Jornal Regional da Zona Oeste de São Paulo
www.redebrasilatual.com.br Zona oeste
nº 5 Junho de 2011
DistribuiçãoGratuita
Sorocabana fecha 350 leitos, não paga funcionários e deve R$ 350 milhões
feriDa aberta
habitação
Prefeitura despeja Favela do Sapo sem mandado judicial, mas é obrigada a voltar atrás e negociar
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terra arrasaDa
Os adultos que são alfabetizados de graça na Escola Vera Cruz
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eDucação
ler e escrever
O Contador de Histórias, um filmão que roda a cidade
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cine b
em cartaz
o hosPital que morreu
movimento
A incrível festa da pequena Alice e de seus vizinhos na cidade
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boa praça
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expediente rede brasil atual – zona oesteeditora Gráfica atitude ltda. – Diretor de redação Paulo Salvador editor João de Barros redação Leonardo Brito (estagiário) revisão Malu Simões Diagramação Leandro Siman telefone (11) 3241-0008tiragem: 15 mil exemplares Distribuição Gratuita
eDitorial
O que se faz com os moradores da Favela do Sapo, na Água Branca, merece profunda análise. Por que a Prefeitura foi até a comunidade acompanhada da Polícia Militar e da Guarda Civil Metropolitana, ameaçou despejar todo mundo e, depois, quando viu que havia feito uma ação ilegal, voltou atrás e passou a negociar com os moradores? Não seria mais lógico ter agido assim desde o início?
Outro absurdo é o fim das atividades do Hospital Central Sorocabana. Enfronhado em malversação de recursos, enla-meado pelos credores que lhe acossam a nuca, cooptado por todo o tipo de usurpadores, ele simplesmente morreu, deixan-do na mão toda a população da Zona Oeste da capital e uma dívida de R$ 350 milhões.
Como vergonha pouca é bobagem, lá vem o trecho norte da obra do Rodoanel querendo tirar suas lasquinhas, impon-do um trajeto que não foi discutido com ninguém da região. Claro, vai dar briga pra mais de metro, como diria o velho pensador. Longe desse burburinho, quem faz escola da boa é a família Lotufo. Não é que a pequena Alice teve uma grande ideia que acabou juntando toda a vizinhança da praça em que mora? Vale a pena ler essa pequena aventura, que enche a todos de vaidoso júbilo. É isso. Boa leitura!
Projeto social ilha de vera cruzVeja como é fácil aprender a ler e a escrever
eDucação
Ilha de Vera Cruz é um projeto social da Escola Vera Cruz, que alfabetiza adultos. Criado há 10 anos por alunos, pais e professores, nasceu com o objetivo de conhecer e enten-der as necessidades sociais das pessoas que viviam ou traba-lhavam no entorno da escola, na região do Ceasa. A inicia-tiva hoje atende gratuitamente 150 adultos. Os professores e monitores são voluntários, à exceção das três alfabetizado-
mática, Inglês, Artes Plásticas, Habilidades da Comunicação, Conhecimentos Gerais e Lei-tura. Quem quer aprender a ler, escrever ou se preparar para o ensino fundamental, procure o Ilha de Vera Cruz e comece a es-tudar em agosto, de segunda a sexta-feira, das 19 h às 22 h, na Rua Baumann, 73 – Vila Leopoldina (pertinho da esta-ção de trem Vila Leopoldina). Telefone: 3838-5993 (14 h às 22 h).
festa no Jardim santo eliasJubileu De ouro
Nos anos 1960, a si-tuação dos moradores de Pirituba não era nada boa. No Jardim Santo Elias, por exemplo, faltava tudo: transporte público, sanea-mento básico, escolas, hos-pitais. Foi então que o bair-ro reagiu e, em 18 de junho de 1961, há 50 anos, fundou a Sociedade Amigos do Jar-dim Santo Elias – Sajase.
As conquistas sociais logo começaram a aparecer. Mas faltava ainda o lazer. No mes-mo ano, nascia na comunidade o Grêmio Esportivo e Recrea-tivo Sajase, até hoje em ativi-dade, atuando nas várias mo-dalidades do futebol – dente de leite, adulto, veterano.
No dia 19, uma festa está programada para comemorar o quinquagésimo aniversário
da entidade – os Sambistas de Pirituba e Dj Marquinhos já confirmaram presença no evento. Além de MPB e sertanejo, partidas de fu-tebol em homenagem aos veteranos, também estão no cardápio festivo. A festa será no Clube da Comunida-de (CDC) do Jardim Santo Elias, na Rua Jamart Mouti-nho Ribeiro, 730, a partir das 9 h. “São cinquenta anos de futebol e amizade” – come-mora o vice-presidente, Mar-cinho da Sajase, que, ao lado do presidente José Leônidas, o Macalé, incentiva o espor-te e o lazer no bairro. Mais informações no site http://sajase.no.comunidades.net.
mestre varneci ensina a ler
ras que ficam em sala de aula. Estudantes também fazem es-tágio curricular na instituição.
Além de Português e Ma-temática, há aulas de Infor-
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time atual do saJase
Sociedade Amigos, conhecida SAJASE, faz 50 anos
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a praça é minha, é sua, é dele, é dela. a praça é nossaA menina Alice pediu à mãe Cecília Lotufo a festa de aniversário na rua. Nascia o Boa Praça
movimento PoPular
O Movimento Boa Praça nasceu de um presente inco-mum pedido por Alice Lotufo a sua mãe Cecília, dias antes de completar quatro anos, em 2008. “Mãe gostaria de fazer meu aniversário na minha pra-cinha – a Praça François Be-langer, no Alto de Pinheiros – e voltar a brincar lá!”
Cecília negociou com a fi-lha – ela não receberia presen-tes, mas uma festa de aniver-sário na praça. Porém, a praça se encontrava em estado lasti-mável, com muita sujeira. Os balanços e os escorregadores estavam quebrados e enfer-rujados. A mãe então mobili-zou os moradores do entorno para limpar o local e solicitou à Prefeitura melhorias na pra-
ça, com a colocação de novos brinquedos e nova vegetação. Assim, a festa de sua filha virou uma festa comunitária. Amigos, vizinhos e empresas
percebeu que ela devia ser ocu-pada para não voltar ao estado precário anterior.
Cecília convocou nova-mente os amigos, que a aju-daram na realização de outra festa, pelo movimento per-manente nas praças. Nascia o Movimento Boa Praça, cuja finalidade é transformar as praças em espaços educativos, com a realização de piqueni-ques comunitários no último domingo do mês. Todo mundo auxilia. Uns levam comidas, outros organizam atividades ao longo do dia. Há mutirões para revitalização do local, oficinas de grafite e de mosai-co, jogos de tabuleiro, apre-sentações artísticas e palestras sobre meio ambiente.
se uniram pela causa de Alice. Cerca de 200 pessoas compa-receram ao aniversário de Ali-ce. Além de bolo, refrigeran-tes, salgadinhos, havia também
uma festa pela inauguração de um pátio de mudas de plantas e de novas lixeiras. Porém, meses depois, a praça voltou a se deteriorar. E a comunidade
os bons vizinhos
Ele se considera um vi-zinho gente fina, que gosta de conhecer quem mora do outro lado do muro de sua casa. O biólogo Guilherme Freire, de 29 anos, ao se mudar para a Rua Araio-ses, no Alto de Pinheiros,
meses antes da festa de Ali-ce, também foi influenciado pela comemoração e ajudou a fortalecer o Movimento Boa Praça. “O aniversário na pra-ça foi um exemplo positivo de como os vizinhos podem se mobilizar nas suas regiões. A partir de uma ideia simples de uma criança, iniciamos um trabalho de conservação do nosso espaço público. Isso foi de grande valia para mim, que gosto de conhecer meus vizi-nhos” – diz Guilherme.
Ele ajudou a organizar as primeiras atividades do grupo. Guilherme define o movimen-to como um passo importante numa busca que objetiva su-prir uma série de carências da
cidade grande, como essa de não conhecer os vizinhos e passar despercebido en-tre as pessoas. “São Paulo, ao contrário das cidades do interior em que todo mundo se conhece, tem a vantagem aparente de o morador tor-nar-se anônimo à socieda-de” – ressalta.
Praça françois belanger: a menina que mudou o lugar e influenciou as pessoas
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o trecho nortePor um traçado que favoreça a todos
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No início de 2010, o go-vernador Geraldo Alckmin en-caminhou ao governo federal os documentos para liberação da verba para a construção do Rodoanel, trecho norte. Porém, a população e os comercian-tes da região questionaram a Dersa (Desenvolvimento Ro-doviário S.A.), sobre o traça-do definido por ela. Segundo os moradores, cerca de 20 mil famílias seriam afetadas pela passagem da rodovia e cerca de 100 hectares da floresta na Ser-ra da Cantareira iriam desapa-recer. Em novembro de 2010, a população, por meio do S.O.S. Cantareira, se uniu e protestou,
Para mais informações:http://boapraca.ning.com
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biólogo Guilherme freire
pedindo aos parlamentares que interviessem no traçado pro-posto pela Dersa. Eles pediram audiências públicas e reuniões nos bairros afetados para defi-nição de um novo traçado que favorecesse a todos. Para sa-ber qual é o cronograma de au-diências públicas do Rodoanel, visite o site www.luizclaudio-marcolino.com.br.
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habitação
o malfadado despejo sem mandado judicial
a solução para as famílias da favela do sapo, segundo a associação dos moradores e a Prefeitura da cidadeDepois de terem sido brutalmente desalojados por policiais militares e guardas metropolitanos, favelados têm compromisso assinado de que vão continuar morando na zona oeste de São Paulo
Na madrugada de 9 de fe-vereiro, um homem armado chamado Evandro entrou nos barracos da Favela do Sapo, na Água Branca, falando em nome da Prefeitura. Acompa-nhado de policiais militares e guardas metropolitanos,
Uma comissão de morado-res se reuniu com a superinten-dente de Habitações Populares, Elizabeth França, para discutir a situação das famílias. Eli-sabeth prometeu verificar as famílias cadastradas em pro-gramas habitacionais e quantas receberão aluguel social até que tenham moradia definitiva. Ela informou que 87 famílias serão removidas do local. A secretária também alega que a remoção não necessita de man-dado judicial por se tratar de área de risco e área ambiental.
No dia 10 de junho, a Se-cretaria Municipal de Habita-ção (Sehab) iniciou o processo de desapropriação dos morado-res da Favela do Sapo, na Água Branca. Sob a coordenação de Beth França, a Prefeitura refez o cadastro de toda a comunida-de, com o auxilio da Associa-ção de Moradores da Favela
do Sapo, para que as famílias pudessem ter direito ao auxílio aluguel de R$ 300. Conforme as famílias eram localizadas na favela, a Sehab liberava o alu-guel-social pela Habi-Centro e os barracos eram demolidos. As famílias recebiam também um termo de compromisso as-sinado pela Superintendente de Habitação, declarando que a futura habitação está prevista dentro do perímetro da Opera-ção Urbana Água Branca
Trinta famílias, das 149 fa-mílias que residem na favela, foram retiradas. A assistente social do Instituto Rogacio-nista, Ducinea Pastrello, de 49 anos, que dá apoio às famílias, disse que a Sehab não infor-mou onde será o terreno do CDHU. A única certeza do pe-soal da Favela do Sapo é que eles terão uma casa na região porque, segundo Ducinea, o a favela do sapo foi atacada por policiais militares e guardas civis metropolitanos: terror não é a solução
ele semeou o terror. O ajudan-te Fernando da Conceição, morador da favela, conta que “derrubaram” o barraco dele e o agrediram. A repositora Simo-ne Gomes perdeu o dia de tra-balho para evitar que sua casa fosse destruída. “Tenho medo
de sair amanhã e quando voltar encontrar meu barraco no chão” – disse ela, que foi intimidada pela polícia por filmar a ação no celular. “Se você não apagar o que gravou, eu quebro o apa-relho” – dizia um deles. No dia seguinte, 50 moradores impedi-
ram novamente a derrubada de casas. Gente da Prefeitura, de novo com a PM e a GCM, ten-tava fazer remoções, sem man-dado judicial.
Para Benedito Barbosa, o Dito, da União dos Movimentos de Moradia, Evandro, o respon-
sável pela ação, é Francisco Evandro Ferreira Figueiredo, contratado da BST Transpor-tadora, prestadora de serviços da Prefeitura.“Ele quebrou um acordo feito com a comunida-de ao demolir os barracos na frente da marginal do Tietê.”
“chegaram destruindo tudo” – disseram os moradores do sapo sobre a ação da Prefeitura que revoltou a todos
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a solução para as famílias da favela do sapo, segundo a associação dos moradores e a Prefeitura da cidadeDepois de terem sido brutalmente desalojados por policiais militares e guardas metropolitanos, favelados têm compromisso assinado de que vão continuar morando na zona oeste de São Paulo
“culpa é da política higienista”
caso de polícia
Os moradores do Sapo resistem à remoção impos-ta há meses pela Prefeitura. Tramita na 14ª Vara da Fa-zenda Pública de São Paulo da Defensoria Pública uma Ação Civil Pública, com o objetivo de impedir a expul-são forçada.
Douglas Magami, defen-sor público, esteve no local e disse que a ação do poder público não teve fundamen-to aparente. “O ato decorreu da política higienista de São Paulo, que expulsa o pes-soal para a periferia.” Ele informa que há duas ações movidas pela Defensoria Pública. “Uma garante a regularização fundiária da área e outra a inclusão de
quem está na área de risco em programas de desenvolvimen-to habitacional” – diz.
No local moram 455 famí-lias, das quais 80 receberão aluguel social de R$ 300. As demais receberão verbas de acordo com a composição fa-miliar e a vulnerabilidade so-cial – R$ 5 mil para solteiros e
O deputado Luis Cláudio Marcolino, do PT, afirmou que a ação da Prefeitura foi ilegal. “Num diálogo com a Secretaria de Habitação, fi-cou acertado o processo de remoção, com o cadastramen-to das famílias, realocando-as para áreas sem risco. Só que esse pessoal aí veio fazer a re-moção sem ter esse processo concluído.”
Marcolino acompanhou à delegacia moradores que tiveram suas casas violadas pelo tal Evandro. O caso será investigado agora pela Assem-bleia Legislativa do Estado.
“Há vários relatos de que o tal de Evandro teria adentrado as casas armado e ameaçado as pessoas falando em nome da Prefeitura” – disse Marcolino.
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compromisso firmado no ato de desapropriação é que as famílias não podem ser realo-cadas em outra região. Duci-nea diz que o processo ocorre de forma pacífica. "Todas as pessoas que estavam nas listas foram atendidas e quem não estava cadastrado deve procu-rar a Sehab para ser atendido."
Outro ponto importante é sobre as pessoas da Favela da Aldeinha – antes do empreen-dimento do Barra Funda Park (conjunto de apartamentos de luxo) – que concordaram em vender seus barracos, por R$ 5 mil. Elas também serão benefi-ciadas com o termo de compro-misso da nova casa na região. A Associação dos Moradores da Favela do Sapo correu atrás desses direitos para essas fa-mílias não serem jogadas em outras áreas da cidade que não seja a Zona Oeste. a favela do sapo foi atacada por policiais militares e guardas civis metropolitanos: terror não é a solução
R$ 8 mil para casados – para adquirir novos barracos.
A Prefeitura ofereceu passagens para o Estado de origem dos moradores e alegou que eles tinham construído as casas havia 15 dias, mas a maior parte mora na favela há pelo me-nos cinco anos.
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Redeuma novacomunicação Para
um novo brasil
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sorocabana: o hospital que naufragou em dívidasHospital fecha 350 leitos e tem dívidas de R$ 350 milhões. Vereador quer uma CPI
O vereador petista Carlos Neder disse, da tribuna da Câ-mara Municipal, que o gestor da Associação Beneficente dos Hospitais Sorocabana (ABHS), da Lapa, Carlos Al-berto de Amorim Pinto, que assumiu o cargo em fevereiro, recebeu mais de R$ 200 mi-lhões da Prefeitura e continua negociando com ela em nome da Associação e do Hospital Central Sorocabana, “é uma pessoa sem os requisitos míni-mos de decência e de probida-de para lidar com recursos pú-blicos”. Segundo Neder, “ele tem duplicidade de CPF e está irregular na Receita Federal”.
Neder é autor de um reque-rimento – feito no ano passado, quando ele era deputado esta-dual – para que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) investigue o fechamento do Hospital Sorocabana, que fun-cionava com recursos do SUS e acumulou dívida superior a R$ 350 milhões.
Este ano, Luiz Cláudio Marcolino, outro deputado petista, entrou na briga. Ele protocolou um ofício para o governador Geraldo Alckmin com o objetivo de saber, entre outras coisas, como o governo estadual avalia o fechamento do complexo hospitalar, er-guido num terreno do Estado.
“Com o encerramento das ati-vidades do Hospital Central Sorocabana, eu quero saber quais as medidas que o Go-verno do Estado tomou em re-lação a essa questão” – diz o deputado.
O Ministério Público Es-tadual acompanha a crise do hospital desde 2010 e já ve-
tou a renovação de um acordo entre a Prefeitura e o Soroca-bana. A unidade acumula dí-vidas trabalhistas e com for-necedores. Amorim estima que os débitos cheguem a cerca de R$ 200 milhões. “A nova direção nada tem a ver com esses problemas.”
No auge de suas ativida-
des, o hospital chegou a aten-der 20 mil pacientes por mês; quando fechou atendia dois mil. A demanda sobrecarre-ga agora o pronto-socorro da Lapa, que não tem como dar conta também das consultas da população local. Os fun-cionários não receberam se-quer os direitos trabalhistas.
o início e o fim Dúvidas que não se calamO Hospital Central Soroca-
bana iniciou suas atividades em 1955, na Rua Faustolo, 1633, na Lapa. O imóvel era do Governo do Estado, que o transferiu, no ano seguinte, para a Associação Beneficente dos Hospitais Soro-cabana, com cláusula de proibi-ção de venda.
O objetivo do hospital era atender os funcionários da Fer-rovia Paulista S/A – FEPASA. Credenciado pelo Instituto Na-cional de Assistência Médica da Previdência Social – INAMPS –, nos anos 60, passou a inte-
grar o Sistema Único de Saúde (SUS) tornando-se ao longo dos anos um dos mais importantes hospitais de atendimento públi-co. No entanto, após sucessivas crises administrativas, ele en-cerrou suas atividades em 2010.
As causas que levaram o Hospital Sorocabana à insolvência são inúmeras. Há denúncias de irregulari-dades registradas em repor-tagens na mídia e levadas ao Ministério Público para providências. Dívidas tra-balhistas, com fornecedo-res, prestadores de serviços e outros atingem a cifra de dezenas de milhões de reais. As seguintes dúvidas pai-ram sobre a instituição:
Quais foram os recursos transferidos do Tesouro Esta-dual para o Hospital Central Sorocabana nos últimos dez anos?
O Governo do Estado co-nhecia os problemas adminis-trativos envolvendo a institui-ção? Quais foram as medidas legais adotadas?
Qual a situação legal do imóvel ocupado pelo Hospital Central Sorocabana?
Prevê-se a devolução do
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imóvel à Fazenda do Esta-do em caso de interrupção das atividades hospitalares ou dissolução da entidade beneficente? Com o encer-ramento das atividades do Hospital Central Sorocaba-na, que medidas o Governo do Estado tomou em rela-ção a essa questão?
Quais são as ações do Go-verno do Estado para man-ter o referido hospital em operação?
nada mais funciona
o hospital central sorocabana fechou suas portas depois de acumular dívidas e não pagar seus funcionários
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cinema Gratuito
Criado no Brasil em 1991, é o maior festival de vídeos da América Latina
O Contador de Histórias gira em torno da trajetória de Roberto Carlos, um menino pobre de Belo Horizonte que, na década de 1970, cresce numa entidade assistencial para menores. Entre fugas e capturas, ele é tido como irre-cuperável pelos educadores. Mas a vida do garoto muda ao conhecer a pedagoga fran-cesa Margherit (Maria de Medeiros, de Pulp Fiction), que vem ao Brasil realizar uma pesquisa. Juntos, apren-dem importantes lições um com o outro, que mudarão para sempre a vida de ambos.Diretor: Luiz Villaça
vila leopoldina recebe cine b pela 7ª vez
Projeto Arme Sua Tela, dia 16 de julho, no Salão da Igre-ja Nossa Senhora de Lourdes, com o filme O Contador de Histórias, de Luiz Villaça, e uma seleção de curtas-metra-gens do Festival do Minuto.
O Cine B já fez exibições no salão da Igreja Nossa Se-nhora de Lourdes, na Vila Hamburguesa, e na quadra es-portiva do projeto social Ilha de Vera Cruz. Filmes como O Tapete Vermelho, Domésticas, O Casamento de Romeu e Ju-
lieta, O Garoto Cósmico, A Máquina e Por Trás do Pano, levaram para a região um pú-blico de mais de mil pessoas.
Morador da Vila Leopoldi-na, o deputado estadual Luiz Cláudio Marcolino (PT) ressal-ta a importância do cinema na comunidade. “Trabalho atual-mente um conceito de moradia completo, onde não é só impor-tante a pessoa ter uma casa, mas também ter, no bairro em que vive, alternativas de cultura, la-zer e esporte” – diz o deputado.
Divirta-se
camPo limPo18/6 – 19 h
Creche da Igreja Nossa Senhora do Bom ConselhoRua Nossa Senhora do Bom
Conselho, 87, Vila PrelIngressos na secretaria da
Paróquia com Robson/Katia/Nasser. Informações tel. (11)
5812-8679/5512-6134Local para 200 pessoas
vila PruDente17/6 – 19 h
Sociedade Amigos da Comunidade
Rua Dianópolis, 4100Ingressos na entidade com
Eunice/Lola/Magali.Local para 100 pessoas
Parque Do carmo28/6 – 20 h
Santuário Nossa Senhora da PazAv. Maria Luiza Americano, 1561
Ingressos com padre Dimas. Informações tel. (11) 2748-5158
Local para 200 pessoas
JarDim ariZi30/6 – 19 h
ONG Juntos 2Rua Frederico Severo, 50
Ingressos na sede da entidade. Informações tel. (11)
2746-1117Local para 150 pessoas
vila rica1/7 – 19 h
Sociedade Amigos de Vila RicaRua João Batista Lima, 47Ingressos no local com Bia Moreno. Informações tel.
(11) 2717-5548Local para 200 pessoas
vila leoPolDina16/7 – 19 h
Salão da Igreja Nossa Senhora de Lourdes
Rua Brentano, 437, Vila Hamburguesa
Ingressos na Secretaria com Bernadete. Informações tel:
(11) 3834-4807Local para 300 pessoas
no arraiá Da laPaOs ingressos podem ser retirados nos dias 9/7 e 10/7, na barraca do Cine B, no clube Pelezão, Rua
Belmonte, 957, com Cidálio Vieira Santos – cidalio@
brazucah.com.br
seja onde for, o público comparece às sessões de cinema
o festival do minutoO Festival do Minuto exi-
be vídeos amadores e profis-sionais de até 60 segundos e premia todos os meses os melhores – os 15 melhores ví-
deos de 2010 estão na mostra de junho, do Cine B. O acer-vo do festival inclui vídeos de cineastas conhecidos pela pro-dução de longas-metragens,
como Fernando Meirelles (Cidade de Deus, O Jardi-neiro Fiel), Beto Brant (O Invasor) e Tata Amaral (Um Céu de Estrelas, Antônia).
o projeto cine bO Projeto Cine B é um
circuito de exibição alterna-tiva de produções brasileiras de longas e curtas metragens, realizado pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, em parceria com a Brazucah Produções. Nasceu da necessidade de es-paços para exibição de filmes brasileiros e da dificuldade de acesso da população às salas de cinema comercial.
Em quase quatro anos de projeção, foram feitas 150 exibições, com mais de 20 mil espectadores, muitos dos quais viram de perto a ma-gia do cinema pela primeira
vez. Além de telão, cadeiras, projetores etc., a estrutura da equipe do projeto Cine B tem até pipoca, distribuída na en-trada da sessão, em saquinhos personalizados pelo projeto, criando um clima de cinema tradicional. No final da ses-são há sorteios de camisetas do Cine B.
“Precisamos valorizar e divulgar os nossos filmes. O público se enxerga um pou-co nas telas e percebe que há bons trabalhos feitos no Brasil” – diz a presidenta do sindicato, Juvandia Morei-ra, uma das idealizadoras do Cine B.
um filmão
Roteiro: Mauricio Arruda, José Roberto Torero, Mariana Veríssimo, Luiz VillaçaFotografia: Lauro EscorelProdução: Denise Fraga, Francisco Ramalho Jr.Direção de arte: Valdy LopesFigurino: Cássio BrasilMúsica: André Abujamra, Márcio Nigro
fernando meirelles
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Palavras cruZaDasfoto síntese – estação JaraGuá Palavras cruZaDas
respostas
Palavras cruZaDas
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horizontal – 1. Aquele que palestra 2. Nervoso; O, em espanhol; Graceja 3. Rede de Propriedade Intelectual; Rápidos 4. Principal artéria do corpo humano; Cidade do Ceará 5. Ruim; Desejar, cobiçar, 6. Antecede a volta; resultado da sobreposição das cores vermelha e verde7. Consignado para dotação; Antigo Testamento 8. Época; Obrigações do Tesouro; Espírito Santo (sigla) 9. Ceará (sigla); 999, em algarismos romanos; Caneta, em inglês 10. Maranhão (sigla); Pessoa avarenta 11. Dado consentimento, permitido; Poeiravertical – 1. Uma das maravilhas do mundo antigo 2. Uma praia carioca; Medida Provisória3. Prenome de um autor de livros de autoajuda; Investir com ímpeto (sobre algo ou alguém) 4. Mota, cantor brasileiro; Forma sincopada de está 5. Abalado, minado; Alta Vista 6. Aquela que se emociona facilmente 7. Faça novamente; Nome de uma revista de cartum 8. Fundação; Rondônia (sigla)9. Melado; Lugar onde as pessoas se hospedam para combater o estresse 10. Terapia de Reidratação Oral; Feminino de ele 11. Aqui está; Que não dá espaço a contestações
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Palavras cruzadas
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As mensagens podem ser enviadas para [email protected] ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.
vale o que vier
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