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LÍDERES EMVOLUME DE VENDAS
Fonte: IMS Health
Prescrição Isento de prescrição Total
2011 2012 2013 2014 2015 2011 2012 2013 2014 2015 2011 2012 2013 2014 2015
FONTE: IMS HEALTH
NA FRENTE DO BALCÃO
Vendas de medicamentos no Brasil Em bilhões de unidades
0,60 00
1,501,67
1,862,02
2,16
0,700,76
0,870,93
1,01
7%7% 9% 11% 12% 8% 8%
2,202,44
2,732,95
3,17
LABORATÓRIOS. As vendas podem aumentar caso a Anvisa autorize a migração de medicamentoscom tarja para o segmento isento de prescrição médica ainda no primeiro trimestre de 2016
Indústria espera novas regraspara remédio livre de receitaFA R M AC Ê U T I CA
Jéssica KruckenfellnerSão Pauloj e s s i c a . m o ra e s @ d c i . c o m . b r
�As farmacêuticas esperamuma mudança nos critérios declassificação de medicamen-tos isentos de prescrição (MIP)ainda neste trimestre. A medi-da pode liberar 30 novas cate-gorias de medicamentos paravenda sem receita médica.Segundo o presidente da Asso-ciação Brasileira da Indústria deMedicamentos Isentos de Pres-crição (Abimip), Jonas Mar-ques, a Agência Nacional de Vi-gilância Sanitária (Anvisa) secomprometeu a resolver a faltade regulação no segmento até ofim de março deste ano.
“Estive com os diretores daAnvisa há algumas semanas eeles reconhecem que o Brasilprecisa se modernizar em rela-ção a regulamentação de medi-camentos isentos de prescri-ç ã o”, conta o dirigente.
Depois de 12 anos pleiteandomudanças e definições clarassobre a regulamentação dessesmedicamentos junto à Anvisa,Marques acredita que agora osetor poderá se beneficiar damudança nas diretrizes.
“Vamos ter princípios ativosque passarão a ser comerciali-zados como MIP, mas perten-centes a classes terapêuticasque atualmente já são isentas[de prescrição]”, explica.
A mudança vai permitir que asfarmacêuticas ampliem seusportfólios atuais sem necessa-riamente investir no desenvol-vimento de novos produtos.
Para isso, a Abimip pede que aAnvisa se baseie nos modelos deswitch (alteração do enquadra-mento da categoria de vendados medicamentos para MIP)vigentes em outros países.
No mercado norte-america-no, citado por Marques comoreferência para MIP, um remé-dio comercializado por cincoanos e sem nenhum evento ad-verso grave, passa a ser isento deprescrição automaticamente.
“São cerca de cinco critérios eo produto passa a ser um MIP.No Brasil ainda não há uma de-finição clara para aprovar isso, oque trava o mercado”, afirma.
No ano passado, a venda deMIP no País registrou alta de 9%para 1,01 bilhão de unidades, deacordo com a consultoria IMSHe a l t h . O mercado farmacêuti-co como um todo, movimentou3,17 bilhões de unidades nomesmo período, alta de 8% ante2014, com MIP respondendopor cerca de um terço do total.
LançamentosSe confirmada a mudança naregulamentação de MIP até ofim de março, novos produtospodem começar a chegar novarejo em um ano, estima opresidente da Abimip. “É pre-ciso um tempo para aprovar aapresentação daquele medi-camento e esse processo develevar cerca de um ano”, diz.
O laboratório brasileiro Ac h éjá tem sete medicamentos, queintegram a lista de switch que aAbimip está pleiteando junto aAnvisa, prontos para serem co-mercializados no varejo.
“Hoje o Aché está fora do seg-mento de analgésicos, que é o
maior no segmento MIP. Mas sea Anvisa acelerar a aprovaçãodesses medicamentos, eu possolançar produtos nessa área an-tes do previsto no atual mode-l o”, conta o diretor da unidadeMIP Aché, César Bentim.
Sem confirmação de mudan-
ças na Anvisa, a previsão da far-macêutica, atualmente, é lan-çar pelo menos um analgésicocomo MIP entre 2017 e 2018. Sóneste ano, quatro novos produ-tos devem chegar ao mercado.
O executivo revela ter ainda olançamento de mais 15 medica-mentos isentos de prescriçãoprevistos até 2020, que não de-pendem da mudança nas regrasatuais da Anvisa.
“Nossa meta é estar entre ostrês líderes do segmento MIPaté 2030. Para atingir isso, sabe-mos que temos que acelerar ocrescimento da unidade de MIPe o lançamento de produtos éparte importante dessa estraté-g i a”, comenta Bentim. A divisãode MIP responde hoje por 11%da receita do laboratório.
Segundo o executivo, a pers-pectiva do Aché para este ano écrescer acima da média do mer-cado. “Se o segmento MIP podecrescer de 10% a 11%, devemosficar acima disso”, destaca ele.
A companhia sul-africanaAspen Pharma também projetacrescimento para as vendas noBrasil. A estimativa é encerrar oatual ano fiscal em junho de2016 com alta de 13% nas ven-das de medicamentos isentosde prescrição no Brasil.
O gerente de marketing dacompanhia no País, Jackson Fi-gueiredo, conta que as vendasde MIP representam 40% do to-tal comercializado no mercadobrasileiro. “As nossas vendas deMIP vêm crescendo muito emfunção de novos produtos.”
Ele afirma ter dúvidas sobre oimpacto da mudança no pro-cesso de aprovação de MIP naAnvisa. “O grande gargalo daagência ainda é a fila de libera-ção de novos produtos. Semacelerar esse processo, não vejouma grande mudança apenascom novos critérios”, pondera.
ConsolidaçãoPara continuar crescendo nomercado brasileiro, o executivorevela que a farmacêuticasul-africana pode adquirir no-vas marcas no País. “A comprade medicamentos continua noradar em 2016. Como somosuma companhia que tradicio-nalmente cresce via aquisições,no momento em que o real estádesvalorizado olhamos commais atenção para as possibili-dades aqui e já temos conversasem andamento”, diz ele.
Jonas Marques, da Abimip,também observa um maior in-teresse de investidores e empre-sas estrangeiras para possíveisaquisições no Brasil. “Qu a n d olevamos em consideração adesvalorização do real, o Paísestá em liquidação, mas aindahá muita dúvida das empresassobre o futuro do mercado lo-c a l”, lembra o dirigente.
Na avaliação dele, a consoli-dação global de farmacêuticas,movimento que tem se intensi-ficado nos últimos dois anos,deve se manter em 2016. “Co mmargens menores e custosmaiores, você tem que ganharem escala, então o caminho écomprar. No segmento MIP nãoé diferente”, comenta Marques.
D R E A M ST I M E
Laboratórios que atuam no Brasil reclamam da falta de regulação clara para destravar o mercado de MIP
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