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Índice
Introdução........................................................................................................................................3
Objectivos........................................................................................................................................4
Metodologia.....................................................................................................................................4
1.Contextualização...........................................................................................................................5
2.Definição do Controle interno......................................................................................................5
2.1.Objetivos do controle interno....................................................................................................5
2.2.Estrutura e componentes do controlo interno............................................................................6
2.3.A importância do controlo interno.............................................................................................8
2.4.Limitações e distorções de controlo interno..............................................................................9
2.5.Risco informático.....................................................................................................................10
3.Formas registar os sistemas contabilísticos e de sistemas de controlo interno...........................11
3.1.Efectivação de Testes..............................................................................................................12
4.Auditoria no ambiente dos sistemas de tecnologias de informação...........................................12
5.Erros e Fraudes...........................................................................................................................14
5.1.Erros.........................................................................................................................................15
5.2.Fraudes.....................................................................................................................................15
6.Sugestões para melhoria dos sistemas contabilísticos e de controlo interno..............................16
Conclusão......................................................................................................................................19
Bibliografia....................................................................................................................................20
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Introdução
O presente trabalho tem como o tema ‘’Importância do controlo interno para o trabalho do
auditor’’. Na verdade, o trabalho de auditoria é cada vez mais um tema de elevada importância
para a empresa que, quer por obrigação legal, quer ao nível interno, tenha de certificar que a
informação financeira que produz é correcta, apropriada e fiável. Entre os diversos processos que
o trabalho de auditoria envolve, os testes aos controlos internos das empresas têm um papel
fundamental na definição dos procedimentos a efectuar ao longo de todo o trabalho de auditoria.
Sendo o controlo interno uma peça chave em auditoria, será interessante desenvolver este tema,
no âmbito do trabalho de auditor.
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Objectivos
Objectivo geral
Destacar a importância do controlo interno, para o trabalho do auditor.
Objectivos específicos
Verificar as limitações e distorções do controlo interno nas empresas;
Analisar a estrutura e componentes que compõem o controlo interno;
Apresentar os objectivos do controlo interno, para a protecção do património da empresa.
Metodologia
A elaboração do presente trabalho tem por objectivo destacar a importância do controlo interno,
para o trabalho do auditor nas organizações. Neste caso,para a produção deste trabalho a coleta
de dados aconteceu através de revisão bibliográfica de livros com temas relacionados com
Auditoria em forma de pesquisa descritivo-qualitativa.
Após a coleta das informações, os textos foram comparados para decisão da ordem e relevância
das informações para a produção da revisão da literatura.
Com base na revisão literária, foram produzidas as considerações finais, relacionando as sínteses
dos itens que estão entre principais conhecimentos da importancia do controlo interno e sua
importância para a condução do trabalho do auditor.
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1.Contextualização
2.Definição do Controle interno
O controle interno é o plano de organização e o conjunto coordenado dos métodos e medidas,
adoptados pela empresa, para proteger seu patrimônio, verificar a exatidão e a fidedignidade de
seus dados contábeis, promover a eficiência operacional e encorajar a adesão à política traçada
pela administração.
Na verdade, a definição é provavelmente mais ampla do que o significado que, às vezes, se
atribui ao termo. Na realidade, ela reconhece que um sistema de controle interno se projecta além
daquelas questões diretamente relacionadas com as funções dos departamentos de contabilidade
e de finanças.
2.1.Objetivos do controle interno
O conceito, a interpretação e a importância do controle interno envolvem imensa gama de
procedimentos e práticas que, em conjunto, possibilitam a consecução de determinado fim, ou
seja, controlar.
Regra geral, o controle interno tem quatro objetivos básicos:
A salvaguarda dos interesses da empresa;
A precisão e a confiabilidade dos informes e relatórios contábeis, financeiros e operacionais;
O estímulo à eficiência operacional; e
A aderência às políticas existentes.
O objectivo do controle interno relativo à salvaguarda dos interesses refere-se à proteção do
patrimônio contra quaisquer perdas e riscos devidos a erros ou irregularidades. Uma empresa
dispõe de bens, direitos e obrigações que se encontram divididos por diversos departamentos e
setores que cuidam individualmente da parte que lhes cabe. O sector de pessoal é o responsável
pelo cálculo e controle da folha de pagamento, assim como pelo recolhimento dos encargos
sociais.
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Os principais meios que podem dar o suporte necessário à salvaguarda dos interesses são os
seguintes:
a) Segregação de funções: estabelece a independência para as funções de execução operacional,
custódia física e contabilização. Ninguém deve ter sob sua inteira responsabilidade todas as fases
inerentes a uma operação. Cada uma dessas fases deve, preferencialmente, ser executada por
pessoas e setores independentes entre si.
b) Sistema de autorização e aprovação: compreende o controle das operações através de
métodos de aprovações, de acordo com as responsabilidades e os riscos envolvidos. Na medida
do possível, a pessoa que autoriza i não deve ser a que aprova para não expor a risco os
interesses da empresa.
c) Determinação de funções e responsabilidades: determina para cada funcionário a noção
exata de suas funções, incluindo as responsabilidades que compõem o cargo. A existência de,
organogramas claros, determinam linhas de responsabilidades e autoridades definidas por toda a
linha hierárquica.
2.2.Estrutura e componentes do controlo interno
Estrutura de controle interno compreende:
Ambiente de controle;
O ambiente de controle deve demonstrar o grau de comprometimento em todos os níveis da administração com a qualidade do controle interno em seu conjunto.
Mapeamento e avaliação de riscos;
Mapeamento de riscos é a identificação dos eventos ou das condições que podem afetar a qualidade da informação contábil.
Avaliação de riscos corresponde à análise da relevância dos riscos identificados, incluindo:
a) a avaliação da probabilidade de sua ocorrência;
b) a forma como serão gerenciados;
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c) a definição das ações a serem implementadas para prevenir a sua ocorrência ou minimizar seu potencial; e
(d) a resposta ao risco, indicando a decisão gerencial para mitigar os riscos, a partir de uma abordagem geral e estratégica, considerando as hipóteses de eliminação, redução, aceitação ou compartilhamento.
Para efeito desta Norma, entende-se por riscos ocorrências, circunstâncias ou fatos imprevisíveis que podem afetar a qualidade da informação contábil.
Procedimentos de controle;
Procedimentos de controle são medidas e ações estabelecidas para prevenir ou detectar os riscos inerentes ou potenciais à tempestividade, à fidedignidade e à precisão da informação contábil, classificando-se em:
(a) procedimentos de prevenção – medidas que antecedem o processamento de um ato ou um fato, para prevenir a ocorrência de omissões, inadequações e intempestividade da informação contábil;
(b) procedimentos de detecção – medidas que visem à identificação, concomitante ou a posteriori, de erros, omissões, inadequações e intempestividade da informação contábil.
Monitoramento.
Monitoramento compreende o acompanhamento dos pressupostos do controlo interno, visando assegurar a sua adequação aos objetivos, ao ambiente, aos recursos e aos riscos. O sistema de informação e comunicação da entidade do setor público deve identificar, armazenar e comunicar toda informação relevante, na forma e no período determinados, a fim de permitir a realização dos procedimentos estabelecidos e outras responsabilidades, orientar a tomada de decisão, permitir o monitoramento de ações e contribuir para a realização de todos os objetivos de controle interno.
Informação e Comunicação
Informação pertinente é identificada, compreendida e comunicada num período de tempo
adequado, para permitir às pessoas efectuar em tempo útil todas as suas responsabilidades;
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Fluxos de informação que permitam um controlo efectivos (instruções sobre funções e
responsabilidades, relatórios de deficiências identificadas).
2.3.A importância do controlo interno
O sistema de controlo interno é de fundamental importância para a gestão de empresas, tendo em
vista que suas diversas atribuições demonstram não apenas sua relevância de responsabilidades
globais como também a preocupação em zelar, avaliar, comprovar e exercer um controle interno
adequado sobre os actos praticados pela administração, e não se limita em evitar práticas
fraudulentas.
Para o exercício do controle interno dentro das instituições funcionar, seus responsáveis utilizam
se de um conjunto de instrumentos que viabilizem a consecução de seus objectivos, destacando-
se a missão, visão, política e supervisão dos colaboradores que estão subordinados os controles,
com a vantagem de possibilitar acções que visem corrigir eventuais práticas, dando novos rumos
aos controles, evitando assim as repetições ou a continuidade de falhas indesejáveis.
O monitoramento assegura que o controle interno esteja operando efectivamente, esse
monitoramento é papel do auditor interno que possa efectuar os estudos de avaliação do sistema
contábil e do controle interno, é necessário que ele tenha a oportunidade de aplicação dos
procedimentos de auditoria, que servirão como base de realização dos estudos e avaliações.
Os controlos internos são de natureza preventiva ou correctiva, os controles preventivos são os
projectados para prevenir contra erros e fraudes e os controles correctivos são os projectados
para apontar erros e fraudes depois de cometidos permitindo a adopção de acções correctivas.
Portanto, o controle interno permite que os dados gerados através de relatórios contábeis e as
informações passadas aos administradores da empresa merecem confiança, dando segurança
quanto à tomada de decisões.
O controlo interno é de grande importância para o alcance das metas e objectivos traçados pela
empresa, esta importância se torna aparente quando fica impossível conceber uma empresa que
não disponha de controlos que possam garantir a continuidade do fluxo de operações e
informações planejadas. Contudo, quanto mais abrangente e sistemático for o planeamento do
controle interno, mais fácil será detectar falha no sistema e fazer implementações correctivas
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evitando possíveis riscos sobre o controle administrativo, onde são fundamentais para o
desenvolvimento da eficácia operacional e das decisões políticas traçadas pela administração.
2.4.Limitações e distorções de controlo interno
Por muito bem que esteja implementado, estruturado, desenvolvido e mantido o processo de
controlo interno não significa que o mesmo permita oferecer uma razoável certeza acerca do
cumprimento dos objectivos acima enunciados, nomeadamente no que respeita a eficiência e
eficácia (rendimento) das operações, confiança nas demonstrações financeiras e conformidade
com as leis e regulamentos. Isto porque o risco de ocorrência de irregularidades, fraudes e
distorções não deixa de existir apenas porque foi estabelecido um sistema de controlo interno, na
medida em que existem diversos factores que podem distorcer e limitar todo o processo; tais
como:
Fraude;
O concluiu de diversas pessoas (internas ou externas à empresa), nomeadamente aquelas com
cargos de maior responsabilidade na gestão, na prática de actos fraudulentos podem ser difíceis
de detectar, principalmente quanto maior for o nível hierárquico dos intervenientes.
A falta de integridade moral e idoneidade não pode ser suprimida por nenhum sistema de
controlo.
A existência de erros humanos;
A falta de competência, compreensão e capacidade dos colaboradores para desenvolver a
actividade controlo interno torná-lo-á falível, independentemente da sua robustez e sofisticada
tecnologia.
Falta de cultura de gestão relativamente à necessidade de controlo interno;
Por vezes a gestão, mais preocupada com a contenção de custos e na ausência de uma cultura de
gestão de controlo, não encontra motivação para a implementação de um bom sistema de
controlo interno e nem promove acções nesse sentido, outras vezes é porque a própria gestão não
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esta interessada em garantir que a informação prestada aos accionistas e restantes (stakeholder)
não seja integra, verdadeira e apropriada de forma a que eles não possam fazer um juízo
fundamentado sobre o valor da entidade.
Rácio custo e benefício
A implementação de um sistema de gestão representa, necessariamente, um custo, que é preciso
balancear com o benefício que pode trazer. Por vezes pode-se correr o risco de implementar um
sistema em que o custo seja muito maior que o benefício ou vice-versa. É importante pensar que
é preferível correr certos riscos pela não implementação de determinados processos de controlo
interno, quando estes se traduzem num custo maior que o benefício que podem trazer, do que
incorrer em faltas de eficiência financeira por esta razão.
É necessário haver uma relação directa entre os objectivos de benefícios que a entidade pretende
atingir com a implementação de um sistema de controlo interno e a segurança razoável que este
poderá proporcionar.
Neste caso deverá fazer um juízo sobre a materialidade, complexidade das operações, dimensão
e natureza da entidade e a própria natureza do negócio, para além de eventuais exigências legais
e refutatórias.
Transacções pouco comuns à entidade;
Nas transacções pouco comuns à entidade, por não serem usuais, podem fugir ao crivo de um
sistema de controlo interno que pode não estar preparado para lidar com as mesmas, uma vez que
está pensado para outro tipo de transacções.
2.5.Risco informático.
O acesso indevido ou falhas nos meios de informática pode constituir uma falha no sistema de
controlo interno.
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3.Formas registar os sistemas contabilísticos e de sistemas de controlo interno
O sistema contabilístico representa a forma e procedimentos utilizados para efectuar o registo
das transações e operações financeiras na contabilidade, bem como as contas contabilísticas e os
documentos utilizados para armazenar a informação necessária à elaboração das demonstrações
financeiras, apuramento dos impostos a pagar e relatórios para o controlo de gestão.
O sistema de controlo interno é o plano de organização de todos os métodos e procedimentos
adoptados pela administração de uma entidade para auxiliar a atingir o objectivo de gestão de
assegurar, tanto quanto for praticável, a metódica e eficiente conduta das suas actividades,
incluindo a aderência às políticas da administração, a salvaguarda dos activos, a prevenção e
detecção de fraudes e erros, a precisão e plenitude dos registos contabilísticos e a atempada
preparação de informação financeira fidedigna.
Objectivos de implementar um sistema de controlo interno:
A confiança e integridade da informação;
A conformidade com as políticas, planos, procedimentos, leis e regulamentos;
A salvaguarda dos activos;
A utilização económica e eficiente dos recursos;
A realização dos objectivos estabelecidos para as operações ou programas.
A norma de auditoria referente ao trabalho no campo geralmente aceita estabelece que o auditor
deva avaliar o sistema de controlo interno da empresa auditada com o intuito de determinar a
natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria.
Conforme Almeida (1996), o auditor executa os seguintes passos em sua avaliação de controlo
interno;
Levanta o sistema de controlo interno;
Verifica se o sistema levantado é o que está sendo seguido na prática;
Avalia a possibilidade de o sistema revelar de imediatos erros e irregularidades;
Determina tipo, data e volume dos procedimentos de auditoria.
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A administração da empresa é responsável pelo estabelecimento do sistema de controlo interno,
pela verificação de que está sendo seguido pelos funcionários e por suas possíveis modificações
no sentido de adaptá-lo às novas circunstâncias e as principais razões para se definirem as
atribuições, são:
Assegurar que todos os procedimentos de controlos sejam executados;
Detectar erros e irregularidades;
Apurar as responsabilidades por eventuais omissões na realização das transacções da
empresa.
3.1.Efectivação de Testes
O principal objectivo do auditor interno é emitir sua opinião em relação ao funcionamento dos
controles internos e aos resultados obtidos no sector. Para atingir seu objectivo, o auditor
necessita planejar adequadamente seu trabalho, avaliar o sistema de controlo interno a fim de
estabelecer natureza, datas e extensão dos procedimentos de auditoria e colher evidências
comprobatórias das informações.
Conforme Maesta (2008), os passos efectuados pela auditoria devem, primeiramente, ser
planejados para que haja uma sequência de trabalho a ser seguida. Após, o auditor avaliará os
procedimentos de controlo interno, efectuando a revisão dos mesmos. Ao executar os
procedimentos de auditoria, o auditor aplicará testes de avaliação para colher as evidências, ou
seja, os fatos ocorridos e, a partir deste, emitirá um relatório com as deficiências do sector e
sugestões de melhoria.
4.Auditoria no ambiente dos sistemas de tecnologias de informação
Auditoria da TI é uma auditoria operacional, analisa a gestão de recursos, com o foco nos
aspectos de eficiência, eficácia, economia e efectividade. A abrangência desse tipo de auditoria
pode ser o ambiente de informática como um todo ou a organização do departamento de
informática (PUCRS, 2007):
1. Ambiente de informática:
Segurança dos outros controles;
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Segurança física;
Segurança lógica;
Planeamento de contingências;
Operação do centro de processamento de dados.
2. Organização do departamento de informática:
Aspectos administrativos da organização;
Políticas, padrões, procedimentos, responsabilidades organizacionais, gerência pessoal e
planeamento de capacidade;
Banco de dados;
Redes de comunicação e computadores;
Controle sobre aplicativos:
Desenvolvimento;
Entradas, processamento e saídas.
A auditoria da segurança de informações determina a postura da organização com relação à
segurança. Avalia a política de segurança e controles relacionados com aspectos de segurança
institucional mais globais, faz parte da auditoria da TI. Seu escopo envolve:
Avaliação da política de segurança;
Controles de acesso lógico;
Controles de acesso físicos;
Controles ambientais;
Planos de contingência e continuidade de serviços.
Os aplicativos (softwares) necessitam de atenção especial, ao que dá-se o nome de auditoria de
aplicativos. Segurança e controle de aplicativos específicos, incluindo aspectos intrínsecos à área
a que o aplicativo atende:
Controles sobre o desenvolvimento de sistemas aplicativos;
Controles de entradas, processamento e saída de dados;
Controle sobre conteúdo e funcionamento do aplicativo, com relação à área por ele
atendida.
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Os objectivos da auditoria de sistemas de tecnologias de informação são a emissão de um parecer
(ou uma nota) sobre:
O controlo da Área de Tecnologia;
A análise da eficiência dos Sistemas de Informação;
A verificação do cumprimento das legislações e normativos a qual estão sujeitos;
A gestão eficaz dos recursos de informática.
A Auditoria de sistemas contribui para a melhoria constante do negócio suportado pela
Tecnologia, nos seguintes aspectos:
Desempenho;
Confiabilidade;
Integridade;
Disponibilidade;
Segurança;
Confidencialidade;
Privacidade.
Geralmente pode-se desenvolvê-la em foco ou em combinação entre as seguintes áreas:
Governança Corporativa;
Administração do Ciclo de Vida dos Sistemas;
Serviços de Entrega e Suporte;
Protecção de Dados e Segurança da Informação;
Planos de Continuidade de Negócio e Recuperação de Desastres.
5.Erros e Fraudes
O trabalho de Auditoria visa dar um certo grau de segurança ao usuário das informações
apresentadas. No entanto, há o risco de que erros e fraudes possam ocorrer. Para esclarecer
dúvidas sobre os procedimentos a serem adoptados nesses casos. O auditor precisa adoptar
algumas práticas em seu trabalho para minimizar o risco de que erros e fraudes não sejam
detectados, como cepticismo profissional; a discussão entre a equipa de trabalho; promover
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indagações constantes sobre existência de fraudes, suspeitas ou indicadores de fraude, sobre a
administração e outros; designação da equipa de auditoria, com a alocação de profissionais
experientes com conhecimento e aptidão para avaliar os riscos e capacidade de detectar fraudes;
treinamento; natureza, época e extensão dos procedimentos de auditoria, incorporando, por
exemplo, elementos de imprevisibilidade, etc. Realizar testes substantivos. Quando, por
exemplo, houver risco de fraude relacionada com reconhecimento de receita; o auditor deve
considerar os riscos relacionados com a possibilidade de a administração burlar os controlos
internos; entre outras coisas.
5.1.Erros
Segundo as Normas de Auditoria, define erro como o termo referente ao acto não intencional na
elaboração de registos e demonstrações contábeis, que resulte em incorrecções deles, consistente
em:
a) Erros aritméticos na escrituração contábil ou nas demonstrações contábeis;
b) Aplicação incorrecta das normas contábeis;
c) Interpretação errada das variações patrimoniais.
Dessas definições, podemos concluir que o erro é o que foi detectado pela Auditoria, porém por
engano da pessoa que o fez (ou deixou de fazer).
5.2.Fraudes
Segundo as normas de auditoria, fraude é o acto intencional de omissão ou manipulação de
transacções, adulteração de documentos, registos e demonstrações contábeis. A fraude pode ser
caracterizada por:
a) Manipulação, falsificação ou alteração de registos ou documentos, de modo a modificar os
registos de activos, passivos e resultados;
b) Apropriação indébita de activos;
c) Supressão ou omissão de transacções nos registos contábeis;
d) Registo de transacções sem comprovação; e
e) Aplicação de práticas contábeis indevidas.
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O que distingue erro de fraude é a intenção da pessoa que administra as informações e as
demonstrações. Se houver intenção em burlar os princípios e procedimentos para geração de
resultados, está caracterizada a fraude. Não havendo a intenção de manipular o resultado ou
omitindo sem intenção (por não saber ou esquecer) está caracterizado o erro.
6.Sugestões para melhoria dos sistemas contabilísticos e de controlo interno
Sistema Contabilístico é um conjunto de tarefas de uma entidade pelas quais as
transacções é tratado como meio de assegurar a manutenção de registos financeiros.
Sistema em questão deve ser capaz de:
Reconhecer
Calcular
Classificar
Lançar
Resumir Relatar.
Assim, um sistema contabilístico, que seja suportado por controlos internos eficazes, proporciona
à gestão uma razoável segurança de que os activos estão salvaguardados de utilização ou
alienação abusiva bem como de que os registos financeiros são fiáveis e permitem a preparação
de informação financeira adequada. Um ambiente de apertado controlo interno tem impacto na
eficácia dos procedimentos de controlo específicos. Se existir, por exemplo, um bom controlo
Orçamental e uma boa Auditoria Interna, significa que existe um forte ambiente de controlo
interno. Contudo, a existência dum forte ambiente não assegura por si mesmo a eficácia geral do
sistema de controlo interno.
Todo o Sistema de Controlo Interno deve ter em vista a minimização dos erros e irregularidades,
à luz dos procedimentos, orientações e normativos aplicáveis, assegurando a sua prevenção e
detecção tempestivas. Nessa medida competirá ao Sistema de Controlo Interno assegurar:
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O sistema de controlo interno deve abranger, designadamente, a definição da estrutura
organizativa, dos métodos e dos procedimentos adequados à prossecução dos objectivos
definidos.
Na concepção e implementação do sistema de controlo interno deve ter-se em conta o
tipo e dimensão da instituição, bem como a natureza e os riscos das operações por ela
realizadas.
A criação e a actualização do sistema de controlo interno, bem como a verificação do seu
funcionamento e eficácia, devem ser directamente acompanhadas pelo órgão de
administração da instituição.
As regras fundamentais do sistema de controlo interno, que estabeleçam, nomeadamente,
os seus objectivos, procedimentos e meios destinados a assegurar a sua execução, devem
ser reduzidas a escrito e postas à disposição dos seus utilizadores.
Todo o sistema de controlo interno deve prosseguir os seguintes objectivos fundamentais,
tendo em vista minimizar os riscos de fraudes, irregularidades e erros, assegurando a sua
prevenção e detecção tempestivas:
a) A garantia da existência e segurança dos activos;
b) O controlo dos riscos da actividade da instituição, nomeadamente, os riscos de crédito, de
mercado e de liquidez;
c) O cumprimento das normas prudenciais em vigor;
d) A existência de uma completa, fiável e tempestiva informação contabilística e financeira,
em particular no que respeita ao seu registo, conservação e disponibilidade;
e) A prestação de informação financeira fiável, completa e tempestiva às autoridades de
supervisão;
f) A prudente e adequada avaliação dos activos e das responsabilidades, nomeadamente para
efeito da constituição de provisões;
7. Para atingir os seus objectivos, o sistema de controlo interno deve garantir a existência de um
conjunto de procedimentos que permitam, designadamente:
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a) A adequada segregação ou separação de funções entre a autorização, a execução, o registo,
a guarda de valores e o controlo;
b) A reconstituição por ordem cronológica das operações realizadas;
c) A justificação de toda a informação contabilística através de documentos de suporte, de
forma que seja possível chegar através deles aos documentos de síntese final e destes aos
documentos de origem;
d) Um adequado e eficaz sistema de controlo que habilite o respectivo órgão responsável,
através de informação fiável e tempestiva sobre a actividade da instituição, a verificar a
realização dos objectivos e orientações estabelecidos.
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Conclusão
Chegados à fase final do trabalho podemos concluir que é incontornável que o controlo interno
tem vindo a assumir uma importância acrescida dentro de qualquer entidade, quer na óptica
preventiva, quer na óptica de correcção de irregularidades, fruto, sobretudo, dos escândalos
financeiros a que temos assistido nos últimos anos. Embora com tendência a ser mais sofisticado
nas empresas de maior dimensão, nenhuma empresa, por mais pequena que seja, pode exercer a
sua actividade sem ter instituído um Sistema de Controlo Interno (SCI), ainda que menos formal
ou sistematizado. Do ponto de vista da auditoria externa, o mesmo é dizer que nenhum trabalho
deverá realizar-se sem que seja efectuada uma análise e teste aos sistemas instituídos.
A análise do controlo interno visa obter o entendimento do fluxo documental de cada classe de
transacções subjacente aos processos significativos com vista a identificar o tipo de erros que
podem ocorrer afectando de forma significativa as asserções inerentes às contas significativas e,
consequentemente, afectar as demonstrações financeiras, bem como identificar, sempre que for
possível e apropriado, os controlos que são efectivos e suficientemente sensíveis de modo a
prevenir e detectar os erros que possam afectar as asserções subjacentes às DF.
Como forma de compilar todos os procedimentos efectuados, bem como concluir sobre os
mesmos, definir a forma como têm impacto nas DF finais, o auditor deverá registar qual o
estádio do controlo interno bem como a sua evolução ao longo dos anos. A avaliação dos SCI
torna-se, assim, indispensável para o trabalho dos auditores e revisores oficiais de contas,
designadamente pela necessidade da determinação do risco de distorção material no planeamento
de cada auditoria ou revisão legal das contas.
O tema apresentado poderia ter tido um âmbito mais alargado, nomeadamente através da análise
da importância dos controlos informáticos e o impacto destes no SCI, a forma como o SCI é
visto no âmbito de uma auditoria interna, e através da análise e documentação do risco de fraude.
No entanto, apesar de este tema nos ser muito estimado, tivemos a necessidade de circunscrever
a nossa análise à problemática da necessidade do levantamento, teste e documentação do SCI no
âmbito de uma auditoria externa.
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Bibliografia
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: Um Curso Moderno e Completo. São Paulo: 5ª Ed.
Atlas, 1996.
GASS, Armando. Papel da auditoria Interna. Disponível
em:http://www.crcrs.org.br/comissoes/audinterna Acesso em: 11 de Outubro. 2014.
MAESTA, Victor Paulo. A importância da auditoria interna nas organizações.
Disponível:http://www.netlegis.com.br/indexRC.jsp?
arquivo=detalhesArtigosPublicados.jsp&cod2=1271 Acesso em: 13 Outubro 2014.
Ribeiro, Renato Jorge Brown. Administração Financeira e Orçamentária. Ed. Vestcon, Brasília
2003, 1° Edição.
Granjeiro J. Wilson, Administração para Auditores, Técnicos e Analistas. Ed. Vestcon, Brasília
2000.
Velter Francisco e Missagia Luiz Roberto, Manual de Contabilidade. Ed. Impetus, Rio de
Janeiro, 2003.
BIOGRAFIA DO AUTOR
Nome Completo: Sérgio Alfredo Macore / Helldriver Rapper
Nascimento: 22 de Fevereiro de 1993
Especialização: Gestão de Empresas e Finanças
Pais / Cidade: Moçambique / Pemba
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