Manter Acesa a Chama da Fé
Missa Paroquial do Sacramento do Crisma 2017 na Comunidade São Judas Tadeu
Carta Pastoral Cuiabá, 14 de novembro de 2017
Estimado(a) fiel católico(a), saudações.
A liturgia de domingo passado, dia 12 de novembro, traz, como ponto forte, uma bonita reflexão sobre a
perseverança na fé e no seguimento de Jesus. As primeiras comunidades cristãs não tiveram, como nós, o privilégio de
ter “irmãos mais velhos”, que nos antecederam no caminho do seguimento de Jesus. Para eles, o seguimento foi sempre
um caminho a ser percorrido iluminado, apenas, com a fé de cada um e da própria comunidade.
Os primeiros cristãos, em sua formação cristã, aprenderam que a segunda vinda de Jesus, o dia da Parusia, seria
logo. Até Paulo, exortava as pessoas a não fazerem planos para o futuro e dizia: “se você não é casado, não se case...”
Porém, com o tempo passando e a promessa de Jesus não cumprida de que voltaria logo, muitos cristãos começaram a
ter sua fé abalada, a devoção e o ardor diminuídos. As lideranças cristãs, então, preocupadas com a fé do povo,
lembraram-se das palavras de Jesus advertindo que situações como essa poderiam acontecer. Foi para esse tipo de
problema que o texto do Evangelho de Mateus (Mateus 25, 1-13) desse 32º domingo do tempo comum foi escrito.
Vejam que o foco não é a vinda do noivo, e sim o comportamento das
pessoas que, embora convidadas para a festa, podem ou não estar preparadas
para participar dela.
Já no início do evangelho, o autor sagrado faz uma observação. Ele diz que
existem dois tipos de pessoas: pessoas previdentes e imprevidentes. Mas, antes de
entrar na narrativa do texto, vamos entender um pouco mais. Acreditamos que todos
já ouviram falar das “damas de honra” da noiva, não? Pois é, as atuais damas de
honra têm origem nos rituais de casamento da antiguidade, do tipo que encontramos na narrativa desse texto de Mateus.
Trata-se de um casamento judeu antigo. Noivo e noiva, num gesto simbólico bem significativo e cumprindo o que dizem
as Sagradas Escrituras: saem das suas casas! Ou seja, eles se encontram “no caminho”. A noiva e o noivo saem de
suas casas acompanhados de seus respectivos cortejos. Encontram-se e encaminham-se para o lugar da Boda e da
Festa de Casamento. É, sem dúvida, bem bonito.
Segundo Mateus 25,1-13, as 10 jovens representam a comunidade dos seguidores de Jesus. O comportamento,
como já afirma Mateus desde o início, não é uniforme: há cristãos previdentes e também imprevidentes. Interessante
que aqui já temos uma bonita metáfora para a fé. A fé antecipa aquilo que ainda não “vemos” com os olhos do corpo. E
temos o uso do adjetivo “previdente”, do verbo prever, ou seja, antecipar a visão. Em outras palavras, Mateus está
dizendo que na comunidade de seguidores de Jesus existem pessoas com fé e pessoas cuja fé está vacilante.
Ao parecer, a suposta demora da segunda vinda do Mestre permitiu que algumas pessoas se deixassem levar
pela perspectiva do egoísmo. Começaram a esmorecer na prática da caridade e das boas obras, deixando-se levar pelos
usos e costumes dos locais, perdendo, com isso, a sua identidade cristã. Fora das liturgias e das práticas de alguns
rituais religiosos, já não se pareciam, em comportamento, diferenciar-se dos cidadãos pagãos de suas terras.
O texto de Mateus revela que as jovens prudentes levavam consigo, não apenas o óleo de suas lamparinas cheias,
mas também, recipientes com óleo extra, por prudência, pois, o Mestre poderia demorar mais do que esperavam. As
jovens imprudentes só levaram o óleo que cabia nas suas lamparinas.
Nesse ponto, o leitor poderá pensar a razão dessa imprudência. Se levarmos em conta a cultura de nosso tempo,
ninguém quer levar peso extra. Estamos na moda do tudo “light”, tudo leve. De “curtir o momento”. “Viver o presente”.
Em outras palavras, as 5 jovens imprevidentes acharam-se “expertas”, pois, estavam leves para curtir e usufruir, o
máximo possível, da festa. Ocorre, porém, que esperteza não é sabedoria. A sabedoria é dom de Deus. Novamente
vemos as 5 jovens imprevidentes sendo espertas e não sábias, um simbolismo para indicar, novamente, o vacilante
estado da fé dessas pessoas. O texto faz referência ao sono: “todas
cochilaram e dormiram”, diz o texto. O problema não está em dormir. A
palavra “sono”, ou o verbo “dormir”, são termos usados para indicar
também a morte, além do sono restaurador de forças. O que dá ao texto
um significado que ultrapassa o seu contexto, pois, aponta para as
realidades últimas, para o fim, ou o Dia do Senhor, o Dia do Juízo Final, o
encontro com Deus, o “encontro com o Noivo”, Jesus.
O Papa Francisco ontem, em sua reflexão da Praça São Pedro, dizia para os católicos e para as pessoas de boa
vontade que “o combustível da fé são as boas obras, as obras de caridade, que fazem o coração arder, queimar de amor
por Deus e pelos outros, alimentando, assim, a fé num Deus que é Bondade e Generosidade, num Deus que é
Misericórdia e Compaixão, num Deus que é AMOR!”
Essa liturgia nos fez perguntar: como anda a fé de nosso povo? Com tantas devoções, festas e promoções, qual
a qualidade do nosso seguimento de Jesus? Usando a metáfora de Mateus, somos como as 5 jovens previdentes ou nos
identificamos mais com as outras cinco, imprevidentes? Estamos levando, conosco, a reserva de óleo das boas obras,
da caridade, do autêntico serviço generoso aos demais ou servimos porque aparecemos “bonito na fita”?
Refletindo sobre isso tudo, resolvemos escrever essas linhas a fim de partilhar com você, fiel paroquiano(a), o que
estamos preparando para 2018.
Sendo assim, sábado passado, dia 11 de
novembro, tivemos a reunião do nosso 4º CPP –
Conselho Paroquial de Pastoral. O ponto forte desse
quarto conselho anual foi apresentar uma Proposta de
Trabalho Pastoral para 2018. Não é uma proposta
simples, como uma de nossas lideranças comentou: “É
uma revolução! É uma virada histórica como nunca se viu
nesses 72 anos de Paróquia!” É, sem dúvida, uma
proposta ousada: sair do ciclo “missa, festa e
comida”.
4º CPP no Salão Paroquial
Como tudo começou?
Há dois anos atrás, dia 15 de outubro de 2015 para ser exato, Pe. Marco Antonio assumia a Paróquia Nossa
Senhora do Rosário e São Benedito, no lugar de Pe. Hildo Rasch. Pe. Hildo esteve à frente da Paróquia desde 08 de
julho de 2009. Por motivo de sua transferência para Sinop, a fim de assumir a Paróquia Santo Antônio na Diocese de
Sinop, Pe. Hildo, na presença de Pe. Carlos Fritzen, Superior da Plataforma Apostólica Centro-Oeste da Companhia de
Jesus, se despediu do Povo de Deus da Paróquia, a quem ele mesmo afirmou “aprendeu a amar”! Essa despedida
aconteceu no dia da Padroeira da Paróquia, Festa de Nossa Senhora do Rosário, onde estavam presentes a maioria das
lideranças da Paróquia. Nessa mesma oportunidade Pe. Carlos Fritzen leu a Provisão que nomeava o Pe. Marco Antonio
como novo Pároco.
Ao assumir a Paróquia, usando da sabedoria da Igreja, pediu um tempo para conhecer a realidade do povo de
Cuiabá, sua riqueza cultural, seus valores, antes de pensar em alguma mudança. Os primeiros meses foram marcados
por visitas de todas as lideranças à Sede da Paróquia para conversas com o novo Pároco. Pe. Marco Antonio sentiu,
também, a necessidade de convocar uma Assembleia a fim de conhecer todas as lideranças e também de fazer uma
boa prestação de contas financeira da Paróquia. Logo nos primeiros dias, um grupo de bons paroquianos assumiu a
tarefa de preparar a Prestação de Contas, para a qual foram liberados TODOS OS DOCUMENTOS pelo Economato
Paroquial a fim de possibilitar a confecção da prestação de contas sem ambiguidades ou dúvidas.
Rodízio de Missas
Um dado que chamou a atenção, entre tantos outros, foi a existência de um RODÍZIO DE MISSAS, rodízio
existente desde os inícios da Paróquia e cuja última atualização ainda foi feito pelo saudoso Pe. Moura no ano de 2009.
A Paróquia do Rosário possuía 24 comunidades distribuídas em 4 setores pastorais. Possuindo apenas 2 sacerdotes a
tempo completo (um Pároco e um Vigário Paroquial), não permitindo, assim, que houvesse missa dominical todas as
semanas em todas as comunidades, exigindo, portanto, um rodízio, ou seja, cada comunidade tinha uma missa a cada
15 dias, formando duas missas por mês, intercaladas com uma Celebração da Palavra com a distribuição da Eucaristia
previamente consagrada na missa da Comunidade, na semana anterior.
Como funcionava o rodízio?
Havia comunidades que tinham Missas nos 1º e nos 3º domingos, e Celebração da Palavra nos 2º e 4º domingos.
Havia um outro grupo de comunidades que tinham Missas nos 2º e 4º domingos, e Celebração da Palavra nos 1º e 3º
domingos. Mas, havia meses que possuíam 5 domingos. Nesse caso, somente a Sede Paroquial tinha missa. Mesmo
assim, dada a falta de sacerdotes e do grande número de comunidades, havia comunidades que tinham missa apenas
uma vez por mês.
Essa forma de atender às comunidades criava algumas situações difíceis, algumas para os padres e outras para
as próprias comunidades. Algumas comunidades localizadas mais ao centro da cidade recebiam muita pressão dos
paroquianos por fazer todo o possível para que não faltasse missa na comunidade naqueles dias em que os padres da
paróquia não pudessem atender, devido ao rodízio de missas.
Por outro lado, os próprios padres, no 5º domingo, para não ficarem ociosos em dia de domingo, atendiam a
demandas particulares, gerando exceções que, gradativamente, se tornaram costumes por parte dos fiéis na
Arquidiocese até mesmo extrapolando o território da própria Paróquia, com missas e batizados fora de locais sagrados,
que a Igreja no Brasil (CNBB) já não permite há décadas.
Esses costumes criaram expectativas no Povo de Deus de fazer todo tipo de pedidos aos padres que, desejosos
de atender à necessidade espiritual do Povo de Deus no dia de domingo, Dia do Senhor, mas, limitados pelo rodízio, se
viram rompendo as regras mais fundamentais de organização do Povo de Deus, da constituição da Igreja. Mergulhando
na história da Paróquia vimos que algumas comunidades nasceram assim, fruto desse costume, e não do
amadurecimento e participação do Povo de Deus na construção da Comunidade.
No Regimento Interno da Paróquia que está em construção e já publicamos o Capítulo 3, que trata dos Conselhos
Comunitários de Pastoral, tem um artigo exclusivo sobre O SURGIMENTO DE COMUNIDADES. Trata-se do Artigo 107.
Que diz:
“Nenhuma comunidade poderá ser criada ou organizada sem haver:
a) número de famílias suficientes para a sua manutenção;
b) lideranças para assumir o Conselho Comunitário de Pastoral [CCP] lembrando que a Coordenação Pastoral
da Comunidade é composta por: Coordenador e Vice, Secretário e Vice, Tesoureiro e Vice;
c) lideranças para assumir as pastorais fundamentais (que são 06): 1) Pastoral Familiar (nas três etapas: pré-
matrimonial, matrimonial e casos especiais), 2) Pastoral da Liturgia (composta de: acolhida, leitores, acólitos, ministério
do canto litúrgico e pastoral, ministros da Palavra, ministros extraordinários da Comunhão Eucarística), 3) Pastoral da
Catequese (composta de: preparação de pais e padrinhos para o Batismo, preparação para a Primeira Eucaristia,
Preparação para o Crisma ou Confirmação, Preparação para a Iniciação Cristã de Adultos), 4) Pastoral da Juventude
(composta de: Movimento Eucarístico Juvenil, Grupos de Jovens), 5) Pastoral do Dízimo e 6) Pastoral da Consolação e
Esperança;
d) entendimento com as comunidades de origem e com o Pároco;
e) acompanhamento e aprovação do Pároco;
f) entendimento com os respectivos Párocos, quando em limites de Paróquias.”
Várias de nossas comunidades, segundo os critérios e exigências do Artigo 107 do Regimento Interno não
poderiam ter sido criadas, pois, não cumpre quase nada das exigências citadas. Existem comunidades, como é o caso
de Bom Jesus, em que a Coordenadora Pastoral da Comunidade assume, além da sua função, a de Ministra
Extraordinária da Eucaristia, Catequista de Primeira Comunhão, Catequista de Crisma, Coordenadora do Grupo de
Jovens, Tesoureira, e é quem abre e fecha a igreja. Dessa forma ela tem razão quando cansada, já me disse: “Padre
Marco, amanhã (domingo), está prevista a missa na comunidade, mas não vai ter. Estou cansada e não vai ter ninguém
para abrir a igreja”!
Notamos, ainda assim, que o critério segundo o qual as missas foram distribuídas no rodízio foi DEMOCRÁTICO,
ou seja, consideraram que cada capela, igreja ou sede paroquial era TUDO IGUAL. Percebemos que, segundo
relatos de paroquianos antigos, a Sede Paroquial ficou, por diversas vezes, sem nenhuma missa no domingo, exigindo
a presença de Ministros Extraordinários da Eucaristia para a Celebração da Palavra e distribuição da Eucaristia.
Notamos, também, que comunidades com um número razoável de fiéis, como seriam 80 ou 100, ficavam com a
Celebração da Palavra enquanto o sacerdote se deslocava para presidir a Missa em capela com 5, 6 ou 10 pessoas no
dia de domingo. Isto sem falar que, comunidades como Nossa Senhora do Rosário, no Distrito do Coxipó de Ouro está
tão distante da Sede Paroquial que o sacerdote quando se desloca para lá em dia de domingo, na manhã daquele dia
não pode presidir nenhuma outra Missa, pois, não dá tempo de chegar.
Num país como o Brasil em que, segundo o CERIS - Centro de Estatísticas Religiosas e Investigações Sociais
– que realiza o censo religioso para a Igreja Católica, 85 % dos fiéis católicos não possuem Missa no domingo por falta
de sacerdotes. Deixar uma igreja cheia de fiéis num dia de domingo para celebrar uma missa numa capela com uma ou
meia dúzia de pessoas é, no mínimo, um critério pouco pastoral, o que torna o critério utilizado na distribuição das missas
do rodízio muito questionável.
Uma paróquia “festeira”
Chama a atenção a quantidade de
Padroeiros nas Comunidades e, com eles, as
festas. Ao chegar em 2015 pudemos contar
cerca de 46 festas ao ano, em média. Isso
porque cada comunidade possui, ao menos dois
padroeiros. Mas, algumas comunidades têm
mais festas, como, por exemplo, Nossa Senhora
do Rosário, no Distrito de Coxipó do Ouro, com
4 festas ao ano. Além dessas festas, que são de
Comunidade, temos as festas paroquiais, da
Padroeira da Paróquia, Nossa Senhora do
Rosário e de São Benedito.
Se multiplicamos as 23 comunidades vezes dois padroeiros, em média, somados às duas festas paroquiais,
temos o resultado de 48 festas anuais. Mais as duas de Coxipó do Ouro, são 50 festas por ano. O detalhe é que cada
festa tem obrigado a celebrar tríduo com missa, mais a missa festiva do dia do padroeiro. Então, o cálculo fica assim: 50
vezes 4 = 200. Ou seja, dos 365 dias que o ano possui, 200 dias estão sendo dedicados às festas de padroeiro.
Isso significa consumir muita energia, tempo, gente e os sacerdotes nas liturgias dessas festas. Considerando
que existe uma cultura enraizada de descansar durante a segunda quinzena de dezembro e durante todo o mês de
janeiro, somamos os 200 com 45, formando 245 dias ao ano em que deixamos de dedicar tempo e sacerdotes à
evangelização. Sobram, apenas, 120 dias no ano para o trabalho evangelizador. Desses dias, sobram, apenas 16 fins
de semana para o restante das atividades pastorais normais.
Rodízio X Festa
Um costume que encontramos na Paróquia é que, durante o período
de festa, a comunidade que comemora o seu padroeiro, por conta da festa,
pode ter missa em dia que não seja o dia de missa segundo o rodízio.
Nesse caso, o que já era difícil de manter com o pouco número de
sacerdotes, tornava-se impossível por conta da quebra do rodízio. Esse fator
fica mais complicado por conta de um outro aspecto: a comunidade em festa
se acha no direito de mudar o horário da missa segundo o evento ou
promoção que esteja realizando. Assim, uma comunidade cuja missa no
rodízio é às 19:30, passa a ter a missa durante a sua festa às 8:00 ou às 10:00, segundo seu planejamento feito na
própria comunidade sem levar em conta as demais comunidades integrantes da Paróquia. Em outras palavras, as
festas, segundo os costumes que encontramos, têm destruído o rodízio das missas, criado para ajudar as
comunidades a ter um mínimo de assistência religiosa que se deve ter numa Paróquia.
Confusão de termos: capela, igreja, paróquia, matriz, catedral, basílica e santuário.
Percebemos que há uma certa confusão entre os significados das palavras “paróquia” e “igreja”. Há gente que
chama até hoje a Catedral Bom Jesus de Cuiabá de “Igreja Matriz”.
A palavra igreja é aqui referido ao templo, lugar do espaço sagrado, que acolhe os cristãos;
local ou edifício onde os cristãos se reúnem para as celebrações ou cultos. É, portanto, uma
edificação ou prédio usado para fins religiosos.
Já a palavra Matriz é a “Mãe Igreja” Sede da Paróquia, historicamente tem sido onde reside
e celebra o pároco. É a Igreja central da Paróquia, está sob a responsabilidade de seu pároco,
normalmente tem mais de uma missa dominical e concentra as principais celebrações paroquiais, é
onde fica a imagem do/a padroeiro/a da Paróquia.
Capela é uma igreja, em geral de pequena dimensão, com apenas um altar, geralmente
subordinada a uma matriz, pertencente a uma paróquia e subordinada a um sacerdote nomeado
Pároco. Uma Paróquia pode ter várias capelas, de acordo com a necessidade local, normalmente
com missas semanais ou mensais, de acordo com disponibilidade de sacerdotes ou o que melhor
atender à Paróquia a qual a capela pertença. Mas uma capela nunca pode ter uma paróquia e nem
um Pároco. Paróquia é o território e a população que está subordinada eclesiasticamente a um
Pároco. Erroneamente, às vezes, se usa a palavra “paróquia” como sinônimo de igreja. Paróquia é uma subdivisão de
(arqui)diocese. A igreja matriz é a Sede Paroquial. Na Igreja Católica
não existe nenhuma igreja que não pertença a uma Paróquia e não esteja subordinada a um Pároco.
O Santuário é um título concedido pelo (arce)bispo da
(arqui)diocese a uma Igreja que guarda relíquias de algum santo ou que
se tem reconhecido milagre, ali acontecido. É um local de peregrinação,
sejam diárias, semanais, mensais ou anuais. O Santuário poderá
receber esse título após ter as peregrinações reconhecidas ou ser
construído e ter a aceitação dos fiéis para tal. O sacerdote responsável
eclesiástico por um santuário recebe o título de Reitor.
A Catedral é onde se localiza a cátedra, que é
a cadeira do (arce)bispo, é a Igreja Central da
(arqui)diocese, onde normalmente se concentram as
principais missas celebradas em unidade por todas as
paróquias. Na Catedral são enterrados os (arce)bispos
que a conduziram.
E por último, mas não menos importante a
Basílica, existem dois tipos de Basílicas, as Maiores e
as Menores, as Maiores são as quatro localizadas em
Roma: São João de Latrão, São Pedro, Santa Maria
Maior e a de São Paulo, todas as outras são chamadas
de “Basílicas Menores”. O título de Basílica é dado pelo
Papa e essa igreja passa a ser território Papal. Existem
alguns pré-requisitos que uma Igreja deve cumprir para
receber o Título de Basílica, por isso acontece um longo processo antes do Papa outorgar esse título. A basílica é,
portanto, mais importante ainda que uma catedral. Segundo o Dicionário Houaiss, trata-se de uma “igreja católica que
goza, conforme o direito canônico, de certos privilégios: dispor de altar reservado ao papa, ao cardeal ou ao patriarca, e
não estar submetida à jurisdição eclesiástica de nenhuma diocese ou arquidiocese, o que lhe confere status
internacional”.
Sendo assim, segundo site próprio, a Arquidiocese de Cuiabá possui uma Catedral, Bom Jesus de Cuiabá,
um Santuário (Eucarístico Nossa Senhora do Bom Despacho) e 27 Paróquias.
Reestruturação da Paróquia em Setores Pastorais
Nesse ano de 2017 fizemos uma reestruturação da Paróquia. Uma das comunidades que estava suspensa,
Comunidade Santíssima Trindade, está sob a responsabilidade da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe. Três
comunidades, por conta da situação de cada uma delas, foram suspensas. A Paróquia conta, agora, com 20
comunidades ATIVAS. Essas 20 comunidades estão organizadas em 3 Setores Pastorais da seguinte forma:
I – Setor São Benedito
1. Comunidade N. Sra. do Carmo
a. Localização: antiga “escolinha” (Centro de Pastoral). b. Data festiva da padroeira: 16.07. c. E-mail: [email protected]
2. Comunidade São Judas Tadeu
a. Localização: Bairro Bandeirantes Av. Cel. Escolástico, 810 CEP 78.010-200. Dista da sede paroquial 600 metros. Telefone: 3322-3951.
b. Data de criação: 1953. Padroeiro: São Judas Tadeu. c. Data festiva do padroeiro: 28/10. d. E-mail: [email protected]
3. Comunidade Cristo Redentor
a. Localização: Bairro Jardim Guanabara, Rua Flamengo s/n CEP 78.000-000. Dista da sede paroquial 2 km.
b. Data de criação: 02/01/1981; Padroeiro: Cristo Redentor. Data festiva do padroeiro: último domingo do ano litúrgico (Festa de Cristo Rei)
c. E-mail: [email protected]
4. Comunidade N. Sra. Auxiliadora
a. Localização: Bairro Areão Av. Fernando Costa s/n CEP 78.000-000. Dista da sede paroquial 2 km
b. Data de criação: 1974. Padroeira: Nossa Senhora Auxiliadora e Sagrada Família. Data festiva da padroeira: 24.05 e domingo depois da Epifania.
c. E-mail: [email protected]
5. Comunidade São João Batista
a. Localização: Bairro São João. Av. Miguel Sutil, 5533 CEP 78.050-000. Dista da sede 2 km
b. Data de criação: 1972. Padroeiro: São João Batista. Data festiva do padroeiro: 24/06 (4º domingo de junho).
c. E-mail: [email protected]
6. Comunidade Santa Edwiges
a. Localização: Bairro Bosque da Saúde Rua N Lotes 11 a 13 CEP 78.000-000. Dista da sede paroquial 1,5 km.
b. Data de criação: 11/11/1999. Padroeira Santa Edwiges. Data festiva da padroeira: 16.10.
c. E-mail: [email protected]
II – Setor São Pedro Apóstolo
1. Comunidade São Pedro
a. Localização: Bairro Alvorada Rua Bela Vista, 47. CEP 78.048-600. Dista da sede paroquial 3 km
b. Data de criação: 1980. Padroeiro: São Pedro Data festiva do padroeiro: 29.06;
c. E-mail: [email protected]
2. Comunidade São Francisco de Assis
a. Localização: Bairro Bela Vista (parte baixa), Rua Principal, 84 CEP 78.000-000. Dista da sede paroquial 6 km.
b. Data de criação: 10/07/1982. Padroeiro: São Francisco de Assis. Data festiva do padroeiro: 04/10
c. E-mail: [email protected]
3. Comunidade Sant’Ana
a. Localização: Bairro Canjica Rua 10 de Março, 30. CEP 78.050-030. Dista da sede paroquial 3 km
b. Data de criação: 1978. Padroeira: Santana. Data festiva da padroeira: 26/07;
c. E-mail: [email protected]
4. Comunidade N. Sra. Aparecida – Antonio Dias
a. Localização: Bairro José Antonio Dias. Dista da sede paroquial 4 km.
b. Data de criação: 1995. Padroeira: Nossa Senhora Aparecida. Data festiva da padroeira: 12.10;
c. E-mail: [email protected]
7. Comunidade N. Sra. do Rosário – Coxipó do Ouro
a. Localização: Distrito Coxipó do Ouro. CEP 78.000-000. Dista da sede via Rodovia: 25 km; via Ponte de Ferro: 21 km; via Lixão: 16 km.
b. Ata de criação: 21/02/1721. Padroeira: Nsa. Sra. do Rosário. Data festiva da padroeira: 07/10;
c. E-mail: [email protected]
8. Comunidade N. Sra. Perpétuo Socorro – Arraial dos Freitas
a. Localização: Distrito de Coxipó do Ouro. Av. S. Freitas s/n. CEP 78102-000. Dista da sede pela Rodovia: 29 km; pelo Lixão: 20 km.
b. Data de criação: 08/02/1995. Padroeira: Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Data festiva da padroeira:
c. E-mail: [email protected]
9. Comunidade Santo Inácio de Loyola – Rio dos Peixes
a. Localização: Zona rural, km 22 na margem da Rodovia Emanuel Pinheiro, a esquerda de quem vai para Chapada dos Guimarães, margem direita do Rio dos Peixes. CEP 78.000-000. Dista da sede paroquial 26 km.
b. Comunidade em formação de moradores chacareiros. c. Data de criação: 1975. Padroeiro Santo Inácio de Loyola.
Data festiva do padroeiro: 31/07; d. E-mail: [email protected]
III – Setor Nossa Senhora Aparecida
1. Comunidade N. Sra. das Dores
a. Localização: Bairro Jardim Florianópolis. Rua 19 s/n. CEP 78.050-260. Dista da sede 8 km.
b. Data de criação: 15/05/1990. Padroeira: Nossa Senhora das Dores. Data festiva da padroeira: 15.09;
c. E-mail: [email protected]
2. Comunidade São João Batista – Jardim União
a. Localização: Bairro Jardim União Rua 11 de Novembro, s/n. CEP 78.000-000. Dista 8 km da sede paroquial 9 km.
b. Data de criação: 1998. Padroeiro: São João Batista. Data festiva do padroeiro: 24/06;
c. E-mail: [email protected]
3. Comunidade N. Sra. de Fátima
a. Localização: Bairro Jardim Florianópolis Rua 26 Q. 49. CEP. 78.000-000. Distância da sede: 12 km (via Rodovia Chapada).
b. Data de criação: 1990. Padroeira: Nossa Senhora de Fátima. Data festiva de padroeira: 13.05;
c. E-mail: [email protected]
4. Comunidade N. Sra. Aparecida – Jardim Vitória
a. Localização: Bairro Jardim Vitória. Rua 01 s/n. CEP 78.000-000. Dista da sede paroquial 10 km.
b. Data de criação: 01/04/1988. Padroeira: Nossa Senhora Aparecida. Data festiva da padroeira: 12.10;
c. E-mail: [email protected]
5. Comunidade Bom Jesus
a. Localização: Bairro Novo Paraíso Rua Jânio Moura Q 81 no 01 CEP 78.000-000. Dista da sede paroquial 11 km
b. Data de criação: 1996. Padroeiro: Bom Jesus. Data festiva do padroeiro: 01.01;
c. E-mail: [email protected]
6. Comunidade N. Sra. da Imaculada Conceição
a. Comunidade em formação com igreja a salão em construção. Dista da sede paroquial 13 km
b. Localização: Bairro Paraíso 2. Rua Olacir de Souza s/n. CEP 78.000-000.
c. Data de criação: 18/02/1992. Padroeira: Nossa Senhora da Imaculada Conceição Data festiva da padroeira: 08.12;
d. E-mail: [email protected]
7. Comunidade Santa Luzia
a. Localização: Bairro Novo Paraíso. Rua A, no 14Cep 78.000-000. Dista da sede paroquial 10 km.
b. Data de criação: 24/12/1986. Padroeira Santa Luzia. Data festiva da padroeira: 13/12;
c. E-mail: [email protected]
IV – Comunidades Suspensas Temporariamente
COMUNIDADE ALBERTO HURTADO
Comunidade em formação. Criada em 01/06/2003 em Águas Nascentes, junto às torres da Embratel, com orago Nossa Senhora do Desterro, com celebrações ao relento. Em 2008 mudou o orago para Santo Alberto Hurtado. Foi transferida para o Residencial Deputado Milton de Figueiredo na margem da Rodovia Emanuel Pinheiro a 15 km da sede da Paróquia. Não tem nem terreno. Celebrações eram feitas na garagem de particulares, conforme foto. Data festiva do padroeiro: 18/08
COMUNIDADE NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO
Localização: Periferia. Inicialmente o lugar chamava-se Barreiro Branco. Agora chama-se Vila Rica. Dia 13 km da sede. A Comunidade encontra-se em formação. Data de criação: 1993. Padroeira: Nossa Senhora da Assunção. Data festiva da padroeira: 15.08
COMUNIDADE SÃO BENEDITO
Localização: Chácara Conceição, caminho da Chapada dos Guimarães.
V – Comunidade Desmembrada da Paróquia
COMUNIDADE SANTÍSSIMA TRINDADE Comunidade em formação, atendendo num barraco de madeira, ainda sem escritura. Localização: Bairro Três Poderes. Rua da Galileia, 41. CEP 78.000-000. Dista da sede paroquial 5 km. Data de criação: 13/02/2000. Padroeiro: Santíssima Trindade. Data festiva do padroeiro: Primeiro domingo do Tempo Comum.
O problema do RODÍZIO DE MISSAS
Um dos fatores que tem feito as comunidades ficarem com poucos fiéis é o fato de existir um RODÍZIO. Tanto
isto é assim que as comunidades que estão mais localizadas no centro da cidade têm, quanto possível, contratado
sacerdotes diocesanos para celebrarem missas nos dias em que teriam Celebração da Palavra, segundo o rodízio. A
demanda tem sido grande. As coordenações das comunidades têm dito que, nos domingos, as pessoas chegam e, desde
o vidro do carro perguntam: “é missa com padre ou sem padre?” E quando respondem que não tem padre, muita gente
vai embora em busca de uma igreja onde haja missa “com padre”.
A ausência de regularidade no oferecimento de missa semanal para as comunidades prejudica a comunidade
que vê o número de fiéis diminuir. Com número diminuído de fiéis, fica difícil encontrar pessoas que possam assumir as
pastorais, desde a Pastoral da Liturgia, para a preparação da Missa, para que seja bonita, alegre e que ajude a construir
um ambiente de reflexão e de encontro dom Deus e com os irmãos, até as demais pastorais como a Pastoral da
Catequese, da Juventude, do Dízimo, e etc.
A inconstância dos fiéis prejudica a Comunidade que se vê, apesar dos anos de fundação, raquítica em
termos de gente que ajude a levar Jesus até os demais. Uma consequência disso é o fato de vermos que as lideranças
que encontramos são, quase, as mesmas, apesar de passarem-se já 20, 30 ou 40 anos desde a fundação da
comunidade.
O problema da temperatura
Cuiabá é uma cidade com um clima bastante quente, e não é só de “calor humano”. As temperaturas que
encontramos representam um fator de desconforto e incômodo, causando a ausência de pessoas, seja em reuniões,
seja, em atividades pastorais de importância. Apesar de encontrarmos muito trabalho nas comunidades para oferecer
maior conforto e comodidade, contudo, as comunidades não são iguais. Suas diferenças implicam um discernimento
criterioso para elaborar um horário de missas que seja minimamente factível.
O problema dos atuais HORÁRIOS DE MISSA
Somos, atualmente, 20 comunidades, distribuídas em 3 Setores Pastorais. As comunidades, tal como
descrevemos acima, não estão perto umas das outras. Há comunidade distante cerca de 26 km da sede paroquial, por
exemplo.
Além disso, domingo é o Dia do Senhor, é o dia em que a Comunidade se reúne para celebrar TODOS OS
SACRAMENTOS, pois, é o dia em que o sacerdote se encontra na comunidade para isso. Durante a missa acontece o
batizado e a 1ª Eucaristia. As comunidades, normalmente, preparam uma liturgia mais elaborada, mais cuidada. Os
cantos são mais de acordo com o sacramento celebrado. Pedem espaço para alguma apresentação das crianças. O
tempo para as fotos, etc.
Se juntamos o fator distância ao fator das celebrações dos sacramentos dentro da missa, percebemos que
o antigo tempo de uma hora e meia (1h:30min) não é suficiente para celebrar com o carinho que as comunidades esperam
dos sacerdotes. Por isso, nesse ano de 2017, insistimos para que o horário da missa fosse feito de tal forma que uma
missa estivesse distante da outra ao menos 2 horas. Assim o sacerdote chega a tempo sem necessitar estar “recortando
a liturgia” que foi preparada pela comunidade, ensaiada pelas crianças, etc.
Com 4 sacerdotes dedicados exclusivamente ao serviço da Paróquia e 20 comunidades para dar conta, os atuais
horários de missa apresentam diferenças que impedem que os sacerdotes realizem um rodízio entre eles. É necessário
que haja igualdade nos horários, ou seja, já que só temos 4 sacerdotes, só podem existir 4 horários de missa no
mesmo horário, tipo assim:
a) 4 missas às 8:00;
b) 4 missas às 10:00;
c) 4 missas às 17:00 e
d) 4 missas às 19:00.
Esses 4 horários diferentes de missa não foram escolhidos ao acaso. Antes das 8:00 horas é, segundo os fiéis
e paroquianos, MUITO CEDO para um DOMINGO. Porém, depois das 10:00 horas parece ser muito tarde, além de
MUITO QUENTE. O mesmo se diga do horário das 17:00, antes dessa hora é MUITO QUENTE. Já depois das 19:00 é
MUITO TARDE.
Critério PASTORAL e de DISCERNIMENTO para a distribuição das COMUNIDADES NOS 4 HORÁRIOS
Assim como existe nos canais de TV os chamados horários nobres, assim também, devido às características do
clima de nossa cidade de Cuiabá, os horários das 8:00 da manhã e das 19:00 da noite são os “horários nobres”. Ou seja,
esses horários são os mais procurados pelas pessoas e, portanto, os horários que as comunidades disputam com muito
ardor. Mas, não temos 20 sacerdotes para celebrar 20 missas às 8:00 da manhã e nem às 19:00 da noite.
Por outro lado, nossas comunidades não são iguais, elas são diferenciadas. Por exemplo, algumas comunidades
dispõem da comodidade de ter ar condicionado, e em Cuiabá, isso não é um artigo de luxo, mas uma necessidade que
nem todas as comunidades podem manter, afinal, a energia está muito cara e fica mais ainda com essas bandeiras
vermelhas de racionamento de água devido à escassez de chuvas nas cabeceiras dos rios que alimentam as represas
e hidroelétricas que nos servem.
As comunidades que possuem o serviço de ar condicionado podem enfrentar, com dignidade, o duro calor de
Cuiabá nos horários das 10:00 da manhã e das 17:00 da tarde. Já as demais comunidades têm mais dificuldade em ter
missa nesses horários. As comunidades que possuem ar condicionado são: Santa Edwiges, Auxiliadora, Cristo Redentor,
São Francisco de Assis.
Além disso, existem comunidades que, devido à sua localização e tamanho, têm uma frequência menor de
assistência à missa. Enquanto que outras, justamente por conta da localização e tamanho apresentam a possibilidade
de terem muitos fiéis e ainda aumentarem. Acreditamos que o fator de localização e tamanho, além do fato de terem já
um número razoável de fiéis seja um fator de escolha para que essas comunidades ocupem os horários chamados
“nobres”. O critério pastoral e do evangelho é de possibilitar a um maior número possível de pessoas o acesso ao Cristo
Eucarístico e aos demais sacramentos. Infelizmente encontramos comunidades que, devido ao seu atual espaço físico
e localização, não apresentam condições de crescimento, ainda que haja regularidade no oferecimento semanal de
missas.
Há alguns meses atrás fizemos a reestruturação da Paróquia em três Setores Pastorais, e definimos que uma
das comunidades do Setor, justamente por apresentar maior possibilidade de crescimento, fica definida como
Comunidade principal. Assim, o Setor Aparecida tem na Comunidade Nossa Senhora Aparecida a sua Comunidade
Principal e cuja padroeira é, também, padroeira do Setor. A comunidade São Pedro, por sua capacidade de crescimento,
localização central (perto da estação rodoviária) e organização da vida pastoral, é a Comunidade Principal e seu
padroeiro torna-se padroeiro do Setor. Já no caso do antigo Setor Centro, a Sede Paroquial, pela sua importância na
cidade (cartão postal da cidade), seu valor histórico, localização central, é, desde há muito tempo, a Sede da Paróquia,
a Igreja Principal em toda a Paróquia e não somente no Setor, contudo, devido à devoção a São Benedito ter a
importância que tem, esse Setor passa a se chamar São Benedito, permitindo que Nossa Senhora do Rosário continue
sendo a Padroeira de TODA A PARÓQUIA, e não apenas do setor pastoral.
Além disso, como já esclareci acima, por ser Sede da Paróquia, essa igreja é diferenciada das demais capelas
das comunidades da Paróquia e, em si mesma, necessita ter mais de uma missa dominical, conforme o Código de Direito
Canônico e as Normas da Igreja no Brasil (CNBB). Mas, mesmo assim, para esclarecer ainda mais, essa igreja não é
uma igreja de bairro, pela sua centralidade e importância histórica e cultural, a Sede Paroquial convoca pessoas que não
residem perto, tornando-se referência em si mesma para a cidade de Cuiabá, razão pela qual deveria até ter mais de
duas missas dominicais, o único fator que nos impede de fazer isso é o número de comunidades que foram criadas e
que estão sob a responsabilidade desta Paróquia, com um número bastante limitado de sacerdotes.
A proposta para 2018: REGULARIDADE nas MISSAS e o fim do Rodízio de Missas
Depois de termos percorrido juntos essa jornada de compreensão da problemática das missas dominicais, a
conclusão óbvia é de que, sendo 4 sacerdotes, podemos presidir a 4 missas cada um perfazendo um total de 16 missas
no domingo. Olhando a história da Paróquia, é mais do que historicamente já se celebrou até agora (a média era 11 ou
12 nos domingos com mais sacerdotes).
A Sede Paroquial, pelas razões já apontadas acima, terá duas missas como sempre teve. Não temos condições
de oferecer mais que isso por enquanto. Contudo, quando nossos queridos padres Aloir e Carlos estiverem em Cuiabá
e possam nos ajudar, quem sabe, poderemos fazer uma missa especial em horário diferenciado para as crianças da
catequese. Afinal, esse ano de 2017, por conta da presença da Comunidade Nossa Senhora do Carmo, tivemos muitos
batizados e primeiras eucaristias na Sede Paroquial. Só numa única celebração tivemos 18 batizados de uma só vez! E
também um número considerável de confirmações (Crisma).
Além da Sede Paroquial, que fica definida com 2 horários de missa, mais 14 comunidades serão contempladas,
de modo que teremos 15 comunidades com missas TODOS OS DOMINGOS.
Mas, temos 20 comunidades no total. Isso significa que 5 comunidades terão suas missas durante os dias da
semana. São as comunidades mais distantes que, antigamente, estavam no chamado “setor rural”: Santo Inácio no Rio
dos Peixes, Nossa Senhora do Rosário em Coxipó do Ouro e Perpétuo Socorro no Arraial dos Freitas. Além dessas, por
estarem no início de sua caminhada pastoral, com poucos fiéis e as mesmas lideranças de sempre, as comunidades
Bom Jesus e Imaculada Conceição fazem parte do mesmo grupo. É lógico que essa ARITMÉTICA SAGRADA não é
fácil. A Sede Paroquial possui já consagradas uma missa no horário das 19:00 de terça à quinta, ocupando um sacerdote
em cada missa. Já que somos 4 sacerdotes, temos que organizar cuidadosamente essa agenda a fim de não ter conflito
de horário de missas. Além disso, temos a 1ª sexta-feira de cada mês com uma missa ao Apostolado da Oração, e algum
casamento que ocorra na sexta-feira. Claro que a comunidade, se tiver fôlego e ministros extraordinários da eucaristia
para isso, pode oferecer Celebração da Palavra com distribuição da Eucaristia em outro horário, até mesmo no próprio
domingo, conforme demanda e disponibilidade de ministros.
No dia de sábado estamos evitando de colocar missas por conta do acompanhamento às comunidades, já que
nos domingos estamos ocupados com as missas. No sábado à noite ainda temos os casamentos.
O maior ganho real nessa proposta é o fim do rodízio de missas e o oferecimento REGULAR de missas
TODOS OS DOMINGOS e DIA DA SEMANA em HORÁRIO PRÉ-DETERMINADO, de modo que os fiéis poderão
organizar, com segurança, a sua participação na Eucaristia e não ficarem na aventura de ter que se dirigir à comunidade
para saber se vai haver missa “com padre ou sem padre”. Como já afirmamos, a REGULARIDADE ajuda a formar
COMUNIDADE.
O que muda nas festas?
É claro que isto implica um esforço por parte das comunidades que terão que rever suas atuais formas de
captação de recursos, pois, até o presente momento, a FESTA era o modo de CAPTAR recursos para as atividades de
evangelização e manutenção da Comunidade.
Depois de muito escutar as lideranças das Comunidades da Paróquia, suas dificuldades, suas demandas,
apresentamos o modo como vamos proceder em 2018 quanto às FESTAS.
Tal como já apresentamos, não iremos fazer festas com tríduo e missa em honra a todos os santos padroeiros,
e sim a apenas 4, tal como segue:
Festas com Tríduos e Missas Padroeira Titular da Paróquia e os Padroeiros dos Setores, ficando assim:
1. Festa de Nossa Senhora do Rosário – Padroeira da Paróquia
2. Festa de São Benedito – Padroeiro do Setor
3. Festa de São Pedro Apóstolo – Padroeiro do Setor
4. Festa de Nossa Senhora Aparecida – Padroeiro do Setor
As demais festas de Padroeiros Titulares das Comunidades da Paróquia, farão NOVENAS nas casas dos
paroquianos (Dizimistas), culminando com a Missa Solene na Igreja dedicada ao Santo. As demais devoções também
podem utilizar o mesmo modo, com NOVENAS nas casas dos fiéis, terminando com a missa na igreja dedicada ao santo
ou podem ser recordadas em missas Votivas na Sede Paroquial.
Esperamos que essas linhas possam ajudar os fiéis de nossa Paróquia a colaborar com nosso esforço de melhor
atender À TODOS, principalmente criando critérios mais pastorais e baseados nos valores do Evangelho de Jesus para
servir aos nossos irmãos e irmãs que tanto necessitam de Deus e esperam por nós.
Nesses próximos dias, o Padre Miguel, o Padre Jomêr e o recém-chegado Pe. Renato Schaefer estarão
realizando reuniões nos Setores Pastorais para ver a FELXIBILIDADE das comunidades a fim de organizarmos os
horários seguindo aqueles critérios já apresentados e no dia 02 de dezembro próximo, no CPP Extraordinário,
definiremos o projeto de missas para 2018.
Pe. Miguel vai se reunir no Setor Nossa Senhora Aparecida na sexta-feira, dia 17/11, na Comunidade Santa Luzia, às 19:00;
Pe. Jomêr vai se reunir no Setor São Benedito no sábado, dia 25/11, no Salão Paroquial, às 14:00; Pe. Renato vai se reunir no Setor São Pedro Apóstolo no sábado, dia 25/11, na Comunidade São Pedro, às
14:00. Fraternalmente, Pe. Marco Antonio, SJ – Pároco – Paróquia Nossa Senhora do Rosário e São Benedito.