Agosto de 2009
Inclusão Social 2.0
Colaboração e cooperação por um mundo melhor
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Sumário
SUMÁRIO ................................................................................................................................ 2
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 3
1. INCLUSÃO SOCIAL 2.0 – OBJETIVOS E BENEFÍCIOS ........................................................... 4
2. CASOS ........................................................................................................................... 6
3. PLANEJAMENTO E GESTÃO .......................................................................................... 15
3.1. ÉTICA ................................................................................................................................... 15
3.2. BOAS PRÁTICAS...................................................................................................................... 18
4. CONCLUSÃO ................................................................................................................ 22
VOCABULÁRIO ....................................................................................................................... 23
SOBRE A TERRAFORUM ......................................................................................................... 25
ÁREAS DE ATUAÇÃO .......................................................................................................................... 25
CLIENTES TERRAFORUM ..................................................................................................................... 27
PROJETOS NA EDUCAÇÃO ................................................................................................................... 27
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Introdução
Afinal, o que é inclusão social? Podemos definir inclusão social como um termo ligado a questões sociais. De forma geral, o termo é utilizado ao fazer referência à inclusão de pessoas com algum tipo de necessidade à sociedade em vários segmentos, por exemplo, no mercado de trabalho ou acesso à educação.
Se analisarmos a fundo o termo inclusão social, necessariamente chegaremos ao seu inverso: a exclusão social. Quando pensamos em exclusão social, associamos a pessoas que não têm as mesmas oportunidades dentro da sociedade, por condições socioeconômicas, gênero, raça ou falta de acesso à tecnologia. Pobreza, desemprego, falta de educação básica e de saúde são alguns fatores que contribuem para essa situação.
A inclusão social deve ser suportada mediante políticas públicas, que devem viabilizar a inserção dos indivíduos nos meios sociais. Na tentativa de fazer com que essas pessoas sejam inseridas na sociedade, surgem os projetos de inclusão social.
Os projetos de inclusão social visam criar estratégias que resultem em melhores condições de vida para a população, na igualdade de oportunidades para todos, e na construção de valores éticos desejáveis pela sociedade, resultando em ações de cidadania.
Ao pensar em cidadania, somos levados a estabelecer a inclusão como um desejo, uma realidade que só será alcançada com grandes transformações sociais e políticas. Nesse sentido, surgem as discussões sobre o que e como fazer para realizar os projetos e ações de inclusão social.
Debates entre empresas, ONGs, governos e a própria população são realizados na tentativa de encontrar recursos e métodos viáveis de promover programas sociais. A participação da população é extremamente importante, pois sua opinião vai direcionar os projetos para um melhor atendimento de suas necessidades.
Trazer para o ambiente virtual o debate e as ações práticas que traduzem as diversas formas de inclusão é um passo importante para a conquista da liberdade social. Utilizando recursos de Web 2.0, podemos encontrar alguns exemplos de projetos de inclusão social que se desenvolvem com a ajuda da tecnologia, permitindo uma maior interação e compartilhamento das informações, gerando insumos para melhores resultados.
Para um melhor entendimento de como os recursos de Web 2.0 podem ser úteis, descrevemos nesse relatório alguns casos que exemplificam como a colaboração e o senso coletivo podem ser úteis no desenvolvimento de uma sociedade mais justa e integrada socialmente.
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1. Inclusão Social 2.0 – Objetivos e Benefícios
A pesquisa da TerraForum sobre os objetivos, usos e resultados das ferramentas da Web 2.0 no contexto da inclusão social evidenciou inúmeros casos interessantes. Estes casos, embora tratem de temas distintos, como direitos humanos, criminalidade, entre outros, podem ser agrupados segundo a forma como a Web 2.0 agrega valor às suas iniciativas. Conseguimos identificar seis grandes grupos de benefícios:
Facilidade de serviço: a Internet oferece diferentes aplicativos que podem
ajudar no envolvimento de pessoas e na construção de opiniões de forma
rápida e efetiva. Imagens, vídeos, mapas e diversos outros meios
disponibilizam uma conveniência de interatividade que motiva, entretém,
conscientiza e potencializa a colaboração e a efetividade na interação.
Consolidação de informação: dentro do tema sustentabilidade existem
diversos assuntos que estão constantemente em mudança, graças a novas
descobertas econômicas e científicas. A retenção, organização e
disponibilização destas evoluções é muito importante para entender os
caminhos que a sustentabilidade vem tomando e as opiniões que vêm se
formando ao longo do tempo.
Alinhamento com stakeholders: promovendo a comunicação e a
transparência nos processos é possível se aproximar dos stakeholders,
viabilizar o diálogo e garantir que o desenvolvimento sustentável esteja
alinhado a todas as partes interessadas. O contato frequente e
transparente possibilita mitigar impactos negativos, além de potencializar
impactos positivos relacionados à sustentabilidade.
Inteligência Coletiva: a Web 2.0 possibilita maior troca de informações e
de conhecimentos, aprimorando o desenvolvimento de soluções conforme
o compartilhamento de conhecimento pelo público de interesse. A
inteligência coletiva modifica a dinâmica de pensar globalmente e agir
localmente. Desafios globais podem ser pensados globalmente e suas
soluções criadas também desta forma.
Mobilização: graças ao seu poder de atingir diferentes pessoas em
diferentes localidades, a Internet consegue mobilizar maior contingente e
com isso enriquecer debates e desenvolvimento de iniciativas. A Web 2.0
possibilita um recrutamento de stakeholders que não estavam cientes de
como atividades específicas estavam impactando nas respectivas vidas,
podendo assim ser comunicados, conscientizados e levados à ação.
Mensuração: ferramentas web possibilitam a captação de dados para
análise de ações ou iniciativas, participação de pessoas no site e
comentários sobre temas específicos. A formatação e disponibilização de
análises, aliada à capacidade de inclusão de dados possibilitam uma
ampliação das análises e maior relevância dos indicadores.
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Inclusão Social 2.0: Objetivos e benefícios
A seguir serão apresentados diferentes sites, analisados com o intuito de mostrar
os benefícios acima explicitados em organizações sem fins lucrativos. Os casos
conseguem abranger as diversas vantagens do uso da Web 2.0, mostrando de
forma prática como as ferramentas de interação agregaram valor aos objetivos
das iniciativas sustentáveis.
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2. Casos
Uma das principais dificuldades encontradas pelos ativistas preocupados com melhores condições sociais para a população mais carente de recursos sempre foi conseguir juntar forças, reunindo pessoas com os mesmos interesses para que os seus pensamentos e ações tivessem um alcance maior.
A Web 2.0 favoreceu grandemente este grupo, já que permite que as ideias que emergem da sociedade recebam mais atenção. Aqueles que clamam e se importam já não precisam ficar dependentes de ações dos seus governantes para buscar soluções.
As organizações não-governamentais passaram a tirar proveito dessa nova realidade, se valendo da diversidade da rede e do alcance que ela pode ter. Com isso, estão conseguindo aumentar o número de membros e de contribuições, de forma a garantir a sua atuação na sociedade. Exemplos disso são a OLPC (One Laptop per Child) e a Change.org, detalhadas abaixo.
Potencializando a Luta pela educação One Laptop per Child (www.laptop.org)
A OLPC é uma entidade sem fins lucrativos que luta para educar adequadamente as crianças dos países emergentes. Ela tem como objetivo proporcionar a essas crianças novas oportunidades para explorar, experimentar e se expressar.
A entidade é responsável pela criação do XO (The Children's Machine) - anteriormente conhecido pelos codinomes Laptop de 100 dólares, 2B1, ou ainda Laptop das Crianças. Trata-se de uma ferramenta de aprendizagem criada expressamente para as crianças mais pobres, vivendo nos ambientes mais remotos. O laptop foi desenhado colaborativamente por especialistas tanto da academia como da indústria, trazendo um extraordinário talento e muitas décadas de experiência coletiva de campo para cada um dos aspectos deste projeto humanitário sem fins lucrativos.
Esse projeto conta com duas ferramentas de colaboração wiki. Uma é voltada para a divulgação da OLPC em diferentes países (wiki.laptop.org), na qual os usuários ajudam a instituição a traduzir o conteúdo disponível para os diferentes idiomas existentes. A outra é voltada ao acompanhamento de bugs e ao código fonte do
computador (dev.laptop.org/wiki). Ambas utilizam a inteligência coletiva da comunidade de usuários para aperfeiçoar os serviços oferecidos pelo sistema.
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Conectando pessoas pela mudança Change.org (www.change.org)
Ao entrar na página inicial do site da Change.org é possível encontrar a seguinte pergunta: “What do you want to change in the world?” (O que você quer mudar no mundo?).
Esse é um site criado para conectar pessoas em todo o mundo que se preocupam com os mesmos problemas sociais. Ele as ajuda a descobrir e a se associar a organizações sem fins lucrativos que tratam de determinado
problema e a abrir espaço para conseguir apoio a iniciativas interessantes por meio de doações.
Em seu ambiente, as pessoas podem criar um perfil, adicionar amigos, enviar mensagens, criar e participar de grupos e blogs. Além disso, pode-se criar ou cadastrar organizações sem fins lucrativos. Cada uma delas pode ter uma descrição, críticas dos usuários, fotos, vídeo e um blog da comunidade.
Na página do projeto de cada organização é permitido pedir doações, que podem ser feitas por cartão de crédito. Uma iniciativa de inclusão social do site visando beneficiar as mulheres é a comunidade chamada Women’s Rights, que conta com 1015 membros e 705 ações realizadas.
Um debate pelo bem do país Ponto a Ponto (www.brasilpontoaponto.org.br)
A campanha Brasil Ponto a Ponto tem por objetivo estimular o debate em todo o país sobre o que precisa ser mudado no Brasil para melhorar a vida das pessoas. A partir deste debate, será definido o tema do próximo Relatório de Desenvolvimento Humano Nacional, um documento produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) desde 1990. O relatório discute um tema importante para o Desenvolvimento Humano e divulga o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
No site, todos os brasileiros puderam participar enviando texto ou vídeo dando a seguinte resposta “O que precisa mudar no Brasil para sua vida melhorar de verdade?”. Por meio deste site também é possível acessar o blog Pode Mudar, que relata uma pesquisa das Nações Unidas feita em todo o Brasil. Na webpart Mídia estão
todos os artigos e notícias divulgados sobre o tema. Além disso, o site fornece uma agenda com os eventos importantes que acontecerão no Brasil.
A campanha conta com a parceria e o apoio de várias instituições como Governo Federal, Rede Globo, MTV, Sebrae, entre outros. O site Brasil Ponto a Ponto ficou aberto para participação da população até 15 de abril de 2009. Em maio, o PNUD lançará um documento com os resultados desse processo de consulta
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pública, o que mostra como é valiosa a opinião da população sobre um tema de bem comum.
Empréstimo via Web 2.0 Zopa (http://uk.zopa.com)
ZOPA, Zone of Possible Agreement (Zona de Possível Acordo), é um assunto tratado em técnicas de negociação: qual é o valor máximo que um comprador pode pagar e qual é o valor mínimo que um vendedor pode receber. Esta “zona de possível acordo” inspirou a criação do Zopa (http://uk.zopa.com).
Os motivos de sucesso e crescimento do Zopa decorrem de duas das maiores fontes de descontentamento da maioria dos clientes bancários: 1) as altas taxas de juros para os que solicitam empréstimos e 2) os baixos rendimentos para aqueles que depositam suas economias. Esse site é uma espécie de rede social que conecta pessoas que pretendem emprestar dinheiro a outras que precisam de empréstimo. Um sistema peer-to-peer (um a um) que elimina a intermediação de bancos e faz com que os credores consigam um alto índice de retorno e que os devedores obtenham baixas taxas de juros, com um custo médio de 10% para quem toma emprestado e taxa de 8,6% por ano para quem quer aplicar seu dinheiro (em maio/09).
O Zopa não possui os custos fixos comparáveis ao de uma instituição financeira e por isso oferece taxas melhores tanto para seus credores quanto para os seus devedores. Esse é um sistema simples e completamente transparente, no qual os credores podem observar para onde as suas aplicações estão indo e os devedores de onde os seus créditos estão vindo.
Para manter o site, quem pega dinheiro emprestado paga ao Zopa uma taxa de £118,50 (em maio/09), no ato do empréstimo. Quem aplica o dinheiro paga uma taxa de administração de 1% ao ano. Todo esse dinheiro é empregado para desenvolver melhorias, manter a equipe e investir na segurança das transações do site.
Entretanto, esse ainda é um sistema que encontra barreiras na legislação de muitos países. No Brasil, por exemplo, esse modelo de negócios, que fomenta o empréstimo peer-to-peer, poderia ser considerado agiotagem, prática combatida pela Lei Federal nº1521 de 26 de dezembro de 1951, conhecida como Lei dos Crimes contra a Economia Popular. Mas essa lei pode ser revogada pelo Projeto de Lei 2328/07, da Comissão de Legislação Participativa, que descaracteriza a ocorrência de crime de usura ou agiotagem quando a taxa de juros cobrada for inferior à praticada pelas instituições financeiras, fazendo com que tenhamos uma alteração no artigo 4.º da Lei 1.521/51.
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Compartilhando práticas, políticas e pesquisas para o desenvolvimento internacional Stories for Change (http://storiesforchange.net/)
Servindo como um canal para relacionamento entre facilitadores e defensores de causas sociais, o Stories for Change armazena narrativas modeladas especialmente para ações sociais.
O primeiro passo para utilizar o portal é o cadastramento do usuário, simples e rápido. Após se cadastrar, todos os
usuários têm acesso às histórias compartilhadas e contam com recursos para a edição de textos e o compartilhamento de vídeos de histórias das mais diversas temáticas.
No Stories for Change as histórias são classificadas conforme tópicos específicos, em temas como organização de comunidades, educação, família, saúde, geografia e identidade, entre outros.
O portal conta também com um fórum, em que os usuários podem compartilhar e discutir as histórias postadas e técnicas para a composição de narrativas aplicadas a ações sociais.
Stories for Change conta também com um canal de membros, em que os participantes podem conhecer melhor os demais integrantes do grupo, bem como feeds, para a agregação de notícias e envio aos cadastrados.
Empreendedores que transformam vidas Kiva (www.kiva.org/)
Comprometido com o propósito de transformar a vida de empreendedores de países pobres pelo mundo, o Kiva funciona como uma plataforma por meio da qual pessoas de todo o mundo podem fazer empréstimos para desenvolver suas iniciativas e possam sair da pobreza.
Na plataforma são anunciados os empreendedores e seus projetos, e por meio do site as pessoas contam com funcionalidades que lhes permitem a realização de depósitos e transferência de recursos para os projetos que desejem apoiar.
Os empréstimos são geridos por instituições de microcrédito parceiras do Kiva distribuídas pelo mundo todo, que auxiliam os empreendedores na gestão e implementação de suas iniciativas, de modo a favorecer a obtenção de resultados e, consequentemente, o pagamento dos empréstimos realizados no menor prazo possível.
Possibilitando a colaboração entre os usuários da plataforma, o Kiva oferece também um canal de comunidades em que os diferentes “emprestadores” se reunem com base em interesses em comum.
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Nessas comunidades os usuários compartilham informações de perfis e contam também com recursos de comunicação para o compartilhamento de mensagens entre si.
O Kiva disponibiliza uma área de “journals”, que funcionam mais ou menos como blogs em que são registradas histórias e casos a
respeito das iniciativas financiadas pelos empréstimos gerados. Há também uma área para a autogestão do usuário com relação aos empréstimos, que permite o acompanhamento da quantidade de transações realizadas e também de certificados conferidos.
Web 2.0 estimulando o empreendedorismo entre as mulheres Women Entrepreneurship Program (www.womenentrepreneurship.org/)
O Women Entrepreneurship Program (WE Program) é um projeto que tem como objetivo educar e inspirar as jovens mulheres das Filipinas a serem empreendedoras e líderes ativas na sociedade. O programa visa diminuir o problema de desemprego para as joverns recém formadas do país. Para isso, fornece cursos e ferramentas para que o empreendedorismo possa ser colocado em prática.
Para ajudar a interação entre as participantes e os apoiadores do programa, o site disponibiliza um fórum, no qual diversos assuntos podem ser discutidos. O
fórum é especialmente voltado a dar suporte às jovens empreendedoras em aspectos como finanças, marketing, gestão de pessoas e outras questões relacionadas a como começar e gerenciar um negócio. Os fórum são administrados por experts responsáveis por responder as perguntas e alimentá-los. Para fazer parte das discussões é preciso ser cadastrado no site e seguir as políticas do WE Program.
Além disso, no site também estão disponibilizadas fotos, materiais e histórias de sucesso de mulheres empreendedoras que passaram pelo WE Program. Para mais suporte são apresentados links e notícias sobre temas relacionados a empreendedorismo.
Uma rede para a inclusão social Ciaris - Centro Informático de Aprendizagem e de Recursos para Inclusão Social (http://www.ciaris.org/)
O Centro Informático de Aprendizagem e de Recursos para Inclusão Social (Ciaris) é voltado para a capacitação de atores locais para conceber, planejar, gerir e avaliar projetos e políticas para combater a exclusão social e
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promover o trabalho. Para fazer isto, o Ciaris recolhe informação e conhecimento, relaciona pessoas, provê formação e assistência técnica.
O site é fortemente baseado em ferramentas de Web 2.0, funcionando como uma rede social. Para fazer parte ativamente basta tornar-se membro e, assim, ter acesso irrestrito ao blog, espaço de trabalho, acesso aos participantes e a outras ferramentas colaborativas.
Com vários participantes de diversos lugares do mundo, o Ciaris consegue montar uma seção de “páginas amarelas” rica em contatos engajados. O site fornece a descrição e o interesse de cada um dos membros, tonando mais fácil a interação e cooperação.
A principal forma de colaboração no site é por meio do blog. Ele é dividido em diversos temas e constantemente novas mensagens são postadas pelos membros. Também é possível inserir comentários participando das discussões mesmo se você não é um membro inscrito no site.
Esta plataforma oferece um espaço de trabalho no qual os membros podem se cadastrar e criar o seu local web de trabalho, inserindo iniciativas e angariando adeptos para discussões e geração de informações focadas.
Outra forma de encontrar conteúdo sobre inclusão social é na biblioteca do site que conta com uma extensa lista de artigos, pesquisas e links que podem ser acessados também por uma ferramenta de busca.
Para manter os participantes conectados no tema inclusão social, o Ciaris usa ferramentas como RSS, que informa aos membros quando uma nova informação é postada no site e também quais são os assuntos mais procurados por meio da nuvem de tags.
Coligação e Cooperação para uma África melhor CSAfrica – Coalition for a Sustainable Africa (http://csafrica.ning.com/)
CSAfrica - Coalition for a Sustainable Africa - é uma iniciativa de inclusão social que trabalha com diferentes frentes como educação, saúde, moradia, direitos humanos e muitos outros em todo o continente africano.
Para angariar mais adeptos e auxiliar na divulgação de seus diferentes programas, eles criaram uma rede social que une e integra diferentes públicos de interesse.
Buscando mostrar claramente para os usuários suas origens e iniciativas, o site tem uma parte especialmente destinada para a descrição dos programas e campanhas que estão em andamento, assim como as pessoas envolvidas na
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equipe e os fundadores. Além disso, são disponibilizados vídeos, notícias, fotos e informações sobre o funcionamento das políticas e valores da ONG.
Para aqueles que desejam se tornar um membro e fazer parte desta comunidade a plataforma permite o cadastro do perfil e imediatamente o usuário passa a ter acesso às comunidades e blogs CSAfrica. Neles são discutidos assuntos focados em cada um dos temas que a organização aborda. Também é possível ter acesso a rede de participantes que fazem parte da comunidade. Dessa forma é possível fortalecer as redes de colaboração e obter meios troca de conhecimento e experiências.
Vozes na Web 2.0 Voices for Umoja (http://www.voicesforumoja.org/)
Voices for Umoja é uma organização não-governamental dedicada a gerar melhorias, focadas nas mulheres e jovens nas comunidades carentes de Kimunu, no Kenya. A intenção é conectar grupos e indivíduos para fortalecer as comunidades globais. Para isso, eles ensinam pessoas da comunidade a se expressarem na forma de vídeos, fotos e mensagens em áudio.
Além de fornecer os produtos da iniciativa, como vídeos e fotos produzidos pela comunidade, o site disponibiliza um espaço para discussão para que os membros possam desenvolver assuntos relacionados à inclusão social. Nesta parte estruturada do site só podem participar aqueles que são cadastrados e que seguem as políticas e regras de uso, que são claramente divulgadas, buscando entrosamento e foco nas discussões. O fórum também conta com RSS, que avisa ao usuário assim que algo novo é inserido.
O Voices disponibiliza um link para acessar a página da ONG no Myspace e para um blog no qual novas informações e comentários são constantemente postados. Como o grande interesse da Voices for Umoja é conectar pessoas por meio de diferentes mídias e pela divulgação do seu trabalho, ela usa uma grande gama de ferramentas que
permitem a interação e a expressão da comunidade.
Web 2.0 criando uma rede global GLTN – Global Land Tool Network (http://www.gltn.net/)
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O Global Land Tool Network’s (GLTN) tem como principal objetivo contribuir para a melhoria da condição de vida de pessoas carentes por meio de direitos de terra e moradia decente a todos. Esta rede surgiu com uma idéia do Banco Mundial e da ONU e é uma iniciativa de longo prazo para apoiar e aplicar em grande escala programas já existentes de desenvolvimento de habitações.
Para que isso aconteça é preciso envolvimento de instituições e organizações interessadas e que podem apoiar o projeto em grande escala. A ideia de criar uma rede vem justamente pela necessidade de integrar estes stakeholders e disseminar a iniciativa. Por isso, o site da GLTN busca usar diferentes funcionalidades Web 2.0 para engajar e informar este público.
Uma das principais ferramentas usadas pelo GLTN é o fórum de discussões. Nesta webpart são discutidos e expostos diversos assuntos sobre temas que
permeiam a melhoria das condições de moradia, como mudança climática, aumento da população mundial, posse de terras etc. Para que as discussões sejam proveitosas é detalhadamente explicado como funcionam os procedimentos e as regras e políticas do fórum. O fórum também conta com dois moderadores que mediam as discussões, acrescentam informações relevantes e dão assistência aos usuários.
O site conta com uma e-library com uma extensa quantidade de documentos, arquivos, pesquisas e notícias que podem ser acessados pela busca avançada. Além disso, é disponibilizada a agenda de eventos nos quais a rede GLTN irá participar e participou nos últimos tempos, as novidades, os parceiros que fazem parte da iniciativa e todo um inventário com a diferentes ferramentas e regras para melhoria de condições de moradia utilizados no mundo.
Valorização da sociedade Governo Australiano – Social Inclusion (http://www.socialinclusion.gov.au)
O governo australiano disponibiliza um site para discussão sobre inclusão social no país. O site apresenta informações sobre os princípios e prioridades de inclusão social e promove discussões entre o governo, as organizações sociais sem fins lucrativos e a comunidade.
Desenhado para ser uma fonte de informação das ações de inclusão social do governo, o site se tornou um canal para a construção e fortalecimento de relacionamentos entre todos os níveis do governo, comunidade e setores empresariais, compartilhando informação, ideias e pontos de vistas sobre o tema.
Para obter essa interação, o site utiliza práticas de Web 2.0 como um fórum no qual o cidadão deve se cadastrar para poder participar. No fórum, ele pode emitir sua opinião e discutir tópicos relacionados a inclusão digital. Além disso, é possível encontar diversos vídeos em que o
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governo informa sobre o que vem acontecendo na área social.
O governo pretende fazer com que todos os australianos tenham a oportunidade de participar na vida economica, social e civíl do país, criando mecanismos para prover oportunidades de aprendizado, conectando pessoas com suas comunidades e deixando que suas opiniões e ideias sejam ouvidas. O Social Incluson visa prover informações atualizadas de forma compreensível sobre as novas iniciativas e últimas pesquisas.
Por meio do site, o governo deseja encorajar a participação democrática e fazer com que a população diga quais são as questões mais importantes para ela. Sua intenção é dar assistência na criação de uma sociedade na qual as pessoas se sintam valorizadas, suas diferenças respeitadas e suas necessidades básicas atendidas.
Combate ao racismo Racism Review (http://www.racismreview.com/blog/)
A questão racial é um dos temas mais discutidos quando se trata de inclusão social. Algumas pessoas da sociedade ainda exergam as diferenças de raças e cor como uma barreira e agem de forma discriminatória, deixando de lado o conceito de cidadania.
Lançado em 2007, o blog Racism Review foi criado por estudantes e pesquisadores de sociologia em parceria com diversas instituições acadêmicas dos Estados Unidos.
O blog tem o objetivo de ser uma diversificada fonte de informação para jornalistas, estudantes e membros da sociedade que estão buscando informações e análises sobre raça, racismo, etnia e questões de imigração, especialmente porque esses temas fazem parte do cotidiano da sociedade norteamericana.
Além disso, o blog discute sobre questões de resistência racial, opressão étnica, incluindo diversos tipos de ativismo antirracismo em níveis locais, nacionais e globais.
Em seus posts, os administradores do blog evidenciam a questão racial como um fator de inclusão social. Nele são registrados diversos acontecimentos e denúncias de exclusão social em função de diferenças raciais. As denúncias estimulam as discussão por meio de comentários nos posts, nos quais os usuários se sentem a vontade para debater o tema.
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3. Planejamento e Gestão
Apesar de as ferramentas da Web 2.0 serem muito poderosas, sua simples
implementação não irá garantir o sucesso de uma iniciativa. É necessário que as
instituições planejem de forma consistente a adoção dessas ferramentas,
considerando seus objetivos organizacionais, aspectos culturais e especificidades
tecnológicas.
A seguir, abordaremos a dimensão ética relacionada a este tipo de iniciativa e
apresentaremos uma lista de boas práticas que aumentam as chances de uma
implementação com sucesso.
3.1. ÉTICA
A construção de uma ferramenta de Web 2.0 não se limita à análise de objetivos
e ao convite ao ambiente colaborativo. Deve haver normas e moderadores para
que a ferramenta alcance os seus objetivos iniciais dentro da ética.
A transparência e a ética são imprescindíveis principalmente quando o
assunto é no terceiro setor, que envolve respeito a processos legais e para o bem
da população. Um breve desvio de conduta pode acabar com a reputação de
uma iniciativa, podendo atingir negativamente a instituição responsável.
Por isso, independente da ferramenta de colaboração ser interna ou externa, é preciso deixar claro aos usuários que:
Há políticas ou avisos de privacidade por parte dos
desenvolvedores;
O usuário deve respeitar termos (ou normas) de uso da ferramenta;
Há um ou mais moderadores controlando o conteúdo e o uso
adequado da ferramenta.
O primeiro passo para evitar práticas inadequadas na Web 2.0 é identificar o
usuário e registrar todas as ações efetuadas na atmosfera virtual em um banco
de dados ou histórico. Independente do nível de permissionamento do usuário -
se ele tem autorização para postar novos conteúdos em um wiki, por exemplo,
ou simplesmente acompanha os textos ali inseridos; é preciso armazenar o
histórico de acesso.
O primeiro passo é identificar o usuário e registrar todas suas ações efetuadas em um banco de dados.
Em ambientes de comunicação interna, a identificação é mais fácil. Pode-se, por
exemplo, verificar o usuário por meio de sua matrícula na empresa ou pelo IP de
sua máquina. Já em ambientes de acesso ao público externo, o uso de um email
válido (como em blogs corporativos) e de cookies (recurso que armazena as
informações dos usuários) possibilita a identificação.
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Políticas de privacidade Em ferramentas de Web
2.0, os registros sobre
cadastro e informações
pessoais do usuário
devem constar em uma
Política (ou Aviso) de
Privacidade. Entre outros
fatores, ela deve deixar
claro o uso que o detentor do ambiente colaborativo pode fazer dos conteúdos e
dos dados contidos na ferramenta.
Por meio de sua política, o exemplo de wiki mais famoso do mundo, a
enciclopédia online Wikipédia (wikimediafoundation.org/wiki/Privacy_policy)
armazena as informações enviadas pelos usuários registrados mesmo depois que
esses conteúdos tenham sido alterados ou excluídos. Além disso, a Wikipédia
alerta que faz o uso de cookies e senhas para
identificar o usuário.
Num dos casos que mostramos no relatório, o
da GLTN (Global Land Tool Network), deixa
claro para o usuário o destino e propriedade da
informação que foi ou será postada no site,
ainda mostrando quais são as recomendações,
regras e encaminhamentos apropriados com as
interações no site.
Nesse sentido, esse importante recurso que favorece a aplicação da ética no
ambiente deve apresentar claramente ao usuário avisos sobre:
Informações pessoais: o site deve deixar claro como as
informações do usuário são coletadas (por exemplo, por meio de
cookies, senhas ou matrícula do colaborador em ambientes
internos), e se os dados pessoais (ou parte deles) estarão
disponíveis para outros usuários ou terceiros. Do mesmo modo,
devem ser apresentadas claramente quais as opções do usuário
quanto ao controle de sua conta ou fornecimento de dados
pessoais;
Uso de dados: especificar que as informações enviadas são
utilizadas para fins como melhorias no espaço colaborativo ou na
corporação como um todo é essencial. Além disso, deve-se deixar
claro que há um backup de dados para eventuais esclarecimentos e
pendências administrativas ou jurídicas, assim como para definir a
exclusão ou punição de usuários que desrespeitem as regras de uso;
Informações de terceiros: além de mostrar quais são as pessoas,
empresas ou anunciantes que têm acesso às informações dos
usuários, a ferramenta deve especificar que, ao acessar links
externos, o usuário estará entrando em um ambiente cujo domínio
não é controlado pelo proprietário da ferramenta.
Termos de uso Como característica da Web 2.0, a emissão de conteúdos e informações pelos
usuários está sujeita a observações legais. Por isso, o internauta deve ter
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consciência de suas ações e dados enviados. Cabe aos proprietários do ambiente
de colaboração especificar claramente que, ao utilizar a ferramenta e emitir
informações, os usuários estão automaticamente aceitando os termos e políticas
de uso do wiki, blog ou qualquer ambiente que esteja sendo utilizado.
A rede social MySpace
é um exemplo de boa
prática nesse caso,
pois utiliza um
Contrato de Termos e
Condições de Uso
(www.myspace.com/in
dex.cfm?fuseaction=m
isc.terms), no qual
detalha ao usuário as condições que devem ser cumpridas ao utilizar o serviço.
Além de outros itens, há, por exemplo, o estímulo à veracidade das
informações publicadas e o respeito à propriedade intelectual e leis vigentes.
Entre os elementos constantes nos Termos ou Políticas de Uso, deve ficar claro para o usuário que:
Ele é inteiramente responsável pelas informações que publica;
Informações inverídicas ou conteúdos que violem direitos de
propriedade intelectual podem gerar problemas legais;
Da mesma forma, difamar pessoas, marcas ou empresas ou fazer
apologia à violência, racismo e pedofilia constitui violação legal;
O proprietário da ferramenta não reivindica a propriedade daquilo
que for publicado pelos usuários;
Os moderadores podem, a qualquer momento, excluir o usuário
quando considerarem que está sendo feito uso indevido da
ferramenta.
Moderação É preciso também que a corporação responsável pela ferramenta designe
pessoas para moderar os conteúdos online a fim de evitar problemas legais e
gerar constrangimentos a parceiros, empresas e outros usuários.
Dependendo do alcance da ferramenta (interna ou externa), pode ser necessário
mais que um moderador. Geralmente, em blogs corporativos e wikis, um
administrador é capaz de gerenciar as regras e alertar os usuários. Contudo, a
moderação deve ficar atenta às seguintes atribuições:
Conhecer detalhadamente as Políticas de Uso e Privacidade e
acompanhar sua aplicabilidade na ferramenta;
Excluir postagens, comentários, fotos e materiais inadequados;
Alertar os usuários em casos de desvios de conduta, excluindo-os da
rede, se assim julgar necessário;
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Preservar a identidade dos usuários, mas garantir, na medida do
possível, que os mesmos sejam “reais” e não cadastros falsos com
fins duvidosos;
Proteger os interesses da organização, priorizando sempre uma
análise cuidadosa de elementos que possam gerar problemas
legais;
Reunir-se periodicamente com os diretores da corporação e os
responsáveis por gerar conteúdos (quando contratados pela
organização) à ferramenta de Web 2.0 em questão para discutir as
políticas e destacar os deveres dos emissores da mensagem.
3.2. BOAS PRÁTICAS
Uma das vantagens da implementação de iniciativas Web 2.0 é que o
investimento necessário para a solução técnica pode ser baixíssimo – ou mesmo
zero. Cada provedor de serviços desse tipo tem uma política diferente para uso
comercial da ferramenta, mas no geral existe a possibilidade de utilizar
ferramentas Web 2.0 já disponíveis na Internet, sem que sejam necessários
investimentos em servidores, manutenção e infraestrutura.
Entretanto, essa sensação de facilidade pode levar a caminhos perigosos se não
houver planejamento. Um blog pode ser criado em apenas três minutos, por
exemplo. Mas se seus objetivos não estiverem bem traçados, seus públicos não
forem bem definidos, a linguagem utilizada não estiver adequada, as
atualizações não forem frequentes e a relação do autor com a sua audiência não
for transparente, ele dificilmente será lido. Consequentemente, o investimento
de tempo e recursos será perdido. Mais que isso, a implementação indiscrimada
deste tipo de iniciativa pode acarretar graves consequências à reputação de uma
organização.
O mesmo raciocínio se aplica às outras ferramentas da Web 2.0 citadas neste
relatório - sejam elas voltadas para colaboração, compartilhamento ou redes
sociais. O baixo esforço de criação não deve ser confundido com facilidade. Para
que uma iniciativa dê resultado é exigido um amplo trabalho prévio de
planejamento estratégico, definição de governança, políticas e metas. Após o
lançamento, o trabalho continua. A atualização, a manutenção e o
acompanhamento devem seguir as diretrizes do planejamento para garantir
o alinhamento com os seus objetivos. Também é preciso preparar ações de
contorno, caso estes não estejam sendo atingidos.
Vale lembrar, também, que quando falamos de iniciativas Web 2.0 não estamos
tratando apenas daquilo que a organização disponibiliza para acesso na Internet
ou em sua intranet. Isso engloba (e talvez seja até mais importante que a
iniciativa em si) a participação dos usuários, que podem ser cidadãos, parceiros,
fornecedores, órgãos do terceiro setor, especialistas, grupos de interesse e/ou
funcionários. Manter um controle sobre essas participações não é tarefa simples.
Mas, dependendo do tipo da funcionalidade, são elas que Irão gerar valor para a
iniciativa.
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Para que uma iniciativa dê resultado, é exigido um amplo trabalho prévio de planejamento estratégico, definição de governança, políticas e metas.
Considerando todos esses fatores e após a demonstração de casos de sucesso
em diversos contextos de uso de iniciativas Web 2.0, seguem alguns exemplos de
boas práticas para que todo o potencial dessas ferramentas possa ser
aproveitado dentro do âmbito do terceiro setor. Todos os sites utilizados como
exemplo nos tópicos a seguir foram citados no decorrer deste relatório:
1. Para aproveitar os efeitos potenciais do uso da Web 2.0, defina uma
estratégia prevendo o uso complementar de várias ferramentas, de acordo
com o objetivo pretendido. Lembre-se que há usuários participativos e
passivos, textuais e audiovisuais, com alta ou baixa familiaridade com
tecnologia etc.
ZOPA, Zone of Possible Agreement (Zona de Possível Acordo) usa diversas funcionalidades (vídeos, comunidades, espaço de trabalho) da Web 2.o para auxilixar o público de interesse a entender seu funcionamento e participar.
2. Defina um escopo específico para cada ferramenta Web 2.0 adotada. Você
deve saber que tipo de participação deseja do seu usuário, da mesma forma
que ele deve saber como e com que tipo de manifestações deve participar.
Escopos muito amplos dificultam o engajamento dos usuários.
O Change.org, (pág. 12), no qual inúmeros assuntos são discutidos, possui uma série de ambientes distintos, todos com escopo e objetivos muito bem definidos.
3. A escolha da ferramenta/funcionalidade deve antes passar pelos objetivos
da organização ao utilizar uma ferramenta Web 2.0. Para manter seu
público informado de maneira rápida, por exemplo, uma ferramenta de
microblogging pode ser mais efetiva que um blog tradicional.
O CSAfrica visa estimular debate e criar redes de relacionamentos e espaços de trabalhos. Alinhada com seus objetivos, escolheu a plataforma Ning, própria para esse tipo de interação, para criar sua página.
4. A tecnologia não faz acontecer por si só. Sem a participação de pessoas,
uma iniciativa Web 2.0 não cresce. Defina propostas de valor de modo que
cada usuário conheça os benefícios que desfrutará. Isso estimulará a
participação do público, mesmo que o benefício seja apenas saber que sua
opinião está sendo considerada, por exemplo.
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Por meio do site PontoaPonto (pág. 12), a Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que está interessada em ouvir a opinião dos brasileiros em relação ao País. Mas do que isso, revela um comprometimento com os participantes que ajudarão a estabelecer o tema para o próximo Relatório de Desenvolvimento Humano Nacional.
5. Estimule a identificação dos públicos. A contribuição de pessoas
identificadas tem mais valor que as contribuições anônimas.
No site do StoriesforChange as pessoas precisam se cadastrar para enviar suas histórias ou mesmo participar do fórum. Dessa forma cada usuário pode identificar os participantes pela sua contribuição.
6. Estabeleça (e siga) políticas fortes em relação à privacidade. Garanta que
as informações pessoais dos seus usuários não irão cair em mãos erradas.
O site Kiva tem bem clara sua política de privacidade com relação a não divulgação de suas informações pessoais, o que garante a segurança de transações de informações de cada indivíduo, aumentando a credibilidade da iniciativa e angariando mais colaboradores.
7. Não tenha receio de críticas à sua organização – faz parte dos riscos que se
deve assumir ao optar por um diálogo aberto e transparente. Ao contrário,
responda-as com rapidez, clareza e transparência.
O site de inclusão social do governo australiano disponibiliza um canal para ouvir comentários e tirar dúvidas sobre o site. Manter um diálogo aberto com os usuários é uma oportunidade de trazer melhorias para a organização.
8. Monitore com frequência e modere a participações dos usuários quando
necessário. Exija que as políticas de uso sejam seguidas.
O site da GTLN conta com um fórum de discussão no qual as práticas devem ser permeadas pelas regras e políticas estabelecidas pela organização. Além disso, dois moderadores gerenciam o fórum e auxiliam os usuários.
9. Se você abre um canal que estimule a participação, deve realmente
participar e ouvir o que os seus usuários estão lhe dizendo. Esse
comportamento é essencial para criar uma relação de confiança.
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10. Mensurar as quantidades de interações, feedbacks e ações que foram
geradas por meio da ferramenta Web 2.0 é uma ótima forma de monitorar
indicadores e entender como a Inclusão Social 2.0 pode trazer resultados.
No Women Entrepreneurship os fóruns são administrados por experts responsáveis por responder as perguntas e alimentar as discussões.
Ainda no site do Womem Entreperneurship é possível acessar as histórias de sucesso que aconteceram graças à rede de contatos que a iniciativa construiu.
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4. Conclusão
Em um mundo cheio de incertezas, o homem está sempre em busca de sua
identidade e almeja se integrar à sociedade na qual está inserido. A necessidade
de construir uma sociedade democrática e inclusiva, na qual todos tenham seu
lugar é um consenso.
A questão social é um assunto que vem tomando grandes proporções nos
últimos tempos. Vivemos cercados de diferenças entre as pessoas. Existem nas
diversas camadas sociais pessoas socialmente excluídas em função do não
atendimento de requisitos impostos pela própria sociedade. Ao longo do tempo,
pessoas sensibilizadas em mudar essa realidade vêm lutando contra isso e
organizando diversas ações, permitindo assim, a inclusão social.
A inclusão social orientou a elaboração de políticas e leis na criação de
programas e serviços voltados ao atendimento dessas necessidades. Assim, a
sociedade vem tentando modificar suas estruturas e serviços oferecidos, abrindo
espaços conforme as necessidades de adaptação específicas para cada pessoa
para que sejam capazes de interagir naturalmente na sociedade.
O assunto está se tornando peça-chave na sociedade. Programas sociais vêm
sendo criados por organizações não-governamentais com a ajuda do governo e
de empresas na tentativa de tornar a sociedade integrada.
Em uma era em que se fala e se usa muito a tecnologia, inclusive como forma de
inclusão social, a chamada inclusão digital, as ações envolvendo recursos
tecnológicos vêm se tornando cada vez mais freqüentes para discussão do
assunto.
Os casos exemplificados anteriormente demonstram que a Web 2.0 é muito útil
e pode ajudar no processo de inclusão digital, permitindo a formação de redes de
relacionamento entre interessados nos mesmos assuntos. Estes sujeitos
debatem e espalham o tema dentro do mundo virtual, instruindo a sociedade
sobre como agir no mundo real.
Esse relatório apresenta alguns dos benefícios obtidos em função da utilização
desses recursos. Permite que o cidadão participe efetivamente do processo de
inclusão social, contribuindo com ideias e informações, colaborando com outras
pessoas envolvidas ou simplesmente expondo ao mundo de que é possível lutar
por um mundo mais igual para todos.
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Vocabulário
Alertas de e-mail: algumas ferramentas, tais como fóruns de
discussão e blogs, dão a opção para que o usuário receba um e-mail
avisando-o sobre alguma alteração ou atualização.
Blogosfera: termo coletivo que compreende todos os weblogs (ou
blogs) como uma comunidade ou rede social. Muitos blogs estão
densamente interconectados; blogueiros lêem os blogs uns dos
outros, criam enlaces, referem-se a eles na sua própria escrita, e
postam comentários nos blogs uns dos outros.
Bookmarks: links de sites que são selecionados pelo usuário e
armazenados em alguma base.
Buzz: estratégia de marketing que estimula a tradicional
propaganda “boca-a-boca”. Tenta se aproveitar da capacidade da
rápida multiplicação para levar a mensagem para um número
grande de pessoas, sem necessariamente ter de investir muito.
Del.icio.us (delicious.com): site que oferece serviço online que
permite que o usuário cadastrado adicione bookmarks sobre
qualquer assunto.
Enterprise 2.0: termo que une os conceitos da Web 2.0 com as
práticas empresariais. Serve como descrição de empresas
interessadas em prover as informações exatas no momento certo
por meio de uma rede de aplicações, serviços e dispositivos
interconectados que maximizam a inteligência coletiva e o acesso
às informações.
Feed: listas de atualização de conteúdo de um determinado site,
escritos com especificações baseadas em XML.
Flickr (www.flickr.com): site de hospedagem e compartilhamento
de imagens.
Governança: refere-se a processos e sistemas, estruturas de
autoridade e até de colaboração pelos quais uma organização aloca
seus recursos e coordena ou controla suas atividades. Seu objetivo é
garantir que os indivíduos da corporação atuem de maneira
adequada para atingir as metas das partes interessadas
(empregados, alta gestão, investidores, comunidade). A
governança define papéis e responsabilidades para os envolvidos no
processo, incluindo direção, articulação, comunicação, processos
decisórios, alocação de recursos, políticas e práticas.
Mashups: aplicativo que compila dois ou mais conteúdos para web,
de fontes diferentes, criando um conteúdo final integrado.
Ning (www.ning.com): plataforma online que permite a criação de
redes sociais individualizadas.
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Orkut (www.orkut.com.br): site de redes sociais cujos membros
criam novas amizades e mantém os relacionamentos.
Podcast: meio de distribuir arquivos digitais que ficam hospedados
em um endereço de Internet.
Princípio da cauda longa: fenômeno decorrente do uso de Internet,
que ocorre em empresas que conseguem faturar com produtos de
nicho. Como no ambiente virtual não há limite de espaço físico para
exposição dos produtos, é possível oferecer e expor aqueles que são
voltados para públicos específicos.
Redes sociais: estrutura social que conecta indivíduos por um ou
mais tipo de interdependências.
RSS: exemplo mais conhecido e utilizado de Feed. Pode ser
traduzido como Really Simple Sindication.
Stakeholders: indivíduo ou grupo que pode afetar ou ser afetado
por um determinado negócio, via opiniões ou ações.
Sindication: ferramenta que, associada ao feed, “puxa” as
atualizações de um determinado site a um outro.
Tagging: ferramenta que permite que o autor do post adicione
palavras-chave que associam esses termos com o seu conteúdo.
Twitter (twitter.com): site de rede social que permite que os
usuários enviem suas atualizações pessoais via SMS, e-mail,
mensageiros instantâneos e outros, limitado a 140 caracteres. É
uma das ferramentas precursoras dos microblogs.
YouTube (www.youtube.com): site que permite o
compartilhamento de vídeos em formato digital.
Web 2.0: designa uma segunda geração de comunidades e serviços
baseados na plataforma Web, como wikis e aplicações baseadas em
redes sociais. Embora o termo tenha uma conotação de uma nova
versão para a Web, ele não se refere à atualização nas suas
especificações técnicas, mas a uma mudança na forma como ela é
encarada por usuários e desenvolvedores.
Widgets: aplicativos que flutuam pela área de trabalho e fornecem
funcionalidades específicas ao usuário.
Wiki: software colaborativo que permite a edição coletiva de
documentos usando um sistema simples e sem que o conteúdo
tenha que ser revisto antes da sua publicação.
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Sobre a TerraForum
A TerraForum foi fundada em agosto de 2002 e conta atualmente com cerca
de 80 colaboradores. O crescimento da empresa tem se pautado por
contínuo investimento no desenvolvimento de sua equipe, metodologias e
infraestrutura. Hoje possui escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro,
Curitiba, Porto Alegre e em Toronto, no Canadá.
Nossa equipe de consultores e associados consiste de profissionais com
bastante experiência no Brasil e no exterior nas áreas de atuação da
TerraForum. Eles contam com experiências executivas e gerenciais em
importantes empresas nacionais e multinacionais e também em algumas da
melhores empresas de consultoria mundial.
A TerraForum se distingue de forma acentuada no mercado brasileiro em
função de seu notório acesso aos maiores especialistas mundiais em suas
áreas de atuação. Estes especialistas têm atuado tanto em programas de
treinamento, como em projetos de consultoria.
ÁREAS DE ATUAÇÃO
A TerraForum possui sete áreas de atuação:
Gestão do Conhecimento: voltada à estratégia de criação,
disseminação e proteção de conhecimentos importantes para a
organização;
Portais Corporativos: voltada à colaboração, comunicação,
arquitetura de informação, design e usabilidade em ambientes
web;
Gestão de Inovação: voltada para estratégias de inovação com
base no ambiente interno e externo;
Educação Corporativa: dedicada a desenvolver projetos e
ferramentas voltadas para o aprendizado nas organizações;
Gestão de Stakeholders: voltada para a análise e monitoramento
de seus públicos objetivando a melhora no relacionamento e
informações para tomadas de decisão mais efetivas;
Tecnologia de Informação: voltada à construção de portais,
sistemas web e desenvolvimento de softwares;
Design: dedicada a oferecer soluções de alta qualidade para a
identidade visual de sites, portais, produção de vídeos e
materiais gráficos.
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GESTÃO DO CONHECIMENTO
Diagnóstico
Programa Corporativo
Modelos de Governança
Comunidades de Prática
Desenvolvimento de Taxonomias
Memória Empresarial
Storytelling
Mapeamento de Competências
Mapeamento de Processos
Aplicação em Gestão de Projetos
Replicação de Boas Práticas
Análise de Redes Sociais
Proteção de Conhecimento
PORTAIS CORPORATIVOS & DESIGN
Planejamento Estratégico
Seleção de Tecnologias
Arquitetura de Informação
Avaliação de Usabilidade
Web 2.0
Design de sites, portais e intranets
Produção de vídeo
Material Gráfico
Identidade Visual
GESTÃO DA INOVAÇÃO
Estratégia de Inovação
Programa de Ideias
Gestão de Portfólios
Redes de Inovação
Technology Roadmap
Método Delphi
Cultura de Inovação
Inovação Radical
Auditoria Tecnológica
Monitoramento Tecnológico
Inovação com Fornecedores
Parques Tecnológicos
TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO
Portais, sites e intranets
Gerenciador de conteúdo
Business Intelligence
Gestão de Idéias
Gestão de Documentos
Business Process Management
Monitoramento de notícias
INTELIGÊNCIA EMPRESARIAL
Inteligência Competitiva
Business Intelligence
EDUCAÇÃO CORPORATIVA
Estratégia e Gestão de Educação
Corporativa
Metodologias e Ferramentas de
Educação Corporativa
Desenvolvimento de Conteúdos
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CLIENTES TERRAFORUM
Os clientes da TerraForum são grandes organizações públicas, privadas e do
terceiro setor. Desde 2002 foram mais de 200 projetos, muitos deles de
escopo internacional.
PROJETOS NA EDUCAÇÃO
A TerraForum desenvolve projetos envolvendo diferentes aspectos no
âmbito educacional, como:
Estratégia e Gestão de Educação Corporativa:
Modelagem e Estratégia de Educação Corporativa
Estruturação de Modelo de Gestão, Processos e Governança
Modelagem e Estruturação de Universidades Corporativas Desenvolvimento
de Referenciais Educacionais e Projetos Andragógicos
Metodologias e Ferramentas de Educação Corporativa:
Desenvolvimento de Modelo de Competências
Desenvolvimento de Portfólio de Soluções e Métodos Educacionais
Modelagem e Coordenação de e-Learning
Mapeamento e Capacitação de Educadores / Multiplicadores
Desenvolvimento de Conteúdos:
Mapeamento e registro de conhecimentos críticos
Seleção e modelagem de conteúdo para educação corporativa
Desenvolvimento de Estudos de Caso e Storytelling
Inclusão Social 2.0 Colaboração e cooperação por um mundo melhor
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SÃO PAULO +55 (11) 3088-6021
CURITIBA +55 (41) 3233-8891
RIO DE JANEIRO +55 (21) 2103-7699
PORTO ALEGRE +55 (51) 2102-0304
TORONTO - +1 905-919-2301
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