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UNIVERSIDADE DE MACAU
FACULDADE DE DIREITO
Licenciatura em Direito
(Língua Portuguesa)
DIREITO CRIMINAL
3°Ano
Ano Lectivo 2015/2016
PROGRAMA E BIBLIOGRAFIA
Primeiro Semestre
Parte I
Questões Fundamentais
Título I
O Direito Penal estadual e a sua Ciência. Especificidades do Direito
Penal no sistema jurídico da RAEM
1.º Capítulo
O Direito Penal em Sentido Formal
I. Conceito de Direito Penal.
1. Definição e designação. Direito Penal ou Direito Criminal.
2. Direito Penal e ius puniendi.
II. O âmbito do Direito Penal. Delimitação do objecto de estudo da disciplina
“Direito criminal”.
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1. Direito penal substantivo, direito processual penal e direito penal executivo.
2. A parte geral do direito penal e as suas componentes.
3. Objecto de estudo do “Direito Criminal”.
2.º Capítulo
A Localização do Direito Penal no Sistema Jurídico
I. Direito Penal intra-estadual e direito internacional penal.
II. O direito penal como parte do direito público. O Direito Penal da RAEM à
luz do princípio “um país dois sistemas”.
III. O direito penal perante os outros ramos do direito.
3.º Capítulo
A Ciência Conjunta do Direito Penal
I. Da “enciclopédia das ciências criminais” à “ciência conjunta do direito
penal”.
II. A evolução do estatuto das ciências criminais.
III. O estatuto das ciências criminais no quadro do Estado de Direito
contemporâneo e de um sistema jurídico-penal teleológico-funcional e racional
(Figueiredo Dias).
1. Dogmática jurídico-penal, política criminal e criminologia.
4.º Capítulo
Enunciação dos princípios gerais do Direito Penal da RAEM
I. O princípio da intervenção do Direito Penal como “ultima ratio”.
II. O princípio da legalidade.
III. O princípio da culpa.
3
IV. O princípio da humanização das sanções criminais e a ideia de
proporcionalidade entre a gravidade da conduta e a gravidade da sanção.
V. O princípio da jurisdicionalidade na aplicação das sanções penais.
Título II
Função e limites do direito penal
5.º Capítulo
O comportamento criminal e a sua definição. O conceito material de crime
I. A compreensão científica do crime empreendida pela criminologia.
1. Perspectiva endógena. A escola positiva italiana.
2. Perspectiva exógena.
2.1. A escola franco-belga.
2.2. A sociologia criminal.
2.3. A teoria interaccionista ou do “labeling approach”.
2.4. A criminologia crítica.
II. O conteúdo material do conceito de crime.
1. A perspectiva positivista-legalista.
2. A perspectiva positivista sociológica.
3. A perspectiva moral (ético)-social.
4. A perspectiva racional: a função de tutela subsidiária de bens jurídicos
dotados de dignidade penal (bens jurídico-penais).
4.1. Uma primeira aproximação à noção de bem jurídico. Evolução.
4.2. Bem jurídico, sistema social e sistema jurídico-constitucional.
4.3. Orientação defendida e consequências.
5. O critério da “necessidade”( ou da “carência”) de tutela penal.
5.1. Necessidade de tutela penal e princípio jurídico-constitucional da
proporcionalidade em sentido amplo.
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5.2. O problema das imposições constitucionais implícitas de criminalização.
5.3. O princípio da não intervenção moderada e o movimento da
descriminalização.
III. O “paradigma penal” das sociedades democráticas contemporâneas e os
desafios que enfrenta.
1. O direito penal perante a denominada “sociedade do risco”.
2. A “crise” da “razão técnico-instrumental” do pensamento ocidental.
3. Vias de evolução do paradigma penal actual.
3.1. Restrição da função penal à tutela de direitos individuais. A escola de
Frankfurt.
3.2. Funcionalização intensificada da tutela do risco (o “direito penal do risco”).
3.3. Via intermédia.
4. Vias de adequação do paradigma penal à propalada sociedade do risco.
4.1. O problema do bem jurídico.
4.2. O problema da responsabilidade dos entes colectivos.
4.3. A estrutura típica dos crimes contra bens jurídicos colectivos.
6.º Capítulo
Fundamento, sentido e finalidades da pena criminal
I. O problema dos “fins” da pena criminal.
1. Teorias absolutas. A pena como instrumento de retribuição.
2. Teorias relativas. A pena como instrumento de prevenção.
2.1. A pena como instrumento de prevenção geral.
2.2. A pena como instrumento de prevenção especial ou individual.
2.3. A “concertação agente-vítima”. O novo paradigma político-criminal da
“restorative justice”.
3. Teorias mistas ou unificadoras.
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3.1. Teorias em que reentra a ideia de retribuição e teorias da prevenção
integral.
II. O problema dos fins das penas na sua relação com uma determinada
concepção de Estado.
1. Breve referência à evolução das finalidades e justificação da pena no direito
penal português.
1.1. Das Ordenações ao Código Penal de 1886.
1.2. O Código Penal de 1982 e a reforma de 1995.
2. Breve referência à evolução das finalidades e justificação da pena no direito
penal chinês.
2.1. Do direito penal imperial ao direito penal “revolucionário”.
2.2. O Código Penal de 1979 e a reforma de 1997.
III Finalidades e limites das penas à luz do Código Penal de Macau.
1. A natureza exclusivamente preventiva das finalidades da pena.
1.1. As exigências da prevenção geral positiva ou de integração como “ponto de
partida.
1.2. As exigências da prevenção especial, nomeadamente, da prevenção especial
positiva ou de socialização como “ponto de chegada”.
2. A culpa como limite inultrapassável da pena.
7.º Capítulo
Fundamento, sentido e finalidades da medida de segurança criminal
I. As medidas de segurança criminais no sistema sancionatório.
1. A medida de segurança como consequência derivada das limitações impostas
pelo princípio da culpa.
2. Monismo e dualismo.
II. Finalidades e legitimação da medida de segurança.
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1. O problema das finalidades.
1.1. A prevenção especial como finalidade prevalente.
1.2. A prevenção geral como finalidade secundária.
2. O problema da legitimação. Princípios a que deve subordinar-se a concepção
e aplicação das medidas de segurança.
2.1. Princípio da legalidade.
2.2. Princípio do facto ilícito típico.
2.3. Princípio da perigosidade criminal – defesa de um interesse comunitário
preponderante.
2.4. Princípio da proporcionalidade em sentido amplo ( proibição do excesso) e
em sentido estrito ( adequação).
2.5. Princípio da jurisdicionalidade.
III O relacionamento da pena com a medida de segurança.
8.º Capítulo
Os limites do direito penal
I. Direito penal e direito contravencional.
II. O direito penal e o emergente direito de mera ordenação social (direito das
contra-ordenações) : penas criminais e coimas.
1. Do direito penal administrativo ao direito de mera ordenação social.
2. Fundamentos e sentido da autonomização do direito de mera ordenação
social.
2.1. Autonomia material do ilícito.
2.2. Autonomia da sanção.
3. Reflexão crítica sobre o direito de Macau à luz da problemática em torno das
“contra-ordenações”; as infracções administrativas e o seu Regime Geral.
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III. Direito penal e direito disciplinar: penas criminais e sanções (medidas)
disciplinares.
IV. Direito penal e direito processual penal: penas criminais e sanções
(medidas) de ordenação ou conformação processual.
V. Direito penal e direito privado: penas criminais e “penas” privadas.
Título III
A Lei penal e a sua aplicação
9.º Capítulo
O princípio da legalidade da intervenção penal
I. O princípio nullum crimen, nulla poena sine lege.
1. Função, sentido e fundamentos.
2. Nullum crimen sine lege.
3. Nulla poena sine lege.
II. Consequências (efeitos) do princípio da legalidade.
1. No plano da extensão.
2. No plano da fonte.
3. No plano da determinabilidade.
4. No plano da analogia.
5. No plano da retroactividade.
III. As normas penais em branco.
10.º Capítulo
A interpretação e integração da lei penal
I. Interpretação e analogia no direito penal
II. Â mbito da proibição da analogia
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11.º Capítulo
O âmbito de validade temporal da lei penal
I. Aplicação da lei penal no tempo e princípio da irretroactividade.
II. Determinação do tempus delicti.
III. Â mbito de aplicação do princípio da irretroactividade. O princípio da
aplicação da lei mais favorável.
IV. O problema das “leis temporárias”.
12.º Capítulo
O Â mbito de validade espacial da lei penal
I. O sistema de aplicação da lei penal no espaço. Princípios constitutivos.
II. O conteúdo e o modo de combinação dos princípios constitutivos.
1. O princípio básico da territorialidade. Determinação do locus ou sedes delicti.
2. Princípios complementares.
2.1.O princípio da defesa (da protecção) dos interesses nacionais: no direito
penal de Macau, o princípio da defesa dos interesses da RAEM.
2.2. O princípio da nacionalidade: no direito penal de Macau, o princípio da
residência.
2.3. O princípio da universalidade.
2.4. O princípio da administração supletiva ou subsidiária da justiça penal: uma lacuna
no sistema de Macau?
13.º Capítulo
O âmbito de validade pessoal da lei penal
I. Princípio geral.
II. As imunidades e as isenções.
III. O problema da responsabilidade penal das pessoas colectivas.
9
Bibliografia especialmente recomendada
Assunção, Maria Leonor Esteves
“Princípios de direito penal e direitos e garantias processuais penais dos
residentes de Macau no contexto da Lei Básica”, in Revista de
Administração de Macau, n.os 19/20, 1993.
“Âmbito de aplicação espacial da lei penal de Macau. Problemas afins ....”, in
Jornadas de Direito Penal, Boletim da Faculdade de Direito da Universidade de
Macau, 1997.
“O modelo de Direito Penal que o Estatuto do Tribunal Penal Internacional
Permanente inaugura”, in Boletim da Faculdade de Direito da Universidade de
Macau, 2003.
Beleza, Teresa Pizarro
Direito Penal, 1.º volume, AAFDL, 1998 (2.ª edição).
Beleza, Teresa Pizarro e Pinto, Frederico Lacerda da Costa
O regime legal do erro e as normas penais em branco (Ubi Lex Distinguit), Almedina,
1999.
Carvalho, Américo Taipa de
Direito Penal, Parte Geral – Questões Fundamentais. Teoria Geral do Crime. 2.a
edição. Coimbra Editora, 2008.
Dias, Jorge de Figueiredo
Direito Penal. Parte Geral. Tomo I. Questões Fundamentais. A Doutrina Geral do Crime,
Coimbra Editora, 2007.
10
Temas Básicos da Doutrina Penal, Coimbra Editora, 2001.
“ Oportunidade e sentido de um Código Penal para Macau”, in, Jornadas de
Direito Penal, Boletim da Faculdade de Direito de Macau, 1997.
Pereira, Júlio
Comentário à Lei Penal Chinesa, Livros do Oriente, Macau, 1996.
Robalo, Teresa Lancry Albuquerque e Sousa
Colectânea de Direito Penal de Macau, Materiais de Apoio, CREDDM, 2014
Justiça Restaurativa – Um Caminho para a Humanização do Direito, Juruá, Brasil,
2012
Silva, Germano Marques da
Direito Penal Português, Parte Geral, volume I, Verbo, 1998.
11
Segundo Semestre
Parte II
A Doutrina Geral do Crime
Título I
A Construção da doutrina do crime (facto punível)
14.º Capítulo
Questões fundamentais
I. Sentido, método e estrutura da conceitualização do facto punível
II. Escolas Clássica, Neoclássica e Finalista.
III. A construção teleológico-funcional e racional do conceito de facto punível
1. Fundamento
2. Breve referência às dificuldades a que conduz a “teoria da acção”. A “teoria
da realização do tipo de ilícito ou da acção típica”( Figueiredo Dias) como alternativa
à “teoria da acção”
3. As categorias dogmáticas
3.1. O tipo de ilícito
3.1.1. Tipicidade, ilicitude e causas de justificação
3.1.2. O problema da “localização sistemática” do dolo e da negligência
3.2. O tipo de culpa
3.2.1. Significado e função da culpa na construção da doutrina do facto punível
3.2.2. Tipos de culpa: dolo e negligência
3.2.3. As propostas sistemáticas referentes à “responsabilidade” como categoria
diversa da “culpa”
3.3. A punibilidade
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Título II
Os Factos Puníveis Dolosos de Acção
Subtítulo I
O Tipo de Ilícito
Secção I
Os Tipos Incriminadores
15.º Capítulo
O Tipo Objectivo de Ilícito
I. Questões gerais
1. Tipo de garantia, tipo de erro e tipo de ilícito
2. Desvalor de acção e desvalor de resultado
3. Elementos típicos descritivos e normativos
4. Tipos abertos, elementos valorativos globais e adequação social
II. A construção dos tipos incriminadores
1. O autor
1.1. Princípio geral
1. 2. O problema da responsabilidade penal dos entes colectivos
1.3. O autor individual. Crimes comuns e crimes específicos
2. A conduta. Crimes de resultado e crimes de mera actividade
3. O bem jurídico. Crimes de dano e crimes de perigo; crimes simples e crimes
complexos
4. Tipos de tipicidade
4.1. Crimes fundamentais, crimes qualificados e crimes privilegiados
4.2. Crimes instantâneos, crimes duradouros (ou permanentes) e crimes
habituais
4.3. Crimes de empreendimento (ou de atentado)
13
4.4. Crimes qualificados (ou agravados) pelo resultado. Do “versari in re illicita”
ao crime preterintencional. A “agravação da pena pelo resultado” prevista no
art. 17º do Código Penal
16.º Capítulo
A imputação objectiva do resultado à conduta
I. Sentido do problema
II. Primeiro “degrau” ou “patamar”: a categoria da causalidade – teoria das
condições equivalentes (conditio sine qua non)
III. Segundo “degrau” ou “patamar”: a causalidade jurídica – teoria da
adequação
IV. Terceiro “degrau” ou “patamar”: a conexão de risco
1. Criação de um risco não permitido
2. A potenciação do risco
3. A concretização do risco não permitido no resultado típico
4. A produção de resultados não cobertos pelo fim de protecção da norma
V. O problema da “causalidade virtual”
VI. Problemas especiais
17.º Capítulo
O tipo subjectivo de ilícito
I. A construção do tipo subjectivo de ilícito. Elementos
II. O dolo do tipo
1. A estrutura do dolo do tipo
2. O momento intelectual do dolo
2.1. O conhecimento das circunstâncias de facto
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2.2. A previsão do decurso do acontecimento. Problemas: o erro sobre o
processo causal, o dolus generalis, a aberratio ictus vel impetus e o error in persona vel
objecto
2.3. O conhecimento da proibição legal
3. O momento volitivo do dolo
3.1. O dolo directo
3.2. O problema do dolo eventual
4. A conexão entre o dolo do tipo e a sua realização
► Nota: Análise do tipo de ilícito negligente (p. 16 do Programa)
Secção II
Os tipos justificadores
(causas de justificação ou de exclusão da ilicitude)
18.º Capítulo
Questões fundamentais
I. Especificidade dos tipos justificadores face aos tipos incriminadores
relativamente ao problema da ilicitude
1. Complementaridade funcional e diversidade estrutural. Consequências
2. Causas de justificação e princípio da unidade da ordem jurídica
II. Tentativas de sistematização das causas de justificação
III. Elementos subjectivos dos tipos justificadores
IV. A aceitação errónea de uma situação objectiva de justificação
V. O efeito das causas de justificação
15
19.º Capítulo
A Legítima Defesa
I. Fundamento.
II. Requisitos – art. 31º do Código Penal
1. A situação de legítima defesa.
1. 1. Agressão de interesses juridicamente protegidos do agente ou de terceiro
1. 2. A actualidade da agressão
1. 3. A ilicitude da agressão
2. A acção de defesa
2. 1. A necessidade do meio
2. 2. A necessidade da defesa
2. 3. O elemento subjectivo
III. O auxílio necessário
IV. O direito de legítima defesa jurídico-civil
20.º Capítulo
Os Estados de Necessidade Justificantes
I. O direito de necessidade do art. 33º do Código Penal
1. Fundamento
2. A situação de necessidade
3. O princípio do interesse preponderante
3.1. Pontos de vista relevantes para a ponderação
3.2. A “sensível superioridade” do interesse salvaguardado
4. A “adequação do meio”
5. O auxílio de terceiro
6. Requisitos subjectivos
II. O conflito de deveres justificante do art. 35º do Código Penal
16
21º Capítulo
Os Consentimentos Justificantes
I. O consentimento real ou efectivo (ou, simplesmente consentimento)
1. Fundamento
2. O problema do estatuto dogmático-sistemático do consentimento
3. Requisitos ou pressupostos de eficácia do consentimento justificante – art.
37.º do Código Penal
3.1. O carácter pessoal e a disponibilidade do bem jurídico lesado
3.2. A não contrariedade do facto consentido aos “bons costumes”
3.3. O acto de autodeterminação
II. O consentimento presumido
1. Fundamento
2. Requisitos ou pressupostos de eficácia
22.º Capítulo
Outras Causas de Justificação
I. Detenção em flagrante delito
II. Acção directa
III. O direito de correcção
Subtítulo II
O Tipo de Culpa
Secção I
A Fundamentação da Culpa
23.º Capítulo
Questões Básicas da Doutrina da Culpa
I. A história dogmática do conceito - breve referência
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II. Conteúdo material da culpa jurídico-penal
24.º Capítulo
O Tipo de Culpa Doloso
I. Culpa e tipo de culpa doloso
II. Dolo e falta de consciência do ilícito (erro sobre a ilicitude)
1. Compreensão do problema – a sua solução face ao direito penal de Macau
2. O critério de autonomia da falta censurável de consciência do ilícito e a culpa
dolosa
3. Delimitação da falta de consciência do ilícito e suas espécies
III. Elementos especiais dos tipos de culpa dolosos
Secção II
A Negação da Culpa
25.º Capítulo
A Inimputabilidade
I. A inimputabilidade em razão de anomalia psíquica – o art. 19.º do Código
Penal
1. Fundamento – a inimputabilidade como “obstáculo à comprovação da
culpa” (Figueiredo Dias)
2. Elementos
2.1. A conexão biopsicológica – as psicoses, a oligofrenia, as psicopatias,
neuroses e anomalias sexuais e as perturbações profundas da consciência
2.2. A conexão normativo-compreensiva
2.3. A conexão fáctica ( típica)
3. O problema da “imimputabilidade diminuída”
4. A actio libera in causa
18
II. A inimputabilidade em razão da idade – art. 18.º do Código Penal
1. Fundamento
2. Regime
26.º Capítulo
A Inexigibilidade
I. Fundamento e âmbito da desculpa
II. O estado de necessidade desculpante – art. 34.º do Código Penal
1. Perigo actual e não removível de outro modo
2. Os bens susceptíveis de lesão
3. A cláusula de inexigibilidade e o seu significado
4. O elemento subjectivo
5. A possibilidade de atenuação especial ou de dispensa de pena
6. A aceitação errónea de uma situação de estado de necessidade desculpante
III. O excesso de legítima defesa desculpante – art. 32º n.º 2 do Código Penal
27.º Capítulo
A Falta de Consciência do Ilícito não Censurável
I. A falta de consciência do ilícito como causa de exclusão da culpa – art. 16.º
do Código Penal
1. Fundamento – a consciência jurídica “recta” (Figueiredo Dias)
2. Requisitos
II. O problema da atenuação da culpa – a atenuação extraordinária facultativa
28.º Capítulo
A Obediência indevida desculpante
I. Fundamento – a concordância prática dos interesses conflituantes
II. Requisitos – art. 36.º do Código Penal
19
► Nota: Análise do tipo de culpa negligente (p. 16 do Programa)
Subtítulo III
A punibilidade
29.º Capítulo
I. Fundamento – a dignidade penal do facto
II. Punibilidade e carência de pena
Título III
Os Crimes Negligentes
30.º Capítulo
Fundamentos Gerais
I. Fundamento dogmático e político-criminal
II. Relação entre negligência e dolo
III. Negligência consciência e negligência inconsciente
IV. Estrutura dogmática do facto negligente
1. O tipo de ilícito
2. O tipo de culpa
3. A doutrina do duplo escalão
31.º Capítulo
O Tipo de Ilícito Negligente
I. Violação de um dever objectivo de cuidado (ou criação de um risco não
permitido) e imputação objectiva
II. Critérios concretizadores do cuidado objectivamente devido
1. Normas jurídicas de comportamento
2. Normas do tráfego
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3. A concreta “figura-padrão”
4. O cuidado em domínios altamente especializados
5. A chamada negligência na assunção ou aceitação
6. O princípio da confiança
7. Critérios individualizadores
8. O problema do tipo de ilícito subjectivo
III. Os tipos justificadores
1. Questões gerais
2. Os concretos tipos justificadores
32.º Capítulo
O Tipo de Culpa Negligente
I. Considerações gerais
II. Capacidades pessoais
III. Exigibilidade
IV. O problema da “negligência grosseira”.
Título IV
Os Crimes de Omissão
33.º Capítulo
Questões Fundamentais
I. A Omissão como forma específica de realização típica
II. A distinção entre acção e omissão
III. A distinção entre crimes puros (ou próprios) e impuros (ou impróprios) de
omissão
IV. A equiparação da omissão à acção nos crimes impróprios ou impuros de
omissão – art. 9º do Código Penal
21
V. A atenuação especial da pena nos crimes impróprios de omissão
34.º Capítulo
O Ilícito-típico dos Crimes de Omissão
I. O tipo incriminador objectivo
1. Elementos comuns a todo o crime de omissão
1.1. A chamada “situação típica” e a ausência da acção esperada
1.2. A capacidade individual de acção
2. O problema da imputação objectiva nos crimes impróprios de omissão
2.1. A posição de garante
2.1.1. A teoria formal do dever jurídico e das posições de garantia
2.1.2. A teoria das funções
2.1.3. A teoria “material-formal” – deveres de protecção e assistência a um bem
jurídico carecido de amparo, deveres de vigilância e segurança face a uma fonte
de perigos
II. O tipo de ilícito subjectivo
1. O dolo do tipo omissivo
2. A negligência do tipo omissivo
III. Os tipos justificadores
22
35.º Capítulo
A Culpa nos Crimes de Omissão
I. A fundamentação da culpa dolosa
II. A exclusão da culpa dolosa
III. A culpa negligente
Título V
Formas Especiais de surgimento do crime
(em particular nos crimes dolosos de acção)
36.º Capítulo
Tentativa
I. Estádios de realização do crime (iter criminis)
1. A resolução criminosa
2. Actos preparatórios
3. A tentativa
II. Elementos da tentativa
1. A resolução
2. Actos de execução
III. A delimitação da tentativa punível
1. O agente
2. O facto – a tentativa impossível
IV. A punibilidade da tentativa
V. A desistência
1. Fundamento
2. Requisitos
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37.º Capítulo
A Comparticipação
I. A autoria
1. Doutrina geral – breve referência
2. Formas de autoria
2. 1. A autoria imediata
2. 2. A co-autoria
2. 2.1. Requisitos
2. 3. A autoria mediata (ou moral)
2. 3.1. Requisitos - casos de autoria mediata
2. 4. A instigação
2. 4.1. Requisitos – casos de instigação
3. Regras comuns às formas de autoria
II. A Cumplicidade (participação)
1. Fundamento
2. A acessoriedade da participação
3. Formas de cumplicidade
4. Participação e tentativa
III. Problemas comuns à autoria e à cumplicidade
1. Comparticipação e circunstâncias
2. Comparticipação “necessária”
3. O erro sobre o papel do comparticipante
24
Bibliografia Especialmente Recomendada
Beleza, Teresa Pizarro
Direito Penal, 2.º volume, AAFDL, 1998 (2.ª edição).
Carvalho, Américo Taipa de
Direito Penal, Parte Geral – Questões Fundamentais. Teoria Geral do Crime. 2.a
edição. Coimbra Editora, 2008.
Dias, Jorge de Figueiredo
Direito Penal. Parte Geral. Tomo I. Questões Fundamentais. A Doutrina Geral do Crime,
Coimbra Editora, 2007.
Temas Básicos da Doutrina Penal, Coimbra Editora, 2001.
Roxin, Claus
Problemas Fundamentais do Direito Penal, 3.ª edição, Ed. Vega, 1998.
Veloso, José António
Erro em direito penal, 2.ª edição, AAFDL, 1999.
Aulas teóricas e práticas
Teresa Lancry A. S. Robalo
Mestre em ciências jurídicas (FDUM); Licenciada em Direito (FDUL)
25
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afectem consideravelmente a sua aprendizagem ou actividades quotidianas, convém
comunicar estas dificuldades aos professores para pedir apoio necessário. É também
aconselhável contactar o Serviço de Apoio à Deficiência dos Serviços de Apoio aos
Estudantes (SAE), à qual compete oferecer recursos e condições para que os alunos
portadores de deficiência tenham oportunidades iguais na educação, actividades e
serviços universitários na UM. Para mais informações sobre este serviço, é favor
contactar Secção para Aconselhamento dos Estudantes (SAE) dos SAE via email:
[email protected], telefone 8822 4901 ou visitar a página electrónica
http://www.umac.mo/sao."