i
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ
LUCIANO PEREIRA DE OLIVEIRA
LEVANTAMENTO DA FAUNA DE PSELAPHINAE LATREILLE (1802)
(COLEOPTERA: STAPHYLINIDAE) EM DIFERENTES FRAGMENTOS DE MATA
ATLÂNTICA E CABRUCA DO SUL DA BAHIA, BRASIL
ILHÉUS, BA
2014
ii
LUCIANO PEREIRA DE OLIVEIRA
LEVANTAMENTO DA FAUNA DE PSELAPHINAE LATREILLE (1802)
(COLEOPTERA: STAPHYLINIDAE) EM DIFERENTES FRAGMENTOS DE MATA
ATLÂNTICA E CABRUCA DO SUL DA BAHIA, BRASIL
Dissertação apresentada para obtenção do
título de Mestre em Zoologia à Universidade
Estadual de Santa Cruz. Área de concentração:
Utilização e Conservação de Animais.
Orientador: Prof. Dr. Anibal Ramadan Oliveira
Co-orientador: Dr. Giulio Cuccodoro
Colaborador: Dr. Sergey Kurbatov
ILHÉUS, BA
2014
iii
LUCIANO PEREIRA DE OLIVEIRA
LEVANTAMENTO DA FAUNA DE PSELAPHINAE LATREILLE (1802)
(COLEOPTERA: STAPHYLINIDAE) EM DIFERENTES FRAGMENTOS DE MATA
ATLÂNTICA E CABRUCA DO SUL DA BAHIA, BRASIL
Ilhéus, 23 de outubro de 2014
____________________________________________
Anibal Ramadan Oliveira - DS
DCB/UESC
(Orientador)
____________________________________________
Ivan Cardoso do Nascimento - DS
DCB/UESB
____________________________________________
Sébastien Lacau – DS
DEDI/UESB
iv
Dedico este trabalho a Lorena Leite de Oliveira Silva por me ensinar, na prática, o verdadeiro
significado de “lutar com Fé” diante às adversidades que a vida nos impõe.
v
AGRADECIMENTOS
Com breves palavras gostaria de agradecer a aquelas pessoas que, direta ou
indiretamente, contribuíram para a realização deste trabalho.
Em especial à minha família por estar sempre ao meu lado.
Ao Dr. Anibal Ramadan Oliveira pelo exemplo de profissionalismo, paciência e
conselhos valiosos que servirão para me guiar em qualquer direção que eu seguir.
Ao Dr. Giulio Cuccodoro, do Museu de História Natural de Genebra, além de todo o
suporte fundamental para este trabalho, por ter me apresentado esses insetos tão minúsculos e
surpreendentes ao mesmo tempo e por ceder as fotos utilizadas nesse trabalho.
Ao Dr. Sergey Kurbatov, do Museum of Entomology, All-Russian Plant Quarantine
Center, pela valiosa colaboração e confirmação das identificações, e por me mostrar o quanto
esses insetos nos deixa á beira da fascinação quando nos deparamos a tamanha diversidade.
Ao Dr. Jacques Delabie por sempre estar disposto a ajudar direta ou indiretamente.
À graduanda Mytalle Fonseca pela colaboração em todas as etapas desse trabalho.
Ao Dr. Alfred Newton e sua esposa Margaret Thayer, do Field Museum of Natural
History, USA, pelas valiosas informações e por estarem sempre à disposição para ajudar.
Ao Dr. Ivan Löbl pelas importantes informações e grandes conselhos.
A Mickäel Blanc, do Museu de História Natural de Genebra, pela ajuda
imprescindível.
Ao Dr. Rodolfo Mariano por sempre estar disposto a ajudar a todos no laboratório.
Ao Programa de Pós-graduação em Zoologia da UESC.
À FAPESB pelo financiamento concedido.
E por fim, porém não menos importante, agradeço á todos os amigos que sempre
estiveram ao meu lado em todos os momentos difíceis e alegres durante todo o curso e agora
para sempre.
vi
LEVANTAMENTO DA FAUNA DE PSELAPHINAE LATREILLE (1802)
(COLEOPTERA: STAPHYLINIDAE) EM DIFERENTES FRAGMENTOS DE MATA
ATLÂNTICA E CABRUCA DO SUL DA BAHIA, BRASIL
RESUMO
Pselaphinae é uma subfamília cosmopolita de pequenos besouros estafilinídeos predadores
(medindo entre 0,5 e 5,5 mm de comprimento total), mais diversos nos trópicos, com olhos
compostos com apenas alguns omatídeos, antenas com no máximo 11 segmentos, palpos
labiais com no máximo três segmentos e élitros reduzidos. São comumente encontrados no
solo e na serapilheira em decomposição de florestas, em gramíneas, musgo e outros
microhabitats. Cerca de 10.000 espécies são conhecidas no mundo. Desse total, 389 tem sua
ocorrência registrada exclusivamente no Brasil, com 99 delas relatadas no estado da Bahia. O
presente estudo teve como objetivos: (1) apresentar uma lista de tribos, famílias e gêneros de
Pselaphinae que ocorrem no sul da Bahia, (2) estimar a diversidade de Pselaphinae na região e
seu potencial para investigações taxonômicas futuras e (3) descrever ao menos uma espécie
nova de Pselaphinae. Trezentos e vinte e oito espécimes de Pselaphinae foram determinados,
em 12 tribos e 30 gêneros. As tribos identificadas foram: Arhytodini, Clavigerini, Batrisini,
Brachyglutini, Bythinoplectini, Euplectini, Goniacerini, Jubini, Phalepsini, Proterini,
Trogastrini e Tyrini. A captura média de Pselaphinae por amostra foi de 0,6 no campus da
UESC, 0,5 na Fazenda Santa Luzia, 0,3 na área da CEPLAC e 0,2 na Reserva do Conduru,
Serra Grande, BA. A abundância total teve variação de 21 a 168 indivíduos entre os locais de
coletas. O gênero mais abundante foi Jubus, com 73 indivíduos encontrados, seguido de
Sebaga, com 58 indivíduos. Uma nova espécie do gênero Paragoniastes foi descrita e uma
chave de indetificação para as especies de Paragoniastes foi apresentada.
Palavras-chave: besouros, solo, serrapilheira, identicação, cacau
vii
SURVEY OF THE FAUNA OF PSELAPHINAE LATREILLE ( 1802)
(COLEOPTERA: STAPHYLINIDAE) IN DIFFERENT ATLANTIC FOREST
FRAGMENTS AND CABRUCA OF SOUTHERN OF BAHIA , BRAZIL
ABSTRACT
Pselaphinae is a cosmopolitan subfamily of small predatory staphylinid beetles (measuring
between 0.5 and 5.5 mm in total length), with compounds eyes with few ommatidia, antennae
with at most 11 segments, labial palps with at most three segments and reduced elytra. They
are commonly found in the soil and decaying leaf litter in forests, grasses, moss, and other
microhabitats. About 10,000 species are known worldwide. From this total, 389 have been
recorded exclusively in Brazil, with 99 of them reported in the state of Bahia. This study
aimed to: (1) to present a list of tribes, families, and genera of Pselaphinae that occur in the
southern Bahia, (2) to estimate the Pselaphinae diversity in the region and its potential for
future taxonomic research and (3) to describe at least one new species of Pselaphinae. Three
hundred twenty eight Pselaphinae were determined, in 12 tribes and 30 genera. The tribes
identified were: Arhytodini, Clavigerini, Batrisini, Brachyglutini, Bythinoplectini, Euplectini,
Goniacerini, Jubini, Phalepsini, Proterini, Trogastrini and Tyrini. The average capture of
Pselaphinae per sample was 0.6 in the campus of UESC, 0.5 at Fazenda Santa Luzia, 0.3 in
the area of CEPLAC, and 0.2 in Reserve of Conduru, Serra Grande, BA. The total abundance
variated from 21 to 168 individuals between the collection sites. The most abundant genus
was Jubus, with 73 individuals found, followed by Sebaga, with 58 individuals. A new
species of the genus Paragoniastes was described and an indetificação key to the species of
Paragoniastes was presented.
Palavras-chave: beetles, soil, litter, identification, cocoa
viii
SUMÁRIO
RESUMO.............................................................................................................. vi
ABSTRACT.......................................................................................................... vii
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 1
2 REVISÃO DE LITERATURA........................................................................... 3
Estudo sobre Pselaphinae no Brasil................................................................... 3
3 LEVANTAMENTO DE GENEROS E ESPÉCIES DE PSELAPHINAE
LATREILLE (1802) (COLEOPTERA: STAPHYLINIDAE) EM
DIFERENTES FRAGMENTOS DE MATA ATLÂNTICA E CABRUCA
DO SUL DA BAHIA, BRASIL.............................................................................. 9
Resumo..................................................................................................................... 9
Abstract.................................................................................................................... 10
Introdução............................................................................................................... 11
Material e método................................................................................................... 11
Resultados e Discussão........................................................................................... 15
Resultados das identificações................................................................................... 18
Taxa identificados neste trabalho.............................................................................. 18
ARHYTODINI......................................................................................................... 18
CLAVIGERINI......................................................................................................... 19
BATRISINI............................................................................................................... 19
BRACHYGLUTINI.................................................................................................. 22
BYTHINOPLECTINI…………………………………………………………....... 23
EUPLECTINI........................................................................................................... 25
GONIACERINI........................................................................................................ 25
JUBINI...................................................................................................................... 27
PHALEPSINI……………………………………………………………………… 33
PROTERINI.............................................................................................................. 34
TRICHONYCHINI………………………………………………………………... 34
TROGASTRINI........................................................................................................ 35
TYRINI..................................................................................................................... 36
Referencias Bibliográficas………………………………………………………… 37
4 Uma nova espécie do gênero Paragoniastes (Staphylinidae,
Pselaphinae) de Camacan, Bahia, Brasil............................................ 47
ix
Resumo..................................................................................................................... 47
Abstract.................................................................................................................... 47
Introdução............................................................................................................... 47
Material e métodos.................................................................................................. 47
Taxonomia............................................................................................................... 48
Chave para as espécies de Paragoniastes................................................................. 50
Referencias Bibliográficas........................................................................................ 50
5 Anexo I: On the Genus Paragoniastes Comellini, 1979, with Description of a
New Species from Ilhéus, Brazil (Coleoptera, Staphylinidae,
Pselaphinae)............................................................................................................. 52
1
1 INTRODUÇÃO
Considerada atualmente como uma subfamília de Staphylinidae (Insecta: Coleoptera),
os Pselaphinae formam um grupo especialmente diversificado nos trópicos, apresentando dez
mil espécies descritas em todo o mundo (NAOMI, 1985; NEWTON; CHANDLER, 1987;
THAYER, 1987; COSTA et al 2006). São insetos pequenos, geralmente variando entre 0,5 e
5,5 mm, facilmente identificados por apresentarem élitros curtos, nunca cobrindo totalmente o
abdome, abdome rígido, com no máximo cinco segmentos visíveis dorsalmente, antenas
contendo entre três e onze antenômeros, tarsos com no máximo três tarsômeros, cabeça
prognata, geralmente com palpos labiais bem proeminentes e mandíbulas fortes (THAYER,
2005). Lawrence e Newton (1982), assim como Thayer (1987), afirmam que os Pselaphinae
são incluídos em estafilinídeos primitivos como os da subfamília Omaliinae. Já Kasule (1966)
e Naomi (1985) apontam um parentesco mais próximo a Steninae e Euaesthetinae, sendo que
os adultos desses apresentam bdômen flexível diferente dos Pselaphinae adultos. Os
Pselaphinae podem ser de vida livre ou associados a formigas.
Esses insetos são comumente encontrados na serapilheira, matéria orgânica em
decomposição e no solo superficial de florestas, em gramíneas, musgos, ninhos de formigas e
outros micro-habitat altamente particulares e estruturados (CHANDLER, 2001). Pouco se
sabe sobre sua biologia, mas acredita-se que sejam predominantemente predadores,
principalmente de colêmbolos (Collembola) e ácaros oribatídeos (Acari: Oribatida)
(KRIVOLUTSKY, 1995), desempenhando um papel significativo como inimigos naturais de
pequenos invertebrados de solo. Schomann et al. (2008) descreveu o comportamento
predatório de sete espécies pertencentes a seis gêneros de Pselaphinae, caracterizando em
detalhes desde a velocidade de captura e rastreamento até o tamanho das presas (colembolos)
capturadas por psefíneos.
Apesar da maioria dos Pselaphinae possuir hábito predador, a saprofagia foi registrada
para algumas espécies dos gêneros Batrisodes, Claviger e Adranes. Por outro lado, todos os
membros da subfamília Clavigerini são encontrados exclusivamente associados a ninhos de
formigas (THAYER, 2005). Cammaerts (1995) observou pselafíneos mirmecófilos. Eles
podem se passar por outras formigas, “enganando-as” e sendo alimentados pelas mesmas.
Para tanto, eles excretam feromônios específicos pelas glândulas cefálicas e abdominais,
podendo se passar por matéria inerte, ou, até mesmo, matar e se alimentar das próprias larvas
de seus hospedeiros.
2
Dez mil espécies de Pselaphinae são conhecidas no mundo, sendo que estas estão
concentradas principalmente na Europa; mil duzentas e trinta e nove espécies são conhecidas,
até o momento, na Região Neotropical, das quais trezentos e oitenta e nove tem sua
ocorrência registrada exclusivamente no Brasil, com noventa e nove delas relatadas no estado
da Bahia (ASENJO et al., 2013).
Pesquisas sobre pselafíneos têm principalmente foco em sistemática e biogeografia, ao
passo que os estudos sobre seu comportamento e ecologia (DE MARZO, 1985, 1986, 1988;
POGGI, 1990; REICHLE, 1967) são escassos. Além disso, há poucos estudos morfológicos
gerais para o grupo (CHANDLER, 2001; JEANNEL, 1949; SABELLA et al., 1998;
THAYER, 2005). A maioria dos trabalhos sobre Pselaphinae são descrições morfológicas e
taxonômicas gerais, muitas vezes com notas sobre as estruturas visíveis usadas para
identificação das espécies.
Apesar da grande diversidade de Pselaphiae no mundo, larvas de apenas 19 espécies e
15 gêneros foram descritas (COSTA et. al, 1988; CARLTON, 2008). Mais recentemente,
Carlton e Watrous (2009) descreveram larvas e pupas de Mayetia pearsei, dos Estados
Unidos. Parece certo que as larvas de Pselaphinae não ocorrem juntamente com os adultos
(PEACE, 1957). Peace (1957) e Besuchet (1956) encontraram larvas de Bibloplectuse
Plectophloeus nas mesmas condições, descrevendo larvas e ninfas destes gêneros em uma
profundidade de 20 cm a partir da superfície, muito além da profundidade ocupada por
Pselaphinae adultos em seu ambiente natural. Para estudos da biologia de Pselaphinae, esses
insetos são facilmente mantidos em ambientes húmidos e ao abrigo direto de luz, porém, a
maior dificuldade é dispor do ambiente ideal para que esses insetos consigam se reproduzir
(CARLTON e WATROUS, 2009).
O presente estudo teve como objetivos: (1) apresentar uma lista de tribos, famílias e
gêneros de Pselaphinae que ocorrem no sul da Bahia, (2) estimar a diversidade de Pselaphinae
na região e seu potencial para investigações taxonômicas futuras e (3) descrever ao menos
uma espécie nova de Pselaphinae.
3
2 REVISÃO DE LITERATURA
Estudo sobre Pselaphinae no Brasil
Aubé (1844), ao descrever Ctenisis aequinoctialis, Hamotus ryaxoides e Iteticus
germari, publicou os primeiros registros de espécies de Pselaphinae no Brasil. Reichenbachia
rubra foi descrita no mesmo artigo, porém, com ocorrência restrita à Colômbia. Embora
Schaufuss (1887) e Park (1944) tenham registrado sua ocorrência no Brasil, também foi
contestada por Newton et al. (2005), que, ao listarem as espécies sul-americanas, restringiram
a ocorrência de R. rubra apenas à Colômbia, de acordo com sua descrição original. A
ocorrência de Tyrus mucronatus no Brasil, de acordo com Panzer (1805), seria o primeiro
registro de Pselaphinae para o país, porém, essa espécie ocorre apenas na Região Paleártica.
LeConte (1849) descreveu Ctenisodes zimmermanni, registrando essa espécie, do
Brasil, também da Colômbia, do México e dos Estados Unidos, mesmo sem estabelecer
localidades específicas.
Westwood (1856) descreveu Fustiger brasiliensis do Rio de Janeiro, Metopiosoma
pacificum do Amazonas e Metopioxys bellicosus, sem localidade tipo especificada no Brasil.
Westwood (1869) descreveu Fustiger amazonicus da Amazônia e, um ano depois
(WESTWOOD, 1870), descreveu mais seis espécies com base em espécimes coletados no
Brasil: Arthmius coronatus e Goniastes sulcifrons do Amazonas, e Phalepsus batesellus,
Phalepsus subglobosus, Syrbatus auritulus e Rhytus vestitus do Rio de Janeiro.
Schaufuss (1872, 1874, 1877 e 1880) destacou-se na descrição de espécies de
diferentes regiões do Brasil. Em 1972 foram descritas quatro espécies de Arthmius (A.
honestus, A. macrocephalus, A. orion e A. peniculus) do Rio de Janeiro, e do Amazonas
quatro espécies de Metopioxys (M. longipennis, M. reichei, M. subcarinatus e M.
traberculatus), duas espécies de Rhinoscepsis (R. gracilis e R. militaris), duas espécies de
Eurhexius (E. insignis e E. majorinus), Rhexius brasiliensis e Metopiasoides elongatus. Ainda
do Rio de Janeiro, Schaufuss (1874) descreveu Arthmius aubei e A. carinatus. No mesmo ano
descreveu A. cornutus de Minas Gerais, Anarmodius gibbus do Amazonas e A. rhinoceros de
uma localidade brasileira não informada. Schaufuss (1877) registrou a ocorrência de
Goniacerus setifer no Amazonas. Em 1880, Schaufuss registrou a ocorrência de Fustiger
festivus, Reichenbachia pygmaea, Euteleia recens, Phalepsus ampliventris e P. nanus do
4
Amazonas, Bryaxina fraudatrix do Rio de Janeiro, Nondulia convexa de Minas Gerais e
Decarthron cearae do Ceará.
Reitter (1882) com suas publicações concentradas na região Sudeste, descreveu
Arthmius bicolor, Apharus muelleri, Eurhexius procerus, E. simoni, Jubus simoni, Syrbatus
brevispinus, S. calcarifer, S. clypeatus, S. phantasma, S. sublyratus, Xybaris spiniceps,
Trimicerus curtula e T. fortis do Estado de São Paulo. Dalmoplectus batrisoides, Decarthron
externedens, Euphalepsus ovipennis, Hamotus aubeanus, H. inaequalis, Syrbatus
simplicifrons, Trimicerus punctipennis e Xybaris sahlbergi do Rio de Janeiro. Euphalepsus
bistriatus e Reichenbachia stussineri e Hamotus gracilicornis de Minas Gerais. Reitter (1883)
descreveu Pseudohamotus conjunctus de Pernambuco. Reitter (1885), descreveu Metopiellus
aglenus de São Paulo, Metopioxys gladiator e Metopiellus hirtus de Santa Catarina e
Euphalepsus longicornis de uma localidade brasileira não informada.
Schaufuss (1886) descreveu Metopioxys spiculatus, Enoptostomus clandestinus,
Phalepsus fluminicola, Neopselaphus bizonatus, Pselaphellus elegantissimus, P. opacus,
Neotyrus gibbicollis e Cercocerulus hirsutus do Amazonas, Hamotus bellus de São Paulo,
Phamisulus horroris de Santa Catarina e Rhamophorus manticoroides de uma localidade não
especificada do Brasil.
Schaufuss (1887) descreveu Arthmius cinnamomeus, A. sus, Decarthron corpulentum,
Euplectus brasiliensis, Reichenbachia dorsopunctata, R. semisanguinea, R. pentachiroides,
Syrbatus trinodulus e Xybaris triangulifera de Minas Gerais. Além de seis espécies do
Amazonas (Jubus brevipennis, Reichenbachia fluviatilis, R. penita, R. subnitida, R.
tenuicornis e Scalenarthrus marginalis), seis do Rio de Janeiro (Batrisobryaxis labialis,
Cryptorhinula nodifera, Decarthron macrocephalum, D. nanum, Reichenbachia
hippopotamus e R. spuria) e duas de uma localidade brasileira não informada (Decarthron
dimissione e Oxarthrius anthicoides). Schaufuss (1888) descreveu H. furcifer e H. subtilis de
Minas Gerais e H. appendicularis de uma localidade brasileira não informada.
Reitter (1888) descreveu Hamotus angusticollis, H. appendiculatus, H. gracilipes, H.
impunctatus, H. parviceps e H. vulpinus, Pseudohamotus inflatipalpus, Phalepsus marelloides
e Termitotyrus hirta de Santa Catarina, e Termitotyrus pilifera de São Paulo. Reitter (1889)
descreveu Arthmiu cristatifrons e A. cristulatus sem informar a localidade específica no
Brasil.
Rafray (1890), no início de uma série de importantes contribuições ao conhecimento
da fauna de Pselaphinae do Brasil, descreveu as seguintes espécies de diversas regiões do
país: Adrogaster longipennis e Mitrametopus longipennis do Rio Grande do Sul, Macta
5
constricta e Goniacerus anophthalmus de Santa Catarina, Pselaphomorphus longiceps de
Minas Gerais, Phtegnomus oberthuri do Amazonas, Cercoceroides germaini do Mato Grosso,
Pseudohamotus inflatipalpus do Rio de Janeiro, e Cryptorhinula longiclava, Adrocerus
cavicornis e Paragoniastes westwoodi sem informar a localidade específica no Brasil.
Rafray (1891) descreveu Reichenbachia estebanensis e Rhytus oberthueri do Brasil e
Rafray (1893) descreveu as seguintes espécies: Jubus argus, J. bifossulatus, J. brasiliensis, J.
convexiusculus, J. dominulus, J. gracilis, J. hetschkoi, J. intermedius, J. laeviceps, J.
lativentris, J. liliputanus, J. longicornis, J. microcephalus, J. microphthalmus, J. quadratus, J.
sinuatus, J. subrectus, J. vulpinus e Sebaga dilatata de Santa Catarina, além de Jubus
grouvellei sem localização específica no Brasil.
Wasmann (1893) descreveu Fustiger reitteri de Santa Catarina e, no ano seguinte,
descreveu Hamotus emeryi do mesmo estado (WASMANN, 1894).
Rafray (1896) descreveu Dalmomima caviceps, Harmophola clavata, Jubus coeculus
e J. trouessarti do Rio de Janeiro. Rafray (1897) descreveu Iteticus regius de Minas Gerais,
Cryptorhinula schaufussi do Rio de Janeiro, Pselaphus grouvellei da Bahia, Xybarida clavata
do Mato Grosso, Ctenisis amazonica e C. nasuta da Amazônia e Bythinoplectus impressifrons
de uma localiadade não especificada no Brasil.
No ano de 1898, Rafray publicou três importantes contribuições referentes ao
conhecimento dos Pselaphinae brasileiros. Rafray (1898a) descreveu Arthmius cerastes, A.
modestus e A. rufipes do Rio de Janeiro, além de A. circumscriptuse Syrbatus centralis de
Santa Catarina e A. cruralis do Mato Grosso. Iteticus biarmatus, Syrbatus bubalus, S.
demoniacus e S. grouvellei da Bahia e Iteticus. longispina e Syrmocerus cervus de Minas
Gerais. Foram descritas no mesmo trabalho, porém sem uma localaidade específica
determinada Arthmius areolatus, A. bicornis, A. bison, A. brevicollis, A. ciliatus, A. elephas,
A. erectus, A. hydropicus, A. infirmus, A. inflatipes, A. parallelus, A. resectus, Syrbatus
spathulatus, S. transversalis, Syrmocerus dama, S. gazela e S. rugiceps. Rafray (1898b)
descreveu Arthmius wasmanni do Rio Grande do Sul. Rafray, (1898c) descreveu Thesium
insigne, de Santa Catarina, e Rhinoscepsis pubescens, de uma localidade não especificada do
Brasil.
Rafray (1904a) descreveu Bythinoplectus transversiceps, Eurhexius octopunctatus E.
reitteri e E. sexpunctatus de Santa Catarina, E. longicornis e E. megacephalus do Mato
Grosso, E. subacuminatus do Rio de Janeiro, E. laevis e E. quadrifoveatus de uma localidade
não especificada no Brasil. Rafray (1904b), descreveu, Arthmius edmund, A. labiatus,,
Bryaxina torticornis, B. crassicornis e B. schaufussi do Rio de Janeiro; Batoctenus incertus
6
do Amazonas; Euphalepsus fasciculatus, E. tibialis, E. tricarinatus e Hamotus grouvellei da
Bahia; Batrisobryaxis gracilipes, Bunoderus longipilis, Cryptorhinula xybaridoides,
Decarthron hetschkoi, Pselaptus politissimus, Strombopsis breviventris, Xybaris atomaria e
X. punctula de Santa Catarina; Eremomus crassicornis do Pará; Cercoceropsis longipes,
Decarthron brasilianum, D. longicorne, D. minutum, D. tritomum, D. schaufussi, Euteleia
trifoveata, Reichenbachia curvipes e R. illepida do Mato Grosso e Reichenbachia chevrolati
do Amazonas. Também foram descritas do Brasil Bryaxina armiceps, B. clavata, B.
dimidiata, B. foveifrons, B. lucida, Euteleia lewisi, Hamotus globulifer, Rafrayolus laticeps,
Reichenbachia globulosa, Scalenarthrus schaufussi e Xybaris quadraticeps, porém sem a
indicação de uma localidade specífica de coleta.
No ano seguinte Rafray (1905) descreveu Hamotus longiceps e Rhytus brevicornis de
Minas Gerais, Cercoceroides simplex, Phalepsus cavicornis e Cercoceroides tuberculatus do
Mato Grosso, Hamotus nigropilosus do Pará, Hamotus simplex do Rio de Janeiro e
Pseudohamotus planiceps de uma localidade não especificada no Brasil.
Rafray (1908a) descreveu Pselaphocompsus punctatus do Rio de Janeiro e, um ano
depois, Rafray (1909) descreveu uma série de novas espécies de diversos estados: Arthmius
barbiellinii, Decarthron torticorne, Euphalepsus cavifrons, Eupsenina fracticornis, Hamotus
ecitophilus, Jubus crassipes, Melba clavata, Melbamima clavicornis, Phalespoides
vagepunctatus, Rhexius elegans e Xybaris excisa de São Paulo, Fustiger gounelleide e Rhytus
gounellei do Rio de janeiro, Hamotus deplanatus, Iteticus semipunctatus e Rhytus
semisulcatus do Ceará, Reichenbachia gounellei do Pará e Reichenbachia obesa de
Pernambuco.
Rafray (1911) descreveu Metopiosoma pacificum do Pará. Rafray (1912a), descreveu
Decarthron nigricans, Eurhexius cavifrons, Hamotocellus hirsutus, Hamotus iheringi,
Iniocyphus iheringi e Melba impressifrons de São Paulo, Eurhexius abdominalis de Santa
Catarina, Batrisobryaxis infossus do Ceará, Batrisobryaxis pullus do Mato Grosso e
Pselaphocompsus punctatus do Rio de Janeiro. Rafray (1912b) descreveu Bythinoplectus
forrnicetorum de uma localidade não especificada no Brasil.
Bryant (1915) descreveu Fustiger nitidus de São Paulo.
Bruch (1917) descreveu Metopioxys gallardoi de uma localidade não especificada no
Brasil.
Rafray (1918) descreveu Euphalepsus gounellei de Pernambuco.
Fletcher (1930) descreveu Arthmius extraneus, A. mancus e A. rubriculus do Mato
Grosso do Sul.
7
Reichensperger (1936) descreveu Attapsenius eidmanni do Rio de Janeiro.
Park (1942), em um importante estudo sobre os Pselaphinae neotropicais, descreveu
seis espécies do Mato Grosso do Sul: Batoctenus barberi, Syrmocerus guarinus, Metopioxys
mattogrossoensis, Rhinoscepsis falli, Rhytus achillei e Cercoceroides sternalis.
Blackwelder (1944) descreveu Arthmius satis do Rio de Janeiro.
Park (1944) descreveu Decarthron rudigenus e Decarthron uveum do Mato Grosso e,
em seguida, Hamotocellus araujoi de São Paulo (PARK, 1946).
Park (1952a) descreveu Tuberoplectus plaumanni, Jubus monstrosus, Jubus
plaumanni e Thesium prosperum de Santa Catarina. Park (1952b) descreveu Eurhexius
hambletoni de Minas Gerais.
Borgmeier (1954) descreveu Apharus denticulatus e Termitotyrus palpalis do Paraná,
Syrmocerus termitophilus do Rio Grande do Sul, Hamotus inquilinus de Minas Gerais,
Hamotus socius de Santa Catarina e Neotyrus metoecus do Rio de Janeiro.
Jeannel (1962) descreveu Termitotyrus hirtella do Brasil sem especificar a localidade
tipo.
Chandler (1976) descreveu Caccoplectus probus do Brasil, também sem especificar a
localidade tipo.
Comellini (1979) criou o gênero Paragoniastes, exclusivamente brasileiro, e
descreveu duas novas espécies, P. besucheti do Paraná e P. Rafrayi de Santa Catarina.
Comellini (1981a) descreveu Goniastes adisi, Goniastes amazonicus e Goniastes
simplex do Amazonas e Goniastes brasiliensis de Santa Catarina. Comellini (1981b)
descreveu Listriophorus serratus do Amazonas e Listriophorus specialis do Pará.
Besuchet (1982) descreveu Neopselaphus adisi do Amazonas e Neopselaphus
tavakiliani do Mato Grosso do Sul, Neopselaphus armatus sem especificação da localidade de
coleta no país.
Comellini (1983) descreveu Metopioxys adisi, Metopioxys minutus e Metopioxys
tavakiliani do Amazonas e Metopioxys chandleri do Pará. Comellini (1985) descreveu
Bythinoplectus antennatus e Octomeros sulcatum de Santa Catarina e Bythinoplectus bertonii
do Mato Grosso do Sul. Foram descritas também Hendecameros brasiliense do Amazonas e
Pyxidion acinaces de Pernambuco.
Chandler (1989) descreveu Barrojuba afoveata de Santa Catarina, Barrojuba
campbelli do Paraná, Barrojuba lenticornis e Barrojuba prolongicornis do Rio de Janeiro,
Barrojuba plaumanni de Santa Catarina e Barrojuba simpliciventris do Pará.
8
Comellini (1990) descreveu Goniacerus amazonicus, G. moraisi, G. reticulatus, G.
incostatus e G. microphthalmus do Amazonas, G. antennatus do Rio Grande do Sul, G.
brasiliensis do Pará, G. magnus de São Paulo e G. schusteri de Pernambuco. Comellini
(1994) descreveu Metopiosoma adisi, Metopiosoma parvum, Metopiosoma amazonicum,
Metopiosoma brasiliense e Metopiosoma prominens do Amazonas.
Oliveira e Fonseca (1998) descreveram Metopiosoma carinatum e Rhytus
amazonicumdo também do Amazonas.
Comellini (2000) descreveu Metopiasoides brasiliensis de São Paulo.
Cuccodoro et al. (2012) descreveram Paragoniastes uesci da Bahia.
9
3 LEVANTAMENTO DE GÊNEROS E ESPÉCIES DE PSELAPHINAE LATREILLE
(1802) (COLEOPTERA: STAPHYLINIDAE) EM DIFERENTES FRAGMENTOS DE
MATA ATLÂNTICA E CABRUCA DO SUL DA BAHIA, BRASIL
Resumo
Os Pselaphinae formam um grupo especialmente diversificado nos trópicos, apresentando
cerca de dez mil espécies descritas em todo o mundo. Esses insetos desempenham um papel
significativo como inimigos naturais de pequenos invertebrados de solo. Eles também podem
servir como modelos biogeográficos, locais e em grande escala, em estudos evolutivos e como
bioindicadores de qualidade ambiental. Este trabalho teve como objetivo realizar um
inventário de táxons de Pselaphinae em diferentes ambientes florestais e agrícolas do sul da
Bahia. As coletas foram realizadas em ambientes de Mata Atlântica e de Cabruca nos
municípios de Ilhéus, Serra Grande e Coaraci. Foram realizadas coletas manuais e com
Extrator de Winkler. A serrapilheira foi peneirada in situ, cerca de 1m2 para cada extrator,
resultando em um material particulado e fino. Antes do material peneirado ser depositado nos
extratores, foram realizadas triagens preliminares em uma superfície branca, de modo a
possibilitar a captura dos insetos mais ativos que tentavam escapar. Os Pselaphinae
encontrados foram montados em alfinetes entomológicos, etiquetados e depositados na
coleção do Laboratório de Entomologia da UESC. Foram analisados 328 espécimes de
Pselaphinae determinados em 12 tribos e 30 gêneros. As tribos identificadas foram:
Arhytodini, Clavigerini, Batrisini, Brachyglutini, Bythinoplectini, Euplectini, Goniacerini,
Jubini, Phalepsini, Proterini, Trogastrini e Tyrini. A mais representativa foi Jubini, com oito
gêneros (Arctophysis, Balega, Barrojuba, Jubomorphus, Jubus, Phamisus, Sebaga e ?Gênero
novo 5), seguida por Batrisini e Bythinoplectini, cada um com quatro gêneros. São novos
registros para o Brasil os gêneros: Arctophysis, Balega, Barada, Besucheteidos, Biblomelba e
Jubomorphus. Representam novos registros para a Bahia: Apharuse, Arthmius, Barrojuba,
Euphalepsus, Fustiger, Goniacerus, Jubus, Oxarthrius, Phamisus, Phalepsus, Rhytus,
Rhexius, Sebaga, Thesium e Tyrus. O presente trabalho contribuiu para o conhecimento dos
Pselaphinae em áreas da região Sul da Bahia até então inexploradas em estudos referentes a
estes insetos.
Palavras-chave: diversidade, coleópteros, pselafíneos, serrapilheira, Região Neotropical
10
3 SURVEY OF THE FAUNA OF PSELAPHINAE LATREILLE (1802)
(COLEOPTERA: STAPHYLINIDAE) IN DIFFERENT FRAGMENTS OF ATLANTIC
FOREST AND CABRUCA OF SOUTHERN BAHIA, BRAZIL
Abstract
The Pselaphinae form a specially diversified group in the tropics, with approximately ten
thousand species described throughout the world. These insects play a significant role as
natural enemies of small invertebrates in soil. They can also serve in local or large scale
biogeographical models, in evolutionary studies and as bioindicators of environmental
quality. The objective of this work was to present an inventory of the taxons of Pselaphinae in
different forest and agricultural environments in southern Bahia. Collections were conducted
in Atlantic Forest and Cabruca environments in the municipalities of Ilhéus, Serra Grande e
Coaraci. Collections were manual and with Winkler Extractor. The litter was sieved in situ,
approximately 1m2 for each extractor, resulting in a finely particulate material. Before
transferring the sifted material to the extractors, a preliminary sorting was conducted over a
white surface, as a way to permit the capture of the more active insects that tried to escape.
The insects found were mounted in entomological pins, labeled and deposited in the
collection of the Laboratório de Entomologia of UESC. We analyzed 328 specimens of
Pselaphinae determined in 12 tribes and 30 genera. The tribes identified were: Arhytodini,
Clavigerini, Batrisini, Brachyglutini, Bythinoplectini, Euplectini, Goniacerini, Jubini,
Phalepsini, Proterini, Trogastrini e Tyrini. The most representative tribe was Jubini, with eight
genera (Arctophysis, Balega, Barrojuba, Jubomorphus, Jubus, Phamisus, Sebaga and
?Gênero novo 5), followed by Batrisini and Bythinoplectini with four genera. The genera
representing new records in Brazil are: Arctophysis, Balega, Barada, Besucheteidos,
Biblomelba e Jubomorphus. The genera representing new records in Bahia are: Apharuse,
Arthmius, Barrojuba, Euphalepsus, Fustiger, Goniacerus, Jubus, Oxarthrius, Phamisus,
Phalepsus, Rhytus, Rhexius, Sebaga, Thesium e Tyrus. The present work contributed to the
knowledge of Pselaphinae in areas of the southern region of Bahia hitherto unexploited in
studies related to these insects.
Keywords: diversity, beetles, pselaphines, litter, Neotropical Region
11
Introdução
Pselaphinae é uma subfamília cosmopolita de pequenos besouros estafilinídeos, mais
diversos nos trópicos, porém, também abundante em regiões temperadas. Eles geralmente
ocorrem na serapilheira, sob as folhas ou detritos de florestas úmidas, ou musgos úmidos na
margem dos corpos d'água. Alguns pselafíneos podem exibir adaptações biológicas incomuns,
mirmecofilia, por exemplo, que às vezes envolvem características comportamentais curiosas,
especialmente notáveis em Claviger testaceus (CAMMAERTS, 1991).
Eles são pequenos predadores (medindo entre 0,5 e 5,5 mm de comprimento total)
com uma aparência característica. Seus olhos possuem olhos compostos com apenas alguns
omatídeos. Os aparelhos bucais são prógnatos, muitas vezes os palpos maxilares são
proeminentes e muito diversificados morfologicamente, com mandíbulas fortes, o que indica
um estilo de vida predatório. A maioria das especeis de Pselaphinae apresenta antenas com 11
antenômeros, sendo que alguns podem apresentar três, nove ou dez segmentos antenais
(THAYER, 2005).
Os pselafíneos apresentam grande riqueza de caracteres taxonômicos, grande
diversidade de espécie, são cosmopolitas, e cada espécie tende a ser restrita ao ambiente onde
é encontrada. Todas essas características fazem com que eles sejam ótimos candidatos a
pesquisas sobre biogeografia (biogeografia local e em grande escala), em estudos evolutivos e
como bioindicadores (NEWTON e CHANDLER, 1987; CARLTON, 1999).
Este trabalho teve como objetivo realizar um inventário de táxons de Pselaphinae em
diferentes ambientes florestais e agrícolas do sul da Bahia.
Material e métodos
As coletas foram realizadas em cabrucas da região sul da Bahia e na porção da Mata
Atlântica que ocupa a área denominada faixa litorânea sul-baiana, de Salvador a Ilhéus
(ROMARIZ, 1964), com predominancia de floresta higrófila perenifólia (Mata Atlântica
stricto sensu) (DOMINGUES e KELLER, 1956).
As coletas de amostras para extração dos Pselaphinae foram realizadas entre agosto de
2011 e maio de 2012 em ambientes de Mata Atlântica e Cabruca (plantio de cacaueiros
sombreados por árvores da Mata Atlântica) de quatro localidades da região sul da Bahia
(Tabela 1).
12
Tabela 1- Localização, ambientes, substratos, datas e tipos de coletas realizadas para extração dos
Pselaphinae na região sul da Bahia.
Local de
Coleta Município Coordenadas
Ambiente/
substrato Data Tipo de Coleta
UESC Ilhéus 14°47’50”S
39°10’14”W
Mata Atlântica:
Área de
recuperação,
Serapilheira
8/2011 e
2/2012
Extrator de
Winkler
CEPLAC Ilhéus 14º46’20,60”S
39º13’17,72”W
Mata Atlântica:
Reserva
Zoobotânica,
Serapiheira e
ninho de formiga
5/2011 e
2/2012
Extrator de
Winkler, coleta
manual e Funil
de Bersele
Serra do
Conduru
Serra
Grande/
Uruçuca
14°25’S
39°05’W
Mata Atlântica:
Parque Estadual
Serra do Conduru,
Serapilheira
5/2012 Extrator de
Winkler
Fazenda
Santa Luzia
Coarac 14º37’53,24”S
39º32’38,29”W
Cabruca,
Serrapilheira
11/2011
e 1/2012
Extrator de
Winkler
As coletas foram manuais, com auxilio de pinças, e com Extrator de Winkler
(BESUCHET et al., 1987; BARREIROS et al., 2005). A serapilheira (cerca de 1m2 para cada
armadilha) foi peneirada em campo (Figura 1A), resultando em material particulado e fino. O
material coletado foi então acondicionado em sacos de tecido de algodão, o que permitiu à
umidade escapar, evitando assim que a água se acumulasse e matasse os animais. Em seguida
o material particulado resultante do peneiramento foi acomodado em uma bandeja de plástico
ou em outra superfície branca (Figura 1B), para permitir a captura dos espécimes mais ativos
com o auxílio de pinças e pincéis. Após a captura manual, o material foi acondicionado em
redes (tela com cerca de 4 mm de abertura) em forma de saco (Figura 1C) que foram
colocadas dentro dos extratores de Winkler (Figura 1D). Na tentativa de escapar das rendes,
os animais caíram no interior de recipientes plásticos de 300 mL acoplados na base dos
extratores de Winkler (Figura 1E). Uma tira de tecido umedecido com água de
aproximadamente 15 cm de comprimento, posicionada dentro dos recipientes, favoreceu a
sobrevivência dos animais caídos, fornecendo umidade, abrigo e minimizando a perda de
indivíduos por predação, facilitando sua captura ao final do processo de extração. Os
Extratores de Winkler ficaram montadas por um período de 36 horas. Após esse período, o
material peneirado encontrava-se muito seco e a maioria dos animais já estava morta ou se
13
movia pouco para cair nos recipientes. Todo o procedimento de observação dos Pselapinae foi
realizado no Laboratório de Entomologia da UESC
.
Na preparação dos espécimes para identificação, estruturas que exigiram visualização
em microscópio (como edeago e esternitos, por exemplo) foram dissecadas com o auxilio de
alfinetes entomológicos. Os insetos foram posicionados em vista ventral, aderidos a um
pedaço de papel com cola solúvel em água, após hidratação por cerca de 30 minutos numa
câmara úmida. Delicadamente, os dois últimos segmentos abdominais foram retirados e
transferidos para um pequeno recipiente com água destilada, onde fibras musculares e outros
tecidos ligados às estruturas a serem estudadas foram removidos. Em seguida, o edeago e os
esternitos foram mergulhadas em cerca de 3 mL de água com um pouco de KOH para
Figura 1- Coleta de amostras para extração de Pselaphinae. A – Peneirando a serapilheira; B –
Triagem preliminar, superfície branca; C – Material depositado na rede do extrator de Winkler;
D – rede no interior do extrator de Winkler; E – Extrator de Winkler montado. Fonte: C-E:
Google imagens
14
clarificação e dissolução dos tecidos moles das estruturas. Depois de separar o edeago dos
esternitos, este foi desidratado em álcool absoluto (100%), e ambos (edeago e esternitos)
foram delicadamente imersos, com o auxílio de alfinetes, em uma gota de Euparal (ou
Bálsamo do Canadá) localizada na extremidade de um retângulo de acrílico de 1,5 x 0.5 cm e
montados em alfinete entomológico junto com o espécime identificado e etiquetado (Figura
2). Todos os insetos coletados foram depositados na coleção do Laboratório de Entomologia
da UESC.
As identificações foram realizadas sob microscópio estereoscópico da marca Leica
EZ4, Olympus SZX7 ou microscópio óptico da marca Leica DM500, com aumento de 400
vezes. Para a identificação do material foram utilizadas como base as chaves de identificação
de Park (1942) e Navarrete-Heredia et al. (2012), assim como outros artigos específicos de
cada táxon.
Para as analises faunística, a riqueza de gêneros foi considerada igual ao número total
de gêneros de cada amostra (ODUM, 1985; MAGURRAN 1988). Atribuiu-se N ao número
de indivíduos capturados e S para o número de gêneros identificados. Utilizou-se o Índice de
Shannon (MAGURRAN 1988) para estimar a diversidade de gêneros através do software
livre Past (HAMMER et al., 2001).
Figura 2- Insetos montados, devidamente identificados e depositados na coleção
entomológica da UESC.
15
As imagens dos Pselaphinae apresntadas nos resultados pertencem à coleção do
Museu de Historia Natural de Genebra (MHNG) e são de autoria do biólogo Zi-Wei YIN, e
gentilmente cedidas pelo Museu.
Resultados e discussão
Foram determinadas 328 espécimes de Pselaphinae, distribuídos em 12 tribos, 30
gêneros. Das 92 amostras, 35 foram da Área de recuperação do campus da UESC, 24 da
Reserva Zoobotânica da CEPLAC, 13 do Parque Estadual Serra do Conduru e 20 na cabruca
da fazenda Santa Luzia em Coaraci (Tabela 2).
Ocorrência
Tribo Gênero UESC CEPLAC Serra do
Conduru
Coaraci
ARITODINI Rhytus 3 2
CLAVIGERINI Fustiger 5
BATRISINI
Arthmius 5 4 3
Euphalepsus 4 6 5
Oxarthrius 2
?Gênero novo 1 cf.
Oxartrius 4
BRACHYGLUTINI Barada 6
?Gênero novo 2 cf. Barada 3
BYTHINOPLECTINI
Besucheteidos 10 12
?Gênero novo 3 cf.
Besucheteidos 3
?Gênero novo 4 cf.
Besucheteidos 3
EUPLECTINI Thesium 3 2 3
GONIACERINI Goniacerus 4 4
Tabela 2- Ocorrência dos gêneros de Pselaphinae em fragmentos de Mata atlântica e cabrucas do
Sul da Bahia.
16
Das doze tribos identificadas neste estudo a mais representativa foi Jubini, com oito
gêneros (Arctophysis, Balega, Barrojuba, Jubomorphus, Jubus, Phamisus, Sebaga e um
gênero não identificado, ?Gênero novo 5), seguida por Batrisini, com quatro gêneros
(Artmius, Euphalepsus, Oxarthrius e um possível novo gênero, ?Gênero novo 1), e por
Bythinoplectini, também com quatro gêneros (Besucheteidos, Barada, ?Gêneronovo 3 e
?Gênero novo 4). As seguintes tribos foram representadas por apenas dois gêneros cada:
Trichonychini (Biblomelba e ?Gênero novo 7), Trogastrini (Rhexius e ?Gênero novo 8) e
Paragoniastes 21
JUBINI
Arctophysis 11 5
Balega 4
Barrojuba 3
Jubomorphus 4 3
Jubus 44 10 19
Phamisus 3
Sebaga 30 28
Phalepsus 5 2
?Gênero novo 5 cf.
Edytocera 2
PHALEPSINI Phalepsus 2 2
PROTERINI ?Gênero novo 6 cf.
Harmophola 7
PROTERINI ?Gênero novo 6 cf.
Harmophola 7
TRICHONYCHINI
Biblomelba 4 4 3
?Gênero novo 7 cf.
Verabalorus 2
TROGASTRINI Rhexius 5 4
?Gênero novo 8 cf. Rhexius 3
TYRINI Apharus 2
Tyrus 3
17
Tyrini (Apharus e Tyrus). Apenas um gênero foi registrado para as tribos Arhytodini,
Clavigerini, Brachyglutini, Euplectini, Phalepsini e Proterini: Rhytus, Fustiger, ?Gênero novo
2, Thesium, Phalepsus e ?Gênero novo 6, respectivamente. A captura média de Pselaphinae
por amostra foi de 0,6 no campus da UESC, 0,5 na Fazenda Santa Luzia, 0,3 na área da
CEPLAC e 0,2 na Reserva do Conduru. A abundância total teve variação de 21 a 168
indivíduos entre os locais de coletas. O gênero mais abundante foi Jubus, com 73 indivíduos
encontrados, seguido de Sebaga, com 58.
A área do campus da UESC foi o ambiente com maior riqueza de gêneros (S = 16,
distribuídos em 9 tribos) seguida pela Fazenda Santa Luzia (S=14 distribuido em 18 tribos), já
a área da CEPLAC ficou em terceiro lugar em relação a riqueza dos gêneros (S=11 em 6
tribos), e por fim a Reserva ambiental da Serra do Conduru foi área que apresentou o menor
índice de riqueza (S=5 distribuidos em 4 tribos).
Com relação à riqueza de gêneros específicos, o capus da UESC atingiu o maior valor
(S= 6), seguida pela área da CEPLAC e pela Serra do Conduru (ambos apresentaram 4
gêneros exclusivos cada), já A fazenda Santa Luzia (Coaraci) apresentou apenas um gênero
exclusivo). As áreas com maiores índices de Shannon foram o campus da UESC e a Fazenda
Santa Luzia (H’= 2,89 e H’= 2,70 respectivamente), seguidos por CEPLAC (H’ = 2,30), e
Serra do Conduru (H’ = 1,61).
O índice de equitabilidade foi diferente para todos os habitats analisados, sendo 85%
para a UESC, 79% para a Fazenda Santa Luzia, 68% para a Mata da CEPLAC e 47% para a
Mata da Serra do Conduru que a comunidade de Pselaphinae das áreas amostradas tende
apresentar alguma dominância de determinados táxons, provavelmente aqueles capturados em
maiores números.
Vários fatores podem influenciar no resultados de captura desses insetos, como por
exemplo, no caso do Brasil a sazonalidade, a temporada de chuva ou de calor nas regiões
onde se encontram as florestas úmidas, o local escolhido para as coletas ou a metodologia
empregada para coletar os indivíduos (BARBOSA et al, 2002).
A subfamília Pselaphinae está entre o mais rico e diversificado grupo de insetos dos
trópicos e das regiões temperadas do globo (SCHOMANN, 2008). O que pode explicar o fato
desses insetos apresentarem grande diversidade nos ambientes estudados são, provavelmente,
suas adaptações assim como o seu tamanho diminuto.
18
Resultados das identificações
Foram analisados 328 espécimes de besouro divididos em 12 tribos e 30 gêneros e 82
espécies. Todos os indivíduos foram encontrados na serapilheira, tanto nas áreas de Mata
Atlântica (MA) quanto para a Cabruca, exceto aqueles provenientes das coletas da Bióloga
Roberta Santos (Arthmius sp.5, Rhytus sp.2 e Thesium sp.2) cujo seu trabalho foi
desenvolvidos no laboratório da CEPLAC em Ilhéus. Todos os indivíduos provenientes de
Coaraci foram coletados na Fazenda Santa Luzia em uma aréa de cabruca.
Taxa identificados neste trabalho
ARHYTODINI Raffray, 1890.
RHYTUS Westwood, 1870 (Figura 3).
Observação: Primeiro registro do gênero para a Bahia.
Rhytus sp.1
Espécime examinado: 2 ind. Fazenda Santa Luzia, Cabruca, 01/2012, Coaraci.
Rhytus sp. 02
Espécime examinado: 3 ind., Col. 014, ninho de formiga, 11/2011, Coletado pela
Bióloga Roberta Santos, Lab. de Mirmecologia da CEPLAC, Ilhéus.
Figura 3- Rhytus sp, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.
19
CLAVIGERINI Leach, 1815.
FUSTIGER LeConte 1866 (Figura 4).
Observação: primeiro registro do gênero para a Bahia.
Fustiger sp.1
Espécime examinado: 5 ind., Serapilheira, Serra do Conduru, MA, 05/2012,
Uruçuca.
BATRISINI Reitter, 1882a.
ARTHMIUS LeConte, 1849 (Figura 5).
Observação: Primeiro registro do gênero para a Bahia.
Figura 4- Fustiger sp, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.
20
Arthmius sp.1
Espécime examinado: 3 ind., cabruca, 11/2011, Fazenda Santa Luzia, Coaraci.
Arthmius sp.2
Espécime examinado: 1 ind., MA, 02/2012, UESC, Ilhéus.
Arthmius sp.3
Espécime examinado: 4 ind., MA,Cabruba, 01/2012, UESC. Ilhéus.
Arthmius sp.4
Espécime examinado: 2 ind., MA, 01/2012, CEPLAC, Ilhéus.
Arthmius sp.5
Espécime examinado: 2 ind., ninho de formiga, col. 04, Coleta manual. Coletor:
Roberta Santos, CEPLAC, Ilhéus.
EUPHALEPSUS Reitter, 1882c (Figura 6).
Observação: Primeiro registro do gênero para a Bahia.
Figura 5- Arthmius sp, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.
21
Euphalepsus sp.1
Espécime examinado: 5 ind., Faz. Santa Luzia, cabruca, 11/2011, Coaraci.
Euphalepsus sp.2
Espécime examinado: 1 ind., MA, 02/2012, UESC, Ilhéus.
Euphalepsus sp.3
Espécime examinado: 2 ind., MA, 01/2012, UESC,Ilhéus.
Euphalepsus sp.4
Espécime examinado: 1 ind., MA, 06/2012, UESC, Ilhéus.
Euphalepsus sp.5
Espécime examinado: 3 ind., Serra do Conduru, MA, 05/2012, Uruçuca.
OXARTHRIUS Reitter, 1882c (Figura 7).
Observação: Primeiro registro do gênero para a Bahia.
Oxarthrius sp.1
Espécime examinado: 2 Ind. Reserva Zoobotânica, MA, CEPLAC, Ilhéus.
?Gênero novo 1 próximo a Oxartrius
Figura 6. Euphalepsus sp, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.
22
Gênero novo 1 sp.1
Espécime examinado: 3 ind., MA, Serra do Conduru, Uruçuca.
BRACHYGLUTINI Raffray, 1904a (Figura 8).
Figura 8- Tribo Brachyglutini (Scalenathrus sp). Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.
Figura 7. Oxartrius sp, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.
23
?Gênero novo 2 proximo a Besucheteidos
Gênero novo 2 sp.1
Espécime examinado: 1 ind, MA, 01/2012, UESC, Ilhéus.
BYTHINOPLECTINI Schaufuss, 1890.
BESUCHETEIDOS Comellini, 1985 (Figura 9).
Observação: Primeiro registro do gêneropara o Brasil
Besucheteidos sp.1
Espécime examinado: 4 ind, MA, UESC, 01/2012 e 03/2011; Fazenda Santa Luzia,
cabruca, Coaraci, 11/2011.
Besucheteidos sp.2
Espécime examinado: 5 individuos, MA, 02/2012, UESC, Ilhéus.
Figura 9. Besucheteidos sp, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.
24
Besucheteidos sp.3
Espécime examinado: 2 individuos, Serapilheira, Fazenda Santa Luzia, cabruca,
01/2012, Coaraci.
Besucheteidos sp.4
Espécime examinado: 4 ind., Fazenda Santa Luzia, cabruca, 01/2012, Coaraci;
01/2012, UESC, MA, Ilhéus.
Besucheteidos sp.5
Espécime examinado: 1 individuos, Serapilheira, UESC, MA, 03/2011.
Besucheteidos sp.6
Espécime examinado: 1 individuos, Fazenda Santa Luzia, cabruca, 01/2012, Coaraci.
Besucheteidos sp.7
Espécime examinado: 5 ind., Serapilheira, MA, 01,03/2011, UESC, Ilhéus; Fazenda
Santa Luzia, cabruca, 01/2012, Coaraci.
BARADA Raffray, 1891.
Observação: Primeiro registro do gênero para o Brasil.
Barada sp.1
Espécime examinado: 6 ind., Serapilheira, UESC, MA, 06/2012, Ilhéus.
?Gênero novo 3 próximo a Barada.
Gênero novo 3 sp.1
Espécime examinado: 1 ind., Serapilheira, Serra do Conduru, MA, 05/2012,
Uruçuca.
?Gênero novo 4 próximo a Barada.
Gênero novo 4 sp.1
Espécime examinado: 3 ind., MA, 01/2012, UESC, Ilhéus.
25
EUPLECTINI
THESIUM Casey 1884 (Figura 10).
Observa: Primeiro registro deste gênero para a Bahia.
Thesium sp.1
Espécime examinado: 3 ind. Fazenda Santa Luzia, Cabruca, 01/2012, Coaraci.
Thesium sp.2
Espécime examinado: 2 ind. Reserva Zoobotânica, MA, 3/2012, Funil de Berlese:
Col. Roberta Sampaio Santos Lab. de Mirmecologia da CEPLAC, Ilhéus.
Thesium sp.3
Espécime examinado: 1 ind., MA, 06/2012, UESC, Ilhéus.
GONIACERINI Reitter, 1882a.
GONIACERUS Motschulsky, 1855 (Figura11).
Observação: Primeiro registro do gêneropara a Bahia.
Goniacerus sp.1
Espécime examinado: 1 ind., MA, 06/2012, UESC, Ilhéus.
Figura 10- Thesium sp, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.
26
Goniacerus sp.2
Espécime examinado: 4 ind., Cabruca, 06/2012, Coaraci.
Goniacerus sp.3
Espécime examinado: 1 ind., MA, 05/2012, UESC, Ilhéus.
Goniacerus sp.4
Espécime examinado: 1 ind., MA, 03/2012, UESC, Ilhéus.
Goniacerus sp.5
Espécime examinado: 1 ind., MA, 06/2012, UESC, Ilhéus.
PARAGONIASTES Comellini, 1979 (Figura 12).
Paragoniastes uesci Cuccodoro & Kurbatov, 2012.
Espécime examinado: 19 ind. serrapilheira, 11/2011, UESC, Ilhéus.
Observação: Espécie descrita em homenagem a Universidade Estadual de Santa
Cruz (Anexo I).
Figura11- Goniacerus sp, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.
27
Paragoniastes sp.2
Espécime examinado: 1 ind., 01/2012, UESC, Ilhéus.
Paragoniastes sp.3
Espécime examinado: 1 ind., 11/2011, UESC, Ilhéus.
JUBINI Raffray, 1904b.
?Gênero novo 5 próximo a Edytocera.
Gênero novo 5 sp.1
Espécime examinado: 2 ind., Cabruca, 01/2012 e 09/2011, UESC, Ilhéus.
ARCTOPHYSIS Reitter, 1882c (Figura 13).
Observação: Primeiro registro do gênero para o Brasil.
Figura 12- Paragoniastes besucheti, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.
28
Arctophysis sp.1
Espécime examinado: 3 ind., MA, 01/2012, UESC, Ilhéus; Fazenda Santa Luzia,
cabruca, 11/2011, Coaraci.
Arctophysis sp.2
Espécime examinado: 5 ind. MA, 01/2012, UESC, Ilhéus.
Arctophysis sp.3
Espécime examinado: 1 ind. MA, 02/2012, UESC, Ilhéus.
Arctophysis sp.4
Espécime examinado: 1ind., Fazenda Santa Luzia, cabruca, 11/2011, Coaraci.
Arctophysis sp.5
Espécime examinado: 5 ind., MA, 01/2012 e 11/2012, UESC, Ilhéus; Frazenda Santa
Luzia, cabruca, Coaraci, 01/2012 e 11/2011.
Arctophysis sp.6
Espécime examinado: 1 individuos, 06/2012, MA, UESC, Ilhéus.
BALEGA Reitter, 1882d (Figura 14).
Observação: Primeiro registro do gêneropara o Brasil.
Figura 13- Arctophysis sp, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.
29
Balega sp.1
Espécime examinado: 4 individuo, Fazenda Santa Luzia, 01/2012, Coaraci.
BARROJUBA Park, 1942 (Figura 15).
Observação: Primeiro registro do gênero para a Bahia.
Figura 14- Balega sp, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.
Figura 15- Barrojuba sp, viata dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.
30
Barrojuba sp.1
Espécime examinado: 3 ind., Cabruca, 02/2012 e 09/2011, UESC, Ilhéus.
JUBOMORPHUS Raffray, 1891.
Observação: Primeiro registro deste gênero para o Brasil.
Jubomorphus sp.1
Espécime examinado: 2 ind., Reserva Zoobotânica, MA, 05/2011, CEPLAC, Ilhéus;
Fazenda Santa Luzia, cabruca, 01/2012, Coaraci.
JUBUS Schaufuss, 1872a (Figura 16).
Observação: Primeiro registro do gêneropara a Bahia.
Jubus sp.1
Espécime examinado: 23 ind., MA, 01,02/2012 e 01,02,11/2011, UESC, Ilhéus;
Fazenda Santa Luzia, Cabruca, 01/2012, Coaraci.
Figura 16- Jubus sp, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.
31
Jubus sp.2
Espécimes examinados: 30 ind., UESC, MA, 01, 02,03/2012 e 03/2011; CEPLAC,
05/2011; 01,11/2012 e 11/2011, Faz. Santa Luzia- Cabruca, Coaraci.
Jubus sp.3
Esécimes examinados: 4 ind., MA, 01/2012 e 03/2011, UESC, Ilhéus.
Jubus sp.4
Espécimes examinados: 2 ind., MA, 01/2012, UESC, Ilhéus.
Jubus sp.5
Espécimes examinados: 13 ind., MA, 01,02/2012 e 11/2011, UESC, Ilhéus; 01/2011,
Fazenda Santa Luzia, Cabruca, Coaraci.
Jubus sp.6
Espécimes examinados: 2 ind., MA, 01 /2012, UESC, Ilhéus; 01/2012, Fazenda
Santa Luzia, Cabruca, Coaraci.
Jubus sp.7
Espécimes examinados: 7 ind., Fazenda Santa Luzia, Cabruca, 01/2012, Coaraci.
Jubus sp.8
Espécimes examinados: 2 ind., Fazenda Santa Luzia- Cabruca, 01/2012, Coaraci.
PHAMISUS Reitter, 1888 (Figura 17).
Observação: Primeiro registro do gênero para a Bahia.
Figura 17- Phamisus sp. vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.
32
Phamisus sp.1
Espécime examinado: 3 ind., UESC, Cabruca, 01/2012 Ilhéus.
SEBAGA Raffray 1891 (Figura 18).
Observação: Priemeiro registro do gêneropara a Bahia.
Sebaga sp.1
Espécime examinado: 20 ind., UESC, MA, 01,02/2012; Fazenda Santa Luzia,
Cabruca, 01/2012, Coaraci.
Sebaga sp.2
Espécime examinado: 13 ind., UESC, MA, 01,02,03/2012; Fazenda Santa Luzia,
Cabruca, 01/2012, Coaraci.
Sebaga sp.3
Espécime examinado: 2 ind., UESC, MA, 01/2012; Faz. Santa Luzia, Cabruca,
01/2012, Coaraci.
Figura 18- Sebaga sp, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.
33
Sebaga sp.4
Espécime examinado: 3 ind., Fazenda Santa Luzia, Cabruca, 01/2012, Coaraci.
Sebaga sp.5
Espécime examinado: 2 ind., Fazenda Santa Luzia, Cabruca, 01/2012, Coaraci;
UESC, MA, 01/2012, Ilhéus.
Sebaga sp.6
Espécime examinado: 4 ind., Fazenda Santa Luzia, Cabruca, 01/2012, Coaraci.
Sebaga sp.7
Espécime examinado: 1 ind., UESC, MA, 02/2012, Ilhéus.
Sebaga sp.8
Espécime examinado: 5 ind., UESC, MA, 02/2012 e 11/2011, Ilhéus; Fazenda Santa
Luzia, Cabruca, 11/2012, Coaraci.
Sebaga sp.9
Espécime examinado: 7 ind., UESC, MA, 01, 02/2012 e 05/2011, Ilhéus; Fazenda
Santa Luzia, Cabruca, 01/2012, Coaraci.
PHALEPSINI Jeannel, 1949.
PHALEPSUS Westwood 1870 (Figura 19).
Observação: Primeiro registro do gênero para a Bahia.
Figura 19- Phalepsus sp, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.
34
Phalepsus sp.1
Espécime examinado: 2 ind. Fazenda. Santa Luzia, Cabruca, 11/2011, Coaraci.
Phalepsus sp.2
Espécime examinado: 3 ind., Reserva Zoobotânica, MA, 05/2011, CEPLAC, Ilhéus.
Phalepsus sp.3
Espécime examinado: 2 ind., Reserva Zoobotânica, MA, 05/2011, CEPLAC, Ilhéus.
PROTERINI Jeannel, 1949.
?Gênero novo 6 próximo a Harmophola Raffray 1896.
Gênero novo 6 sp1
Espécime examinado: 7 ind., UESC, MA, 06/2012, Ilhéus.
TRICHONYCHINI Reitter, 1882a.
BIBLOMELBA Park, 1952a.
Observação: Primeiro registro do gênero para o Brasil.
Biblomelba sp.1
Espécime examinado: 3 ind., Fazenda Santa Luzia, Cabruca, 01/2012, Coaraci.
Biblomelba sp.2
Espécime examinado: 1 ind., MA, 11/2011, UESC, Ilhéus.
Biblomelba sp.3
Espécime examinado: 1 ind., Fazenda Santa Luzia, Cabruca, 01/2012, Coaraci.
Biblomelba sp.4
Espécime examinado: 1 ind. Reserva Zoobotânica, MA, 05/2012, CEPLAC.
?Gênero novo 7 próximo a Verabalorus.
Gênero novo 7 sp.1
Espécime examinado: 3 ind. Reserva Zoobotânica, MA, 05/2011, CEPLAC, Ilhéus.
35
TROGASTRINI Jeannel, 1949.
RHEXIUS LeConte 1849 (Figura 20).
Observação: Primeiro registro do gêneropara a Bahia.
Rhexius sp.1
Espécime examinado: 2 ind., MA, 01/2012, UESC, Ilhéus.
Rhexius sp.2
Espécime examinado: 2 ind., MA, 01/2012, UESC, Ilhéus.
Rhexius sp.3
Espécime examinado: 3 ind. Fazenda Santa Luzia, Cabruca, 01/2012, Coaraci.
Rhexius sp.4
Espécime examinado: 2 ind. Fazenda Santa Luzia, Cabruca, 01/2012, Coaraci.
Rhexius sp.5
Espécime examinado: 1 ind., MA, 11/2011, UESC,Ilhéus.
Figura 20- Rhexius sp, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.
36
?Gênero novo 8 próximo a Rhexius
Gênero novo 8 sp.1
Espécime examinado: 1 ind. Fazenda Santa Luzia, Cabruca, 11/2011, Coaraci.
TYRINI Reitter, 1882e (Figura 21).
APHARUS Reitter, 1882.
Observação: Primeiro registro do gênero para a Bahia.
Apharus sp.1
Espécime examinado: 1 ind., Col. 046 – funil de Berlese, 11/2011, Coletado pela
Bióloga Roberta Santos, Lab. de Mirmecologia da CEPLAC, Ilhéus.
TYRUS Aubé, 1833.
Observação: Primeiro registro do gênero para a Bahia.
Tyrus sp.1
Espécime examinado: 1 ind. Serra do Cunduru, MA, 05/2012, Coaraci.
Figura 21- Tribo: Tyrini, vista dorsal. Fonte: Zi-Wei YIN, MHNG, 2013.
37
Referencias Bibliográficas
ASENJO, A. I.; KLIMASZEWSKI, U.; HERMAN, J. L. H.; CHANDLER, D. S. A complete
checklist with new records and geographical distribution of the rove beetles (Coleoptera,
Staphylinidae) of Brazil. Inc., Gainesville, USA. Insecta Mundi: A Journal of World Insect
Systematics. Center for Systematic Entomology, p. 419, Fev. 2013.
AUBÉ, C. Pselaphiorum monographia cum synonymia extricata. Paris. Magasin de
Zoologie, 3° ed., p. 1-72, 1833.
AUBÉ, C. Révision de la famille des psélaphiens. Annales de la Société Entomologique de
France, ser. 2, vol 2, 2° ed, p. 73-160. 1844.
BARBOSA, M. das G. V.; VASCONCELOS, FONSECA, C. R. da, HAMMOND, P. M.;
STORK, N. E. Diversidade e similaridade entre habitats com base na fauna de coleoptera
de serapilheira De Uma Floresta De Terra Firme Da Amazônia Central*. Sociedad
Entomológica Aragonesa, Zaragoza, Espanha, 2002.
BARREIROS, J. A. P.; PINTO-DA-ROCHA, R.; BONALDO, A. B. Abundância e
fenologia de Cryptocellus simonis Hansen & Sørensen, 1904 (Ricinulei, Arachnida) na
serapilheira do bosque Rodrigues Alves, Belém, Pará, Brasil, com a comparação de três
técnicas de coleta. Campinas, Biota Neotropica, vol. 5,n°. 1a, 2005.
BESUCHET, C. Larves et nymphes de Psélaphides (Coléoptères). Revue suisse de
Zoologie, ed. 63, vol. 4, p. 697-705, 1956.
BESUCHET, C; Le genre Neopselaphus Jeann. (Coleoptera: Pselaphidae). Suisse. Revue
Suisse de Zoologie, 89° ed., p. 797-807, 1982.
BESUCHET, C; BURCKHARDT, D. H.; LÖBL, I. The “Winkler/Moczarski” Eclector as
an Eficient Extractor for Fungus and Litter Coleoptera. Suitzerland, The Coleopteristis
Bulletin Museum d’Histoirer Naturelle de Genève, 41° ed., vol. 4, p. 394, 1987.
BLACKWELDER, R. E. Checklist of the Coleopterous Insects of Mexico, Central
America The West Indies, and South America. USA. United States National Museum
Bulletin, part. 1, p. 1-188, 1944.
BORGMEIER, T. Zur Kenntnis der Termitophilen Pselaphiden Brasiliens (Coleoptera,
Pselaphidae). Revista Brasileira de Zoologia, 14° ed., vol. 2, p. 201-214, 1954.
BRUCH, C. Nuevas capturas de insectos mirmecófilos. Buenos Aires, Physis, 3° ed., p.
458-465, 1917.
38
BRYANT, G. E. New species of Pselaphidae, sub-fam. New species of Pselaphidae, sub-
fam. Clavigerinae. England, The Entomologist’s Monthly Magazine, 51° ed., p. 211-215,
1915.
CAMMAERTS, R. Interactions comportementales entre la fourmi Lasius flavus
(Formicidae) et le coléoptère myrmécophile Claviger testaceus (Pselaphidae). Bull. Ann.
Soc. R. Belge Entomol. Vol. 127, pp 271–307, 1991.
CAMMAERTS, R. Regurgitation behaviour of the Lasius flavus worker (Formicidae)
towards the myrmecophilous beetle Claviger testaceus (Pselaphidae) and other
recipients. Behavioural Processes, vol. 34, pp 241-264, 1995.
CARLTON, C. E. Louisiana State Arthropod Museum. Annotated checklist of
Staphylinidae, subfamily Pselaphinae from Rio Bravo Conservation and Management
Area, Orange Walk District, Belize. lsuinsects.org, 1999. Disponível em:
http://lsuinsects.org/expeditions/riobravo/belize%20pselaph.htm.
CARLTON, C. E.; LESCHEN, R. A. B. First Description of Immature Stages of Tribe
Mayetiini: The Larva and Pupa of Mayetia pearsei (Staphylinidae: Pselaphinae: Mayetiini).
Annals of the Entomological Society of America, vol. 101, p. 13-19. Entomological Society
of America, 2008.
CARLTON, C. E.; WATROUS, L. E. First description of larvae in the tribe Mayetini: the
larva of Mayetia pearsei (Coleoptera: Staphylinidae: Pselaphinae). Annals of the
Entomological Society of America, vol 102, pp. 406-412, 2009.
CASEY, T. L. Contributions to the descriptive and systematic coleopterology of North
America. Philadelphia. Collins Printing House. Part II. p. 61-124, 1884.
CHACÓN, C. G.; CHACÓN, P. U. Composición de estafilínidos (coleoptera:
staphylinidae) asociados a hojarasca en la cordillera Oriental de Colombia Folia.
Entomológica Mexicana, Sociedad Mexicana de Entomología, A.C. México vol. 45, núm. 2,
pp. 69-81, 2006.
CHANDLER, D. S. New Barrojuba with a revised key to species (Coleoptera:
Pselaphidae). The Pan-Pacific Entomologist, vol. 64, pp. 371-380, 1989.
CHANDLER, D. S. New species of Caccoplectus (Coleoptera: Pselaphidae). USA. The
Pan-Pacific Entomologist, 52° ed., p. 154-158, 1976.
CHANDLER, D. S. New Barrojuba with a revised key to species (Coleoptera:
Pselaphidae). New Hampshire. The Pan-Pacific Entomologist, 64° ed., vol. 4, p. 371-380,
1989.
39
CHANDLER D.S. Biology, morphology and systematics of the ant-like litter beetle
genera of Australia (Coleoptera: Staphylinidae: Pselaphinae). Memoirs on Entomology,
International 15. Associated Publishers, Gainesville, FL, pp. 560, 2001.
CHANDLER, D. S. Biology, morphology, and systematics of the antlike litter beetles of
Australia (Coleoptera: Staphylinidae: Pselaphinae). Wisconsin. Memoirs on Entomology
International, Associated Publishers, vol. 15: p. 560, Universidade de Wisconsin, Madison,
2001.
COMELLINI, A. Notes sur les psélaphides néotropicaux (Coleoptera): 1 - Deux nouveaux
genres de la tribu des Goniacerini. Revue Suisse de Zoologie, ed.86, 3° vol., p. 681-689,
1979.
COMELLINI, A. Notes sur les Psélaphides néotropicaux (Coleoptera): 2 - Le genre
Goniastes de la tribu des Goniacerini. Revue Suisse de Zoologie, 88° ed., vol. 1, p. 249-260,
1981a.
COMELLINI, A. Notes sur les psélaphides néotropicaux (Coleoptera): 3 - Le genre
Listriophorus de la tribu des Goniacerini. Mitteilungen der Schweizerischen Entomologischen
Gesellschaft, 54° ed., p. 345-356, 1981b.
COMELLINI, A. Notes sur les psélaphides néotropicaux (Coleoptera): 4 - Le genre
Metopioxys de la tribu des Metopiini. Revue Suisse de Zoologie, 90° ed., vol. 2, p. 437-456,
1983.
COMELLINI, A. Notes sur les psélaphides néotropicaux (Coleoptera): 5 - La tribu des
Pyxidicerini. Revue Suisse de Zoologie, 92° ed., vol. 3, p. 707-759, 1985.
COMELLINI, A. Notes sur les psélaphides néotropicaux (Coleoptera): 6 - Le genre
Goniacerus de la tribu des Goniacerini. Revue Suisse de Zoologie, 97° ed., p. 223-248, 1990.
COMELLINI, A. Notes sur les psélaphides néotropicaux (Coleoptera). 9 - Le genre
Metopiosoma de la tribu des Metopiasini. Revue Suisse de Zoologie, 101° ed., p. 107-115,
1994.
COMELLINI, A. Notes sur les psélaphides néotropicaux (Coleoptera, Staphylinidae,
Pselaphinae): 11 - un nouveau genre et sept espèces nouvelles de la tribu des Metopiasini.
Revue Suisse de Zoologie, 107° ed., vol. 4, p. 765-776, 2000.
COSTA, C.; VANIN, S. A.; CASARI-CHEN, S.A. Larvas de coleóptera do Brasil. Museu
de Zoologia da Universidade de São Paulo, FAPESP, São Paulo, 1988.
CUCCODORO, G., S. A. KURBATOV, OLIVEIRA de, L. P.; FONSCECA, M. S. On the
genus Paragoniastes Comellini, 1979, with description of a new species from Ilhéus,
Brazil (Coleoptera, Staphylinidae, Pselaphinae). Psyche, p. 1-6, 2012.
40
DE MARZO, L. Organi erettili e ghiandole tegumentali specializzate nelle larve di
Batrisodes oculatus Aubé: studio morfo-istologico (Coleoptera, Pselaphidae). Entomologica
(Bari), vol 20, pp. 125–146, 1985.
DE MARZO, L. Osservazioni etologiche sulle larve di Batrisodes oculatus Aubé
(Coeoptera, Pselaphidae). Frust. Entomol. (N.S.) , vol. 7, n° 8, pp 501–506, 1986.
DE MARZO, L. Comportamento predatorio nelle larve di Pselaphus heisei Herbst
(Coleoptera, Pselaphidae). In: Atti del XV Congresso Nazionale Italiano di Entomologia,
L’Aquila, pp. 817–824, 1988.
DOMINGUES, A. J. P.; KELLER, E. C. S. Bahia. In: CONGRESSO INTERNACIONAL
DE GEOGRAIA, 18, 1958, Guia de excursão, n. 6, Rio de Janeiro: CNG/IBGE, p. 102-109,
1958.
ENGELMANN M. D. Observations on the feeding behavior of several pselaphid beetles.
Entomol. Vol. 67, pp. 19–24, 1956.
FLETCHER, F. C. Notes on neotropical Pselaphidae (Coleoptera), with descriptions of
new species. London. The Annals and Magazine of Natural History (10 serie), 5° ed., vol. 25,
p. 95-100, 1930.
HAMMER, Ø., HARPER, D.A.T., RYAN, P. D. PAST: Paleontological statistics software
package for education and data analysis. Palaeontologia Electronica 4(1): 9 pp,
2001. http://palaeo-electronica.org/2001_1/past/issue1_01.htm.
HARVEY, C.; GONZALEZ, J. Dung beetle and terrestrial mammal diversity in forest,
indigenous agroforestry systems and plantain monocultures in Talamanca, Costa Rica.
Biodiversity and Conservation, vol. 15, pp. 555–585, 2006.
JEANNEL, R. Les Pselaphides de I' Afrique Orientale (Coleoptera). Paris. Memoires du
Museum National d'Histoire Naturelle, 29° vol., p. 1-226, illus, 1949.
JEANNEL R. Coléoptères Psélaphides: Faune de France. Librarie de la Faculté des Science,
Paris, vol 53, pp. 1–421, 1950.
JEANNEL, R. Les Psélaphides de la Paléantarctide occidentale. p. 295-479. In: C. Delamare
Deboutteville and E. Rapoport (eds.). Biologie de l’Amérique Australe: Études sur la Faune
du Sol. Paris. Centre National de la Recherche Scientifique; Vol. 1, 657 p, 1962.
JONES, D. T.; SUSILO, F. X., BIGNELL, D. E.; HARDIWINOTO, S.; GILLISON A. N.;
EGGLETON, P. Termite assemblage collapse along a land-use intensification gradient in
lowland central Sumatr. Journal of Applied Ecology, Indonesia, vol 40, pp. 380–391, 2003.
41
KASULE, F. K. The subfamilies of the larvae of Staphylinidae (Coleóptera) with keys to
the larvae of the British genera of Stenininae and Proteininae. Transactions of the Royal
Entomological Society of London, vol. 118, pp. 261-283, illus, 1966.
KRIVOLUTSKY, D. A. Pantsirnye kleshchi: Morfologiya, razvitie, filogeniya, ekologiya,
metody issledovaniya, kharakteristika modelnogo vida Nothrus palustris C. L. KOCH, 1839.
In: Oribatid mites: Morphology, development, phylogeny, ecology, methods of study,
model species Nothrus palustris C. L. Koch, 1839. Moecow. Publisher: Nauka, p. 223.
1995.
LAWRENCE, J. F. NEWTON, A. F. Jr. Evolution and classification of beetles. Annual
Review of Ecology and Systematics, vol.13, pp 261-290, 1982.
LEACH, W. E. Entomology. In: D. Brewster (ed.). Edinburgh Encyclopedia. Vol. 9, p. 57-
172, 1815.
LECONTE, J. L. On the Pselaphidae of the United States. USA. Boston Journal of Natural
History, 6° ed, p. 64-110, 1849.
LECONTE, J. L. Some remarks on the subfamily Clavigeridae, of Coleoptera. USA.
Proceedings of the Academy of Natural Sciences of Philadelphia, 19° ed., p. 108-109, 1866.
MAGURRAN, A. E.. Ecology diversity and its measurement. Princeton, Princeton
University Press, 179 p. 1988.
NAOMI, S. I. The phylogeny and higher classification of the Staphylinidae and their
allied groups (Coleoptera, Staphylinoidea). Japan. Esakia, ed. 23, p. 27, 1985.
NAVARRETE-HEREDIA, J. L.; NEWTON, A. F.; THAYER, M. K.; ASHE, J. S.;
CHANDLER, D. S. (Eds). Guía illustrada para los géneros de Staphylinidae (Coleoptera)
de México [Illustrated guide to the genera of Staphylinidae (Coleoptera) of Mexico].
Comisión Nacional para el Conocimiento y Uso de la Biodiversidad (CONABIO).
Universidad de Guadalajara, p. 49-102, 2002.
NEWTON, A. F. Jr.; CHANDLER, D. S. World Catalog of the Genera of Pselaphidae
(Coleoptera). Chicago. Field Museum of Natural History, n. 53, p. 95, 1987.
NEWTON, A. F. Jr.; THAYER, M. K. Protopselaphinae new subfamily for Protopselaphus
new genus from Malaysia, with a phylogenetic analysis and review of the Omaliine Group of
Staphylinidae including Pselaphidae (Coleoptera), pp. 219–320. In: Biology, phylogeny and
classification of Coleoptera: Papers celebrating the 80th birthday of Roy A. Crowson.
Muzeum i Instytut Zoologii PAN, Warszawa. 1995.
NEWTON, A. F. Jr.; GUTIÉRREZ-CHACÓN C.; CHANDLER, D. S. Checklist of the
Staphylinidae (Coleoptera) of Colombia. Biota Colombiana, vol. 6, 1° ed, p. 1-72, 2005.
42
NEWTON, A. F.; CHANDLER, D. S. World Catalog of the Genera of Pselaphidae
(Coleoptera). Fieldiana Zoology, vol. 53, pp 1–110, 1999.
ODUM, E. P. Ecologia. Interamericana, Rio de Janeiro 434 p, 1985.
OLIVEIRA, H. R. N.; FONSECA, C. R. V. Descrição de duas espécies novas de
Pselaphinae (Coleoptera: Staphylinidae) da Amazônia Central Brasileira. Acta
Amazônica, vol. 1, 8° ed., p. 93-100, 1998.
PANZER, G. W. F. Faunae Insectorum Germanicae initia oder Deutschlands Insecten.
Nuremberg, Felsecker, ed. 88, p. 1-24, 1805.
RAFRAY, A. Voyage de M. E. Simon au Venezuela (Décembre 1887-Avril 1888), 10e
mémoire: Psélaphides. Annales de la Société Entomologique de France. 6° ed., vol. 10, p.
297-330, 1891.
PARK, O. A. Study in neotropical Pselaphidae. Chicago. Northwestern University,
Evanston and Chicago, p. x+403, pág. 21, 1942.
PARK, O. A. New and little known Pselaphidae (Coleoptera) from Brazil, Colombia and
Mexico, with keys to Mexican genera and species. Bulletin of the Chicago Academy of
Sciences, ed. 7, p. 227-267, 1944.
PARK, O. A. New pselaphid beetle from Brazil associated with termites. Bulletin of the
Chicago Academy of Sciences, 7° ed., vol. 8, p. 445-450, 1946.
PARK, O. A. Revisional study of Neotropical pselaphid beetles. Part One. Tribes
Faronini, Pyxidicerini and Jubini. Chicago Academy of Sciences, Special Publication, 9°
ed., p. 1-49, 1952a.
PARK, O. A. Revisional study of Neotropical pselaphid beetles: Part Two: Tribe Euplectini
sensu latiore. Chicago Academy of Sciences, Special Publication, 9° ed., vol. 2, p. 53-150,
1952b.
PARKER, J.; MARUYAMA, M. Jubogaster towai, a new Neotropical genus and species of
Trogastrini (Coleoptera: Staphylinidae: Pselaphinae) exhibiting myrmecophily and
extreme body enlargement. Zootaxa vol. 3630, pp. 369–378, 2013.
PARKER, J. Morphogenia: a new genus of the Neotropical tribe Jubini (Coleoptera,
Staphylinidae, Pselaphinae) from the Brazilian Amazon. ZooKeys, vol. 373, pp 57–66,
2014.
PEACE, E. J. Handbooks for the identification of british insects: Coleoptera (Pselaphidae).
Royal Entomological Society of London. vol. 4, part. 9, p. 1-34, 1957.
POGGI, F. Osservazioni sulla copula in alcune specie di Pselaphidae. Boll. Soc. Entomol.
Ital. Vol. 122, pp. 123–127, 1990.
43
RAFRAY, A. Étude sur les Psélaphides: VI. Diagnoses des espèces nouvelles sur lesquelles
sont fondés des genres nouveaux. Paris, Revue d’Entomologie, 9° ed., p. 193-219, 1890.
RAFRAY, A. Essai monographique sur la tribu des Faronini (Psélaphiens): Suite et fin.
Paris, Revue d’Entomologie, 12° ed., p. 157-196, 1893.
RAFRAY, A. Descriptions d’espèces nouvelles de psélaphides du Brésil méridional
récoltés par M. E. A. Göld. Paris, Annales de la Société Entomologique de France, 65° ed.,
p. 128-130, 1896.
RAFRAY, A. Révision des Batrisus et genres voisins de l’Amérique centrale et
méridionale. Prais, Annales de la Société Entomologique de France, 66° ed., p. 431-517,
1898a.
RAFRAY, A. Diagnoses de trois psélaphides nouveaux (Col.). Paris. Annales de la Société
Entomologique de France, p. 287-289, 1898b.
RAFRAY, A. Notes Sur les psélaphides. Revision generique de la tribi des Euplectini.
Descriptions d’espèces nouvelles. Paris. Revue d’Entomologie, 17° ed., p. 198-273, 1898c.
RAFRAY, A. Genera et catalogue des psélaphides. Annales de la Société Entomologique
de France, 73° ed., p. 484-604, 1904a.
RAFRAY, A. Genera et catalogue des psélaphides [continued]. Paris. Annales de la
Société Entomologique de France, 73°ed., p. 1-400, 1904b.
RAFRAY, A. Genera et catalogue des psélaphides [continued]. Paris. Annales de la
Société Entomologique de France, 73° ed., p. 401-476, pág. 1-3, 1905.
RAFRAY, A. Coleoptera. Fam. Pselaphidae. Genera Insectorum. Fasc. 64, p. 1-487, pág. 9,
1908a.
RAFRAY, A. Nouvelles espèces de psélaphides. Paris. Annales de la Société Entomologique
de France, 78° ed., p. 15-52, 1909.
RAFRAY, A. Pselaphidae. In: Coleopterorum Catalogus. W. Junk. Berlin, Schenkling S
(Ed.), Vol. 1, 222 pp. 1911.
RAFRAY, A. Espèces nouvelles de psélaphides exotiques (Coléopt.). Paris. Annales de la
Société Entomologique de France, 80° ed., p. 425-450, 1912a.
RAFRAY, A. Psélaphides de la Republique Argentine. Argentina. Anales del Museo
Nacional de Historia Natural de Buenos Aires, 22° ed., p. 447-450, 1912b.
RAFRAY, A. Nouvelles espèces de psélaphides (Paraguay-Laos-Philippines). Paris.
Annales de la Société Entomologique de France, 86° ed., p. 473-502, 1918.
44
REICHENSPERGER, A. Beiträge zur kenntnis der Myrmecophilen: und
Termitophilenfauna Brasiliens und Costa Ricas. IV. (Col. Hist. Staph.). Revista de
Entomologia, 6° ed., vol. 2, p. 222-242, 1936.
REICHLE, D. E. The temperature and humidity relations of some bog pselaphid beetles.
Ecology, vol. 48, pp 208–215, 1967.
REITTER, E. Die Gattungen und Arten der Coleopteren-Familie: Scaphidiidae meiner
Sammlung. Verhandlungen des Naturforschenden Vereines in Brünn. 18° ed. P. 35-49, 1880.
REITTER, E. Neue Pselaphiden und Scydmaeniden aus Brasilien. Deutsche
Entomologische Zeitschrift, 26° ed., p. 129-152, 1882a.
REITTER, E. Versuch einer systematischen Eintheilung der Clavigeriden und
Pselaphiden. Verhandlungen des Naturforschenden Vereines in Brünn, 20° ed., p. 177-211,
1882b.
REITTER, E. Versuch einer systematischen Eintheilung der Clavigeriden und
Pselaphiden. Verhandlungen des Verhandlungen des Naturforschenden Vereines in Brünn,
20° ed., p 177-211, 1882d.
REITTER, E. Etude sur les Pselaphides: V. Tableaux synoptiques. —Notes et synonymie
Revue d'Entomologie, p. 81-172, 1882e.
REITTER, E. Neue Pselaphiden und Scydmaeniden aus Central- und Südamerika.
Verhandlungen der Kaiserlich-Königlichen Zoologisch-Botanischen Gesellschaft in Wien,
32° ed., p. 371-386, 1883c.
REITTER, E. Abbildungen und Bemerkungen zu wenig gekannten Pselaphiden-
Gattungen mit Beschreibungen neuer Arten. Deutsche Entomologische Zeitschrift, ed. 29,
p. 333-339, 1885.
REITTER, E. Neue von Herr. L. Hetschko um Blumenau in Sudlichen Brasilien
gesammelt Pselaphiden. Deutsche Entomologische Zeitschrift. 1° ed., p. 225-240, 1888.
REITTER, E. Neue Coleopteren aus dem Leydener Museum. Notes from the Leyden
Museum, vol. 11, p. 3-9, 1889.
RIBEIRO, A. L. R. História do Cacau. Intituto Cabruca, 2013. Dispinível em
http://www.Cabruca.org.br/historiaDoCacau.php. Acesso em: 15 de ago. de 2013.
ROMARIZ, D. A. A vegetação. In: Brasil, a terra e o homem. São Paulo: Companhia,
Editora Nacional, 1964. v. 1. p. 485-514.
SABELLA, G.; BRACHAT, V.; BÜCKLE, C. Revision of Tychus of dalmatinus group,
with description of new taxa (Coleoptera: Pselaphidae). Ann. Soc. Entomol. Fr. Vol. 34,
pp. 217–244, 1998.
45
SAKCHOOWONG, W.; NOMURA, S.; OGATA, K; CHANPAISAENG, J. Diversity of
pselaphine beetles (Coleoptera: Staphylinidae: Pselaphinae) in eastern Thailand.
Entomological Science, Japan, vol. 11, pp. 301–313, 2008.
SCHAUFUSS, L. W. Beschreibung einiger Pselaphiden durch den Herausgeber.
Nunquam Otiosus, vol. 2, p. 259-274, 1872b.
SCHAUFUSS, L. W. Beschreibung einiger Pselaphiden durch den Herausgeber.
Nunquam Otiosus, vol. 2, p. 281-290, 1874.
SCHAUFUSS, L. W. Beschreibung sechzig neuer Pselaphiden.. In: Der Société
entomologique de Belgique: zu Brüssel zur Feier Ihres fünfundzwanzigsten Stiftungstages
die herzlichsten Festgrüsse aus dem Musem Ludwig Salvator in Oberblasewitz-Dresden. F.
Thomas; Dresden-Oberblasewitz. p. 5-35, 1880.
SCHAUFUSS, L. W. Beschreibung neuer Pselaphiden aus der Sammlung des Museum
Ludwig Salvator. Ein Beitrag zur Fauna Brasiliens, der Kgl. Niederländischen Besitzungen in:
Indien und Neuhollands. Tijdschrift voor Entomologie, 29° ed., p. 241-296, 1886.
SCHAUFUSS, L. W. Tabellen-Entwurf zur Bestimmung der Pselaphiden-Gattungen.
Nunquam Otiosus, vol. 2, p. 243-248, 1872a.
SCHAUFUSS, L. W. Ueber Pselaphidengattungen. Nunquam Otiosus, vol. 2, p. 450-460,
1877.
SCHAUFUSS, L. W. Beschreibung neuer Pselaphiden aus der Sammlung des Museum
Ludwig Salvator. Ein Beitrag zur Fauna Brasiliens, der Kgl. Niederländischen Besitzungen
in Indien und Neuhollands. Tijdschrift voor Entomologie, ed. 30, p. 91-165, 1887.
SCHAUFUSS, L. W. Ueber Pselaphiden und Scydmaeniden des Königl. zoologischen
Museums zu Berlin und verwandte Arten. Berliner Entomologische Zeitschrift, 31° ed., p.
287-320, 1888.
SCHAUFUSS, L. W. System-Schema der Pselaphiden, ein Blick in die Vorzeit. In: Die
Gegenwart und in die Zukunft. Tijdschrift voor Entomologie, vol. 33, p. 101-162, illus,
1890.
SCHOMANN, A.; AFFLERBACH, K.; BETZ, O. Predatory behaviour of some Central
European pselaphine beetles (Coleoptera: Staphylinidae: Pselaphinae) with descriptions of
relevant morphological features of their heads. Eur. J. Entomol, vol. 105, pp. 889–907, 2008
THAYER, M. K. Biology and phylogenetic relationships of Neophonus bruchi, an
anomalous south Andean staphylinid (Coleoptera). Systematic Entomology, Blackwell
Publishing Ltd, vol. 12, p. 389-404, 1987.
46
THAYER, M. K. Staphylinidae. In: Beutel R.G. & Leschen R.A.B. (volume eds):
Coleoptera, Vol. I. Morphology and Systematics (Archostemata, Adephaga, Myxophaga,
Polyphaga partim). Handbook of Zoology, Arthropoda: Insecta. Part 38. De Gruyter, Berlin,
New York, p. 296–345, 2005.
WASMANN, E. Neue Myrmekophilen. Erstes Stück. Deutsche Entomologische Zeitschrift,
vol 1, p. 97-112, pl. 5, 1893.
WASMANN, E. Kritisches Verzeichniss der Myrmekophilen und Termitophilen
Arthropoden: Mit Angabe der Lebensweise und mit Beschreibung neuer Arten. Berlin. p.
231, 1894.
WESTWOOD, J. O. Descriptions of various species of the coleopterous family
Pselaphidae, natives of New South Wales and South America. Transactions of the
Entomological Society of London, serie 2, 3° ed., p. 268-280, 1856.
WESTWOOD, J. O. Remarks on the genus Ectrephes, and descriptions of new exotic
Coleoptera. Transactions of the Entomological Society of London, p. 315-320, 1869.
WESTWOOD, J. O. Descriptions of twelve new exotic species of the coleopterous family
Pselaphidae. Transactions of the Entomological Society of London, p. 125-132, 1870.
47
4 Uma nova espécie do gênero Paragoniastes (Staphylinidae, Pselaphinae)
de Camacan, Bahia, Brasil.
Resumo
Uma nova espécie de Paragoniastes (Staphylinidae, Pselaphinae) do sul da Bahia é descrita e
uma chave para auxiliar na identificação das especies de Paragoniastes do mundo é
apresentada.
Abstract
A new species of Paragoniastes (Staphylinidae, Pselaphinae) from southern Bahia is decribed
and a key to help in the identification of the species of Paragoniastes of the world is
presented.
Introdução
Os membros do gênero Paragoniastes são pequenos besouros predadores da
subfamília dos Pselaphinae, tribo Goniacerini. Esses insetos são encontrados na serrapilheira
florestal. O gênero foi descrito por Comellini para acomodar Goniastes westwoodi Raffray,
1890, descrita para o Brasil, e três novas espécies de Santa Catarina e do Paraná (P. besucheti,
P. parki e P. raffrayi). Mais recentemente P. uesci Cuccodoro e Kurbatov, 2012, foi
acrescentada neste gênero após coleta de espécimes no campus da UESC em Ilhéus-Ba.
Em pesquisas subsequentes foram coletados mais indivíduos de Paragoniastes na
RPPN da Serra Bonita, Camacan-Ba. A comparação desses espécimes com os tipos de
Paragoniastes alojados no Museu de Historia Natural, Genebra-CH, indicou que eles se
tratavam de a uma espécie até então não registrada. A espécie é descrita e seu habitus é
exemplificado, assim como o desenho de seu edeago.
Material e métodos
Todos os espécimes referidos neste estudo (10 indivíduos) foram examinados. Estes
estão alojados na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Ilhéus, Brasil e no Museu de
História Natural (MHNG), Genebra, Suíça. No futuro, o material depositado na UESC será
depositado no Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP), Brasil.
48
As medições são definidas da seguinte forma: o comprimento do corpo é medido a
partir da porção anterior da cabeça (ou seja, a margem apical do labro) até o ápice do abdome;
largura da cabeça (LC) é a distância entre o contorno exterior da cabeça logo atrás dos olhos;
comprimento da cabeça (CC) é a distância entre a porção medial do clípeo-fontal e a margem
occipital; comprimento do pronoto (CP) é a distância entre a porção medial anterior e
posterior das margens do pronoto; largura pronotal (LP) é a distância máxima entre contorno
lateral do pronoto; comprimento elitral (CE) é o comprimento da sutura elitral; largura elitral
(LE) é a largura máxima do élitro tomada em
conjunto. Artículos antenais são medidos em vista
dorsal, como seu comprimento axial (sem haste
basal), e a sua largura máxima.
Os tergitos abdominais e esternitos são
numerados de acordo com Chandler (2001) em
algarismos arábicos (posição visível) e algarismos
romanos (posição morfológica); que são contados a
partir tergito 1 (IV) e esternito 1 (III). Terminologia
de escultura superfícial segue Harris (1979). O
edeago e outras partes do corpo foram montadas em
Euparal em lâminas de acetato e desenhado com o
auxilio de um microscópio com câmara clara. A
imagem do habitus foi composta com uma câmera
digital Leica MZ Apo montada em um microscópio
de dissecação e processada utilizando o software Automontage.
Taxonomia: Paragoniastes camacaensis Oliveira e Cuccodoro sp. nov. (Figura1).
Holótipo (macho macroftalmo, em Camacan): “Brazil, Bahia, Camacan, RPPN da Serra
Bonita, 850m <15°25' S; 39°30' W>, 29.vii.2011. “L. Pereira de Oliveira, M. Santana Fonseca
& G. Cuccodoro”.
Paratipo: idem holótipo, 2 machos macroftalmos e 7 fêmeas microftalmos, Camacan-Ba.
Descrição: Corpo (Figura 1 (a)) com 1,50 milímetros de comprimento. Cabeça com cerca 1,2-
1,3 vezes mais longa que larga (sem considerar os olhos). Antenas (holótipo) com escapo
Figura 1: Paragoniastes camacaensis, vista dorsal.
49
quase tão largo quanto o pronoto;
Segundo artículo, tão longo quanto largo;
o terceiro 1,4-1,5 vezes mais longo que
largo, 1,9-2,0 vezes mais longo que o
segundo e 1,3-1,4 vezes mais longo que o
quarto; quarto artículo, tão longo quanto
largo; o quinto artículo 1,3-1,4 vezes mais
longo que largo e 1,2-1,3 vezes mais
longo que o tercei ro. Pronoto tão largo
quanto longo, totalmente coberta com
sulcos longitudinais ligeiramente
divergentes anteriormente. Élitro liso,
estrias discal interna e externa do élitro bem marcadas; estria umeral presente em mais de 3/4
do comprimento do élitro. Presença de 1 cerda disposta ao longo da estrias discal interna.
Mesofêmur com dentículo posterior subbasal obsoleto.
Medidas: (Holotipo) CC= 0.34mm; LC= 0.27mm; CP= 0.30; CE= 0.55; LE= 0.60mm.
Obs.1: Macho macroftalmo apresenta olhos com cerca de 30-32 facetas (indivíduos
microftalmo desconhecido). Esternito abdominal 2 com pequeno tubérculo medioapical tendo
cerdas curtas dirigidas para a frente; esternitos 3-5 deprimido na porção medial. Edeago
(Figuras 2 (a, b)) 0.80-0.81mm de comprimento. Parâmeros dilatados na porção apical com
uma ceta muito grande próximo ao ápice e cinco menores na extremidade.
Obs.2: Fêmea microftamo apresenta olhos com no máximo 3 facetas.
Distribuição: Esta espécie é conhecida até o momento apenas para o sul da Bahia.
Comentário: Paragoniastes camacaensis é o único membro do gênero com o pronoto
completamente coberto com sulcos longitudinais ligeiramente divergentes em sua porção
anterior em combinação com élitros lisos, mais estria humeral longa e bem marcada. Assim
como é o único a apresentar edeago com parâmeros bem dilatados na porção apical com
grandes cetas evidentes.
a b
Figura 2: P. camacaensis. a) Edeago em vista lateral e b) vista ventral. Barra de escala: 0.4mm.
50
Etimologia: O epíteto camacaensis é um acrônimo para a cidade de Camacan, Bahia, onde a
nova espécie foi descoberta.
Chave para as especies de Paragoniastes
1 Centro do pronoto areolado.......................................................P. besucheti Comellini
1’ Centro do pronoto com estrias longitudinais ligeiramente divergindo na porção
anterior........................................................................................................................ 2
2 Élitros liso, sem estrias discal marcantes.....................................P. westwoodi Raffray
2’ Élitros enrugado, com estrias discal marcantes.......................................................... 3
3 Élitros sem estria umeral, Mesofemur com um dente subbasal
conspícuo...................................................................................P. raffrayi Comellini
3’ Élitro com estria umeral, sem dente basal no mesofemur.......................................... 4
4 Élitro com estria umeral, com no máximo um dente sub-basal conspícuo ou
obsoleto........................................................................P. uesci Kurbatov e Cuccodoro
4’ Élitro com estria umeral, vértice da parede ventral do lobo médio em vista lateral
linear.....................................................................P. camacaensis sp. nov. (Figura 1)
Referencias Bibliográficas
CHANDLER, D. S. Biology, Morphology, and Systematics of the Ant-Like Litter Beetle
Genera of Australia (Coleoptera: Staphylinidae: Pselaphinae), vol. 15 of Memoirs on
Entomology, International, 2001.
COMELLINI, A. Notes sur les Ps´elaphides n´eotropicaux (Coleoptera): 1, Deux
nouveaux genres de la tribu des Goniacerini. Revue Suisse de Zoologie, vol. 86, no. 3, pp.
681–689, 1979.
CUCCODORO, G.; KURBATOV, S. A.; OLIVEIRA; L. P.; FONSECA, M. S. On the
Genus Paragoniastes Comellini, 1979, with Description of a New Species from Ilhéus,
51
Brazil (Coleoptera, Staphylinidae, Pselaphinae). Psyche, vol. 2012, Article ID 561352, 6
pages, 2012. doi:10.1155/2012/561352.
HARRIS, R. A. A glossary of surface sculpturing. Occasional Papers in Entomology, vol.
28, pp. 1–31, 1979.
RAFFRAY, A. Etudes sur les Pse´laphides (suite): VI. Diagnoses des espèces nouvelles sur
lesquelles sont fond´es des genres nouveaux. Revue d’Entomologie, vol. 9, pp. 193–219,
1890.
52
5 Anexo I
53
54
55
56
57