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Darcy Siqueira Albuquerque Júnior
Controlador-Geral do Estado
Fevereiro / 2014
FORTALECIMENTO DO
CONTROLE INTERNO
GOVERNO DO ESTADO
CONTROLADORIA GERAL
DO ESTADO - CGE
O Controle dos Recursos Públicos
Controle Social Técnico
Político
Jurisdicional
Organismos controladores:
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Um levantamento da
consultoria internacional
KPMG mostra as causas das
falhas e irregularidades no
serviço público brasileiro e
os caminhos que podem
levar à identificá-los.
Fonte: Jornal Zero Hora, 22/05/2005, p. 5.
Sistema de Controle Interno.
Identificação de Falhas e Irregularidades
ORIGEM DAS FALHAS
E IRREGULARIDADES
63%
17%
13%
7%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%
%
Particularidades da Atividade Estatal
Má conduta
Supressão dos Controles pelos Dirigentes
Insuficiência do Sistema de Controle Interno Estatal
4 Fonte: Consultoria Internacional KPMG, Jornal Zero Hora, 22/05/2005, p. 5.
Como são descobertas as falhas e irregularidades?
51%
26%
9%
5%
3%
2%
2%
2%
Controle Interno por
Setor
Auditoria Interna
Informação de Terceiros
Denúncia Anônima
Coincidência
Investigação Especial
Informação de
funcionários
Auditoria Externa
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Sistema de Controle Interno. Responsabilidade pela Organização
Compete ao
Gestor do Órgão: organizar o Sistema de Controle Interno;
velar pelo bom, regular e eficiente funcionamento do sistema de controle interno.
SCI um dos mais importantes aliados da administração pública.
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Desafios para a Implantação do Controle
PLATAFORMA
DE SUSTENTAÇÃO DO
CONTROLE INTERNO COMPROMETIMENTO
DOS GESTORES E
ALTERAÇÃO DE CULTURA
SISTEMAS DE
INFORMAÇÃO
VONTADE
POLÍTICA
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IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO
CONTROLE INTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
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CONTROLE INTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
criar em Lei a organização e a estrutura;
a composição da equipe;
os procedimentos;
as finalidades.
INSTITUCIONALIZAÇÃO DO SISTEMA
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RESPONSÁVEL PELO CONTROLE INTERNO
Deverá ser um profissional
devidamente qualificado;
De preferência titular de cargo
efetivo;
Remuneração compatível com
a função.
Conceito
“O controle interno compreende o plano de organização e todos os métodos e medidas coordenados, adotados num órgão/entidade para proteger seus ativos, verificar a exatidão operacional e promover a obediência às diretrizes administrativas estabelecidas.” (AICPA – American Institute of Certified Public Accountans)
Objetivos dos Controles
Internos
De uma maneira GERAL:
Garantir informações adequadas, visando à tomada de decisões;
Estimular o respeito e a obediência às políticas da administração;
Proteger os ativos;
Promover a eficiência e a eficácia operacional.
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CONTROLE INTERNO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
OBJETIVOS
COMPROVAÇÃO DA VERACIDADE DOS
RELATÓRIOS E DOS REGISTROS CONTÁBEIS;
PROTEÇÃO DOS ATIVOS;
PROMOÇÃO DA EFICIÊNCIA OPERACIONAL;
ESTIMULAR A OBEDIÊNCIA AS NORMAS;
CONTRIBUIR PARA EFICÁCIA DO CONTROLE
EXTERNO.
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Fundamento do controle interno
O fundamento do controle interno na Administração Pública
Brasileira está no artigo 76 da Lei 4.320/64, o qual estabelece que o
Poder Executivo exercerá os três tipos de controle da execução
orçamentária: legalidade dos atos de que resultem a arrecadação da
receita ou a realização da despesa, o nascimento ou a extinção de
direitos e obrigações; a fidelidade funcional dos agentes da
administração responsáveis por bens e valores públicos; e o
cumprimento do programa de trabalho expresso em termos
monetários e em termos de realização de obras e prestação de
serviços.
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Fundamento do controle interno
A Lei 4.320/64 mostrou-se inovadora ao consagrar os
princípios do planejamento, do orçamento e do
controle.
Instituiu o Orçamento Plurianual de Investimentos, o
Orçamento Programa Anual e estabeleceu como
objetivo das novas técnicas orçamentárias a eficácia
dos gastos públicos.
PLANO DE AÇÃO
Instrumentos de Planejamento
LDO LOA PPA
Políticas Públicas e Programas de
Governo
Planejar Orientar
Executar
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Fundamento do controle interno
O Decreto-Lei 200/67 estabelece que as atividades da
Administração obedece aos princípios fundamentais
do planejamento, coordenação, descentralização,
delegação de competência e controle, e que será
exercido em todos os níveis e em todos os órgãos,
compreendendo o controle pela chefia competente,
pelos órgãos próprios de cada sistema e pelos órgãos
do sistema de contabilidade e auditoria.
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Fundamentos Constitucionais do Controle Interno
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Fundamentos Constitucionais do Controle Interno
Art. 31. A fiscalização do Município será
exercida pelo Poder Legislativo
Municipal, mediante controle externo, e
pelos sistemas de controle interno do
Poder Executivo Municipal, na forma
da lei.
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Fundamentos Constitucionais do Controle Interno
Art. 70. A fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto а legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. [...]
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Fundamentos Constitucionais do Controle Interno
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: [...]
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INFORMAÇÃO GERENCIAL
Controle Interno Integrado
PODER
JUDICIÁRIO
PODER
EXECUTIVO
PODER
LEGISLATIVO
TRIBUNAL
DE CONTAS
CONTROLE
INTERNO
CONTROLE
INTERNO
CONTROLE
INTERNO
CONTROLE
EXTERNO
Integração das informações
de controle
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*Fernando Augusto Mello Guimarães – Corregedor do Tribunal de Contas do Paraná
SISTEMASISTEMA
DEDE
CONTROLECONTROLE
INTERNOINTERNO
1 - Avaliar
2 - Comprovar a Legalidade
3 - Avaliar Resultados
4 - Controlar
5 - Apoiar o Controle Externo no exercício de sua missão institucional
Cumprimento das Metas Previstas no Plano Plurianual
Execução
Eficácia
Eficiência
Operações de Crédito
Avais
Garantias
Direitos e Haveres do Município
Gestão Financeira
Patrimonial
Rec. Humanos
Orçamentária
Dos Orçamentos dos Órgãos
Dos Programas de Governo
Órgãos e
Entidades da
Adm. Direta
Adm. Indireta
Finalidades do sistema de controle interno
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O Sistema de Controle Interno e a
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
LRF:
praticamente “regulamentou” o sistema
de controle interno;
aumentou importância do sistema de controle interno.
Relatórios de Gestão Fiscal, devem conter a assinatura do
Chefe do Poder Executivo, demais autoridades responsáveis
e, também do responsável pelo Controle Interno (LRF, art.
54 , Parágrafo Único) .
Um bom Sistema de Controle Interno inibe a ocorrência
de atos falhos, auxiliando o bom andamento da gestão.
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O Sistema de Controle Interno e a
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
O Controle Interno é ferramenta
importante e fundamental no auxílio dos Prefeitos, inclusive na reestruturação administrativa que
muitos terão de enfrentar.
“estando frágeis os procedimentos de controle, ocorrem freqüentemente erros involuntários, desperdícios e até fraudes, à revelia do conhecimento do Gestor, que acaba surpreendido pelo controle externo, por não poder contar com um controle interno eficiente, que o teria alertado em tempo.”
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Sistema de Controle Interno nos Municípios
De acordo com a LRF deve existir uma Controladoria em cada Município que será o centro do Controle Interno Municipal.
Controle Interno para os Municípios
As Prefeituras e demais Entidades Municipais,
sujeitas à fiscalização do Controle Externo,
exercido pelo Tribunal de Contas do Estado, estão
obrigadas a adotar e manter o Controle Interno
conforme preconizado nos Arts. 74 e 75 da
Constituição Federal, Art. 32 da Constituição
Estadual e Arts. 75 a 80 da Lei Federal n.º
4.320/64, visando à comprovação transparente dos
recursos aplicados em consonância com os
registros realizados .
OBJETOS DE CONTROLES ESPECÍFICOS PELO CONTROLE INTERNO QUE SERÃO FISCALIZADOS PELO CONTROLE EXTERNO:
I. a execução orçamentária e financeira;
II. o sistema de pessoal ( ativo e inativo );
III. a incorporação, tombamento e baixa dos bens
patrimoniais;
IV. os bens em almoxarifado;
V. as licitações, contratos, convênios, acordos e
ajustes;
VI. as obras públicas e reformas;
VII. as operações de créditos;
VIII. os suprimentos de fundos;
IX. as doações, subvenções, auxílios e
contribuições concedidos;
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O controle interno na Constituição do Estado do Piauí.
Como preceito constitucional, o controle interno aparece pela primeira vez na Constituição do Estado do Piauí, em seus arts. 85 e 90.
Em 2003, o Governo Estadual criou através da Lei Complementar Nº. 28, de 09 de junho de 2003 a Controladoria-Geral do Estado, como órgão central do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Estadual.
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Sistema de Controle Interno no Governo Estadual - PI
De acordo com a estrutura organizacional
definida através da reforma administrativa
levada a efeito através das Leis
Complementares de n.ºs 28/03 e 42/04, a
Controladoria-Geral do Estado é um órgão de
assessoramento direto ao Governador do
Estado em matérias de controle interno e
auditoria.
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Sistema de Controle Interno no Governo Estadual - PI
A Controladoria-Geral do Estado tem a seguinte
missão: “Acompanhar e orientar a gestão
orçamentária, administrativa, financeira e
contábil dos órgãos e entidades do Poder
Executivo Estadual, priorizando a prevenção de
falhas e irregularidades, através da implantação
de controles”. (organização geral e atribuições
regulamentada pelo Decreto nº. 11.392/04).
EC nº 38, 13/12/2012
Altera o art. 90 da Constituição Estadual do Piauí dispondo sobre o mandato dos controladores internos de cada Poder e instituição.
O art. 90 passa a vigorar acrescido dos seguintes dispositivos:
§1º Os titulares dos órgãos de controle interno dos Poderes do Estado e municípios serão nomeados dentre os integrantes do quadro efetivo de cada poder e instituição, nos âmbitos estadual e municipal, com mandato de três anos. 31
EC nº 38, 13/12/2012
§2º A destituição do cargo de Controlador antes do término do mandato previsto no §1º somente se dará através de processo administrativo em que se apure falta grave aos deveres constitucionais e desrespeito à Lei Orgânica do Sistema de Controle Interno a ser regulamentado.
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Sistema de Controle Interno no Governo Estadual - PI
O Governo do Estado do Piauí instituiu através do Decreto Nº.
11.434/04 os núcleos setoriais de controle interno,
denominados de Núcleos de Controle de Gestão, no âmbito da
Administração direta e indireta do Estado, passando estes a
integrar o Sistema de Controle Interno do Poder Executivo.
De acordo com o § 3º. do art. 1º. do Decreto em referência, os
integrantes do Núcleos de Controle de Gestão – NCG, são
subordinados técnica e normativamente à Controladoria e
administrativamente ao órgão a que pertencem.
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Núcleos de Controle de Gestão
Os Núcleos de Controle de Gestão são os responsáveis por coordenar as atividades de Controle interno de cada órgão.
São acompanhados e Fiscalizados periodicamente pela CGE.
Portal da Transparência
O desenvolvimento do Portal da Transparência partiu do
pressuposto de que a participação dos cidadãos e das
organizações da sociedade civil na verificação sistemática da
aplicação dos recursos públicos é um mecanismo importante
para inibir a corrupção e qualquer outro tipo de irregularidade
envolvendo esses valores. Nesse sentido, o Portal da
Transparência (www.transparencia.pi.gov.br) disponibiliza
conteúdo de natureza informativa, com o objetivo de estimular
a prática do controle social. Eventuais suspeitas ou
identificação de qualquer irregularidade devem ser
comunicadas à Controladoria-Geral, por meio de formulário
específico disponível no site www.cge.pi.gov.br
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Conclusões
Um Controle Interno forte, atuante, com servidores bem preparados, respalda e resguarda a atuação do Gestor Público, obstaculiza a ocorrência de irregularidades e, principalmente, resulta em uma melhor aplicação dos recursos públicos
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Endereço: Av. Pedro Freitas, s/nº - Bl. C – Centro Administrativo – 2º
andar, Bairro São Pedro.
Fone CGE: (086) 3211-0590 Fax: (086) 3211 – 0770
E-mail CGE: [email protected]
Home-page: http://www.cge.pi.gov.br
Contatos: Controlador-Geral do Estado
Darcy Siqueira Albuquerque Júnior
Telefone: (086) 3211-0770/ 8832-4451
Como falar com a CGE.