FRATURAS EXPOSTAS
Ortopedia - HAT Acadêmica: Ana Júlia Barros Diniz
Preceptor: Dr Cláudio do Prado Barbosa
Junho / 2012
Faculdades Unidas do Norte de Minas – FUNORTE Instituto de Ciências da Saúde – ICS
Curso Médico 11º Período – Internato Urgência e Emergência
� DEFINIÇÃO
� Solução de continuidade da pele e tecidos moles subjacentes, permitindo comunicação óssea direta ou de seu hematoma fraturário com o meio ambiente.
� Comunicação mascarada
� Fratura X Ferida
� � Trauma = alta magnitude
FX EXPOSTA X FX FECHADA
Alta energia absorvida
Lesão/Destruição tecidual
Contaminação Desvascularização
� � Fase inflamatória
Agregação plaquetária Vasoconstrição Defesa contra infecção Fagocitose tecido necrótico
à Debridamento! � Fase Proliferativa / Reparadora
Tecido de granulação à Cicatrização Consolidação da fratura
FISIOPATOLOGIA
Isquemia + Acidose
� � EC = 1/2 mv2 à energia cinética envolvida é
diretamente proporcional à massa e ao quadrado da velocidade.
� Após o impacto, o membro absorve energia até que esta seja dissipada como explosão, que fratura o osso e lesa partes moles.
� À ruptura segue-se vácuo � Causas
� Corpo parado/movimento + objeto/corpo parado/movimento
ETIOLOGIA, MECANISMO E CARACTERÍSTICAS
CONTAMINAÇÃO
� � Nem sempre é óbvio � Quando um ferimento ocorre no mesmo segmento do
membro da fratura, esta fratura deve ser considerada aberta até que se prove em contrário
à Pesquisa de sangue com gotículas de gordura
DIAGNÓSTICO
http://velano.zip.net/arch2009-09-20_2009-09-26.html
� � Fatores de mau prognóstico – infecção � Tempo e local da lesão � Natureza do agente agressor � Comorbidades
ANAMNESE
http://leosalute.blogspot.com/2009/04/estado-de-choque-e-fraturas-basico.html
� � Lesão:
� Tamanho � Natureza do material contaminante � Tecido desvitalizado / corpo estranho
� Neurovascular: � Pulsos / perfusão � Sensibilidade � Motricidade
EXAME FÍSICO
� � Somente após exame físico e
estabilização � Pctes instáveis ou com
risco de morte = BC!!
EXAMES RADIOLÓGICOS
http://www.cultura.ufpa.br/ortraum/images/tratam3.jpg http://www.scielo.br/img/revistas/rbme/v15n2/a11fig01.jpg
� EXAMES RADIOLÓGICOS
http://ortopediasemlimites.blogspot.com/2008/08/caso-clnico-em-traumatologia-joelho.html
http://www.clinicadevita.com.br/traumatologia.html#fraturas
�
CLASSIFICAÇÃO DE GUSTILO E ANDERSON
http://www.rbo.org.br/Desktopdefault.aspx?tabid=132&ItemID=698
� � Fx segmentar / PAF / ocorridas no campo
são AUTOMATICAMENTE classificadas como III
� Críticas: � Valoriza muito o tamanho do ferimento � Não informa grau de contaminação � Não informa grau de lesão de partes moles
CLASSIFICAÇÃO DE GUSTILO E ANDERSON
� � Contaminação:
� Exposição a: aguá, terra, fezes, TGI � Tempo atendimento >12h
� Trauma de alta energia:
� Fx segmentares / perda óssea � Síndrome compartimental � Esmagamento � Desenluvamento extenso � Necessidade de cobertura
INFLUENCIAM A CLASSIFICAÇÃO
�
� Extensão da lesão � Contaminação � Contusão / Esmagamento / Desvascularização � Arrancamento do músculo ou osso
� Imobilização, consolidação, perda da função � Fx instável
LESÃO DE PARTES MOLES
�
� Varia com o nível de energia do trauma
EXTENSÃO E QUANTIDADE DE TECIDOS DESVITALIZADOS
PROGNÓSTICO
�
� Objetivos: � Restaurar a função do membro � Prevenir infecção � Restaurar tecidos moles � Consolidar o osso à evitar consolidação
viciosa
TRATAMENTO
�
� FASE PRÉ-HOSPITALAR:
� ATLS à ABCDE � Cobertura da ferida com curativo estéril e
imobilização provisória
TRATAMENTO
� � FASE HOSPITALAR:
TRATAMENTO
http://www.hanciau.net/arquivos/FEXPOSTA%20CLASS%20%202011.pdf
� � ABCDE + Cobertura � Exame físico:
� Pulsos periféricos / perfusão � Exame neurológico � Avaliação de partes moles
� Imobilização provisória � Profilaxia antitetânica
TRATAMENTO
� � Antibioticoterapia
� Sempre EV � 48-72h
TRATAMENTO
TIPO 1ª ESCOLHA OPÇÃO
I e II Cefalosporina 1ª -
III A/B/C Cefa 1ª + Aminoglicosídeo Cefa 3ª
Área rural Cefa 1ª + Aminoglicosídeo + penicilina Cefa 3ª
� Nas Tipo III pode-se adicionar cobertura para anaeróbios � Cultura pré-operatória?? � S. aureus
� � DEBRIDAMENTO
� BC à até 4-6h do trauma � Objetivos:
� Remover corpo estranho e tecidos desvitalizados � Reduzir contaminação � Criar ferida vascularizada
� Se dúvida com relação à permanência de tecido desvitalizado ou detritos na ferida à novo debridamento 48 a 72 horas depois (second look)
TRATAMENTO
�
� AVALIAÇÃO DA FERIDA – 4C
� Cor � Contratilidade � Consistência � Circulação
TRATAMENTO
Tecido inviável
Retirar Fragmento ósseo sem
inserção muscular
� � IRRIGAÇÃO
� Limpeza mecânica abundante com soro fisiológico 0,9%, utilizando volume mínimo de 10 litros
� Remoção de detritos / corpo estranho � Diminuição da incidência de infecções � Lavagem sob pressão??
TRATAMENTO
“A solução para a poluição é a diluição”
� � FIXAÇÃO DAS FRATURAS
� Restaurar comprimento / alinhamento / rotação � Evita perpetuação da lesão de partes moles � Diminui a formação de espaço morto e
hematoma � Reduz proliferação bacteriana
TRATAMENTO
� � FIXAÇÃO DAS FRATURAS � Escolha do método:
� Padrão / tipo de fratura / grau de contaminação � Localização anatômica � Grau de lesão de partes moles � Contaminação � Estado geral do paciente � Tempo desde o trauma
TRATAMENTO
�
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-78522009000100008
http://www.microplastica.com.br/caso_clinico/membro_inferior/fraturas_graves/
http://www.microplastica.com.br/caso_clinico/membro_inferior/fraturas_graves/
� � FERIDAS � A princípio, devem ficar abertas. � Fechamento primário:
� Ferida limpa, não em ambiente muito contaminado � Necrose e corpos estranhos removidos � Tecidos viáveis � Sutura sem tensão � Ausência de espaço morto
� Se dúvida = NÃO HÁ DÚVIDA: DEIXE ABERTA!
TRATAMENTO
� � AMPUTAÇÃO � Índice de MESS � >7 pontos = 100%
de amputação
TRATAMENTO
� � OSTEOMIELITE
� o cuidado (viabilidade) com as partes moles, e o uso de uma fixação estável permite a consolidação da fratura e diminui as infecções.
� PSEUDOARTROSE � mais frequentes nas fraturas expostas com acentuado
deslocamento ou nas fixações ineficientes. � CONSOLIDAÇÃO VICIOSA
� podem necessitar uma osteotomia, para correção da deformidade. � SÍNDROME COMPARTIMENTAL
� mais comum no compartimento anterior, segue-se o compartimento lateral, posterior profundo e posterior superficial
COMPLICAÇÕES
� � HEBERT S, FILHO TEOB, XAVIER R, PARDINI AGJ E COLS: Ortopedia
e Traumatologia. Artmed, Porto Alegre; 4ªed, 2009. � HANCIAU F. Fraturas expostas. Universidade Federal do Rio Grande,
2011. � BALBACHEVSKY D, BELLOTI JC, MARTINS CVE, FERNANDES HJA,
FALOPPA F, REIS FB. Como são tratadas as fraturas expostas da tíbia no brasil? Estudo transversal. Departamento de Ortopedia e Traumatologia da UNIFESP, 2005.
� KOJIMA KE, SANTIN RAL, BONGIOVANI JC E COLS. Fratura exposta da diáfise da tíbia no adulto. Projeto Diretrizes, 2007.
� CLÉBER A.J. PACCOLA. Atualização no tratamento das fraturas expostas. Rev. Bras. Ortopedia.
� <http://www.rbo.org.br/Desktopdefault.aspx?tabid=132&ItemID=433> � LOURENÇO, P.C.B; FRANCO, J.S. Fraturas expostas. � <http://www.rbo.org.br/Desktopdefault.aspx?tabid=132&ItemID=698 � http://www.hanciau.net/arquivos/FEXPOSTA%20CLASS
%20%202011.pdf
REFERÊNCIAS
�
Obrigada!