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Page 1: Imóveis & Decor - 6 de março de 2016

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MANAUS, DOMINGO, 6 DE MARÇO DE 2016

TENDÊNCIAS

Arquiteta fala sobre novidades

Páginas 4 e 5

DIVULGAÇÃO

Ainda há demanda por investimentos em IrandubaOs preços de imóveis variam de acordo com o tamanho do lote e têm parcelas mensais entre R$ 400 e R$ 700

Os empreendimentos imobiliários locali-zados no município de Iranduba, a 27

quilômetros distante de Ma-naus, que tiveram um boom após a construção da ponte sobre o rio Negro que liga a capital à região metropolita-na, sofrem com a crise, porém a tendência é de melhora.

Os imóveis que estão na estrada ainda são os mais cotados entre os clientes por conta da proximidade a Manaus. De acordo com o corretor de imóveis Valdemir Botelho, após a conclusão da construção da ponte que liga Manaus a Iranduba, a melho-ra foi de 100% nas vendas. “Melhorou muito, e o fl uxo

de pessoas procurando, tam-bém, é bem maior que antes”, disse Botelho, ao destacar que os loteamentos parcela-dos são os mais procurados por quem deseja investir em um “pedaço de terra”.

Os preços são dos mais variados, e dependendo do tamanho do lote, as parcelas mensais vão de R$ 400 até R$ 700. Além desses lotes, os apartamentos que não se distanciam muito da ponte também estão em alta entre quem deseja investir. “Apar-tamentos e casas próximos ao quilômetro 5 até o 8 ainda são um bom atrativo”, explicou o corretor.

Botelho revela, entretanto, que o único período de queda da demanda que ele presen-ciou – após a construção da

ponte – foi no início deste ano, e isso é motivado pelo momento conturbado da eco-nomia brasileira. “Por conta da crise, a procura diminuiu um pouco, mas mesmo assim ainda estamos vendendo bem, pois as difi culdades não são apenas em Iranduba, mas em todo o Brasil”, avaliou.

InvestimentoO agrônomo Augusto

William Pereira afi rma que só comprou um imóvel em Iranduba após a construção da ponte. “Eu tinha muita von-tade de ter uma casa fora de Manaus, mas a acessibilidade aos municípios sempre foi um problema. Agora moro próxi-mo ao meu trabalho, o que é bem melhor”, comentou.

Apesar da crise, o presiden-te da Associação das Empre-sas do Mercado Imobiliário (Ademi), Romero Reis, consi-dera que o momento econô-mico é favorável ao consu-midor, pois em praticamente todos bairros de Manaus há empreendimentos imobili-ários e, principalmente, em Iranduba, onde há um amplo mercado e opções para inves-

tir. “As incorporadoras cons-trutoras estão no momento de privilegiar a venda de seus estoques”, explicou Reis.

Mais em contaCom o valor médio do metro

quadrado avaliado em R$ 4,4 mil, o Amazonas é um dos Estados que apresentam imóveis com preços mais bai-xos em nível nacional, onde a média do metro quadrado chega a R$ 7,3 mil.

Mesmo com os lotes estan-do com preços mais baixos no momento da compra de um imóvel ou terreno, apro-ximadamente 9% das vendas referente ao primeiro mês do ano se dão com imóveis de três quartos, com mais de cem unidades vendidas, segundo balanço da Ademi-Am.

Adaptados“Durante a aquisição de

um imóvel, a planta fi ca por conta da escolha do cliente. O tamanho de uma sala, ou cozinha, assim como o número de quartos, é o que mais causa impacto no momento de es-colha”, explicou o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon-AM), Frank Souza, e isso faz com que muitos projetos sejam readequados.

“Quando você escolher um apartamento, ele já tem uma modulação e no caso do nú-mero de quartos, na planta, o cliente pode optar e a constru-tora adequa conforme o gos-to. Tem construtora, inclusive, que exemplo, transforma um quarto e uma grande sala ou um home theater”, fi nalizou.

ASAFE OLIVEIRA OPORTUNIDADE

Inaugurada em 2011, a ponte Rio Negro abriu oportunidades para in-corporadoras oferecerem produtos imobiliários. De acordo com projeções do Sindmoveis-AM, dez empreendimentos (45 mil moradias) devem ser entregues até 2017

IONE MORENO

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EXPEDIENTEEDIÇÃO Mellanie [email protected]

REPORTAGEMAsafe Oliveira

FOTOSArquivo EM TEMPO

REVISÃODernando Monteiro eJoão Alves

DIAGRAMAÇÃOAdyel Vieira

TRATAMENTO DE FOTOSKleuton Silva

Avanço no índice que reajusta valor do aluguelO levantamento é feito mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV)

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) variou 1,29% em fe-vereiro, um avanço de

0,15% sobre janeiro. O levan-tamento é feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) com base nos preços coletados entre os dias 21 de janeiro e 20 de fevereiro. Em 12 meses, o IGP-M registrou alta de 12,08%.

O Índice de Preços ao Pro-dutor Amplo (IPA) apresentou variação de 1,45% em feverei-ro. No mês anterior, a taxa foi de 1,14%. O índice relativo aos bens fi nais variou 1,43% neste mês. Em janeiro, esse grupo de produtos teve variação de 1,84%. Contribuiu para o recuo o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de 7,6% para 2,48%.

O índice referente ao gru-po bens intermediários variou

1,16% neste mês. Em janeiro, a taxa foi de 0,69%. O principal responsável por esse movi-mento foi o subgrupo materiais e componentes para a manufa-tura, cuja taxa passou de 1,06% para 1,96%. O índice de bens intermediários, calculado após a exclusão do subgrupo com-bustíveis e lubrifi cantes para a produção, variou 1,43%, ante 0,87%, em janeiro.

No estágio inicial da produ-

ção, o índice do grupo matérias-primas brutas variou 1,83% em fevereiro. Em janeiro, o índice registrou variação de 0,85%. Os itens que mais con-tribuíram para esse movimen-to foram: milho em grão (9,68% para 17,79%), bovinos (0,09% para 2,63%) e cana-de-açúcar (1,39% para 4,03%). Em senti-do oposto, destacam-se: soja em grão (1,83% para -1,45%), suínos (-0,58% para -11,08%) e aves (-2,48% para -4,20%).

O Índice de Preços ao Consu-midor (IPC) registrou variação de 1,19% em fevereiro, ante 1,48% em janeiro. Três das oito classes de despesa com-ponentes do índice registraram decréscimo em suas taxas: a principal contribuição foi do grupo alimentação (2,36% para 1,42%). Nessa classe de despesa, o destaque é o item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 19,44% para 5,29%.

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AÇÃO

Índice Geral de Preços do Mercado variou 1,29% em fevereiro, um avanço de 0,15% sobre janeiro

TENDÊNCIA

O aumento do IGP-M segue a tendência apresentada no mês anterior. No acumu-lado dos 12 meses de 2015, a taxa indica aumento de 10,95%. O índice é utilizado para o cálculo do rea-juste do aluguel

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Como escolher os vasos ideais para cada espécieNa hora da compra, algumas características do recipiente devem ser observadas para determinar a vitalidade da planta

A especialista garante que o material ou formato do vaso não infl uenciam no crescimento da planta

Escolher o vaso correto é um fator crucial para de-terminar a vitalidade da planta. Por isso, na hora

da compra, o mais importante a se levar em conta é o tama-nho. Deve-se escolher um que tenha a dimensão adequada para o desenvolvimento de cada planta. Sendo assim, escolha primeiro a planta que você quer. Tendo ela em mãos, o vaso precisa ter espaço para que o torrão (a raiz) seja envolvido por terra em todos os lados, e não apenas na parte baixa do vaso.

A arquiteta e paisagista Daniela Sedo explica que ou-tras características indispen-sáveis de um vaso são ter furo para a saída da água excedente da rega, ter prato um pouco maior do que a base do vaso (o prato deve ter pelo menos 5 cm a mais do que a base do vaso) e colocar rodízio caso o local precise ser limpo com frequência. “Isso porque o rodízio facilita a movimenta-ção do vaso e a manutenção

também, sem riscar o piso do local. Além disso, permite que a planta seja virada para que ela receba sol por igual”, diz.

Além disso, a profi ssional reforça que o material do vaso não infl uencia no desenvolvi-

mento da planta, porém plan-tas com raízes fortes podem quebrar vasos, como vasos de terracota com uma primavera.

“Mais cedo ou mais tarde a raiz da primavera vai quebrar o vaso. A planta ter fl ores não é uma condicional para retirá-la

de um vaso. Por exemplo, o antúrio, o agapanto e outras espécies de pequeno porte podem viver em vaso durante muitos anos”, ressalta.

DúvidaHá também sempre a dúvida

de qual é o momento ideal para trocar uma planta para um vaso maior. E, para isso, é necessário conhecer o desen-volvimento de cada espécie para saber o momento certo.

“Uma planta que está há três anos ou mais no mesmo vaso, provavelmente precisa-rá de um novo, devido ao crescimento de suas raízes e a necessidade de mais terra e nutrientes. É necessário es-quecer a ideia de vaso ideal para colocar dentro de casa – não existe vaso ideal. A escolha do vaso dependerá de quanto a pessoa quer gastar e o que mais combina com o estilo de decoração da casa, e principalmente, do tamanho da planta”, ensina Daniela.

INOVAÇÃO

A MPD, construtora e in-corporadora de Alphaville, é a primeira empresa brasileira da área de construção civil a seguir a tendência mundial de vídeos 360°, que estourou no fi nal de 2014 estreando em festas de casamento, grandes shows e eventos e tomou grandes proporções em 2015, ano em que empre-sas como Redbull, Facebook e Samsung começaram a se comunicar com consumido-res de maneira inovadora. E agora a solução alcança um novo patamar e será utilizada para otimizar o tempo de quem procura por um novo lar.

“O diferencial de um vídeo em 360 graus é que ele regis-tra todos os ângulos possíveis, e faz com que não se perca nenhum detalhe, permitindo que o espectador tenha a sen-sação de estar participando do vídeo”, explica a diretora de incorporação, Débora Ber-tini. Essa plataforma aceita que, por meio do vídeo, sejam visualizados todos os ambien-tes minuciosamente e o mais interessante é que basta um

movimento no tablet ou smar-tphone para que se tenha uma experiência completa.

Além de acompanhar o con-ceito da empresa, que busca trazer inovação e soluções práticas para os seus clien-tes, o vídeo é uma novidade importante para o mercado imobiliário. “Como a maioria de nossos clientes são pessoas que moram em São Paulo e estão interessadas em migrar para Alphaville, o vídeo é uma ferramenta importante que oferece todos os detalhes do decorado para o cliente sem ele ter o trabalho de se deslocar e sair do conforto do seu lar”, diz.

A diretora ainda reforça, ainda, que uma das van-tagens do 360° é que ele dá vida ao ambiente, dessa forma o comprador terá uma noção de espaço com pesso-as cozinhando, andando pelo apartamento, por exemplo.

VantagensPara quem acredita que

existe alguma restrição ou ponto cego no vídeo 360° está enganado, é o que

garante a produtora Sinto-nia Cine, responsável pelo vídeo do apartamento de-corado do Boulevard Tam-boré, empreendimento da MPD que será entregue em fevereiro de 2017.

“O vídeo em 360 graus mostra absolutamente tudo, do chão ao teto, da esquerda para a direita, o que não permite pontos cegos. A cap-tação é realizada por um equipamento que possui seis câmeras GoPro acopladas e a edição é realizada por meio de um so¦ ware especial. Ou-tra grande diferença é que o cliente não precisa sair da casa dele nem precisa ir até o estande. Não existe outra tecnologia que chegue tão perto de mostrar os detalhes de um decorado”, explica Felipe Correa, sócio diretor da Sintonia Cine.

Para ter a experiência com-pleta, é indicado que o usuário assista ao vídeo pelo celular ou pelo tablet usando o apli-cativo do Youtube ou pelo Facebook da MPD. Acesse http://bit.ly/1LWbF8F.

Solução: visita por vídeo 360°

No vídeo, o usuário pode explorar todos os ambientes do apartamento com descrição de detalhes de cada um

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AÇÃO

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DICA

Leve em considera-ção o equilíbrio entre planta e vaso, até porque, esteticamen-te falando, é neces-sário que este exista. Não dá para colocar uma planta pequena em um vaso grande ou vice-versa

FOTO

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Tendências 2016: as novidades do décorQuem não gosta de tendências? A ideia não é segui-las à risca, mas tê-las como referência e encaixar os insights dentro do nosso próprio estilo, seja através da moda, das cores e da decoração. A arquiteta e desenvolvedora de conteúdo Érica Giacomelli fez um levantamento das principais tendências do morar 2016 e antecipa o que vem por aí

- Aconchego/HousewarmingA tendência pela procura de aconchego (hou-

sewarming) vai se desenvolver em 2016. A caça pelo que é relaxado, soft, confortável e sossegado vai desde design residencial, até escritórios e ambientes públicos. Essa tendência também trata da modificação dos ambientes: a onda é receber e entreter em casa, compar-tilhar o espaço com os outros. Os ambientes vão se tornando cada vez mais multifuncionais, com foco nas cozinhas. Para aplicar essa ten-dência, é recomendado o uso de madeira em lugares estratégicos, bem como o uso de ma-teriais naturais e design flexível para integrar todos esses elementos.

- DarkComo uma ‘contra tendência’ dos ambientes mais claros (que estão presentes em

quase todas as outras tendências mostradas), alguns designers de interiores estão apostando mais em ambientes mais escuros, principalmente ambientes de hospitalidade como hotéis, restaurantes, bares etc. A tendência não é apenas o uso de tons mais escuros de maneira deliberada, e sim todo um estudo de tons noturnos e profundos, e uma maior utilização de patterns escuras. Nessa tendência, toda a paleta de cores é escura e fechada. A influência desses ambientes vai chegar em interiores domésticos com paletas de cores mais escuras e um tom mais melancólico do design.

- Herança/HeritageA tendência Herança Histórica é marcada pelo re-

torno aos períodos clássicos e às heranças históricas e culturais. Essa tendência, assim como a Housewar-ming, está sendo aplicada em residências, hotéis e principalmente em espaços de varejo. O foco principal dessa tendência é no revival de tecidos tradicionais com patterns intrincadas e clássicas, de veludos e de sedas. Além do uso de papéis de parede que in-terpretam essa tendência de uma maneira criativa: ou com a extrapolação de imagens de época, ou com superfícies pintadas a mão ou até com ilusões de boiserie em neoprene.

- Minimalismo escandinavoO estilo escandinavo sempre foi

incrivelmente minimalista, mas, além disso, ele está se desenvolvendo para um look cool e impecável, que traz uma vibração calma e serena ao mesmo tempo em que mostra toda sua capacidade de habilidade, prin-cipalmente em madeira. Para chegar ao look ‘menos é mais’, simplicidade acima de tudo, sem detalhes deco-rativos desnecessários. O mobiliário deve ser de madeira clara com formas simples e diretas. É uma tendência um pouco mais ‘fria’ e distante do que estamos acostumados no Brasil.

- Espaços com curadoriaA tendência dos ‘Curated Lands-

capes’ trata da curadoria cuidadosa de espaços pequenos e na liberdade de modifi cação dos mesmos. Como as casas estão se tornando mais do que apenas espaços de morar, e sim ambientes multifuncionais para aco-modar diversas atividades diferentes, e os mesmos não estão crescendo em tamanho, e sim diminuindo, os mobiliá-rios modulares, as maneiras de guardar objetos e de mostrar peças decorativas e ornamentos estão crescendo em popularidade. Essa tendência trata da forma como selecionamos e guarda-mos/organizamos objetos e peças.

- Indoor/OutdoorOs limites do que é área interna e o que é área externa

vão sumir completamente em 2016, é o que diz a ten-dência Indoor/Outdoor (Interior/Exterior). Acompanhando as modificações que já vem ocorrendo há vários anos, a tendência é eliminar a diferenciação do que é ‘casa’ e o que é ‘lazer’, fundindo essas designações para uma área única e contínua. O mercado vem se aproveitando desta tendência e propondo um design mais flexível e com o mes-mo nível de conforto: seja para a área interna ou externa. Para se aproveitar dessa tendência não é necessário ter uma casa, já vemos no Brasil uma implementação dessa tendência há muitos anos com a nivelação das varandas e a incorporação das mesmas no espaço interno de casa com o uso das janelas retráteis em apartamentos.

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Tendências 2016: as novidades do décorQuem não gosta de tendências? A ideia não é segui-las à risca, mas tê-las como referência e encaixar os insights dentro do nosso próprio estilo, seja através da moda, das cores e da decoração. A arquiteta e desenvolvedora de conteúdo Érica Giacomelli fez um levantamento das principais tendências do morar 2016 e antecipa o que vem por aí

- Aconchego/HousewarmingA tendência pela procura de aconchego (hou-

sewarming) vai se desenvolver em 2016. A caça pelo que é relaxado, soft, confortável e sossegado vai desde design residencial, até escritórios e ambientes públicos. Essa tendência também trata da modificação dos ambientes: a onda é receber e entreter em casa, compar-tilhar o espaço com os outros. Os ambientes vão se tornando cada vez mais multifuncionais, com foco nas cozinhas. Para aplicar essa ten-dência, é recomendado o uso de madeira em lugares estratégicos, bem como o uso de ma-teriais naturais e design flexível para integrar todos esses elementos.

- DarkComo uma ‘contra tendência’ dos ambientes mais claros (que estão presentes em

quase todas as outras tendências mostradas), alguns designers de interiores estão apostando mais em ambientes mais escuros, principalmente ambientes de hospitalidade como hotéis, restaurantes, bares etc. A tendência não é apenas o uso de tons mais escuros de maneira deliberada, e sim todo um estudo de tons noturnos e profundos, e uma maior utilização de patterns escuras. Nessa tendência, toda a paleta de cores é escura e fechada. A influência desses ambientes vai chegar em interiores domésticos com paletas de cores mais escuras e um tom mais melancólico do design.

- Herança/HeritageA tendência Herança Histórica é marcada pelo re-

torno aos períodos clássicos e às heranças históricas e culturais. Essa tendência, assim como a Housewar-ming, está sendo aplicada em residências, hotéis e principalmente em espaços de varejo. O foco principal dessa tendência é no revival de tecidos tradicionais com patterns intrincadas e clássicas, de veludos e de sedas. Além do uso de papéis de parede que in-terpretam essa tendência de uma maneira criativa: ou com a extrapolação de imagens de época, ou com superfícies pintadas a mão ou até com ilusões de boiserie em neoprene.

- Minimalismo escandinavoO estilo escandinavo sempre foi

incrivelmente minimalista, mas, além disso, ele está se desenvolvendo para um look cool e impecável, que traz uma vibração calma e serena ao mesmo tempo em que mostra toda sua capacidade de habilidade, prin-cipalmente em madeira. Para chegar ao look ‘menos é mais’, simplicidade acima de tudo, sem detalhes deco-rativos desnecessários. O mobiliário deve ser de madeira clara com formas simples e diretas. É uma tendência um pouco mais ‘fria’ e distante do que estamos acostumados no Brasil.

- Espaços com curadoriaA tendência dos ‘Curated Lands-

capes’ trata da curadoria cuidadosa de espaços pequenos e na liberdade de modifi cação dos mesmos. Como as casas estão se tornando mais do que apenas espaços de morar, e sim ambientes multifuncionais para aco-modar diversas atividades diferentes, e os mesmos não estão crescendo em tamanho, e sim diminuindo, os mobiliá-rios modulares, as maneiras de guardar objetos e de mostrar peças decorativas e ornamentos estão crescendo em popularidade. Essa tendência trata da forma como selecionamos e guarda-mos/organizamos objetos e peças.

- Indoor/OutdoorOs limites do que é área interna e o que é área externa

vão sumir completamente em 2016, é o que diz a ten-dência Indoor/Outdoor (Interior/Exterior). Acompanhando as modificações que já vem ocorrendo há vários anos, a tendência é eliminar a diferenciação do que é ‘casa’ e o que é ‘lazer’, fundindo essas designações para uma área única e contínua. O mercado vem se aproveitando desta tendência e propondo um design mais flexível e com o mes-mo nível de conforto: seja para a área interna ou externa. Para se aproveitar dessa tendência não é necessário ter uma casa, já vemos no Brasil uma implementação dessa tendência há muitos anos com a nivelação das varandas e a incorporação das mesmas no espaço interno de casa com o uso das janelas retráteis em apartamentos.

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Stockholm Furniture & Light Fair: tendências internacionais em Estocolmo

Paulo Ricardo Sachs Atuante no mercado nacional e internacional de mobiliário e alta decoração

Arquitetando

A feira de Estocolmo é há mais de seis dé-cadas uma grande refêrencia na inspiração para profissionais especificadores nos quesi-tos: linguagem, conteúdo e insights, aguçan-do o processo criativo dos mesmos

[email protected]

@pricardosachs

arquitetandomanaus

www.arquitetandomanaus.com.br

FOTOS: JOÃO SACCARO

A Saccaro, marca de mobiliário de luxo, re-conhecida no cenário nacional e internacio-

nal, com 45 lojas no Brasil e 24 no exterior, convidou um grande grupo de parceiros especifi cadores para a Sto-ckholm Furniture & Light Fair, uma conceituada feira que apresenta ao mundo as novi-dades do design escandinavo, seja em mobiliário residencial ou corporativo, reunindo o que há do melhor em design. Co-nhecidos pelo processo nato em design criativo, os escandi-navos tem uma presença forte na feira, desde expositores à aspirantes de design. Assim como no Salão Internacional de Milão, acontecem even-tos satélites de alto nível em showrooms, galerias de arte, lojas em torno de Estocolmo. O dia é feito para visitar, fechar negócios; enxergar o design por outra ótica, no caso, agregar a criativavidade e percepção através dos expo-sitores da Stockholm Furni-ture & Light Fair. Este evento serve ainda como âncora para lançamento de novos produ-tos no mercado internacional. Esta edição aconteceu entre 9 e 13 de fevereiro. Surpre-endentemente a Off ect e Bia Stantion, fi guram entre os hits da feira. A belíssima Montpar-nasse, poltrona desenvolvida pela Off ect foi inspirada em materiais de camping, dobrá-vel, fácil de armar, e com revestimento surpreendente, isto é; funcional o que re-sume design. A essência do design sueco é fundamentada sobre tês pilares: o design tem que ser acessível para todos; pensar sobre como e

de onde vem os materiais necessários para a cons-trução de um produto, ou seja criar novos conceitos sobre a extração dos ma-teriais, causando menor dano possível a natureza ou seja, lá o pensamento da tal sustentabilidade muito falada e pouco aplicada nas bandas do norte do Brasil, funciona. Os desig-ners criam o objeto com o foco no meio ambiente, usando o melhor da tec-nologia e melhorando um mesmo produto ao longo do tempo. O business da Stockholm Furniture & Light Fair é promover a diversidade no setor e benefi ciar também as produ-ções de pequena escala dos designers. Presença forte de cor, acabamentos em metal com forte tendência ao ouro-rosa, como em relógios de bom quilate; forte uso do couro e suas formais naturais, assim como madeiras que chegam novamente com leitura na-tural. Ambientes corporati-vos apresentaram um novo comportamento, mais cosmo-polita e menos atrelado ao comportamento tubes, ternos e gravatas. Um must. Manaus foi duplamente representada pelo escritório Barakat & Fi-gueiredo Arquitetos Associa-dos. Leila Barakat e seu afável sócio, companheiro, gourmet e amigo João Pedro Figueire-do estiveram viajando para a feira por mérito e por par-ceria com a Sacaro Manaus. E ainda no melhor conceito twice. Não mereceira menos. Agradecimentos à João Sac-caro pela iniciativa de cunho internacional. Razô!

Estofados: design inteligente e cor tendência do ano

Ambiente da feira: visitaçãoPor dentro da Stockholm Furniture & Light FairEstocolmo: linda, fria, asséptica e encantadora

Cadeiras: design arrojado e paixão nórdicaLuminárias: metal, ourorosa e formas arredondadas

Ambientes corporativo: descolado, cor, vida

Tons da madeira: tendência cores clarasO vencedor leva tudo: Leila Barakat e João FigueiredoCH22: Hans J. Wegner, lançada em 1950

Montparnasse: um dos hits da Off ect totalmente funcional

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Financiamento da casa própria facilitado pelo BBBanco do Brasil vai pedir ao Conselho Curador para fi car com R$ 5 bi do FGTS para aumentar fi nanciamento imobiliário

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AÇÃO

A expectativa do BB é aumentar em 20% a carteira imobiliária neste ano, depois de crescer 27% em 2015, ano em que o mercado cresceu 16%

BRASÍLIA, DF (FO-LHAPRESS) - O Banco do Brasil vai pedir ao Conselho

Curador do FGTS que fique com cerca de R$ 5 bilhões dos R$ 21,7 bilhões liberados na última sexta-feira (26) para incrementar o finan-ciamento imobiliário no país neste ano.

O banco solicitou entre R$ 2 bilhões e R$ 2,5 bilhões para incremento na linha Pró-Cotista, de um total de R$ 8,2 bilhões disponíveis. E mais até R$ 3 bilhões para compra de CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), de um total de R$ 10 bilhões.

O valor que será direciona-do para cada banco depende da demanda das instituições financeiras pelos recursos.

ValoresO BB pretende utilizar os

recursos para financiamento de imóveis novos e usados no valor de até R$ 400 mil.

“É onde tem demanda. Há muito deficit habitacional nesse segmento”, diz Raul Moreira, vice-presidente de Negócios de Varejo do BB.

A linha Pró-Cotista é des-tinada a trabalhadores que possuem conta no FGTS. A taxa de juros é de 8,66% + TR ao ano. Segundo o Ministério do Trabalho, a maior parte dos recursos deve ir obriga-toriamente para imóveis de até R$ 500 mil.

DemandaNessa faixa de valor, se-

gundo o executivo, há mui-tas pessoas adquirindo o primeiro imóvel, saindo do aluguel, o que faz com que a financiamento não altere significativamente seu com-prometimento de renda.

A expectativa do BB é au-mentar em 20% a carteira imobiliária neste ano, depois de crescer 27% em 2015, ano em que o mercado cresceu 16%. O banco é hoje o segun-do maior banco no segmento e detém 8% do mercado.

A Caixa retomou as con-tratações de empréstimos com a linha Pró-Cotista. O banco já havia utilizado in-tegralmente a sua parte no orçamento de 2016. Desde o ano passado, essa linha tem sido utilizada para suprir a falta de recursos da poupan-ça para crédito imobiliário.

EDUARDO CUCOLO

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Custo da construção tem alta

Construção civil com quedano emprego e na atividadeOs índices de atividade continuam no mesmo patamar de dezembro e se mantêm próximos ao piso da série histórica

A indústria da constru-ção começou o ano com queda na ativida-de e no emprego, in-

formou esta semana a Confe-deração Nacional da Indústria (CNI). A Sondagem Indústria da Construção mostra que o indicador de evolução do nível de atividade registrou 33,6 pontos e o de evolução de número de empregados assi-nalou 33,8 pontos em janeiro.

Os índices de evolução do nível de atividade e do número de empregados variam de 0 a 100 pontos. Quanto mais abai-xo dos 50 pontos, mais intensa e disseminada é a queda da produção e do emprego.

Os índices de atividade, cuja série começou em dezembro de 2009, e o de emprego, iniciada em janeiro de 2011, continuam no mesmo pata-mar de dezembro e se mantêm próximos ao piso da série histórica, informou a CNI.

PessimismoA utilização da capacidade

de operação fi cou em 56%, 10 pontos percentuais abaixo da média da série histórica iniciada em janeiro de 2012.

As expectativas dos empre-sários em fevereiro para os próximos seis meses são nega-tivas em todos os indicadores, que estão abaixo da linha dos 50 pontos. Enquanto o índice de perspectivas para o nível de atividade fi cou em 39,8 pontos, o do número de empregados assinalou 38,5 pontos e os de novos empreendimentos e serviços e o de compras de insumos e matérias-primas acusaram 38,1 pontos.

De acordo com a CNI, a com-binação do baixo desempenho da indústria da construção com o pessimismo em relação aos próximos meses deixa os em-presários do segmento menos propensos a investir. O índice de intenção de investimento fi cou em 25,9 pontos em fevereiro. O indicador também varia de 0 a 100 pontos e, quanto mais baixo, menor é a propensão dos empresários para investir nos próximos seis meses.

A edição da Sondagem In-dústria da Construção foi feita entre 1º e 18 de fevereiro com 590 empresas, das quais 178 de pequeno porte, 268 médias e 144 grandes.

O Custo Unitário Bási-co (CUB) da construção ficou praticamente es-tável em fevereiro, com alta de 0,05%, segundo levantamento divulgado na última quarta-feira (2) pelo Sindicato da Indús-tria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP). O CUB ficou em R$ 1.145,68 por metro quadrado. Em 12 meses, a alta é de 4,82%.

Calculado pelo Sindus-con em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), o Custo Unitário Básico mede a variação dos gastos mensais das construtoras para a uti-lização nos reajustes dos contratos de obras.

Em fevereiro, os cus-tos médios com mate-riais subiram 0,06%, os

com mão de obra 0,04% e os administrativos ficaram estáveis.

Para o vice-presidente de economia do Sindus-con, Eduardo Zaidan, a pequena variação é con-sequência do desempe-nho fraco do setor. “A estabilidade do CUB re-flete a baixa atividade da construção e, conse-quentemente, a reduzida demanda por insumos, de um lado, e a queda do nível de emprego no setor, de outro”, ressaltou.

Para ele, não há pers-pectiva de melhora da situação no curto prazo. Não se vislumbra uma mudança neste cenário nos próximos meses”, enfatizou.

continuam no mesmo pata-mar de dezembro e se mantêm próximos ao piso da série histórica, informou a CNI.

PessimismoA utilização da capacidade

de operação fi cou em 56%, 10 pontos percentuais abaixo da média da série histórica iniciada em janeiro de 2012.

As expectativas dos empre-sários em fevereiro para os próximos seis meses são nega-tivas em todos os indicadores, que estão abaixo da linha dos 50 pontos. Enquanto o índice de perspectivas para o nível de atividade fi cou em 39,8 pontos, o do número de empregados assinalou 38,5 pontos e os de novos empreendimentos e serviços e o de compras de insumos e matérias-primas acusaram 38,1 pontos.

De acordo com a CNI, a com-binação do baixo desempenho da indústria da construção com o pessimismo em relação aos próximos meses deixa os em-presários do segmento menos propensos a investir. O índice de intenção de investimento fi cou em 25,9 pontos em fevereiro. O indicador também varia de 0 a 100 pontos e, quanto mais baixo, menor é a propensão dos empresários para investir nos próximos seis meses.

A edição da Sondagem In-dústria da Construção foi feita entre 1º e 18 de fevereiro com 590 empresas, das quais 178 de pequeno porte, 268 médias e 144 grandes.

construtoras para a uti-lização nos reajustes dos contratos de obras.

Em fevereiro, os cus-tos médios com mate-riais subiram 0,06%, os

Não se vislumbra uma mudança neste cenário nos próximos meses”, enfatizou.

Para CNI, baixo desempenho da in-dústria da construção e o pessimismo em relação aos próximos meses deixam os empresários menos propensos a investir

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