8
FLORENTINO, Rhullia Vicente. A higiene das mãos como reflexo para a saúde corporal
na Educação Infantil. 2018. p. 62. Trabalho de Conclusão de Curso – TCC (Graduação em
Pedagogia) – Faculdade Capivari – FUCAP, Capivari de Baixo, SC.
RESUMO
O presente Trabalho de Conclusão de Curso traz como prática um plano de aula que conclui os
três últimos anos de estágio em Pedagogia, realizado no mês de maio do ano 2018 no Centro
de Educação Infantil Pré-escolar Peixinho Dourado, na turma do Jardim 2, na rede Pública de
Ensino, localizado no município de Jaguaruna – SC. O objetivo da prática citada é trazer a
aplicação de um plano de aula em regência no Pré-escolar, cujo desenvolvimento trouxe como
tema “A importância da higiene das mãos como reflexo para a saúde corporal”. O plano de aula
é o suporte para o planejamento do professor e posteriormente para a sua prática, através dele
é possível analisar se os objetivos traçados foram alcançados. Para a complementação deste
trabalho foram citados teóricos como Freire (1996), Oliveira (1997) e Vygotsky (2007), entre
outros, que reforçam o estudo de pesquisa. A metodologia utilizada para a realização do mesmo
foi revisão bibliográfica, estudo de campo, além da metodologia de avaliação processual
aplicada na regência com pesquisa qualitativa. Considera-se a importância do plano de aula
como ferramenta de previsão dos conteúdos, das atividades a serem desenvolvidas, dos
objetivos a serem alcançados, assim como das formas de avaliação. Portanto, é um guia para
que a prática pedagógica seja eficiente, assim como, para que o professor reflita sobre a mesma
para orientar decisões futuras.
Palavras-chave: Plano de aula; Estágio; Prática Pedagógica; Regência; Higiene das mãos.
9
INTRODUÇÃO
O presente Trabalho de Conclusão de Curso visa apresentar a prática educativa de um
plano de aula aplicado à regência escolar, que se desenvolveu no Centro de Educação Infantil
Pré-escolar Peixinho Dourado, na turma do Jardim 2, na rede Pública de Ensino, localizado no
município de Jaguaruna – SC. A turma citada é composta por 20 alunos, 9 meninas e 11
meninos, com idade entre 4 e 5 anos, no dia compareceram à aula 15 alunos, 10 meninos e 5
meninas. No dia da efetiva regência do plano de aula, a sala foi preparada com as carteiras
dispostas em dois grupos com as crianças voltadas de frente uma para a outra, em pares, para
que as mesmas pudessem interagir com os colegas e com a professora. A aula é iniciada com a
acolhida às crianças e logo após foi apresentado um pequeno vídeo como introdução ao plano,
sobre higiene das mãos para uma vida saudável. Em seguida, a primeira dinâmica leva os alunos
a fazerem a ligação entre a mão e os objetos que são utilizados para auxiliar na sua higiene,
uma proposta que evidencia a importância da higiene correta. A segunda dinâmica tem como
tema a importância das mãos para a higiene corporal, onde as crianças colam no desenho de um
corpo humano diversas mãozinhas nas partes do corpo que as mesmas ajudam a lavar. Como
última dinâmica para fixação, os alunos precisam ligar no desenho o objeto de limpeza das
mãos à criança, para enfatizar a utilização de produtos necessários à limpeza correta.
A aplicação do plano teve como base a interação entre as crianças, o contexto
sociointeracionista e a mediação do professor na relação entre a criança e o objetivo da
aprendizagem. Foram propostas atividades planejadas com a intenção de promover a autonomia
e a saúde das crianças. As referidas atividades eram compostas de situações em que os alunos
pudessem distinguir entre o certo e o errado, levando-os a pensar através de perguntas para o
coletivo sobre situações em que se faria necessária a limpeza das mãos, os objetos utilizados
como suporte e a utilização das mãos como auxílio a limpeza de outras partes do corpo.
Durante os semestres percorridos foi possível estagiar em diversas áreas da educação,
como Educação Infantil, Ensino Fundamental, Educação de Jovens e Adultos, Educação
Especial, Educação em Ambientes não-formais e Gestão Escolar. Através dos estágios foi
possível relacionar e vivenciar teoria e prática no cotidiano escolar e a rotina dos profissionais
da educação. O estágio teve grande importância para o desenvolvimento do presente Trabalho
de Conclusão de Curso, pois através da experiência em diversas áreas da educação, foi possível
escolher a que teve mais relevância e assim estudá-la com mais profundidade. Para a construção
deste trabalho foram citados teóricos como Freire (1996), Oliveira (1997) e Vygotsky (2007),
10
entre outros, que reforçam o estudo de pesquisa. A metodologia utilizada para a realização do
mesmo foi revisão bibliográfica, estudo de campo, além da metodologia de avaliação processual
aplicada na regência com pesquisa qualitativa.
No desenvolvimento do trabalho encontram-se no primeiro capítulo conceitos e
comentários relevantes às práticas de higiene e saúde no contexto sociointeracionista e também
como utilizar o ensino de Ciências para ensinar os alunos a obterem saúde através das mãos.
No segundo capítulo traz-se a composição das dinâmicas aplicadas com base no conteúdo do
plano de aula. Como sequência, no terceiro capítulo a abordagem é sobre a avaliação aplicada
à dinâmica em regência. No quarto e último capítulo é abordada a utilização da aprendizagem
para a saúde, para a vida escolar e cotidiana da criança, conforme foi proposto no plano de aula,
deixando claro ao leitor a importância do tema. Por fim, a conclusão final aborda os resultados
obtidos ao longo da efetivação do plano de aula.
11
DESENVOLVIMENTO
I CAPÍTULO
1 A HIGIENE DAS MÃOS COMO REFLEXO PARA A SAÚDE CORPORAL NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
1.1 HIGIENE E SAÚDE NO CONTEXTO SOCIAL
1.1.1 HIGIENE
O termo higiene diz respeito à limpeza, seja do corpo ou dos locais públicos, que pode
ser efetuada a partir de um conjunto de ações para preservar a saúde e prevenir doenças ao ser
humano. Pode-se fazer a distinção entre a higiene pessoal, de responsabilidade individual e a
higiene pública, que deve ser assegurada pelo Estado. Entre as diversas ações de higiene estão
conhecimentos que devem ser aplicados para evitar possíveis efeitos nocivos à saúde. Por
exemplo: lavar as mãos com água em abundância e sabão antes de comer é um hábito de higiene
essencial para evitar doenças. Sabe-se que um dos fatores para que os seres humanos
alcançassem maior longevidade foram as mudanças e o aperfeiçoamento de hábitos de higiene,
baixando os índices de doenças causadas pela ausência desse cuidado, sendo assim, esse
processo de melhoria precisa começar desde o início da vida, ainda na Educação Infantil.
Higiene é uma palavra que veio da Grécia. Vem de hygeinos, que significa,
em grego, o que é são, o que é sadio. Antes, em sua origem, era um adjetivo
usado para qualificar a saúde. As pessoas deviam ter uma saúde higiênica.
Depois, a palavra virou um substantivo, um conjunto de hábitos que se deve
ter para conseguir o bem-estar e a saúde. A palavra higiene pode ser também
entendida como a limpeza corporal, o asseio. Pode denominar, ainda, uma
parte da medicina que busca preservar a saúde, estabelecendo normas e
recomendações para prevenir as doenças (MÓDULO 12, 2008, p. 14).
Ensinar higiene às crianças de forma contextualizada possibilita uma aprendizagem
efetiva e transformadora de atitudes e hábitos de vida. Assim, os alunos serão capazes de atuar
para a melhoria dos níveis de higiene pessoal e coletivo. O estudo sobre higiene deve ser voltado
para o bem-estar humano, para a importância de que a adoção de hábitos saudáveis traz
melhorias para a qualidade de vida pessoal do indivíduo, pois a questão da higiene é considerada
cada vez mais importante para o convívio na sociedade, visto que, a higiene pessoal tem relação
12
direta com os outros indivíduos e com a convivência agradável. Se a criança tiver consciência
da importância da higiene pessoal para o convívio, ela poderá buscar essa qualidade de vida
para si e para o outro. “Não se poderá educar bem uma criança se não levar em consideração a
sua higiene e não se consegue levar a cabo uma boa higiene sem uma boa educação”
(JIMÉNEZ, 1983, p. 218).
Os alunos devem ter contato desde cedo na escola com práticas de higiene pessoal
voltadas para novos hábitos, mas não cabe somente à escola a função de educar para a higiene,
pois esse processo inicia-se em casa. Em alguns casos esse conhecimento precisa ser mais
enfatizado – pois muitas vezes a contribuição dos pais não é favorável devido à falta de
informação – e assim as crianças terão argumentos para ajudar os pais a compreenderem a
relevância do tema. A escola sozinha não leva o aluno a adquirir todos os hábitos de higiene,
portanto, para que a aprendizagem seja efetiva é preciso levar em conta situações e hábitos que
acontecem no dia-a-dia da criança e no meio em que ela vive, para que ações significativas
sejam implementadas visando fornecer elementos que capacitem para uma vida saudável. É
dever do professor observar e compreender que cada criança vem de uma cultura diferente, por
isso, precisa fazer com que todas elas tenham contato com hábitos e práticas de higiene de
forma lúdica e prazerosa que incentivem cada uma delas a se conhecer e cuidar do próprio
corpo. A higiene pessoal além de ser uma exigência social é uma condição para uma saúde
melhor.
1.1.2 SAÚDE
Entendendo a saúde como um direito de todos e dever do Estado, é fundamental que a
escola proporcione aos alunos o convívio com ações que promovam sua saúde nas áreas físicas,
mentais e sociais. Para isso, a escola deve assegurar experiências elaboradas em parceria com
os professores, a família, profissionais da saúde, enfim toda a comunidade, que “possibilitem
situações de aprendizagem mediadas para a elaboração da autonomia das crianças nas ações de
cuidado pessoal, auto-organização, saúde e bem-estar” (DCNEI, 2010, p. 26).
A saúde, conforme é entendida pela Organização Mundial de Saúde (OMS),
é um estado de completo bem-estar. Isso significa estar bem nos aspectos
físico, mental e social. Em outras palavras, saúde não é apenas a ausência de
doenças e, sim, um bem que pertence ao indivíduo e à coletividade. É,
também, relacionada com a qualidade de vida da sua comunidade e de sua
família. A legislação brasileira deixa claro que a saúde é um direito de todos
13
e um dever do Estado (Constituição Federal, artigo 196), a ser garantida por
meio de políticas sociais e econômicas. Indiretamente, portanto, a legislação
está falando da higiene e da educação (MÓDULO 12, 2008, p. 21).
Nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil encontram-se objetivos
da proposta pedagógica das escolas de Educação Infantil, onde a saúde é vista como um direito
que deve ser garantido às crianças, através de ações que ampliem e deem significado real a esse
tema.
A proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil deve ter como
objetivo garantir à criança acesso a processos de apropriação, renovação e
articulação de conhecimentos e aprendizagens de diferentes linguagens, assim
como o direito à proteção, à saúde, à liberdade, à confiança, ao respeito, à
dignidade, à brincadeira, à convivência e à interação com outras crianças
(DCNEI, 2010, p. 18).
Apenas transmitir informações sobre o funcionamento do corpo e descrever as
características de doenças não é suficiente para que as crianças desenvolvam hábitos de vida
saudável. É necessário que a escola eduque para a saúde, é preciso primeiro conscientizar
levando em conta todos os aspectos envolvidos no desenvolvimento de hábitos e atitudes que
acontecem no cotidiano. O termo saúde vai além de ter um corpo saudável, a criança também
precisa sentir-se bem nos aspectos cognitivos e emocionais, para isso, o ambiente em que vive
no seu cotidiano precisa ser igualmente saudável. Portanto a instituição de ensino infantil deve
promover na rotina dos alunos situações lúdicas com momentos que favoreçam a aprendizagem,
o desenvolvimento e a socialização. “Uma criança saudável não é apenas aquela que tem o
corpo nutrido e limpo, mas aquela que pode utilizar e desenvolver o seu potencial biológico,
emocional e cognitivo, próprio da espécie humana, em um dado momento histórico e em dada
cultura” (RCNEI, 1998b, p. 50, v.2).
Para que possa se desenvolver e participar integralmente da sociedade em que vive,
visto que é um direito, o indivíduo precisa estar plenamente capaz de fazê-lo. Assim, a escola
com vistas a estabelecer regras para ajustar comportamentos que podem resultar em riscos à
saúde individual e coletiva, deve desenvolver atividades ligadas à saúde, para fazer cumprir as
leis em favor das crianças e da sociedade em geral.
1.1.3 SOCIOINTERACIONISMO
Todo ser humano recebe influências físicas e psíquicas do meio social onde está inserido,
14
de forma que, esse contexto está diretamente relacionado ao comportamento e ao
desenvolvimento que acontecerá ao longo da vida do indivíduo. O desenvolvimento se dá
através dos processos próximos à criança, a partir de contextos de situações físicas, psíquicas
ou sociais, além das influências do tempo histórico onde o indivíduo está inserido. Dentro
desses contextos, o brincar é muito importante no desenvolvimento infantil, pois permite à
criança socializar e desenvolver o raciocínio lógico de forma lúdica.
É através do lúdico que o professor obtém informações valiosíssimas sobre
seus alunos, além de estimulá-los na criatividade, autonomia, interação com
seus pares, na construção do raciocínio lógico matemático, nas representações
de mundo e de emoções, ajudando assim na compreensão e desenvolvimento
do universo infantil (TEIXEIRA; VOLPINI, 2014, p. 78).
Promover brincadeiras, assim como, contar histórias à criança instiga a imaginação,
incentiva a aquisição da linguagem escrita e da leitura e possibilita à criança interagir e ampliar
suas habilidades linguísticas. Ainda permite que a criança se envolva na história ampliando o
processo de socialização, visto que, “O faz-de-conta é momento privilegiado de interação entre
as crianças” (RCNEI,1998b, p. 33, v.2).
A interação social com outros indivíduos da cultura ou com os elementos daquele
ambiente promovem à criança o apoio para o seu desenvolvimento e participação na sociedade.
É através do grupo cultural onde está inserida, que a criança aprende comportamentos e formas
de perceber o ambiente que a rodeia e assim desenvolve instrumentos de mediação entre ela e
o mundo, como a linguagem, que é o sistema simbólico básico da sociedade. “Ao longo de seu
desenvolvimento, marcado pela interação verbal com adultos e crianças mais velhas, a criança
vai ajustando seus significados de modo a aproximá-los cada vez mais dos conceitos
predominantes no grupo cultural e linguístico de que faz parte” (OLIVEIRA, 1997, p. 49).
Para que as crianças possam ampliar sua relação com o mundo, é preciso que tenham
acesso a diversos tipos de linguagem (arte, museus, música, desenho, etc.), além disso, acreditar
na sua capacidade intelectual é o primeiro passo para que se apropriem do conhecimento.
Através do acesso à diversidade de linguagens a criança sente-se livre para expressar-se, opinar,
relacionar-se com o outro e construir conhecimentos. A partir da apropriação progressiva das
diferentes linguagens que permitem às crianças expressarem seus sentimentos e ideias, é que
ela se constitui sujeito participativo da cultura em que está inserida. Essa aquisição de
linguagem propicia a interação com os outros e consigo mesmas, aprendendo a conviver em
grupo, trabalhar em equipe e valorizar a coletividade.
15
A pré-escola deveria cumprir a função primordial de permitir às crianças que
não tiveram convivência com adultos alfabetizados – ou que, pertencem a
meios rurais isolados – obter essa informação básica sobre a qual o ensino
cobra um sentido social (e não meramente escolar): a informação que resulta
da participação em atos sociais onde o ato de ler e o de escrever têm propósitos
explícitos (FERREIRO, 2011, p. 98).
Todas as crianças deveriam ter a oportunidade de vivenciar a linguagem escrita, seja
através de livros que possam folhear livremente, ou escutar uma contação de história ou mesmo
ver outra pessoa escrevendo, e assim a criança passa a interagir ao tentar escrever ou ler a partir
de contextos que conhece. A escola cumpre seu papel socializador quando promove o
desenvolvimento da identidade e da autonomia das crianças, isso se dá através de aprendizagens
diversificadas que propiciam a aprendizagem e a interação (brincadeiras, construção de objetos
e brinquedos, elaboração de perguntas e respostas), mesmo em hábitos comuns do cotidiano.
Através da intervenção do professor em situações que favorecem a interação, os alunos
ampliam seus conhecimentos, suas capacidades de apreender conceitos e as diferentes
linguagens, assim como, a expressão e comunicação do que estão sentindo. Para mediar uma
aprendizagem significativa, é necessário que o professor conheça a realidade e o cotidiano de
seus alunos, assim como, considerar as individualidades de cada um, a diversidade de valores,
costumes e hábitos, além de valorizar e associar os conhecimentos prévios de cada um às
situações de aprendizagem.
[...] os conceitos cotidianos das coisas e das vivências são conhecidos pelas
crianças muito antes de serem estudados de maneira específica na escola.
Esses conhecimentos estão impregnados de grande experiência empírica. Por
isso, para o estudo dos conceitos científicos em aula, faz-se necessários, antes
de mais nada, determinar ou tomar conhecimento de qual a compreensão que
as crianças possuem, no dia-a-dia, sobre esses conceitos (GASPARIN, 2007,
p. 19-20).
A interação com o outro modifica e impulsiona o desenvolvimento psicológico de cada
indivíduo, o que permite ao ser humano o controle consciente e intencional de ações e
comportamentos que possibilitam a imaginação e o planejamento, visto que, “[...] o
funcionamento psicológico fundamenta-se nas relações sociais entre o indivíduo e o mundo
exterior, as quais desenvolvem-se num processo histórico” (OLIVEIRA, 1997, p. 23).
Todo aprendizado é mediado e isso torna o papel do professor e dos demais alunos,
determinante para a aquisição do conhecimento. Sendo assim, o primeiro contato da criança
com novas atividades deve ter o acompanhamento de um adulto ou de outra criança de mais
idade, para que o processo seja compreendido pela criança e a apropriação do mesmo seja
efetiva para que ela consiga fazê-lo de modo independente. O professor deve proporcionar a
16
aprendizagem através da interação, com metodologias diferenciadas, dinâmicas e lúdicas onde
acontecem trocas de ideias e experiências que fomentam novos conhecimentos, onde os alunos
serão estimulados na construção do conhecimento.
O desenvolvimento da capacidade de se relacionar depende, entre outras
coisas, de oportunidades de interação com crianças da mesma idade ou de
idades diferentes em situações diversas. Cabe ao professor promover
atividades individuais ou em grupo, respeitando as diferenças e estimulando a
troca entre as crianças (RCNEI, 1998b, p. 32, v.2).
Por se tratarem de seres individuais de diferentes culturas convivendo na coletividade,
é necessário que as vivências dos alunos sejam consideradas no processo de ensino
aprendizagem, pois “[...] os grupos culturais em que as crianças nascem e se desenvolvem
funcionam no sentido de produzir adultos que operam psicologicamente de uma maneira
particular, de acordo com os modos culturalmente construídos de ordenar o real” (OLIVEIRA,
1997, p. 37).
O aprendizado precisa ser organizado pelo professor, pois este tem o conhecimento
específico para mediar o acesso a diferentes saberes e gerar o desenvolvimento, através dessa
mediação a criança constrói suas próprias impressões sobre o que lhe foi apresentado. Sabe-se
então que a aprendizagem ocorre principalmente em processos de relações sociais com a ajuda
de pessoas mais experientes e que serve para a formação individual da criança e para que ela se
sinta parte do mundo e dele participe ativamente. Pois, “[...] o aprendizado adequadamente
organizado resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos de
desenvolvimento que, de outra forma, seriam impossíveis de acontecer” (VYGOTSKY, 2007,
p. 103).
Mediar o conhecimento, além de orientar o aluno na aprendizagem escolar, é um ato
que quando alcança o seu real objetivo, desenvolve na criança um olhar crítico que lhe permite
participar ativamente da construção da sociedade e pensar em intervenções na realidade em que
está inserida. O ser humano é o único que é capaz de apreender, muito além de apenas repetir
a lição, portanto, pode contribuir para a cultura em que está inserido e assim, mediar novos
conhecimentos através da interação com seus pares.
“[...] meu papel no mundo não é só o de quem constata o que ocorre mas
também o de quem intervém como sujeito de ocorrências. Não sou apenas
objeto da História mas seu sujeito igualmente. No mundo da História, da
cultura, da política, constato não para me adaptar mas para mudar” (FREIRE,
1996, p. 77).
17
A aprendizagem é uma atividade conjunta onde acontece a relação de colaboração entre
os alunos, mas a intervenção do professor, por ser o indivíduo mais experiente, tem
planejamento e intencionalidade com fins educativos. Mesmo que a aquisição do conhecimento
ocorra nas interações, é necessário às crianças um momento de reflexão (internalização) para
consolidar o aprendizado e construir suas próprias ideias baseadas no que foi trabalhado na aula
com o professor e os colegas.
1.1.4 A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE CIÊNCIAS
Ensinar Ciências nas séries iniciais não significa apenas apresentar informações e
conteúdo do livro didático, é preciso complementar com aulas experimentais para que os alunos
tenham melhor compreensão da realidade e do que é exposto pelo professor, pois o ensino de
Ciências auxilia o aluno a estabelecer relações com os conceitos científicos. Aprender Ciências
é aprender uma forma de pensar que irá colaborar para a capacidade dos alunos de ter uma visão
crítica do mudo diante de si. Cabe ao professor a competência de analisar a sua prática
pedagógica e assim ajustar a sua metodologia para garantir melhorias na sala de aula que
facilitem a aprendizagem. É fundamental que o ensino de Ciências seja atrativo para despertar
a curiosidade dos alunos e estes tenham interesse em participar, fazendo dessa participação a
mediação para a aprendizagem. Mesmo que nas séries iniciais os professores sejam
responsáveis por todas as disciplinas e deem mais importância a Matemática e Português, o
ensino de Ciências deve ter igual ênfase pois o ensino lúdico de conceitos científicos desperta
a criatividade e o gosto pela ciência que contribuirá para a vida escolar do aluno e a aquisição
de novos conhecimentos. “[...] o educador poderá proporcionar um ensino mais
contextualizado, lúdico, considerando as situações cotidianas do aluno, para que a
aprendizagem em Ciências aconteça de forma mais significativa” (SOARES et al., 2014, p.
101).
Na Base Nacional Comum Curricular atualizada, as áreas de conhecimentos de Ciências
para a Educação Infantil e Anos Iniciais são organizadas por tema, objeto de conhecimento e
habilidades. Entre as habilidades para os Anos Iniciais cita-se a capacidade de compreender e
“discutir as razões pelas quais os hábitos de higiene do corpo (lavar as mãos antes de comer,
escovar os dentes, limpar os olhos, o nariz e as orelhas etc.) são necessários para a manutenção
da saúde” (BNCC, 2017, p. 29), visto que, são saberes essenciais para a vida cotidiana do aluno.
18
Através da mediação do conhecimento na escola os alunos deverão apresentar
aprendizagens como reconhecimento da importância dos hábitos de higiene da sua rotina que
favorecem a preservação da saúde. O professor deve acompanhar e observar o nível de
autonomia com que a criança pratica ações de higiene e alimentação, pois, “através da solução
de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais
capazes” (VYGOTSKY, 2007, p. 97), a criança é estimulada a fazer o que sozinha não seria
capaz.
No campo de experiências Corpo, Gestos e Movimentos que as crianças devem adquirir
na Educação Infantil estão objetivos de aprendizagem e desenvolvimento como “participar do
cuidado do seu corpo e da promoção do seu bem-estar; demonstrar progressiva independência
no cuidado do seu corpo; adotar hábitos de autocuidado relacionados a higiene, alimentação,
conforto e aparência” (BNCC, 2017, p. 45), que serão utilizados no seu cotidiano.
O ensino de Ciências pode ajudar nesse processo de relação entre as informações
científicas presentes no cotidiano, oferecendo aos alunos mais do que respostas, mas a
possibilidade de compreensão e ressignificado do conhecimento científico para utilizar no seu
dia-a-dia. A partir do ensino de Ciências, envolvendo teoria e prática, as crianças entendem o
mundo que as rodeia, compreendem a realidade e tornam-se sujeitos autônomos e seletivos na
aquisição do conhecimento.
1.1.5 SAÚDE ATRAVÉS DAS MÃOS
As mãos têm muitas utilidades no nosso cotidiano, como a utilização em procedimentos
aplicados à alimentação, à higiene, ao cuidado e limpeza pessoal de várias partes do corpo, que
promovem a preservação da saúde. As crianças pré-escolares precisam de orientação para
desenvolver e manter hábitos de higiene pessoal, assim como também com o ambiente ao seu
redor.
A higiene das mãos constitui-se um recurso simples e eficiente entre as
atitudes e procedimentos básicos para a manutenção da saúde e prevenção de
doenças. É sempre bom lembrar que os adultos servem de modelo para as
crianças que observam suas atitudes e por isso é aconselhável que eles também
lavem as mãos, sempre que necessário (RCNEI, 1998b, p. 33, v.2).
É necessário que o professor planeje atividades práticas para que as crianças construam
conhecimentos e desenvolvam as habilidades devidas aos cuidados com a higiene pessoal. Para
19
que esses conhecimentos se consolidem, é essencial que as crianças tenham oportunidades
constantes de realizar sua própria higiene com autonomia. Elas precisam ser lembradas com
frequência sobre a importância de lavar as mãos corretamente antes das refeições, após o uso
do banheiro, após mexerem em terra, tintas, massinha, assim como antes de qualquer ação que
leve as mãos à boca ou à manipulação de alimentos.
[...] o aprendizado desperta vários processos internos de desenvolvimento, que
são capazes de operar somente quando a criança interage com pessoas em seu
ambiente e quando em cooperação com seus companheiros. Uma vez
internalizados, esses processos tornam-se parte das aquisições do
desenvolvimento independente da criança (VYGOTSKY, 2007, p. 103).
As ações de higiene pessoal como lavar as mãos, tomar banho e escovar os dentes, são
atividades que auxiliam a independência das crianças, assim como promovem hábitos
indispensáveis à prevenção de doenças e preservação da saúde. A partir do incentivo do
professor as crianças tendem a interessar-se pelo cuidado com o próprio corpo, assim como,
observar a situação de higiene ao seu redor.
A simples ação de lavar as mãos frequentemente e de maneira correta tem importância
fundamental no cotidiano, pois é uma das principais formas de evitar inúmeras doenças que
podem ser transmitidas através das bactérias que estão nas mãos. Por ser um ato simples,
econômico e acessível a todos para manter a saúde, a Organização Mundial da Saúde propôs
que anualmente no dia 5 de maio fosse realizada uma campanha de alcance mundial para
divulgar a necessidade da higienização das mãos e a dez anos o Fundo das Nações Unidas para
a Infância (Unicef) criou o Dia Mundial de Lavar as Mãos com o apoio do Ministério da Saúde,
comemorado no dia 15 de outubro.
Através da limpeza das mãos com água e sabão, mais de 40% dos casos de doenças
diarreicas são reduzidos, assim como, quase 25% dos casos de infecções respiratórias. Essas
doenças anualmente causam a morte de cerca de 1 milhão de crianças menores de 5 anos
(BRASIL, Unicef, 2016).
As mãos ajudam em todas as tarefas, inclusive na preparação de alimentos e como as
mãos tem contato com objetos e superfícies sujas diariamente, o ser humano está sujeito a uma
enorme quantidade de infecções, pois ao levar as mãos sujas à boca, aos olhos ou ao nariz pode
provocar problemas de saúde. Através do simples hábito de lavar as mãos, algumas doenças
podem ser evitadas como gripe, infecções intestinais, diarreia, conjuntivite, hepatite, entre
outras, além de interromper a transmissão de infecções virais, bacterianas e parasitárias para
20
outras pessoas. Não é exagero, portanto, dizer que a água salva vidas, pois é capaz de prevenir
doenças que causam mortes em todo o mundo.
II CAPÍTULO
2 AS DINÂMICAS APLICADAS À EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA SAÚDE
No início da aula foi realizada a acolhida da qual as crianças participam diariamente
com uma música de boa tarde e a chamada participativa, onde cada criança procura seu nome
em abelhinhas dispostas em uma mesa para colar no favo de mel. Em seguida é apresentado um
pequeno vídeo musical educativo da Galinha Pintadinha, com o título ‘Lava a mão’. A partir
desse vídeo, onde os personagens são conhecidos pelas crianças, foi mais fácil reter sua atenção
ao tema da aula pois o vídeo era autoexplicativo e evidenciava de forma lúdica através de
música, situações em que se fazia necessária a limpeza das mãos como antes de comer, depois
de mexer em terra, ao brincar com animais, etc. Logo após, foram dadas explicações –
exemplificando com o desenho animado visto em vídeo – de como lavar as mãos corretamente
para evitar doenças que podem ser transmitidas através de sujeira debaixo das unhas, em pêlos
de animais, entre outros, assim como a necessidade de lavar as mãos sempre que for ingerir
algum alimento. “O movimento lúdico, simultaneamente, torna-se fonte prazerosa de
conhecimento, pois nele a criança constrói classificações, elabora sequências lógicas,
desenvolve o psicomotor e a afetividade e amplia conceitos das várias áreas da ciência”
(RONCA, 1989, p. 27).
Através de atividades lúdicas o aluno aprende com mais prazer, e assim acontece com
o filme infantil com situações que fazem parte do seu cotidiano como a higiene diária, visto
que, assistir vídeos infantis está na sua rotina. O desenho animado quando educativo é um
caminho pelo qual as crianças são capazes de compreender o mundo em que vivem e são
chamadas a mudar. Aliar atividades lúdicas ao processo de ensino e aprendizagem auxilia na
compreensão de conceitos que parecem difíceis de serem assimilados por eles, como a
necessidade da higiene correta para a preservação da saúde. Através da fantasia o aluno
combina as informações com suas percepções sobre a problemática apresentada e constrói
novos conhecimentos.
21
2.1 DINÂMICA: IDENTIFICAR E LIGAR OS UTENSÍLIOS DE HIGIENE À MÃO
A primeira dinâmica visou exemplificar os objetos utilizados para auxiliar na limpeza
das mãos. A atividade em folha sulfite constava do desenho de uma mão no centro com vários
objetos do cotidiano da criança como colher, pia, vassoura, sabonete entre outros, onde a criança
precisava identificar quais os objetos corretos para auxiliar na higiene das mãos ligando-os à
mão e colorindo somente os corretos. Todas as crianças participaram com entusiasmo pois
lembravam-se e comentavam sobre o que tinha sido explicado, logo depois coloriram e assim
assimilaram com mais facilidade as informações. “A educação lúdica contribui e influencia na
formação da criança, possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento permanente,
integrando-se ao mais alto espírito democrático enquanto investe em uma produção séria do
conhecimento” (ALMEIDA, 1995, p. 41).
A escola precisa ser democrática, deve refletir sobre quem ela está educando, considerar
as experiências e individualidades de cada aluno, só assim poderá contribuir para a produção
de novos conhecimentos e a mudança de hábitos nos alunos. Após o término da primeira
dinâmica o vídeo foi apresentado mais uma vez como reforço e então todos já estavam
acompanhando o ritmo da música e até arriscando cantar um trecho ou outro. Entre uma
atividade e outra eram dadas constantes explicações sobre as diversas funções que as mãos
exercem, como segurar o alimento para levar à boca, ajudar a se vestir, brincar, bem como
auxiliar a higiene de outras partes do corpo.
2.1.1 DINÂMICA: O AUXÍLIO DAS MÃOS NA HIGIENE CORPORAL
A segunda dinâmica teve como objetivo a interação e participação efetiva dos alunos
em atividade sobre a importância do auxílio das mãos na higiene corporal. Um cartaz em papel
pardo com o desenho do corpo humano foi colocado no quadro a uma altura que todos pudessem
alcançar, em seguida cada uma das 15 crianças ganhou uma mãozinha proporcional à sua, feita
em e. v. a, e contextualizando o que havia sido explicado, cada criança foi convidada a ir até o
quadro colar a sua mãozinha em uma parte do corpo que a mão ajuda a lavar. Foram
confeccionadas 20 mãozinhas – algumas crianças participaram mais de uma vez – e todas foram
coladas, até em lugares que não tinha sido desenhado no corpo humano – como a axila –,
quando foi perguntado à criança porque colou abaixo do ombro, ela respondeu: é o ‘suvaco’, aí
22
fica evidente que as crianças têm percepções de mundo que não imaginamos, e nos surpreendem
ao descrever situações que não foram planejadas. Foi tudo muito divertido, principalmente
porque todas as crianças envolveram-se no aprendizado.
Que sejam instruídos com o método muito fácil, não só para que não se
afastem dos estudos, mas até para que eles sejam atraídos como para
verdadeiros deleites, para que as crianças experimentem nos estudos um
prazer não menor que quando passam dias inteiros a brincar com pedrinhas,
bolas e corridas (COMÊNIO, 1957, p. 156).
Ao utilizar o lúdico como recurso para o desenvolvimento valoriza-se as relações, assim
como, possibilita a socialização e a criatividade. O ensino lúdico permite à criança –
especialmente nessa atividade – conhecer a si própria e aos outros, reformula suas experiências
cotidianas além de promover a compreensão e internalização de comportamentos e hábitos da
cultura em que está inserida.
2.1.2 DINÂMICA: LIGAR O UTENSÍLIO DE HIGIENE À CRIANÇA
A terceira dinâmica teve como finalidade a fixação do conteúdo através de uma
atividade em folha sulfite em que os alunos deveriam ligar e pintar. O produto de limpeza
(sabonete) deveria ser ligado à criança que lavava as mãos, assim, teve como objetivo que o
aluno apreendesse o conhecimento na sua totalidade e compreendesse a necessidade de lavar
as mãos constantemente, a limpeza correta, a utilização de utensílios auxiliares na higiene,
assim como a importância da higiene para a saúde corporal.
“O ensino, absorvido de maneira lúdica, passa a adquirir um aspecto significativo e
efetivo no curso de desenvolvimento da inteligência da criança” (NOVAES, 1992, p. 28). A
partir da participação na aula e a construção do conhecimento pelo próprio aluno, é notório que
uma aprendizagem prazerosa, que não seja só lazer, promove nas crianças a capacidade de
resolver situações problemáticas (como a necessidade da higiene das mãos como uma das
possibilidades para obter um corpo saudável). Sabe-se que a aprendizagem ocorre quando o
aluno participa ativamente e toma consciência de si mesmo e da realidade em que está inserido
para poder intervir, mudá-la, começando por si mesmo, por seus hábitos e comportamentos.
23
III CAPÍTULO
3 AVALIAÇÃO
Quando se pensa em avaliação logo vem à memória escola, provas, desempenho, notas,
mas a avaliação não se resume a isso. A avaliação não se restringe a mensurar o sucesso ou
fracasso dos alunos, deve ser vista como um processo, um conjunto de ações que servem para
orientar o processo pedagógico até o resultado planejado.
“A concepção de avaliação que marca a trajetória de alunos e educadores, até então, é a
que define essa ação como julgamento de valor dos resultados alcançados. Daí, a presença
significativa dos elementos como prova, nota, conceito, reprovação, registro, etc. nas relações
estabelecidas” (HOFFMANN, 1991, p. 14).
É importante que o professor valorize as produções individuais de cada criança, pois
isso as incentiva no processo de ensino aprendizagem. Quando as crianças compreendem o
valor de suas construções, elas desenvolvem habilidades pessoais e a capacidade de participar
sempre mais da busca pelo conhecimento.
No que se refere às crianças, a avaliação deve permitir que elas acompanhem
suas conquistas, suas dificuldades e suas possibilidades ao longo de seu
processo de aprendizagem. Para que isso ocorra, o professor deve
compartilhar com elas aquelas observações que sinalizam seus avanços e suas
possibilidades de superação das dificuldades (RCNEI, 1998a, p. 60, v. 1).
Na avaliação, deve-se considerar que tudo que cerca a criança tem significado para ela.
O professor é quem faz a mediação entre o conhecimento que a criança traz a partir de suas
experiências na cultura que está inserida e os conhecimentos que serão construídos ao longo do
seu processo de desenvolvimento escolar, que contribuirão para a ampliação de sua visão de
mundo.
3.1 AVALIAÇÃO PROCESSUAL
Para que a avaliação seja um instrumento a favor da aprendizagem, ela deve ser
processual ao longo do percurso do aluno na escola e o resultado desta avaliação é a participação
e atuação do mesmo no decorrer da aula. Esse modelo de avaliação inclui o aluno na construção
do conhecimento e a aprendizagem condiz com os objetivos planejados. Para que a avaliação
24
processual seja efetiva o professor deve acompanhar constantemente o desenvolvimento da
aprendizagem e apropriação do conhecimento por parte do aluno, em um processo que este
contribua para tal progresso.
A avaliação é uma tarefa complexa que não se resume à realização de provas
e atribuição de notas. A mensuração apenas proporciona dados que devem ser
submetidos a uma apreciação qualitativa. A avaliação, assim, cumpre funções
pedagógico-didáticas, de diagnóstico e de controle em relação às quais se
recorre a instrumentos de verificação do rendimento escolar (LIBÂNEO,
1994, p. 195).
A avaliação é um recurso ao professor para auxiliá-lo na sua prática pedagógica, deve
servir para verificar se houve mudança na aprendizagem do aluno ou se o professor precisa
mudar sua metodologia. O professor deve estar atento e estabelecer o nível de dificuldade de
seus alunos e pensar na avaliação como um meio de ter retorno do seu trabalho, como um
processo em constante desenvolvimento e não como punição aos alunos, assim prevalecerá a
qualidade da avaliação sobre a quantidade.
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional:
“A verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: avaliação
contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos
sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”
(LDB, 2017, art. 24, p. 18). O professor deve oferecer ao aluno diversas oportunidades de
desempenho de aprendizagem, mas isso não significa fazer de toda aula um motivo para aplicar
instrumentos de avaliação, tudo deve ser contextualizado. Para isso, o professor precisa
observar constantemente o aluno e a si mesmo como professor, para conseguir perceber
indicações da compreensão dos alunos ou a necessidade de intervenções.
Para acompanhar cada aluno, em sua expressão única e singular do
conhecimento, é iniludível a necessidade da oportunização de muitas tarefas,
menores, gradativas e analisadas imediatamente pelo professor.
Questionários, exercícios, textos, e outras tarefas escritas são instrumentos
indispensáveis em avaliação (HOFFMANN, 2001, p. 108).
A avaliação como processo acontece dentro de um contexto, como meio e não como
fim, o processo avaliativo não pode ser usado de maneira isolada, são necessários o diálogo e a
reflexão para a revisão da prática de ensino, quando preciso. A avaliação realizada ao longo do
processo, norteia o professor na verificação quanto aos objetivos a serem alcançados, assim, ele
pode interferir no que compromete a aprendizagem. Com a utilização de vários recursos para
mensurar o aprendizado é possível garantir o ensino eficiente, e isso acontece através da
avaliação processual.
25
3.1.1 AVALIAÇÃO PROCESSUAL APLICADA À REGÊNCIA
A avaliação da aprendizagem foi frequente durante a aula, mesmo com alguns
imprevistos – como o pouco tempo por conta de uma festa de aniversário de uma aluna – a aula
transcorreu com todos os objetivos alcançados. Por meio das dinâmicas de contextualização da
importância da higienização das mãos, os alunos puderam ser avaliados conforme o
desenvolvimento individual de cada um.
Segundo as recomendações da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a
avaliação na Educação Infantil será “mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento
das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental” (LDB,
2017, art. 31, p. 22).
Durante todo o percurso da aula os alunos foram avaliados constantemente em seu nível
de desenvolvimento, interação, entendimento, assim como, a prática do professor para mudar
de estratégia se necessário. A avaliação deve servir como instrumento de reflexão por parte do
professor sobre a sua prática pedagógica e para que o mesmo acompanhe passo a passo o
aprendizado de seus alunos para diagnosticar problemas na aprendizagem e corrigi-los, assim
como, identificar a melhor forma de seguir adiante. Além disso, entre os alunos existem
diferentes níveis de aprendizado que necessitam de formas diferentes de ensino e avaliação, e
para eles a avaliação serve como ferramenta de compreensão do seu processo de construção do
conhecimento.
A partir de uma concepção dialética de educação, supera-se tanto o sujeito
passivo da educação tradicional, quanto o sujeito ativo da educação nova, em
direção ao sujeito interativo. Aqui, o professor tem resgatado seu papel
substancial, pois não fica na posição de esperar o educando amadurecer, mas
pode ajudá-lo pela interação [...] (VASCONCELLOS, 2008, p. 58).
Tudo que foi planejado foi realizado de forma satisfatória, visto que os alunos
responderam às expectativas e o objetivo de aprendizagem foi alcançado. Os alunos fizeram
colocações pertinentes ao tema e aos hábitos de higiene que foram reforçados para a promoção
da saúde. Cada uma das crianças, de forma subjetiva, mostrou-se interessada em participar da
aula e das atividades propostas, isso só foi possível porque suas experiências foram levadas em
consideração, fazendo parte da avaliação processual e sentiram-se à vontade para interagir com
os colegas e a professora.
26
3.1.2 APLICAÇÃO DA APRENDIZAGEM PARA A SAÚDE E SUA IMPORTÂNCIA
PARA A VIDA ESCOLAR E COTIDIANA DA CRIANÇA
Através do incentivo na escola, a criança passa a interessar-se gradualmente pelo
cuidado com o próprio corpo, praticando ainda na escola, ações simples de cuidados com a
higiene e a saúde. À medida que vai compreendendo a necessidade de adotar hábitos de
autocuidado, a criança começa a valorizar atitudes relacionadas com a higiene e a proteção do
corpo que levará para a vida toda.
A organização dos momentos em que são previstos cuidados com o corpo,
banho, lavagem de mãos, higiene oral, uso dos sanitários, repouso e
brincadeiras ao ar livre, podem variar nas instituições de educação infantil,
segundo os grupos etários atendidos, o tempo de permanência diária das
crianças na instituição e os acordos estabelecidos com as famílias (RCNEI,
1998a, p. 75, v.1).
Para que a educação seja efetiva e o apoio às crianças e às famílias seja real, é necessário
que a escola conheça o cotidiano desses indivíduos. Para corresponder às suas necessidades é
preciso compreender seus valores, seus hábitos de higiene e o ambiente em que convivem, para
assim, construir ações efetivas de aprendizado. “É o meu bom senso, em primeiro lugar, o que
me deixa suspeitoso, no mínimo, de que não é possível à escola, se, na verdade, engajada na
formação de educandos educadores, alhear-se das condições sociais culturais, econômicas de
seus alunos, de suas famílias, de seus vizinhos” (FREIRE, 1996, p. 63).
A comunidade escolar não deve apenas contribuir para que os alunos adquiram
conhecimentos relacionados com a higiene e a saúde, a escola deve agir para que todos os que
estão no ambiente escolar adquiram ou melhorem hábitos, atitudes e conhecimentos
relacionados com higiene e saúde. Através da colaboração entre a escola e a comunidade podem
ser feitos planejamentos que tragam profissionais da saúde para a escola para participar da
construção de novos hábitos nos alunos e em outros indivíduos da comunidade escolar, se
necessário.
Isso se dá através de palestras e práticas que tenham significado real (não somente
termos técnicos), em uma linguagem que os alunos e a comunidade compreendam, que
evidenciem a prevenção da doença e a preservação da saúde. Podem ser promovidas atividades
que tragam a comunidades para a escola para reforçar hábitos de higiene como a limpeza das
mãos, dos ouvidos, a escovação dos dentes, o corte de cabelos e unhas, que auxiliam na questão
da promoção da saúde e bem-estar coletivo.
27
A educação deve promover ações práticas de proteção à saúde, sendo assim, não deve
se limitar a apenas informar, pois só se tornará efetiva quando promover mudanças de
comportamentos. É importante que os alunos associem a eficiência do sistema imunológico às
condições de higiene. Esses são saberes que os alunos levarão para sua vida e para a grupo onde
estão inseridos, ampliando assim a margem de pessoas que compartilharão esses
conhecimentos.
28
CONCLUSÃO
Após a efetivação do plano de aula, torna-se notório o envolvimento dos alunos quando
se sentem à vontade para interagir com os colegas e a professora. Pôde-se verificar que através
da interação e coletividade os alunos trocam informações e experiências relacionadas ao tema.
Através da mediação do conteúdo de forma lúdica foi mais fácil alcançar o entendimento das
crianças, visto que, a turma tem alunos com idade entre 4 e 5 anos. Além de compreender como
é importante lavar as mãos frequentemente para evitar doenças e preservar a saúde, a aula fez-
se importante também pelos momentos de divertimento e interação agregados ao aprendizado.
De acordo com a metodologia aplicada nas dinâmicas, a turma sentiu-se incentivada a
conhecer mais sobre a importância da higiene das mãos, como obter um corpo mais saudável
através das mãos, assim como, a utilidade das mesmas. Sendo assim, no período de aplicação
do planejamento foram cumpridos os objetivos pré-estabelecidos, como, compreender a
importância da higiene das mãos para a saúde do corpo, reconhecer a necessidade de manter as
mãos limpas, identificar objetos ou ações que mantenham a higiene das mãos e transformar
atitudes em hábitos do dia-a-dia.
Diante do exposto, observa-se a relevância do tema “A importância da higiene das mãos
como reflexo para a saúde corporal” para a vida do aluno, na busca por uma melhor qualidade
de vida. Além de promover o conhecimento que a criança pré-escolar levará para sua vida
cotidiana, essas orientações também a acompanharão nas séries sequentes onde consolidará
cada vez mais o tema abordado e os fundamentos adquiridos na Educação Infantil. Conforme a
metodologia utilizada, foi promovido o conhecimento através da interação e ludicidade, com
avaliação durante todo o processo de desenvolvimento da aula, para tanto, a participação das
crianças foi essencial, visto que, o ensino deve ser um momento de prazer para criança, que
instigue o interesse pela aula e a vontade por se manter na escola.
As teorias serviram para aprofundar o tema proposto, através de contribuições de
Vygotsky (2007) e Oliveira (1997) sobre a interação para a aquisição e troca de conhecimento,
Hoffmann (2001) e Vasconcellos (2008) sobre a avaliação usada para permitir ao aluno a
participação na construção do conhecimento, Novaes (1992), Almeida (1995) e Comênio
(1957) sobre a importância do ensino lúdico para a aprendizagem, entre outros teóricos que
fundamentaram esse trabalho com igual importância.
29
Tendo em vista toda a prática pedagógica aliada às teorias elencadas, destaca-se a
importância do planejamento para promover a prática eficiente por parte do professor, na busca
aos objetivos propostos e ao desenvolvimento cognitivo do aluno. Por meio das teorias que
deram base à prática realizada na Educação Infantil, evidencia-se a efetividade das mesmas
através das atividades dinâmicas, participação dos alunos e compreensão satisfatória do tema.
30
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo:
Loyola, 1995.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.
Referencial curricular nacional para a educação infantil / Ministério da Educação e do
Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, v.1, 1998a. 3v.: il.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.
Referencial curricular nacional para a educação infantil / Ministério da Educação e do
Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, v.2, 1998b. 3v.: il.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Módulo 12: higiene,
segurança e educação. / Ivan Dutra Faria, João Antônio Cabral Monlevade. – Brasília:
Universidade de Brasília, 2008. 75 p. Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/higiene.pdf. Acesso em: 19 de maio de 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Infantil / Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC/SEB,
2010.
BRASIL. UNICEF. UNICEF: lavar as mãos pode prevenir mortes por infecções diarreicas
entre ... 2016 Disponível em: https://nacoesunidas.org>amp. Acesso em: 22 de maio de 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum
Curricular / Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC/SEB, 2017.
BRASIL. LDB: Lei de diretrizes e bases da educação nacional. – Brasília: Senado Federal,
Coordenação de Edições Técnicas, 2017. 58 p.
COMÊNIO, João Amós. Didática magna. 3. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1957.
31
FERREIRO, Emilia. Reflexões sobre alfabetização / Emilia Ferreiro. – 26. ed. – São Paulo:
Cortez, 2011. – (Coleção questões da nossa época; v. 6)
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa / Paulo
Freire. – São Paulo: Paz e Terra, 1996 (Coleção Leitura)
GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 4ª. ed. Campinas
– SP: Autores Associados, 2007.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação mito & desafio: uma perspectiva construtivista. Porto
Alegre: Mediação, 1991.
JIMÉNEZ, Carmem Butiñá. Puericultura: Guia de alimentação, crescimento e educação da
criança. São Paulo: Edições Cetop, 1983.
Lava a mão - Galinha Pintadinha - ...
Disponível em: https://www.vagalume.com.br >... Acesso em: 20 de abril de 2018.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 22.
ed. São Paulo: Cortez, 2000.
NOVAES, Iris Costa. Brincando de roda. Rio de Janeiro: Agir, 1992.
OLIVEIRA, Martha Kohl de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio
histórico / Martha Kohl de Oliveira. -- São Paulo: Scipione, 1997. -- (Pensamento e ação no
magistério)
RONCA, Paulo Afonso Caruso. A aula operatória e a construção do conhecimento. São
Paulo: Edisplan, 1989.
32
SOARES, Max Castelhano et al. O ensino de ciências por meio da ludicidade: alternativas
pedagógicas para uma prática interdisciplinar. Revista Ciências & Ideias. Vol. 5, N. 1.
JAN/ABR – 2014.
TEIXEIRA, Hélita; VOLPINI, Maria. Cadernos de Educação: Ensino e Sociedade.
Bebedouro – SP, 2014.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos, 1956. Avaliação: concepção dialética-libertadora do
processo de avaliação escolar. 18ª ed. / Celso dos S. Vasconcellos. – São Paulo: Libertad 2008.
– (Cadernos Pedagógicos do Libertad; v. 3)
VYGOTSKY, Lev Semenovich, 1896-1934. A formação social da mente: o desenvolvimento
dos processos psicológicos superiores / L. S. Vygotsky; organizadores Michael Cole... [et al.];
tradução José Cipolla Neto, Luís Silveira Menna Barreto, Solange Castro Afeche. – 7ª. ed. –
São Paulo: Martins Fontes, 2007. – (Psicologia e pedagogia)
34
PLANO DE AULA
Dados: Pré-Escolar Peixinho Dourado
Município: Jaguaruna – SC
Data: 16/05/2018
Horário: 13:00h às 17:00h
Tema: A importância da higiene das mãos como reflexo para a saúde corporal
Título: Higiene e saúde no contexto sociointeracionista
Disciplina: Ciências
Ementa: A importância da higiene das mãos. A saúde do corpo através das mãos. A utilidade
das mãos.
Objetivos – objetivo geral: Compreender a importância da higiene das mãos para a saúde do
corpo.
objetivos específicos:
a) Reconhecer a necessidade de manter as mãos limpas.
b) Identificar objetos ou ações que mantenham a higiene das mãos.
c) Transformar atitudes em hábitos do dia-a-dia.
Conteúdo programático:
1ª unidade: A importância da higiene das mãos.
- Como lavar as mãos.
- Como higienizar tudo que compõem as mãos.
- A importância de lavar as mãos várias vezes ao dia.
2ª unidade: A saúde do corpo através das mãos.
- Como manter o corpo limpo.
- O cuidado que se deve ter com as mãos.
- Mãos limpas possibilitam corpo saudável.
35
3ª unidade: A utilidade das mãos.
- Higiene das mãos e saúde caminham juntas.
- A utilidade das mãos em nosso cotidiano.
- Mãos que se ajudam chegam juntas ao bem comum.
Metodologia:
Primeiro momento: inicia-se a aula com a acolhida das crianças através de uma música
de boa tarde, em seguida é realizada a contagem de meninos, meninas e todos juntos, depois os
alunos encontram o número que identifica a quantidade de crianças presentes no dia. Logo após,
é feito a chamada e cada criança vai até a mesa encontrar seu nome na abelhinha para colocar
no mural, depois é feito a escolha do ajudante do dia. Após a acolhida inicia-se a apresentação
do vídeo e segue as atividades sobre a importância da higiene das mãos. Em seguida mostra-se
como lavar as mãos, o que limpar nas mãos e a importância de lavar as mãos várias vezes ao
dia.
Segundo momento: inicia-se a dinâmica de ligar os objetos à higienização das mãos.
Logo após, dá-se início à próxima dinâmica da saúde do corpo, através do exercício de colar as
mãos em partes do corpo que as mesmas ajudam a lavar.
Terceiro momento: trabalha-se as dinâmicas de reforço que enfatizarão a importância
da higiene das mãos.
Recursos: Pendrive, sulfite, e. v. a., papel pardo, lápis, giz de cera, borracha, canetão, tesoura,
fita crepe.
Avaliação: A avaliação será processual, cujas etapas terão dinâmicas de contextualização à
higienização das mãos.
Referências bibliográficas:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa / Paulo
Freire. - São Paulo: Paz e Terra, 1996 (Coleção Leitura)
Lava a mão - Galinha Pintadinha - ... Disponível em: https://www.vagalume.com.br >...
Acesso em: 20 de abril de 2018.
36
OLIVEIRA, Martha Kohl de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio
histórico / Martha Kohl de Oliveira. - São Paulo: Scipione, 1997. - (Pensamento e Ação no
Magistério)
VYGOTSKY, Lev Semenovich, 1896-1934. A formação social da mente: o desenvolvimento
dos processos psicológicos superiores / L. S. Vygotsky; organizadores Michael Cole…[et al.];
tradução José Cipolla Neto, Luís Silveira Menna Barreto, Solange Castro Afeche. - 7ª. ed. - São
Paulo: Martins Fontes, 2007. - (Psicologia e pedagogia)
37
Foto 1- Dinâmica: “Identificar e ligar os utensílios de higiene à mão”
Foto 2- Dinâmica: “O auxílio das mãos na higiene corporal”
39
Anexo 1: Música: “Lava a Mão”
La la la la la la la
Lava a mão
Lava a mão (x2)
Pra pegar no pão
Lava a mão lava a mão
Antes de qualquer refeição
Lava a mão lava a mão
Usou o banheiro? então...
Lava a mão
Lava a mão
Mexeu na caca do chão?!(eca)
Lava a mão
Lava a mão
Lava a mão
Xic xic xic
Lava a mão
Xic xic xic
La la la la la la
Lava a mão
La la la la la la la
Lava a mão
Lava a mão(x2)
Chegou da rua?
Foi ao banheiro?
Andou de busão?
Brincou no chão?
Espuma espuma
E lava a mão
Recommended