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ESTADO DE ALAGOAS 

Emenda constitucional Nº 23/2001 

Autor - Dep. Estadual Paulo Fernandes dos Santos (Paulão)

Dá nova redação ao Inciso I do art. 2º da Constituição do Estado de Alagoas e adota

outras providências.

A mesa da Assembléia Legislativa do Estadode Alagoas, no uso da atribuição que lhe

outorga o inciso XIII do Art. 79 da Constituição Estadual, promulga a seguinte Emenda

ao texto constitucional:

Art. 1º. O Inciso I do Art. 2º da Constituição do Estado de Alagoas passa a vigorar com

aseguinte redação:

I - Assegurar a dignidade da pessoa humana, mediante a preservação dos direitos

invioláveis a ela inerentes, de modo a proporcionar idênticas oportunidades a todos os

cidadãos, sem distinção de sexo, orientação sexual, origem, raça, cor, credo ouconvicção política e filosófica e qualquer outra particularidade ou condição

discriminatória, objetivando a consecução do bem comum; (NR)

Art. 2º. Esta Emenda constitucional entra em vigor na data de sua publicação, revogadas

as disposições em contrário.

Sala das sessões da Assembléia Legislativa do Estado de Alagoas, em Maceió, 22 de

agosto de 2001.

Governador Ronaldo Lessa

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Decreto nº 7.034, de 15 de outubro de 2009.

REGULAMENTA A LEI Nº 4.667, DE 23 DE NOVEMBRO DE 1997, E ADOTAOUTRASPROVIDÊNCIAS.

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE MACEIÓ, no uso de suas atribuições legais,e tendo em vista o disposto no Art. 4º da Lei Municipal Nº 4.667, de 23 denovembro de 1997, CONSIDERANDO a Lei nº 4.667, de 23 de novembro de1997, que estabelece sanções às práticas discriminatórias a livre orientaçãosexual na forma em que menciona e dá outras providências;

CONSIDERANDO a criação do Conselho Municipal de Direitos Humanos eSegurança Comunitária através da Lei Nº 5.806, de 24 de julho de 2009;

DECRETA:

Art. 1º Todo ato de discriminação praticado contra pessoas, em virtude daorientação sexual destas, poderá ser levado ao Conselho Municipal deDireitos Humanos e Segurança Comunitária criado através da Lei Nº 5.806,de 24 de julho de 2009, por meio de correspondência postal, mensagemeletrônica, telefone, ou pessoalmente, na forma a ser estabelecida em atoadministrativo da Secretaria Municipal de Direitos Humanos, SegurançaComunitária e Cidadania.Parágrafo Único. Para fins deste Decreto, entende-se por:I – orientação sexual: o direito do indivíduo a relacionar-se afetiva esexualmente com qualquer pessoa, independentemente de sexo, gênero,aparência, vestimenta ou de qualquer outra condição ou característicaligada a essa orientação;II — discriminação por orientação sexual: toda e qualquer ação ou omissãoque, motivada pela orientação sexual do indivíduo, lhe causeconstrangimento e/ou o exponha a situação vexatória, tratamentodiferenciado, cobrança de valores adicionais ou preterição no atendimento,em especial por meio das seguintes condutas:a) inibir ou proibir a manifestação pública de carinho, afeto, emoção ousentimento;b) proibir, inibir ou dificultar a manifestação pública de pensamento;c) praticar qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ouvexatória, de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica;d) impedir ou dificultar o ingresso ou a permanência em espaços oulogradouros públicos, estabelecimentos abertos ao público e prédiospúblicos, bem como qualquer serviço público;e) criar embaraços à utilização de dependências comuns e áreas nãoprivativas de qualquer edifício;f) impedir ou dificultar o acesso de cliente, usuário de serviço ouconsumidor, ou recusar-lhe atendimento;g) negar ou dificultar a locação ou aquisição de bens móveis ou imóveis;h) recusar, dificultar ou preterir atendimento médico ou ambulatorialpúblico ou privado;

i) praticar, induzir ou incitar, pelos meios de comunicação, a discriminação,o preconceito ou a prática de qualquer conduta discriminatória;

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 j) fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas,ornamentos, distintivos ou propagandas que incitem ou induzam àdiscriminação, preconceito, ódio ou violência, com base na orientaçãosexual do indivíduo;

l) negar emprego, demitir, impedir ou dificultar a ascensão em empresapública ou privada, assim como impedir ou obstar o acesso a cargo oufunção pública ou certame licitatório;

m) preterir, impedir ou sobretaxar a utilização de serviços, meios detransporte ou de comunicação, consumo de bens, hospedagem em hotéis eestabelecimentos congêneres ou o ingresso em espetáculos artísticos ouculturais;

n) realizar qualquer outra forma de atendimento diferenciado não

autorizado por lei.Art. 2º Os estabelecimentos privados que discriminarem pessoas em virtudeda orientação sexual destas, lhes impondo situações tais como asenumeradas nos incisos I a IV deste artigo, estarão sujeitos a sanções deordem administrativa, a serem aplicadas progressivamente, na forma desteDecreto, sem prejuízo das demais sanções eventualmente cabíveis:

I – constrangimento;

II – proibição de ingresso ou permanência;

III – atendimento selecionado;

IV – preterimento quando da ocupação e/ou imposição de pagamento demais de uma unidade, nos casos de hotéis, motéis e similares.

Art. 3º As sanções a que estão sujeitos os estabelecimentos privados, noscasos mencionados no art. 2º deste Decreto, são as seguintes:

I – advertência;

II – multa mínima de 60 (sessenta) UFR's;

III – suspensão do funcionamento do estabelecimento por trinta dias;

IV – cassação de alvará;

Parágrafo único. O valor da multa de que trata o inciso II deverá sercorrigido de acordo com o índice e a periodicidade aplicáveis aos reajustesdos créditos tributários municipais.

Art. 4º A Secretaria Municipal de Direitos Humanos, Segurança Comunitáriae Cidadania deverá:

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I – dispor de estrutura para o recebimento das denúncias dirigidas aoConselho Municipal de Direitos Humanos e Segurança Comunitária,mediante a criação de um endereço eletrônico específico, uma linhatelefônica e uma sala de atendimento para denúncias feitas pessoalmente,garantido o sigilo, quando solicitado;

II – elaborar material informativo a respeito dos direitos relacionados à livreorientação sexual, das eventuais infrações, assim como dos mecanismos dedenúncia.

Art. 5º As denúncias, se feitas oralmente, deverão ser reduzidas a termo eassinadas pelo denunciante e, em qualquer caso, deverão conter oselementos descritivos necessários à verificação de veracidade dos fatos eidentificação do denunciado.

§ 1º No caso de denúncia apresentada por terceiro, a pessoa indicada comovítima da discriminação deverá ser chamada pelo Conselho Municipal deDireitos Humanos e Segurança Comunitária para ratificação, sob pena dearquivamento.

§ 2º A denúncia deverá ser instruída com os documentos pertinentes, taiscomo registro de ocorrência do fato, lavrado por órgão oficial, ourepresentação criminal, ou ainda com rol de testemunhas, devidamenteidentificadas, em número máximo de três.

Art. 6º Recebida a denúncia, o Conselho Municipal de Direitos Humanos e

Segurança Comunitária fará apuração sumária da veracidade dos fatos,arquivando de pronto as denúncias que não contenham informaçõesmínimas imprescindíveis a essa apuração ou que se revelem desde logoinfundadas.

Art. 7º Havendo indícios mínimos de veracidade e sendo o denunciadoestabelecimento privado, o Conselho Municipal de Direitos Humanos eSegurança Comunitária deverá encaminhar a denúncia a SecretariaMunicipal de Controle do Convívio Urbano, órgão municipal responsável porLicenciamento e Fiscalização no âmbito municipal.

§ 1º O órgão municipal de Licenciamento e Fiscalização autuará a denúnciaem processo administrativo próprio e determinará a notificação pessoal dodenunciado para apresentar defesa no prazo de dez dias, facultada a juntada de documentos e indicação de testemunhas em número máximo detrês, a fim de garantir o contraditório e a ampla defesa.

§ 2º Rejeitada a defesa e confirmada a infração, o órgão municipal deLicenciamento e Fiscalização indicará a sanção aplicável, dentre aquelasprevistas no art. 3º deste Decreto, de forma progressiva, atendendo à

gravidade dos fatos, à capacidade econômica do estabelecimento infrator,em se tratando de multa, e à possível reincidência.

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§ 3º A advertência, a multa e a suspensão de funcionamento deverão seraplicadas de imediato, mediante intimação do infrator e expedição demandado, se for o caso, enquanto que a cassação de alvará deverá serdeterminada pelo Secretário Municipal de Controle do Convívio Urbano, aquem o processo administrativo será encaminhado.

§ 4º As intimações e notificações a que se refere este Decreto deverão serfeitas pessoalmente ou por via postal, juntando ao respectivo processoadministrativo o correspondente comprovante de recebimento, sob pena denulidade.

§ 5º Não será concedida a renovação de alvará de licença deestabelecimento quando houver multa aplicada na forma deste Decreto,exigível e não paga.

§ 6º Das decisões proferidas nos processos administrativos a que se refereo § 1º deste artigo caberá recurso à autoridade superior, na forma da lei.

Art. 8º Sem prejuízo do procedimento previsto no art. 7º deste Decreto, ouquando o denunciado não for estabelecimento privado, o Conselho Municipalde Direitos Humanos e Segurança Comunitária encaminhará a denúncia:

I – aos órgãos de segurança pública competentes e ao Ministério PúblicoEstadual, no caso de possível ilícito penal;

II – aos órgãos disciplinares competentes, em se tratando o denunciado de

servidor público e havendo possível ocorrência de falta disciplinar; e,

III – aos órgãos de assistência jurídica, conforme escolha do interessado,para as reparações de natureza civil, eventualmente cabíveis, observado,em todos os casos, o disposto nos arts. 5º e 6º deste Decreto.

Art. 9º O Conselho Municipal de Direitos Humanos e Segurança Comunitáriadeverá acompanhar cada denúncia apresentada, junto aos órgãoscompetentes, para processá-la, até sua conclusão e efetivo cumprimento dadecisão proferida.

Art. 10. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Maceió-AL, 15 de outubro de 2009.

José Cícero Soares de Almeida

PREFEITO DE MACEIÓ

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Lei nº 4.677, de 23 de novembro de 1997 

Estabelece sanções às praticas discriminatórias a livre orientação sexual na

forma em que menciona e dá outrasprovidências.

A Câmara Municipal de Maceió, decreta, e eu sanciono a seguinte:

Art 1º Os estabelecimentos comerciais, industriais e repartições públicasque discriminarem pessoas em virtude

de sua ORIENTAÇÃO SEXUAL, na forma do art. 6º, inciso II da Lei Orgânicado Município de Maceió, sofrerão

as sanções previstas nesta Lei.

Parágrafo único. Entenda-se por discriminação, para efeitos desta Lei imporas pessoas de qualquer orientação

sexual, situações tais como:

I – constrangimento;

II – proibição de ingresso ou permanência;

III – atendimento selecionado;

IV – preterimento quando da ocupação a/ou imposição de pagamento demais de uma unidade, nos hotéis e

similares;

V – Aluguel ou aquisição de imóveis para fins residenciais, comércio oulazer.

Art. 2º As sanções impostas aos estabelecimento privados que contrariem

as disposições da presente Lei, as quaisserão aplicadas progressivamente serão as seguintes:

I – advertência;

II – multa mínima de sessenta (60) UFR's e máxima de cem (100) UFR's nocaso de reincidência, que serão

revertidas em benefício do Fundo Municipal de Assistência Social;

III – suspensão de seu funcionamento por trinta (30) dias;

IV – cassação de Alvará.

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Parágrafo único. Na aplicação das multas será levada em consideração acapacidade econômica do

estabelecimento infrator, a depender do grau de discriminação esta multapode ter seu valor triplicado.

Art. 3º Aos Agente do Poder Público que por ação ou omissão, forresponsável por prática discriminatória na

forma prevista nesta Lei, serão aplicadas as seguintes sanções, semprejuízos dos procedimentos previstos na Lei

Municipal nº 4.126/92.

I – advertência;

II – suspensão;III – afastamento definitivo ou demissão.

Parágrafo único. Entenda-se por agente do poder público para efeitos destaLei, os servidores descritos na Lei

Orgânica do Município.

Art. 4º O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta Lei no prazo de60 (sessenta) dias a contar da data de sua

publicação, desenvolvendo uma campanha de divulgação de massa, comvistas a orientar os municípios, para

 junto com o Poder Público Municipal, desenvolver ações que garantam oefetivo cumprimento da presente Lei.

Parágrafo único. Da regulamentação de que trata este artigo constaráobrigatoriamente:

I – mecanismos de denúncia;

II – formas de apuração das denúncias;

III – garantia de ampla defesa dos infratores.

Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogada asdisposições em contrário.

Prefeitura Municipal de Maceió, 23 de dezembro de 1997.

Kátia Born RibeiroPrefeita

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