I Congresso Internacional sobre Formação Profissional Docente
UTFPA – Curitiba19-22 de Fevereiro 2013
Isabel Alarcão – [email protected]é Tavares – [email protected] de Aveiro - Portugal
A Aprendizagem Docente em Contexto
Sumário
Contextualização Ação 1: Repensar os currículos na UA
Fases, intervenientes e tarefas Estratégias de operacionalização Reflexão sobre o processo
Ação 2: Introdução de PBL na ESTGA/UA Fases e atores de intervenção Estratégias de operacionalização Reflexão sobre o processo
Conclusões
Contextualização Breve caraterização da Universidade de
Aveiro O problema e o racional das ações Pressupostos Ponto de partida: quatro fatores
determinantes
Breve caraterização da Universidade de Aveiro
Pública, fundada em 1973Predominância científica e tecnológicaIntegra 16 Departamentos e 4 Escolas Politécnicas Cursos de licenciatura, mestrado, especialização, programas doutorais Centros de Investigação 17 Nº de estudantes 14700Nº de Docentes 1510
O problema e o racional das ações
O problema: atualizar os currículos e melhorar a qualidade da formação
O racional das ações: envolvimento dos principais atores no desenvolvimento dos currículos
Fatores
Aluno Professor Currículo Instituição
Ideologia, valores e preconceitos vigentes
Ideologia, valores e preconceitos vigentes
Aluno
Professor
Currículo
Instituição
• Desenraizamento familiar e social• Sentimentos de emancipação/libertação• Conflitualidade de valores (vida social,
afetiva, escolar, trabalho)• Desajuste nos métodos de estudo• Absentismo• Trabalhador-estudante• Condições familiares e socioeconómicas• Dispersão por demasiadas atividades• Problemas pessoais
• Distanciamento em relação aos alunos• Fraca competência científica e pedagógica• Cultura de eliminação dos menos capazes• Desajustes entre ensino e avaliação• Pouca valorização das atividades
pedagógicas• Fraca despistagem de desajustes e
dificuldades• Dispersão por demasiadas atividades
• Desajuste entre níveis de ensino• Falta de bases• Insuficiência de recursos didáticos• Má organização de horários e calendários
de testes• Desarticulação vertical e horizontal• Deficiente integração T/P
• Turmas demasiado grandes• Falta de instrumentos de trabalho• Descoordenação• Má integração institucional dos estudantes• Desconhecimento de regras, deveres e
direitos• Deficientes condições de aconselhamento• Má clarificação do que se espera do
estudante• Falta de espaços de estudo• Pouca capacidade de recuperação dos
menos capazes
Factores de
insucesso académico
Pressupostos A par da pesquisa, a educação e a formação são
funções essenciais da Universidade. A pesquisa favorece contextos incitadores de
aprendizagem. Num mundo globalizado, há que ter em
consideração os padrões e esquemas internacionais de formação.
Novas configurações sociais requerem novas competências.
Na atualidade a educação e a formação exigem o reforço da inter e da transdisciplinaridade
Pressupostos
A formação graduada é apenas uma etapa de formação, a ser completada.
O estudante é ator da sua própria aprendizagem; há que consciencializá-lo disso.
É inadiável alterar métodos de ensino e condições de aprendizagem.
O currículo é muito mais do que um mero plano de estudos.
Os diretores de curso são figuras cruciais no processo de organização, gestão e avaliação curriculares.
Ação 1
Repensar os currículos na UA
Fases, intervenientes e tarefas
1ª Fase
Intervenientes1 representante dos professores por área de formação. (a partir dos mais votados pelos Presidentes dos Conselhos Diretivos).
Tarefa Definição das competências desejáveis para os diplomados pela UA (independentemente da natureza do curso).
Fases, Intervenientes e tarefas
2ª Fase
Intervenientes1 representante dos professores por cada um dos departamentos responsáveis pelos cursos (na UA os cursos são interdepartamentais), agrupados por áreas de formação e tendo, como coordenadores, os intervenientes na fase 1.Tarefa Concretização, para cada uma das áreas de formação (ciências exatas e naturais, engenharias, formação de professores, humanidades, artes e ciências sociais), das competências identificadas na 1ª fase.
Fases, intervenientes e tarefas
3ª Fase
Intervenientes Os directores de curso (uma forma de dinamizar a criação desta figura).
Tarefa Concretização (por curso) das competências identificadas nas fases anteriores.
Fases, Intervenientes e tarefas
4ª Fase
Intervenientes Os directores de curso (e envolvimento das
Comissões Científicas Departamentais e Pedagógicas de curso).
Tarefa Análise dos planos de estudo em vigor e do seu
modo de operacionalização e propostas de mudança em função da sua
adequação/desadequação ao desenvolvimento das competências
Estratégias de operacionalização
• Conscientização dos problemas• Reflexão dinâmica e comprometida• Busca interativa de soluções• Abordagem dos problemas pedagógicos numa
atitude de pesquisa• Lógica do desenvolvimento curricular• Envolvimento progressivo dos intervenientes• Desenvolvimento de uma cultura partilhada de
formação
Reflexão sobre o processo
Comissões geral, intermédia e específicas
Conselhos de cursos Conselhos científico e pedagógico Impactos no interior e no exterior da
Universidade
Ação 2
Introdução de PBL na ESTGA/UA
Fases, intervenientes e tarefas
Desenvolvimento Institucional
Consciência de um problema
Hipóteses de solução
Projecto colaborativo de
desenvolvimento curricular e profissional
- Características dos alunos- Natureza do ensino superior politécnico
Cenário PBLCurrículo ABP
Estratégias de operacionalização
Dificuldade transformada em problema a resolver Recriação do modelo de Aalborg Ação e reflexão Experimentação e análise Argumentação e contra-argumentação Colaboração profissional Aprendizagem cooperativa Formação em situação Autonomização crescente Desafios e apoios
Reflexão sobre o processo
Um processo de triplo desenvolvimento
Desenvolvimento curricular Desenvolvimento profissional Desenvolvimento institucional
Alarcão, I. Desenvolvimento a três dimensões: curricular, profissional e institucional. Reflexões sobre um caso real. Indagatio
Didactica, vol. 1, nº 1, 2009, revistas.ua.pt/index.php/ID/article/viewArticle/894
Escola reflexiva
“Organização que continuadamente se pensa a si própria, na sua missão social e na sua estrutura e se confronta com o desenrolar da sua actividade num processo heurístico, simultaneamente avaliativo e formativo” (Alarcão, 2000)