Fitoterápicos
Uso nos Sistemas
Sistema Digestivo
• O uso de plantas medicinais em doenças do sistema digestivo é muito popular, pelo uso de chás para alívio do desconforto gástrico, melhora da digestão e estimulante do apetite.
• As espécies vegetais que atuam no SD serão divididas de acordo com sua atividade, em: amargas, colagogas, carminativas, ação na úlcera e gastrite, antidiarreica, pectinas, atuam na constipação, hepatoprotetoras, controle da glicemia e colesterol,
1. Plantas Medicinais Amargas
• Plantas amargas aumentam a secreção gástrica e biliar e auxiliando na digestão
• Grandes quantidades de plantas amargas reduzem as secreções gástricas causando a supressão do apetite
• Efeitos adversos: dor de cabeça em indivíduos sensíveis, e em alta dose causam vômito ou náusea. Contra-indicadas em pacientes com úlcera gástrica ou duodenal.
• Administradas nas formas farmacêuticas líquidas em dose única, ou alternativamente em chás.
Artemisia absinthum (absinto, losna)
Absinto
• Arbusto perene nativo das regiões áridas e aclimatadas nas Américas
• A droga vegetal consiste nas partes aéreas de odor aromático e sabor picante e fortemente amargo. Presença de lactonas sesquiterpênicas na forma de monômeros (artabsina) ou dímeros (absintina).
• Indicada para falta de apetite, dispepsia, discinesia biliar. Dose 2-3g ao dia.
• Efeito tóxico: salivação, hiperemia das mucosas e do intestino
• Efeito adverso: convulsões, delírios, alucinações
Genciana lutea (genciana amarela)
Genciana amarela
• Herbáceo perene da região européia, sabor inicialmente doce que se torna amarga e persistente.
• Princípio ativo encontrado no extrato aquoso da raiz é o gentiopicrosídio.
• É indicada para falta de apetite, flatulência e inchaço, na dose diária de 3g.
Plantas medicinais colagogas
• Estimulam a produção de bile no fígado e promovem o esvaziamento da vesícula biliar e dos ductos de bile extra-hepáticos.
• Um dos distúrbios biliares mais comuns, o cálculo biliar, gera desconforto na região superior do abdômen pronunciado do lado direito que irradia para as costas e para o ombro direito. Está relacionado à ingestão de comidas gordurosas.
• As plantas utilizadas com propriedades colagogas contém alcalóides que promovem o aumento do fluxo de bile, auxiliando na remoção de cristais e bactérias do trato biliar.
Loro, Dente de leão, Urtiga
Cynara scolymus (alcachofra)
Alcachofra
• As folhas secas são utilizadas para dispepsia, principalmente em suspeitos de disfunção biliar.
• O princípio ativo encontrados é a cinarina.• Estudos apontam que o extrato aquoso de alcachofra
inibe a biossíntese do colesterol, tem efeitos hepatoprotetores, inibe a oxidação de LDL e consecutivamente previne a aterosclerose.
• A dose diária recomendada é 6g.• É contra-indicada em indivíduos com obstrução do
trato biliar.
Peumus boldus molina (Boldo)
• Contém alcalóides boldina, cineol, eugenol e flavonóides (pneumosídeo boldosídeo).
• Indicado nas afecções hepáticas, como estimulante da digestão e litíase.
• A dose diária é de 3g da droga vegetal. O uso prolongado pode aumentar o risco de toxicidade.
Plantas CarminativasProduzem sensação de aquecimento e promovem a
eliminação pós-prandial de gases digestivos por eructação.
Pimpinella anisum (anis, erva-doce)São utilizadas as sementes que
possuem atenol. Além de carminativo, possui efeito expectorante.
A dose diária recomendada é 0,3g de droga. O uso prolongado e em altas doses pode provocar convulsões, confusão mental e alucinações.
.Foeniculum vulgare
(funcho, erva-doce)• Suas sementes são
utilizadas com ação carminativa e expectorante.
• Possui óleos voláteis compostos de fenchona e ácidos graxos.
• O chá de sementes de funcho é utilizado em dispepsia e diarréia, reduzindo os espasmos intestinais.
Plantas com ação na úlcera e gastrite
• Algumas plantas possuem atividade que reduz a irritação local presente na gastrite e úlcera, como: sementes de linho, folhas e raizes de altéia e folhas de malva. As principais espécies utilizadas são camomila e alcaçuz.
Matricaria recutita (camomila, matricária)
• Possui bisabolol e chamazuleno, com propriedades anti-inflamatórias; e apigenina com propriedades antiespasmódica
• São utilizadas na forma de infusão, em espasmos gastrointestinais e úlcera crônica
Glycyrrhiza glabra (alcaçuz)
• As raizes de alcaçuz são utilizadas em inflamações gástricas e infecções do trato respiratório. Possui glicirrizina que inibe a prostaglandina e a lipo-oxigenose.
• A dose não deve exceder 15% da planta seca, por 6 semanas. Em altas doses ou períodos prolongados origina retenção de sódio e água, elevação da pressão arterial, perda de potássio e edema.
Plantas antidiarreicas
• Chá verde ou chá preto, mirtilo, folhas e casca de hamamélis, casca de carvalho são ricas em taninos, levando à precipitação de proteínas, formando uma película protetora no epitélio do TGI normalizando a hiperperistalse.
Quercus robur (casca de carvalho):
• A casca seca de ramos jovens de carvalho possui galotaninos, utilizada por via tópica como antiinflamatórios cutâneos, e internamente na diarréia aguda, inflamações de garganta, boca, genitália. Recomenda-se o uso por até 4 dias.
Camelia sinensis (chá verde, chá preto)
• O chá verde são folhas secas deste arbusto, utilizadas aquecidas após a colheita, enroladas e levadas à secagem, com alto teor de taninos e forte adstringência.
• O chá preto é produzido por fermentação, as folhas murchas são colocadas em ambiente úmido e as folhas se tornam marron.
• São encontrados 5 a 20% de taninos, além de 2-5% de cafeína.
• Em indivíduos que tomaram 2l de chá diariamente durante 4 dias houve prolongamento do trânsito intestinal.
Pectinas• Polímeros de unidades
de ácido galacturônico de alto peso molecular, capazes de reter água formando uma estrutura gelatinosa capaz de proteger a mucosa intestinal.
• Principais fontes de pectinas são raizes de armazenamento e frutos carnosos como beterraba, resíduos de maçã, bagaço de laranja, limão, cenoura e banana.
Plantas que atuam na constipaçãoSão plantas que na dificuldade em
evacuar (menor que 2-3 dias), defecação dolorosa e desconforto
abdominal. Geralmente é causada por alimentação inadequada, falta de
exercício, fatores psicológicos
Plantago ovata e Plantago psyllium• A semente de plantago é uma
droga de ação laxativa, de gosto suave.
• Conseguem reter água durante o trânsito intestinal propiciando fezes mais macias e estimulando o trânsito intestinal.
• Contra-indicadas para pacientes em uso de lítio, glicosídeos cardiotônicos e carbamazepina, por apresentarem menor absorção intestinal.
Rheum spp. (ruibarbo)• A raiz de ruibarbo seca tem odor
aromático e sabor amargo e adstringente. A droga vegetal contém 2,5% de derivados de antraquinona, além de taninos galotanino e catequina. São ativados no cólon por bactérias da flora intestinal, que liberam antronas responsáveis pela atividade biológica de ação purgativa. Os taninos e pectinas possuem efeito antidiarreico.
• Produz efeito laxante em doses de 1 a 4g.
• Efeitos adversos a longo prazo são danos irreversíveis à mucosa intestinal. Contra-indicado para grávidas e mulheres em amamentação.
Rhamnus frangula (cáscara sagrada)• A casca seca dos troncos e
galhos possui glicosídios de antraquinona.
• Utilizada na forma de chás para infusão, extrato em caps ou comprimidos.
• A Rhamnus purshiana possui 8% de antranóides cascarosídeos, utilizados na forma de extratos e extratos líquidos.
• A utilização da planta fesca não tratada provoca vômitos intensos e fortes espasmos.
Cassia senna e Cassia angustifolia (sene, senna)
• Frutos e folhas utilizados como laxativos, possuindo antranóides senosídeos. A C. angustifolia possui menos antranóides, necessitando de uma dose maior. As preparações farmacêuticas são elaboradas com as folhas das 2 espécies.
Plantas hepatoprotetorasSilybum marianum (cardo-
mariano, silimarina)
• Seus frutos são utilizados por conter silibina e silimarina, com ação antitóxicas protegendo o fígado de substãncias hepatotóxicas; regenerativas da célula hepática, antifibrótica na reversão da oclusão do ducto biliar na cirrose hepática.
• A dose é de 12-15g da planta seca ou 200-400mg de silimarina.
Plantas utilizadas no controle da glicemia
Bauhinia forficata (pata de vaca, unha de boi)
• Nativa da mata atlântica utilizada na forma de tinturas e chás com ação hipoglicemiante, devido a presença de alcalóide trigonelina, flavonóides quercetina, rutina e kampferol. Além disso possui atividade antidiurética, antiedematogênica.
• Uso na dose diária de 3g de droga vegetal.
Linhaça
Linum usitatissimum (linhaça)• Possui ác graxos insaturados (ac
linoleico, linolênico, olêico), mucilagens solúveis, linamarina, lignanas precursoras de enterodiol e enterolactona.
• Reduz os níveis de colesterol, reduz a agregação plaquetária, ação hormonal das lignanas sobre os receptores hormonais, propriedade antitussígena, ação antihipertensiva, melhora da artrite reumatóide pela redução na produção de citocinas pró-inflamatórias,
• A dose recomendada de semente de linhaça é de 30g em duas administrações associadas com muita água.
• A linhaça padronizada de 1g de óleo na forma de caps é utilizada 2x ao dia.
• Os efeitos adversos são náuseas, diarreia e flatulência.
• Evitar o uso em casos de obstrução intestinal, íleo paralítico e câncer de próstata.
Plantas que atuam no Sistema Nervoso Central
Piper methysticum (kawa-kawa)• A droga vegetal consiste do rizoma
seco de sabor amargo e odor aromático.
• Dos rizomas de kawa foram isoladas cavapironas (cavaína)
• Age como relaxante muscular e anticonvulsivantes, reduz a excitabilidade do sistema límbico. É uma alternativa a ansiolíticos, na dose de 60-120mg de cavapironas. O tratamento não deve passar de 3 meses, seus efeitos colaterais são reversíveis e incluem dor de cabeça, tontura, amarelado na pele, dilatação da pupila.
Valeriana officinalis (valeriana)• A parte da droga utilizada são as
raízes da valeriana européia, como planta seca para preparo dos chás. A raiz seca possui valepotriatos instáveis em ambiente ácidos ou alcalinos, administrados somente na forma sólida (cpr revestidos).
• Tem efeito calmante por aumentar a secreção de GABA, na dosagem de planta seca de 2-3g. O extrato etanólico é utilizado na dose de 600mg antes de dormir. Age com poucos efeitos adversos, após 2-4 semanas de uso.
Passiflora incarnata (maracujá) fig.2
• As folhas de maracujá, fruta nativa da América do Norte, são usadas como sedativo, sendo P. edulis (fig. 1) e P. alata as mais cultivadas no Brasil. Os responsáveis por este efeito não são conhecidos ainda. Estudos em animais com extratos de maracujá reduziram a atividade de locomoção e prolongaram o sono. O extrato aquoso de P. edulis produziu em humanos efeito sedativo hipnótico, e também hepatoxicidade e pancreatotoxidade.
Humulus lupulus (lúpulo)
• Tem ação diurética, tônica e calmante. A parte da droga são as flores femininas da planta, que possuem estróbilos em grande quantidade na planta fresca.
• A dose recomendada é 0,5g da droga seca
Melissa officinalis (melissa, erva cidreira)
• As folhas secas da planta coletada no período de floração possuem ácido rosemarínico e óleos voláteis.
• São indicadas para insônia nervosa e problemas gastrointestinais em dose única de 1,5-4,5g da droga seca.
Lavanda angustifolia (alfazema)• Nativa do mediterrâneo, a
droga vegetal consiste de flores secas colhidas antes de abrirem.
• Contém óleo volátil de efeito sedativo e relaxante, aumento do tempo de sono, com menos agitação.
• O óleo de lavanda é recomendado 1-2 colheres de chá da droga seca por xícara de chá, ou 100g de flores secas em 2l de água para uso externo em banhos. Contra-indicada em gestantes por ser estimulante uterino.
Hypericum perforatum (erva de São João, hipérico)
• Os constituintes da planta com atividade antidepressiva são hipericinas. Os extratos em etanol ou metanol comercializados apresentam 2 a 6% de hipericina. O óleo volátil do hipérico é obtido por maceração das flores ecas por destilação por arraste a vapor, utilizado em queimaduras e feridas.
• O extrato de hipérico é capaz de inibir a recaptação de neurotransmissores como noradrenalina, serotonina e dopamina, provocando efeito antidepressivo.
• Indicado em extratos na faixa de 500-900mg/dia para depressão, perturbações psicossomáticas, ansiedade e agitação nervosa.
• Pode provocar fotossensibilização, distúrbios gastrointestinais, reções cutâneas alérgicas. Não existem experimentos em mulheres grávidas e por isso é contra-indicado.
Plantas com ação adaptogênica
São caracterizadas por aumentar a resistência do organismo a pressões físicas, químicas e biológicas.
Ginkgo biloba (ginkgo)• O extrato é produzido a partir de
folhas verdes secas moídas da árvore, que possuem glicosídeos flavonóides e lactonas terpênicas ginkgolídeo A e B e bilobalídeo.
• As ações farmacológicas do extrato são aumento da tolerância à hipoxia, inibição do edema cerebral pós trauma, redução do edema e lesões da retina, melhora a memória e capacidade de aprendizado, auxilia na compensação de distúrbios de equilíbrio, melhora as propriedades reológicas do sangue.
• A dose diária do extrato de ginkgo é de 120-240mg de extrato seco, em 2 a 3 doses separadas.
Panax ginseng (ginseng)• A droga vegetal é elaborada com
pós e extratos da raiz seca nativa da Coréia e da China.
• Tem efeito estimulante do SNC, proteção contra estresses fisicos e psicológicos exaustivos, estimulante do sistema imunológico, melhora da performance intelectual, física e metabólica.
• A dose diária recomendada é 1-2g da droga vegetal ou 200-600mg/dia do extrato.
• Deve ser usada por até 3 meses, pelo risco de efeitos adversos como edema e hipertensão, insônia, agitação, diarreia.
Pfaffia paniculata (ginseng brasileiro)
• A Pfáffia, planta brasileira da família das Amarantáceas, tem tal força energética e purificadora do organismo que é chamada de Ginseng brasileiro, por possuir propriedades energéticas físico e mental, muito semelhantes ao Ginseng coreano. A parte utilizada da planta é a raiz. A maior garantia do valor nutritivo e energético da Pfáffia é que quase toda a nossa produção é importada pelo Japão.
• Utiilizada na dosagem de 200-400mg ao dia do extrato, ou 2 colheres da raiz em 1l de água em chás.
Uncaria tomentosa e U. guianensis (unha de gato)
• Os indígenas da Amazônia utilizam a unha-de-gato como antiinflamatório no combate de diversas doenças, tais como: asma, artrite, reumatismo, úlceras gástricas, dores nos ossos, câncer, ferimentos profundos, inflamação urinária
• ComponentesAlcaloides (mitrafilina, isopterpodina e pteropodina), ácido glicosídico quinóvico, flavonoides, triterpenos, procianidinas e fitosteróis.
• Partes utilizadasCasca, raiz, folha
• Uso interno: Cápsulas, Infusão (chá, extrato aquoso, decocção), 5 g de entrecasca/ 150 mL de água: tomar 150mL, 2 a 3 x ao dia, Tintura
Plantas Estimulantes Imunológicos
Plantas que ativam os mecanismos não específicos de defesa do organismo contra patógenos virais, fúngicos e bacterianos
Echinaceae spp. (equinácea)• Parte usadaPartes aéreas, raízes• Propriedades terapêuticas:
Imunomoduladora; antiinflamatória; atividades sobre as vias respiratórias; antiinfecciosa; antioxidante.Princípios ativos: Glicosídeos do ácido fenilcarbônico, resinas, óleos essenciais, flavonóides, taninos, vitaminas.
• Indicações terapêuticas: Tratamento ou prevenção de infecções do trato respiratório superior; para uso tópico, apresenta atividade bacteriostática e fungistática sobre o Trichomona vaginalis e Candida albicans; sinusite.
• Preparações à base de equinácea: Comprimidos, cápsulas, tintura , Decocção e xarope.
Plantas que atuam no Sistema Cardiovascular
Os fitoterápicos em papel significativo no tratamento de formas leves de falência cardíaca e insuficiência coronária, prevenção e tratamento da arterosclerose, tratamento sintomático de insuficiência venosa crônica. Porém poucas espécies vegetais tem comprovação científica de sua eficácia e segurança para utilização clínica dessas patologias.
Crataegus (cratego)• Bastante conhecido pelos terapeutas na
época medieval, o pilriteiro, Crataegus oxyacantha, foi identificado como erva sagrada, conhecida por ter formado a coroa de espinhos de Cristo
• Possui uma grande variedade de compostos químicos, inclusive polisacarídeos, aminas, fitosteróis e ácidos orgânicos, mas a maior atenção científica fica por conta dos flavonóides, como a quercetina, rutina e as proantocianidinas, que têm poderosa ação antioxidante
• INDICAÇÃO: Chá de Crataégus: Taquicardia, angina pectoris, hipotensor, estresse, sedativo e prevenção de acidentes vasculares.Uso: 2 colheres de sopa de erva para um litro de água, quando a água alcançar fervura, desligue. Tampe e deixe a solução abafada por cerca de 10 minutos.
Plantas com digitalóidesGlicosídeos cardiotônicos que exercem ação semelhante à digoxina
• Olhos de diabo (Adonis vernalis). Contém cimarina nas pertes aéreas secas.
• Lírio do Vale (Convallaria majalis). Contém glicosídeos cardioativos indicados para insuficiência cardíaca leve.
Diferem dos digitálicos quanto à farmacocinética, com taxa de absorção menor e risco de intoxicação maior.
• Pó de Cila (Urginea maritima). Possui cilareno A e proscilaridina, indicados para insuficiência cardíaca leve.
Allium sativum (alho)• Parte usadaDentes (bulbilhos)• Propriedades terapêuticasExpectorante, antigripal,
febrífugo, desinfectante, anti-inflamatório, antibiótico, antisséptico, vermífugo, diurético, anti-diabético
• Princípios activosAlicina, alinasa, inulina, nicotinamida, galantamina, ácidos fosfórico e sulfúrico, vitaminas A, B2, B6 e C, proteínas e sais minerais.
• Indicações terapêuticasHipertensão, colesterol, picadas de insecto, antisséptico, arteriosclerose e contra ácido úrico, cancro.
• Uso Interno Cru: comer 2 a 5 dentes de alho picados com água, ou pôr dentes de alho de molho num copo de água durante a noite e beber no dia seguinte. Decocção: cozer 30 g de alhos com 1 litro de água e tomar 2.5 dl por dia.Cápsulas: tomar até 2000 mg por dia.
• Uso Externo: Cataplasma: colocar vários dentes de alho esmagados em forma de cataplasma aplicado sobre a zona com dores reumáticas.Massagem: esfregar energicamente a zona dolorida com dores de origem artrítica.
• Efeitos secundáriosContra-indicado para pessoas com problemas estomacais e de úlceras, gravidas e mães em amamentação e em pessoas com dermatites. Em doses muito elevadas, pode provocar dor de cabeça, de estômago, dos rins e até tonturas. Também não deve ser utilizado em doses altas em casos de hemorragias, qualquer que seja a sua origem
Aesculus hippocastanum (castanha da índia)
• São utilizadas as folhas da árvore, cascas e sementes no tratamento de insuficiência venosa, varizes, hemorroidas e flebites, bem como para o tratamento de processos reumáticos acompanhados de edemas. Também se usa a planta para ativação da circulação periférica, cólicas menstruais, dores venosas, edemas por má circulação, cãibras, insuficiência crônica venal, dermatites, eczemas, peso e dor nas pernas, úlceras varicosas
• O extrato da castanha da índia (Aesculus Hippocastanus L) contém vários princípios ativos, incluindo esculosídeos (heterosídeos cumarínicos), saponinas terpênicas (Escina) e bioflavanóides (Quercetina, Campferol e Esculina).
• Uso: Decocção de cascas e sementes a 5% uso externo. Para lavagens, nos casos de: doenças na pele como dermatites, eczemas e inflamações gerais, fazer compressas, aplicar 15 minutos sem friccionar. Tintura para uso interno e externo.
Sistema Respiratório
Sambucus nigra (Sabugueiro)• Constituintes: Flavonol glicosídeos
(flavonoides e glicosídeos), esteroides, taninos, ácidos graxos, alcaloides, óleos essenciais (especialmente nas flores), triterpenos.
• Partes utilizadas: Flores (SECAS) e bagas• Efeitos do sabugueiro
Febrífugo (sudorifico: ajuda a transpirar) (flor), diurético (flor), antitosse (fruto ou baga).
• Indicações do sabugueiro: febre(flores), tosse (frutos ou bagas), resfriado (flores e frutos), dores de garganta e algumas afecções virais (frutos ou bagas e flores), rinites.
• Efeitos secundários são desconhecidos, porém é necessário usar as flores secas.
Tilia platyphyllos e T. cordata (Tilia)• Constituintes :
mucilagens, taninos, flavonóides.• Partes utilizadas : Flores, samo (parte
da casca).• Efeitos da tília
Febrífugo (faz baixar a febre), diaforético (faz transpirar), calmante e espasmolítico.
• Indicações da tília febre e resfriados, distúrbios do sono
• Dica: infusões à base de tília são particularmente eficazes para baixar a febre em crianças pequenas. Para uma xícara de infusão de tilia, utilize: 2 g (cerca de 1 colher de café) de flores secas de tilia e cerca de 200ml de água.
Althaea officinalis (Altéia)
• Parte utilizada: raiz seca.• Indicações : Tosse produtiva
e seca, bronquite, aftas da boca (em bochecho), dores de garganta, como mordedor para bebês.
• Uso em xaropes ou infusões. Para uma xícara de chá de altéia, utilize: 4g de raiz de altéia, em 200ml de água, 3x ao dia.
Malva silvestris (Malva)• Esta planta medicinal é muito
presente na natureza, tem um gosto agradável e permite tratar as dores de garganta e outras infecções bucais, inclusive a tosse. A eficácia da malva já é comprovada cientificamente há muito tempo, graças ao seu teor em mucilagem.
• Preparações à base de malva:- Infusão de malva (chá de malva)- Balas de malva- Cápsula de malva- Solução para gargarejo à base de
malva- Decocção de malva
Plantago lanceolata (Tanchagem, transagem)
• Constituintes : Glicosídeos iridóides, mucilagens, taninos, flavonóides, saponinas.
• Partes utilizadas: Folhas secas, raízes, suco da planta.
• Efeitos: Antitosse, anti-inflamatório, béquico, expectorante, antisséptico, antimicrobiana e antibiótico.
• Indicações: Uso internoTosse (seca ou produtiva), bronquiteUso externo: Feridas, lesões, picadas de insetos
OBS: Diferenciar do Plantago utilizado como laxante, que é P. Ovata..
Sistema Respiratório
– Tosse– Óleo de anis (Pimpinella anisum), – Óleo de eucalipto.
– Expectorantes – Óleo de anis (Pimpinella anisum), – Raiz de Alcaçuz (Glycirrhiza glabra)
Tilia cordata
Sistema Urinário
Arctostaphylos uva-ursi (Uva ursi)
Constituintes: Arbutina e metil-arbutina (transformadas em hidroquinona) com efeito antibacteriano nas urinas alcalinas.
Partes utilizadas: Folhas secas• Indicações da uva-ursi
Utilizada contra as cistites e as infecções urinárias em geral, cálculos na vesícula.
Atenção! Esta planta é eficaz quando a urina é alcalina (básica), portanto tomear por exemplo, com NaHCO3 ou com uma dieta lacto-vegetariana.
• Efeitos secundários: Náuseas, alergia, problemas de estômago.
Uva ursi
Petasites hybridus (Petasite, butterbur)• Constituintes : Sesquiterpenos, alcalóides
com núcleo pirrolizidínicos, petasina• Partes utilizadas : Partes subterrâneas
secas• Efeitos da butterbur: Espasmolítico,
antialérgico• Preparações à base de butterbur
- Medicamentos prontos para o uso, como comprimidos, drágeas ou cápsulas.
• É aconselhado utilizar apenas os medicamentos prontos para o uso e não fabricá-los em casa, pois em alta dose, podem ocorrer problemas com uma molécula contida na planta (os alcalóides à base de pirrolizidina), que podem provocar graves problemas hepáticose desencadear até um câncer. Nos medicamentos prontos para o uso, todas essas moléculas são retiradas.
Serenoa repens (Saw palmetto)
• Indicado para hiperplasia prostática benigna e dificuldades de micção.
• Possui atividade inibitória da enzima 5-redutase.
• Dose diária de 1-2g da droga bruta ou 320mg de extrato.
Prunus africana (Pygeum)
• Também indicada para hiperplasia prostática benigna
Indicações ginecológicas
• Vitex (Vitex agnus-castus)• Age diminuindo a
prolactina e a mastalgia durante a TPM
• A droga se constitui dos frutos maduros e secos
Cimicífuga (Cimicifuga racemosa)A droga se constitui dos rizomas e raizes secas, que possuem glicosideos triterpênicos (acteína e cimifugosídio), além do isoflavonóide formononetina,Com o uso de 40mg/dia reduz o LH e regula a função hormonal, modulando seletivamente os receptores de estrógeno no SNC e no tecido ósseo.
Fitoestrógenos – Isoflavonas da soja e do trevo vermelho
• Melhoram o sintoma da menopausa sendo mais tolerável que a reposição hormonal.
• Essas isoflavonas possuem baixa afinidade pelos receptores de estrógeno, exercendo pouco efeito hormonal.
• O extrato de trevo-vermelho é disponível em comprimidos de 500mg, possuindo 40mg de isoflavona.
• A isoflavona de soja é disponibilizada na forma de cpr e caps, contendo 40% de isoflavona.
Condições pós-traumáticas e Pós Operatórias
– Bromelina: enzima proteolítica do abacaxi (Ananás comosus), com ações anti-inflamatória e antiexsudativa. Indicadas para inchaço pós traumatico e pós operatório agudo.
– Confrei (Symphytum officinale), suas folhas e raizes são utilizadas como droga vegetal, com alto teor de alantoína. Utilizada para contusões, estiramentos e torções, promovendo a cicatrização de feridas e regeneração celular. As preparações de uso externo contém até 20% da planta seca ou equivalente em extrato. Para uso interno é contra-indicada.
Arnica montana (Arnica)• Uso externo no tratamento de
condições pós traumáticas e pós operatórias, como hematomas, contusões, edemas, dores reumáticas da musculatura e articulação, entre outras.
• Utilizada na forma de tinturas e pomadas para aplicação externa.
• Em uso interno pode levar a intoxicação, a dose de 70g de tintura de arnica é fatal.
Pele, Trauma, reumatismo e dor– Flores de Camomila (Matricaria
recutita), indicada para inflamações cutâneas e de mucosa. Possui alfa bisabolol e camazuleno. Usada em chás ou extratos alcoólicos.
– Hamamelis (Hamamelis virginiana), sua casca possui taninos com forte ação adstringentes, levando a vasoconstrição capilar e redução da permeabilidade capilar. É utilizada em pomadas com extratos a 10%, ou 0,1-1g da droga vegetal aplicada topicamente.
Oenothera biennis (primrose, erva dos burros)
• Planta bienal que possui sementes com 25% de óleo graxo com ácido linoléico.
• O óleo de primrose é indicado para neurodermatite.
• Dose recomendada de 2-6g que equivale a 160-480mg de ác linoleico.
• As caps possuem 0,5g de óleo de primrose utilizado no alivio do eczema atópico, administrado na dose de 2-3g diárias.
Dor e inflamação• Calendula officinalis (calêndula).
Usada em infusão, tintura, extrato, óleo como cicatrizante e anti-inflamatório da mucosa oral e cicatrização da pele, feridas, queimaduras, eczemas.
• Salix (casca de salgueiro). Indicada para doenças febris, problemas reumáticos e dor de cabeça. Possui alto teor de salicina, utilizada na forma de chás. A presença de taninos justifica o desconforto gástrico causado pela infusão da casca do salgueiro.
• Óleo de melaleuca. Indicado para micoses e infecções bacterianas.
• Cordia verbenaceae (erva-baleeira). Indicada para tendinites e afecções da musculatura esquelética associada à dor e inflamação. Uso tópico em creme ou aerossol.