Informalidade no Setor Farmacêutico: Barreira aoCrescimento da Economia Brasileira e Risco à
Saúde Pública
São Paulo, 6 de Dezembro de 2005
Consultores:McKinsey & CompanyPinheiro Neto Advogados
SAO-SA1231-20050407
1
OBJETIVOS DA APRESENTAÇÃO
Compartilharconclusões erecomendaçõesgerais doesforço
• Apresentar tamanho e principaismanifestações de informalidade no setor
• Discutir programa de combate à informalidade– Conceito de mobilização para conjunto de
ações– Diretrizes básicas
SAO-SA1231-20050407
2
É IMPERATIVA A REDUÇÃO DA INFORMALIDADE COMO FERRAMENTADE MELHORIA DO SISTEMA DE SAÚDE NO BRASIL, (1/2)
Com osimpostossonegados nosetorfarmacêuticoseria possível...
* Em 2004** Pelo governo federal em 2001
*** Em 2002Fonte: Clippings de imprensa, Ministério da Saúde, Anvisa, IBGE, análise de equipe
… ampliar em 42%* adistribuição demedicamentos…
… triplicar o programasaúde da família,triplicar o repassepara pré-natal enascimento e ampliaro atendimento doSAMU a todapopulação urbana dopaís***.
… triplicar a verbaanual destinada* àimunização, aoshospitais próprios dogoverno federal, aocombate à carênciasnutricionais e àAnvisa…
…duplicar a verbadestinada à atençãobásica à saúde peloSUS*…
…ampliar em 50% ogasto cominternações*, doministério da saúde,ampliando emelhorando oatendimento…
… triplicar oinvestimento emsaneamentobásico**…
OU OU
OU OU
OU
OU
SAO-SA1231-20050407
3
É IMPERATIVA A REDUÇÃO DA INFORMALIDADE COMO FERRAMENTADE MELHORIA DO SISTEMA DE SAÚDE NO BRASIL (2/2)
* Assumindo aposentadoria de 2SM/mês ou R$ 520 em 24/03/2005** Assumindo similar com custo médio diário de tratamento 25% maior que genérico e que seu mercado é de R$ 3-4 Bi
Fonte: Clippings de imprensa, Ministério da Saúde, Anvisa, IBGE, análise de equipe
Com omontante deencargostrabalhistasnão pagos…
… poderiam sercusteadosbenefícios para~16.000aposentados*
Com o diferencialde preço gastoem similares aoinvés degenéricos oficiais(possivelmenteatravés de trocailegal)…
… seria possívelaumentar em50% o potencialde consumo demedicamentosdos 20% maispobres**
SAO-SA1231-20050407
4
EfeitosInfluência da estrutura do setor
Funcionamento• Incentivos• FacilitadoresTipos de informalidade
Manifestações
O DIAGNÓSTICO DA INFORMALIDADE NO SETOR FARMACÊUTICOFOI ESTRUTURADO EM ETAPAS DISTINTAS
SAO-SA1231-20050407
5
O DIAGNÓSTICO DA INFORMALIDADE NO SETOR FARMACÊUTICOESTÁ ESTRUTURADO EM TRÊS ETAPAS
A informalidade no setor farmacêuticopode ser classificada em quatro tiposprincipais: práticas de mercado,regulatória, tributária e trabalhista. A suaocorrência é explicada por vantagenseconômicas aliadas a alavancasfacilitadoras de sua execução
SAO-SA1231-20050407
6
INFORMALIDADE NO SETOR farmacêutico É DE 20 A 40%,DEPENDENDO DO TIPO ESPECÍFICO
Trabalhista
* Excluindo mercado de manipulação, vendas ao governo e a hospitaisFonte: SEFAZ-SP, IMS, Rais, IBGE, Pesquisa de Campo 2dp, entrevistas, análise da equipe
Regulatório
Análise
Práticas demercado
Tipo
ESTIMATIVA
Tributária • Média de ~23%de sonegação nosetor
• De ~R$ 2 a 3bilhõessonegados
• Sonegação de impostosno setor*, chegando a
–8-21% na indústria–15-50% na distribuição–45%-50% no varejo
SAO-SA1231-20050407
7
SONEGAÇÃO DE IMPOSTOS NO SETOR É ENTRE ~R$ 2-3 BILHÕES/ANO,OCORRENDO PREDOMINANTEMENTE NO VAREJOR$ Bilhões/ano
Fonte:SEFAZ-SP, IMS, Pesquisa de Campo 2dp, entrevistas, análise da equipe
1,8-2,7
0,3-0,7
0,1-0,3
1,4-1,7
1,7-2,4
Labora-tórios
TotalVarejo Distribui-dores
Nívelestimadodesonegação%
8-21 15-5045-50 ~23
• Maiorimprecisão naestimativa parafabricantes
• Sonegação novarejo validadopor diversasfontes
Subtotal
Alto grau de incertezamas na etapa de menorvalor agregado na indústria
PARA VALIDAÇÃO COMTRIBUTARISTA
SAO-SA1231-20050407
8
ALÉM DE OUTRAS FORMAS MAIS ESPECÍFICAS, EXISTEMDOIS PRINCIPAIS ESQUEMAS DE EVASÃO FISCAL
Fonte: Entrevistas
1
Contabili-dadeparalelaDistribuidores DrogariasLaboratórios
Sem notaCom notaCom nota
Filial emoutro estado
X
X
Venda sem nota ou descarte de nota ao longo da cadeia
2
Simulaçãode destinopelodistribuidor
Distribuidores DrogariasLaboratórios
Sem notaCom nota
Notaadulteradacomsimulação dedestino
Nota adulterada viabilizando simulação de destino
Sem nota
XDescarte denota decompra
Sem nota
X
ILUSTRATIVO
PARA VALIDAÇÃO COMTRIBUTARISTA
SAO-SA1231-20050407
9
O BRASIL TAXA A SOCIEDADE COM UM NÍVEL DE IMPOSTOSDE PAÍS DESENVOLVIDO, MAS COM UMA ESTRUTURA QUEDESINCENTIVA A EMPRESA FORMAL...
Fonte: IMD Competitiveness Yearbook 2003
A carga tributária sobre o PIB no Brasil é comparável àde países desenvolvidos...
25,929,229,4
32,4
35,336,237,4
34,4
20,916,5
15,815,0
13,213,1Colômbia
TaiwanChinaÍndiaMéxico
Rússia
Austrália
Canadá
EUA
Brasil
AlemanhaReino Unido
Argentina
Irlanda
Total de impostos coletados
% PIB, 2001
... mas a estrutura de impostos onera desproporcionalmente asempresas
Impostos coletados
11,0
3,5 2,8 0,0 3,6 3,07,2
12,1
4,610,4
8,9
11,78,8
10,6
4,1
12,4
9,211,9
11,313,0
9,4
7,2
8,8 7,0 11,6
10,810,6
9,0
IR pessoal
Outros
Contribui-çãopreviden-ciária doempregador
Impostosindiretos
Brasil EUA Irlanda Austrá-lia
ReinoUnido
Cana-dá
Ale-manha
34,4
29,2 29,432,3
37,335,3 36,2
SAO-SA1231-20050407
10
100%
… PRINCIPALMENTE NO SETOR FARMACÊUTICO
Fonte: Mefa facts,Sefaz, Febrafarma
Medicamentos são mais taxados no Brasil do que noexterior...
62,3
57,1
51,9
48,0
49,9
44,0
5,0
10,0
8,8
7,0
8,1
6,7
7,6
12,0
10,9
8,8
12,1
7,5
17,4
33,0
32,2
25,5
28,8
25,0
19,1
20,0
20,0
22,6
29,0
24,0
21,0
12,0
20,3
22,9
68,6
64,4
59,3
65,4
57,0
57,0
69,4
87,5
4,0
13,2
5,8
19,0
16,7
4,7
3,8
5,7
3,9
2,1
2,0
Reino Unido
México
Portugal
França
Itália
Holanda
Espanha
Argentina
Suíça
Irlanda
Áustria
Grécia
Finlândia
Brasil
Indústria
Atacado
Varejo
Impostos
Quebra do valor agregado ao preço de medicamento%
... tendo maior tributação quandocomparados a produtos de menornecessidade
0,0
1,5
5,0
7,0
12,0
18,0Medicamentos
Calçados
Cavalo purosangue
Internet e TV àcabo
Diamantes eesmeraldas
Barcos nacionais
ICMS-SP
SAO-SA1231-20050407
11
A INFORMALIDADE CRIA GRANDE DISTORÇÃO TRIBUTÁRIA,PREJUDICANDO ARRECADAÇÃO DO GOVERNO
20,3
79,7
56,6
43,4
100%
Participaçãodas 3 maioresredes*
Participaçãode mercado
Participação naarrecadação doICMS
Resto domercado
Estado de São Paulo, 2001
* Droga Raia, Drogasil e Drogaria São PauloFonte: IMS Health, Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda e Redes de Farmácias e Drogarias
Grandes redes possuemo dobro de participaçãona arrecadação de ICMSem relação às vendascomparadas às drogariasindependentes
SAO-SA1231-20050407
12
INFORMALIDADE NO SETOR farmacêutico É DE 20 A 40%,DEPENDENDO DO TIPO ESPECÍFICO
Fonte: SEFAZ-SP, IMS, Rais, IBGE, Pesquisa de Campo 2dp, entrevistas, análise da equipe
ESTIMATIVA
• Quase 40% deempregoinformal no setor
• R$530 a 850milhões deencargos nãorecolhidos
• Trabalho sem registroem carteira de acordocom IBGE
–17% na indústria–45% no varejo
Trabalhista
Regulatório
Práticas demercado
Tributária
AnáliseTipo
SAO-SA1231-20050407
13
O EMPREGO INFORMAL REPRESENTA QUASE 40%, SENDO MAISPROEMINENTE EM DROGARIAS
* Laboratórios e drogariasFonte: PNAD IBGE, Rais, análise da equipe
Laboratório
Distribuidor*
Drogarias261
477
216
n/d53
n/d
110
133
23
Pessoas ocupadas no setormilhares
Total Formal Informal
61
39
Pessoas ocupadas no setor*%, média do setor
Informal
Formal
Representa de R$ 530 a 850milhões ano de encargos não
recolhidos por ano
Rais80
Rais270
SAO-SA1231-20050407
14
INFORMALIDADE NO SETOR farmacêutico É DE 20 A 40%,DEPENDENDO DO TIPO ESPECÍFICO
* Extrapolando pequisa para mercado total, troca ilegal chega a 13-19% do mercado, o equivalente a R$ 3 a 4.5bilhões de faturamento no varejoo no varejo
Fonte: SEFAZ-SP, IMS, Rais, IBGE, Pesquisa de Campo 2dp, entrevistas, análise da equipe
ESTIMATIVA
• Troca ilegal em27% das classespesquisadas*
• Extrapolandopara o mercado,R$ 3-4.5 bilhõesem troca ilegal
• Troca ilegal de pedidoou receita, emdrogarias, medida porpesquisa de campo eextrapolada para omercado
Trabalhista
Regulatório
Práticas demercado
Tributária
AnáliseTipo
SAO-SA1231-20050407
15
PRINCIPAL MANIFESTAÇÃO DE INFORMALIDADE DE PRÁTICAS DEMERCADO É A TROCA ILEGAL BONIFICADA...
É ilegal a troca de medicamentos de referênciapor outro de referência, e por similares
• Existem três classes de medicamentos– Referência– Genéricos– Similares
• Para ser genérico é necessário comprovar mesmosefeitos do de referência (Equivalência Terapêutica)
• A grande maioria dos similares não são obrigados a terEquivalência terapêutica
• Médico pode prescrever qualquer classe demedicamento
• Única troca permitida de medicamento prescrito é deum de Referência por um Genérico
• Troca deve ser feita pelo farmacêutico e registrada nareceita
Situação
Prática ilegal
• Diversos laboratóriosincentivam a troca domedicamento receitadopor seu produto Similaratravés de comissões abalconistas edescontos a drogarias
SAO-SA1231-20050407
16
...FEITA COM INCENTIVOS DE UM LABORATÓRIO A BALCONISTAS VIAPRÊMIOS OU COMISSÃO DIRETA
* No caso de venda direta o laboratório vende com 50% de desconto sendo 40% para a drogaria e 10%diretamente para o balconista e distribuidor só repassa 50%
Fonte: Entrevistas
Laboratório DrogariasDistribuidor ouvenda direta
• Venda combonificação(1+1)*
• 50% dedesconto Balconista
Indireta
Laboratório Drogarias• Venda com
bonificação(1+1)*
• 40% dedesconto Balconista
Direta
• 10% de comissão porunidade para o balconista
• Incentivos para melhoresvendedores
• Prêmios para melhoresvendedores (e.g. bicicleta,TV)
Comissão pagadiretamente aobalconista
• 10% para obalconista
Distribuidor ouvenda direta
SAO-SA1231-20050407
17
21% DOS MEDICAMENTOS SÃO TROCADOS ILEGALMENTEDE FORMA ESPONTÂNEA E, SE ESTIMULADA, TROCA AUMENTAPARA 40%
* Com 95% de intervalo de confiança** Troca de medicamento de referência pelo genérico correspondente é permitida por lei
Fonte: Pesquisa de campo 2dp
Trocailegal
25
30
21
195
100
Amostra Nãotroca
SimilarGenérico**SimilarGenérico**
Troca espontânea Troca estimulada
21±4%*
19±4%*
% das unidades
• Troca ilegalpoderia chegara 40%
• Dado grau deestimulomedido, estima-se 27% de trocailegal
SAO-SA1231-20050407
18
A TROCA ILEGAL, MUITAS VEZES ASSOCIADA À BONIFICAÇÃO,PERMITE DUPLICAR A MARGEM DA DROGARIA
Margem comprodutoprescrito
Troca ilegalpor similar,assumindobonificaçãode 1+1
* Drogaria repassa parte do desconto ao consumidor para o preço do similar incentivado ficar mais atrativo** Custo anterior de 79 é reduzido em 40% – assumindo que balconista receba seus 10% de comissão por fora
Fonte: Entrevistas
Preço devenda(PMC)
Descontoao cliente*
Preço devenda
Margemlíquida
Custo deaquisição**
ICMS arecolher
100
Assumindo PMC=100, ICMS de 18% (SP)
100 79
82
18 14
65
417
100
1090 47
74
16 9
387 36
0
ICMS
EXEMPLO ILUSTRATIVO
SAO-SA1231-20050407
19
0
800
800
ALÉM DISSO, TANTO BALCONISTAS QUANTO DROGARIAS SÃOBENEFICIADOS COM A COMISSÃO REPASSADA AO BALCONISTA
* Em SP** Assumindo 1 balconista em drogaria com faturamento de R$ 26.000 (PMC), R$ 20.000 (PF), 10% de comissão ao balconista e 30% de
medicamentos bonificados*** IR, parte do INSS, etc
Fonte: Entrevistas, balanços de empresas, análise da equipe
EXEMPLO ILUSTRATIVO
Saláriofixo*
Encargos
Custo totalparadrogaria
Cu
sto
par
ad
rog
aria
R$/mês, SP
800
1.600
800
Saláriofixo*
ComissãoBO**
Remune-ração total
Ince
nti
vop
ara
bal
con
ista
Drogaria temmenor custo depessoal
Balconistareceberemuneraçãomaior, mesmocom salárionominal inferior
Com troca ilegal
700
1.400
700
600
1.300
700
Sem troca ilegal
Semconsiderar
deduções***
SAO-SA1231-20050407
20
INFORMALIDADE NO SETOR farmacêutico É DE 20 A 40%,DEPENDENDO DO TIPO ESPECÍFICO
Fonte: SEFAZ-SP, IMS, Rais, IBGE, Pesquisa de Campo 2dp, entrevistas, análise da equipe
ESTIMATIVA
• Potencial risco asaúde
• Número defarmacêuticosdeveria ser nomínimo 3 vezeso atual
• Ausência de GMP emlaboratórios eequivalênciaterapêutica de produtos
• Déficit de farmacêuticosnecessários paracumprir legislação deobrigatoriedade deplantão
Trabalhista
Regulatório
Práticas demercado
Tributária
AnáliseTipo
SAO-SA1231-20050407
21
AUSÊNCIA DE GMP* COMPROMETE A QUALIDADE DO PRODUTO
Laboratório informal
* GMP = Good Manufacturing Practices (Boas Práticas de Fabricação)Fonte: Entrevistas
Princípioativo
Medicamento
• Não execução de testes deaprovação de matéria-prima
• Ausência de certificação defornecedor de MP
• Fabricação através deprocessos não validadospor GMP (boas práticas defabricação, de acordo comRDC 210/2003 Anvisa)
• Processos não controladospara embalagem,armazenamento edistribuição
EXEMPLO ILUSTRATIVOMPs rejeitados podem, via
contrabando, chegar aprodutores informais
Risco à saúde pública
SAO-SA1231-20050407
22
O NÚMERO DE FARMACÊUTICOS EM DROGARIAS E FARMÁCIASDEVERIA SER, NO MÍNIMO, TRÊS VEZES MAIOR PARA CUMPRIR AREGULAMENTAÇÃO
* Dados oficiais do Conselho Federal de Farmácia** Em milhões de Homens-Hora
*** Em média (há estabelecimentos que funcionam 24 hs/dia)Fonte: CFF, Febrafarma, entrevistas, análise de equipe
# farmacêuticos*
Na prática, déficit é aindamaior em drogarias:- Maioria dos farmacêuticos
estão em farmácias- Farmacêuticos não ficam em
tempo integral
Números defarmacêuticos*
85.600
% em drogaria/farmácia*
40%
Carga semanal
40 horas
Números de se-manas trabalhadas
48
Capacidadeanual**
66 MM HHX
Demanda anual**
164-230 MM HH
Dias por semana
6-7 dias
Funcionamentodiário***
10-12 horas/dia
Números desemanas abertas
52
Números de dro-garias e farmácias
52.800
SAO-SA1231-20050407
23
O DIAGNÓSTICO DA INFORMALIDADE NO SETOR FARMACÊUTICOESTÁ ESTRUTURADO EM QUATRO ETAPAS
O setor apresenta uma estrutura de mercadofragmentada, notadamente no varejo. Dado o elevadocusto de ser formal e conseqüente escala mínimanecessária para viabilidade da operação formal, umagrande parte do mercado opera na informalidade
SAO-SA1231-20050407
24
EMBORA ALGUMAS GRANDES EMPRESAS CONCENTREM PARTESIGNIFICATIVA DO MERCADO, EXISTE UM NÚMERO GRANDE DEEMPRESAS COM BAIXA ESCALA…
* Redes, segundo IMSFonte: IMS-PMB, IMS, entrevistas, análise da equipe
20
10,2
# empresas Faturamento(R$ bilhões)
451 18
LaboratóriosFarmácias eDrogarias
5,03.120# de pontosde venda
Faturamento(R$ bilhões)*
52.800 23
20 laboratórios concentram metade domercado
6% dos PDVs representamaproximadamente 20% domercado
2004
Média defaturamentoanual
~R$ 500 MM
~R$ 20 MM
Média defaturamentoanual
~R$ 1.6 MM
~R$ 0.4 MM
ESTIMATIVA
SAO-SA1231-20050407
25
...ESPECIALMENTE NO VAREJO, NO QUAL O BRASIL POSSUI UMNÚMERO EXCESSIVAMENTE ALTO DE FARMÁCIAS E DROGARIAS
Brasil
México
EUA
Chile
0,06
0,09
0,19
0,31
0,33
0,50
Drogaria/farmácia por mil habitantes
2001
Gasto em medicamento por habitante
PPP,2001
859
658
1.421
1.114
566
537
Argentina
África do Sul
Fonte: Agências reguladoras, Banco Mundial, análise de equipe
SAO-SA1231-20050407
26
-10
-5
0
5
10
15
20
25
0 10 20 30 40 50
DADA ESCALA MÍNIMA DE R$ 20K/MÊS PARA VIABILIZAR OPERAÇÃOFORMAL DA DROGARIA, 75% DELAS ADOTARIAM ALGUM TIPO DEINFORMALIDADE
* 1 balconista + 1 farmacêutico (salários e encargos)** Assumindo que empresa pratique todos os tipos de informalidade identificados no estudo
Fonte: Entrevistas com drogarias de rede, IMS, entrevistas com balconistas independentes, análise da equipe
Premissas
• Margem de ~30%nas vendas
• Custo de pessoalde ~R$ 2.800/mês*
• Demais custosfixos de ~R$1.000/mês
• Formalidade ~30%do faturamento**
R$ mil/mês
Inviável ser 100%formal
Margem operacional
Faturamento
Retorno 10k
100%Informal**
ESTIMATIVA
100%formal
~R$ 20mil/mês
~R$ 30mil/mês
~R$ 50mil/mês
PDVs(%)Mercado R$(%)
75
25
85
37
90
50
Retorno 5k
Retorno 2k
SAO-SA1231-20050407
27
A ESTRUTURA DO SETOR FARMACÊUTICO NO BRASIL, PORTANTO,POSSUI UMA RELAÇÃO DE CAUSA E EFEITO COM A INFORMALIDADE
Fonte: Análise da equipe
Mercadofragmentado
Informalidade
CONCEITUAL
InformalidadeMercado
fragmentado
Influência da informalidade na estrutura demercado
• Viabilização da operação de muitosestabelecimentos abaixo da escala mínima deformalidade
• Desincentivo ao crescimento dadanecessidade de formalização
• Alta fragmentação dificulta fiscalização• Concorrência predatória cria pressão de
custos, além dos limites da formalidade
Influência da estrutura de mercado nainformalidade
SAO-SA1231-20050407
28
O DIAGNÓSTICO DA INFORMALIDADE NO SETOR FARMACÊUTICOESTÁ ESTRUTURADO EM QUATRO ETAPAS
A informalidade no setor traz efeitosnocivos, como maior risco à saúde ecusto de tratamento para pacientes,concorrência desleal a empresas formais,distorção tributária e limitação aodesenvolvimento do setor
Efeitos
SAO-SA1231-20050407
29
PACIENTES SÃO EXPOSTOS A UM NÍVEL DE RISCO MAISELEVADO E, MUITAS VEZES, A UM CUSTO MAIOR DE TRATAMENTO
• Risco àsaúde
• Customaior detratamento
Fonte: Análise da equipe
• Produção sem GMP
• Medicamento sem testes deequivalência terapêutica
• Uso de matéria primarefugada no teste dequalidade
• Venda sem prescrição
• Ausência de farmacêuticode plantão noestabelecimento
• Indução à troca demedicamento no ponto devenda pelo balconista
• Clonagem de embalagem
Manifestações deinformalidade
• Medicamento de menorqualidade
• Uso inadequado
– Medicamento nãoindicado
– Interação medicamentosaperigosa
– Posologia incorreta
• Compra de medicamentomais caro
– Aceitação de sugestãocomo mais barato
– Percepção errônea depreço (p.ex., embalagemcom menor quantidade)
Efeitos potenciais
SAO-SA1231-20050407
30
TROCA ILEGAL POR SIMILAR BONIFICADO IMPLICA CUSTOSIGNIFICATIVAMENTE MAIOR PARA O PACIENTE
* Amoxicilina, diclofenaco potássico, diclofenaco sódico, omeprazol, diazepam, prednisona, cloridrato deranitidina, captopril, cloridrato de ciprofloxacino, maleato de enalapril, piroxicam, alprazolam, bromazepam,nimesulida e sinvastatina
Fonte: Pesquisa de preço em drogarias de SP, MG, PR, RS, PE, GO e RJ, análise da equipe
127
100
Similar Genérico
Custo médio diário de tratamento*
índice, genérico = 100Abordagem
• Cálculo do preçopor mg porcomprimido de 16princípios ativos*de grande volume
• Consideradosapenas similaresde laboratóriosindicados napesquisa de campo
• Ponderação pelovolume de vendade acordo com IMS
SAO-SA1231-20050407
31
OBJETIVOS DA APRESENTAÇÃO
Compartilharconclusões erecomendaçõesgerais doesforço
• Apresentar tamanho e principais manifestaçõesde informalidade no setor
• Discutir programa de combate àinformalidade– Conceito de mobilização para conjunto de
ações– Diretrizes básicas
SAO-SA1231-20050407
32
EM OUTROS PAÍSES, ESTRUTURA DO SETOR E AÇÕES ESPECÍFICASCRIAM PODEROSAS BARREIRAS À INFORMALIDADE
Estrutura do setor
Concentração dacompra demedicamentos
• Reembolso para drogarias por PBMs nos EUA
• Reembolso pelo governo à drogarias na Itália e na França
Fardo do controlerepassado aagentes
• Na Itália e França, laboratórios sofrem pesada pena se nãoreportarem problema de qualidade, depois informado por médicos
• Obrigação de certificação de GMP por organismos dedicados compagamento dos custos pelo laboratório – Itália
Ampladisponibilidade emonitoramento deinformações
• Base de dados de nomes e embalagens na Itália
• Controle de prescrições e acompanhamento de padrões deprescrição no Reino Unido
• Controle de prescrições e orçamento dos médicos na Alemanha
Fonte: Especialistas nos mercados analisados, análise da equipe
SAO-SA1231-20050407
33
ATUAÇÃO AMPLA, ATRAVÉS DE VARIADOS NÍVEIS DE AÇÕES, ÉIMPRESCINDÍVEL PARA SUCESSO DO PROGRAMA
Ações centrais
• Alto impactodireto sobre ainformalidade
• Facilitamefetividade dasdemais ações
SAO-SA1231-20050407
34
ATUAÇÃO AMPLA, ATRAVÉS DE VARIADOS NÍVEIS DE AÇÕES, ÉIMPRESCINDÍVEL PARA SUCESSO DO PROGRAMA
Ações centrais
• Alto impactodireto sobre ainformalidade
• Facilitamefetividade dasdemais ações
Ações de contenção
• Ações de impactointermediário, querestringem maiorcrescimento dainformalidade
SAO-SA1231-20050407
35
ATUAÇÃO AMPLA, ATRAVÉS DE VARIADOS NÍVEIS DE AÇÕES, ÉIMPRESCINDÍVEL PARA SUCESSO DO PROGRAMA
Ações centrais
• Alto impactodireto sobre ainformalidade
• Facilitamefetividade dasdemais ações
Ações de contenção
• Ações de impactointermediário, querestringem maiorcrescimento dainformalidade
Ações periféricas
• Ações específicaspara atuação sobreos múltiplosfacilitadores deinformalidade
SAO-SA1231-20050407
36
AÇÕES DEVEM SEGUIR DIRETRIZES BÁSICAS PARA PRESSIONAR AINFORMALIDADE
Fonte: Análise da equipe
Reduzir vantagens econômicas dainformalidade...
Informalidade
...eliminar facilitadores e impor barreiras asuas manifestações.
• Redução da carga tributária e modificação daforma de tributação
• Incentivo para migração à formalidade e a formasde atuação menos propensas à informalidade
• Otimização da fiscalização por instrumentos deinteligência e bases de dados
• Especialização e aumento da fiscalizaçãoespecifica do setor
• Aumento das punições e progressividade dasmesmas
• Aumento da transparência a população, classemédica e demais agentes
• Enrijecimento da regulamentação, impondoboas práticas de manufatura e manipulação econtrole de matérias primas
• Redução do risco à saúde• Maior acesso a medicamentos• Incentivo ao crescimento• Redução do custo saúde• Maior arrecadação