Livro de atas 40º Congresso Técnico-Científico da Associação Portuguesa
de Técnicos de Natação
APTN, 2017
40º CONGRESSO TÉCNICO-CIENTÍFICO DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TÉCNICOS DE NATAÇÃO
2
FICHA TÉCNICA
Título: Livro de atas do 40.º Congresso Técnico-Científico da Associação Portuguesa de Técnicos de Natação
Coordenação: Aldo M. Costa, Mário J. Costa, Ana T. Conceição, Hugo Louro, Nuno D. Garrido
Autores: vários
Design gráfico: Rui Espinho
Editora: Associação Portuguesa de Técnicos de Natação
Suporte: eletrónico
Formato: PDF / PDF/A
ISBN: 978-989-98608-3-4
Reservados todos os direitos.
A reprodução, cópia e transmissão do conteúdo, por qualquer forma, não pode ser realizada sem o consentimento escrito
individual de cada autor.
www.aptn.pt
40º CONGRESSO TÉCNICO-CIENTÍFICO DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TÉCNICOS DE NATAÇÃO
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CONTEÚDOS
Comissões 6
Programa do congresso 7
Resumos das conferências
A prestação de serviços em ciências do desporto a nadadores olímpicos: o papel das
equipas de suporte desde a definição de objetivos até à análise da prova. [Tiago Barbosa]
11
Aspetos pedagógicos no ensino da competência aquática para a prevenção dos
acidentes e riscos de afogamento. [Robert K. Stallman]
13
Uso da velocidade crítica aeróbia e anaeróbia para o cálculo de zonas de treino. [Henrique
Neiva]
20
Metodologia de planeamento para provas de águas abertas. [Ricardo Antunes] 22
Personalidade e preparação de uma campeã Europeia e nadadora Olímpica. [Luís
Cameira]
24
O ensino da natação em adultos – metodologia facilitadora do processo ensino-
aprendizagem. [Hélder Freitas]
25
O circuito aquático CEReKi: um método original de ensino da adaptação ao meio
aquático para a primeira infância. [Liliane Morgado, Anne Delvaux & Boris Jidovtseff]
27
Fitness aquático: velhas teorias, novas tendências. [Susana Soares] 29
Aquafuncional e AquaTraining: diferentes abordagens? [Ricardo Maia] 31
Gondomar Cidade Europeia do Desporto 2017. [Sandra Almeida] 33
A organização de uma escola de natação: dos princípios orientadores à estruturação
pedagógica. [Pedro Morais]
35
Início de Ciclo Paralímpico - particularidades dos nadadores com síndrome de Down.
[Ana Querido]
37
Das novas tendências aos novos desafios do treino em natação sincronizada. [Maria Luísa
Leite]
39
Adaptação ao meio aquático do bebé – intervenção sistematizada com base no
desenvolvimento motor. [Carlos Veloso & Eduarda Veloso]
41
40º CONGRESSO TÉCNICO-CIENTÍFICO DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TÉCNICOS DE NATAÇÃO
4
Mesa Redonda: Carreiras duais dos praticantes desportivos: casos práticos de
conciliação entre o desporto de alto rendimento e as atividades académicas no ensino
secundário e superior. [Vítor Pardal]
43
Mesa Redonda: Carreiras duais dos praticantes desportivos: casos práticos de
conciliação entre o desporto de alto rendimento e as atividades académicas no ensino
secundário e superior. [António J. Silva]
47
Resumos das comunicações orais livres
Efeito agudo nas variáveis metabólicas e biomecânicas durante um treino de natação
após uma sessão de força máxima em seco. [Gavriil Arsoniadis, Gerasimos Terzis, Grigoris
Bogdanis, Ioannis Nikitakis, Ioannis Malliaros, Alexandros Moraris, Diogo D. Carvalho, Rodrigo Zacca,
Argyris Toubekis]
50
Correlação entre a potência muscular e a performance de nado. [Mª Helena Gil, António C.
Sousa, Henrique P. Neiva, Daniel A. Marinho]
52
Efeito de um programa de treino em seco na postura de protração dos ombros em
nadadores (sincronizada e natação pura). [Ana Carrageta, João Paulo Sousa, João Malta, Nuno
Batalha]
54
Efeitos do exercício vibratório na força e composição corporal em jovens nadadoras.
[Pires, A.P., Raimundo, A.M., Bravo, J., Batalha, N.]
56
Evolução cronométrica e fisiológica de nadadores cadetes e infantis durante um
macrociclo de treino. [Sara Ferreira, Diogo Carvalho, Antero Almeida, André Bastos, Carla Sousa,
Sónia Vilar, Teófilo Relvas, Argyris Toubekis, Ricardo Fernandes]
58
Planeamento e periodização de um macrociclo de treino para nadadores Masters. [Ana
Sofia Monteiro, Aléxia Fernandes, Diogo Carvalho, João Paulo Vilas-Boas, Ricardo J. Fernandes, Sónia Vilar]
60
Hábitos de hidratação de jovens nadadores portugueses em dois microciclos de cargas
contrastantes. [Cipriano, S., Massart, A., Rezende, M., Nunes, A., Rama, L.]
62
Potencial da monitorização da variabilidade da frequência cardíaca (vfc) durante o
período de taper no desempenho competitivo de nadadores jovens.
[João Viola, Mônica Rezende, Luís Rama]
64
O impacto de um programa de controlo emocional no desempenho desportivo de
jovens nadadores. [Sebastião Santos, José Alves]
66
A relação entre a velocidade de nado e as variáveis de força em nadadores
universitários. [Lopes, T.J., Gonçalves, C.A., Graça, C., Neiva, H.P., Marinho, D.A.]
68
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5
Representatividade de cenários ofensivos na avaliação dos comportamentos percetivo-
cognitivos de jogadores de Polo Aquático. [Pereira, R., Fernandes, R.J., Canossa, S., Padilha, M.,
Bagatin, R., Tavares, F., Casanova, F.]
70
Velocidade segmentar na técnica de crol. [Raul F. Bartolomeu, Mário J. Costa, Tiago M. Barbosa] 72
Organização do ensino da natação no 1º ciclo do ensino básico na região autónoma da
Madeira. [Joana Castro]
74
A competência aquática real e percebida de crianças de 6 a 10 anos em habilidades
identificadas como relevantes na sobrevivência no meio aquático. [Alexandra Frias, Nuno
Garrido, António J. Silva, Aldo M. Costa]
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6
COMISSÕES
Comissão de honra:
Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins
Presidente do Conselho Diretivo do Instituto Português da Juventude e do Desporto, Augusto
Baganha
Presidente do Comité Olímpico de Portugal, José Manuel Constantino
Presidente do Comité Paralímpico de Portugal, José Manuel Lourenço
Presidente da Federação Portuguesa de Natação, António José Silva
Presidente da Confederação de Treinadores de Portugal, Pedro Sequeira
Presidência do congresso:
Presidente da Associação Portuguesa de Técnicos de Natação, Aldo Matos da Costa
Comissão organizadora:
Associação Portuguesa de Técnicos de Natação: Aldo M. Costa, Mário Costa, Hugo Louro, Nuno
Garrido e Ana T. Conceição
Câmara Municipal de Gondomar: Paula Soares, Odete Silva, Carlos Guedes, Fernando Jorge e Maria
do Sameiro Moura.
Comissão científica:
Daniel A. Marinho (Departamento de Ciências do Desporto, Universidade da Beira Interior)
Luís Rama (Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física, Universidade de Coimbra)
Jorge Campaniço (Departamento de Desporto Exercício e Saúde, Universidade de Trás-os-Montes e
Alto Douro)
Marta Martins (Escola Superior de Desporto de Rio Maior, Instituto Politécnico de Santarém)
Nuno Batalha (Departamento de Desporto e Saúde, Universidade de Évora)
Pedro Guedes de Carvalho (Departamento de Gestão e Economia, Universidade da Beira Interior)
Ricardo Fernandes (Faculdade de Desporto, Universidade do Porto)
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PROGRAMA DO CONGRESSO
29 de abril de 2017
09h00……….. [Secretariado] Receção dos participantes
[Sessão plenária]:
10h00……….. [Sala D’Ouro] Cerimónia de abertura
Intervalo
11h15….12h00 [Sala D’Ouro] A prestação de serviços em ciências do desporto a nadadores olímpicos: o
papel das equipas de suporte desde a definição de objetivos até à análise da
prova
[Tiago Barbosa)
12h00….12h45 [Sala D’Ouro] Aspetos pedagógicos no ensino da competência aquática para a prevenção
dos acidentes e riscos de afogamento
[Robert K. Stallman]
[Sessão paralela de comunicações orais livres: treino desportivo 1]:
14h45….15h00 [Sala 1]
Efeito agudo nas variáveis metabólicas e biomecânicas durante um treino de
natação após uma sessão de força máxima em seco
[Arsoniadis, G., Terzis, G., Bogdanis, G., Nikitakis, I., Malliaros, I.,
Moraris, A., Carvalho, D. D., Zacca, R., Toubekis, A.]
15h00….15h15 [Sala 1]
Correlação entre a potência muscular e a performance de nado
[Gil, M. H., Sousa, A. C., Neiva, H. P., Marinho, D. A.]
15h15….15h30 [Sala 1]
Efeito de um programa de treino em seco na postura de protração dos
ombros em atletas de natação sincronizada e natação pura desportiva
[Carrageta, A., Sousa, J. P., Malta, J., Batalha, N.]
15h30….15h45 [Sala 1]
Efeitos do exercício vibratório na força e composição corporal em jovens
nadadoras.
[Pires, A. P., Raimundo, A. M., Bravo, J., Batalha, N.]
[Sessão paralela de comunicações orais livres: treino desportivo 2]:
14h45….15h00 [Sala 2] Evolução cronométrica e fisiológica de nadadores cadetes e infantis durante
um macrociclo de treino
[Ferreira, S., Carvalho, D., Almeida, A., Bastos, A., Sousa, C.,
Vilar, S., Relvas, T., Toubekis, A., Fernandes, R. J.]
15h00….15h15 [Sala 2] Planeamento e periodização de um macrociclo de treino para nadadores
masters
[Monteiro, A. S., Fernandes, A., Carvalho, D.,
Vilas-Boas, J. P., Fernandes, R. J., Vilar, S.]
15h15….15h30 [Sala 2] Hábitos de hidratação de jovens nadadores portugueses em dois microciclos
de cargas contrastantes
[Cipriano, S., Massart, A., Rezende, M., Nunes, A., Rama, L.]
15h30….15h45 [Sala 2] Potencial da monitorização da variabilidade da frequência cardíaca durante o
período de Taper no desempenho competitivo de nadadores jovens
[Viola, J., Rezende, M., Rama, L.]
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[Sessão paralela de comunicações orais livres: treino desportivo 3]:
14h45….15h00 [Sala 3] Impacto de um programa de controlo emocional no desempenho desportivo
de jovens nadadores
[Santos, S. F., Alves, J. A. M]
15h00….15h15 [Sala 3] A relação entre a velocidade de nado e as variáveis de força em nadadores
universitários
[Lopes, T.J. Gonçalves, C. A., Graça, C., Neiva, H. P., Marinho, D.A.]
15h15….15h30 [Sala 3] Representatividade de cenários ofensivos na avaliação dos comportamentos
percetivo-cognitivos de jogadores de polo aquático
[Pereira, R., Fernandes, R., Canossa, S., Padilha, M.,
Bagatin, R., Tavares, F., Casanova, F.]
[Sessão paralela de comunicações orais livres: ensino da natação]:
14h45….15h00 [Sala 4] Velocidade segmentar na técnica de crol
[Bartolomeu, R., Costa, M. J., Barbosa, T. M.]
15h00….15h15 [Sala 4] Organização do ensino da natação no 1º ciclo do ensino básico na região
autónoma da madeira
[Castro, J.] 15h15….15h30 [Sala 4] A competência aquática real e percebida de crianças de 6 a 10 anos em
habilidades identificadas como relevantes na sobrevivência no meio aquático.
[Frias, A., Garrido, N., Costa, A. M.]
[Sessão paralela: treino desportivo]:
16h00….17h00 [Piscina
municipal de
Gondomar]
Uso da velocidade crítica aeróbia e anaeróbia para o cálculo de zonas de treino
[Henrique Neiva]
Intervalo
17h15….18h00 [Sala D’Ouro] Metodologia de planeamento para provas de águas abertas
[Ricardo Antunes)
18h00….18h45 [Sala D’Ouro] Personalidade e preparação de uma campeã Europeia e nadadora Olímpica
[Luís Cameira)
[Sessão paralela: ensino da natação]:
16h00….16h45 [Sala 1] O ensino da natação em adultos – metodologia facilitadora do processo ensino-aprendizagem
[Helder Freitas]
Intervalo
17h15….18h00 [Sala 1] O circuito aquático CEReKi: um método original de ensino da adaptação ao meio aquático para a primeira infância
[Boris Jidovtseff, Liliane Morgado & Anne Delvaux]
18h15….19h00 [Piscina
municipal de
Gondomar]
Continuação (parte prática)
[Sessão paralela: fitness aquático]:
16h00….16h45 [Piscina municipal de Valbom]
Fitness aquático: velhas teorias, novas tendências [Susana Soares]
17h00….17h45 [Piscina municipal de Valbom]
Aquafuncional e AquaTraining: diferentes abordagens? [Ricardo Maia]
Intervalo 18h00….18h45 [Piscina municipal
de Valbom] (continuação – parte prática)
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[Sessão paralela: direção técnica, gestão de piscinas]:
16h00….16h45 [Sala 3] Gondomar Cidade Europeia do Desporto 2017 [Sandra Almeida]
Intervalo 17h15….18h00 [Sala 3] Modelos atuais de manutenção técnica de piscinas
[Vitorino Beleza] 18h00….18h45 [Sala 3] A organização de uma escola de natação: dos princípios orientadores à
estruturação pedagógica [Pedro Morais]
19h00….20h00 [Hall de entrada,
Pavilhão multiusos] Mostra local de filigrana
20h00……… [Nave central, Pavilhão multiusos]
Jantar oficial do congresso
22h00……… [Nave central, Pavilhão multiusos]
Cerimónia de reconhecimento de mérito APTN
30 de abril de 2017
[Sessão paralela: treino desportivo]:
09h30….10h15 [Sala 1] Início de Ciclo Paralímpico - particularidades dos nadadores com síndrome de
Down
[Ana Querido]
10h15….11h00 [Sala 1] Das novas tendências aos novos desafios do treino em natação sincronizada
[Luísa Leite]
[Sessão paralela: ensino da natação]:
09h30….11h00 [Sala D’Ouro] Adaptação ao meio aquático do bebé – intervenção sistematizada com base no desenvolvimento motor
[Carlos Veloso & Eduarda Veloso]
[Sessão paralela: fitness aquático]:
09h30….10h15 [Piscina municipal
de Valbom] AquaPilates
[Rita Carvalho]
10h15….11h00 [Piscina municipal
de Valbom] AquaHIGH
[Cristina Senra]
[Sessão paralela: direção técnica, gestão de piscinas]:
09h30….11h00 [Sala 2] Encontro Nacional de Escolas de Natação Certificadas FPN [Pedro Mortágua Soares]
[Sessão plenária]:
11h15….11h45 11h45….12h45
[Sala D’Ouro]
[Sala D’Ouro]
Análise ao enquadramento legal das instalações desportivas e piscinas de uso
público
[Paulo Falé]
Mesa Redonda: Carreiras duais dos praticantes desportivos: casos práticos de conciliação entre o desporto de alto rendimento e as atividades académicas no ensino secundário e superior
[Vítor Pardal, Mário Santos & António José Silva]
12h45….13h00 [Sala D’Ouro] Cerimónia de encerramento
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Resumos das conferências
[Tiago Barbosa]
[Robert K. Stallman]
[Henrique Neiva]
[Ricardo Antunes]
[Luís Cameira]
[Hélder Freitas]
[Boris Jidovtseff, Liliane Morgado &
Anne Delvaux]
[Susana Soares]
[Ricardo Maia]
[Sandra Almeida]
[Pedro Morais]
[Ana Querido]
[Maria Luísa Leite]
[Carlos Veloso & Eduarda Veloso]
[Vítor Pardal]
[António J. Silva]
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A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM CIÊNCIAS DO DESPORTO A NADADORES OLÍMPICOS: O PAPEL DAS
EQUIPAS DE SUPORTE DESDE A DEFINIÇÃO DE OBJECTIVOS ATÉ À ANÁLISE DA PROVA.
Tiago M. Barbosa 1,2,3
1 Nanyang Technological University, Singapura
2 Instituto Politécnico de Bragança, Portugal
3 Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano-CIDESD, Portugal
A Natação Pura Desportiva será a modalidade olímpica mais competitiva neste momento.
Aproximadamente 900 nadadores competem nos Jogos Olímpicos, havendo disponíveis apenas 96
medalhas.
A produção científica sobre natação em revista indexadas e com revisão pelos pares tem vindo a
aumentar exponencialmente na última década. Uma tendência crescente nos países que aspiram
chegar ao topo do medalheiro olímpico em NPD é a existência de equipas de suporte multidisciplinares
a tempo inteiro que prestam serviços altamente especializados e personalizados em ciências do
desporto. É missão destas equipas multidisciplinares efetuarem a translação do conhecimento
produzido em informação com relevância para nadadores e técnicos. O seu principal papel é a
aplicação de conhecimento científico no sentido de fornecer dados analíticos do desempenho do
nadador.
Estas equipas estão na dependência dos organismos federativos nacionais (Gabinetes de Controlo e
Avaliação) ou reportam diretamente ao governo (Institutos de Ciências do Desporto). A tabela 1 lista
o topo do medalheiro olímpico em natação nos jogos Olímpicos do Rio 2016 e se o respetivo país tem
uma estrutura de apoio.
Os serviços envolvem a utilização de análises com recurso a métodos experimentais, simulações
computacionais ou procedimentos analíticos. Alguns dos serviços prestados aos atletas de elite (i.e.
nadadores olímpicos) consistem na: (i) definição de objetivos competitivos e tempos-alvo de prova;
(ii) definição de estratégia de prova; (iii) controlo do programa de treino e; (iv) análise da prova.
Nesta comunicação serão apresentados alguns destes serviços prestados aos nadadores olímpicos e
apresentados casos práticos.
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Tabela 1. Topo do medalheiro olímpico em natação nos Jogos Olímpicos do Rio 2016.
POS. PAÍS OURO PRATA BRONZE ESTRUTURA DE
APOIO
1º EUA 16 8 9 SIM
2º AUSTRÁLIA 3 4 3 SIM
3º HUNGRIA 3 2 2
4º JAPÃO 2 2 3 SIM
5º HOLANDA 2 0 0 SIM
6º GRÃ-BRETANHA 1 5 0 SIM
7º CHINA 1 2 3 SIM
8º CANADÁ 1 1 4 SIM
9º ITÁLIA 1 1 2 SIM
10º SUÉCIA 1 1 1 SIM
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13
PEDAGOGICAL STRATEGIES FOR ACHIEVING COMPREHENSIVE WATER COMPETENCE
Robert Keig Stallman 1
1 The Norwegian Lifesaving Society, The Lifesaving Foundation, The Tanzanian Lifesaving Society, The Norwegian School of
Sport Science
Introduction
Drowning is a multifaceted and complex phenomenon that has, at its heart, the way in which humans
interact with their aquatic environment (Moran, 2006). Teaching people to cope with the risk of
drowning through the acquisition of swimming skills is one of the more important drowning
prevention interventions. The aim of this paper is to present several pedagogical strategies which
might assist in helping people achieve water competence, and thus be less susceptible to the risk of
drowning. Water competence is defined as the sum of all personal aquatic movements that help
prevent drowning, as well as the associated water safety knowledge, attitudes, and behaviors that
facilitate safety in, on, and around water (Moran, 2013). The table below lists essential competencies,
each supported by research evidence showing protective value (Stallman, Moran, Langendorfer,
Quan, In press).
Table 1: Water competencies.
1
Safe entry
a) Entry into water
b) Surface and level off
9 Clothed water competencies
2 Breath control:
Integrated and effective breathing 10 Open water competencies
3
Stationary surface competencies
a) Buoyancy control: Floating
b) Treading water
11 Knowledge of local hazards
4
Water orientation competencies
a) Roll from front to back, back to front
b) Turn, L & R, on Front & Back
12 Coping with risk
- awareness, assessment, and avoidance
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14
5
Swimming competencies
a) Swim on the front
b) Swim on the back
13 Assess personal competency
6
Underwater competencies
a) Surface dive
b) Swim underwater
14 Recognize/assist a drowning person
7 Safe exit
15 Water Safety Attitudes & values
8 Use of personal flotation devices (PFDs)
Parallel Teaching: Individualize Learning
Maximal learning occurs when an individual is empowered to learn according to their own experience,
background, development and needs. However, swimming teachers often consider individualizing
teaching as too difficult and time consuming. It need not be. Experienced, reflective teachers find it
challenging, entertaining and rewarding. The consequence of not individualizing, is that there are
always some learners left behind. Parallel teaching is a strategy to individualize and to maximize
learning.
Consider learning to ride a bike. This is usually unassisted. There is no teaching, only learning. The
learner chooses each step. At any stage in the learning process, there are always several possible steps.
There is continuous feedback. Every loss of balance or unsteady, inefficient movement, gives feedback.
It is this feedback that allows self-adjustment. There are no mistakes. Every trial assists in the learning
process. An observer would not know which step is most appropriate. But the learner does. Let them
show the way!
Children usually learn more than one thing at a time. We can take advantage of this. In most
standardized progressions, there are multiple opportunities to present two or more skills at the same
time. However, the optimal progression for one may not be optimal for another (Langendorfer &
Bruya, 1995). One of the best examples is floating on the front and floating on the back. These skills
are aspects of buoyancy control and similar in that respect. Although similar in degree of difficulty,
some children will naturally learn one first, others will learn the other first. Introduce both skills at
roughly the same time. Let the learners try both. Let each learner choose. Focus on the option they
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have chosen. Return to the one they did not choose afterward. They will soon become roughly equally
proficient at both.
Having used this strategy, each learner is engaged in what they are ready for. None are left behind
waiting for what they are most ready for, what they would have chosen themselves. All are busy. They
will thus benefit from a) increased activity, b) ease of learning, generating a sense of mastery,
increasing motivation, c) possible transfer of learning from one skill to the other. Let the learner show
the way!
A B
Fig. 1 - Some Prefer Front Fig. 2 - Some Prefer Back
Balanced Progress: Optimal Protection in a Survival Context
In any drowning episode, some weak or missing skill is usually the factor which triggers the emergency.
Finally the foundation collapses and the “episode” becomes a drowning. Identifying these “causes” of
drowning tells us what should be learned (Fig. 3), i.e. what should be taught . In depth interviews of
survivors of drowning have identified many of these “weakest links” (Stallman, 2008).
At any given stage of aquatic skill development, the optimal level of protection is achieved when all
essential elements are evenly developed. The arrows above in Fig. 4 represent individual essential
skills. On the left, some are poorly developed while others are well developed. On the right, all are
roughly equally well developed. Whether one can swim 10 meters or 10,000 meters on the front, they
should be able to do the same on the back. If one can swim for one minute or 1000 minutes, one
should be able to stop and rest for the same amount of time.
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16
Causesof
Drowning
How toTrain
TeachersWhat Should
BeTaught
Missing Skills
CanSwim
Fig. 3 - Causes of Drowning: What Should be Taught Fig. 4 - Unbalanced vs Balanced Progress
When skill development is uneven, weak spots or holes are left in the foundation. Because
foundational skills are weak or missing, the next row of blocks (skills) is weaker. Pressure grows as the
wall gets higher. One missing block leads to another. A fault line develops. Finally, the wall collapses.
A weak or missing essential survival skill has triggered a drowning episode.
Fig. 5 - Weak or missing competencies.
Failing to complete the first row compounds itself in weakness of the second row and so on. The
inexperienced instructor continues to build the wall higher, not seeing the weaknesses as they appear.
In fact, this instructor may actually contribute to creating a weak swimmer who is more at risk of
drowning.
Propulsion control - stroking
Postural Control - gliding
Buoyancy Control - floating
Breath Control - breathing; submersion
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17
The Whole is Greater than the Sum of the Parts
In a drowning episode a victim is threatened by challenge to several competencies, often, one leading
to another. There are relationships between these competencies which seem to have their own
identity. These relationships are a kind of “critical mass”. What is this critical mass? To better
understand the whole (the drowning scenario) we must make sense of the relationships between the
parts.
The whole is the drowning episode. The parts are both the missing factors named by drowning
survivors, and the competencies proposed in teaching for drowning prevention. We need greater
understanding of these relationships between the “parts”, precisely to better understand the whole.
The relationships are outside of the elements themselves, a unique entity. They are the “glue” holding
the elements together. An example is that breath control is related to buoyancy control. How much
we breathe in and out determines how we float. We can no more separate breath control from
buoyancy control than we can separate the parts of an atom. In simplified terms, when we “split” the
atom, driving the parts from one another, we destroy the atom.
Fig. 6 - Parts too far apart, weak. Fig. 7 - Relationships: The “glue” or
Relationships cannot develop critical mass
As a river cascades down its bed, it grows in volume. One might say, it’s critical mass increases. The
steps can be compared to the steps in any teaching progression. On the way, we add each new step
to the former steps, a cumulative effect.
Over time, each step is also consolidated, i.e. strengthened. And, the relationships between the steps
are strengthened and the critical mass or “added value”
increases. The learner is much better equipped to cope with risk, is rapidly approaching “water
competence”.
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18
0+
1 1+
2 The cumulative effect &
1+ (+) 2 + X consolidation
3 1+ 2+ 3 + X+
Steps in the teaching progression 4 1+2+3+4 + X++ etc.
Fig.8 - The cascade effect
Summary
Parallel teaching is designed to help us individualize, to reach every learner, on their own premises.
Rather than requiring more preparation, it is in fact more a matter of changing our attitudes. It is a
way of thinking – and a way of being. As teachers, we must be there for everyone. A consequence of
parallel teaching can be balanced progress. Given the unpredictable evolution of a drowning scenario,
as many possibilities as possible must be prepared for – in advance. This demands a certain balance,
ensuring that whatever the challenge, one is as prepared as possible. The cascade effect reminds us
that the cumulative effect of combining the teaching elements of any progression, along the way, is
the best method of simulating an actual drowning scenario. The consolidation of each teaching
element when combining it with the others, in a snowball of growing size, is thus, the best way to
prepare for an unpredictable emergency.
References
Buonomano, D. (2011). Brain Bugs. W.W. Norton & Co. New York, NY.
Cureton, T.K. Jr. (1949). Swimming. The Association Press, YMCA. New York
Junge, M. (1984). Beginning Swimming. Unpublished MSc Thesis, Norwegian School of Sport Science,
Oslo, Norway.
Junge, M., Blixt, T., Stallman, R. (2010). The Construct Validity of a Traditional 25m Test of Swimming
Competence. Proceedings; The XI Int. Symposium for Biomechanics and Medicine in Swimming, Edits.
40º CONGRESSO TÉCNICO-CIENTÍFICO DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TÉCNICOS DE NATAÇÃO
19
Langendorfer, S.J., & Bruya, L.D. (1995). Aquatic readiness. Champaign, IL: Human Kinetics.
Lanoue, F. (1963). Drownproofing. Englewood Cliffs, NJ: Prentiss-Hall.
Moran, K. (2006). Re-Thinking drowning risk: the role of water safety knowledge, attitudes and
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Massey University.
Moran, K. & Stanley, T. (2006). Toddler drowning prevention: Teaching parents about water safety in
conjunction with their child’s in-water lessons. International Journal of Injury Control and Safety
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Moran, K., Moran, K. & Willcox S. (2013). Water safety practices and perceptions of ‘new’ New
Zealanders. International Journal of Aquatic Research and Education, 7(2), 136-146.
Oliveira, L., Aranha, A., Resende, R., Cardoso, E., Pimenta, N. & Garrido, N. (2013). Can we test
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Competence: Towards a More Inclusive Drowning Prevention Future. International Journal of Aquatic
Research and Education.
40º CONGRESSO TÉCNICO-CIENTÍFICO DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TÉCNICOS DE NATAÇÃO
20
USO DA VELOCIDADE CRÍTICA AERÓBIA E ANAERÓBIA PARA O CÁLCULO DE ZONAS DE TREINO
Henrique P. Neiva 1, 2, Daniel A. Marinho 1,2,3
1 Universidade da Beira Interior. Departamento de Ciências do Desporto (UBI, Covilhã. Portugal)
2 Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano (CIDESD, Portugal)
3 Federação Portuguesa de Natação (FPN, Cruz Quebrada, Portugal)
Introdução e desenvolvimento
O processo de treino requer uma programação e um controlo regular de diferentes variáveis.
Atualmente, a comunidade técnica e científica é unanime em relação à importância destes processos
de avaliação e controlo do treino para potenciar o rendimento desportivo dos nadadores. Cada vez
mais estes processos têm vindo a ser considerados parâmetros fundamentais para que o treinador
possa conduzir eficientemente o programa de treino, avaliando o estado de desenvolvimento dos
pressupostos de rendimento. Desta forma, procura-se o aumento da qualidade e da quantidade de
informação útil disponível ao treinador e nadador, fundamental para a maximização do processo de
treino e consequente obtenção de um melhor rendimento desportivo. As principais dificuldades
apresentadas habitualmente pelos treinadores para a não aplicação de métodos validados prendem-
se com a escassez de tempo, espaço e de recursos. No entanto, hoje-em-dia, recorrendo à avaliação
da velocidade máxima de nado e da velocidade crítica de nado, conseguimos, com fiabilidade, realizar
este controlo e consequentemente planear e programar o treino, nomeadamente naquilo que diz
respeito às séries de treino, à distribuição dos nadadores por pistas e com intervalos/saídas distintas,
e à constante monotorização do rendimento do nadador no decorrer da época.
Métodos
Os testes implementados foram precedidos de um aquecimento de 1200m (Marinho & Neiva, 2017)
e realizados em piscina de 50m. Para determinação da velocidade crítica aeróbia foram utilizadas as
distâncias de 50m e de 400m, nadadas à máxima velocidade na técnica de crol. As duas distâncias
foram avaliadas no mesmo dia, com uma recuperação ativa superior a 15min entre as mesmas
(primeiro os 50m e depois os 400m). Por forma a completar a avaliação bioenergética do nadador,
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procedemos à determinação da velocidade máxima aos 15m e 50m na melhor técnica de nado
individual, idealmente realizado num dia diferente.
Resultados
A análise dos dados compreendeu a representação gráfica das distâncias nadadas e respetivos tempos
de nado individuais, obtendo retas do tipo y=ax+b, em que y equivale à distância (m), a é o declive da
reta correspondente a uma velocidade crítica (m.s-1), x corresponde ao tempo (s) e b é o valor da
ordenada na origem. Foi assim possível determinar a velocidade crítica anaeróbia (15 e 50m) e aeróbia
(50 e 400m). A partir destas velocidades calculados foi permitido determinar as velocidades de nado
através de tabelas pré-estabelecidas (Urbanchek, 2012).
Discussão
Com estes métodos pretendemos ajudar os técnicos a prescreverem tarefas recorrendo a diferentes
velocidades de nado, de forma simples, pouco dispendiosa e recorrendo a testes de fácil
implementação.
Referências
Marinho, D.A. & Neiva, H.P. (2017). O aquecimento desportivo em natação pura: proposta
metodológica para os grupos pré-juniores. Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Desportivo, Comité
Olímpico de Portugal,1-8.
Urbanchek, J. (2012). Midle-distance training for all strokes. In D. Hannula, N. Thornton (Eds.), The
swim coaching bible, volume II. Champaign, Il: Human Kinetics; pp. 235-50.
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METODOLOGIA DE PLANEAMENTO PARA PROVAS DE ÁGUAS ABERTAS
Ricardo Jorge da Costa Antunes 1
1 Treinador da ASSSCC; Treinado de Grau III – Natação Pura; Licenciado em Educação Física e Desporto pela FCDEF-UP –
Opção de Rendimento Natação; Master em Treino de Alto Rendimento pelo COE/Universidade Autónoma de Madrid
Introdução e desenvolvimento
As águas abertas apesar de terem surgiram há muitos anos no panorama internacional, passando a
ter maior referência a partir do ano 2008, com a inclusão da prova dos 10km no programa dos Jogos
Olímpicos de Pequim. Desde este ano, o investimento técnico e científico tem tido um grande
crescimento e desenvolvimento. Pretendemos apresentar algumas formas de preparação específica
para as competições de águas abertas.
Métodos
Apresentação do modelo base de planeamento para provas de águas abertas, tendo como referência
a “pirâmide de sucesso” apresentada por Munatones (2011), onde enquadramos:
Período preparatório geral, o treino de base, a velocidade de base e a tolerância à distância.
Período preparatório específico, o ritmo competitivo específico, o treino de técnicas e destrezas
específicas e a aclimatização às águas abertas.
Período competitivo, o treino do conhecimento tático.
Resultados
O nadador desta especialidade necessita de dispor inicialmente de conteúdos básicos de treino da
resistência: o treino do limiar aeróbio e anaeróbio, o treino da capacidade aeróbia e a resistência da
força mista. Com este trabalho, pretendemos aumentar as reservas de resistência e facilitar a
transferência ao desenvolvimento da resistência específica. No desenvolvimento da resistência
específica, o metabolismo pela via anaeróbia é decisivo no resultado desportivo, pelo que pretendemos
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potenciar a utilização das reservas de glicogénio e das reservas de gorduras, efetuando trabalho
específico através do aumento do limiar aeróbio e anaeróbio (Navarro & Arsénio, 2002).
Tabela 1: Planeamento da resistência de base e específica em provas de 5/10 km (Navarro & Arsénio, 2002).
Limiar Aeróbio
Limiar Anaeróbio
Capacidade Aeróbia
Resistência da Força Mista
Resistência da Força Aeróbia
Discussão
Relativamente à evolução dos ritmos de nado, os princípios de treino em nada diferem com a natação
pura desportiva, com a necessidade de adaptação dos conteúdos de treino em função da duração da
prova a realizar. Existe a necessidade de trabalhar as condições imprevisíveis que se encontram em
competição, bem como as técnicas específicas desta modalidade.
Referências
Munatones, S. (2011). Open Water Swimming. Human Kinetics.
Navarro, F. & Arsenio, O. (2002). Natacion II – La Natacion y su Entrenamiento. Editorial Gymnos.
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PERSONALIDADE E PREPARAÇÃO DUMA CAMPEÃ EUROPEIA E NADADORA OLÍMPICA
Luís Cameira1
1 Diretor Técnico e Técnico Principal do Sporting Clube de Braga; Assistente Convidado da Escola Superior de Desporto e
Lazer de Melgaço
Na Comunicação, inicio a mesma abordando a progressão, época após época, do rendimento de
Tamila Holub
Abordarei a influência da educação de “leste”, na sua preparação e evolução, nomeadamente o papel
da mãe na sua educação e na sua disciplina de treino.
De seguida, falo da relação “Escola versus Treino de Alta Competição” e das medidas adotados pelo
SC Braga de forma à nadadora poder conciliar essas duas vertentes.
Abordando a preparação da atleta, falo da importância de uma equipa multidisciplinar de preparação
e da sua composição.
Caracterizo a nadadora, iniciando pela sua mentalidade competitiva e de treino.
Em relação à sua preparação específica, abordo o tema do Controlo e avaliação do treino.
Analisando as suas lacunas de preparação, analiso o seu treino físico em seco, o treino físico na água
e o treino técnico.
Abordo a relação Volume versus Intensidade em relação a esta nadadora em particular, apresentando
exemplos de Macrociclos, Microciclos, Séries de treino e o seu Tapper.
Apresento a importância na sua preparação dos 4 Estágios em Altitude realizados.
Finalizo a comunicação como começo – estes resultados só foram possíveis devido ao seu “Foco” nos
objetivos e nos meios para os alcançar.
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O ENSINO DA NATAÇÃO EM ADULTOS – METODOLOGIA FACILITADORA DO PROCESSO ENSINO-
APRENDIZAGEM
Hélder Freitas1
1 Centro de Investigação em Atividade Física e Saúde - Faculdade de Desporto da Universidade do Porto
Quando estudamos um ser humano temos que considerar o todo: o físico, mental e social. Toda a sua
formação suas experiências, seus desejos, seu pensamento, sua linguagem para se expressar e todas
as variáveis que possa ter algum significado para a pessoa, não podemos dissociar as mudanças, essas
acontecem durante a vida toda, já que estamos em constates alterações.
A Natação, como outros tantos desportos, possui características e exigências gerais e especificas
capazes de, por si só, influenciarem determinantemente o estilo de vida das pessoas.
Antes de aprender qualquer técnica específica de nado, é necessário explorar a água, os efeitos desta
sobre o corpo e descobrir quais são as possibilidades de movimento neste meio. Entretanto, há uma
tendência para que alunos, pais e alguns profissionais extremamente preocupados com “resultados
rápidos” no que se refere à execução da técnica dos quatro estilos, menosprezem as atividades
desenvolvidas na etapa de adaptação ao meio aquático, principalmente em Natação com adultos.
Os adultos na primeira aula de Natação, por todo o mundo, fazem sempre a mesma questão aos
professores: eu ainda posso aprender a nadar mariposa com esta idade? A nossa resposta enquanto
profissionais da Natação a esta pergunta é sim vamos aprender algumas coisas. Será difícil aprender
mariposa, mas vai ficar a deslocar-se na água de crol e costas. Depois vem a questão do medo e das
fobias à água, que advêm de traumas, sustos ou outros comportamentos traumatizantes do passado
que condicionam a permanecia destes alunos nas aulas de Natação.
Todos nós sabemos o quanto é bom para nós a natação, pelos seus benefícios comprovados pela
literatura, pelo prazer e relaxamento das propriedades da água etc.
Com esta metodologia os adultos que não sabem nadar, que estão destabilizados, têm fobia à água
ou simplesmente nunca aprendem, vão sentir progressos enormes pelas suas progressões
metodológicas e pela forma como são guiadas.
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Cada aluno possui diferentes tipos de experiências motoras anteriores, diferentes níveis de motivação
e ritmos de aprendizagem.
Dessa forma, a observação clara dos aspectos relacionados à execução das habilidades
e ao alcance das metas, o fornecimento de feedback e a avaliação do progresso da aprendizagem são
feitos individualmente com base no alcance de metas de curto prazo, relacionadas à forma de
execução de cada habilidade.
Baseada nos 4 pilares do movimento humano (locomoção, mudança de nível, puxar e empurrar e
rotações), com forte incidência numa metodologia de Natação inteligente, esta formação vai dotar de
ferramentas práticas para ensino das 4 técnicas de nada em populações adultas.
O produto, nesse caso, é visto como consequência da aprendizagem.
Referências
Tihanyi, J. & Baumann, A. (1989). Swimming with Alex Baumann. A program for competitive and
recreational swimmers. Key Porter Books, Ontario.
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27
O CIRCUITO CEREKI: UMA PROPOSTA METODOLÓGICA ORIGINAL E EFICAZ PARA A ADAPTAÇÃO AO
MEIO AQUÁTICO
Liliane Morgado1,2, Anne Delvaux1,2, Boris Jidovtseff1,2
1 Departamento de Ciências da Motricidade, Universidade Liège, Liège, Bélgica.
2 Centre d'Etude et de Recherche en Kinanthropologie (CEReKi), Universidade de Liège, Bélgica
Em várias piscinas torna-se difícil abordar a adaptação ao meio aquático (AMA) com crianças (dos 3
aos 6 anos) devido às variáveis de contexto. As variáveis de contexto relevantes são piscinas
inadequadas (profundidade, espaço), falta de material e a acentuada heterogeneidade entre as
crianças. Diante desta realidade, o CEReKi desenvolveu uma proposta metodológica de AMA original
que consiste na construção de um circuito dentro de água, resolvendo assim alguns dos problemas
enunciados anteriormente. Em condições desfavoráveis tal como a grande profundidade, a criação
deste "jardim aquático", cuja estrutura básica é uma "rede" estendida à superfície da água, permite a
progressão em total autonomia de crianças em idade pré-escolar.
O circuito permite a realização de uma série de jogos que favorece o desenvolvimento de habilidades
aquáticas básicas tais como: a entrada na água, o equilíbrio horizontal, a imersão, a respiração e a
propulsão. A rede permite que a criança realize uma entrada na água suave e gradual promovendo o
abandono dos apoios plantares. Á medida que vai progredindo, a criança torna-se cada vez mais
autónoma, tornando-se inventora dos seus próprios jogos. Neste circuito vários materiais flutuantes
estão interligados através de barras paralelas que permitem a deslocação das crianças na água sem
que estas "tenham pé".
O "jardim aquático" permite que as crianças se acostumem água e às propriedades que lhe são
características de forma agradável e prazerosa. Os jogos são realizados em total autonomia e
segurança sob a vigia de um professor. Este pode dirigir a atividade ou deixar as crianças inventarem
os seus próprios jogos.
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28
Referências
Asher, K. N., Rivara, F. P., Felix, D., Vance, L., & Dunne, R. (1995). Water safety training as a potential
means of reducing risk of young children's drowning. Injury Prevention, 1(4), 228-233. doi:
10.1136/ip.1.4.228
Barbosa, T. M. & Queirós, T. M. G. (2004). Ensino da natação: uma perspectiva metodológica para a
abordagem das habilidades motoras aquáticas básicas. Ed. Xistarca. Lisboa
Barbosa, T. M., Costa, M. J., Marinho, D. A., Silva, A. J. & Queirós, T. M. G. (2012). A adaptação ao meio
aquático com recurso a situações lúdicas. Educación Física y Deportes, (170).
Catteau, R. & Garoff, G. (1976). L’enseignement de la natation. Paris : Editions Vigot.
Catteau, R., Martinez, C. & Refuggi, C. (1978). La natation. L’enfant et l’activité physique et sportive.
Les éditions sports et plein air.
Namurois G. & Francotte, M. (1993). Un filet pour nager. Revue de l’éducation physique, 33(4), pp.155-
160.
Zumbrunnen, R. & Fouace, J. (2006). Como vencer el miedo al agua y aprender a nadar. Editorial
Paidotribo.
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29
FITNESS AQUÁTICO: VELHAS TEORIAS, NOVAS TENDÊNCIAS
Susana Soares 1, Ricardo Fernandes 1
1 CIFI2D, Faculdade de Desporto, Universidade do Porto, Porto, Portugal
A hidroginástica, enquanto exercício aquático realizado na vertical, congrega uma série de princípios
relacionados com a biomecânica aquática, por um lado, e com o treino desportivo, por outro, que
importa reconhecer e considerar em qualquer variante desta atividade. Serão estes princípios que
devemos enunciar como velhas teorias, não porque estão desatualizadas, mas porque constituem a
base imutável do treino aquático, a qual tem de ser dada a conhecer a todos os jovens profissionais
que começam a dar os primeiros passos enquanto técnicos de exercício físico na área do fitness
aquático.
As novas tendências (ou variantes da hidroginástica ou do fitness aquático) são a prova da capacidade
criativa dos profissionais de fitness aquático e têm de ser situadas no centro de um enquadramento
triangular que é necessário entender para desenvolver uma prática eficaz:
1) são oportunidades de negócio, visando a obtenção de lucro através da fidelização e / ou
angariação de clientes;
2) constituem formas apelativas de exercício, que o promovem e que ajudam a combater o
sedentarismo, sabendo-se, por princípio, que qualquer exercício é melhor do que nenhum;
3) são adaptáveis com base nos princípios biomecânicos e do treino desportivo, ou seja, alteráveis
quando parecem não reunir o conjunto de benefícios / vantagens aclamadas comercialmente
ou não servir uma determinada população.
Um técnico de exercício físico que desenvolva a sua atividade profissional no meio aquático tem
implícita a obrigação de se manter atualizado nas novas tendências do fitness aquático, reconhecendo
as suas forças e fragilidades e alterando-as no sentido de as tornar mais adequadas às populações de
clientes com que trabalhe. Esta atualização é-lhe também exigida para a manutenção da sua carteira
profissional, dada a obrigatoriedade de realização de formação contínua acreditada e creditada a nível
governamental (IPDJ). Nesta comunicação analisaremos algumas dessas tendências, retiradas
aleatoriamente da vasta oferta do mercado (ex: Aquajump, Aquapilates, aquayoga, hidrobikes,
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aquagym, aquatraining, aquazumba, aquafit, aquafitboard, aquaRx, aquabox, …) bem como algumas
novidades materiais (ex: H2O Fit Box, Dynafloat, aquastep, circleaquastep, …) a elas associadas,
enquadrando-as na relação triangular acima enunciada.
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AQUAFUNCIONAL E AQUATRAINING: DIFERENTES ABORDAGENS
Ricardo Maia 1
1 Matosinhosport
Hoje em dia o treino funcional está em voga e o transfere para o meio aquático é algo que está
presente no dia-a-dia dos nossos profissionais. É importante definir estratégias com base fisiológica e
de movimentos estruturados para que os professores consigam ter as ferramentas para distinguir
estes tipos de trabalho tão distintos ao nível organizacional e metodológico.
Como proposta, desenvolvemos áreas distintas de intervenção, ligando o aquafitness a uma vertente
mais próxima da coreografia, das sequências de exercícios interligados e de pequenos blocos
coreográficos que se podem ligar, ou não.
O aquafuncional, por seu lado, vai de encontro a uma abordagem do movimento ligado às funções
específicas das ações diárias, gestos desportivos ou até à funcionalidade articular/muscular.
As duas abordagens pretendem dar ao aluno/individuo, ferramentas para produzir movimento/ações
de uma forma natural, fluída e com a melhor qualidade de movimento possível, prevenindo lesões e
trazendo qualidade de vida a quem frequenta essas aulas.
A definição das estratégias de aula e dos conteúdos práticos a abordar vão dar uma identidade
particular a cada estratégia, proporcionando aos alunos vivências diferentes ao nível fisiológico,
nervoso e propriocetivo.
Referências
Campos, M. A. & Coraucci Neto, B. (2004). Treinamento Funcional Resistido. Rio de Janeiro: Revinter.
Chek, P. (1999). Movement that matters. Vista.CA: A C.H.E.K Institute publication.
D’elia, R. & D’elia, L. (2005). Treinamento funcional: 7º treinamento de professores e instrutores. São
Paulo: SESC - Serviço Social do Comércio.
40º CONGRESSO TÉCNICO-CIENTÍFICO DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TÉCNICOS DE NATAÇÃO
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Dias, K. A. (2011). Treinamento funcional: Um novo conceito de treinamento físico para Idosos.
Cooperativa do Fitness.
Adami, M. (2003). Aquafitness – Treino completo de fitness de baixo impacto. Porto Dorling Kindersley
– Civilização Editores, Lda.
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GONDOMAR CIDADE EUROPEIA DO DESPORTO 2017
Sandra Almeida 1
1 Câmara Municipal de Gondomar
A vontade e o empenho que, desde a primeira hora, colocámos nesta candidatura espelham a forma
dinâmica como encaramos os desafios que se nos colocam, honrando a cada dia que passa o nosso
lema: Gondomar é D’Ouro.
Num território com tradição reconhecida e apreciada na arte da filigrana aplicamos os seus
ensinamentos em muito do que pensamos e fazemos. A grande diversidade das modalidades
desportivas praticadas em Gondomar, afinal, não é mais do que uma construção artística entre os elos
de ouro que, em torno de palcos (como o Douro) e de equipamentos (como o Multiusos) de
excelência, são capazes de se alcandorar a patamares próprios das grandes urbes. Gondomar é um
pólo onde, cada vez mais, é bom viver, graças à oferta múltipla que pratica nos mais variados domínios,
da cultura ao desenvolvimento económico, passando pela atividade desportiva.
A este trabalho em rede, que tem mais de 73 mil cidadãos associados a um clube desportivo concelhio,
só poderíamos corresponder com a candidatura de Gondomar a Cidade Europeia do Desporto. Este
território é, na verdade, um alfobre de desportistas, alguns dos quais de renome internacional. Temos
orgulho nesses atletas e em todos os outros que, distantes de pódios e medalhas, se esforçam
anonimamente por manter uma boa condição física e atlética.
Gondomar a Cidade Europeia do Desporto afigura-se como oportunidade de apresentação de
Gondomar ao Mundo, com enfoque no enorme dinamismo do movimento associativo, no que diz
respeito à organização de atividades e eventos desportivos, bem como a política de promoção
desportiva atualmente existente, pelo que canalizaremos todas as nossas sinergias para demonstrar
que “Gondomar é Desporto”.
O grande objetivo da Cidade Europeia do Desporto é promover a atividade física, saúde e bem-estar
sempre norteado pela inclusão e competição leal, desporto para todos, fazendo com que no final de
2017 Gondomar tenha mais praticantes ativos em todas as modalidades
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A nossa missão: na programação da Cidade Europeia do Desporto 2017 envolver todos os agentes
desportivos, culturais, económicos e sociais do concelho de Gondomar e as principais instituições
desportivas nacionais e internacionais, projetando o território e afirmando o Município num contexto
de desenvolvimento e modernidade.
Desta forma, foram traçados 5 grandes objetivos transversais:
- Promover o território e o lema Gondomar é D’Ouro, através do Desporto;
- Melhorar a cultura desportiva da população e a qualificação dos recursos humanos no desporto ;
- Promover a ética no desporto;
- Promover o empreendedorismo e a empregabilidade e a economia através da cadeia de valor do
desporto em Gondomar;
- Criar uma forte consciência ambiental através do Desporto
Gondomar CED 2017 assenta em três elementos orientadores e que identificam Gondomar, a saber:
- o Rio, porque representa o movimento;
- o Ouro, que representa a riqueza que a CED deixará em Gondomar;
- a Filigrana como símbolo da arte no desporto.
A atribuição a Gondomar da organização da Cidade Europeia do Desporto de 2017 será uma
manifestação que perdurará nas nossas memórias, quer pelo evento em si, quer pela projeção que
proporcionará à prática desportiva. E será, também, uma afirmação plena de um Gondomar D’Ouro.
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ORGANIZAÇÃO DE UMA ESCOLA DE NATAÇÃO: DOS PRINCÍPIOS ORIENTADORES À ESTRUTURAÇÃO
PEDAGÓGICA
Pedro Morais 1
1 Coordenador Técnico da Escola de Natação do Clube Aquático Pacense
O sucesso de uma organização está relacionado com a sua capacidade de adaptar, aqueles que são os
fundamentos teóricos aceites para a sua área de atuação, ao contexto em que esta se insere (Pires,
2005). A referida adaptação, passa por refletir sobre um conjunto de questões, posteriormente
traduzidas em princípios orientadores da organização. No caso específico das escolas de natação, essa
reflexão tem por base as seguintes questões:
i) O que vamos ensinar? A natação, e, por conseguinte, o seu ensino, tem uma extensão maior que o
simples “aprender a nadar”. Para além das habilidades motoras associadas à adaptação ao meio
aquático e ao ensino das técnicas de nado, devem também ser considerados outros conteúdos,
nomeadamente as partidas e viragens da natação pura, as habilidades motoras das outras disciplinas
aquáticas (Canossa et al., 2007), o salvamento aquático, bem como as regras e termos técnicos
específicos da modalidade.
ii) Porque vamos ensinar? Os benefícios associados à aprendizagem da natação enquadram-se em
múltiplos domínios: motor, fisiológico, cognitivo, psicológico, sócio-afetivo e de segurança, através da
prevenção do afogamento. Assim, o ensino da natação deve promover de forma consciente e
intencional o desenvolvimento de todos estes domínios (Langendorfer & Bruya, 1995).
iii) Quem vamos ensinar? Por via dos múltiplos benefícios associados à prática da natação em todas as
fases da vida do ser humano, esta acolhe desde bebés a idosos. Contudo, diferentes populações e por
conseguinte diferentes caraterísticas, capacidades, necessidades e motivações, implicam desde logo
diferentes abordagens, pelo que se torna imperioso a escola de natação considerar estas mesmas
diferenças.
iv) Onde vamos ensinar? Os contextos onde se inserem as escolas de natação são diversos. Uma escola
de natação integrada numa estrutura com vertente competitiva, será por certo diferente de uma
escola de natação integrada numa estrutura sem esse tipo de vertente. Conscientes desta
40º CONGRESSO TÉCNICO-CIENTÍFICO DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TÉCNICOS DE NATAÇÃO
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multiplicidade de contextos, importa definir a estratégia (vocação, missão, os objetivos estratégicos e
as oportunidades e ameaças da envolvente estratégica) que melhor se adequa a cada escola de
natação na sua individualidade (Pires, 2005).
v) Que recursos temos para ensinar? A relação de equilíbrio que se estabelece entre os recursos
financeiros, humanos e materiais, bem como os espaços atribuídos à escola de natação, determina
em larga medida a sua estrutura organizativa. Desta modo, torna-se imperativo considerar esta
relação no momento de definir entre outros pontos: o número de turmas, o número de alunos por
turma, os níveis de aprendizagem ou a própria estruturação pedagógica dos níveis de aprendizagem
da escola de natação.
vi) Como vamos ensinar? É considerando as questões anteriores, bem como os contributos de diversas
áreas da ciência como a aprendizagem e desenvolvimento motor, a pedagogia e a didática do
desporto, que chegamos ao modelo de ensino da escola de natação. Este modelo, deve funcionar
como um guia orientador do processo de ensino-aprendizagem e ser capaz de promover a melhor e
mais completa aprendizagem dos alunos, a sua motivação para a prática, a sua fidelização à escola de
natação e à modalidade.
Considerando as questões apresentadas, facilmente se compreende que pese embora a
individualidade que carateriza a organização de uma escola de natação, a reflexão sobre estas mesmas
questões é imperiosa neste tipo de organização. É partindo desta reflexão que é possível definir os
princípios orientadores da escola de natação, dotando-a da capacidade para responder eficazmente
aos desafios que lhe são colocados e orientando-a no sentido da consecução dos seus objetivos
organizacionais.
Referências
Canossa, S., Fernandes, R., Carmo, C.; Andrade, A.; Soares, S. (2007). Ensino multidisciplinar em
natação: reflexão metodológica e proposta de lista de verificação. Motricidade, 3 (4), 82-99
Langendorfer, S.J. & Bruya, L.D. (1995). Aquatic readiness: Developing water competencies in young
children. Champaign, IL: Human Kinetics.
Pires, G. (2005). Gestão do Desporto – desenvolvimento organizacional. Porto: APOGESD
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37
INÍCIO DE CICLO PARALÍMPICO – PARTICULARIDADES DOS NADADORES COM SÍNDROME DE DOWN
Ana Querido 1, Rui Corredeira 2,3, Daniel Daly 4 Ricardo J. Fernandes 2,5
1 Associação de Natação do Norte de Portugal, Clube de Propaganda da Natação
2 Universidade do Porto, Porto, Portugal
3 Centro de Investigação em Actividade Física, Saúde e Lazer, Universidade do Porto, Porto, Portugal
4 Faculdade de Cinesiologia e Ciências da Reabilitação, Departamento de Cinesiologia, Universidade de Leuven, Leuven,
Bélgica
5 Centro de Investigação, Formação, Inovação e Intervenção em Desporto, Universidade do Porto, Porto, Portugal
Após os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, um novo Ciclo Paralímpico se inicia e, com ele,
ressurgem algumas questões relativas aos nadadores com síndrome de Down (SD) e ao facto de estes
estarem “afastados” desta importante competição.
Os atletas com deficiência intelectual (DI) foram reintroduzidos nos Jogos Paralímpicos em Londres
2012, após terem sido excluídos no final dos Jogos Paralímpicos de Sidney 2000 (Burns, 2015), sendo
que o sistema de classificação tem vindo a ser alterado de forma a demonstrar o impacto de uma
deficiência em particular num determinado desporto (Tweedy & Vanlandewijck, 2011). Naturalmente,
muitas questões são, ainda, levantadas quanto às evidências que podem demonstrar o impacto da DI
na performance de alto nível (Burns, 2015).
A SD é uma condição genética, comprovada através do cariótipo e apresenta uma etiologia única que
afeta várias áreas de desenvolvimento, que podem resultar em alterações das suas características
biomecânicas, fisiológicas, anatómicas e de comportamento, com repercussões evidentes na saúde e
no contexto social (Antonarakis et al., 2004; González-Aguero et al., 2010; Henderson et al., 2007). Os
estudos relacionados com alto nível desportivo para pessoas com DI e SD são escassos e, no caso da
natação, torna-se de extrema importância avaliar as competências técnicas, biomecânicas,
fisiológicas, psicológicas e de aptidão física, bem como a detecção de possíveis diferenças entre os
nadadores com DI e SD.
Os nadadores com SD podem competir nos eventos promovidos pelo Comité Paralímpico
Internacional incluídos na Classe S14, para nadadores com DI. Não deixa de ser interessante verificar
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que, até ao momento, nenhum nadador com SD conseguiu alcançar níveis de performance que lhe
permitisse participar num evento Paralímpico, levantando algumas questões: (i) a SD justifica per se a
criação de uma nova Classe desportiva – Classe S21?; (ii) serão os nadadores com SD afectados pela
sua condição de forma a que sejam suficientemente diferentes da Classe S14? Se sim, é justo que
continuem a ser incluídos nesta Classe?
Referências
Burns, J. (2015). The impact of intellectual disabilities on elite sports performance. International
Review of Sports and Exercise Psychology, 8, 1-17.
Tweedy, S.M., & Vanlandewijck, Y.C. (2011). International Paralympic Committee position stand –
background and scientific principles for classification in Paralympic sport. British Journal of Sports
Medicine, 45, 259-270.
Antonarakis, S.E., Lyle, R., Dermitzakis, E.T., Reymond, A. & Deutsche, S. (2004). Chromossome 21 and
Down syndrome: from genomics to pathophysiology. Nature Reviews. Genetics, 5, 725-738.
González-Aguero, A., Vicente-Rodríguez, G., Moreno, L.A., Balic-Guerra, M., Ara, I., & Casajús, J.Á.
(2010). Health related physical fitness in children and adolescents with Down syndrome and response
to training. Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports, 1-9.
Henderson, A., Lunch, S.A., & Wilkinson, S. (2007). Adults with Down’s syndrome: the prevalence of
complications and health care in the community. The British Journal of General Practice, 57, 50-55.
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39
DAS NOVAS TENDÊNCIAS AOS NOVOS DESAFIOS DO TREINO EM NATAÇÃO SINCRONIZADA
Luísa Leite 1,2
1 Foca – Clube de Natação de Felgueiras
2 Câmara Municipal de Felgueiras
Da área de natação, a sincronizada destaca-se pela extrema complexidade e a maximização do seu
desempenho envolve a aplicação integrada de um complexo conjunto de disciplinas. A treinadora da
modalidade tem de conseguir responder a todas as exigências, saber um pouco de todas as áreas e
conseguir combater uma enorme diversidade de obstáculos que se vão colocando no seu caminho.
Desta forma, o envolvimento com a disciplina tem de ser total, o trabalho de pesquisa deverá ser
constante, pois é uma disciplina relativamente recente, que se vem desenvolvendo.
Através da observação de vídeos mostra-se evidente esse desenvolvimento e evolução. O aumento da
velocidade dos movimentos de pernas e braços, aumento do grau de dificuldade dos elementos de
risco (especificamente das equipas e esquemas combinados) e aumento das distâncias percorridas
nos esquemas são alguns dos pontos que facilmente se identificam.
Assim terá que haver adaptações a nível de treino: o número de horas de treino tem de aumentar; o
número de treinadoras/atleta para se poder ser mais exata e fazer um acompanhamento mais
pormenorizado; envolvimento de outras disciplinas como a ginástica acrobática, trampolins, pilates,
ballet, dança contemporânea e outros tipos de dança que possam estar diretamente relacionados com
os temas a serem desenvolvidos nas coreografias; preparador físico geral, psicólogo, nutricionista,
entre outras. Aqui urge o reconhecimento da impossibilidade de tanta valência para uma só pessoa e,
assim, da necessidade de obter apoio de outras disciplinas que complementem o treino específico de
natação sincronizada.
Um treino mais direcionado para a velocidade de movimentos conjunto com trabalho de força é,
também fundamental. Deve então o(a) treinador(a) procurar a maior variedade de materiais de apoio
à disciplina como pesos para punho, tornozelos e cintura, elásticos de vários tipos com várias
finalidades para conseguir ir ao encontro das necessidades assim como proporcionais o maior número
possível de estímulos motores às suas atletas.
40º CONGRESSO TÉCNICO-CIENTÍFICO DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TÉCNICOS DE NATAÇÃO
40
A busca pelo conhecimento, novos estudos, contacto direto com outras treinadoras mais experientes
devem ser constantes para se conseguir acompanhar o desenvolvimento, o envolvimento deve ser
total e o reconhecimento da complexidade da modalidade deve ser evidente.
Justifico através de:
- aumento velocidade de movimentos
- ângulos movimentos de pernas (2)
- assimetrias e diferentes dinâmicas/movimentos de formações (equipas e combis)
- elementos de risco (mais frequentes e mais arriscados)
Requerer um acompanhamento por parte das treinadoras e clubes.
- envolvimento de outras áreas no treino da sincro: diferentes tipos de danças (ballet ou dança
contemporânea de base, hip hop, …
- acrobática/saltos de trampolins
- coreografias e expressões
- pilates
Contamos con todos los servicios del CAR: psicólogos, preparadores físicos, nutricionistas, fisiólogos... ",
explica Montero para quien la "fuerza mental" es, en este deporte, tan importante como la física.
http://www.telva.com/2015/07/30/fitness/1438241413.html
Recursos a diferentes materiais:
- aumento do tempo de treino para se conseguir contemplar tudo
- força velocidade resistência coordenação
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ADAPTAÇÃO AO MEIO AQUÁTICO DO BEBÉ – INTERVENÇÃO SISTEMATIZADA COM BASE NO
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Eduarda Veloso 1, Carlos Santos 2
1 Universidade Europeia
2 Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
Nos últimos anos a “natação para bebés” tem sido uma atividade cada vez mais procurada, sem que
se tenha aprofundado, suficientemente, o conhecimento do comportamento motor do bebé no meio
aquático.
Sabendo que a avaliação é um fator importante para quem conduz este tipo de programas, procurou-
se organizar a adaptação do bebé ao ambiente aquático, através de um sistema de dimensões,
categorias e subcategorias (Santos et al., 2008; Santos et al., 2017; Veloso et al., 2007). Para cada
dimensão, desenvolveu-se um instrumento que permitisse descrever as aquisições motoras realizadas
entre os 3 meses e os 5 anos de idade. Cada instrumento foi sujeito a um processo de validação de
conteúdo, objetividade e consistência.
Controlo respiratório, Orientação subaquática, Equilíbrio aquático e Deslocamentos, foram as
dimensões integrantes do sistema. A validação foi realizada através de filmagens de crianças de idades
compreendidas entre os 3 e os 36 meses para todas as dimensões, exceto nos Deslocamentos em que
a idade se estendeu até aos 5 anos (Santos et al., 2008; Santos et al., 2017; Veloso et al., 2007).
Obtiveram-se valores de objetividade inter observadores sempre superiores a 96% e de consistência
intra observador de 100%, pelo que se tornou possível a aplicação dos instrumentos.
Da aplicação dos instrumentos, parece evidente uma relação entre a idade (do bebé), o tempo de
prática (assiduidade) e a duração do programa e o aumento da proficiência motora aquática da
criança. Foi possível identificar em muitas das categorias de cada instrumento, um intervalo de idade
onde é mais frequente a aquisição de cada skill, constituindo-se este aspeto, como uma importante
referência para pais e educadores (Santos et al., 2008; Veloso et al., 2007).
Mais estudos estão a ser feitos para, através do aumento da amostra, consolidar os resultados e para
completar o conhecimento produzido, através da aplicação do instrumento já validado para os
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Deslocamentos (Santos et al., 2017). Uma quinta dimensão – Salto/Entrada na água a partir do cais –
encontra-se em processo de validação.
Referências
Santos, C., Veloso, E., Gonçalves, V., Martins, A., Gonçalves, I., & Fonseca, V. (2008). O equilíbrio da
criança no meio aquático – validação e aplicação de um instrumento de avaliação. Em
Desenvolvimento Motor da Criança (David Catela & João Barreiros). Escola Superior de Desporto de
Rio Maior.
Santos, C., Veloso, E., & Santos, J. (2017). Sistema de avaliação dos deslocamentos em meio aquático
do bebé e criança em idade pré-escolar - validação de um instrumento de avaliação. Revista de
Investigación en Actividades Aquáticas, 1(1), 3–6.
Veloso, E., Barreiros, J., & Santos, C. (2007). Respiração e orientação subaquática em piscina - efeitos
da idade, tempo de prática e duração do programa de estimulação aquática em bebés e crianças
pequenas. Brazilian Journal of Motor Behavior, 1(2), 11–21.
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CARREIRAS DUAIS DOS PRATICANTES DESPORTIVOS: CASOS PRÁTICOS DE CONCILIAÇÃO ENTRE O
DESPORTO DE ALTO RENDIMENTO E AS ATIVIDADES ACADÉMICAS NO ENSINO SECUNDÁRIO E SUPERIOR
Victor de Oliveira Maia Pardal 1,2
1 Responsável Nacional das Unidade de Apoio ao Alto Rendimento na Escola (UAARE´s)
2 Direção Geral da Educação
Unidade de Apoio ao Alto Rendimento na Escola:
O sucesso desportivo ao mais alto nível exige cada vez mais treinos intensos e competições em maior
número, exigindo simultaneamente uma grande mobilidade internacional. Esta situação traduz-se em
períodos de ausência à escola, mais longos e em maior número.
Neste contexto torna-se cada vez mais difícil conciliar os sistemas desportivos, escolares e de trabalho.
Não chegam já só, as competências pessoais dos alunos-atletas como foco, motivação, compromisso
e resiliência!
É hoje reconhecido internacionalmente a necessidade dos diferentes Estados promoverem “arranjos
na dupla carreira”, de forma a criarem efetivas condições de oportunidade a estes especiais alunos.
Estes acordos devem visar flexibilização e articulação sistémica entre os diferentes atores, assumindo
solidez e planos de ação concreta, entre os sistemas desportivo, educativo e do mercado de trabalho.
Desde 14 de junho de 2013 que as conclusões do Conselho e dos Representantes dos Governos dos
Estados-Membros, reunidos no Conselho, sobre as carreiras duplas dos atletas, apontam para um
conjunto de recomendações que consubstanciam ações de política que ajudem a formular e adotar
orientações nacionais neste âmbito.
É necessário articular e equilibrar a formação desportiva e a educação e numa fase posterior entre o
emprego.
Existem vários regulamentos, em vários estados, inclusive em Portugal – no entanto está fragmentado
ou focado em apenas alguns aspetos. Evidenciam-se, no entanto, em termos internacionais algumas
boas práticas que convirá considerar e levar em linha de conta, obviamente com a necessária
contextualização que os diferentes sistemas desportivos, escolar e laboral apresentam.
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O essencial será responder às necessidades da vida dupla destes alunos-atletas e levar em conta as
suas necessidades, as particularidades que ocorrem nas fases da transição da carreira, prevenindo
efetivamente a diminuição do número de atletas talentosos que abandonam o desporto por
dificuldade de conciliar com a escola e ter vida normal – dados internacionais indicam que entre os 10
/17 anos, em cada ano, retiram-se 30%.
Igualmente é essencial promover o sucesso escolar, porquanto estaremos a promover
preventivamente o equilíbrio emocional e a autoestima, bem como a dar resposta a direitos de plena
cidadania que se traduzem na construção efetiva do pós-carreira.
Conciliar ao Sucesso Desportivo o Sucesso Escolar, é a missão Nacional das UAARE´s, ao nível do Ensino
Básico e Secundário, dirigida aos atletas de alto rendimento, enquadrados nas seleções nacionais ou
que sejam atletas talentosos (atleta com potencial desportivo para desenvolver carreira desportiva de
elite, referenciado por organização desportiva).
O plano de ação estratégica UAARE é informado através de um projeto de investigação ação realizado
em janeiro de 2012, com atletas de alto rendimento de canoagem, triatlo e natação, bem como pela
execução de um projeto (GAR – Gabinete de Apoio ao Alto Rendimento) que ocorreu em Montemor-
o-Velho entre 2009/2015 e que proporcionou a cerca de 80 alunos sucesso escolar acima dos 90%.
No presente ano letivo decorre o projeto-piloto UAARE, replicado e contextualizado
pedagogicamente, em quatro escolas secundárias: ES Fontes Pereira de Melo no Porto, ES de
Montemor-o-Velho, ES Dr. Augusto César da Silva Ferreira em Rio Maior e ES Amélia Rey Colaço em
Oeiras, onde são enquadrados cerca de 70 alunos que se distribuem por treze modalidades
desportivas.
Prevê-se para o próximo ano letivo um alargamento da rede nacional UAARE.
Assim assumirão destaque na nossa apresentação, os seguintes tópicos:
1. Desporto de alto rendimento / carreira dupla;
2. Relação entre alto rendimento, ansiedade e autoconfiança;
3. Modelo estratégico UAARE (gestão escolar/gestão desportiva /saúde e bem estar)
4. Medidas de flexibilização da oferta educativa – modelo UAARE;
5. Indicadores de Sucesso
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Referências
Alarcão, I. (2001b). Escola reflexiva e supervisão - uma escola em desenvolvimento e aprendizagem. In I. Alarcão
(org), Escola Reflexiva e Supervisão (12-23). Colecção CIDInE, 14. Porto: Porto Editora
Ballone, G. (2005). Ansiedade e Esportes. Retirado em 18 de Outubro, 2010, da PsiqWeb, Web Site:
http://virtualpsy.locaweb.com.br/index.php?art=39&sec=35
Bakker, F.C. (2000). Personnalité et sport. In H.T., Whiting, H, vam der Brug (eds). Psychologie et pratique
sportive.
Brettschneider, W. (1999) .Risks and Opportunities: Adolescents in top-level sport - Growing up with the
pressures of school and training. European Physical Education Review, 5, 121-133.
Chapman, C. Lane, A.M., Brierly J.H. & Terry, P.C (1997). Anxiety self confidence and performance in Tae Kwon-
Do. Perceptual Motor Skills, 1275-1278.
Debois N. (2000). Les déterminants de l' anxiété précompétitive em gymnastique. Psychology Behavior, 55, 323-
329.
Hackfort, D. & Huang, Z. (2005). Considerations for Research on Career Counselig and Career transition. In D.
Hackfort, J. Duda & R. Lidor (Eds.), Handbook of Research in Applied and Exercise Psychology: International
Perspectives (245-255). Morgantown
Hardy, L. & Parafitt, G. (1991). A catastrophe model of ansiety and performance. British Journal of Psychology,
82, 163-178.
Kirkby, R.J. & Liu J. (1999).Precompetition anxiety in Chinese athletes. Perceptual Motors Skills, 88, 297-303.
Lazarus, R. S. (1984). Stress, Appraisal, and Coping. New York: Springe.
Pardal, V. (2012). Desporto de Alto Rendimento e Sucesso Académico. Estudo da combinação entre Rendimento
Desportivo e Sucesso Escolar, nos Atletas enquadrados pelo Gabinete de Alto Rendimento do Agrupamento de
Escolas de Montemor-o-Velho. Tese de Mestrado. Departamento de Educação da Escola Superior de Educação
de Coimbra – IPC.
UE. (14.06.2013). Conclusões do Conselho e dos Representantes dos Governos dos Estados Membros. Jornal
Oficial da união Europeia, C 168/10, 12.
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CARREIRAS DUAIS DOS PRATICANTES DESPORTIVOS: CASOS PRÁTICOS DE CONCILIAÇÃO ENTRE O
DESPORTO DE ALTO RENDIMENTO E AS ATIVIDADES ACADÉMICAS NO ENSINO SECUNDÁRIO E SUPERIOR
António J. Silva 1
1 Prof. Catedrático Departamento Ciências Desporto, Exercício e Saúde da UTAD; Membro do Conselho Nacional Educação
(CNE); Membro do Conselho Nacional do Desporto (CND); Presidente do Conselho Cientifico da Rede Euro Americana de
Motricidade Humana; Presidente da Federação Portuguesa de Natação.
Na ressaca dos Jogos Olímpicos (JO) Rio2016, cuja análise pode ser extensiva aos jogos paralímpicos,
importa refletir e perspetivar o futuro do rendimento desportivo em vista à preparação dos próximos
JO, com maior ênfase em Tóquio 2020.
Em termos genéricos o resultado desportivo pressupõe a existência de desportistas com potencial
para o rendimento desportivo (1); de um contexto social a montante que possibilite a dedicação (2);
de condições de treino propícias (3).
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Neste particular realçamos a questão da dedicação ao treino e competição que pressupõe a
compatibilização, em atletas em percurso para o alto rendimento, entre o sistema educativo e o
sistema desportivo que está longe de satisfazer as necessidades desse mesmo percurso.
Para atingir níveis de desempenho compatíveis com a elite mundial são necessárias medidas de
acompanhamento adequado nesse percurso cuja fase crítica se situa, em geral, com o período de
maior exigência da vida escolar, facto que até então não se tem verificado.
Começam-se a dar os primeiros passos no ensino secundário, na operacionalização dos diplomas
legais, (Decreto-Lei n.º 272/2009, de 1 de outubro, assim como o Decreto-Lei n.º 45/2013, de 5 de
abril), no que se refere às medidas de apoio aos alunos em regime de alto rendimento ou integrados
em seleções nacionais, respetivamente com os projetos piloto- “Unidades de Apoio ao Alto
Rendimento na Escola (UAARE)”, por despacho conjunto n.º 9386-A/2016, de 21 de julho, dos
Gabinetes da Secretária de Estado Adjunta e da Educação e dos Secretários de Estado da Educação e
da Juventude e do Desporto.
Para o ensino superior, são iniciativas particulares que permitem esta conciliação. A Federação
Portuguesa e Natação, a Universidade de Coimbra via gabinete de desporto, a Câmara Municipal de
Coimbra e a Associação de natação de Coimbra irão protocolar a criação do 1º Centro de Treino
Universitário de Natação Universitário em Coimbra.
Uma nova realidade com novos desafios.
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Resumos das comunicações
orais livres
[Arsoniadis et al.]
[Gil et al.]
[Carrageta et al.]
[Pires et al.]
[Ferreira et al.]
[Monteiro et al.]
[Cipriano et al.]
[Viola et al.]
[Santos et al.]
[Lopes et al.]
[Pereira et al.]
[Bartolomeu et al.]
[Castro et al.]
[Frias et al.]
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EFEITO AGUDO NAS VARIÁVEIS METABÓLICAS E BIOMECÂNICAS DURANTE UM TREINO DE NATAÇÃO
APÓS UMA SESSÃO DE FORÇA MÁXIMA EM SECO
Gavriil Arsoniadis1, Gerasimos Terzis1, Grigoris Bogdanis1, Ioannis Nikitakis1, Ioannis Malliaros1,
Alexandros Moraris1, Diogo D. Carvalho2,3, Rodrigo Zacca2,3,4, Argyris Toubekis1
1School of Physical Education and Sport Science, National and Kapodistrian University of Athens, Greece.
2CIFI2D, Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, Portugal;
3LABIOMEP, Universidade do Porto, Portugal
4CAPES Foundation, Ministry of Education of Brazil, Brasília, Brazil;
INTRODUÇÃO: Estudos que avaliaram o efeito agudo do treino de força máxima em seco sobre as
variáveis metabólicas e biomecânicas durante o nado são escassos. O objetivo deste estudo foi
investigar o efeito agudo nas variáveis metabólicas e biomecânicas durante o treino de água
imediatamente após um treino de força máxima em seco.
MATERIAL E MÉTODOS: Num período de três semanas, 12 nadadores de nível nacional (idade: 19.0 ±
2.2 anos, �̇�O2max: 53.4 ± 9.2 ml/kg/min) foram submetidos a 3 momentos de avaliação com uma
semana de intervalo entre eles. No primeiro momento os nadadores realizaram: i) um teste
progressivo de 5 x 200-m na técnica de crol, com recolha de amostras de sangue após cada repetição
para desenhar a curva velocidade-lactato e posterior cálculo da velocidade de nado correspondente à
concentração de lactato sanguíneo de 4mmol/l (V4) e ii) um protocolo de 1RM para os exercícios do
treino em seco. No segundo e terceiro momento, todos os nadadores foram submetidos a duas
condições experimentas distintas (experimental e controlo) de forma contrabalançada e com uma
semana de intervalo. Na condição experimental (E) os nadadores realizaram um treino de força
máxima 15 min antes do treino de água (1000-m de aquecimento, 10 s máximos de nado amarrado e
5 x 400-m na técnica de crol à velocidade V4), que consistiu em 3 series de 5 repetições a 85% de 1RM
com os exercícios bench press, seated pull back e half squat. Na condição de controlo (C), os nadadores
apenas realizaram o mesmo treino em água. A concentração de lactato sanguíneo ([La-]) foi
determinada após a 1ª, 3ª e 5ª repetições de 400-m. A frequência gestual (SR) foi calculada por meio
do tempo de 3 ciclos completos e a distância de ciclo (SL) pela razão entre velocidade e SR para cada
repetição de 400-m (valor médio de cada 50m). O valor do esforço percebido (RPE; escala de 10 pontos
40º CONGRESSO TÉCNICO-CIENTÍFICO DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TÉCNICOS DE NATAÇÃO
50
de Borg) foi verificado ao final de cada 400-m. A força propulsiva (TF) foi mensurada durante o nado
amarrado (10 s máximos) por meio de um transdutor de força piezoelétrico adaptado ao bloco de
partida.
RESULTADOS: A [La-] na condição E foi superior à condição C apenas após a 5ª repetição de 400-m (6.4
± 2.7 vs. 4.6 ± 2.8 mmol/l; p<0.05). Ambos SR e SL médios apresentaram valores similares nas duas
condições (SRE: 35.2 ± 3.4, SRC: 34.7 ± 0.7 ciclos/min; SLE: 2.22 ± 0.03, SLC: 2.25 ± 0.01 m/ciclos; p>0.05).
O RPE médio foi superior na condição E (5.9 ± 0.3 vs. 5.1 ± 0.5 UA; p<0.05). A força propulsiva (TF)
média foi similar nas condições E e C (123.9 ± 19.4 vs. 122.6 ± 22.6 N; p>0.05).
DISCUSSÃO: O treino de força máxima antes do treino de água parece causar uma maior sensação de
esforço percebido, acompanhado por aumento metabólico (>[La-]), no entanto, parece não influenciar
a frequência gestual nem a distância de ciclo. Tal poderá ser justificado devido a uma possível
diminuição na economia de nado após o treino de força máxima.
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CORRELAÇÃO ENTRE A POTÊNCIA MUSCULAR E A PERFORMANCE DE NADO
Mª Helena Gil1,2, António C. Sousa1,2, Henrique P. Neiva1,2, Daniel A. Marinho1,2
1 Departamento de Ciências do Desporto, Universidade da Beira Interior, Covilhã, Portugal.
2 Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano, Portugal.
INTRODUÇÃO: O processo de avaliação assume cada vez mais um papel preponderante na
monotorização da performance de nado. O nosso estudo teve como objetivo verificar a correlação
entre diferentes indicadores de potência muscular e o rendimento nos 50m e 400m crol.
MÉTODOS: Participaram neste estudo 15 nadadoras Juvenis A (média±dp: idade: 14.00±0.00 anos;
altura: 1.65±0.07 m; massa corporal: 53.23±5.08 kg). Foi realizada a avaliação do rendimento nos 50m
e nos 400m crol, através da cronometragem em simulação de prova, bem como avaliada a potência
muscular dos membros inferiores e superiores em seco (salto horizontal e lançamento de bola
medicinal 3 kg) e na água (100m batimento de pernas em crol). Para a descrição dos resultados foram
utilizados os cálculos tradicionais de tendência central (médias e desvios padrão). Para verificar a
relação entre variáveis recorreu-se ao coeficiente de correlação bivariado de Pearson, sendo
estabelecido um nível de significância para p≤0.05. Os dados foram analisados com recurso ao
programa estatístico SPSS.
RESULTADOS: Os principais resultados podem ser observados na Tabela 1.
Tabela 1 – Correlação entre os indicadores de potência muscular dos membros inferiores e superiores com a performance
de nado aos 50m e 400m Crol.
Média±dp
50m
(31.50±1.08 s)
400m
(296.78±12.17 s)
r r
Salto Horizontal (m) 1.78±0.17 -0.151 0.244
Lançamento de bola medicinal 3kg (m) 3.54±0.41 -0.707** -0.179
100m batimento de pernas em Crol (s) 96.59±4.63 0.403 0.024
Nível de Significância: **p<0.01
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DISCUSSÃO: Os principais resultados revelaram uma forte correlação entre a potência dos membros
superiores e o tempo de nado aos 50m crol (r = -0.707, p<0.01). A força/potência do trem superior do
corpo está correlacionada com a velocidade de nado1. De acordo com Strzala e Tyka1 e Morouço et
al.2 melhorias ao nível da força dos membros superiores poderão resultar numa maior força máxima
exercida por braçada, visando uma maior velocidade de nado, mais especificamente em provas de
curta distância. Em suma, a potência muscular dos membros superiores parece ser mais potenciadora
de rendimento em provas de menor do que de longa distância.
AGRADECIMENTOS: Este trabalho foi suportado por uma bolsa de investigação financiada pela
Fundação Ciência e Tecnologia/CIDESD (UID / DTP / 04045/2013).
REFERÊNCIAS:
Strzała, M. &Tyka, A. (2009). Physical endurance, somatic indices and swimming technique parameters
as determinants of front crawl swimming speed at short distances in young swimmers. Medicina
Sportiva, 13(2), 99-107.
Morouço, P, Keskinen, K.L., Vilas-Boas, J.P. & Fernandes, R.J. (2011). Relationship between tethered
forces and the four swimming techniques performance. Journal of Applied Biomechanics, 27(2), 161-
169.
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53
EFEITO DE UM PROGRAMA DE TREINO EM SECO NA POSTURA DE PROTRAÇÃO DOS OMBROS EM
NADADORES (SINCRONIZADA E NATAÇÃO PURA)
Ana Carrageta1, João Paulo Sousa1,2, João Malta1 Nuno Batalha1,2
1 Departamento de Desporto e Saúde, Escola de Ciência e Tecnologia, Universidade de Évora, Évora, Portugal
2 Centro de investigação em desporto, saúde e desenvolvimento humano, CIDESD, Portugal
INTRODUÇÃO: A postura de protração dos ombros é algo comum entre nadadores, podendo ser uma
das causas de eventuais lesões (Kluemper et al., 2006). O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos
de um programa de treino em seco na diminuição da postura de prostração dos ombros em jovens
nadadoras de natação sincronizada e natação pura.
MÉTODOS: Este estudo segue uma metodologia quasi-experimental. A amostra foi constituída com 26
nadadoras (14.23 ± 1.53 anos de idade, massa corporal de 56.58 ± 7.93Kg, altura de 1.62 ± 0.05cm).
Após ter sido estabelecido um período de controlo de duas semanas, foram feitas avaliações antes e
após a realização de 8 semanas de treino de reposicionamento escapular, em conjunto com um treino
de fortalecimento da cintura escapular. Em cada momento foram avaliados ambos os ombros, em três
variáveis (distância acromial, bordo superior e bordo inferior) e em três diferentes posições (posição
descontraída, posição militar e colocando a mão na anca).
RESULTADOS: Foi observada a diminuição da distância acromial no ombro dominante (𝜌=0.001) e não
dominante (ρ=0.003), após as 8 semanas de intervenção no trabalho fora de água. Verificámos
diferenças significativas também nas distâncias do bordo superior (ρ=0.002 lado dominante e ρ=0.007
lado não dominante) e do bordo inferior das omoplatas (ρ=0.000 lado dominante e ρ=0.005 lado não
dominante), na posição descontraída entre grupos (controlo e experimental).
DISCUSSÃO: Vários autores, com o intuito de diminuir a postura de protração dos ombros, sugerem
exercícios específicos que permitam o alongamento da parte anterior e fortalecimento da parte
posterior do complexo articular do ombro (Kluemper et al., 2006; Hibberd et al., 2012). O nosso
trabalho reforça a ideia transmitida pelos estudos mencionados, concluindo que o tipo de treino
efetuado poderá ser uma opção para a diminuição da postura de protração dos ombros em ambas as
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54
disciplinas aquáticas, sendo aconselhada a inclusão deste tipo de trabalho no treino em seco dos
atletas.
REFERÊNCIAS:
Hibberd, E. E., Oyama, S., Spang, J. T., Prentice, W., & Myers, J. B. (2012). Effect of a 6-week
strengthening program on shoulder and scapular-stabilizer strength and scapular kinematics in
division I collegiate swimmers. Journal of Sport Rehabilitation, 21(3), 253.
Kluemper, M., Uhl, T.L. & Hazelrigg, H. (2006). Effect of stretching and strengthening shoulder muscles
on forward shoulder posture in competitive swimmers. Journal of Sport Rehabilitation, 15:58–70.
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EFEITOS DO EXERCICIO VIBRATÓRIO NA FORÇA E COMPOSIÇÃO CORPORAL EM JOVENS NADADORAS.
Pires, A. P.1, Raimundo, A. M.1,2, Bravo, J. 1, Batalha, N.1,2
1 Departamento de Desporto e Saúde, Escola de Ciência e Tecnologia, Universidade de Évora, Évora, Portugal
2 Centro de investigação em desporto, saúde e desenvolvimento humano, CIDESD, Portugal
INTRODUÇÃO: O aumento do sedentarismo assume um importante contributo para o aumento do
risco de surgimento de osteoporose (Tremblay et al., 2010). Por outro lado, a prática desportiva
durante a puberdade, principalmente em atividades que suportam o peso corporal, pode ser um fator
importante para alcançar um pico elevado de massa óssea e melhorar a saúde óssea em raparigas
(Esther et al., 2015). O presente estudo pretende avaliar os efeitos de um programa de exercício
vibratório, na composição corporal e força em jovens nadadoras.
MÉTODOS: A amostra foi constituída por vinte mulheres jovens com idades compreendidas entre os
16 e 21 anos. Previamente ao início do estudo foram sujeitas ao 1º momento de avaliação, e após
vinte e quatro semanas realizaram uma segunda avaliação. Após a primeira avaliação os elementos da
amostra foram divididos em dois grupos, grupo natação e exercício vibratório (NAT/EV; n= 6) e grupo
natação (NAT; n=6). Contámos ainda com um grupo de controlo (CONT; n= 8). O grupo NAT/EV,
participou num programa de exercício vibratório (EV), três sessões por semana, complementar ao
treino de natação. O grupo de NAT cumpriu o plano de treino correspondente à modalidade. O grupo
de CONT realizou somente os exercícios físicos inerentes às aulas de educação física. Os parâmetros
avaliados foram a composição corporal através da técnica de Absorciometria radiológica de dupla
energia (DEXA), a potência muscular através do salto vertical Squat Jump (SJ), com o Tapete de contato
Ergo Tester (Globus Itália, Codogne, Itália).
RESULTADOS: O grupo de NAT EV registou um acréscimo significativo nas variáveis densidade mineral
óssea no corpo inteiro (DMO-CI) e no SJ altura (AL) com valores de p= 0,028 e p= 0,030 respetivamente.
Os restantes grupos não apresentaram diferenças significativas nas variáveis avaliadas (grupo de NAT
na DMO-CI p= 0,345, no SJ- AL p= 0,116; grupo de CONT na DMO-CI p= 0,093, SJ-AL p= 0,207).
DISCUSSÃO: Cormie et al. (2006) verificaram que os efeitos do EV incluem aumento da força muscular
e da densidade mineral óssea. Os resultados do presente estudo corroboram a importância que o EV
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56
pode ter, como programa complementar em praticantes de natação, podendo integrar o treino em
seco.
REFERÊNCIAS:
Tremblay, M.S., Colley, R.C., Saunders, T.J., Healy, G.N. & Owen, N. (2010). Physiological and health
implications of a sedentary lifestyle. Applied Physiology, Nutrition, and Metabolism. 35(6):725-40.
Cormie, P., Deane, R., Triplett, N. T. & McBride, J.M. (2006). Acute effects of whole body vibration on
neuromuscular function and muscle strength and power. Journal of Strength and Conditioning
Research, 20, 57-261.
Esther U. G., Alba G. C., Javier S. S., Jorge G.U. & Leonor G. (2015). Influence of different sports on
bone mass in growing girls. Journal of Sports Sciences, 33, 1710-1718.
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EVOLUÇÃO CRONOMÉTRICA E FISIOLÓGICA DE NADADORES CADETES E INFANTIS DURANTE UM
MACROCICLO DE TREINO
Sara Ferreira1, Diogo Carvalho1,2, Antero Almeida3, André Bastos3, Carla Sousa4, Sónia Vilar4, Teófilo
Relvas4, Argyris Toubekis5, Ricardo Fernandes1,2
1 - CIFI2D, Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Portugal; 2 - LABIOMEP, Universidade do Porto. Portugal; 3 -
Clube Desportivo Feirense - Secção de Natação; 4 - Clube Natação de Valongo; 5 - Kapodistrian University of Athens, Athens,
Greece, Faculty of Physical Education and Sports Science, Department of Aquatic Sports, Athens, Greece.
INTRODUÇÃO: Um bom desempenho desportivo (com elevados índices de rendimento), dificilmente
será alcançado sem planeamento e periodização do treino, o qual deve ser devidamente estruturado,
incluindo objetivos bem definidos, métodos de treino eficientes e tarefas de avaliação dos fatores
determinantes do rendimento. O objetivo deste estudo é avaliar o rendimento desportivo e as
variáveis fisiológicas associadas no 1º macrociclo de treino de nadadores dos 11 aos 14 anos de idade.
MATERIAL E MÉTODOS: Quarenta e três nadadores cadetes e infantis (11.62±1.19 anos de idade), com
uma frequência de treino semanal de 5.67±0.84 treinos, realizaram 400 m crol à velocidade máxima
em quatro momentos distintos (início da época, final da etapa de preparação geral, final da etapa de
preparação específica e final do período competitivo) do 1º macrociclo de treino de uma época
desportiva. O tempo final dos testes foi obtido com um cronómetro manual (Seiko), sendo medida a
frequência cardíaca pico (Polar Electro) após termino do teste. O lactato sanguíneo (Lactate pro-2), a
glicemia (Glucocard™Mx) e o esforço percebido (Escala de Borg) foram registados aos 3 min de
recuperação pós-teste. Neste macrociclo, a preparação geral, a preparação específica e o período
competitivo caracterizaram-se por 96, 93 e 83.5% de trabalho aeróbio e 32.4, 31.0 e 21.0%de treino
técnico, respetivamente.
RESULTADOS: Na Tabela 1 é possível observar uma diminuição do tempo aos 400 m crol ao longo dos
quatro momentos de avaliação, enquanto a frequência cardíaca apenas diferiu do terceiro para o
quarto momento (no qual apresentou os maiores valores). As concentrações de lactato sanguíneo e
os valores do esforço percebido mantiveram-se estáveis ao longo do macrociclo. Verificou-se, no
entanto, uma descida dos valores da glicose no no final da preparação específica e período
competitivo.
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Tabela 1. Evolução cronométrica e das variáveis fisiológicas nos 400 m crol ao longo do macrociclo.
(Legenda: *, + e × significam ≠ do 1º, 2º e 3º momentos, respetivamente.)
DISCUSSÃO: Nadadores cadetes e infantis melhoram o seu rendimento desportivo aos 400 m durante
um macrociclo marcadamente aeróbio, apesar das variáveis fisiológicas e perceção do esforço não se
terem alterado de forma relevante. Este facto pode indicar que a melhoria na prestação possa ser
melhor explicada por outras variáveis como a economia de nado e/ou estar mais relacionada com
variáveis técnicas (eficiência propulsiva) e/ou antropométricas/maturacionais.
1º momento 2º momento 3º momento 4º momento
Tempo (s) 444.40 ± 77.00 426.00 ± 67.61* 412.83 ± 61.11*+ 408.95 ± 61.40*+
Frequência Cardíaca
(bpm) 182 ± 12 182 ± 16 178 ± 20 185 ± 13x
Lactato Sanguíneo 5.97 ± 2.37 6.47 ± 3.06 5.72 ± 2.16 6.24 ± 3.00
Glicemia 109 ± 16 111 ± 16 93± 17*+ 101 ± 20*+×
Escala de Borg 15 ± 2 15 ± 2 15± 2 15± 2
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PLANEAMENTO E PERIODIZAÇÃO DE UM MACROCICLO DE TREINO PARA NADADORES MASTERS
Ana Sofia Monteiro1,2, Aléxia Fernandes1,2, Diogo Carvalho1,2, João Paulo Vilas-Boas1,3, Ricardo J.
Fernandes1,3, Sónia Vilar2
1 Centro de Investigação, Formação, Inovação e Intervenção em Desporto, Faculdade de Desporto, Universidade do Porto
2 Clube de Natação de Valongo
3 Laboratório de Biomecânica do Porto, Universidade do Porto
INTRODUÇÃO: A natação master está a crescer tanto a nível nacional como internacional e, como tal,
requer, como qualquer outro escalão etário em natação pura desportiva, um planeamento e
periodização cuidados do processo de treino. Desta forma, propomo-nos apresentar o macrociclo de
Inverno da época desportiva 2016/2017 de um recém-criado grupo de masters.
DESENVOLVIMENTO: A equipa é composta por 11 nadadores masters (nove masculinos e dois
femininos) dos seguintes subescalões etários: A (25-29 anos, n=2), B (30-34 anos, n=1), C (35-39 anos,
n=1), D (40-44 anos, n=1), E (45-49 anos, n=4) e G (55-59 anos, n=2). Baseando-nos no calendário
competitivo, dividiu-se a época desportiva em dois macrociclos de 20 e 26 semanas (respetivamente).
A Figura 1 apresenta o volume (em metros) e a intensidade (em unidades arbitrárias; cf. Figueiredo et
al. 2008) de treino do primeiro macrociclo. Este subdividiu-se em nove microciclos da etapa de
preparação geral (um mesociclo de arranque e outro de características gerais) e oito de preparação
específica (dois mesociclos típicos de características especificas), seguindo-se-lhes um mesociclo
competitivo de três semanas (o qual terminou na competição principal - o Open Internacional de
Masters de Inverno).
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Figura 1 – Macrociclo de Inverno, 2016/2017
CONCLUSÃO: Devido à reduzida frequência de treino (3 treinos/semana) procurou-se a melhoria do
rendimento através de uma elevada intensidade da carga e de treino técnico, procurando-se uma
maior eficiência do processo de treino.
REFERÊNCIAS:
Figueiredo, P., Abraldes, J. & Fernandes, R. (2008). Operativización de un macrociclo de entrenamiento
en un club com escasos recursos. Comunicaciones técnicas 2, 19-27.
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HÁBITOS DE HIDRATAÇÃO DE JOVENS NADADORES PORTUGUESES EM DOIS MICROCICLOS DE CARGAS
CONTRASTANTES
Cipriano, S 1, Massart, A 1, Rezende, M 1, Nunes, A 1, Rama, L 1.
1 Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra/CIDAF (FCT- uid/dtp/04213/2016),
Coimbra, Portugal
INTRODUÇÃO: A natação é uma modalidade com inúmeras particularidades, que a distinguem das
modalidades praticadas no meio terrestre. A hidratação é um fator fundamental na performance
desportiva, principalmente em modalidades de resistência, como é o caso da natação. Assim, são
objetivos deste estudo analisar a influência da carga de treino nos hábitos de hidratação em nadadores
portugueses de bom rendimento, verificar a variação dos hábitos de hidratação de acordo com o sexo
e avaliar a concordância entre os marcadores de hidratação (osmolaridade, densidade e cor da urina),
associada à carga de treino em dois microciclos de treino de orientação diversa.
MÉTODOS: 8 atletas (17,1 ± 1,2 anos), 3 rapazes (18,0 ± 1,7 anos) e 5 raparigas (16,6 ± 0,4 anos), foram
analisados durante dois microciclos com cargas contrastantes, de forma a avaliar o seu estado de
hidratação, através da monitorização da perda de massa corporal durante o treino, do volume de
líquidos ingeridos durante o treino, da análise da osmolaridade, densidade e cor da urina e do
preenchimento de um diário alimentar.
RESULTADOS
Tabela 1 – Valores de estatística descritiva (média e desvio padrão) das variáveis em estudo
Variável Microciclo 1 Microciclo 2
Masculino Feminino Masculino Feminino
Marcadores de hidratação da urina
Osmolaridade antes 692,61±148,67 817,57±169,19 689,17±188,45 847,89±237,51
Osmolaridade depois 335,42±138,00 550,81±254,91 235,42±115,00 522,37±307,62
Densidade antes 1,0179±0,0049 1,0223±0,0051 1,0184±0,0057 1,0227±0,0067
Densidade depois 1,0079±0,0039 1,0143±0,0074 1,0052±0,0032 1,0135±0,0089
Cor antes 4,0±1,3 4,6±1,6 3,5±1,6 4,3±1,8
Cor depois 2,1±0,8 3,1±1,9 1,3±0,7 2,7±1,9
Liquido ingerido
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Líquido ingerido (ml) 410,67±189,51 130,54±157,83 325,67±251,46 88,79±123,80
Perda hídrica
Perda hídrica (Kg) -0,44±0,32 -0,28±0,26 -0,38±0,21 -0,19±0,20
Perda hídrica (%) 0,67±0,48 0,49±0,46 0,59±0,31 0,35±0,37
DISCUSSÃO: Os hábitos de hidratação dos atletas sofreram alterações significativas em função da carga
de treino, observando-se valores superiores no primeiro microciclo, no qual foi administrada a
magnitude de carga mais elevada. Na comparação entre sexos, a amostra masculina apresenta um
volume de líquidos ingeridos claramente superior aquele que foi observado na amostra feminina. Os
marcadores de hidratação realizados através de análise urinária revelaram uma grande associação
entre si, confirmando a consistência da metodologia utilizada neste estudo.
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POTENCIAL DA MONITORIZAÇÃO DA VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA (VFC) DURANTE O
PERÍODO DE TAPER NO DESEMPENHO COMPETITIVO DE NADADORES JOVENS
João Viola 1; Mônica Rezende 1; Luís Rama 1
1 Faculdade de Ciência do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra./ Centro de Investigação do Desporto e
da Atividade Física (FCT- uid/dtp/04213/2016).
INTRODUÇÃO: É objetivo deste estudo explorar o potencial da modulação da carga de treino durante
o período Taper em jovens nadadores, monitorizando a VFC antes da sessão de treino.
MÉTODOS: Três nadadores do sexo masculinos, (14,1±0,1 anos; 53,4 Kg ±10,3 de massa corporal e
169 cm ± 16 de estatura) que participaram do campeonato nacional infantil em 2015/2016
constituíram a amostra do estudo. Durante duas semanas de taper, (10 UT), a VFC foi obtida antes do
treino durante 2 min. Foi utilizado a banda H7 Polar®, e a aplicação Elite HRV®. Os ficheiros foram
transferidos para o Software Kubios® sendo analisado o domínio frequência, através da razão das
potências baixa (LF) e alta (HF) frequência.
RESULTADOS: Na tabela 1 estão expressos os valores pré treino, da razão LF/HF dos três atletas (A1,
A2 e A3). Os resultados mostram um comportamento similar, embora evidenciando a individualidade
na resposta adaptativas à carga de treino. O atleta-1, baixa o valor da razão LF/HF na véspera da
competição, no entanto necessitou de maior tempo de recuperação tendo obtido uma melhoria de
13% em competição. O atleta-2 revela uma redução da razão LF/HF, tendo alcançado um bom
desempenho competitivo (melhoria de 5%). O atleta-3, diferencia-se dos demais apenas na quinta
sessão de treino, o que poderá ser explicado por aspectos externos ao treino e não controlados.
Apesar disso consegue estabilizar o valor de LF/HF e alcançar uma melhoria do desempenho de 10%.
Tabela 1: Valores individuais do valor da razão LF/HF pré-treino durante o período de Taper.
Sessão 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
A1 3,422 1,732 3,173 8,063 11,439 1,327 1,426 1,114 11,068 3,406
A2 5,542 2,594 7,941 2,393 2,188 1,668 6,019 9,563 0,974 0,421
A3 1,461 1,682 8,842 5,639 3,089 8,786 3,544 10,69 4,773 3,921
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DISCUSSÃO: Os resultados obtidos neste estudo exploratório concordam com a literatura publicada,
que reportou a elevação de HF, com o aproximar da competição o que se relacionou com a obtenção
de bons resultados desportivos (Atlaoui e col. 2007). Os resultados obtidos neste estudo exploratório
sugerem que a monitorização da VFC poderá constituir uma ferramenta interessante na monitorização
da resposta adaptativa individualizada dos nadadores,
REFERÊNCIAS:
Atlaoui, D., et col. (2007). Heart rate variability, training variation and performance in elite swimmers.
International Journal of Sports Medicine, 28(5), 394–400.
Abad, C., Kobal, R., Kitamura, K., Gil, S., Pereira, L., Loturco, I., & Nakamura, F. (2015). Heart rate
variability in elite sprinters: effects of gender and body position. Clinical Physiology Functional
Imaging, 1–6.
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O IMPACTO DE UM PROGRAMA DE CONTROLO EMOCIONAL NO DESEMPENHO DESPORTIVO DE JOVENS
NADADORES
Sebastião Ferreira dos Santos1, José Augusto Marinho Alves2
1 Doutorando Ciências do Desporto (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro), Vila Real; CIDESD (Centro de
Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano), Vila Real, Portugal
2 Professor Coordenador aposentado Escola Superior de Rio Maior; Professor Associado aposentado Instituto Universitário
de Ciências da Saúde-Norte, Portugal
INTRODUÇÃO: A relação da emoção com o desempenho tem um papel importante no desporto e um
impacto no próprio desempenho. O objetivo do estudo foi elaborar e aplicar um programa de controlo
emocional na modalidade da Natação Pura Desportiva que resulte num controlo emocional e na
potencialização do desempenho desportivo.
MÉTODOS: O estudo foi realizado com um grupo de 52 nadadores (44 nadadores de uma equipa da
1ª Divisão Nacional e 8 nadadores com 2 anos de competição de nível regional) de ambos os géneros.
Os atletas foram divididos em grupos de controlo e experimental. O grupo experimental foi dividido
em dois grupos: Grupo Experimental 1 (dezanove nadadores com 16,58 anos, Dp=2,41) e o Grupo
Experimental 2 (oito nadadores com 15,50 anos, Dp=1,60). O Grupo de Controlo (vinte e cinco
nadadores com 16,24 anos, Dp=1,88). Os grupos realizaram o mesmo tipo de treino, diferindo o grupo
experimental na aplicação do Programa de Controlo Emocional (PCE). O PCE tem na sua génese a
introspeção e a análise dos momentos, contendo exercícios de respiração, de TaiChi, de Visualização
Mental e de Biofeedback. Para avaliar o desempenho desportivo foi utilizado a pontuação da FINA, na
média das três melhores provas de Natação Pura Desportiva realizadas pelos nadadores no pré-teste
e no pós-teste. Para analisar as diferenças entre os grupos no rendimento desportivo, no pré-teste e
pós-teste foi utilizada a técnica estatística Análise de Variância (ANOVA) (p≤0.01 e p≤0.05).
RESULTADOS: Os nadadores do Grupo Experimental 1 e 2 obtiveram resultados superiores nos
desempenhos desportivos e tendo resultados estatisticamente significativos (p= .03) após a aplicação
do Programa de Controlo Emocional. De acordo com os resultados observados podemos afirmar que
o PCE teve influência na melhoria do rendimento dos nadadores do Grupo Experimental. Tendo o
grupo com menos experiência desportiva evoluído mais que qualquer outro grupo.
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66
DISCUSSÃO: A perceção do desempenho individual da performance é um fator importante que
explicaria o efeito da emoção no desempenho (Ruiz & Hanin, 2011). A duração da emoção pode ser
curta e o estado emocional do atleta pode alterar-se durante a prova, dependendo das vicissitudes do
momento, por isso o atleta deve aprender a controlar ou minimizar os efeitos adversos e
momentâneos de cada situação (Dias et al., 2011). Os nadadores ao trabalharem o Programa de
Controlo Emocional têm uma autoconsciência das suas ações, têm uma perceção das suas funções,
continuando a trabalhar os aspetos técnicos, envolvendo-se no treino e na competição, assim
contribuindo para a influência do sucesso e potenciando o desempenho desportivo.
REFERÊNCIAS:
Dias, C., Cruz, J., & Fonseca, A. (2011). Ansiedade, Percepción de amenaza y estratégias de
afrontamento en el deporte. Ansiedad y Estrés, 17(1), 1-13.
Ruiz, M., & Hanin, Y. (2011). Perceived impact of anger on anger on performance of skilled karate
athletes. Psychology of Sport and Exercise, 12, 242-249.
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A RELAÇÃO ENTRE A VELOCIDADE DE NADO E AS VARIÁVEIS DE FORÇA EM NADADORES UNIVERSITÁRIOS
Lopes, T.J. 1, Gonçalves, C.A. 1, Graça, C. 1, Neiva, H.P. 1,2, Marinho, D.A. 1,2
1 Departamento de Ciências do Desporto da Universidade da Beira Interior, Covilhã, Portugal; 2 Centro de Investigação em
Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano (CIDESD), Vila Real, Portugal
INTRODUÇÃO: Variáveis associadas ao treino de força revelam-se como indicadores de performance
em curtas distâncias na natação (Morouço et al., 2011). Este estudo teve como objetivo analisar a
correlação de diferentes testes de força e de potência(TF) com o desempenho na velocidade de nado.
MÉTODOS: Quinze nadadores universitários com idade média 20±1.46anos, realizaram sprints de 50
e 100m no nado de Livres(TA) numa fase inicial da época desportiva. Além disso, foram realizados
testes de TF: agachamento(AG), supino Reto(SP), salto com contramovimento(CMJ) e de mãos livres
(CMJ ML) e lançamento de bola medicinal(LBM). As variáveis frequência gestual(FG), distância por
ciclo de braçada(DC), índice de nado(IN), tempo em segundos e velocidade média s-1 (Vmed) foram
tidas em conta para TA. As correlações entre os TF e TA foram quantificados através dos coeficientes
de correlação de Person (r).
RESULTADOS: A tabela 1 mostra que DC e IN foram as variáveis mais correlacionadas com a velocidade
e os testes de TF. Foram encontradas algumas correlações significativas entre os parâmetros Vmed e
SP.
Tabela 1: O coeficiente de correlação de Person entre os valores de TF e variáveis de TA.
Distância na água Distância na água Distância na água
Variável 50m 100m 50m 100m 50m 100m
AG
FG -0,238 -0,283
CMJ
-0,275 -0,179
LBM
0,023 -0,063
DC 0,655** 0,718** 0,582* 0,480 0,277 0,561*
IN 0,827** 0.644** 0,686** 0,436 0,462 0,638*
Vmed -0,422 -0,326 0,281 -0,204 -0,389 -0,463
SP
FG 0,159 0,120 CMJ
Mãos
Livres
-0,278 -0,192 DC 0,153 0,466 0,569* 0,533* IN 0,413 0,639* 0,664** 0,491 Vmed -0,574* 0,463 -0,315 -0,238
Significância nas Correlações: * p < 0.05, ** p < 0.01.
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DISCUSSÃO: Loturco et al. (2016) evidenciaram que TF tinha tendência a melhorar o desempenho no
sprint na natação, contudo seriam necessários realizar mais testes. Os resultados mostram que
indicadores de TF estão associados ao desempenho técnico de nadadores quando realizam curtas
distâncias para o nado de Livres.
REFERÊNCIAS:
Loturco, I., Barbosa, A. C., Nocentini, R. K., Pereira, L. A., Kobal, R., Kitamura, K. , Nakamura, F. Y. (2016).
A Correlational Analysis of Tethered Swimming, Swim Sprint Performance and Dry-land Power
Assessments. International Journal of Sports Medicine, 37(3), 211-218. doi: 10.1055/s-0035-1559694
Morouco, P., Neiva, H., Gonzalez-Badillo, J. J., Garrido, N., Marinho, D. A., & Marques, M. C. (2011).
Associations Between Dry Land Strength and Power Measurements with Swimming Performance in
Elite Athletes: a Pilot Study. Journal of Human Kinetics, 105-112.
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69
REPRESENTATIVIDADE DE CENÁRIOS OFENSIVOS NA AVALIAÇÃO DOS COMPORTAMENTOS PERCETIVO-
COGNITIVOS DE JOGADORES DE POLO AQUÁTICO
Pereira, R.1; Fernandes, R.J.1,2; Canossa, S. 1; Padilha, M.1; Bagatin, R.1; Tavares, F.1; Casanova, F1.
1 - Centro de Investigação, Formação, Inovação e Intervenção em Desporto, Faculdade de Desporto, Universidade do Porto
2 - Laboratório de Biomecânica do Porto, Universidade do Porto
INTRODUÇÃO: No Polo Aquático, tal como noutros jogos desportivos, as habilidades percetivo-
cognitivas e a compreensão tática do jogo influenciam decisivamente o rendimento desportivo. No
entanto, não existem ferramentas no Polo Aquático que permitam avaliar tais habilidades de forma a
distinguir jogadores peritos dos restantes. O presente trabalho teve por objetivo definir cenários
ofensivos representativos do jogo de Polo Aquático de modo a futuramente avaliar os
comportamentos percetivo-cognitivos de praticantes de vários níveis competitivos.
MÉTODOS: Oitenta clips de cenários ofensivos, obtidos através de gravações vídeo da Supertaça
Portuguesa Masculina de Polo Aquático 2016/2017 na perspetiva “Olho de Pássaro” foram apreciados
por um painel de 10 treinadores experts. Estes identificaram a representatividade de cada cenário
através do preenchimento de um questionário tipo Likert (1932) (5 indicava “Total Acordo” e 1 “Total
Desacordo” com a representatividade do cenário). Cada clip tinha ~7 s de duração e todos os
treinadores puderam observar o desfecho final da jogada. Adicionalmente, após um mês, os clips
foram novamente analisados por forma a testar a reprodutibilidade das apreciações anteriores. O
Coeficiente de Concordância de Kendall (W) e o Alfa de Cronbach (α) foram utilizados para testar a
concordância e a confiabilidade da consistência interna entre observadores (respetivamente),
enquanto o Teste de Wilcoxon (Z) foi usado para testar a reprodutibilidade entre o teste e o re-teste.
RESULTADOS e DISCUSSÃO: Cinquenta e seis dos 80 cenários ofensivos mostraram elevada
concordância (W=1; p <0.05) e confiabilidade da consistência interna entre observadores (α=0.980; p
<0.05), bem como reprodutibilidade intra-observador (Z=0; p=1). A identificação destes cenários
ofensivos poderá permitir a criação de uma metodologia específica para avaliar as suas habilidades
percetivo-cognitivas dos jogadores de Polo Aquático.
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CONCLUSÕES: Cinquenta e seis cenários ofensivos foram considerados representativos do jogo de
Polo Aquático e, desta forma, elegíveis para uso posterior na avaliação das habilidades percetivo-
cognitivas de jogadores de Polo Aquático.
REFERÊNCIAS:
Likert, R. (1932). Techniques for the measurement of Atitudes. Archives of Psychology, 22 (140), 5-
55.
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VELOCIDADE SEGMENTAR NA TÉCNICA DE CROL
Raul F. Bartolomeu1,3, Mário J. Costa2,3, Tiago M. Barbosa3,4
1 Universidade de Trás os Montes e Alto Douro, Portugal
2 Instituto Politécnico da Guarda, Portugal
3 Centro de Investigação em Ciências do Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano (CIDESD), Portugal
4 Nanyang Technological University, Singapura
INTRODUÇÃO: É sabido que a contribuição dos membros superiores (MS) para velocidade de nado de
crol é de aproximadamente 87-90% [1, 2], e neste sentido assume-se que os membros inferiores (MI)
têm uma contribuição relativa de aproximadamente 10-13%. No entanto, os estudos nesta área
avaliaram apenas a diferença entre o nado completo e o nado só com ação de braços, aferindo a
contribuição da pernada posteriormente. Assim, foi objetivo do presente estudo medir a velocidade
de cada segmento corporal no nado de crol e estimar a sua real contribuição.
MÉTODOS: 45 nadadores (22 rapazes e 23 raparigas) com pelo menos 2 anos de experiência em
competições (zonal a nacional) realizaram aleatoriamente um sprint máximo de 25m a crol completo
(CC), crol só com MS (CMS) e crol só com MI (CMI). Foi medida a velocidade de nado com recurso a
um sistema de medição de velocidade (Swim speedo-meter, Swimsportec, Germany) e o sinal foi
tratado posteriormente (AcqKnowledge v.3.5, Biopac Systems, USA). Foi realizada uma análise da
variância de medidas repetidas para testar a influência das variantes de crol nas variáveis em estudo,
onde se verificou também as médias e desvios-padrão.
RESULTADOS: A velocidade média de nado na variante CC (100%), foi 1,258±0,201 m/s para o total da
amostra, 1,143±0,172 m/s para as mulheres e 1,378±0,153 m/s para os homens. Na variante CMS foi
1,062±0,227 m/s (84%) para o total da amostra, 0,935±0193 m/s (82%) para as mulheres e
1,196±0,178 m/s (87%) para os homens. Na variante CMI foi 0,733±0,134 m/s (58%) para o total da
amostra, 0,686±0,121 m/s (60%) para as mulheres e 0,782±0,131 m/s (57%) para os homens.
Verificou-se a existência de um efeito significativo e forte da variante (F1,663, 71,499=310,434, p<0,001,
η2=0,857) e do sexo (F1,43=310,434, p<0,001, η2=0,857) e um efeito significativo e mínimo da interação
variante*sexo (F1,663, 71,499=8,598, p=0,001, η2=0,024) na velocidade.
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DISCUSSÃO: Ao contrário da braçada, pernada de crol parece ter um contributo superior aquele que
lhe tem sido atribuído. A soma da velocidade dos membros superiores e inferiores foi superior (143%,
142% e 144% no total da amostra, nas mulheres e nos homens, respetivamente) à velocidade do crol
completo (100%). Existe claramente uma perda de eficiência no nado de crol completo, parecendo
que a movimentação das pernas é limitada pela coordenação MI/MS exigida pela técnica completa.
Sugere-se que os treinadores, em vez de adotarem os sistemas mais comuns de 4 ou 6 pernadas por
cada braçada, ajustem individualmente a frequência de pernada à frequência de braçada de modo a
tirar o melhor proveito da propulsão das pernas.
REFERÊNCIAS:
Hollander, A. P., de Groot, G., Van Ingen Schenau, G. J., Kahman, R., & Toussaint, H. M. (1988).
Contribution of the legs to propulsion in front crawl swimming. In B. E. Ungerechts, K. Wilke & R. K.
(Eds.), Swimming science V (pp. 39-43). Chamaign, IL: Human Kinetics.
Ribeiro, J., Figueiredo, P., Sousa, A., Monteiro, J., Pelarigo, J., Vilas-Boas, J. P., Fernandes, R. F. (2015).
VO2 kinetics and metabolic contributions during full and upper body extreme swimming intensity.
European Journal of Applied Physiology, 115(5), 1117-1124.
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ORGANIZAÇÃO DO ENSINO DA NATAÇÃO NO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO NA REGIÃO AUTÓNOMA DA
MADEIRA
Joana Castro1
1 Direção de Serviços do Desporto Escolar, Secretaria Regional de Educação da RAM
INTRODUÇÃO: A experiência motora propicia o amplo desenvolvimento das diferentes componentes
da motricidade (Medina-Papst & Marques, 2010). A natação, durante anos vem contribuindo de forma
notável para o desenvolvimento humano e motor e é inegável e inquestionável o seu valor formativo
na aquisição de habilidades motoras únicas. Segundo Martins et al. (2015), a prática acumulada da
natação parece conduzir a uma variação positiva e significativa do desenvolvimento em várias
habilidades motoras.
É objetivo deste trabalho descrever e analisar a implementação e organização da natação no âmbito
da Expressão e Educação Físico-Motora (EEFM) no 1º Ciclo do Ensino Básico (CEB) na Região Autónoma
da Madeira (RAM).
DESENVOLVIMENTO: A política governamental de construção de várias piscinas, equitativamente
distribuídas pelos onze Concelhos da RAM, vocacionadas para o ensino da natação, vêm-se
confrontadas com a (quase) obrigatoriedade de proporcionar aos alunos o acesso à prática da natação.
A EEFM enquanto parte integrante do leque obrigatório das atividades a desenvolver no 1º CEB,
integra a natação como uma das modalidades facultativas do programa. Consciente desta premissa e
do investimento governamental, a Secretaria Regional de Educação da RAM, através da Direção de
Serviços do Desporto Escolar (DSDE), implementou desde o ano letivo 2004/2005 até à presente data,
aulas de natação para os alunos daquele nível de ensino. As aulas de natação são ministradas uma vez
por semana, com a duração de 60 minutos cada sessão, no bloco de Enriquecimento Curricular. Estas
são orientadas por 10 professores (distribuídos pelos vários concelhos) coadjuvados pelo professor
responsável pela área da EEFM na escola e o trabalho desenvolvido rege-se sobretudo pelas
orientações do Ministério da Educação. Existe uma preocupação na formação dos professores, e com
o propósito de aperfeiçoar os conhecimentos e os atos pedagógicos a DSDE em parceria com a
Associação de Natação da Madeira promove todos os anos formação nesta área.
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Dos 10 300 alunos a frequentar o 1º CEB na RAM, participam em aulas de natação 2975 alunos,
distribuídos por 9 concelhos: Calheta (116), Ponta do Sol (171), Ribeira Brava (261), São Vicente (163),
Porto Moniz (70), Funchal (823), Santa Cruz (731), Machico (465), Santana (175).
Estes dados revelam que cerca de 30% das crianças do 1º CEB praticam natação, ainda assim, é nossa
pretensão elevarmos este valor e em estudos futuros conhecer os efeitos da prática da natação no
desenvolvimento motor global da criança da RAM.
REFERÊNCIAS:
Medina-Papst, J., & Marques, I. (2010). Avaliação do desenvolvimento motor de crianças com
dificuldades de aprendizagem. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, 12(1),
36 – 42.
Martins, V., Silva, A. J., Marinho, D. A., & Costa, A. M. (2015). Desenvolvimento motor global de
crianças do 1º ciclo do ensino básico com e sem prática prévia de natação em contexto escolar.
Motricidade, 11(1), 87 – 97.
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A COMPETÊNCIA AQUÁTICA REAL E PERCEBIDA DE CRIANÇAS DE 6 A 10 ANOS EM HABILIDADES
IDENTIFICADAS COMO RELEVANTES NA SOBREVIVÊNCIA NO MEIO AQUÁTICO
Alexandra Frias 1, Nuno Garrido2,3, António J. Silva2,3, Aldo M. Costa1,3,4
1 Departamento de Ciências do Desporto, Universidade da Beira Interior; Portugal
2 Departamento de Desporto Exercício e Saúde, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal;
3 Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano (CIDESD), Portugal
4 Centro de Investigação em Ciências da Saúde, Universidade da Beira Interior, Portugal
INTRODUÇÃO: Crianças com mais experiência aquática parecem ser mais capazes de ajustar a sua
perceção de competência aquática com a realidade (Moreno & Ruiz, 2008), pelo que poderá contribuir
para a diminuição da ocorrência de riscos de acidentes aquáticos. No entanto, antes da idade de oito
anos, a auto perceção da competência motora não é específica (Stallman, Junge, & Blixt, 2008). O
objetivo deste estudo foi analisar a relação entre a competência aquática percebida e real em crianças
com 6 a 10 anos de idade em habilidades identificadas como relevantes na sobrevivência no meio
aquático
MÉTODOS: A amostra do estudo foi composta por 105 crianças (8.2±1.3 anos), recrutadas em escolas
de natação portuguesas, e identificadas com um nível de competência aquática mínimo (~12,5 m de
nado autónomo). As crianças foram divididas em dois grupos etários com semelhante experiência
aquática (G1, 6-7 anos, n=53; G2, de 8 a 10 anos, n=52). Ambos os grupos foram avaliados na sua
competência aquática em oito habilidades identificadas como relevantes na sobrevivência no meio
aquático (Stallman, Junge, & Blixt, 2008) e nas seguintes condições: (i) com equipamento de nado
comum (fato de banho e touca); (ii) com equipamento de nado comum e, adicionalmente, vestindo
uma t-shirt. A perceção de competência aquática para as mesmas habilidades aquáticas foi avaliada
através de um questionário-entrevista (com imagens). No tratamento dos dados recorreu-se ao índice
de correlação linear de Pearson e ao teste T de Student para amostras pareadas e independentes, com
nível de significância de 5%
RESULTADOS: Ambos os grupos apresentam diferenças significativas (p <0.01) na competência
aquática real nas duas condições de uso de equipamento (normal e adicionalmente com t-shirt).
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Porém a competência aquática percebida é similar entre ambos os grupos etários para todas as
habilidades aquáticas avaliadas, exceto para o controlo da respiração durante a nado (p <0.05). A
competência aquática percebida difere significativamente (p <0.001) da competência aquática real
(em ambos os contextos de avaliação) apenas no G1. Ambos os grupos etários apresentam correlações
modestas entre a competência aquática percebida e a real para todas as habilidades aquáticas
avaliadas.
DISCUSSÃO: A idade juntamente com a experiência aquática parece contribuir para uma perceção de
competência aquática elevada em habilidades identificadas como relevantes na sobrevivência no meio
aquático
REFERÊNCIAS:
Moreno, J. A., & Ruiz, L. M. (2008). Aquatic perceived competence in children: Development and
preliminary validation of a pictorical scale. International Journal of Aquatic Research and Education, 2,
313-329.
Stallman, R. K., Junge, M., & Blixt, T. (2008). The teaching of swimming based on a model derived from
the causes of drowning. International Journal of Aquatic Research and Education, 2(4), 372-382.
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