonia do capital e defende a construo de instrumentos de comunicao dos trabalhadores, que, mais do que travar uma batalha das ideias, tenham a funo de disputar a contra-hegemonia. Insere, assim, a comunicao na luta de classes, contextualizada nas lutas concretas e necessariamente integrada no que o autor chama de um organismo unitrio de cultura.RelatoMarina Gomes Portela
EFEITOS DE SENTIDO DA AUTORIA NA PESQUISA EM COMUNICAO ALTERNATIVA NO BRASIL FERNANDO FELCIO PACHI FILHO (UNIP) E JOO AUGUSTO MOLIANI (UTFPR)ResumoOs conceitos e definies sobre imprensa, comunicao e jornalismo alternativos integram uma rede de sentidos construda ao longo da histria da pesquisa no campo das cincias da Comunicao no Brasil. Observados em seu conjunto, propem uma narratividade para a pesquisa que pode ser retraada em anlise discursiva. Busca-se compreender como se formam os conceitos e as narrativas na pesquisa acadmica sobre comunicao alternativa com base em levantamento feito na Biblioteca Digital de Teses e Dissertaes do Ibict. A anlise mostra que a ditadura civil-militar (1964/1985) um marco para o estabelecimento dessa narrativa. A centralidade da imprensa alternativa assumida pelos autores que relacionam a crise desse modelo ao fim da ditadura. A continuidade desse imaginrio - ou mesmo prticas posteriores no mbito da imprensa alternativa - so pouco exploradas. Emerge ento o interesse por uma comunicao alternativa de escopo mais amplo, relacionada comunicao popular e comunitria.RelatoRaquel Paiva De Arajo Soares
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UMA QUESTO DE PRINCPIOS: O TEMA DA AUTENTICIDADE NA RADIODIFUSO COMUNITRIAJOO PAULO MALERBA (UFRJ) ResumoUm elemento crtico e que acompanha o desenvolvimento da radiodifuso comunitria a discusso de seus princpios definidores, aglutinada em torno do tema da autenticidade e empreendida pelo Estado, pela academia e pelas prprias rdios e seu movimento organizado. Tendo como base pesquisas bibliogrfica, documental, conceitual e empricas (quantitativa e qualitativa com rdios comunitrias de todo o Brasil), demonstraremos que a tenso da busca pela rdio comunitria autntica tem organizado um conjunto de princpios que, por um lado, orienta e sustenta o projeto tico-poltico desses atores, e, por outro, pode levar a generalizaes excludentes. No centro dessa tenso se encontra a figura conceitual do guardio de princpios, importante vinculador do projeto ticopoltico da rdio e cuja lgica atual de funcionamento demonstra a crise atual de nascimento de uma nova hegemonia de ao poltica que rejeita representatividade em favor da autonomia plena.RelatoAmanda Nogueira De Oliveira
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QUERER AGIR SEMPRE PELO CERTO, NUNCA PELO ERRADO: COMUNICAO, SOCIABILIDADE E CIDADANIA NA FAMLIA OS PODEROSOS E AS PODEROSASAMANDA NOGUEIRA DE OLIVEIRA (UFC) E ALEXANDRE BARBALHO (UECE) ResumoO presente artigo traz dados e reflexes de pesquisa cujo objetivo foi investigar como so tecidos os vnculos sociais e polticos entre jovens integrantes de um grupamento autointitulado famlia Os Poderosos e As Poderosas, por meio da convergncia dos usos do WhatsApp e dos espaos pblicos. A questo era entender como se davam as prticas de sociabilidade e cidads no contexto urbano perifrico onde vivem. A pesquisa baseou-se metodologicamente na etnografia e na netnografia, alm de entrevistas e registros audiovisuais.RelatoThays Helena Silva Teixeira
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UMA NOVA CIDADE HUMANA: CIDADANIA E COMUNICAO CONTRA A BARBRIERAQUEL PAIVA DE ARAJO SOARES (UFRJ) E MARCELO MONTEIRO GABBAY (FIAM-FAAM) ResumoCom o presente texto, pretende-se reunir argumentos e situaes que sustentem a necessidade de reflexo sobre uma nova cidade humana, capaz de fazer ressurgirem as prticas de promoo da cidadania e da comunicao cidad; isto diante de um cenrio de crescente barbrie e conservadorismo, que consideramos sintomtico da falncia do projeto de cidade e impetrado por todo um conjunto de narrativas produzidas na mdia, no Estado e nas instituies.RelatoCtia Guimares
GESTOS QUE FALAM: UM ESTUDO SOBRE A COMUNICAO POR SURDOSMARINA GOMES PORTELA (UFC) E MRCIA VIDAL NUNES (UFC) ResumoEsta pesquisa se prope a compreender as relaes participativas e de vivncias das formas de se comunicar entre os estudantes surdos do Instituto Cearense de Educao de Surdos (Ices), localizado no bairro Aldeota, em Fortaleza, Cear. A partir da etnografia (PEIRANO, 1995), com pesquisa participativa (BRANDO, 1984; 1985) como metodologia, podemos refletir sobre as diversas formas de participao de grupos de alunos durante o perodo de aula e de greve na escola pblica estadual, e compreender a relao deles com o Instituto. O campo ainda proporcionou momentos de interveno, atravs da realizao de oficinas de fotografia bsica, cinema e jornal mural. Este percurso de pesquisa tambm nos fez perceber que a interveno esteve presente desde as primeiras aproximaes com o Instituto dos Surdos. possvel perceber que as metodologias participativas unem esses processos.RelatoCicilia M. Krohling Peruzzo
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MDIA, MIGRAES E CIDADANIA POSSVEL: REFLEXES A PARTIR DA TRAJETRIA DO REFUGIADO SRIO TALAL AL-TINAWISOFIA ZANFORLIN (UCB) E DENISE COGO (ESPM-SP) ResumoO artigo reconstitui a trajetria do refugiado srio Talal Al-Tinawi na cidade de So Paulo para refletir sobre as possibilidades dos migrantes internacionais constiturem espaos de cidadania condicionados pelos enquadramentos impostos s experincias de mobilidade por trs dos pilares que fundamentam o capitalismo global: o controle e criminalizao das migraes; a individualizao do social e um regime de visualidades ancorado na centralidade das mdias. Em termos tericos, articulamos noes conceituais sobre capitalismo, mdia, cidadania e migrao. A metodologia abrange mapeamento e coleta de materiais miditicos digitais e realizao de entrevistas semidirigidas. Os resultados apontam para negociaes, por parte de Tatal A-Tinawi, de espaos de cidadania possvel no marco de narrativas miditicas que articulam elementos relacionados condio de refugiado, ao pertencimento nacional e ao empreendedorismo social para a construo de um imigrante ideal, prximo e no ameaador.RelatoFernando Felcio Pachi Filho
MINAS DE LUTA: CULTURA DO QUARTO VIRTUAL NAS OCUPAES DAS ESCOLAS PBLICAS EM SO PAULOFERNANDA CASTILHO (USP) E RICHARD ROMANCINI (USP) ResumoO objetivo desse trabalho analisar a possvel relao entre engajamento feminista, jovens mulheres e ativismo miditico, por meio da observao do movimento das ocupaes das escolas pblicas de So Paulo em 2015. Essa problemtica possui implicaes particularmente nos campos das polticas pblicas, gnero e mdia, bem como cidadania. Estudos Culturais foi a principal abordagem terica utilizada, especialmente o conceito de cultura do quarto (McROBBIE e GARBER, 2006). O desenho metodolgico do estudo prev uma anlise qualitativa e exploratria, com emprego de grupo de foco. Como resultados, observamos que as jovens consultadas possuem uma conscincia de gnero anterior s ocupaes e seus ativismos digitais, contudo o envolvimento com a causa colaborou para o aumento dessa conscincia, possibilitando o desenvolvimento de uma postura poltica de confronto frente opresso e da dominao, sobretudo para adolescentes que no tinham contato com o feminismo fora dos seus quartos.RelatoJoo Paulo Malerba
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ComunicaoCoordenadora: Claudia Pereira (PUC-RIO)
Vice-coordenadora: Fernanda Martinelli (UnB)
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PUBLICIDADE: TRANSMISSORA DE VALORES POLTICOS E SOCIOCULTURAISMARA LPEZ VILAR (UNIVERSIDAD DE MURCIA) E ROGRIO COVALESKI (UFPE)ResumoEste artigo se prope a refletir sobre o posicionamento de marcas que, em seu discurso publicitrio, promovem a transmisso de valores polticos e socioculturais. Tendo em vista as intensas repercusses dos discursos segregacionistas e preconceituosos do recm-empossado presidente estadunidense Donald Trump, marcas sobretudo mexicanas , pronunciaram-se contrariamente poltica migratria do mandatrio republicano, e passaram a difundir narrativas publicitrias que claramente afrontam as propostas divulgadas por Trump na rede social Twitter, e repercutidas por toda a impressa internacional. A partir de reviso bibliogrfica, o estudo prope refletir sobre questes relacionadas s marcas: quando atuam como signo cultural, em sua dimenso comunicativa e como signo democrtico, para, por fim, analisar a campanha Desfronterzate, da cerveja mexicana Corona. Com o posicionamento que assumiu e em consequncia do engajamento conseguido junto opinio pblica, a pesquisa aponta para a conquista de valores identitrios para a marca Corona.RelatoMonica Machado, Patrcia Ceclia Burrowes e Lucimara Rett
PARA LER A PUBLICIDADE EXPANDIDA: EM FAVOR DA LITERACIA MIDITICA PARA ANLISE DOS DISCURSOS DAS MARCAS MONICA MACHADO (UFRJ), PATRCIA CECLIA BURROWES (UFRJ) E LUCIMARA RETT (UFRJ)ResumoOs modos de enunciao e circulao de mensagens do discurso publicitrio nas culturas transmiditicas, compartilhadas e interativas, nos fazem refletir nos seus novos formatos e na ampliao de suas possveis leituras. Da o surgimento de um novo lxico, branding, lovemarks, clusters, pontos de contato, e o simultneo desenvolvimento de conceitos como Hiperpublicidade, Publicidade Hbrida, Ciberpublicidade, Publicidade Pervasiva e Publicidade Expandida. A partir desse ltimo, o artigo prope um modelo para anlise terica-metodolgica da publicidade, embasando-se nas reflexes de planos de leitura de Stuart Hall (1997) e de literacia publicitria ou leitura crtica da publicidade de Nando Malmelin (2010). O objetivo favorecer a leitura contra hegemnica das mensagens e campanhas publicitrias. Acredita-se que a mudana de perfil da recepo, que pode se tornar mais crtica, venha a promover, a mdio ou longo prazo, o desenvolvimento de novas propostas do fazer publicitrio.RelatoMara Lpez Vilar e Rogrio Covaleski
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UM BRINDE A DIDEROTMARINA FRID (PUC-RIO) E WILLIAM CORBO (PUC-RIO)ResumoEste artigo pretende analisar publicidades de cerveja como sistemas de classificao que aproximam e distanciam bens e pessoas, delimitam espaos sociais e produzem significados. Para tanto, examina os anncios de duas marcas com perspectivas distintas: a Antarctica e a Heineken. Com atuao no mercado nacional, sobretudo no Rio de Janeiro, a Antarctica se apropria de elementos da cultura brasileira e do imaginrio carioca para dialogar com um pblico local. Por outro lado, a Heineken apresenta um universo impessoal e cosmopolita para circular em diferentes mercados e atingir um pblico global. O estudo comparativo desses dois casos demostra como a publicidade constri representaes do consumo de cerveja atravs de vinculaes da bebida com certos temas, espaos, experincias, objetos, isto , unidades Diderot.RelatoGoiamrico Felcio, Aliana Aires e Tnia Hoff
JOVENS DO BRASIL PROFUNDO: EXPLORAES SOBRE USOS TECNOLGICOS E CONSUMO MIDITICO EM TAVARES (RS) NILDA JACKS (UFGS), MARINGELA M. TOALDO (UFRGS), FERNANDA CHOCRON MIRANDA (UFRGS) E MARIA CLARA SIDOU MONTEIRO (UFGS)ResumoNeste artigo so apresentados resultados parciais da primeira explorao etnogrfica realizada no municpio de Tavares/ RS, em outubro de 2016. A inteno foi conhecer as prticas relativas ao consumo miditico e uso de plataformas digitais por jovens de 18 a 24 anos, moradores das zonas urbana, rural e litornea do municpio. Como procedimentos metodolgicos, valemo-nos de dados histricos, geogrficos e socioeconmicos; observao e descrio dos ambientes de vivncia dos jovens; entrevistas abertas com eles e com outros informantes. Entre as principais informaes sobre as prticas juvenis, at o momento, verificamos o uso intensivo de tecnologias digitais que se configuram como elementos-chave no estabelecimento dos relacionamentos entre os jovens, no mbito do lazer e do trabalho, em todos os cenrios observados, configurando novos sentidos ao ser jovem no contemporneo.RelatoMarina Frid e William Corbo
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CORPO, MDIA E CONSUMO: A MODA PLUS SIZE COMO ESTRATGIA BIOPOLTICAGOIAMRICO FELCIO (UFG), ALIANA AIRES (ESPM-SP) E TNIA HOFF (ESPM-SP)ResumoConsiderando o recente e significativo aumento de manifestaes miditicas voltadas para a aceitao de estticas corporais que fogem do padro hegemnico vigente o corpo jovem, magro e saudvel , legitimado especialmente pela indstria da moda e da beleza, abordamos, neste artigo, a estetizao do corpo obeso por mensagens publicitrias, de blog e sites de ativismo digital, refletindo sobre as estratgias biopolticas engendradas nos ordenamentos do consumo. Entendemos que a intensificao do fenmeno do consumo, bem como o desenvolvimento do capitalismo, expresso nos ideais neoliberais e na estetizao, consistem em campo frtil para se investigar como o corpo e a vida tornaram-se protagonistas nos agenciamentos contemporneos. Partimos do entendimento do que significa biopoltica na contemporaneidade, problematizamos o investimento sobre o corpo, com base nas reflexes de Rabinow e Rose (2006), Aidar Prado (2013), Peter Pl Pelbart (2011) e na perspectiva de um consumo transesttico da leveza por Lipovetsky (2015,2016).RelatoNilda Jacks, Maringela M. Toaldo, Fernanda Chocron Miranda e Maria Clara Sidou Monteiro
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RIO, CIDADE-MOSAICO: OLIMPADAS E CONSUMO NAS NARRATIVAS DA MDIA INGLESAANA TERESA GOTARDO (UERJ), RICARDO FERREIRA FREITAS (UERJ) E ROBERTO VILELA ELIAS (UERJ)ResumoNeste artigo, elegemos trs produtos miditicos ingleses para tentarmos entender que atributos da marca RIO foram ressaltados pela imprensa internacional durante os Jogos Olmpicos de 2016, com especial ateno violncia, ao baixo nmero de espectadores e plasticidade da cidade. Escolhemos um programa de rdio, um vdeo feito para a televiso e uma matria de jornalismo impresso. Diferentes pesquisadores, como Canclini (1995), Featherstone (1995) e Lipovetsky (2006), convergem na definio do consumo como um processo plural, instvel e complexo, que se dinamiza nas metrpoles e aquiesce distintos processos comunicacionais no cotidiano. Neste trabalho, interessa-nos a discusso sobre o consumo das (e nas) cidades, em uma perspectiva empresarial contempornea que as vislumbram como mercadoria.Relatongela Cristina Trevisan Felippi, Ana Carolina D. Escosteguy, Vinicios Gonchoroski de Oliveira e Yhevelin Serrano Guerin
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CONSUMO MIDITICO: YOUTUBERS E SUAS MILHES DE VISUALIZAES. COMO EXPLICAR?CLOTILDE PEREZ (USP) E ENEUS TRINDADE (USP)ResumoEste texto busca, a partir da definio de consumo miditico e de agenciamento midiatizador de celebridades youtubers, apresentar um caminho terico-metodolgico que traz a dimenso de agenciamento no campo miditico para compreenso do papel desses influenciadores no mbito do pblico jovem. Para tanto foram selecionados 10 dos principais youtubers no Brasil, sendo a anlise exemplar mais profunda feita com dois youtubers a partir de suas cinco produes mais visualizadas. Os resultados deste estudo exploratrio operacionalizado por metodologia de natureza antropossemitica revela dimenses subjetivas do habitus manifestado por estas celebridades com potencialidades empticas subjetividade do pblico jovem que merecem a ateno da pesquisa crtica no campo da comunicao e consumo, sobretudo, no que se referem s lgicas possveis de serem institudas a partir das prticas miditicas desses sujeitos.RelatoAna Teresa Gotardo, Ricardo Freitas e Roberto Elias
OS USOS DO CELULAR NO RURAL BRASILEIRO CONTEMPORNEO: JOVENS E NOVAS FORMAS DE SOCIABILIDADENGELA CRISTINA TREVISAN FELIPPI (UNISC), ANA CAROLINA D. ESCOSTEGUY (PUC-RS), VINICIOS GONCHOROSKI DE OLIVEIRA (UNISC) E YHEVELIN SERRANO GUERIN (UNISC)ResumoO artigo origina-se de pesquisa que investiga o consumo de tecnologias de informao e comunicao (TICs) entre famlias rurais. Mais especificamente, investiga os sujeitos nas suas relaes tanto com a mdia tradicional jornal e revistas, rdio e televiso , quanto nova mdia o telefone celular, o computador e internet, num contexto de novas ruralidades. O recorte proposto aqui est limitado, sobretudo, aos usos do celular entre jovens rurais. So investigados dez jovens, de 14 e 25 anos, moradores de um mesmo municpio, Vale do Sol, pertencente microrregio de Santa Cruz do Sul (RS), que apresentam diversidade de ocupaes profissionais e de usos do celular, com certa homogeneidade nas prticas e nas significaes dessa mdia enquanto grupo, com destaque para o estabelecimento de novas formas de sociabilidade mediadas por essa tecnologia.RelatoClotilde Perez e Eneus Trindade
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ESTA NOITE ENCARNAREI NO TEU OBJETO: A (DES)POSSESSO COMO MSTICA E LGICA CAPITALISTAROSE DE MELO ROCHA (ESPM-SP)ResumoO artigo, estruturado em dois plats reflexivos, aborda as relaes entre comunicao e consumo a partir de uma nomenclatura e de uma perspectiva pouco usuais. De um ponto de vista epistemolgico, sugere o marcador da impureza e da bastardia. Em termos metdicos, apresenta a possesso como chave de anlise.RelatoTaya Carneiro Silva de Queiroz
ALGUNS ASPECTOS DOS USOS DA MODA NA COMUNICAO DA IDENTIDADE DE GNERO DE TRAVESTIS E MULHERES TRANSEXUAISTAYA CARNEIRO SILVA DE QUEIROZ (UNB)ResumoEsta pesquisa objetiva entender como travestis e mulheres transexuais usam a moda para comunicar sua identidade de gnero. Adota-se uma perspectiva que olha para ambos gnero e moda como construtos histrico-culturais e polticos que so estrutura e estruturante, estabelecendo normatividades baseadas em discursos hegemnicos. Analisamos como os significados simblicos intrnsecos a indumentria chegam a proporcionar uma comunicao de identidades de gnero. O que se mostra central nesse processo de comunicao a tentativa de construo de uma verdade do sexo, e a forma como corpo, indumentria e prticas se relacionam e se significam. Apresento ainda o conceito de montao para descrever a relao existente entre os usos da moda e a construo do corpo. Esse conceito pressupe tambm encarar a vestimenta como uma tecnologia de transformao corporal que tem um carter cotidiano e repetitivo.RelatoRose de Melo Rocha
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Experincia EstticaCoordenador: Jorge Cardoso Filho (UFBA)
Vice-coordenador: Jos Benjamim Picado Sousa e Silva (UFF)
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ESTTICAS DA CONDIO HUMANATHALES LELO (UNICAMP)ResumoOs debates crticos em torno da distribuio circunstancial e assimtrica da humanidade so o ponto de partida deste ensaio, que reivindica explorar uma dimenso esttica pertinente discusso. Prope-se que quando seres normativamente confinados a formas de existncia apreciadas como menos que humanas delineiam uma luta por emancipao, no em primeira instncia um reconhecimento de valor moral denegado aquilo que anseiam (j que a violao sofrida opera em domnios que antecedem a prpria moralidade), mas sim uma reconfigurao dos regimes de sensibilidade que possibilite que suas vidas sejam percebidas como humanamente cognoscveis.RelatoIvana Bentes
O PENSAMENTO POR IMAGENS: A AURORA DAS EXPERINCIAS ESTTICAS DO HOMO SAPIENSEDUARDO DUARTE (UFPE)ResumoA imagem um sistema de comunicao e produo de conhecimento desde de tempos remotos da histria de nossa espcie. Ela possui uma dinmica prpria que opera no com significados diretos, mas com sistemas de sentidos ambguos que assumem sentido nos contextos em que so usados. A dinmica do pensamento por imagens revela uma dimenso pluridimensional e afetiva de sentidos, uma experincia sensvel e cognitiva anterior a linguagem escrita. O desenvolvimento de tais ideias foram construdas a partir da observao do filme A Caverna dos Sonhos Esquecidos, no qual pinturas rupestres revelam a fora da construo do conhecimento por experincia esttica direta com imagens.RelatoMaurcio Lissovsky
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ELEMENTOS PARA A CONSTRUO DE UMA COMUNICOLOGIA. DE COMO MELHOR COMPREENDER A COMUNICAO CONSIDERANDO-A COMO EVENTO ESTTICOCIRO MARCONDES FILHO (USP)ResumoAo estudar a experincia esttica, Gilles Deleuze e Flix Guattari acreditam que perceptos, afectos e sensaes existem, mesmo na ausncia de um ser fruidor. discutvel. De qualquer forma, correta a crtica deles afirmao de que nossa conscincia que d significado ao mundo; no, somos habitados pelo Uno-todo, algo prximo carne do mundo, de Merleau-Ponty. Acreditamos que haja, entre fruidor e obra, uma ao recproca, sendo o fruidor tambm criador, especialmente em seu distanciamento nas pausas, nos silncios, nos vazios. Ambos se misturam criando um campo de contgio, sem que um se dilua no outro. o devir. Um artista, ao produzir uma obra, transita por vrios nveis, sintetizando-os, dotando a obra de uma potncia vital, que os autores franceses chamam de ritmo, isto , aquilo que nos fora a pensar. A comunicologia trabalha com isso, busca apreender os processos que ocorrem em nossa mente diante do choque do inusitado. Ela captura o devir, descreve o Acontecimento comunicacional, fundando, com isso, um saber denso e rigoroso na rea.RelatoEduardo Duarte
VIDA E MORTE DE EX MISS FEBEM: BIOPOLTICA FEMINISTA E ESTTICAS SUBVERSIVASIVANA BENTES (UFRJ)ResumoAs questes polticas e estticas que emergem da prtica ativista feminista, expressa no estudo de caso que vamos analisar: as imagens/fotografias/memes postados no perfil Instagram da personagem/performer Ex Miss Febem, criada pela artista e ativista Aleta Valente. As noes de Beatriz Preciado de tecnologias do gnero e contra-sexualidade na construo de um ps-feminismo.RelatoRenata Pitombo
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CRTICA DE MODA E EXPERINCIA ESTTICARENATA PITOMBO (UFRB)ResumoTendo em vista as mltiplas possibilidades expressivas da atualidade, o presente artigo procura compreender o lugar da crtica, levando em conta seu papel na experincia esttica. Mais que exerccio polmico de confrontao de ideias, entendemos a crtica como meio para a disseminao de sentidos e possveis esclarecimentos dos julgamentos de valor com que aquelas expresses contemporneas, incluindo a o campo da moda, se deparam. Para tanto, vamos, inicialmente, observar o surgimento da crtica, enquanto atividade profissional, e situ-la no campo do jornalismo cultural. Na sequncia, procuraremos estabelecer uma correlao entre a crtica de arte e a crtica de moda, observando as especificidades de cada campo de atuao, considerando, para isso, a contribuio de diversos autores.RelatoLaan Mendes de Barros
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A ESTTICA QUE VEMCESAR GUIMARES (UFMG)ResumoResumo: Este artigo aborda a experincia esttica em dois contextos distintos: uma oficina de fotografia junto s mulheres do povo Tikmn (ndios Maxakali da Aldeia Verde, Minas Gerais) e o processo de criao do escultor Jos Bezerra, do Vale do Catimbau, Pernambuco. Numa e noutro, a dimenso sensvel da experincia atravessada e constituda pelas foras sociais e cosmolgicas.RelatoIcaro Vidal e Fernanda Bruno
SIGNO, MEDIALIDADE E SOBREVIVNCIA: DO GESTO PERDIDO AO GESTO PROMETIDOICARO FERRAZ BERGAMO (UFRJ) E FERNANDA BRUNO (UFRJ)ResumoO presente artigo aborda a recente proliferao de cmeras inteligentes e de dispositivos eletrnicos dotados de sensores visuais de reconhecimento de gestos. A partir das perspectivas sobre o gesto de Clifford Geertz (o gesto como signo), Giorgio Agamben (o gesto como meio) e Georges Didi-Huberman (o gesto como sintoma, a partir de Aby Warburg), problematizase a concepo de gesto subjacente ao desenvolvimento de tais dispositivos pticos. Assim, abrimos caminho para uma anlise das repercusses estticas e tecnopolticas que esta captura tecnolgica dos gestos pode apresentar.RelatoVictor Cruzeiro
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FOTOGRAFIA E ANTROPOGNESE: O MELHOR AMIGO DO HOMEMMAURICIO LISSOVSKY (UFRJ)ResumoObservando as formulaes assumidas pela distino humano/animal ao longo da histria da filosofia, Giorgio Agamben concluiu que qualquer conceito de humanidade deveria tanto excluir como incluir a natureza animal. Denominou esse dispositivo metafsico de mquina antropolgica, o processo histrico que produz separaes e reconciliaes entre humanidade e animalidade. No interior dessa mquina haveria uma zona de indeterminao onde possvel perceber a tenso entre gente e bicho, onde o movimento de separao suspenso e a mquina exibe sua engrenagem capenga. Seria possvel flagrar esse momento? Seria possvel visitar esse lugar? A premissa dessa pesquisa que a cmera fotogrfica, como mquina antropolgica, tem seu papel antropognico particularmente visvel quando os seres humanos so fotografados com ces. Valendo-se de obras como os pintores Velasquez e Rembrandt e fotgrafos como Robert Capa e William Wegman o presente ensaio visa justificar essa premissa.RelatoThales Lelo
QUINTA-FEIRA, 8 DE JUNHOTarde | 14h s 18h | Sala 3.06 - 3 andar
A LETRA DE FRIDA: FORMAS DO PATHOS NA CALIGRAFIA DE FRIDA KAHLOVICTOR CRUZEIRO (UNB)ResumoEste trabalho avalia se e em que medida novas formas de engajamento social e poltico no ambiente das mdias digitais, como os vomitaos sries de ciberprotestos contra o impeachment ocorridos em 2016 , dialogam com os problemas tradicionais da ao coletiva. Levantamos como hipteses de pesquisa que estes protestos no apenas se constituiriam como aes coletivas, mas possuem dinmicas prprias, trazem oportunidades de letramento poltico aos envolvidos e dificultam a represso estatal. Para desenvolver estas hipteses, combinamos dados obtidos atravs de monitoramento das aes do grupo e das estatsticas de acesso pgina a entrevistas com as lideranas do Vomitao.RelatoCiro Marcondes Filho
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O GIRO LDICO NA EXPERINCIA ESTTICA AUDIOVISUAL MUSICALLAAN MENDES DE BARROS (UNESP)ResumoA dimenso ldica da experincia esttica interacional e seus desdobramentos no contexto da interconexo digital contempornea. Transformaes na esttica do audiovisual e articulaes entre o universo do documentrio e do videoclipe musical. Os giros subjetivo, reflexivo, emocional, imaginrio e onrico no documentrio expandido. A percepo de um novo giro, de natureza ldica, no universo do audiovisual. Interatividade e interao na produo e percepo esttica de audiovisuais musicais difundidos na Web. Videoclipes expandidos como experincia sensvel e interacional, compartilhada e intercultural no contexto da convergncia miditica e da sociedade em rede. Transposio de narrativas, interdiscursividade, hibridao de linguagens e narrativas transmdia.RelatoCsar Guimares
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Coordenador: Marcio Serelle (PUC-MG) Vice-coordenadora: Rosana Lima Soares (USP)
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FICO E RESISTNCIA NA CULTURA DE ARQUIVOVERA LCIA FOLLAIN DE FIGUEIREDO (PUC-RIO)Resumo notrio o protagonismo que tm assumido, na cena cultural contempornea, as diversas formas de documentalismo, que, no entanto, no deixam de lanar mo de procedimentos caractersticos das narrativas ficcionais. Ao mesmo tempo, os bancos de dados vm ocupando um territrio cada vez mais significativo, disputando espao com as narrativas no que diz respeito maneira de estruturar nossa experincia do mundo. Diante deste quadro, o artigo indaga qual o lugar assumido pela fico que se prope como lugar de resistncia, discutindo, a partir de obras selecionadas, a relao entre cotidiano e histria na representao das tenses sociais.RelatoFbio Raddi Ucha
AUTENTICIDADE, PRESENA E FABULAO NA ILUSTRAO DOCUMENTALFELIPE DE CASTRO MUANIS (UFF)ResumoPor meio da anlise do trabalho dos ilustradores George Cruikshank e Constantin Guys, o presente artigo pretende discutir a tradio da ilustrao documental nos sculos XVIII e XIX. Tais autores j ensaiavam, em suas prticas, caractersticas que se tornariam caras e comuns nos tensionamentos de discursos documentais contemporneos, seja no cinema, seja na televiso, mas especialmente nas histrias em quadrinhos, como a questo da presena, da fabulao e da autenticidade. Autores como Charles Baudelaire, Nina Mickwitz e Ferno Ramos sero trabalhados.RelatoGislene Silva
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NARRATIVAS DO TRAUMA NO DOCUMENTRIO BRASILEIROGUSTAVO SOUZA (UNIP)ResumoAtos dos homens (Kiko Goifman, 2006) um documentrio que trata da vida na Baixada Fluminense, especialmente nas cidades de Nova Iguau e Queimados, aps uma chacina encabeada por policiais militares que resultou na morte de 29 pessoas. Por meio desse filme, este trabalho quer debater as composies de narrativas do trauma no documentrio brasileiro, concentrando-se na anlise de testemunhos e depoimentos fornecidos pela ral brasileira (SOUZA, 2009). O texto est dividido em duas partes: a primeira se volta para o papel da narrativa na discusso sobre o cinema documental e para o conceito de trauma apontado pelo corpus. Num segundo momento, identifica e discute os subsdios para constituio dessa narrativa, em que se sobressai a reviso da noo de vtima, as lacunas do testemunho e a formao de uma memria.RelatoVera Lcia Follain de Figueiredo
RASTROS, CUPINS E CNCER: TENSES URBANAS NA ERA DE AQUARIUS. ECOS MIDITICOS DE PROCESSOS DE GENTRIFICAORENATO CORDEIRO GOMES (PUC-RIO) E TATIANA SICILIANO (PUC-RIO)ResumoOs filmes de Klber Mendona Filho, especialmente Aquarius (2016), propiciam uma reflexo sobre as representaes da metrpole contempornea e as suas implicaes polticas, ticas e culturais. Que perguntas as pelculas e os espectadores se fazem sobre o fenmeno contemporneo? O direito cidade (Lefebvre e Harvey) discutido a partir do imperativo do progresso, fundado no binmio demolio/construo e no apagamento da memria, combinado aos processos de gentrificao.. A ao de resistncia da protagonista pode associar-se s categorias rastro (Benjamin) e sobrevivncia da Imagem (Didi-Huberman). O trabalho pe em pauta a legibilidade da cidade contempornea, alegorizada nas imagens do cncer e dos cupins, colocando em cena o princpio de corroso: a doena do corpo humano e a do corpo urbano, cujo locus a metrpole.RelatoMaria Cristina Palma Mungioli e Anderson Lopes da Silva
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O MENINO E O MUNDO (2013) DE AL ABREU: CAMPO-CIDADE, ESTILO INDIRETO LIVRE E O DIREITO CIDADEFBIO RADDI UCHA (UTP)ResumoO objetivo deste artigo analisar a animao em longa-metragem O menino e o mundo (2013), de Al Abreu, levando-se em conta aspectos temticos, narrativos e interpretativos. Trata-se respectivamente de: a) questionar as particularidades quanto representao das relaes entre campo e cidade (BERNARDET, 1980); b) identificar uma estrutura narrativa com momentos ldicos, de ecloso do estilo indireto livre (PASOLINI, 1989), onde os regimes de enunciao sofrem modificaes; c) examinar o gesto artstico de O menino e o mundo, com seus vestgios de utopia transformadora, no sem ambiguidades, inserindo-o no contexto das jornadas de 2013, entre outros discursos acerca do direito cidade (HARVEY, 2013; LEFEBVRE, 1999).RelatoRenato Cordeiro Gomes e Tatiana Siciliano
QUINTA-FEIRA, 8 DE JUNHOManh | 9h s 12h30 | Sala 3.07 - 3 andar
CONFRONTO DE TROPICALISMOS E INTERMIDIALIDADE NO CINEMA DE PERNAMBUCOSAMUEL PAIVA (UFSCAR)ResumoO cinema produzido em Pernambuco, nos anos 1990, estava atravessado por referncias relacionadas a distintas noes de Tropicalismo. A ideia investigar como, de um lado, esse cinema confronta concepes do Lusotropicalismo de Gilberto Freyre, que por sua vez repercutiu na perspectiva do Movimento Armorial proposto por Ariano Suassuna nos anos 1970. Por outro, h o interesse no Tropicalismo lanado, nos anos 1960, por artistas da Tropiclia. Tais noes de Tropicalismo esto em confronto quando ocorre, nos anos 1990, a retomada do cinema pernambucano em consonncia com a ecloso do movimento Manguebeat. A hiptese que, nesse confronto, a Intermidialidade se constitui como um mtodo capaz de relacionar criticamente a relao do cinema com outras mdias e com a Histria. Nesse sentido, o curta metragem Maracatu, maracatus (Marcelo Gomes, 1995) ser tomado como um dos objetos de estudo, entre outras produes de filmes e discos do referido perodo.RelatoGustavo Souza
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A CARNAVALIZAO E O GROTESCO NA MINISSRIE AMORTEAMO: UMA ANLISE LUZ DA PRODUO DE SENTIDO EM BAKHTIN MARIA CRISTINA PALMA MUNGIOLI (USP) E ANDERSON LOPES DA SILVA (USP)ResumoEste artigo, como parte dos questionamentos de uma tese ainda em construo, apresenta um exerccio de anlise da minissrie brasileira Amorteamo (2015, Rede Globo) luz da produo de sentido em Bakhtin. De forma mais especfica, o objetivo compreender como a cosmoviso carnavalesca e o grotesco a perpassam toda a minissrie desde os crditos de abertura construo de personagens e sequncias cnicas. Tambm fazem parte das discusses os elementos de glocalizao em termos de esttica e plot da minissrie. As consideraes finais apontam para as possibilidades abertas por esse tipo de anlise em termos de fico televisiva.RelatoJos Maria Mendes
A PRESENA FANTASMTICA DO SAMBA: HERANA E ASSOMBRAMENTO NO POP-ROCK BRASILEIRO DOS ANOS 1990CLUDIO CORAO (UFOP) E SAULO RIOS (UFOP)ResumoNeste artigo investigamos a reiterao do samba e de seus emblemas na potica do pop-rock brasileiro durante a dcada de 1990. O embate entre tradio e modernidade emerge como condicionante de uma narrativa que se ancora no samba para dar conta de questes inerentes ao contexto social, cultural e poltico daquela poca. Dessa forma, tomando de emprstimo categorias delineadas por Jacques Derrida (1994), identificamos o samba a partir da perspectiva de uma presena fantasmtica que deixou heranas no processo de modernizao da msica brasileira, assombrando a produo de artistas distintos. Samba do lado (1996) de Chico Science e Nao Zumbi, Mistrio do samba (2000) de Mundo Livre S.A. e Samba da caixa preta de Lobo (1998) so reveladoras desse quadro.RelatoSamuel Paiva
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A CRTICA ACADMICA DE COBERTURAS JORNALSTICAS EM REVISTAS CIENTFICAS ESPANHOLASGISLENE SILVA (UFSC)ResumoEste trabalho investiga graus e procedimentos de crtica de coberturas jornalsticas em cinco revistas da rea de Comunicao na Espanha (Latina, Estudios sobre el Mensaje Periodstico, Zer, Anlisi e mbitos). Como objeto emprico, os artigos do perodo de 2011 a 2015, observando: temas das notcias; mdia; anos das coberturas; gneros jornalsticos; mtodos de anlise; perspectivas de anlises; e grau de criticidade. Buscou-se como objetivo geral responder pergunta o que e como criticam os que criticam?. Os resultados deste estudo revelam que os autores criticam a cobertura noticiosa (a) pelas aes do jornalismo como ator poltico envolvido em jogos partidrios, interesses econmicos e poderes hegemnicos; (b) pelos enquadramentos adotados em sua ao de formao da opinio pblica, no trabalhando contra preconceitos, esteretipos, discriminao e desigualdade, mas sim para a manuteno do status quo; (c) e, ainda, por seus silncios e omisses frente ao poder hegemnico.RelatoCludio Corao e Saulo Rios
ENTRE DINMICAS DE MERCADO E IDENTITRIAS: OS YOUTUBERS E A CONTROVRSIA PUBLICITRIA DO BOTICRIO JOS MARIA MENDES (UFPE)ResumoO presente artigo pretende discutir o papel dos youtubers na repercusso do contedo publicitrio polmico, a partir da anlise de um corpus de 75 vdeos postados logo aps a veiculao da publicidade Casais dO Boticrio, em maio de 2015. Ao representar um abrao gay nessa pea, a empresa gerou vozes dissonantes e consonantes, as quais, a partir desta controvrsia, se faziam representar e, ao mesmo tempo, passavam a diante a ao publicitria. Ficou evidente que os youtubers desempenharam, ento, posio hbrida: tanto agentes miditicos espontneos da empresa, quanto, atravs da proximidade construda com seus espectadores pelos depoimentos postados, agentes de seu prprio fazer miditico. Uma entrada na discusso por convico ou pelo efeito ressonante que receberiam, o que reflete, assim, no apenas o contexto miditico em que sua posio de influenciador os coloca, de busca por audincia e popularidade, mas tambm o modo como as identidades se constroem atravs de trocas simblicas, revelando padres e dinmicas, tanto resultantes lgicas de mercado, quanto de disputas identitrias da sociedade que estamos a construir.RelatoFelipe de Castro Muanis
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Coordenador: Bruno Roberto Campanella (UFF) Vice-coordenador: Vander Casaqui (ESPM)
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JORNALISMO E NOTICIABILIDADE: QUEM CONSTROI OS VALORES-NOTCIA?VERA REGINA VEIGA FRANA (UFMG) E MARIA TEREZINHA DA SILVA (UFSC/UFMG) ResumoO artigo prope discutir a problemtica dos valores-notcia e da noticiabilidade jornalstica no quadro mais amplo dos valores sociais, das relaes de poder e do pano de fundo cultural que estruturam uma sociedade. Partimos de uma concepo do jornalismo como atividade comunicacional que se distingue por trs eixos: 1) a relao com o real; 2) a natureza do seu produto - a informao; 3) a sua ancoragem no interesse pblico. Situamos as noes de noticiabilidade e de valores noticia na articulao desses trs aspectos. Propomos discutir tais conceitos a partir do seu vnculo no campo da vida e dos valores sociais. Ao final, buscamos explorar tais questes empiricamente atravs de um exerccio analtico da cobertura da Operao Lava Jato pela revista Veja.RelatoEverardo Rocha e Lgia Lana
O AFASTAMENTO DE DILMA ROUSSEF: AFETOS E DISCURSOS EM DISPUTA NA POLTICA JOS LUIZ AIDAR PRADO (PUC-SP) E VINICIUS PRATES (UNIP/UPM)ResumoEste texto examina os sentidos produzidos no Facebook por dois articuladores (Frente Brasil Popular e Vem pra Rua) entre os vrios movimentos a favor ou contra o afastamento da presidente Dilma Roussef, em abril de 2016. A anlise feita a partir da teoria do discurso de Laclau e da semitica tensiva de Zilberberg e Fontanille. As questes de pesquisa so: quais foram os contratos de comunicao e os temas construdos pelos enunciadores situados em lados opostos do espectro poltico? Quais so as oposies semnticas fundamentais? Que discursos polticos atravessam essas convocaes? Quais foram os pontos nodais desses discursos? Como se constri em cada caso a figura do povo? Que afetos um e outro movimento pe em cena? Em termos de uma teoria do acontecimento como se posicionam um e outro grupo? Em termos tensivos, como entender esses movimentos a partir de uma semitica da triagem e da mistura? Finalmente, como pensar a construo da democracia a partir dessa polarizao?RelatoVera Regina Veiga Frana e Maria Terezinha da Silva
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NUMA ENCRUZILHADA, DOIS CAMPOS: A LGRIMA E A LUTA NAS EX-PERINCIAS SAGRADAS DO ROSRIO E DO NHEMBOLUCIANA DE OLIVEIRA (UFMG) E BRBARA REGINA ALTIVO (UFMG) ResumoDuas experincias de pesquisa, duas formas de relao com uma mesma semente, animam o argumento policntrico presente neste artigo: como formas de vida, experienciadas na fronteira com o regime de visibilidade ocidental e, de diversas maneiras violentamente exterminadas por ele, lanam mo de delicadas estratgias, muito mais afins ao labor de constituio de seus mundos e saberes cosmolgicos, como forma de proteo e afirmao?A semente lgrima de Nossa Senhora, conta de lgrima, mboy em lngua guarani, usada tanto nos rosrios que se tranam sobre os corpos negros nos Reinados (forma de afirmao religiosa de matriz africana no Brasil), quanto nos jeasaha sobre os corpos indgenas dos rezadores Kaiowa (nas experincias xamnicas deste povo no Mato Grosso do Sul) marca da comunicao com os antepassados, com entidades sagradas que guiam e protegem bem como com elementos que nossa filosofia chama de naturais. exatamente nessa encruzilhada de mundos que tais formas de vida reinscrevem natural e social em agenciamentos decolonias, como tambm apontam para outros efeitos de pensamento acerca do relacional na comunicao no qual a diferena epistmica um marcador de processos de subjetivao poltica.RelatoPaulo Vaz e Amanda Santos
BORA PRA ACTION: ANLISE SOBRE O DISCURSO DO EMPREENDEDOR DE ALTA PERFORMANCE E O SELF QUANTIFICADO FRANCISCO TRENTO (PUC-SP) E ANA CATARINA HOLTZ (PUC-SP) ResumoVisamos analisar o discurso convocatrio da busca pela alta performance a partir do uso da tecnologia como frmula para o sucesso e felicidade de empreendedores. Entendemos os vlogs no Youtube como espaos onde ocorrem vrias convocaes biopolticas (PRADO, 2013). Analisamos o discurso de Gabriel Goffi, apoiador do estilo de vida high stakes, promovendo o aperfeioamento pessoal e profissional a partir de hacks no corpo e tarefas dirias. Usando os vdeos do seu canal no Youtube, por exemplo como fazer o caf high stakes, em que Goffi ensina a fazer um caf que ajuda a manter o foco e a melhorar a produtividade, procuramos entender quais as convocaes presentes neste discurso. Atravs das teorias de biopoltica (FOUCAULT, 2008; ROSE, 2011) ressaltamos como tais prticas e discursos so atrelados uma lgica de quantificao do self (HILLE, 2016) visando preparar os corpos para uma jornada de trabalho 24/7 (CRARY, 2014), caracterstica do capitalismo conectivo (CASAQUI, 2015).RelatoLeandro de Paula Santos e Julia Salgado
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EMPREENDEDORISMO BBLICO: SOBRE AS FONTES MORAIS DO SUCESSO NA IURDLEANDRO DE PAULA SANTOS (UFRJ) E JULIA SALGADO (UFRJ) ResumoO presente artigo discute a exaltao da subjetividade empreendedora na sociedade brasileira, em especial entre o pblico neopentecostal, tendo como referncia emprica textos produzidos e divulgados pela Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). Como pressuposto, assumimos que, nas ltimas dcadas, uma das tarefas primordiais da racionalidade neoliberal consiste no chamado empreendimento de si, que sugere a gradativa substituio da ideia do sujeito-trabalhador pela do sujeito-empresa. Nesse processo, evidenciamos ter sido necessrio que o prprio conceito de empreendedor se transformasse para que pudesse englobar novas e mltiplas aplicaes. A presena desse iderio em meio s sensibilidades do neopentecostalismo brasileiro se faz, como demonstramos, atravs da promoo de materiais de cunho inspiracional e pedaggico, que lanam mo de narrativas bblicas para construir a noo da subjetividade empreendedora como um dado a-histrico.RelatoLuciana de Oliveira e Brbara Regina Altivo
QUINTA-FEIRA, 8 DE JUNHOManh | 9h s 12h30 | Sala 3.08 - 3 andar
O NU E O TESTEMUNHO: ENUNCIAO DE VTIMAS DE VIOLNCIA SEXUAL EM POSTAGENS DE REDES SOCIAISANGIE BIONDI (UTP)ResumoO texto observa como se efetiva a enunciao de vtimas de violncia sexual e de gnero atravs de relatos e fotos vinculados campanha Creating Consent Culture. A anlise privilegia postage