MSc. DANIEL TESTA MOTA
Biólogo-Mestre em Biologia Urbana
(Entomologia Médica)
Apoiador Municipal para o Controle da Malária-FIOTEC/MS
2016
Orientar os procedimentos corretos para o controle da qualidade do diagnóstico e tratamento laboratorial da malária.
Melhorar o desempenho geral dos microscopistas em cada nível de atuação dos serviços laboratoriais;
Melhorar a qualidade da investigação de casos e dispensacão de medicamentos aos pacientes e controle dos casos de malária.
Investigação epidemiológica
Diagnóstico e tratamento
Preenchimento do SIVEP
LVC
Escala de trabalho
Envio da produção
Direcionamento das atividade de controle da malaria.
0 100 200 300 400 500
número de casos-100% -50% 0% 50% 100%
diferença entre anos (%)
2015
2016
435
155 -64%
Gráfico 1- Número de casos de malária e diferença percentual no períodode janeiro a março de 2015 e 2016 no município de Rorainópolis-RR
Excluídas LVC. Total de casos notificados em Roraima.Fonte: SIVEP-MALÁRIA/SVS - Ministério da Saúde
0 100 200 300 400 500 600
número de casos0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%
% de LVC positivas
3151 38%62%
(10%)
Gráfico 7-Percentual de possíveis recidivas por P.vivax em marçode 2016 - Município de Rorainópolis-RR
Apenas lâminas positivas por P. vivax. P. vivax inclui infecções por P. vivax, P. malariae, P. ovale e resultados de TDR não falciparum. Cálculo serefere ao número de LVC positivas dividido pelo total de casos positivos.Fonte: SIVEP-MALÁRIA/SVS - Ministério da Saúde
0 5 10 15 20 25 30 35
número de casos0% 20% 40% 60% 80% 100%
% por intervalo
2015 57%43%
70%
Gráfico 5- Intervalo entre o início dos sintomas e tratamento emmarço de 2016 - Município de Rorainópolis-RR
Excluídas LVC e registros de casos sem sintomas.Fonte: SIVEP-MALÁRIA/SVS - Ministério da Saúde
A maioria dos achados patológicos da malária é devida à destruição de eritrócitos.
parasita rompe os eritrócitos após a liberação dos merozóitos
O baço sequestra e destrói hemácias infectadas
A malária causada pelo P. falciparum é mais severa do que a causada por outros plasmódios.
◦ Infecção de mais eritrócitos e oclusão de capilares com agregados de hemácias parasitadas
◦ Hemorragia e necrose
P. falciparum infecta eritrócitos de todas as idades P. vivax infecta somente reticulócitos P. malariae infecta somente hemácias maduras
Apenas o ciclo eritrocítico assexuado é responsável pelas manifestações clinicas e patologia da malária – a passagem do parasita pelo fígado não é patogênica.
PERÍODO DE INCUBAÇÃO
AGENTE INFECCIOSO PERÍODO DE INCUBAÇÃO
MÉDIA
Plasmodium falciparum
7 a 14 dias 12 dias
Plasmodium vivax 8 a 30 dias 14 dias
Plasmodium malariae 18 a 37 dias 30 dias
Dependendo da espécie de Plasmodium,
Carga parasitária injetada pelo mosquito no momento da picada
Sistema de defesa do paciente.
Durante esse período, que corresponde à fase em que o Plasmodium está se reproduzindo no fígado do indivíduo, não há sintomas.
DIAGNÓSTICO DA MALÁRIA
LABORATORIAL: Técnica da gota espessa + Eficaz
• Erros na leitura das lâminas de malária podem ter graves
consequências no manejo dos pacientes, podendo levar,
inclusive, a complicações e óbito.
• No nível coletivo as deficiências sistemáticas na qualidade
do diagnóstico, em um ou mais postos de microscopia,
podem aumentar a transmissão da malária e dificultar a
tomada de decisões e a avaliação das estratégias de
tratamento.
Supervisão
•Supervisão de rotina aos postos de diagnóstico(em geral programa municipal de malária)
•Supervisão direta aos laboratórios de base e revisão após detecção de divergências
Gota espessa- Padrão ouro
• É a capacidade do microscopista de realizar um exame e detectar com
exatidão o parasito causador da malária na gota espessa (OMS, 2005).
• Está baseada na capacidade do microscopista de confeccionar, corar,
examinar e interpretar uma gota espessa. A avaliação de competências
se realiza em condições controladas e padronizadas onde existem os
elementos para realizar um diagnóstico de qualidade
• Refere-se à exatidão na leitura das lâminas de malária examinadas
nas condições da rotina do serviço.
• Influenciado pela competência do microscopista e por outros fatores:
condições de trabalho, número de lâminas lidas e condições dos
equipamentos e insumos (OMS, 2005).
• Nos programas de controle da malária, o monitoramento do
desempenho corresponde a prática tradicional de revisão de lâminas por
segunda leitura e da qualidade da coloração e preparação das lâminas
NOTIFICAÇÃO NOTIFICAÇÃO Sivep_MaláriaSivep_Malária
Importância:Importância:1.1. TratamentoTratamento2.2. EpidemiologiaEpidemiologia3.3. Controle VetorialControle Vetorial
DADOS DA DADOS DA NOTIFICAÇÃO NOTIFICAÇÃO
2 3
4
5
7
8 9
6
10
11
1 No. da Notificação
Data da Notificação: Tipo de Detecção:
1 – Passiva 2 - Ativa
Sintomas:1-Com sintomas2-Sem sintomas
UF Notificação:
Município da Notificação:
Cód. Mun. Notificação:
Unidade Notificante:
Cód. da Unidade:
Nome do Agente Notificante:
Cód. do Agente:
1 1 0 3 2 0 1 31 1 0 3 2 0 1 3 11 11 R R R R
RorainópolisRorainópolis
0101
Dr. YandaraDr. Yandara
Marcos Marcos
1 3 0 2 6 01 3 0 2 6 0
5 9 65 9 6
6 46 4
DADOS DO PACIENTEDADOS DO PACIENTE12
13
22 22 22 22 22 66 66 6614
15
16
17
18
19
20
21
Nome do Paciente:
Escolaridade:0- Analfabeto 1 - 1ª a 4ª série incompleta do EF 2 – 4ª série completa do EF 3 – 5ª a 8ª série incompleta do EF4 – Ensino Fundamental completo 5 – Ensino médio incompleto 6 – Ensino médio completo7 – Educação superior incompleto 8 – Educação superior completa 10 – Não se aplica
Principal Atividade nos Últimos 15 dias:1 – Agricultura 2 – Pecuária 3 – Doméstica 4 – Turismo 5 – Garimpagem6 – Exploração Vegetal 7 – Caça e pesca 8 – Construção de estradas/barragens9 – Mineração 10 – Viajante 11 - Outros
№ Cartão Nacional de Saúde Data do Nascimento: Idade: Dia
Mês
Ano
Sexo
M – Masculino F - Feminino
Paciente é gestante?1 - 1º Trimestre 2 – 2º Trimestre 3 - 3º Trimestre4 – Idade gestacional ignorada 5 – Não 6 – Não se aplica
Raça/Cor:
1 – Branca 2 – Preta 3 – Amarela4 – Parda 5 – Indígena
Nome da mãe:
Josefa QueirózJosefa Queiróz
0 8 0 1 1 9 6 20 8 0 1 1 9 6 2 4 94 9
FF 55
66
44
44
Josefina QueirozJosefina Queiroz
XX8 0 1 1 9 6 28 0 1 1 9 6 2
DADOS DO PACIENTEDADOS DO PACIENTE
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
Endereço do Paciente:
Outro País de Residência
Localidade de Residência:
________________________________________
Cód. Localid. Resid:
UF Residência: Município de Residência:
____________________________
Cód. Mun. Resid:
Data dos Primeiros Sintomas: Recebeu tratamento para malária vivax nos últimos 60 dias?
Recebeu tratamento para malária falciparum nos últimos 40 dias?
1 – Sim 2 – Não 1 – Sim 2 – Não
Rua Bernardo Micheles, 1447Rua Bernardo Micheles, 1447
A MA M ManausManaus
--------
1 3 0 2 6 01 3 0 2 6 0
PetrópolisPetrópolis 1 7 51 7 5
0 8 0 5 2 0 1 60 8 0 5 2 0 1 6 22 22
LOCAL PROVÁVEL DA INFECÇÃOLOCAL PROVÁVEL DA INFECÇÃO
32
33
34
35
36
37
Outro País provável de Infecção:
___________________________________________UF provável de Infecção:
Município provável da Infecção:
_____________________________________________________
Cód. Mun. Provável Infecção
Localidade provável da Infecção:
____________________________________________________
Cód. Localid. Prov. Infecção:
--------
RorainópolisRorainópolis 1 3 0 2 6 01 3 0 2 6 0
Vila do equadorVila do equador 1 81 8
Investigação epidemiológicaControle vetorial e Busca ativa
DADOS DO EXAMEDADOS DO EXAME
38
39
40
41
42
43
44
45
Nome do Examinador:
________________________________________________
Cód. Examinador:
Data do Exame: Tipo de exame:
1 – Gota espessa/Esfregaço2 - Teste rápido
Resultado do Exame:
1 – Negativo; 2 – F; 3 – F + FG; 4 – V; 5 – F+V;6 – V+FG; 7 – FG; 8 – M; 10 – Ov; 11 – Não F
Parasitos por mm³:
______________
Parasitemia em “cruzes”1 - < +/2 (menor que meia cruz); 2 - +/2 (meia cruz); 3 - + (uma cruz); 4 - ++ (duas cruzes); 5 - ++++ (três cruzes); 6 - ++++ (quatro cruzes)
Outros Hemoparasitas Pesquisados:1 – Negativo 2 – Trypanosoma sp.3 – Microfilária 4 – Trypanosoma sp.+Microfilária 9 – Não pésquisados
1 1 0 3 2 0 1 31 1 0 3 2 0 1 3 11
0 30 3+ F 05Fg+ F 05Fg
--------33 11
Frank (Rubrica ou assinatura)Frank (Rubrica ou assinatura) 8 68 6
TRATAMENTOTRATAMENTO
46
Esquema de tratamento utilizado, de acordo com Manual de Terapêutica da Malária
1. Infecções pelo P.vivax ou P.ovale com cloroquina em 3 dias e primaquina em 7 dias (esquema curto);2. Infecções pelo P.vivax ou P.ovale com cloroquina em 3 dias primaquina em 14 dias (esquema longo);3. Infecções pelo P.malariae para todas as idades e por P.vivax ou P.ovale em gestantes e crianças com
menos de 6 meses, com cloroquina em 3 dias;4. Prevenção das recaidas frequentes por P.vivax ou P.ovale com cloroquina semanal em 12 semanas;5. Infecções por P.falciparum com a combinação fixa de artemeter+lumefantrina em 3 dias;6. Infecções por P.falciparum com a combinação fixa de artesunato+mefloquina em 3 dias;7. Infecções por P.falciparum com quinina m 3 dias, doxiciclina em 5 dias e primaquina n 6º dia;8. Infecções mistas por P.falciparum e P.vivax ou P.ovale com Artemeter + Lumefantrina ou Artesunato +
Mefloquina em 3 dias e Primaquina em 7 dias;9. Infecções não complicadas por P.falciparum no 1º trimestre da gestação e crianças com menos de 6
meses, com quinina em 3 dias e clindamicina em 5 dias;10. Malária grave e complicada pelo P.falciparum em todas as faixas etárias; 99. Outro esquema utilizado (por médico) – descrever.
47
Data do Início do tratamento:
0 50 5
1 1 0 5 2 0 1 61 1 0 5 2 0 1 6
SMS – UF SMS – UF MUNICÍPIOMUNICÍPIO
12
15
1 38 40 44
COMPROVANTE DE RESULTADO DO EXAME PARA SER ENTREGUE AO PACIENTECOMPROVANTE DE RESULTADO DO EXAME PARA SER ENTREGUE AO PACIENTE
Nome do paciente:
____________________________________________________________________
Idade:_________________
Nº da Notificação Data do Exame Resultado do Exame:
_______________
Nome do Examinador:
________________
MS/SVS 22/09/2010
Josefa QueirózJosefa Queiróz 49 a49 a
0 10 1 1 1 0 5 2 0 1 61 1 0 5 2 0 1 6 + F 05Fg+ F 05Fg Frank- 86Frank- 86
Importância do preenchimento:Importância do preenchimento:
1.1. Laboratório - informaçõesLaboratório - informações2.2. Epidemiologia - transmissãoEpidemiologia - transmissão3.3. Ações de controle vetorialAções de controle vetorial4.4. Entomologia - transmissorEntomologia - transmissor5.5. Acompanhamento ao Acompanhamento ao pacientepaciente
LIVRO DE REGISTRO DE LÂMINALIVRO DE REGISTRO DE LÂMINAPADRONIZADO MS/PNCM/LACENPADRONIZADO MS/PNCM/LACEN
LIVRO DE REGISTRO DE LÂMINASLIVRO DE REGISTRO DE LÂMINASNo. Ord
Nome do Paciente
Idade
Sexo
Endereço Procedência Tipo da
Lâmina
No. da UN e
da lâmina
Diagnóstico
Tratamento ObservaçõesLocalid
adeMunicípio COARTEM CLQ PQ
B6 B12 B18 B24 15 5
1,5 7,0 1,5 1,0 6,5 6,0 1,5 1,5 1,5 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 6,0
LVC – 01 NEG
BA – 01 NEG
++V10Fg++F08V
20V+F
+F03Fg
624
2410
148---- ---
- - - --- - -- - -
- - - - ---
- - - - ---
- - --
Gabriela Sena01 1a F 104/33BPItacoatiaraKm10 LindoiaAv Isabel BPTarumã Manaus 03/40M02 Jorge Silva 60
+/2F
BPR.BrasileirinhoR. Ipiranga Manaus 114/23M05 Daniel Pena 5m
LVCBalbina Urubuí P.Figueired
01/51F- Jucilene Silva 15 Gest. 5ºBARua AmaralTarumã Manaus 01/63F03 Orlandina 15 Gest 3ºBATarumãR. Buriti Manaus 01/66F04 Maria da Silva 15 Gest 1ºQ+C
Encam.p/ médico
Se tiver a medicação – Quinino ¼ de 8/8hs ou
12/12hs
OBS: Gestante – Na malária vivax toma-se 04 comprimidos de CQ no 1º dia e no 2º e 3º dia toma 03 comp. por dia. Não administrar PQ
OBS: Gestante – Na malária falciparum no 1º trimestre usa Quinino+Clindamicina (Tabela 05)
OBS: Gestante – Na malária falciparum no 2º trimestre em diante toma-se Coartem
Produção do microscopista deve ser enviada semanalmente.
Fechar a produção na sexta feira e enviar no Maximo até terça feira da semana subsequente.
Falhas nesse processo dificulta os trabalhos da revisão, digitação, e análise epidemiológica.
Obrigado!Obrigado!“O problema não é o problema. O problema é sua atitude com relação ao problema.”
(Kelly Young)