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    Prof. Rosngela Pires dos Santos

    Inteligncias Mltiplas e Aprendizagem

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    Inteligncias Mltiplas e Aprendizagem

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    ISBN 85-87916-04-1

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  • Universidade Castelo Branco

    INTELIGNCIAS MLTIPLAS E APRENDIZAGEM

    Curso: Normal Superior - 3 perodo

    Campus Itagua

    Autora: Rosngela Pires dos Santos Psicloga Especializaes: Terapia Cognitivo Comportamental

    Gestalt terapia Bioenergtica Disfunes Sexuais Hipnose Clnica e Mdica Programao Neurolingstica. Mestre em Cincia da Motricidade Humana Doutoranda em Psicologia, Sade, Educao e Qualidade de

    Vida. Professora Universitria na Universidade Castelo Branco

  • Sumrio I . Breve Histrico da Inteligncia........................................................... 04

    1.1. O Desenvolvimento da inteligncia............................................. 04 1.2. Pressupostos e Conceitos............................................................ 06

    1.2.1. Conceito tradicional de inteligncia.................................. 07 1.3. Contribuies de Alfred Binet..................................................... 07 1.4. Inteligncia do ponto de vista Interacionista............................... 10 1.5. Contribuies de Daniel Golemam.............................................. 13 1.6. Contribuies de Howard Gardner.............................................. 15

    II. A Teoria das Inteligncias Mltiplas.................................................. 20 2.1. O que so as Inteligncias Mltiplas............................................ 20 2.2. Sua inter relao com outros pressupostos do conhecimento...... 21 2.2.1. Razes e significados dos critrios das Inteligncias Ml- tiplas................................................................................... 21 2.3. Sua aplicabilidade em sala de aula e na vida diria do educando.. 24 2.4. Suas vrias formas de utilizao.................................................... 28 III. Definies das Inteligncias Mltiplas................................................ 32 3.1. Inteligncia Lgico Matemtica.................................................... 32 3.2. Inteligncia Lingstica ou Verbal................................................ 33 3.3. Inteligncia Musical...................................................................... 33 3.4. Inteligncia Espacial...................................................................... 34 3.5. Inteligncia Corporal Cinestsica.................................................. 34 3.6. Inteligncia Interpessoal................................................................ 35 3.7. Inteligncia Intrapessoal................................................................ 35 3.8. Inteligncia Naturalista.................................................................. 36 3.9. Inteligncia Existencial.................................................................. 36 3.10. Inteligncia Pictrica de Katia Smole.......................................... 37 IV. Aplicabilidade da Teoria das Inteligncias Mltiplas em Sala de Aula.. 37 4.1. Jogos para a estimulao das Mltiplas Inteligncias...................... 37 4.1.1. Jogos para desenvolver a Inteligncia Lgico Matemtica.... 38 4.1.2. Jogos para desenvolver a Inteligncia Lingstica ou Verbal. 38 4.1.3. Jogos para desenvolver a Inteligncia Musical...................... 39 4.1.4. Jogos para desenvolver a Inteligncia Espacial..................... 39 4.1.5. Jogos para desenvolver a Inteligncia Corporal Cinestsica.. 40 4.1.6. Jogos para desenvolver a Inteligncia Interpessoal................ 41 4.1.7. Jogos para desenvolver a Inteligncia Intrapessoal................ 42 4.1.8. Jogos para desenvolver a Inteligncia Naturalista.................. 42

  • 4.1.9. Jogos para desenvolver a Inteligncia Existencial.................. 43 4.1.10. Jogos para desenvolver a Inteligncia Pictrica................... 43 V . Utilizao alternativa da Teoria das Inteligncias Mltiplas no processo de aprendizagem....................................................................... 44 5.1. Criao de jogos e exerccios estimulantes para os diferentes tipos de aprendizagem adaptados aos seus educandos..................... 44 5.2. Apresentao da atividade alternativa criada.................................... 45 Modelo de Atividade........................................................................ 46 Bibliografia.................................................................................................... 47

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    I . Breve Histrico da Inteligncia.

    1.1. O Desenvolvimento da inteligncia

    Se os muitos psiclogos que pesquisam o funcionamento mental fossem

    solicitados a definir inteligncia, haveria uma grande quantidade de diferenas de

    opinio. Alguns psiclogos comportamentais propem que a inteligncia

    essencialmente uma capacidade geral nica. Outros argumentam que a inteligncia

    depende de muitas capacidades separadas. Spearman (1863-1945) era um

    conhecido proponente do ponto de vista da capacidade ser nica. Concluiu que

    todas as tarefas mentais solicitavam duas qualidades: inteligncia e percias

    especficas para o item individual. Resolver problemas de lgebra, por exemplo,

    exige inteligncia geral mais um entendimento de conceitos numricos. Spearman

    sups que as pessoas espertas tivessem uma grande dose do fator geral.

    L.L. Thurstone (1887-1955), um engenheiro eletricista americano que se

    tornou um eminente fazedor de testes, esposava o ponto de vista das capacidades

    separadas. Alegava que o fator de abrangncia geral de Spearman na realidade se

    constitua em sete habilidades algo distintas :

    1) somar, subtrair, multiplicar e dividir;

    2) escrever e falar com facilidade;

    3) compreender idias em forma de palavras;

    4) reter impresses;

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    5) resolver problemas complexos e tirar proveito da experincia

    passada;

    6) perceber corretamente relacionamentos de tamanho e espaciais;

    7) identificar objetos rpida e exatamente.

    Embora Thurstone achasse que estas capacidades eram relacionadas at

    certo ponto, ele enfatizava suas diferenas. Outras controvrsias sobre a natureza

    da inteligncia dividem os psiclogos em campos opostos: A inteligncia deve ser

    conceituada como uma capacidade - ou capacidades - para aprender em situaes

    acadmicas ou dominar matrias conceituadas abstratas ou, mais geralmente, como

    uma capacidade - ou capacidades - para se adaptar ao ambiente ? A inteligncia

    deve ser visualizada como uma faculdade inteiramente cognitiva ou deve-se levar

    em conta a motivao ? At que ponto a hereditariedade influencia a inteligncia ?

    Os primitivos psiclogos estavam muito mais interessados em inventar

    testes que pudessem diferenciar entre estudantes embotados e rpidos, para que

    pudessem ser designados para um currculo escolar apropriado. Por esta razo, as

    questes tericas foram facilmente postas de lado. A inteligncia passou a ser

    definida operacionalmente em termos dos testes destinados a medi-la. Em outras

    palavras, o que quer que os testes medissem era chamado de inteligncia.

    Conceitos prticos como estes dominaram a pesquisa psicolgica sobre a

    inteligncia at bem recentemente, quando os cientistas comportamentais

    comearam a reexaminar seus pressupostos.

    Aqui, feita uma distino entre inteligncia medida e inteligncia. Por

    inteligncia medida entende-se o desempenho em uma situao especfica de teste,

    sempre baseada em realizaes: hbitos e habilidades adquiridos.

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    Em contraste, define-se inteligncia como uma capacidade para atividade

    mental que no pode ser medida diretamente. O objetivo aqui assumir o ponto de

    vista de que a inteligncia consiste em muitas capacidades cognitivas separadas,

    inclusive as envolvidas em percepo, memria, pensamento e linguagem. Embora

    at certo ponto todos os seres humanos possuam estas capacidades, parece haver

    muita variabilidade na eficincia de cada processo. Tambm feita a suposio de

    que a inteligncia se aplica no ajustamento de cada processo em todas as esferas da

    vida.

    J que as investigaes de inteligncia se amparam fortemente em testes,

    crucial compreender como os psiclogos tm medido as capacidades mentais.

    1.2. Pressupostos e Conceitos

    As idias dos autores divergiam em relao inteligncia.

    Um grupo de autores concebia a inteligncia como sendo:

    !Adaptao do indivduo ao meio e capacidade de resolver problemas novos. Um outro grupo considerava que inteligncia seria:

    !A capacidade para aprender. E um terceiro grupo entendia inteligncia como:

    !Capacidade de pensar abstratamente Uma vez que nenhum deles deixava de ter razo em suas concepes, adotou-

    se uma definio que englobavam os trs pressupostos, sendo a inteligncia

    considerada como:

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    !Capacidade global do indivduo que se expressa pela sua facilidade em aprender, atuar eficientemente sobre o meio e pensar abstratamente.

    1.2.1. Conceito tradicional de inteligncia

    O cientista comportamental britnico Francis Galton provavelmente foi a

    primeira pessoa a pensar seriamente em testar a inteligncia. Galton estabeleceu

    um pequeno laboratrio em um museu da Londres, expressamente para o propsito

    de medir as capacidades humanas. Admitindo que as pessoas com desvantagens

    mentais podiam ter falta de acuidade sensorial, ele decidiu que as capacidades

    intelectuais e perceptuais poderiam estar altamente relacionadas. Se assim fosse,

    uma poderia proporcionar um ndice da outra. Por isso, Galton comeou a avaliar

    tais caractersticas, como acuidade visual e auditiva, sentido da cor, julgamento

    visual e tempo de reao. Media as atividades motoras, inclusive o vigor do puxar

    e do apertar e a fora do sopro tambm. Em breve, muitos outros psiclogos

    estavam igualmente empenhados em procurar criar testes de capacidades

    intelectuais.

    1.3. Contribuies de Alfred Binet

    O problema da mensurao da inteligncia foi resolvido adequadamente,

    pela primeira vez, pelos psiclogos franceses Binet e Simon.

    Em 1904, estes psiclogos foram encarregados pelo governo francs

    para auxiliarem a resolver o problema do baixo rendimento escolar, do grande

    nmeros de reprovaes nas escolas primrias francesas.

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    Binet atribuiu o problema ao fato das classes serem heterogneas, isto ,

    em uma nica classe havia alunos bem dotados e pouco dotados intelectualmente.

    Assim, tornava-se selecionar as crianas pelo grau de inteligncia, para formar

    classes homogneas.

    Admitiu-se, tambm, que o simples julgamento dos professores no seria

    uma medida muita objetiva porque eles seriam influenciados pelas suas simpatias,

    preconceitos, pelos pais das crianas ou outros fatores.

    Abandonando o problema da definio da inteligncia, Binet perguntou-

    se simplesmente: O que fazem os sujeitos brilhantes que a mdia no consegue

    fazer?

    Para responder questo, Binet e Simon desenvolveram uma grande

    variedade de tarefas que enfatizavam diferentes aspectos como julgamento,

    compreenso, raciocnio, ateno, memria e outros.

    Uma criana de seis anos que conseguisse resolver apenas os testes da

    idade de quatro anos tinha, portanto, uma idade mental de quatro anos. A criana

    que resolvesse os testes prprios para a sua idade e tambm os de idade superior

    sua era considerada de inteligncia normal.

    Este teste foi traduzido para todo o mundo e despertou especial ateno

    nos Estados Unidos da Amrica, onde foram feitas vrias revises e apareceram

    outras formas de testes. A mais famosa a de Terman.

    Lewis Terman (1877-1956), um psiclogo americano que trabalhava na

    Stanford University, produziu uma verso amplamente aceita do teste de Binet

    para americanos em 1916 e foi quem primeiro se utilizou do donceito de

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    quociente intelectual (QI), atribudo ao psiclogo alemo Willian Stern, como

    um indicador de inteligncia.

    O Q.I. um ndice numrico que descreve o desempenho relativo em um

    teste. Compara o desempenho de uma pessoa com o de outras da mesma idade. Os

    Q.I. podem ser calculados de diferentes maneiras. Terman usou o Q.I. para

    descrever o relacionamento entre o nvel mental e a idade cronolgica, tendo

    rejeitado a medida de Binet, ou seja, a diferena entre os dois.

    Na Escala de Inteligncia Stanford-Binet, como foi denominada a

    reviso de Terman, inicialmente o Q.I. era calculado desta maneira: a pessoa que

    estava sendo testada recebia o crdito de um nmero preciso de meses para cada

    resposta correta. Os pontos eram somados e a soma recebia o rtulo de idade

    mental (IM). Os valores dos pontos dados para cada tarefa eram escolhidos de

    modo que os escores das idades mentais mdias das pessoas fossem iguais sua

    idade cronolgica. Depois, a idade mental era dividida pela idade cronolgica (IC)

    e o resultado multiplicado por 100. Em outras palavras, dizia-se que Q.I. = (MI/IC)

    x 100.

    QI = IM (idade mental) x 100 IC (idade cronolgica)

    Uma criana de dez anos de idade que conseguisse um escore de idade

    mental de onze obtinha um Q.I. de 110 (11/10 x 100 = 110). O Q.I. refletia a

    suposio de que uma idade mental um ano abaixo da idade cronolgica da pessoa

    mostra uma desvantagem maior aos cinco anos de idade do que aos quinze. Hoje,

    os Q.I. Stanford-Binet so calculados de modo ligeiramente diferente. Nota: No

    cometa engano de equacionar Q.I. e inteligncia. Inteligncia, como a definimos,

    uma capacidade global para atividades mentias. Q.I. um nmero que diz como

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    uma pessoa se desempenhou em um determinado teste em comparao com outras

    na mesma faixa etria.

    As idias de Binet a respeito de testar a inteligncia foram geralmente

    adotadas no mundo inteiro porque seu modelo funcionava em um sentido

    prtico. Permitia aos psiclogos designar inteligncia um nmero que parecia

    razovel. E o nmero podia ser facilmente calculado por um estranho absoluto

    depois de interagir com o sujeito durante uma idade aproximadamente. Alguns

    cientistas comportamentais tentaram aperfeioar a escala de Binet. Outros

    construram novos testes seguindo linhas semelhantes s de Binet. A fim de

    pouparem tempo e dinheiro, os psiclogos desenvolveram instrumentos que

    podiam ser ministrados a grupos de indivduos. Foram criados testes para

    categorias especiais de pessoas, inclusive bebs, adolescentes, adultos, cegos e

    mudos. Atualmente h quase uma centena de testes de inteligncia usados pelos

    educadores.

    1.4. Inteligncia do ponto de vista interacionista

    A teoria do conhecimento desenvolvida por Jean Piaget, no teve como

    princpio a inteno pedaggica. Porm ofereceu aos educadores importantes

    princpios para orientar sua prtica ao mostrar a forma como o indivduo

    estabelece desde do nascimento uma relao de interao com o meio. Relao esta

    com o mundo fsico e social que promove seu desenvolvimento cognitivo.

    Para Piaget, a forma de raciocinar e de aprender da criana passa por

    estgios. Por volta dos dois anos, ela evolui do estgio sensrio motor, em que a

    ao envolve os rgos sensoriais e os reflexos neurolgicos bsicos com sugar o

    seio materno - e o pensamento se d somente sobre as coisas presentes na ao

    que desenvolve, para o pr-operatrio. Nessa etapa, a crianas e torna capaz de

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    fazer uma coisa e imaginar outra. Ela faz isso, por exemplo, quando brinca de

    boneca e representa situaes vividas em dias anteriores.

    Outra progresso acontece por volta dos sete anos, quando ela passa para o

    estgio operatrio concreto. Ela consegue refletir sobre o inverso das coisas e dos

    fenmenos e, para concluir um raciocnio, leva em considerao as relaes entre

    os objetos. Percebe que 3-1=2 porque sabe que 2+1=3. Finalmente, por volta dos

    doze anos, chega ao estgio operatrio formal. quando o adolescente comea a

    desenvolver idias completamente abstratas, sem necessitar da relao direta com a

    experincia concreta. Ele compreende conceitos como: amor, democracia,

    liberdade, etc.

    O conhecimento e o desenvolvimento da inteligncia seria construdo na

    experincia, a partir da ao do sujeito sobre a realidade. No sendo imposto de

    fora para dentro, por presso do meio. Mas, alcanadas pelo indivduo ao longo do

    processo de desenvolvimento, processo este entendido como sucesso de estgios

    que se diferenciam um dos outros, por mudanas qualitativas. Mudanas que

    permitam, no s a assimilao de objetos do conhecimento compatveis com as

    possibilidades j construdas, atravs da acomodao, mas tambm sirvam de

    ponto de partida para novas construes.

    Para Lev Vygotski, o indivduo no nasce pronto nem cpia do ambiente

    externo. Em sua evoluo intelectual h uma interao constante ininterrupta entre

    processos internos e influncias do mundo social.

    Vygotski em um posicionamento que se contrapunha ao pensamento inatista,

    segundo a qual as pessoas j nascem com caractersticas, como inteligncia e

    estados emocionais, pr-determinados. Da mesma forma, enfrentou o empirismo,

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    corrente que defende que as pessoas nascem como um folha de papel em branco e

    que so formadas de acordo com as experincias s quais so submetidas.

    Vygotski, no entanto, entende que o desenvolvimento do conhecimento

    fruto de uma grande influncia das experincias do indivduo. Mas que cada um

    proporciona um significado particular a essas vivncias. A apreenso do mundo

    seria obra do prprio indivduo. Para ele, desenvolvimento e aprendizado esto

    intimamente ligados: ns s nos desenvolvemos se e quando aprendemos.

    Alm disso, o desenvolvimento no dependeria apenas da maturao, como

    acreditavam os inatistas. Apesar de ter condies maturacionais para falar, uma

    criana s falar se participar ao longo de sua vida do processo cultural de um

    grupo, se tiver contato com uma comunidade de falantes.

    A idia de um maior desenvolvimento quanto maior for o aprendizado

    suscitou erros de interpretao. Vrias escolas passaram a entender o ensino como

    uma transmisso incessante de contedos enciclopdicos. Imaginando que assim os

    alunos se desenvolveriam mais. No entanto, para ser assimiladas as informaes

    tm de fazer sentido. Isso acontece quando elas incidem no que Vygotski chamou

    de Zona de desenvolvimento proximal, a distncia entre aquilo que a criana sabe

    fazer sozinha o desenvolvimento real e o que capaz de realizar com a ajuda

    de algum mais experiente o desenvolvimento potencial. Dessa forma, o que

    zona de desenvolvimento proximal hoje se torna nvel de desenvolvimento real

    amanh.

    O bom ensino, portanto, o que incide na zona proximal. Pois, ensinar o que

    a criana j sabe pouco desafiador e ir alm do que ela pode aprender ineficaz.

    O ideal partir do que ela domina para ampliar seu conhecimento.

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    O professor, de posse desses conceitos pode proporcionar aos alunos, com o

    aperfeioamento de sua prtica atravs da teoria, de contedos pedaggicos

    proporcionais sua capacidade. Democratizando as relaes de aprendizagem, a

    partir das caractersticas de desenvolvimento de conhecimento de cada aluno, para

    formar sujeitos autnomos.

    1.5.Contribuies de Daniel Golemam

    Daniel Golemam, psiclogo PhD de Harvard, o autor de Inteligncia

    Emocional. Afirma que temos dois tipos de inteligncias distintas. A tradicional

    que pode ser medida atravs de testes de QI e a inteligncia emocional QE.

    Afirma que o sucesso se d : 20% devido ao QI e 80 % divido ao QE.

    Inteligncia Emocional :

    1) AUTO CONHECIMENTO - capacidade de reconhecer os prprios

    sentimentos usando-os para tomar decises que resultem em satisfao

    pessoal. Quem no entende seus sentimentos est a merc deles. Quem

    entende pilota melhor sua vida. Faz opes acertadas sobre com quem

    casar ou que emprego aceitar.

    2) ADMINISTRAO DAS EMOES - habilidade de controlar

    impulsos, dispersar a ansiedade ou direcionar a raiva pessoa certa, na

    medida certa e na hora certa.

    3) AUTOMOTIVAO - habilidade de persistir e se manter otimista

    mesmo diante de problemas.

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    4) EMPATIA - habilidade de se colocar no lugar do outro, de entender o

    outro e de perceber sentimentos no-verbalizados num grupo.

    5) ARTE DO RELACIONAMENTO - capacidade de lidar com as

    reaes emocionais dos outros, interagindo com tato.

    Ainda no existem testes cientficos capazes de mensurar o QE. O QI medido atravs de testes h quase um sculo. Pode avaliar a capacidade

    lgica e a de raciocnio, mas no d conta de mensurar as demais variantes que

    podem fazer a diferena numa carreira ou num casamento.

    O QI pode lhe dar um emprego, porm, o QE que garantir suas promoes. a habilidade de perceber sentimentos ocultos e falar o que um grupo quer

    ouvir, que fazem de uma pessoa um lder e garantem que algum seja

    reconhecido e promovido.

    Na hora de contratar leva-se em conta a sensibilidade, equilbrio emocional, flexibilidade de lidar com pessoas diferentes.

    Diante de uma nova filosofia empresarial, o executivo do futuro ter de

    basear seu trabalho em equipes e se impor pela competncia, no pela fora.

    necessrio saber guiar. O lder moderno cada vez mais orientado pelo consenso e

    pelo entendimento.

    Um estudo realizado em Nova Jersey Estados Unidos - em uma diviso de

    engenheiros eletrnicos, numa equipe de mais de 150 pessoas foi pedido que

    apontassem os colegas mais produtivos e mais eficientes. No foram apontados os

    de QI mais altos e sim os que sabiam conviver com os demais, que estavam sempre

    motivados, otimistas e pareciam confiveis. A capacidade de criar relaes de

    companheirismo falou mais alto.

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    Na Metropolitam Life, uma das maiores seguradoras americanas, o

    psiclogo Martim Seligman, da Universidade da Pensilvnia, aplicou teste sobre

    otimismo em 15000 candidatos ao cargo de vendedor - alm dos testes tradicionais

    aplicados pela empresa.

    Os resultados obtidos foram que: os otimistas venderam 37 % mais

    aplices nos dois primeiros anos de trabalho. O dobro dos pessimistas pediram

    demisso a mais que os otimistas. Descobriu-se que o segredo era que os otimistas

    nunca encaravam o NO como EU NO SOUBE VENDER, atribuam a

    responsabilidade situao econmica do pas e do mundo.

    QE no hereditrio. Aprende-se a lidar com as emoes no decorrer da vida. Emoes fortes como raiva ou ansiedade criam um bloqueio na regio frontal

    do crebro responsvel pelo raciocnio.

    Se voc quer fechar um negcio, precisa tentar sempre ver o lado humano da pessoa que est sua frente ouvindo mais do que falando. As decises nunca

    so totalmente tcnicas.

    1.6.Contribuies de Howard Gardner

    Howard Gardner psiclogo e pesquisador da Universidade Norte

    Americana de Harvard, acompanhando o desempenho de pessoas que haviam sido

    alunos fracos, se surpreendeu com o sucesso obtido por vrios deles. Passou ento

    a questionar a avaliao escolar, cujos critrios no incluem a anlise de

    capacidades que so importantes na vida das pessoas. Concluiu que as formas

    convencionais de avaliao apenas traduzem a concepo de inteligncia vigente

    na escola, limitada valorizao da competncia lgico-matemtica e da

    lingistica.

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    A Teoria das Inteligncias Mltiplas sustenta que cada indivduo possui

    diversos tipos de inteligncia, o que chamamos em linguagem comum de dom,

    competncia ou habilidade.

    Gardner demonstrou que as demais faculdades tambm so produto de

    processos mentais e no h motivos para diferenci-las. Assim, segundo uma

    viso pluralista da mente ampliou o conceito de inteligncia nica para o de um

    feixe de capacidades. Para ele inteligncia a capacidade de resolver problemas

    ou elaborar produtos valorizados em um ambiente cultural ou comunitrio.

    Howard Gardner criou a teoria das Inteligncias Mltiplas a partir dos anos

    80 liderando pesquisadores da Universidade Norte Americana de Harvard.

    Identificou oito tipos de inteligncias, mas no considera esse nmero

    definitivo.

    Ktia Smole, em sua dissertao de mestrado sobre o tema, amplia a

    proposta defendendo a classificao da habilidade de desenhar, denominando-a

    pictrica. Ao que Gardner no se ope, e ainda considera que muitas outras iro

    surgir.

    Na sua teoria, Gardner prope que todos os indivduos, em princpio, tm a

    habilidade de questionar e procurar respostas usando todas as inteligncias. Todos

    os indivduos possuem, como parte de sua bagagem gentica, certas habilidades

    bsicas em todas as inteligncias. A linha de desenvolvimento de cada inteligncia,

    no entanto, ser determinada tanto por fatores genticos e neurobiolgicos quanto

    por condies ambientais. Ele prope, ainda, que cada uma destas inteligncias

    tem sua forma prpria de pensamento, ou de processamento de informaes, alm

    de seu sistema simblico. Estes sistemas simblicos estabelecem o contato entre os

    aspectos bsicos da cognio e a variedade de papis e funes culturais.

    A noo de cultura bsica para a Teoria das Inteligncias Mltiplas. Com a

    sua definio de inteligncia como a habilidade para resolver problemas ou criar

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    produtos que so significativos em um ou mais ambientes culturais, Gardner

    sugere que alguns talentos s se desenvolvem porque so valorizados pelo

    ambiente. Ele afirma que cada cultura valoriza certos talentos, que devem ser

    dominados por uma quantidade de indivduos e, depois, passados para a gerao

    seguinte.

    Segundo Gardner, cada domnio, ou inteligncia, pode ser visto em termos

    de uma seqncia de estgios: enquanto todos os indivduos normais possuem os

    estgios mais bsicos em todas as inteligncias, os estgios mais sofisticados

    dependem de maior trabalho ou aprendizado.

    A seqncia de estgios se inicia com o que Gardner chama de habilidade de

    padro cru. O aparecimento da competncia simblica visto em bebs quando

    eles comeam a perceber o mundo ao seu redor. Nesta fase, os bebs apresentam

    capacidade de processar diferentes informaes. Eles j possuem, no entanto, o

    potencial para desenvolver sistemas de smbolos, ou simblicos.

    O segundo estgio, de simbolizaes bsicas, ocorre aproximadamente dos

    dois aos cinco anos de idade. Neste estgio as inteligncias se revelam atravs dos

    sistemas simblicos. Aqui, a criana demonstra sua habilidade em cada

    inteligncia atravs da compreenso e uso de smbolos: a msica atravs de sons, a

    linguagem atravs de conversas ou histrias, a inteligncia espacial atravs de

    desenhos etc.

    No estgio seguinte, a criana, depois de ter adquirido alguma competncia

    no uso das simbolizaces bsicas, prossegue para adquirir nveis mais altos de

    destreza em domnios valorizados em sua cultura. medida que as crianas

    progridem na sua compreenso dos sistemas simblicos, elas aprendem os sistemas

    que Gardner chama de sistemas de segunda ordem, ou seja, a grafia dos sistemas -

    a escrita, os smbolos matemticos, a msica escrita etc. Nesta fase, os vrios

    aspectos da cultura tm impacto considervel sobre o desenvolvimento da criana,

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    18

    uma vez que ela aprimorar os sistemas simblicos que demonstrem ter maior

    eficcia no desempenho de atividades valorizadas pelo grupo cultural. Assim, uma

    cultura que valoriza a msica ter um maior nmero de pessoas que atingiro uma

    produo musical de alto nvel.

    Finalmente, durante a adolescncia e a idade adulta, as inteligncias se

    revelam atravs de ocupaes vocacionais ou no-vocacionais. Nesta fase, o

    indivduo adota um campo especfico e focalizado, e se realiza em papis que so

    significativos em sua cultura.

    A Teoria das Inteligncias Mltiplas, de Howard Gardner (1985) uma

    alternativa para o conceito de inteligncia como uma capacidade inata, geral e

    nica, que permite aos indivduos uma performance, maior ou menor, em qualquer

    rea de atuao. Sua insatisfao com a idia de QI e com vises unitrias de

    inteligncia, que focalizam sobretudo as habilidades importantes para o sucesso

    escolar, levou Gardner a redefinir inteligncia luz das origens biolgicas da

    habilidade para resolver problemas. Atravs da avaliao das atuaes de

    diferentes profissionais em diversas culturas, e do repertrio de habilidades dos

    seres humanos na busca de solues, culturalmente apropriadas, para os seus

    problemas, Gardner trabalhou no sentido inverso ao desenvolvimento, retroagindo

    para eventualmente chegar s inteligncias que deram origem a tais realizaes. Na

    sua pesquisa, Gardner estudou tambm:

    a ) o desenvolvimento de diferentes habilidades em crianas normais e crianas

    superdotadas;

    b ) adultos com leses cerebrais e como estes no perdem a intensidade de sua

    produo intelectual, mas sim uma ou algumas habilidades, sem que outras

    habilidades sejam sequer atingidas;

    c ) populaes ditas excepcionais, tais como idiot-savants e autistas, e como os

    primeiros podem dispor de apenas uma competncia, sendo bastante incapazes nas

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    19

    demais funes cerebrais, enquanto as crianas autistas apresentam ausncias nas

    suas habilidades intelectuais;

    d ) como se deu o desenvolvimento cognitivo atravs dos milnios.

    Psiclogo construtivista muito influenciado por Piaget, Gardner distingue-se

    de seu colega de Genebra na medida em que Piaget acreditava que todos os

    aspectos da simbolizao partem de uma mesma funo semitica, enquanto que

    ele acredita que processos psicolgicos independentes so empregados quando o

    indivduo lida com smbolos lingisticos, numricos gestuais ou outros. Segundo

    Gardner uma criana pode ter um desempenho precoce em uma rea (o que Piaget

    chamaria de pensamento formal) e estar na mdia ou mesmo abaixo da mdia em

    outra (o equivalente, por exemplo, ao estgio sensrio-motor). Gardner descreve o

    desenvolvimento cognitivo como uma capacidade cada vez maior de entender e

    expressar significado em vrios sistemas simblicos utilizados num contexto

    cultural, e sugere que no h uma ligao necessria entre a capacidade ou estgio

    de desenvolvimento em uma rea de desempenho e capacidades ou estgios em

    outras reas ou domnios (Malkus e col., 1988). Num plano de anlise psicolgico,

    afirma Gardner (1982), cada rea ou domnio tem seu sistema simblico prprio;

    num plano sociolgico de estudo, cada domnio se caracteriza pelo

    desenvolvimento de competncias valorizadas em culturas especficas.

    Gardner sugere, ainda, que as habilidades humanas no so organizadas de

    forma horizontal; ele prope que se pense nessas habilidades como organizadas

    verticalmente, e que, ao invs de haver uma faculdade mental geral, como a

    memria, talvez existam formas independentes de percepo, memria e

    aprendizado, em cada rea ou domnio, com possveis semelhanas entre as reas,

    mas no necessariamente uma relao direta.

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    20

    II. A Teoria das Inteligncias Mltiplas.

    A Teoria das Inteligncias Mltiplas foi elaborada a partir dos anos 80 por

    pesquisadores da universidade norte americana de Harvard, liderados pelo

    psiclogo Howard Gardner. Acompanhando o desempenho de pessoas que haviam

    sido alunos fracos, Gardner se surpreendeu com o sucesso obtido por vrios deles.

    A Teoria das Inteligncias Mltiplas sustenta que cada indivduo possui

    diversos tipos de inteligncia ou dom, que tambm so produtos de processos

    mentais e no h motivos para diferenci-las.

    Gardner identificou as inteligncias lingstica, lgico-matemtica, espacial,

    musical, cinestsica, interpessoal e intrapessoal. Postula que essas competncias

    intelectuais so relativamente independentes, tm sua origem e limites genticos

    prprios e substratos neuroanatmicos especficos e dispem de processos

    cognitivos prprios. Segundo ele, os seres humanos dispem de graus variados de

    cada uma das inteligncias e maneiras diferentes com que elas se combinam e

    organizam e se utilizam dessas capacidades intelectuais para resolver problemas e

    criar produtos. Gardner ressalta que, embora estas inteligncias sejam, at certo

    ponto, independentes uma das outras, elas raramente funcionam isoladamente.

    Embora algumas ocupaes exemplifiquem uma inteligncia, na maioria dos casos

    as ocupaes ilustram bem a necessidade de uma combinao de inteligncias. Por

    exemplo, um cirurgio necessita da acuidade da inteligncia espacial combinada

    com a destreza da cinestsica.

    2.1. O que so as Inteligncias Mltiplas

    So formas diferenciadas de apresentao da capacidade para

    aprender. Diferenciam-se das formas convencionais de aprendizado e avaliao, as

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    21

    quais apenas traduzem a concepo de inteligncia vigente na escola, limitada

    valorizao da competncia lgico-matemtica e da lingstica.

    Segundo Gardner Sempre envolvemos mais de uma habilidade na soluo

    de problemas, embora existam predominncias. Uma habilidade ajuda a outra. As

    inteligncias se integram.

    Excetuados os casos de leses, todos nascem com o potencial das vrias

    inteligncias. A partir das relaes com o ambiente, incluindo os estmulos

    culturais, desenvolvemos mais algumas e deixamos de aprimorar outras.

    Para ele inteligncia a capacidade de resolver problemas ou elaborar

    produtos valorizados em um ambiente cultural ou comunitrio.

    2.2. Sua inter relao com outros pressupostos de conhecimentos.

    2.2.1. Razes e significados dos critrios das Inteligncias Mltiplas

    Razes Disciplinares ==> Cincias Biolgicas

    1. O potencial de isolamento da leso cerebral.

    Trabalhou com indivduos que haviam sofrido acidentes ou doenas que

    afetaram reas especficas do crebro. As leses pareciam ter prejudicado

    seletivamente uma inteligncia deixando as outras intactas. Ex.: leso rea Broca

    (lobo frontal esquerdo) ficava apresentando dificuldades para falar, ler e escrever.

    Mas ainda podiam fazer contas, danar, refletir sobre sentimentos, relacionar-se

    com os outros. Ex.: leso lobo temporal direito poderia ter suas capacidades

    cerebrais seletivamente prejudicadas, leses lobo frontal poderiam afetar as

    inteligncias pessoais.

    2. Uma histria e uma plausibilidade evolutiva.

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    22

    Gardner concluiu que cada uma das oito inteligncias tem suas razes

    inseridas na evoluo do ser humano e ainda na evoluo de outras espcies. Ex.:a

    inteligncia espacial pode ser estudada nos homens das cavernas, assim como nos

    ratos e nos insetos quando se orientam, no espao a procura de flores. Os estudos

    dos psiclogos evolucionrios tentam inferir o que leva no decorrer de milhares de

    anos ao desenvolvimento de uma faculdade especfica. Estes estudos do uma nova

    plausibilidade s explicaes evolucionrias.

    Razes disciplinares da Anlise Lgica

    3. Uma operao ou conjunto de operaes CENTRAIS identificveis

    Assim como um programa de computador requer um conjunto de operaes (Ex.: DOS) para funcionar cada inteligncia tem um conjunto de operaes

    centrais para acionar as vrias atividades inerentes quela inteligncia. Ex.: na

    musical requer sensibilidade ao tom, ritmo, timbre e harmonia; na corporal

    cinestsica requer capacidade de imitar os movimentos fsicos de outros,

    capacidade de dominar rotinas motoras finas; na espacial sensibilidade para

    grandes espaos, espaos locais, tridimensionais... Para Gardner essas

    operaes centrais sero no futuro identificadas com tal preciso que sero

    simuladas num computador.

    4 . Suscetibilidade codificao em um sistema simblico

    Gardner diz que a capacidade dos seres humanos usar smbolos. Ex.: a palavra GATO, simplesmente uma coleo de sinais impressos de uma maneia

    especfica. Mas provavelmente sugere uma variedade de associaes , imagens

    e memrias. O que ocorre que trazemos para o presente algo que na verdade

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    23

    no est aqui re-present-ao. A capacidade de simbolizar diferencia o

    homem dos animais. Cada inteligncia tem seu prprio sistema simblico.

    Ex.: Lingstica ==> vrias linguagens faladas e escritas (outras Lnguas)

    Espacial ==> linguagem grfica usada por arquitetos, engenheiros,

    desenhistas.

    Razes da Psicologia do Desenvolvimento

    5. Uma histria do desenvolvimento distinta, associada com um conjunto

    definvel de desempenhos peritos de Estados Finais.

    As inteligncias desenvolvem-se pela participao em alguma atividade culturalmente valorizada. Cada atividade baseada numa inteligncia tem sua

    prpria trajetria no desenvolvimento, ou seja, seu momento de surgir durante a

    infncia e seu pico durante a vida, e seu prprio declnio rpido ou gradual

    conforme a pessoa envelhece. Ex.: * Atividade musical est entre as atividades

    culturalmente valorizadas que se desenvolvem mais cedo (Mozart tinha 5 anos

    quando comeou a compor), vrios msicos trabalham ativamente at 80 ou 90

    anos; * Percia matemtica no surge to cedo (Criana de 5 anos esto

    operando concretamente com idias lgicas) mas atinge um pico relativamente

    cedo. Reviso histrica das idias matemticas sugere que depois de 40anos

    poucas pessoas tm insights matemticos; * Aos 40ou 50 anos a pessoa pode se

    tornar um romancista bem sucedido ou pintor.

    6. A existncia de Savants (Sbios idiotas), Prodgios e outros indivduos

    excepcionais.

    Savants so pessoas que demonstram capacidades superiores em uma inteligncia, enquanto suas outras inteligncias funcionam num baixo ritmo.

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    24

    Ex.: Rain Man (baseado numa histria verdica), Dustin Hoffman vive no papel

    de Raymond, um savant lgico matemtico (calcula tudo com muita rapidez) e

    outros...

    Razes da Psicologia Tradicional

    7 . Apoio de tarefas Psicolgicas Experimentais

    Indivduos possuem capacidades seletivas. As pessoas podem apresentar diferentes nveis de proficincia nas oito inteligncias. Estudos mostraram que

    diferentes sujeitos dominam uma habilidade especfica ( excelente em

    matemtica e pssimo em portugus).

    8 . Apoio de Achados Psicomtricos

    As medidas so padronizadas como os testesque a maioria das teorias das inteligncias usam. Gardner afirma que eles avaliam as inteligncias de maneira

    descontextualizada.

    2.3. Sua aplicabilidade em sala de aula e na vida diria do educando

    A Teoria das Inteligncias Mltiplas, de Howard Gardner (1985) uma

    alternativa para o conceito de inteligncia que permite aos indivduos uma

    performance, maior ou menor, em qualquer rea de atuao.

    A idia de QI e as vises unitrias de inteligncia, que focalizam sobretudo

    as habilidades importantes para o sucesso escolar, so redefinidas luz das

    inteligncias mltiplas.

    Atravs da avaliao das atuaes de diferentes profissionais em diversas

    culturas, e do repertrio de habilidades dos seres humanos na busca de solues,

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    25

    culturalmente apropriadas, para os seus problemas. Na sua pesquisa, Gardner

    estudou tambm:

    Psiclogo construtivista muito influenciado por Piaget, Gardner distingue-se

    de seu colega de Genebra na medida em que Piaget acreditava que todos os

    aspectos da simbolizao partem de uma mesma funo semitica, enquanto que

    ele acredita que processos psicolgicos independentes so empregados quando o

    indivduo lida com smbolos lingisticos, numricos gestuais ou outros. Segundo

    Gardner uma criana pode ter um desempenho precoce em uma rea (o que Piaget

    chamaria de pensamento formal) e estar na mdia ou mesmo abaixo da mdia em

    outra (o equivalente, por exemplo, ao estgio sensrio-motor). Gardner descreve o

    desenvolvimento cognitivo como uma capacidade cada vez maior de entender e

    expressar significado em vrios sistemas simblicos utilizados num contexto

    cultural, e sugere que no h uma ligao necessria entre a capacidade ou estgio

    de desenvolvimento em uma rea de desempenho e capacidades ou estgios em

    outras reas ou domnios (Malkus e col., 1988). Num plano de anlise psicolgico,

    afirma Gardner (1982), cada rea ou domnio tem seu sistema simblico prprio;

    num plano sociolgico de estudo, cada domnio se caracteriza pelo

    desenvolvimento de competncias valorizadas em culturas especficas.

    Gardner sugere, ainda, que as habilidades humanas no so organizadas de

    forma horizontal; ele prope que se pense nessas habilidades como organizadas

    verticalmente, e que, ao invs de haver uma faculdade mental geral, como a

    memria, talvez existam formas independentes de percepo, memria e

    aprendizado, em cada rea ou domnio, com possveis semelhanas entre as reas,

    mas no necessariamente uma relao direta.

    Gardner identificou as inteligncias lingstica, lgico-matemtica, espacial,

    musical, cinestsica, interpessoal e intrapessoal. Postula que essas competncias

  • Prof.: Rosngela Pires dos Santos Inteligncias Mltiplas e Aprendizagem

    26

    intelectuais so relativamente independentes, tm sua origem e limites genticos

    prprios e substratos neuroanatmicos especficos e dispem de processos

    cognitivos prprios.

    Segundo ele, os seres humanos dispem de graus variados de cada uma das

    inteligncias e maneiras diferentes com que elas se combinam e organizam e se

    utilizam dessas capacidades intelectuais para resolver problemas e criar produtos.

    Gardner ressalta que, embora estas inteligncias sejam, at certo ponto,

    independentes uma das outras, elas raramente funcionam isoladamente. Embora

    algumas ocupaes exemplifiquem uma inteligncia, na maioria dos casos as

    ocupaes ilustram bem a necessidade de uma combinao de inteligncias. Por

    exemplo, um cirurgio necessita da acuidade da inteligncia espacial combinada

    com a destreza da cinestsica.

    Na sua teoria, Gardner prope que todos os indivduos, em princpio, tm a

    habilidade de questionar e procurar respostas usando todas as inteligncias. Todos

    os indivduos possuem, como parte de sua bagagem gentica, certas habilidades

    bsicas em todas as inteligncias. A linha de desenvolvimento de cada inteligncia,

    no entanto, ser determinada tanto por fatores genticos e neurobiolgicos quanto

    por condies ambientais. Ele prope, ainda, que cada uma destas inteligncias

    tem sua forma prpria de pensamento, ou de processamento de informaes, alm

    de seu sistema simblico. Estes sistemas simblicos estabelecem o contato entre os

    aspectos bsicos da cognio e a variedade de papis e funes culturais.

    A noo de cultura bsica para a Teoria das Inteligncias Mltiplas. Com a

    sua definio de inteligncia como a habilidade para resolver problemas ou criar

    produtos que so significativos em um ou mais ambientes culturais, Gardner

    sugere que alguns talentos s se desenvolvem porque so valorizados pelo

    ambiente. Ele afirma que cada cultura valoriza certos talentos, que devem ser

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    27

    dominados por uma quantidade de indivduos e, depois, passados para a gerao

    seguinte.

    Segundo Gardner, cada domnio, ou inteligncia, pode ser visto em termos

    de uma seqncia de estgios: enquanto todos os indivduos normais possuem os

    estgios mais bsicos em todas as inteligncias, os estgios mais sofisticados

    dependem de maior trabalho ou aprendizado.

    A seqncia de estgios se inicia com o que Gardner chama de habilidade de

    padro cru. O aparecimento da competncia simblica visto em bebs quando

    eles comeam a perceber o mundo ao seu redor. Nesta fase, os bebs apresentam

    capacidade de processar diferentes informaes. Eles j possuem, no entanto, o

    potencial para desenvolver sistemas de smbolos, ou simblicos.

    O segundo estgio, de simbolizaes bsicas, ocorre aproximadamente dos

    dois aos cinco anos de idade. Neste estgio as inteligncias se revelam atravs dos

    sistemas simblicos. Aqui, a criana demonstra sua habilidade em cada

    inteligncia atravs da compreenso e uso de smbolos: a msica atravs de sons, a

    linguagem atravs de conversas ou histrias, a inteligncia espacial atravs de

    desenhos etc.

    No estgio seguinte, a criana, depois de ter adquirido alguma competncia

    no uso das simbolizaes bsicas, prossegue para adquirir nveis mais altos de

    destreza em domnios valorizados em sua cultura. medida que as crianas

    progridem na sua compreenso dos sistemas simblicos, elas aprendem os sistemas

    que Gardner chama de sistemas de segunda ordem, ou seja, a grafia dos sistemas (a

    escrita, os smbolos matemticos, a msica escrita etc.). Nesta fase, os vrios

    aspectos da cultura tm impacto considervel sobre o desenvolvimento da criana,

    uma vez que ela aprimorar os sistemas simblicos que demonstrem ter maior

    eficcia no desempenho de atividades valorizadas pelo grupo cultural. Assim, uma

  • Prof.: Rosngela Pires dos Santos Inteligncias Mltiplas e Aprendizagem

    28

    cultura que valoriza a msica ter um maior nmero de pessoas que atingiro uma

    produo musical de alto nvel.

    Finalmente, durante a adolescncia e a idade adulta, as inteligncias se

    revelam atravs de ocupaes vocacionais ou no-vocacionais. Nesta fase, o

    indivduo adota um campo especfico e focalizado, e se realiza em papis que so

    significativos em sua cultura.

    2.4. Suas vrias formas de utilizao

    A seguir ser apresentado um quadro resumo contendo as oito formas de

    aprender propostas por Armstrong (2000), baseado na teoria de Gardner.

    Tipo de Inteligncia Pensam Adoram Precisam de

    Lingstica em palavras Ler, escrever, contar

    histrias, fazer jogos de

    palavras

    Livros, fitas, materiais

    para escrever, papel, di-

    rios, dilogos, discusses,

    debates, histrias.

    Lgico-

    Matemtica

    raciocinando Experimentar,

    questionar,

    resolver problemas

    lgicos, calcular

    Coisas para explorar e

    pensar, materiais

    cientficos, manipulati-

    vos, idas ao planetrio

    e ao museu de cincias

    Espaciais Por imagens e

    figuras

    Planejar, desenhar,

    visualizar, rabiscar

    Artes, Lego, vdeos,

    filmes, slides, jogos de

    imaginao, labirintos,

    quebra-cabeas, livros

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    29

    ilustrados, idas a mu-

    seus de arte

    Corporal-

    Cinestsica

    Por meio de sensa-

    es somticas

    Danar, correr, pular,

    construir, tocar,

    gesticular

    Dramatizao, teatro,

    movimento, coisas

    para construir, esportes

    jogos de movimento,

    experincias tteis,

    aprendizagem prtica

    Musicais Por meio de

    ritmos e melodias

    Cantar, assobiar,

    cantarolar, batucar com a

    mos e os ps, escutar

    Tempo para cantar,

    idas a concertos, tocar

    msica em casa e na

    escola, instrumentos

    musicais

    Interpessoais Percebendo o que

    os outros pensam

    Liderar, organizar,

    relacionar-se,

    manipular, mediar, fazer

    festa

    Amigos, jogos de gru-

    po, reunies sociais,

    eventos comunitrios,

    clubes, mentores dos

    aprendizados

    Intrapessoais

    Em relao s s

    necessidades,

    sentimentos

    objetivos

    Estabelecer objetivos,

    meditar, sonhar,

    planejar, refletir

    Lugares secretos,

    tempo sozinhas, pro-

    jetos e escolhas no seu

    ritmo pessoal

    Naturalistas Por meio da natu-

    reza e das formas

    naturais

    Brincar com animais de

    estimulao, cuidar do

    jardim, investigar a

    natureza, criar animais,

    Acesso natureza,

    oportunidade de intera-

    gir com animais,

    instrumentos para

  • Prof.: Rosngela Pires dos Santos Inteligncias Mltiplas e Aprendizagem

    30

    cuidar do planeta Terra investigar a natureza,

    (por exemplo, lupas e

    binculos)

    As implicaes da teoria de Gardner para a educao so claras quando se

    analisa a importncia dada s diversas formas de pensamento, aos estgios de

    desenvolvimento das vrias inteligncias e relao existente entre estes estgios,

    a aquisio de conhecimento e a cultura.

    A teoria de Gardner apresenta alternativas para algumas prticas educacionais

    atuais, oferecendo uma base para:

    a) o desenvolvimento de avaliaes que sejam adequadas s diversas

    habilidades humanas (Gardner & Hatch, 1989; Blythe & Gardner, 1990)

    b) uma educao centrada na criana c com currculos especficos para cada

    rea do saber (Konhaber & Gardner, 1989); Blythe & Gardner, 1390)

    c) um ambiente educacional mais amplo e variado, e que dependa menos

    do desenvolvimento exclusivo da linguagem e da lgica (Walters &-

    Gardner, 1985; Blythe & Gardner, 1990)

    Quanto avaliao, Gardner faz uma distino entre avaliao e testagem. A

    avaliao, segundo ele, favorece mtodos de levantamento de informaes durante

    atividades do dia-a-dia, enquanto que testagens geralmente acontecem fora do

    ambiente conhecido do indivduo sendo testado. Segundo Gardner, importante

    que se tire o maior proveito das habilidades individuais, auxiliando os estudantes a

    desenvolver suas capacidades intelectuais, e, para tanto, ao invs de usar a

    avaliao apenas como uma maneira de classificar, aprovar ou reprovar os alunos,

    esta deve ser usada para informar o aluno sobre a sua capacidade e informar o

    professor sobre o quanto est sendo aprendido.

  • Prof.: Rosngela Pires dos Santos Inteligncias Mltiplas e Aprendizagem

    31

    Gardner sugere que a avaliao deve fazer jus inteligncia, isto , deve dar

    crdito ao contedo da inteligncia em teste. Se cada inteligncia tem um certo

    nmero de processos especficos, esses processos tm que ser medidos com

    instrumento que permitam ver a inteligncia em questo em funcionamento. Para

    Gardner, a avaliao deve ser ainda ecologicamente vlida, isto , ela deve ser feita

    em ambientes conhecidos e deve utilizar materiais conhecidos das crianas sendo

    avaliadas. Este autor tambm enfatiza a necessidade de avaliar as diferentes

    inteligncias em termos de suas manifestaes culturais e ocupaes adultas

    especficas. Assim, a habilidade verbal, mesmo na pr-escola, ao invs de ser

    medida atravs de testes de vocabulrio, definies ou semelhanas, deve ser

    avaliada em manifestaes tais como a habilidade para contar histrias ou relatar

    acontecimentos. Ao invs de tentar avaliar a habilidade espacial isoladamente,

    deve-se observar as crianas durante uma atividade de desenho ou enquanto

    montam ou desmontam objetos. Finalmente, ele prope a avaliao, ao invs de ser

    um produto do processo educativo, seja parte do processo educativo, e do

    currculo, informando a todo momento de que maneira o currculo deve se

    desenvolver.

    No que se refere educao centrada na criana, Gardner levanta dois

    pontos importantes que sugerem a necessidade da individualizao. O primeiro diz

    respeito ao fato de que, se os indivduos tm perfis cognitivos to diferentes uns

    dos outros, as escolas deveriam, ao invs de oferecer uma educao padronizada,

    tentar garantir que cada um recebesse a educao que favorecesse o seu potencial

    individual. O segundo ponto levantado por Gardner igualmente importante:

    enquanto na Idade Mdia um indivduo podia pretender tomar posse de todo o

    saber universal, hoje em dia essa tarefa totalmente impossvel, sendo mesmo

    bastante difcil o domnio de um s campo do saber.

  • Prof.: Rosngela Pires dos Santos Inteligncias Mltiplas e Aprendizagem

    32

    Assim, se h a necessidade de se limitar a nfase e a variedade de contedos,

    que essa limitao seja da escolha de cada um, favorecendo o perfil intelectual

    individual.

    Quanto ao ambiente educacional, Gardner chama a ateno pare o fato de

    que, embora as escolas declarem que preparam seus alunos pare a vida, a vida

    certamente no se limita apenas a raciocnios verbais e lgicos. Ele prope que as

    escolas favoream o conhecimento de diversas disciplinas bsicas; que encorajem

    seus alunos a utilizar esse conhecimento para resolver problemas e efetuar tarefas

    que estejam relacionadas com a vida na comunidade a que pertencem; e que

    favoream o desenvolvimento de combinaes intelectuais individuais, a partir da

    avaliao regular do potencial de cada um.

    III. Definies das Inteligncias Mltiplas

    3.1. Inteligncia Lgico Matemtica

    Habilidade para o raciocnio dedutivo, para a compreenso de cadeia de

    raciocnios, alm da capacidade para solucionar problemas envolvendo nmeros e

    demais elementos matemticos. associada diretamente ao pensamento cientfico

    e, portanto, idia tradicional de inteligncia.

    Os componentes centrais desta inteligncia so descritos por Gardner como

    uma sensibilidade para padres, ordem e sistematizao. a habilidade para

    explorar relaes, categorias e padres, atravs da manipulao de objetos ou

    smbolos, e para experimentar de forma controlada; a habilidade para lidar com

    sries de raciocnios, para reconhecer problemas e resolv-los. a inteligncia

    caracterstica de matemticos e cientistas Gardner, porm, explica que, embora o

    talento cientifico e o talento matemtico possam estar presentes num mesmo

    indivduo, os motivos que movem as aes dos cientistas e dos matemticos no

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    33

    so os mesmos. Enquanto os matemticos desejam criar um mundo abstrato

    consistente, os cientistas pretendem explicar a natureza. A criana com especial

    aptido nesta inteligncia demonstra facilidade para contar e fazer clculos

    matemticos e para criar notaes prticas de seu raciocnio.

    3.2. Inteligncia Lingstica ou Verbal

    Habilidade para lidar criativamente com palavras nos diferentes nveis de

    linguagem, tanto na forma oral como na escrita. Sensibilidade aos sons, estrutura e

    significados e funes das palavras e da linguagem.

    Os componentes centrais da inteligncia lingistica so uma sensibilidade

    para os sons, ritmos e significados das palavras, alm de uma especial percepo

    das diferentes funes da linguagem. a habilidade para usar a linguagem para

    convencer, agradar, estimular ou transmitir idias. Gardner indica que a

    habilidade exibida na sua maior intensidade pelos poetas. Em crianas, esta

    habilidade se manifesta atravs da capacidade para contar histrias originais ou

    para relatar, com preciso, experincias vividas.

    3.3. Inteligncia Musical

    Permite a algum organizar sons de maneira criativa, a partir da

    discriminao de elementos como tons, timbres e temas. Normalmente no

    precisam de aprendizado formal para exerc-la.

    Capacidade de produzir e apreciar ritmo, tom e timbre; apreciao das

    formas de expressividade musical. Permite a organizao de sons de maneira

    criativa, a partir da discriminao dos elementos musicais.

    Esta inteligncia se manifesta atravs de uma habilidade para apreciar,

    compor ou reproduzir uma pea musical. Inclui discriminao de sons, habilidade

    para perceber temas musicais, sensibilidade para ritmos, texturas e timbre, e

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    34

    habilidade para produzir e/ou reproduzir msica. A criana pequena com

    habilidade musical especial percebe desde cedo diferentes sons no seu ambiente e,

    freqentemente, canta para si mesma.

    3.4. Inteligncia Espacial

    Capacidade de formar um modelo mental preciso de uma situao espacial e

    utilizar esse modelo para orientar-se entre objetos ou transformar as caractersticas

    de um determinado espao. Percepo com exatido do mundo visuoespacial e de

    realizar transformaes nas prprias percepes espaciais. Especialmente

    desenvolvida em arquitetos, navegadores, pilotos, cirurgies, engenheiros e

    escultores.

    Gardner descreve a inteligncia espacial como a capacidade para perceber o

    mundo visual e espacial de forma precisa. a habilidade para manipular formas ou

    objetos mentalmente e, a partir das percepes iniciais, criar tenso, equilbrio e

    composio, numa representao visual ou espacial.

    a inteligncia dos artistas plsticos, dos engenheiros e dos arquitetos. Em

    crianas pequenas, o potencial especial nessa inteligncia percebido atravs da

    habilidade para quebra-cabeas e outros jogos espaciais e a ateno a detalhes

    visuais.

    3.5. Inteligncia Corporal Cinestsica

    Habilidade para usar o prprio corpo de diversas maneiras.Capacidade de

    controlar os movimentos do prprio corpo e de manipular objetos habilmente.

    Esta inteligncia se refere habilidade para resolver problemas ou criar

    produtos atravs do uso de parte ou de todo o corpo. a habilidade para usar a

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    35

    coordenao grossa ou fina em esportes, artes cnicas ou plsticas no controle dos

    movimentos do corpo e na manipulao de objetos com destreza. A criana

    especialmente dotada na inteligncia cinestsica se move com graa e expresso a

    partir de estmulos musicais ou verbais demonstra uma grande habilidade atltica

    ou uma coordenao fina apurada.

    3.6. Inteligncia Interpessoal

    Capacidade de discernir e responder adequadamente aos estados de humor,

    temperamentos, motivaes e desejos de outra pessoa. Capacidade de dar-se bem

    com as outras pessoas, compreendendo e percebendo suas motivaes ou inibies

    e sabendo como satisfazer suas expectativas emocionais.

    Esta inteligncia pode ser descrita como uma habilidade pare entender e

    responder adequadamente a humores, temperamentos motivaes e desejos de

    outras pessoas. Ela melhor apreciada na observao de psicoterapeutas,

    professores, polticos e vendedores bem sucedidos. Na sua forma mais primitiva, a

    inteligncia interpessoal se manifesta em crianas pequenas como a habilidade

    para distinguir pessoas, e na sua forma mais avanada, como a habilidade para

    perceber intenes e desejos de outras pessoas e para reagir apropriadamente a

    partir dessa percepo. Crianas especialmente dotadas demonstram muito cedo

    uma habilidade para liderar outras crianas, uma vez que so extremamente

    sensveis s necessidades e sentimentos de outros.

    3.7. Inteligncia Intrapessoal

    Significa ter acesso seus sentimentos e capacidade de discriminar as

    prprias emoes e facilidade em reconhecer as foras e fraquezas pessoais.

    Competncia para conhecer-se e estar bem consigo mesma, administrando

    seus sentimentos e emoes a favor de seus projetos.

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    Esta inteligncia o correlativo interno da inteligncia interpessoal, isto , a

    habilidade para ter acesso aos prprios sentimentos, sonhos e idias, para

    discrimin-los e lanar mo deles na soluo de problemas pessoais. o

    reconhecimento de habilidades, necessidades, desejos e inteligncias prprios, a

    capacidade para formular uma imagem precisa de si prprio e a habilidade para

    usar essa imagem para funcionar de forma efetiva. Como esta inteligncia a mais

    pessoal de todas, ela s observvel atravs dos sistemas simblicos das outras

    inteligncias, ou seja, atravs de manifestaes lingisticas, musicais ou

    cinestsicas.

    3.8. Inteligncia Naturalista

    Habilidade no reconhecimento e na classificao de numerosas espcies a

    flora e a fauna de seu meio ambiente. Capacidade para categorizar organismos

    novos e desconhecidos, apresenta vasto conhecimento sobre o mundo vivo, como

    os bilogos, os ambientalistas, os botnicos etc. Darwin foi um exemplo de um

    naturalista Nato.

    Percia em distinguir entre membros de uma espcie, - vegetal, animal ou

    mineral -, em reconhecer a existncia de outras espcies prximas e mapear as

    relaes, formalmente ou informalmente, entre vrias espcies.

    3.9. Inteligncia Existencial

    Capacidade de se situar em relao aos limites extremos do universo, de se

    situar em relao a elementos da condio humana como o significado da vida, o

    sentido da morte, o destino final do mundo fsico e psicolgico e experincias

    profundas como o amor de outra pessoa ou a total imerso numa obra de arte.

    Enfim, habilidade em formular questionamentos filosficos a cerca do ser e

    do existir.

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    3.10. Inteligncia Pictrica de Katia Smole

    Faculdade de reproduzir, pelo desenho, objetos e situaes reais ou mentais.

    Ktia Smole, em sua dissertao de mestrado sobre o tema, amplia a

    proposta de Gardner, defendendo a classificao da habilidade de desenhar como

    uma oitava inteligncia.

    Segundo Gardner Sempre envolvemos mais de uma habilidade na soluo

    de problemas, embora existam predominncias. As inteligncias se integram.

    Excetuados os casos de leses, todos nascem com o potencial das vrias

    inteligncias. A partir das relaes com o ambiente, incluindo os estmulos

    culturais, desenvolvemos mais algumas e deixamos de aprimorar outras.

    IV. Aplicabilidade da Teoria das Inteligncias Mltiplas em Sala de Aula

    A aplicao da teoria das inteligncias mltiplas em sala de aula deve

    respeitar o princpio de maior seriedade no aprendizado infantil.

    fcil descobrir ao responder a pergunta a seguir:

    O que toda a criana adora fazer ?

    baseado nesta resposta que iremos aplicar a teoria em sala de aula.

    4.1. Jogos para a estimulao das Mltiplas Inteligncias

    Os jogos devem ser utilizados por serem uma forma ldica de aprendizado.

    Ao selecionar o tipo de jogo necessrio levar em considerao o tipo de

    inteligncia que desejamos desenvolver.

    importante considerar como ponto de partida a inteligncia em que os

    alunos possuem maior facilidade.

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    38

    4.1.1. Jogos para desenvolver a Inteligncia Lgico Matemtica

    Inteligncia Lgico-matemtica

    Habilidade Nome Outras estimulaes Adio Dados Contagem Ateno - Concentrao

    Preparao:

    Dados de tamanhos ou cores diferentes que podem ser confeccionados com

    papelo.

    Utilizao:

    Brincar com os alunos em grupo ou individualmente de jogar os dados e

    exercitar a soma dos pontos. Levar o aluno a perceber qual o dado da jogada

    apresenta maior e menor nmero de pontos; subtrair o maior do menor e,

    progressivamente, incluir mais dados nessa operao.

    4.1.2. Jogos para desenvolver a Inteligncia Lingstica ou Verbal

    Inteligncia Lingstica

    Habilidade Nome Outras estimulaes

    Alfabetizao Alfabetos Reconhecimento de letras e smbolos

    Preparao:

    Montar em cartolina vrias fichas com diferentes tipos de letras, alternando

    letra de frma, letra cursiva, vazadas ou no.

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    Utilizao: Os alunos divididos em grupos ou no, dever procurar letras iguais, nomear

    letras, formar slabas ou palavras, criar palavras novas, identificar em letra cursiva

    a mesma palavra escrita com outras letras e outras atividades.

    4.1.3. Jogos para desenvolver a Inteligncia Musical

    Inteligncia Musical

    Habilidade Nome Outras estimulaes

    Percepo auditiva Pandeiro Associao entre tempo e som

    Preparao:

    Usar um pandeiro simples.

    Utilizao:

    Executar uma melodia simples cadenciando com as batidas do pandeiro

    somente os tempos fortes. Os alunos s batero no pandeiro nos tempos mais

    fortes. Ex.: Marcha soldado, cabea de papel; quem no marchar direito, vai

    preso no quartel.

    4.1.4. Jogos para desenvolver a Inteligncia Espacial

    Inteligncia Espacial

    Habilidade Nome Outras estimulaes

    Conceituao do tempo As fotos da famlia Observao

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    Preparao:

    Recortar em revistas figuras de pessoas em diferentes fases da vida, do

    nascimento at a velhice. Alm de pessoas tambm podem ser utilizadas fotos de

    animais, plantas em diferentes estgios da vida.

    Utilizao:

    Os alunos devero organizar as figuras de acordo com a evoluo da vida de

    cada espcie. Estimular aos alunos a conseguir em casa fotos suas e de sua famlia

    em diferentes etapas do crescimento e lev-los a descobrir a ao do tempo e sua

    passagem ao longo da vida dos seres. Incentiv-los a entrevistar pessoas mais

    idosas relatando a histria de suas vidas e da famlia. Em nveis mais avanados

    pedir que procurem fotos antigas do bairro ou de edifcios conhecidos pelos alunos

    para ampliar a experincia. O professor pode propor inmeras questes como:

    Como viajavam? Quais eram as formas de lazer nas diferentes pocas ? Como

    conservavam alimentos, etc. interessante associar o dia - a - dia da criana com o

    de pessoas mais velhas, comparando experincias .

    4.1.5. Jogos para desenvolver a Inteligncia Corporal Cinestsica

    Intelignciua Corporal-cinestsica

    Habilidade Nome Outras estimulaes

    Coordenao viso-motora e ttil Meu par Motricidade e ateno

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    41

    Preparao:

    Preparar dez cartelas aos pares, cada uma tendo ao fundo uma textura

    diferente. Algumas podem ser forradas de l, outras de seda, de feltro, lixa etc.

    Utilizao:

    Os alunos, com os olhos vendados, devem procurar as cartelas pares. Vence

    a equipe cujos componentes conseguirem maior nmero de pares.

    4.1.6. Jogos para desenvolver a Inteligncia Interpessoal

    Inteligncia Interpessoal

    Habilidade Nome Outras estimulaes

    Comunicao interpessoal Mmica Linguagem corporal Forma de comunicao

    Preparao:

    Organizar um conjunto de mensagens para serem transmitidas pelos alunos, que

    envolvam manifestaes corporais, mas tambm situaes emocionais diversas.

    Escrever as mensagens em uma tira de papel e reun-las em uma sacola.

    Utilizao:

    Os alunos iro sortear uma mensagem e transmit-la aos demais, at que alguem

    entenda, sem usar palavra alguma.

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    4.1.7. Jogos para desenvolver a Inteligncia Intrapessoal

    Inteligncia Intrapessoal

    Habilidade Nome Outras estimulaes

    Auto percepo Sentimentos Identificao dos sentimentos

    Preparao:

    Lpis e papel, deixar que os alunos usem lpis ou hidrocor coloridos.

    Utilizao:

    Os alunos devem desenhar a si prprios de forma que expressem seu estado

    de humor e seus sentimentos naquele exato momento.

    4.1.8. Jogos para desenvolver a Inteligncia Naturalista

    Inteligncia Naturalista

    Habilidades Nome Outras estimulaes

    Descobertas Que delcia! Curiosidade olfato - paladar

    Preparao:

    Dispor de diferentes tipos de alimentos, crs e cozidos, como frutas,

    verduras, legumes etc.

    Utilizao:

    O aluno de olhos vendados dever descobrir o tipo de alimento que esta

    sendo oferecido a ele atravs do olfato e paladar.

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    4.1.9. Jogos para desenvolver a Inteligncia Existencial

    Inteligncia Existencial

    Habilidades Nome Outras estimulaes

    Autoconhecimento Ser? Capacidade de questionar

    Preparao:

    Preparar perguntas questionadoras a serem respondidas pelos alunos, do

    tipo: Quem sou eu?; De onde vim?; Para onde vou?; Qual a minha misso no

    Universo?; O que a morte?; Qual o sentido da vida? Etc.

    Utilizao:

    O aluno que primeiro conseguir responder as perguntas, dever ler para a

    turma. Se a turma concordar que as respostas esto satisfatrias ser o vencedor,

    caso contrrio, continuam respondendo at o prximo a acabar e ler suas respostas.

    Ser o vencedor o primeiro que convencer a turmas com suas respostas.

    4.1.10. Jogos para desenvolver a Inteligncia Pictrica

    Inteligncia Pictrica

    Habilidades Nome Outras estimulaes

    Expresso Grfica Reprter Grfico Atualizao informativa

    Preparao:

    Lpis coloridos e papel.

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    Utilizao: Pedir que os alunos representem atravs de um desenho alguma

    situao (de preferncia que tenha sido veiculada pelos meios de

    comunicao) da ltima semana. No dever utilizar nenhuma letra.

    V . Utilizao alternativa da Teoria das Inteligncias Mltiplas no processo de

    aprendizagem

    A grande vantagem que apresenta a teoria das inteligncias mltiplas no

    processo de aprendizagem, poder adequar a forma de transmitir o contedo da

    aula que se pretende ministrar de acordo com a capacidade de aprender dos alunos.

    Independente da disciplina a qual pertena o contedo a ser dado, o

    professor pode planejar e elaborar sua aula baseado nas facilidades de

    entendimento apresentado pela turma.

    Para que isso acontea, preciso mudar nossos paradigmas enquanto

    educadores. Talvez seja mais fcil seguir um roteiro pr existente que muitas

    vezes nada tem a ver coma a realidade e interesse da turma onde j encontramos

    todos os passos prontos do que parar, fazer um reconhecimento da turma e criar

    uma forma de transmitir o contedo de forma agradvel e inteligvel para todos.

    Embora seja um processo um pouco mais trabalhoso, vale a pena tentar e

    sentir a realizao que causa uma aula motivante com resultados satisfatrios.

    5.1. Criao de jogos e exerccios estimulantes para os diferentes tipos de

    aprendizagem adaptados aos seus educandos

    A partir do resumo apresentado a seguir, e do entendimento do

    funcionamento da teoria das inteligncias mltiplas, identifique a que melhor se

    ajusta a sua turma e crie novas formas de ministrar os contedos.

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    45

    Inteligncias Mltiplas - Gardner. Lgico-Matemtica Lingstica ou Verbal Musical Espacial Corporal Cinestsica Interpessoal Intrapessoal Naturalista Existencial Pictrica (Katia Smole)

    5.2. Apresentao da atividade alternativa criada.

    Sua avaliao ser atravs da criao de uma atividade para cada tipo de

    inteligncia mltipla estudada.

    A seguir: Modelo de apresentao escrita

    Apresentao prtica da atividade criada, em sala.

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    46

    Modelo:

    Inteligncia Verbal ou Lingstica

    Habilidade Nome da atividade Outras Estimulaes

    Vocabulrio Frutas no Pomar Percepo Visual

    Raciocnio Lgico

    Objetivo:

    Preparao:

    Utilizando gravuras de revistas, selecionando-as se possvel com a akida das

    crianas, organizar uma coleo de objetos mais ou menos do mesmo tamanho,

    como frutas, brinquedos, transportes ou utenslios diversos.

    Utilizao:

    As peas devem ser montadas como um Jogo de Domin (28 peas com 7

    figuras combinadas) e suas regras devem ser seguidas com a criana nomeando os

    objetos, dizendo sua cor, ou criando fatos sobre o mesmo.

    33 uu -- KK ss CC

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    47

    Bibliografia:

    ANTUNES, Celso. Jogos para a estimulao das inteligncias Mltiplas. 7 ed..

    RJ:Vozes, 2000.

    ARMSTRONG, Thomas. Inteligncias Mltiplas na sala de aula. 2 ed. Porto

    Alegre: ARTMED Editora, 2001.

    FONSECA, Vitor da. Aprender a aprender: a educabilidade cognitiva.. Porto

    Alegre: Artmed, 1998.

    GARDNER, Howard. Inteligncias Mltiplas: A teoria na Prtica. Porto Alegre:

    Artes Mdicas, 1995.

    GARDNER, Howard. Inteligncia um conceito reformulado. 2 ed.. RJ: Objetiva,

    2000.

    GOLEMAN, Daniel. Inteligncia Emocional. RJ: Objetiva, 1995.

    MACHADO, Luiz. Descubra e use a sua inteligncia emocional. RJ: Ed.Cidade

    do Crebro, 1997.

    SMOLE , Ktia C. S. Inteligncias Mltiplas um novo olhar para a Educao.

    Atta midia e educao. ?

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