INFORMATIVO NESPRO&
EMBRAPA PECUÁRIA SULBOVINOCULTURA DE CORTE
NO RIO GRANDE DO SULANO 3. No. 1 - 2016
Fonte: Gira Técnica Pecuaristas – Etapa Soma 2016 – Agropecuária Markus
Capa Informativo NESPRO 2016.indd 1 09/11/2016 17:23:24
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SULFACULDADE DE AGRONOMIA
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIANÚCLEO DE ESTUDOS EM SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE
BOVINOS DE CORTE E CADEIA PRODUTIVA (NESPRO)
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIACENTRO DE PESQUISA DE PECUÁRIA DOS CAMPOS
SUL BRASILEIROS – EMBRAPA PECUÁRIA SUL
Corpo EditorialGabriel Ribas PereiraTamara Esteves de OliveiraJulio Otávio Jardim BarcellosAlexandre Costa VarellaFernando Flores CardosoVinicius do Nascimento Lampert
1
CIP – Catalogação Internacional na PublicaçãoBiblioteca Setorial da Faculdade de Agronomia – UFRGS
Biblioteca Prof. Antônio Tavares Quintas
Informati vo NESPRO & Embrapa Pecuária Sul :Bovinocultura de Corte no Rio Grande do Sul – Ano 3,n. 1 (2016) - Porto Alegre, RS : UFRGS, 2016-40p.
ISSN 2447-4169
Conti nuação de: Informati vo NESPRO : Bovinocultura de Corte no Rio Grande do Sul. Ano 1, n. 1 (2014)
1. Bovinocultura de Corte – Rio Grande do Sul
Bibliotecária: Elisângela da Silva Rodrigues CRB10/1457
06Mar2017 InformativoNESPRO miolo.indd 1 07/03/2017 22:47:35
2
INFORMATIVO NESPRO & EMBRAPA PECUÁRIA SUL
O NESPRO – Núcleo de Pesquisa do Departamento de Zootecnia da Faculdade de Agronomia da UFRGS – e a EMBRAPA PECUÁRIA SUL, numa iniciati va conjunta deram início no ano de 2015, a
um arranjo insti tucional denominado “Observatório da Bovinocultura de Corte do Sul do Brasil, com foco na Região Sul”, cujos objeti vos consistem em aproveitar as experti ses das duas insti tuições para analisar dados, consolidar informações, interpretar informações esta� sti cas sobre a pecuária e sobre
as dinâmicas de ocupação do território, identi fi car tendências e construir cenários futuros para a bovinocultura de corte.
Com isto, pretende-se disponibilizar um conjunto de informações a respeito da pecuária aos
integrantes da Cadeia Produti va da Carne Bovina. Os resultados têm sido promissores no apoio às formulações de políti cas públicas e as tomadas de decisões setoriais ligadas a pecuária de corte. No
segundo ano de ati vidade, entrega-se o segundo – INFORMATIVO NESPRO-EMBRAPA PECUÁRIA SUL – o qual apresenta a pecuária gaúcha em números, consti tuindo-se um objeto descriti vo e analíti co da
Bovinocultura de Corte.
Inicialmente o Informati vo contempla, a parti r de gráfi cos, mapas e quadros, os principais aspectos relacionados a comercialização de animais para abate, os preços prati cados, os rendimentos e a origem do gado abati do. Em sequência, retrata a estrutura do rebanho bovino, seus indicadores
� sicos e a distribuição geográfi ca nas mesorregiões do Estado. Além disso, por meio de mapas de uso da terra apresenta-se a dinâmica de ocupação dos territórios da Campanha, Fronteira Oeste e
Missões pela agricultura. De forma inovadora, traz as informações do preço do boi no RS, denominado ÍNDICES NESPRO e incorpora também o preço dos principais cortes de carne bovina no varejo.
Posteriormente, de modo interpretati vo, procura identi fi car os elementos explicati vos para cada informação apresentada e uma visão de uti lidade desta informação e cenário futuro ao setor. Assim,
espera-se que, a parti r desta iniciati va, seja consolidada uma estrutura multi nsti tucional sólida, capaz de consti tuir-se no centro de referências em informações e análise conjuntural da Bovinocultura de
Corte do sul do Brasil.
Alexandre Costa Varella, Chefe Geral - EMBRAPA Pecuária SulJúlio Otávio Jardim Barcellos, Coordenador do NESPRO/Dep. Zootecnia/Fac. Agronomia/UFRGS
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EQUIPE TÉCNICA
Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção deBovinos de Corte e Cadeia Produ� va (NESPRO)Av. Bento Gonçalves, 7712 – CEP: 91540-000, Poto Alegre, RS, BrasilFone: +55 (51) 3308-6958 | Fax: +55 (51) 3308-6039Email: [email protected] – www.nespro.ufrgs.br
EMBRAPA Pecuária SulRodovia BR-153, Km 603, Vila Industrial Zona Rural, Caixa Postal 242 – CEP: 96401-970, Bagé, RS, BrasilFone: +55 (53) 3240-4650 | Fax: +55 (53) 3240-4651Email: [email protected] – www.cppsul.embrapa.br
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Alexandre Costa VarellaEng. Agrôn., Mestre, PhD (Lincoln University, NZ) Insti tuição: Pesquisador – Forrageiras com foco em Sistemas SilvipastorisChefe Geral – Embrapa Pecuáia Sul
Ana Helena Soares da SilvaTecnóloga em Agronegócios (Faculdade IDEAU)Insti tuição: Mestranda do NESPRODep. de Zootecnia, Faculdade de Agronomia, UFRGS
Cristi ane Soares Simon MarquesMéd. Vet., Mestre (UFPA)Insti tuição: Doutoranda do NESPRODep. de Zootecnia, Faculdade de Agronomia, UFRGS
Danilo Serra da RochaEng. Cartógrafo (UNESP), Mestre (UFSM)Insti tuição: Analista – Laboratório de Estudos em Agroecologia e Recursos Naturais (LABECO) – Embrapa Pecuária Sul
Fernando Flores CardosoMéd. Vet. M.S., Ph.D (Michigan State University, USA)Insti tuição: Pesquisador – Melhoramento Genéti co AnimalChefe Adjunto de PD&I – Embrapa Pecuária Sul
Gabriel Ribas PereiraMéd. Vet., Ph.D (University of California/Davis, USA)Insti tuição: Pós-Doutorando do NESPRODep. de Zootecnia, Faculdade de Agronomia, UFRGS
Izabela de Paula PereiraInsti tuição: Aluna de Graduação em Veterinária do NESPRODep. de Zootecnia, Faculdade de Agronomia, UFRGS
José Pedro Pereira TrindadeEng. Agrôn., Mestre, Doutor (UFRGS)Insti tuição: Pesquisador – Ecologia de Ecossistemas Campestres – Embrapa Pecuária Sul
Júlio Otávio Jardim BarcellosMéd. Vet., Mestre, Doutor (UFRGS)Insti tuição: Prof. Sistemas de Produção de Bovinos de Corte,Dep. de Zootecnia, Faculdade de Agronomia, UFRGS
Leandro Bochi da Silva VolkEng. Agrôn., Doutor (UFRGS)Insti tuição: Pesquisador – Ciência do Solo – Embrapa Pecuária Sul
Mayara Francyne de Oliveira BitelloInsti tuição: Aluna de Graduação em Agronomia do NESPRODep. de Zootecnia, Faculdade de Agronomia, UFRGS
Maira Garcia PachecoInsti tuição: Acadêmica de Engenharia de Produção (Unipampa)Bolsista da Embrapa Pecuária Sul
Tamara Esteves de OliveiraMéd. Vet., Mestre, Doutor (UFRGS)Insti tuição: Pós-Doutoranda do NESPRODep. de Zootecnia, Faculdade de Agronomia, UFRGS
Vinicius do Nascimento LampertZootecnista, Mestre, Doutor (UFRGS)Pesquisador – Socioeconomia e Sistemas de Produção Sustentáveis – Embrapa Pecuária Sul
Foto capa, conta capa-1, Pgs 12, 13, 18, 26: Gira Técnica Pecuaristas – Etapa Soma 2016 – Agropecuária Markus Foto contra capa-2, Pgs 4, 5, 7-9, 11, 15, 16, 23-25, 29: Gira Técnica 2013 – NESPRO/UFRGSFoto Pgs 19 e 30: Vinicius do N. Lampert – Agropecuária Girassol, Quevedos-RS.
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INDICADORESDE PREÇOS E MERCADOS
4
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PREÇO PAGO PELO BOI GORDO NO RIO GRANDE DO SUL (RS), 2010-2015
Ciclo de preços do boi gordo apresentou uma recuperação em valores entre 2013 e 2015 evidenciando os efeitos da diminuição da oferta no período decorrente dos preços baixos em anos anteriores. O valor deflacionado pago pelo boi gordo, com 450 kg, foi de R$ 2.151.49 no ano de 2015.
FONTE: FUNDESA / Dados corrigidos pelo IGP-DI
R$
/ cab
eça
2400
2200
1600
1400
1200
Média:R$ 1.877,90
2000
1800
Jan
Jan
Jan
Jan
Jan
Jan
Mar
Mar
Mar
Mar
Mar
Mar
Mai
o
Mai
o
201520142013201220112010
Mai
o
Mai
o
Mai
o
Mai
o
Nov
Nov
Nov
Nov
Nov
NovSe
t
Set
Set
Set
Set
Set
Jul
Jul
Jul
Jul
Jul
Jul
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6
COMPARAÇÃO ENTRE O PESO VIVO E O PESO DE CARCAÇAENTRE MACHOS E FEMEAS DURANTE 2015
464 463472 472 478
458 461 468 469477 473
462
210 213 210 213 208 207 210 213 210 213 208 207
473 469
491 491 485 477 473 469
491 491 485 477
222234 239 236
228 235222
234 239 236228 235
150
200
250
300
350
400
450
500
550
Fêmea Fêmea Carcaça Macho Macho Carcaça
FONTE: FUNDESA
Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Peso
(Kg)
No ano de 2015 a média do peso vivo e o de carcaça das fêmeas foram de 468 kg e 210 kg, respectivamente. Nos machos foram de 481,2 kg e 232,3 kg, respectivamente. Os pesos dos machos são maiores que o das fêmeas na maioria dos meses, contudo nos meses de entressafra há uma aproximação devido a presença de machos jovens e mais leves no abate.
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7
VARIAÇÃO MENSAL DO PREÇO DO BOI (R$/KGPV)NO PERÍODO DE 2010 - 2015
4,47 4,53 4,47 4,41 4,43 4,564,72 4,58
4,37 4,35 4,48 4,61
-0,6
0,61
-0,56
-2,01
-1,59
1,38
4,94
1,84
-2,85-3,21
-0,49
2,55
-4,0
-3,0
-2,0
-1,0
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
6,0 R$ / kg PV Variação (%) em relação à média anual
Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Variação máxima: -3,21%
Variação máxima: +4,95%
FONTE: EMATER & Consolidação NESPRO/EMBRAPA-Pecuária Sul, 2016 / Dados corrigidos pelo IGP-DI.
O preç o mé dio do kg vivo do boi gordo, corrigido pelo IGP-DI, foi de R$ 4,5 nos últi mos cinco anos. Neste período de aná lise, ocor-reram dois momentos de variaç õ es negati vas mais relevantes. Um no primeiro semestre do ano, nos meses de abril e maio, � picos da safra no RS e, o segundo, nos meses de setembro e outubro, decorrentes de uma super oferta de gado oriundo das pastagens de inverno, seja da integração com a soja da região noroeste ou das pastagens primaveris da própria região sudoeste. Nos últi mos anos, durante o mês de abril, o preço do boi diminuiu aproximadamente 2% em relação à média anual, enquanto que em outubro a redução foi maior ainda, aproximadamente de 3,2%. De outra parte, a tradicional entressafra, com um sobrepreço considerável, que ocorria no RS nas últi mas décadas tem sido menos acentuada e a maior valorizaç ã o ocorreu no mê s de julho, quando os preços ti veram uma majoração de aproximadamente 5% em relação à média anual. Portanto, considerando a variaç ã o no mê s de outubro e o aumento no mê s de julho, a opç ã o por comercializar neste ú lti mo signifi ca agregar aproximadamente 8% no preço médio obti do pelo pecuarista. Esse acréscimo serve de base para a tomada de decisõ es a respeito dos custos com a alimentação adicional para vender o boi gordo na entressafra.
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COMPARATIVO DE PREÇOS MÉDIOS DO BOI GORDO 2015
O comportamento do preço do boi gordo no RS tem dois períodos de alta, janeiro e julho de 2015. Os menores preços ocorreram em abril e outubro, o que já foi retratado no gráfico anterior. As varia-ções nos preços, conforme o mês do ano, foram maiores em 2015 do que em 2014.
FONTE: EMATER / Dados corrigidos pelo IGP-DI.
5,52 5,52
5,42
5,30
5,36
5,54
5,80
5,56
5,14
5,03
5,09
5,25
4,90
5,10
5,30
5,50
5,70
5,90
Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
R$
/ Kg
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COMPARATIVO DE PREÇOS PAGO PELO BOI GORDO EM 2015(CEPEA SP e RS)
Nos meses de junho e julho os preços médios praticados no RS são mais elevados do que os preços praticados, no mesmo período, em SP. Este fato é parcialmente explicado pela escassez de gado gordo no final de outono e ao longo do inverno no RS em contraste com a grande oferta de animais de confinamento no Brasil Central. No início da primavera ocorre o inverso, os preços médios prati-cados no Brasil Central são mais elevados, pois no RS há um aumento de oferta de animais oriundos da integração com a lavoura de soja e que necessitam liberar essas áreas para cultivo. Afora as variações mensais nos preços, em 2015, os valores médios obser-vados no RS (R$ 145,0/@) foram inferiores à média de SP (R$ 148,0/@). Mesmo que no mês de julho os preços do boi gordo no RS tenham sido quase 12% maiores que SP, na média anual foram 2% inferiores aos preços do boi gordo praticados no estado de SP.
120
125
130
135
140
145
150
155
160
165Preço do Boi Gordo em SP (R$/@) Preços do Boi Gordo no RS (R$/@)
Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Fonte: CEPEA / dados corrigidos pelo IGP-DI, 1 arroba = 15 kg.
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10
PREÇO MÉDIO PAGO PELAFêMEA E MACHOS NO RS
EM 2015 E 2016*
Os dados da série NESPRO Índices consolidam o comportamento do preço do boi em relação a vaca, como evidenciado em outras fontes de dados. Ele segue a mesma tendência dos últimos anos com uma superioridade entre 8 e 12%. Assim, a informação disponibilizada já pode ser usada, com credibilidade, pelos integrantes da cadeia produtiva da carne bovina.
8,0
9,0
10,0
11,0
12,0
13,0
FONTE: NESPRO Índices, CEPEA
Jan Mar Maio Jul Set NovFev Abr Jun Ago Out Dez Jan Mar Maio JulFev Abr Jun Ago
R$
/ Kg
NESPRO
PREÇO MÉDIO NO RS EM 2015 E 2016*
CEPEA (RS)
20162015
11,48 11,48 11,4211,22
11,4611,70
12,05
11,15
10,3910,23
10,59
11,2411,37
11,66
11,37
11,09 11,09 11,08 11,16
10,2310,53 10,53 10,49
10,3010,42
10,7110,94
10,16
9,409,22
9,53
10,07 10,1510,29
10,169,97 10,00 9,97 9,97
8,97
8,0
9,0
10,0
11,0
12,0
13,0
FONTE: NESPRO Índices / Dados corrigidos pelo IGP-DI.
DezJan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago
R$
/ Kg
2015 2016
Machos Fêmeas
06Mar2017 InformativoNESPRO miolo.indd 10 07/03/2017 22:48:10
11
4,474,53
4,47
4,414,43
4,56
4,72
4,58
4,374,35
4,48
4,61
4,00
4,20
4,40
4,60
4,80
5,00
FONTE: EMATER / Corrigidos pelo IGP-DI
Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
R$
/ Kg
vivo
PREÇO MÉDIO MENSALPAGO PELO BOI GORDO
NO RS (2010-2015)
O gráfico ilustra que a entressafra expressa pela diferença média percentual entre o maior e menor preço nos últimos cinco anos é de 8,5%. Ainda existe uma tendência de aumento do preço nos meses de inverno (junho e julho) em decorrência da menor oferta de animais para a indústria, devido as características do sistema de engorda ser predominantemente à pasto. Dependendo das condições climáticas e aspectos de mercado este valor pode oscilar como ocorreu no ano de 2015 onde essa diferença de preços entre a safra e entressafra foi de 11,3%. A gestão adequada com o uso de tecnologias mais intensivas na engorda com enfoque bioeconômico poderá, no longo prazo, reduzir a diferença de preços e a existência de períodos bem marcantes de entressafra.
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12
0
2
4
6
8
10
12
14
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
5,50
6,00
Macho - EMATER Fêmea - EMATER Diferença %
FONTE: EMATER & Consolidação NESPRO/EMBRAPA - Pecuária Sul, 2016 / Dados corrigidos pelo IGP-DI.
Jan Fev Mar Abr Jun Jul Ago Set Out Nov DezMaio Jan Fev Mar Abr Jun Jul Ago Set Out Nov DezMaio
R$
/ Kg
vivo
DIF
EREN
ÇA
(%)
DIFERENÇAS ENTRE PREÇOS DE MACHOS E FêMEAS (2014-2015)
A diferença de preço entre o boi e vaca gorda, nos últimos dois anos, oscilaram entre 8 e 12%. De maneira geral, os preços relativos de machos e fêmeas estão mais próximos quando o mercado está em alta e mais distantes quando o mercado está em baixa. Um aumento no preço do boi gordo diminui a diferença relativa entre o preço dos machos e fêmeas. Já com uma redução no preço do boi gordo ocorre o inverso, a diferença percentual dos preços aumenta entre machos e fêmeas.
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13
TON
ELAD
AS
0,000
5,000
10,000
15,000
20,000
25,000
Santa Catarina São Paulo Rio de Janeiro Paraná
FONTE: FUNDESA
2010 2011 2012 2013 2014 2015
PRINCIPAIS ESTADOS COMPRADORES DE CARNE DO RS (2009-2015)
Os estados de Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, conti nuam sendo os maiores compradores de carne bovina do RS, respecti vamente. As vendas para os estados de SC e SP diminuíram e para os estados de RJ e PR aumentaram, especialmente no ano de 2015. O mercado de carnes com marcas, oriundas dos programas de carnes das associações de raças, no RS, inicia um processo de consolidação fi nanceira. Mesmo sendo ainda pouco expressivo, trata-se de um importante mercado para a venda de carne com alto valor agregado e desti no de reprodutores produzidos no RS.
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14
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1.600
1.800
Santa Catarina São Paulo Rio de Janeiro Paraná
FONTE: FUNDESA
Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Tone
lada
sPRINCIPAIS ESTADOS COMPRADORES DE CARNE DO RS DURANTE 2015
No ano de 2015, a comercialização de carne do RS foi maior nos meses de novembro e dezembro e a menor observada no mês de junho. Analisando graficamente não existe uma relação direta ou mesmo inversa entre o preço médio do boi gordo praticado no RS e a magnitude do volume total comercializado para esses estados. Os maiores volumes comercializados no final do ano, para os quatro estados, possivelmente foram resultados do aumento de consumo previsto para esse período.
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15
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
16.000
18.000 2015 2014 2013 2012
Reino Unido Hong Kong Egito Angola Gâmbia Países Baixos(Holanda)
EstadosUnidos
Uruguai Jamaica
Tone
lada
sPAÍSES COMPRADORES DE CARNE DO RS
No período de 2012 a 2015, o estado do RS exportou principalmente carne enlatada para a Inglaterra, seguida de carne congelada sem osso para Hong Kong e subprodutos para o Egito. Além desses produtos, o Estado exporta ainda carcaças e meias carcaças, quartos dianteiros e traseiros desossados e não desossadas, além de preparações alimen� cias e conservas. Porém, de um modo geral as exportações são pouco representati vas do total produzido no RS (5%). Acrescente-se a isto, o fato de que a maioria dos produtos exportados tem baixo valor comercial.
Fonte: AliceWeb.
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16
INDICADORESDE REBANHO
06Mar2017 InformativoNESPRO miolo.indd 16 07/03/2017 22:48:44
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Exportação IntErEstadual dE gado Em pé do rs (2009-2015)
A venda de gado em pé para outros estados, os quais buscam principalmente por animais de raças de origem britânica, para con-finamentos ou reprodução, se intensificou no último ano. Boa parte são terneiros e animais jovens levados para confinamentos na região Sudeste e Centro-Oeste. Caso o RS não tiver preços que compensem realizar a terminação de novilhos no estado, a tendência desse tipo de exportação poderá continuar crescendo e o destino de parte da carne premium poderá se concentrar em frigoríficos de outras regiões do Brasil. Este fato, poderá vir a prejudicar a economia gaúcha pela ociosidade dos frigoríficos e menor demanda por insumos pela fase de terminação podendo impactar a arrecadação de ICMS do Estado. Entretanto, oportuniza aos produtores novos mercados para a venda de gado e aumenta a concorrência interna.
Macho Fêmea
2009 20122010 20132011 2014 2015
100.000
60.000
80.000
40.000
20.000
90.000
50.000
70.000
30.000
10.000
0
Núm
ero
de a
nim
ais
FONTE: SEAPI.
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REBANHO TOTAL DE BOVINOS POR MESORREGIÕES
18
CENTROOCIDENTAL1.658.830
2014
Total rebanho 2014 = 13.901.771
CENTROORIENTAL770.491
SUDOESTE4.729.249
NOROESTE2.848.545
NORDESTE887.106
SUDESTE2.023.153
METROPOLITANA984.398
CENTROOCIDENTAL1.660.003
2015
Total rebanho 2015 = 14.006.431
CENTROORIENTAL761.511
SUDOESTE4.772.247
NOROESTE2.842.943
NORDESTE920.921
SUDESTE2.047.607
METROPOLITANA1.001.199
Entre 2014 e 2015 o rebanho gaúcho total declarado aumen-tou 0,75%. A maior população de bovinos está situada na me-sorregião Sudoeste do estado, seguida da Noroeste. As mesor-regiões onde o rebanho diminuiu em relação ao ano anterior foi a Noroeste (-0,20%) e a Centro-Oriental (-1,20%). A mesorregião que apresentou maior crescimento (+3,7%) foi a Nordeste.
*Inclui bovinos declarados como: corte, leite, misto, não informado e trabalho/tração. Fonte: SEAPI – Serviço de Epidemiologia e Estatística/DDA.
SEAPI.
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19
ÁREA PLANTADA DE SOJA POR MESORREGIÕES DO RS
CENTROOCIDENTAL
665.290
2014
Área total 2014 = 4.985.532 ha
CENTROORIENTAL276.481
SUDOESTE495.804
NOROESTE2.891.192
NORDESTE261.095
SUDESTE314.955
METROPOLITANA80.715
CENTROOCIDENTAL
718.020
2015
Área total 2015 = 5.467.305 ha
CENTROORIENTAL298.642
SUDOESTE607.437
NOROESTE3.045.843
NORDESTE291.830
SUDESTE396.539
METROPOLITANA108.994
Entre 2014 e 2015 a área plantada de soja aumentou 9,7%. A maior área plantada de soja está situada na mesorregião Noro-este do estado, seguida da Centro-Ocidental. Embora essas regiões apresentem os maiores valores, elas foram as mesor-regiões que menos cresceram, 5,3% e 7,9%, respectivamente. Em termos relativos, as regiões que mais cresceram foram as mesorregiões Metropolitana (35%), Sudeste (25,9%) e Sudoeste (22,5%). Em todas as mesorregiões do RS ocorreu o aumento na área cultivada com soja no ano de 2015 em relação a 2014.
FONTE: IBGE & Consolidação NESPRO/EMBRAPA - Pecuária Sul, 2016.
06Mar2017 InformativoNESPRO miolo.indd 19 07/03/2017 22:48:51
EXPANSÃO DE BOVINOS E DA SOJA NO RS
20
2010
6.000.000
5.000.000
4.000.000
2.000.000
3.000.000
1.000.000
02011 2012 2013 2014 20152010
14.200.000
13.600.000
13.000.000
14.000.000
13.400.000
12.800.000
13.800.000
13.200.000
2011 2012 2013 2014 2015
Nos últimos anos o rebanho bovino do RS tem crescido e média 1,2% a.a., enquanto que a soja cresce a uma taxa de 6,6% a.a.. Embora as taxas caminhem no mesmo sentido, a forma de crescimento do rebanho bovino e da soja no estado apresentam com-portamentos distintos. O rebanho bovino apresenta desaceleração do crescimento e a soja ainda demonstra crescimento acelerado. Enquanto o rebanho bovino sinaliza uma estabilização em função da redução da taxa de crescimento, a soja no médio prazo conti-nua a mostrar tendência de crescimento para os próximos anos.
Expansão dos bovinos (cab) Expansão da soja (ha)
FONTE: SEAPI, EMATER & Consolidação NESPRO/EMBRAPA - Pecuária Sul, 2016.
06Mar2017 InformativoNESPRO miolo.indd 20 07/03/2017 22:48:51
MAPAS DE USO DA TERRA DA CAMPANHA, FRONTEIRA OESTEE MISSÕES (1970-2015)
21
Entre os anos de 1970 e 2015, houve um aumento das áreas cultivadas e redução dos campos naturais. No Outono de 2015 as áreas antropizadas estavam concentradas principalmente na Região das Missões, na Bacia do Rio Santa Maria e ao Sul da Campanha, ao longo da Bacia do Rio Uruguai até o centro da Fronteira Oeste. Os campos, por outro lado, se restringem predominantemente associados ao basalto raso, na porção Oeste da Fronteira Oeste e a porção central da Campanha e a manchas formando mosaico com áreas antropizadas, bem como ao Norte da Campanha com diferentes formações florestais da Serra do Sudeste. Ressalta-se que sobre todas as unidades de mapeamento de solos ocorrem remanescentes de campo natural. Contudo, sua maior ocorrência é sob solos rasos e/ou associados a relevos ondulados a forte ondulados onde existem restrições ao cultivo de grão. Ressalta-se a importância da manutenção e da conservação dos campos naturais pela sua biodiversidade e como alternativa de uso econômico a essas áreas. Os campos, se bem manejados, promovem proteção desses solos à erosão, ciclagem de nutrientes (principalmente N e P), incremento da ciclagem da água “verde” e de inúmeros outros serviços ecossistêmicos.
FONTE: EMBRAPA - Pecuária Sul, 2016.
1970 2015
06Mar2017 InformativoNESPRO miolo.indd 21 07/03/2017 22:48:52
DENSIDADE E VARIAÇÃO DO REBANHO BOVINO PARA OS COREDES*DA CAMPANHA, FRONTEIRA-OESTE E MISSÕES
22
O mapa apresenta a concentração de bovinos por unidade de área por município. Não apresenta a quantidade absoluta de animais por município. Se destacam os municípios de Lavras do Sul (Campanha), São Paulo das Missões (Missões) e Santana do Livramento (Fronteira Oeste) com as maiores densidades populacionais de bovinos dessas regiões do estado. Ao analisar este mapa em con-junto com as imagens da cobertura vegetal (página anterior) observa-se claramente dois tipos de concentrações de bovinos: (1) ao Norte com bovinos de leite em regiões mais antropizadas e (2) ao Oeste com concentração maior de bovinos de corte nas regiões de campo nativo. As maiores retrações do campo nativo entre 1974 e 2014 ocorreram nos COREDES das Missões (58% para 21%), Campanha (83% para 47%) e Fronteira-Oeste (79% para 56%), respectivamente. Na região Fronteira-Oeste o campo nativo reduziu relativamente menos e o rebanho bovino apresentou um aumento de 35% (maior aumento das três regiões). As Missões apresen-taram a maior redução do campo nativo, mas, ainda assim, o rebanho aumentou 9%. Já a Campanha apresentou uma redução do campo nativo intermediária se comparada com as outras regiões, mas foi a única região que reduziu o número de bovinos (-24%).
58%
38%
21%
83%
69%
47%
79%
55% 56%
0
200.000
400.000
600.000
800.000
1.000.000
1.200.000
1.400.000
1.600.000
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
1974 1987 2014 1974 1987 2014 1974 1987 2014Missões Campanha Fronteira-Oeste
Perc
entu
al d
a ár
ea (%
)
Núm
ero
de a
nim
ais
(cab
eças
)
*COREDES são os Conselhos Regionais de Desenvolvimento.FONTE: EMBRAPA - Pecuária Sul, 2016.
FONTE: EMBRAPA - Pecuária Sul, 2016.
06Mar2017 InformativoNESPRO miolo.indd 22 07/03/2017 22:49:01
23
REBANHO BOVINO NO RS (2010-2015)
No ano de 2015, o rebanho manteve-se estável, mesmo que a área disponível tenha sido reduzida pela ocupação de outras ati vi-dades agrícolas. Esse crescimento tem sido produzido pelo aumento da produti vidade da cria, especialmente a parti r de 2010, o que signifi ca uma melhora na efi ciência reproduti va do rebanho. Além disso, o cenário de preços pagos pelo boi gordo nesse período favoreceu a retenção de matrizes e a cria.
FONTE: SEAPI & Consolidação NESPRO/EMBRAPA - Pecuária Sul, 2016.
2010 2011 2012 2013 2014 2015
Núm
ero
de a
nim
ais
14.006.431
13.901.771
13.591.85413.643.14013.603.726
13.025.531
12.400.000
12.600.000
12.800.000
13.000.000
13.200.000
13.400.000
13.600.000
13.800.000
14.000.000
14.200.000
06Mar2017 InformativoNESPRO miolo.indd 23 07/03/2017 22:49:04
24
Milh
ões
de c
abeç
as
3.000.000
2.500.000
1.500.000
2.000.000
1.000.000
500.000
0 >36F 0-12M 0-12F 13-24F 13-24M 25-36F >36M 25-36M
N.º cabeças 2014 1.917.903 609.240 546.746 481.489 489.111 442.448 362.793 350-105
N.º cabeças 2015 2.554.478 773.477 709.527 663.184 643.329 617.994 481.358 460.53
COMPOSIÇÃO DO REBANHO DE BOVINOS DE CORTEDO RS EM 2014 E 2015
A estrutura do rebanho de corte do RS no ano de 2015 é muito similar a de 2014 o que indica um equilíbrio na parti cipação de cada categoria animal. Porém, nota-se um crescimento absoluto no número de matrizes com mais de 36 meses em relação ao ano ante-rior, mas manti da a sua proporção. Portanto, seguindo com essa estrutura de rebanho e a taxa de abate de fêmeas (48%) o rebanho deverá manter-se com os números atuais no ano de 2016. Foram considerados apenas os animais declarados exclusivamente como bovinos de corte.
06Mar2017 InformativoNESPRO miolo.indd 24 07/03/2017 22:49:07
INDICADORESDE ABATE
25
06Mar2017 InformativoNESPRO miolo.indd 25 07/03/2017 22:49:18
26
O número de nascimentos de bovinos conti nua aumentando, o que signifi ca uma melhora na efi ciência reproduti va do rebanho. Entretanto, não estamos conseguindo abater na mesma velocidade com que os terneiros nascem. A diferença entre nascimentos e abates cresce a cada ano. Em 2010 esse saldo era de 410 mil animais, em 2014 era de 806 mil e em 2015 quase alcançou 1 milhão de animais (diferença entre nascimentos e abates). O balanç o entre os nascimentos e o abate, aqui defi nido como superá vit da cria, aumentou de 20% para 51% nos ú lti mos anos. Esse indicador é importante para projetar a estrutura de rebanho e as tendê ncias de disponibilidade para os abates e a consequente produç ã o de carne no Estado. Como a taxa de abate tem se manti do constante nos ú lti mos anos e os nascimentos aumentados em torno de 4% ao ano, manti das as condiç õ es atuais de produç ã o, a oferta crescente de animais para abate ou comercialização para outros estados conti nua sendo uma característi ca da pecuária no RS.
supErÁVIt da crIa - Balanço EntrE nacImEntos E aBatEs do rs (2010-2015)
Abates Nascimentos Balanço (Nasc-Abat) Superávit da cria (%)
FONTE: SEAPI & Consolidação NESPRO/EMBRAPA - Pecuária Sul, 2016
0
10
20
30
40
50
60
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
2010 2011 2012 2013 2014 2015
M
ilhõe
s de
cab
eças
Porc
enta
gem
(%)
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27
2010 2011 2012 2013 2014 2015
Estadual 932.511 1.001.039 1.089.427 1.085.787 1.056.182 1.018.826
Federal 959.098 892.398 731.945 736.360 744.664 665.101
Municipal 160.609 200.361 232.458 267.531 272.981 265.481
Milh
ões
de c
abeç
as
0
Fonte: SEAPI
2
4
6
8
10
12
Nos últimos dois anos os frigoríficos estaduais continua sendo o principal destino para abate no RS, sendo que em 2014 e 2015 foram abatidos aproximadamente 52,5% dos bovinos do estado. A cada ano os frigoríficos com inspeção federal tem reduzido sua participação em termos percentuais, sendo que atualmente abatem 34% dos animais. Esses números demonstram um aumento da concorrência dentro do estado dos frigoríficos de porte médio. Por outro lado, é importante sinalizar às indústrias frigoríficas com SIF que a diminuição de suas participações no abate pode criar um distanciamento maior com seus fornecedores, fundamentais para uma eventual retomada nas exportações.
ANIMAIS DESTINADOS AO ABATE POR TIPO DE INSPEÇÃO SANITÁRIA
06Mar2017 InformativoNESPRO miolo.indd 27 07/03/2017 22:49:24
Em 2015, a indústria frigorífica do RS contabilizou 23 plantas com inspeção federal, 95 de inspeção estadual e 306 de inspeção municipal em atividade. Em relação a 2014, as plantas frigoríficas ativas de inspeção estadual aumentaram 1%, enquanto que a federal 35% e municipal 17%. No quadro observa-se uma redução de 33% no número de plantas frigorificas ativas ou operando no RS de 2010 a 2015.
Mapa: adaptado de IBGE 2014.Fonte: SEAPI
DISTRIBUIÇÃO DOSFRIGORÍFICOS CONFORME TIPODE INSPEÇÃO SANITÁRIA NASMESORREGIÕES DO RS
Inspeção Municipal
Inspeção Estadual
Inspeção Federal
28
Número de Plantas Frigoríficas no RS (2010-2015)
2010
629
501
423459
363424
2011 2012 2013 2014 2015
3
16
32
64
3
128
30
49
106
30
195
1181
43
164
06Mar2017 InformativoNESPRO miolo.indd 28 07/03/2017 22:49:24
TOTAL DE MACHOS GUIADOS PARA O ABATE POR MESORREGIÕES DE ORIGEM NO RS (2010-2015)
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
40000
45000
.
Jan Fev Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov DezMar
Núm
ero
de c
abeç
as
29
As mesorregiões Noroeste e Centro Ocidental intensificam seus abates a partir de junho, atingindo um pico em outubro, como re-sultado do sistema de engorda nas pastagens integradas com a lavoura. Já a mesorregião Sudoeste tem um comportamento mais tardio (julho a novembro), além de apresentar dois picos de abate (março e novembro) devido a maior participação do campo nativo na base de alimentação dos animais. As demais regiões apresentam concentração de abates semelhantes ao longo do ano.
Centro Ocidental
Centro Oriental
Metropolitana
Nordeste
Noroeste
Sudeste
06Mar2017 InformativoNESPRO miolo.indd 29 07/03/2017 22:49:28
30
De um modo geral, o percentual de fêmeas abatidas segue uma relação inversa com o preço do boi. Desde janeiro de 2013 até setembro de 2014 o abate de fêmeas em relação aos machos ficou abaixo da média histórica do estado (48%). Essa retenção de fêmeas possivelmente favoreceu o au-mento persistente na produção de ternei-ros no RS. Em 2015 observou-se um ligeiro aumento no abate de fêmeas, embora a categoria de fêmeas tenha aumentado nos bovinos declarados no rebanho.
TOTAL DE FêMEAS GUIADAS PARA O ABATE NO RS (2010-2015)
3,00
3,50
4,00
4,50
5,00
5,50
6,00
40%
42%
44%
46%
48%
50%
52%
54%
% Abate de fêmeas Preço boi gordo (R$/kg vivo)
Média: 48%
Média: R$ 4,21
Jan
Abr
Jul
2010
Out
Jan
Abr
Jul
2011
Out
Jan
Abr
Jul
2012
Out
Jan
Abr
Jul
2013
Out
Jan
Abr
Jul
2014
Out
Jan
Abr
Jul
2015
Out
Fonte: FUNDESA
R$
/ Kg
vivo
Porc
enta
gem
(%)
06Mar2017 InformativoNESPRO miolo.indd 30 07/03/2017 22:49:29
31
NESPROÍNDICES
Os preços dos principais cortes de carne bovina ofe-recidos aos consumidores foram disponibilizados pelo Grupo NESPRO/UFRGS pela primeira vez em setembro de 2014. Desde então registram as variações de preços dos principais cortes de carne bovina comercializados em supermercados e casas de carnes (R$/kg) na cidade de Porto Alegre/RS. Essas informações são coletadas quinzenalmente em quatro grandes supermercados e quatro casas de carnes. Os preços atualizados do boi gordo pago ao produtor são coletados semanalmente e referentes ao preço do boi gordo por mesorregião no estado do RS. Nessa coleta são entrevistados semanal-mente entre 19 e 21 gestores de frigorífi cos e de sin-dicatos de produtores de carne bovina, conforme sua disponibilidade. Dentre as informações são coletados os preços de peso vivo e de carcaça de machos e fêmeas (R$/kg), sendo disponibilizadas as médias e desvios pa-drões dos preços em cada mesorregião do estado, in-dicando o aumento ou redução em relação ao período anterior. As coletadas de dados são realizadas sempre pelos mesmos pesquisadores e essas informações atua-lizadas, bem como o histórico de preços, são disponibi-lizadas gratuitamente ao público em geral em nosso site(h� p://www.ufrgs.br/nespro/nespro_indices.php).
06Mar2017 InformativoNESPRO miolo.indd 31 07/03/2017 22:49:29
8,5
9,0
9,5
10,0
10,5
11,0
11,5
12,0
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
140,0Casas de Carnes Supermercado Preço do Boi NESPRO
Out OutNov NovDez DezJan JanFev FevMar MarAbr AbrMaio MaioJun JunJul JulAgo Set Ago
Preç
o do
s co
rtes
(R$)
Méd
ia d
o pr
eço
do b
oi N
ESPR
O
8,5
9,0
9,5
10,0
10,5
11,0
11,5
12,0
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
45,0Supermercados Casas de Carnes Preço do Boi NESPRO
Preç
o do
s co
rtes
(R$)
Méd
ia d
o pr
eço
do b
oi N
ESPR
O
Out OutNov NovDez DezJan JanFev FevMar MarAbr AbrMaio MaioJun JunJul JulAgo Set Ago
32
nEspro ÍndIcEs – cortEs dE carnEs para cHurrascopIcanHa E mamInHa (2014-2016)
O preço da picanha, de um modo geral, é maior nas ca-sas de carnes, ao contrário do que é observado para a maminha que é mais valorizada nos supermercados. Pos-sivelmente, isto se deve ao ti po de comprador de cada local. A maminha apresentou uma diferença menor de preço entre os locais comercializados. O preço de ambos os cortes não foi infl uenciado pelo preço do boi gordo, provavelmente por tratar-se dos cortes mais valorizados do boi.
Picanha
Maminha
06Mar2017 InformativoNESPRO miolo.indd 32 07/03/2017 22:49:32
33
nEspro ÍndIcEs – cortEs dE carnEs para cHurrascocostEla E VaZIo (2014-2016)
8,5
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10,5
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11,5
12,0
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
Supermercado Casas de Carnes Preço do Boi NESPRO
Preç
o do
s co
rtes
(R$)
Méd
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oi N
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O
Out OutNov NovDez DezJan JanFev FevMar MarAbr AbrMaio MaioJun JunJul JulAgo Set Ago
8,5
9,0
9,5
10,0
10,5
11,0
11,5
12,0
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
Supermercado Casas de Carnes Preço do Boi NESPRO
Out OutNov NovDez DezJan JanFev FevMar MarAbr AbrMaio MaioJun JunJul JulAgo Set Ago
Preç
o do
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rtes
(R$)
Méd
ia d
o pr
eço
do b
oi N
ESPR
O
O preço da costela comercializada pelos supermercados é maior do que observado nas casas de carnes, exceto no período de safra em que há uma alta oferta de cos-tela. Situação semelhante é observada para o vazio. Am-bos possuem uma indexação a variação do preço do boi gordo.
Costela
Vazio
06Mar2017 InformativoNESPRO miolo.indd 33 07/03/2017 22:49:34
8,5
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0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
Supermercado Casas de Carnes Preço do Boi NESPRO
Out OutNov NovDez DezJan JanFev FevMar MarAbr AbrMaio MaioJun JunJul JulAgo Set Ago
Preç
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O
nEspro ÍndIcEs – cortEs dE carnEs para grElHadoscontraFIlé E FIlé-mIgnon (2014-2016)
8,5
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0,0
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10 ,0
15 ,0
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25 ,0
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35 ,0
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45 ,0
50 ,0Supermercado Casas de Carnes Preço do Boi NESPRO
Preç
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O
Out OutNov NovDez DezJan JanFev FevMar MarAbr AbrMaio MaioJun JunJul JulAgo Set Ago
34
Os cortes, contrafi lé e fi lé-mignon, tem um comporta-mento semelhante de preços independente do local de venda. Segue, de forma inesperada, uma tendência de variação próxima ao preço do boi.
Contrafi lé
Filé-Mignon
06Mar2017 InformativoNESPRO miolo.indd 34 07/03/2017 22:49:35
Os tipos de carnes comoditizadas, como carne moída e de segunda (paleta), são comercializadas com valores superiores nos supermercados. As casas de carne têm seus preços com maior indexação em relação ao preço do boi gordo. Isto deve-se ao fato de que o supermer-cado consegue apropriar uma maior margem ao realizar uma comercialização conjunta com outros produtos de consumo.
35
8,5
9,0
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10,0
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11,5
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Supermercado Casas de Carnes Preço do Boi NESPRO
Out OutNov NovDez DezJan JanFev FevMar MarAbr AbrMaio MaioJun JunJul JulAgo Set Ago
Preç
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8,5
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0,0
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10,0
15,0
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Supermercado Casas de Carnes Preço do Boi NESPRO
Out OutNov NovDez DezJan JanFev FevMar MarAbr AbrMaio MaioJun JunJul JulAgo Set Ago
Preç
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(R$)
Méd
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o pr
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O
nEspro ÍndIcEs – carnE moÍda E acém (2014-2016)Carne Moída 1ª
Carne Moída 2ª
8,5
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Supermercado Casas de Carnes Preço do Boi NESPRO
Out OutNov NovDez DezJan JanFev FevMar MarAbr AbrMaio MaioJun JunJul JulAgo Set Ago
Preç
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Méd
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O
Acém
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36
FONTE DE DADOS
FUNDESA: Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal
SEAPI: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação – Divisão de Controle de Informações Sanitárias (DCIS), Serviço de Epidemiologia e Esta� sti ca (DDA) e Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA)
EMATER / RS – ASCAR: Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural / RS – Associação Sulina de Crédito e Assitência Rural
CEPEA: Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Boi Gordo ESALQ / BM&F Bovespa)
DEMAIS FONTES CONSULTADAS
NESPRO: www.nespro.ufrgs.br
NESPRO Índices: www.ufrgs.br/nespro_indices.php
NESPRO Informa� vo: www.ufrgs.br/nespro/informati vos/1/
EMBRAPA: www.embrapa.br
EMBRAPA Pecuária Sul: www.embrapa.br/pecuaria-sul
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