Agora, vocês iniciam o estudo da lição. Vejam estas sugestões:
- Apresentem o título da lição: O Prenúncio do Tempo do Fim.
- Falem: O texto bíblico base da lição está no capítulo 8 do livro de Daniel e
refere-se a descrição da 2ª. visão de Daniel. Façam um relato da visão.
É interessante que vocês apresentem figuras dos animais ou outro recurso
visual, pois a associação do que é falado com o que se vê melhora a retenção
da aprendizagem.
À medida que a leitura for realizada, falem o que simboliza:
Os dois animais: o carneiro e o bode.
A luta dos dois animais dentro do contexto profético.
Os chifres do carneiro – 01 menor que o outro
Os chifres quebrados pelo bode
Os 04 chifres menores
O pequeno chifre
O tempo do fim
VERDADE PRÁTICA
O tempo do fim não é o fim do mundo, mas o tempo de tratamento de Deus
com o povo de Israel, prenunciando a vinda de Cristo.
INTRODUÇÃO
No capítulo sete, Daniel tem a visão dos quatro animais, cada um destes
representando um império mundial. No capítulo oito, que estudaremos nesta
lição, o profeta tem sua segunda visão. Ele viu um carneiro lutando contra um
bode. Na verdade, este capítulo repete muito da predição do capítulo dois, e
especialmente do capítulo sete. Todavia, o capítulo oito acrescenta detalhes
importantíssimos quanto aos períodos medo-persa e grego.
1. A visão do carneiro (Dn 8.3,4,20). Esse carneiro simbolizava o império
medo-persa (v.20). Segundo os historiadores, no caso dos persas, os seus reis
sempre levavam como emblema uma cabeça de carneiro em ouro sobre a
cabeça, principalmente quando passavam em revista os seus exércitos. De
acordo com a história, os medos haviam prevalecido na guerra com a
Babilônia. Dario foi o primeiro governante da união entre a Média e a Pérsia.
Porém, logo os persas prevaleceram em força e Ciro tornou-se o rei do império.
O carneiro identificado como o império medo-persa venceu e derrotou o
império babilônico quando Belsazar estava no poder. No mesmo dia em que
Belsazar zombou de Deus ao utilizar os utensílios sagrados do templo de
Jerusalém, ele caiu nas mãos dos medo-persas. Nota-se que há uma repetição
do predito na visão do capítulo sete sobre o segundo e o terceiro impérios,
porém, Deus de maneira especial mostrou a Daniel o que estaria fazendo no
futuro desses impérios e com o próprio povo de Israel.
2. Os chifres do carneiro. Os dois chifres do carneiro não eram iguais, pois um dos
chifres era maior que o outro. O maior representava Ciro, o persa (v.3) e o menor
representava Dario, da Média. Na cronologia histórica, Ciro sucedeu a Dario. Eventos
importantes aconteceram no período desses dois reis até que o carneiro foi vencido,
surgindo na visão de Daniel a figura de um bode que ataca o carneiro e o vence (vv.5-
7).
3. A visão do bode (Dn 8.5-8). A figura do bode, na mitologia do mundo de
então, simbolizava o poder e a força. Na visão de Daniel, o bode arremeteu
contra o carneiro com muita força, ferindo-o e quebrando os seus dois chifres.
Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, "o bode representava a Grécia, e seu
grande chifre refere-se a Alexandre, o Grande (8.21)". O carneiro foi totalmente
dominado e humilhado. Seus dois chifres foram quebrados e, após isso, ainda
foi pisoteado sem compaixão pelo bode. Foi uma profecia de completa sujeição
e derrota do império medo-persa pelos gregos.
Nos versículos oito e nove, a "ponta notável" se quebra e surge em seu lugar
quatro outras pontas (ou chifres). Esses quatro chifres menores representam
os quatro generais que assumiram o império grego depois da morte de
Alexandre, o Grande.
II - O CHIFRE PEQUENO (Dn 8.9)
1. A visão da ponta pequena. Na visão do profeta Daniel, surge de uma das
quatro pontas notáveis, "uma ponta mui pequena" (v.9). Daniel percebeu que
esta "ponta pequena" cresceu muito, especialmente direcionada para a " terra
formosa", Israel. Essa "ponta pequena" refere-se a Antíoco Epifânio que
tornou-se um opressor terrível contra os judeus. Ele surgiu da partilha do
império de Alexandre e a ele coube o domínio da Síria, Ásia Menor e Babilônia.
2. A ultrajante atividade desse rei contra Israel (Dn 8.10,11). Os versículos dez
e onze falam das ações ultrajantes do "pequeno chifre" contra o povo de Deus,
profanando o santuário de Israel e tentando acabar com o "sacrifício contínuo"
que Israel fazia ao Senhor.
3. A purificação do santuário (Dn 8.14). Segundo a história, a purificação do
santuário ocorreu três anos e dois meses depois de o altar do Senhor ter sido
removido por Antíoco. Deus é bom e misericordioso.Mesmo seu povo sendo
infiel, Ele iria purificá-los e restaurá-los.
III - ANTÍOCO EPIFÂNIO, O PROTÓTIPO DO ANTICRISTO
1. Antíoco Epifânio. Por ora basta dizer que este foi um rei da dinastia Selêucida
(Babilônia e Síria) que perseguiu os judeus de Jerusalém e da Judeia. Trata-se
do rei de cara feroz descrito no versículo vinte e três. Este monarca cometeu
tantas atrocidades contra o povo de Deus, que muitos o veem como um tipo do
Anticristo.
2. A visão do anjo Gabriel (Dn 8.16). O "Gabriel" mencionado no versículo
dezesseis é um anjo que o Senhor enviou com o propósito de explicar a Daniel
a visão. Esse mesmo Gabriel também foi enviado a Zacarias e, igualmente, a
Maria, para anunciar o nascimento de Jesus (Lc 1.1-38). Como veremos, no
capítulo nove ele aparece novamente a Daniel.
3. O tempo do fim (Dn 8.17). Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, "o
fim do tempo", neste caso é uma alusão a todo o período entre o final do exílio
e a segunda vinda de Cristo". Os governantes e impérios visto por Daniel no
capítulo oito já não existem mais. Homens como Alexandre e Epifânio
morreram e seus impérios chegaram ao fim, pois os reinos deste mundo são
efêmeros. Somente um reino nunca terá fim o reino do Messias: "O reino, e o
domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo
dos santos do Altíssimo; o seu reino será reino eterno, e todos os domínios o
servirão e lhe obedecerão" (Dn 7.27).
Deus é soberano e a história do mundo faz parte dos seus desígnios. Ele conhece
toda a história, começo e fim. O futuro do homem e do mundo está sob o olhar do
Altíssimo