Os Formadores de Professores de Língua Inglesa: uma experiência de reflexão e colaboração
Eliane Carolina de Oliveira
UFG/Doutoranda UFMG
O Estudo Motivação Objetivo
“Quem são os formadores de professores de LE no contexto do Estado de Goiás?” conhecer os perfis, os contextos profissionais e as práticas desses
profissionais na disciplina Didática e Prática de Ensino de LE unir esforços e iniciar um intercâmbio de experiências visando
discutir os programas de formação inicial e continuada das instituições de ensino superior públicas e particulares de Goiás
Cinco eixos: 1. A identidade do formador de professores 2. A parte burocrática do ingresso na educação superior 3. O contexto de atuação dos formadores 4. A prática dos formadores 5. O desenvolvimento profissional:
O Estudo Referencial Metodológico
Pesquisa Qualitativa por buscar conhecer os perfis e os contextos de docentes
formadores de professores por meio dos seus próprios relatos;
por descrever e analisar os processos de construção das suas trajetórias de formação contemplando igualmente a pessoa e o profissional professor bem como suas práticas cotidianas nos diversos contextos;
por procurar, de forma interpretativa, compreender a globalidade das suas realidades.
Contexto Grupo FOPLE- Inglês - formadores de professores da área de
língua inglesa que atuavam em instituições goianas dos setores público e privado
Participantes 18 profissionais: ■17 formadores ■pesquisadora participante
O Estudo Referencial Metodológico
Instrumentos de coleta de dados Relatos autobiográficos Encontros presenciais Entrevistas orais Questionário Interações virtuais ( fórum e Lista de discussão)
O Estudo Referencial teórico
Docência no Ensino Superior (Dinkelman, 2002; Pimenta e Anastasiou, 2002; Mizukami, 2005) Os docentes do ensino superior - perfis Os docentes do ensino superior – os formadores de professores O ingresso e a formação dos docentes do ensino superior (LDB) Processo de auto-formação - o processo no qual o indivíduo
busca, a partir de seus próprios interesses e necessidades, diferentes atividades e projetos formativos que contribuirão para o desenvolvimento de seus conhecimentos e competências.
Os docentes do ensino superior – os formadores de professores de LE (Gimenez, Reis, e Ortenzi, 2000; Altet et al., 2003; Mizukami, 2005)
Formação de professores – orientações conceituais e perspectivas de formação
O Estudo Referencial teórico
identidade do professor (Nóvoa, 1995; Pimenta, 2002; Pimenta e Anastasiou, 2002) – síntese constituída pela soma das várias relações estabelecidas pela pessoa do professor e pelo profissional professor ao longo da sua vida sendo, dessa forma, um processo em constante mutação.
Reflexão (Dewey, 1959; Schön, 1983, 1987; Garcia, 1992; Contreras, 2002)
Reflexão Colaborativa (Zeichner, 1993, 2003; Zeichner e Liston, 1996; Liberali, 1994, 1996; Romero, 1998; Convery, 1998; Farrell, 1999a, 1999b; Pessoa, 2002 e Jorge, 2005)
Análise Eixo 1
A identidade do formador de professores 18 participantes: 4 14 Faixa etária: 27-62anos Atuação profissional
(5) Instituição particular (5) Instituição pública federal (7) Instituição pública estadual (1) Instituição pública (estadual) e particular
Todos (exceto 1) são brasileiros Titulação: Especialista (7) Mestre (9) Doutorando (2) Tempo de atuação como formador: 2–15 anos Atuação:
Ensino de língua/literatura Formação inicial Pesquisa e extensão Educação Continuada
Análise Eixo 1
Instrumentos – relato autobiográfico, entrevistas, questionário, mensagens eletrônicas
3 macrotemas: o início da história formação acadêmica e profissional exercício profissional inicial
Auto-apresentação, motivações iniciais e fatores influenciadores – o início da história
gosto pela língua inglesa e a paixão por ensinar influência de familiares, de amigos e de ex-professores
uma professora, que era para mim uma espécie de ídolo. (May – relato autobiográfico)
a identificação com as pessoas que foram os meus formadores (Jonas – entrevista inicial)
Análise Formação acadêmica e profissional
curso de graduação vs. cursos de língua Com certeza a graduação me serviu de modelo de formação: 1- porque
a formadora era excelente. Em todos os cursos que freqüentei e ainda freqüento sempre penso: minha professora era melhor. Quando comecei a dar aulas de prática de ensino fui vasculhar meus guardados atrás da pasta que tinha na graduação. 2- porque amei meu curso e acho que foi a base para tudo o que sei e faço. Talvez nosso curso pudesse ter tido menos aspectos técnicos e mais teóricos, mais instâncias de reflexão, mas também isso foi em 1997, não é?! Faz tempo!! (Stephanie – mensagem de e-mail)
[...] Com relação à prática pedagógica, eu tinha acesso a mais livros do que minha professora (ela tinha sido minha aluna no [nome da escola] e depois eu fui a coordenadora dela. Ela era formada em pedagogia e não trabalhava textos relacionados à aprendizagem de LI. Quando perguntávamos, ela dizia que desconhecia. O que me ajudou foram cursos e seminários que eu fiz. (Lete – mensagem de e-mail)
Atuação em escolas de línguas uma Escola de Línguas, onde aprendi bastante e devo muito da
professora que sou hoje, a formação que lá tive. [...] (Joy – relato autobiográfico)
Análise Formação acadêmica e profissional
Funções e tarefas do professor formador [...] Não muito bem. Ainda não tenho muitas leituras. O que faço é
mais instintivamente. Deixo para o professor de Didática e Prática essas discussões. (Bete - questionário)
Sempre refleti muito sobre a importância dessa função de formar professores! Apesar de acreditar que a responsabilidade pela formação do professor de línguas deve ser compartilhada por todos os professores do Curso de Letras, sei que na realidade é no curso de prática de ensino e estágio que o coroamento desta formação se dá. [...] (Stephanie – questionário)
Análise Exercício profissional inicial
Diversos momentos e contextos - questões circunstanciais
Práticas profissionais no ensino superior Então, aqui na universidade, logo que houve a chance de
pegar a parte da Prática e Didática eu me ofereci. Foi a época que as professoras se ausentaram pra fazer os seus mestrados e eu peguei. Estou gostando demais, mas é um desafio muito grande porque a gente não sabe, exatamente, como fazer certas coisas. [...] (Purple – entrevista inicial)
Modelo de formação experienciado Conduta, atitudes, características pessoais Práticas: observações e sessões de feedback
Análise Eixo 5 – O desenvolvimento profissional
dificuldades iniciais (de natureza técnica e pessoal) na familiarização com o ambiente virtual de interações
“partilhar de experiências” situações vivenciadas respaldo para certas práticas uma forma de educação continuada Interação "passiva" propiciou reflexão sobre a própria
situação/contexto Meio virtual inibiu, em certa medida, uma reflexão mais
profunda. potencial da reflexão colaborativa na auto-formação do
professor formador
We shall not cease from We shall not cease from explorationexploration
And the end of all our exploringAnd the end of all our exploring
Will be to arrive where we Will be to arrive where we startedstarted
And know the place for the first And know the place for the first timetime
T.S. Elliot from T.S. Elliot from Four QuartetsFour Quartets, final section, final section