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LABORATÓRIOS: RESULTADO FALSO-POSITIVO
E A RESPONSABILIDADE CIVIL NA SAÚDE
Aula n. 14 - Responsabilidade Civil na Saúde - Módulo I
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1. Conceito
Resultado falso positivo é o erro de diagnóstico
laboratorial no qual o resultado do exame indica uma doença
inexistente ou indica a existência irreal de uma doença,
causando abalo emocional no paciente. Exemplos: HIV,
câncer, DST etc.
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2. Natureza Jurídica do erro de diagnóstico praticado por
laboratórios
A responsabilidade do laboratório é objetiva, conforme
dispõe os arts. 3º e 14 do CDC.
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O trabalho desenvolvido pelo medico patologista,
radiologista, hematologista em análises clínicas é
considerado uma obrigação de resultado.
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1. Falha na prestação de serviço (diagnóstico inexato)
2. Abalo emocional que enseja indenização por dano moral
3. Responsabilidade objetiva (de resultado) – arts. 14 e 20 do CDC
4. Erro de diagnóstico precisa levar o paciente a tratamento ou cirurgia
desnecessários.
5. Na ação judicial, quem deverá figurar no polo passivo da demanda?
6. O médico precisa informar ao paciente sobre a necessidade de se realizar outro
exame laboratorial para confirmação do diagnóstico, principalmente quando se
tratar de HIV.
7. O ônus da prova do erro de diagnóstico e o dano efetivo é do paciente – art.
373, I, do CPC
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EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL.
RESPONSABILIDADE CIVIL. ERRO DE DIAGNÓSTICO. EXAMES DE HIV COM
RESULTADO FALSO POSITIVO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS DEVIDA.
QUANTUM INDENIZATÓRIO ARBITRADO COM BASE EM PRECEDENTES DA
CORTE. JUROS DE MORA CONTADOS A PARTIR DO EVENTO DANOSO.
SÚMULA 54/STJ. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. PROCESSUAL CIVIL.
AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO
ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. DEFICIÊNCIA NA PRESTAÇÃO DO
SERVIÇO. LAUDO LABORATORIAL. RESULTADO ERRÔNEO DO EXAME DE
HIV. 1. A falha na prestação do serviço em decorrência do resultado falso-positivo
para o vírus HIV ocasiona abalo emocional e enseja a indenização por dano moral,
mormente na hipótese de realização de novo exame com a confirmação do
resultado falso-positivo. 2. Agravo regimental desprovido. (AgRg nos EDcl no
REsp 1251721/SP, Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, QUARTA
TURMA, julgado em 23/04/2013, DJe 26/04/2013)
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RESPONSABILIDADE CIVIL. ERRO DE DIAGNÓSTICO. EXAMES
RADIOLÓGICOS. DANOS MORAIS E MATERIAIS. I - O
diagnóstico inexato fornecido por laboratório radiológico levando a
paciente a sofrimento que poderia ter sido evitado, dá direito à
indenização. A obrigação da ré é de resultado, de natureza objetiva
(art. 14 c/c o 3º do CDC). II - Danos materiais devidos, tendo em
vista que as despesas efetuadas com os exames posteriores
ocorreram em razão do erro cometido no primeiro exame
radiológico. III - Valor dos danos morais fixados em 200 salários-
mínimos, por se adequar melhor à hipótese dos autos. IV - Recurso
especial conhecido e parcialmente provido. (REsp 594.962/RJ,
TERCEIRA TURMA, Rel. Ministro ANTÔNIO DE PÁDUA RIBEIRO,
julgado em 9/11/2004, DJ de 17/12/2004, p. 534)
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AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE
INDENIZAÇÃO. ERRO MÉDICO. DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO
GEMELAR. EXISTÊNCIA DE UM ÚNICO NASCITURO. DANO MORAL
CONFIGURADO. EXAME. OBRIGAÇÃO DE RESULTADO.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA. AGRAVO REGIMENTAL
IMPROVIDO. I - O exame ultrassonográfico para controle de gravidez
implica em obrigação de resultado, caracterizada pela responsabilidade
objetiva. II - O erro no diagnóstico de gestação gemelar, quando existente
um único nascituro, resulta em danos morais passíveis de indenização.
Agravo regimental improvido. (AgRg no Ag 744.181/RN, TERCEIRA
TURMA, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, julgado em 11/11/2008, DJe de
26/11/2008)
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"EMENTA: CIVIL. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL E ESTÉTICO.
ERRO DE DIAGNÓSTICO. BIÓPSIA. RESPONSABILIDADE OBJETIVA.
OBRIGAÇÃO DE RESULTADO. DANO MORAL CONFIGURADO.
SENTENÇA MODIFICADA. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
1.Trata-se de pedido de indenização por erro de diagnóstico que envolve
obrigação de resultado, baseado na responsabilidade objetiva (art.14,
CDC), desacolhido na origem. 2. A emissão de falso resultado negativo de
câncer retardou o tratamento médico adequado, causando intervenção
cirúrgica drástica, conforme o apurado dos autos. 3.A retirada do palato
(céu da boca) do autor, em virtude do avançado grau da doença, causou
queda de dentes e distúrbios na voz. 4.Dano estético intrinsecamente
ligado ao dano moral, arbitrado em R$ 50.160,00, equivalente a 132
salários mínimos. 5.Juros moratórios a partir da citação e correção
monetária da data do arbitramento por esta Corte. 6.Recurso conhecido e
parcialmente provido." (fls. 77)(Decisão citada no interior do AgRg no
RECURSO ESPECIAL Nº 1.117.146 - CE (2009/0008496-5).
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3. Caracterização
Obrigação de resultado e não de meio.
Atividade de resultado.
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O erro de diagnóstico não pode causar mero
aborrecimento, pois não se enquadra no “dano
presumido” ou “dano moral in re ipsa.”
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O termo “in re ipsa” significa que o dano tem origem no
próprio fato e não depende de prova do prejuízo para
comprovar o abalo emocional e psicológico sofrido pela
vítima. Nesse caso, pode-se dar como exemplo a perde de
um filho por erro médico.
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Se o médico causar dano ao paciente, com base no
resultado incorreto da análise clínica, cometendo erro
grosseiro (deixar de pedir novo exame, por exemplo, quando o
resultado laboratorial for incompatível com o quadro clínico do
paciente), responderá pela indenização, solidariamente com o
laboratório.
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De qualquer forma, em caso de constatação laboratorial de
doença grave, além do dever de pedir exames de confirmação, deve o
médico dar notícia de forma adequada ao paciente, com as ressalvas que
se fizerem oportunas, tanto para não levar mais desesperança ao doente –
cumprimento da obrigação ética do bom relacionamento médico/paciente
– como para não gerar outros gravames desnecessários, a exemplo do
dano moral.
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Portaria n. 488 de 17 de junho de 1988 da ANVISA
Para a detecção de anticorpos anti-HIV serão
adotados obrigatoriamente, os procedimentos sequenciados
estabelecidos no Anexo I, de acordo com a natureza das
situações nele explicitadas.
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Etapa II - Confirmação Sorológica pelo teste de
Imunofluorescência Indireta para HIV1 (IFI/HIV-1)
Etapa III - Confirmação Sorológica pelo teste de Western Blot
para HIV-1 (WB/HIV-1)
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Como salientado pelo Professor José Carlos Maldonado de
Carvalho: "O erro de diagnóstico é fruto, quase sempre, de
uma investigação mal realizada, quase sempre marcada pela
insuficiência dos meios utilizados ou pela negligência do
investigador." (Responsabilidade civil médica. 3ª ed. Rio de
Janeiro: Destaque, 2002, p. 35).
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Diagnóstico de doença inexistente
"RESPONSABILIDADE CIVIL. Exame laboratorial. Câncer. Dano moral.
Reconhecida no laudo fornecido pelo laboratório a existência de câncer,
o que foi comunicado de modo inadequado para as circunstâncias, a
paciente tem o direito de ser indenizada pelo dano moral que sofreu até a
comprovação do equívoco do primeiro resultado, no qual não se fez
nenhuma ressalva ou indicação da necessidade de novos exames.
Recurso conhecido e provido." (RESP 241.373/SP, Rel. Ministro Ruy
Rosado de Aguiar, DJ de 14/3/2000)
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A ressalva no exame laboratorial de que de que há
necessidade de exame complementar somente reduz a
responsabilização do laboratório, mas não a exclui
totalmente, uma vez que há defeito no fornecimento do
serviço.
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"RESPONSABILIDADE CIVIL. Laboratório de análises clínicas. HIV.
Responsabilidade do laboratório que fornece laudo positivo de HIV,
repetido e confirmado, ainda que com a ressalva de que poderia ser
necessário exame complementar. Essa informação é importante e reduz a
responsabilização do laboratório, mas não a exclui totalmente, visto que
houve defeito no fornecimento do serviço, com exame repetido e
confirmado, causa de sofrimento a que a paciente não estava obrigada.
Além disso, o laboratório assumiu a obrigação de realizar exame com
resultado veraz, o que não aconteceu, pois os realizados depois em outros
laboratórios foram todos negativos. Recurso conhecido e provido." (RESPs
241.373-SP e 401.592-DF, Rel. Ministro Ruy Rosado de Aguiar, DJ de
15/5/2000 e 2/9/2002, respectivamente).
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Outro aspecto importante a ser analisado é o médico
que solicitou o exame. O médico que indica o laboratório tem
responsabilidade civil no erro de diagnóstico?
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Hildegard Taggsell Giostri afirma que:
"... agirá o médico com culpa, não por ter errado o seu
diagnóstico, mas por ter insistido em manter-se dentro de
uma conduta não satisfatória e não adequada, não advindo
daí nenhum benefício para o seu paciente e, por conta da
qual, não poderá este último apresentar progresso ou
melhora em sua patologia." (Erro médico à luz da
jurisprudência comentada. Curitiba: Juruá, 2000, p. 138)
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“INDENIZAÇÃO. Dano moral. Alegação de erro de diagnóstico. Exame
laboratorial equivocado. Ação ajuizada contra o laboratório e o
médico. Laboratório condenado ao pagamento de indenização
porquanto o erro do exame contribuiu para a suspeita de tumor.
Ausência de erro de diagnóstico por parte do médico que agiu dentro
dos padrões técnicos aplicáveis ao caso. Indenização bem fixada.
Verba honorária arbitrada em consonância com os critérios legais.
Sentença mantida. Recursos não providos”. (TJ-SP Apelação com
revisão nº 0102533-96.2007.8.26.0000, Relator: José Carlos Ferreira
Alves. Data de Julgamento: 26/07/2011, 2ª Câmara de Direito Privado,
Data de Publicação: 28/07/2011).
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Apelação Cível. Indenizatória. Erro de diagnóstico. Laboratório.
Sentença de procedência parcial. Recurso de ambas as partes.
Cinge-se a controvérsia a responsabilidade do laboratório réu (1º
apelante) pelo erro de diagnóstico, que levou a equipe médica à
extração total do rim do autor (2º apelante), quando tinha opção de
retirada de parte do órgão. Conjunto probatório que não deixa
dúvidas sobre a responsabilidade exclusiva do patologista, preposto
do laboratório. Responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços -
art. 14 do CDC. Dano moral prudentemente arbitrado. Dano estético
não comprovado, quando mais porque a cirurgia era, de qualquer
forma, inevitável. Recursos desprovidos. (TJRJ Apelação com revisão
nº 0007035-88.2006.8.19.0036, Relator: DES. KATYA MONNERAT, j.
14/03/2012, SÉTIMA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 24/04/2012).
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1. Evidenciado que o erro na análise de material colhido para exame por
parte do laboratório réu provocou o diagnóstico equivocado de presença
de tumor maligno e fez com que a parte autora fosse submetida
desnecessariamente a procedimento cirúrgico, tem-se por configurada a
falha na prestação do serviço apta a caracterizar ato ilícito passível de
causar abalo de ordem moral e a consequente indenização.
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2. "Se o contrato é fundado na prestação de serviços médicos e
hospitalares próprios e/ou credenciados, no qual a operadora de plano de
saúde mantém hospitais e emprega médicos ou indica um rol de
conveniados, não há como afastar sua responsabilidade solidária pela má
prestação do serviço". (REsp 866371/RS, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO,
QUARTA TURMA, julgado em 27/03/2012, DJe 20/08/2012)
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3. A operadora do plano responde perante o consumidor, solidariamente,
pelos defeitos na prestação de serviços médicos e de diagnóstico, seja
quando os fornece por meio de hospital próprio e médicos contratados ou
por meio de médicos e hospitais credenciados (hipótese dos autos), nos
termos dos arts. 2º, 3º, 14 e 34 do Código de Defesa do Consumidor. AgRg
n. REsp 1442794 / DF - AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
ESPECIAL 2014/0059570-4
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INDENIZAÇÃO DANOS MATERIAIS E MORAIS PACIENTE QUE INGRESSOU
NO HOSPITAL COM FORTES DORES NO PEITO, SENDO DIAGNOSTICADO
COM ARRITMIA E, APÓS MEDICADO, RECEBEU ALTA, PORÉM, AO DEIXAR
O HOSPITAL, SOFREU PARADA CARDÍACA QUE O LEVOU À ÓBITO
CONJUNTO PROBATÓRIO QUE APONTA A EXISTÊNCIA DE ERRO MÉDICO
DIAGNÓSTICO EQUIVOCADO E LIBERAÇÃO PREMATURA TEORIA DA
PERDA DE UMA CHANCE DANOS MATERIAIS, NO ENTANTO, AFASTADOS
AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE QUE O FALECIDO EXERCIA ATIVIDADE
REMUNERADA PARA COMPLEMENTAR A RENDA DA APOSENTADORIA
VIÚVA QUE ESTÁ RECEBENDO BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO.
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Perda do genitor
• Esposa e filhos, inclusive aqueles que não residem com
os pais.
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“A teoria da perda de uma chance (perte d'une chance) visa à
responsabilização do agente causador não de um dano emergente,
tampouco de lucros cessantes, mas de algo intermediário entre um e
outro, precisamente a perda da possibilidade de se buscar posição
mais vantajosa que muito provavelmente se alcançaria, não fosse o ato
ilícito praticado”. (STJ -REsp 1.190.180 RS Rel. Min. LUIS FELIPE
SALOMÃO 4ª Turma j. 16/11/2010, in DJe 22/11/2010).
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A teoria da perda da chance enuncia a possibilidade dese
indenizar pela chance perdida, sempre que possa ser
comprovada a atual, séria e real oportunidade de obtenção
de uma certa vantagem ou de evitar determinado prejuízo.
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Concernente à sua quantificação, há que se levar em conta
os critérios da razoabilidade, proporcionalidade e equidade,
sem olvidar o grau de culpa dos envolvidos, a extensão do
dano, bem como a necessidade de efetiva punição do
ofensor, a fim de evitar que reincida na sua conduta lesiva.
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Chance séria e real
Nesse sentido, o Superior Tribunal de Justiça decidiu: "a jurisprudência desta
Corte admite a responsabilidade civil e o consequente dever de reparação de
possíveis prejuízos com fundamento na denominada teoria da perda de uma
chance, 'desde que séria e real a possibilidade de êxito, o que afasta qualquer
reparação no caso de uma simples esperança subjetiva ou mera expectativa
aleatória" (Resp 614.266/MG, DJe de 2/8/2013)" (REsp n. 1354100/TO, rel.
Min. Eliana Calmon, Segunda Turma, j. 17.10.13).
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RESPONSABILIDADE CIVIL - Dano Moral - Erro Médico – Denunciação da
lide – Relação de consumo – Indeferimento – Negligência – Omissão na
investigação dos traumas sofridos pela vítima e prematura alta médica, com
agravamento no estado do paciente, que veio a falecer – Diagnóstico
incompleto - Perda de uma chance – Redução da indenização por dano moral
– Recurso provido em parte. (TJSP; Apelação 0004680-79.2012.8.26.0431;
Relator (a): Alcides Leopoldo; Órgão Julgador: 4ª Câmara de Direito Privado;
Foro de Pederneiras - 1ª Vara; Data do Julgamento: 24/08/2018; Data de
Registro: 24/08/2018)
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