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A Internet mudou o mundo. Mas afinal o que é? E para que serve? É uma Rede. É uma Tecnolo-gia – com 30 anos de idade e em evolução. É uma mudança de paradigma na comunicação.

É uma forma de distribuir e consumir conteúdo. É um meio de controlo e ligação ao indivíduo. É um espaço transacional, esteja ou não associado dinheiro à tran-sação. É uma rede mundial e que segundo o Internet World Stats (2011) 44,8% dos seus utilizadores estão no continente asiático, quase metade deste valor na Eu-ropa (22,1%) e outra metade no continente americano (22,4%). Não é estranho, se pensarmos que grande parte da população se concentra na China e na Índia. E mesmo que o acesso à informação nem sempre seja democrá-tico, os pontos de acesso e o número de utilizadores da rede são reais.No ano de 2009 houve um crescimento anómalo no nú-mero de websites. Em apenas um ano passou de quase 30 para 236 milhões de websites. A Netcraft atribui par-te deste crescimento ao QZone, um blog chinês que se popularizou rapidamente.

Google sobre o Marketing Digital: “Existem atualmente cerca de 800 Milhões utilizadores mundiais no Facebook e estima-se que em 2017 mais de 50% do mercado de publicidade será digital”. Os seus clientes já lá estão. O que espera para digitalizar o seu negócio?”

Marketing Digital

O Turismo à distância de um clique

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O Hypertargeting para as empresas turísticas, com poucos recursos financeiros po-derá ser uma boa ferramenta digital

Mas voltando a recentrar-nos no velho continente eu-ropeu, percebemos que a nossa população apesar de menor, também teve um crescimento súbito no número de utilizadores da rede. Segundo a Nielsen online, em Dezembro de 2011, a população europeia no final de 2011 era de 816 426 346 dos quais 500 723 686 são uti-lizadores de Internet. O crescimento entre 2000 e 2011 foi de 376,4 %.O mundo está a mudar, fruto da Internet que nunca mais deixará nada como dantes. Ao seu dispor, os pro-fissionais de marketing têm hoje uma panóplia de fer-ramentas para promover os seus produtos/serviços no universo online, com recurso ao marketing digital. Isto não é o futuro, é o presente. Os objetivos do marketing digital são semelhantes aos primórdios vaticinados por Kotler, em que o Marketing pretendia ir ao encontro das necessidades e expectativas dos clientes, através da venda de produtos/serviços de forma rentável. Ou me-lhor dizendo, obtendo lucro. Os princípios que guiam o marketing digital são semelhantes sendo que os recur-sos para comunicar o nosso produto não são tangíveis. O Marketing Digital assenta em duas características, a Interatividade e o Hypertargeting. A primeira pressu-põe a existência de um consumidor que interage com o produto/serviço, dando a sua opinião e criticando a sua performance, envolvendo-se no processo de produção. É o chamado Prossumer. Um exemplo paradigmático que ilustra bem esta interatividade é o filme produzido pela marca Tipp-Ex. Veja ou reveja esta magnífica e sim-ples ideia. Num motor de pesquisa, procure “a hunter shoots a bear tippexperience” e divirta-se. A marca foi tão bem sucedida que arriscou a 2ª experiência “Hunter and bear’s 2012 birthay party” e quem a vê não fica de-siludido. No espaço em branco, insira anos e mergulhe na experiência.A questão do Hypertargeting é mais complexa, pois é menos espontânea do que a primeira e diz respeito em lato senso aos anúncios disponíveis nas redes sociais e que nos permitem fazer targeting a micro-segmentos, isto é, públicos-alvo com características muito concretas e uma dimensão reduzida.

De acordo com um artigo de Harry Gold (editor online) o hypertageting sistematiza informação a partir de três fontes existentes nas redes sociais:a) Registo - os dados básicos que os utilizadores forne-

cem quando se registam para ter acesso a um web site (por exemplo, idade, sexo, localização)

b) Perfil - trata-se do conteúdo detalhado, preenchido pelos utilizadores ativos (por exemplo, as suas prefe-rências: filmes, atividades, marcas)

c) História comportamental - são os dados recolhidos a partir das atividades online do utilizador em web sites visitados, as compras feitas, os grupos a que aderiram entre outros.

Para as empresas turísticas, com poucos recursos fi-nanceiros, esta poderá ser uma boa ferramenta digital. Usando como exemplo uma rede social, amplamente conhecida, o Facebook, e o caso de um pequeno hotel independente em Lisboa. O hotel pretende divulgar um novo serviço de SPA aos seus potenciais clientes. Utili-za o Hypertargeting. Como? Chega ao Facebook e diz que quer colocar um pequeno anúncio mas visível ape-nas para os utilizadores com o seguinte perfil: Público-feminino com idade compreendida entre os 18 e os 60 anos e localizados na região da grande Lisboa. Apenas estes utilizadores terão acesso a esta informação no seu perfil, com a hipótese de clicar para saber mais informa-ção. O Facebook agradece pois tem uma mega base de dados pronta a ser utilizada e rentabilizada. Do lado do anunciante o hypertargeting permite focar os seus ob-jectivos, não desperdiçando recursos de tempo e dinhei-ro, comunicando com outras pessoas que à partida não terão interesse no nosso produto/serviço.Se ainda subsistirem algumas dúvidas sobre a eficácia do Marketing Digital, veja os números que a Google par-tilhou num dos seus seminários, este ano, sobre Marke-ting Digital: “Existem atualmente cerca de 800 Milhões de utilizadores mundiais no Facebook e estima-se que em 2017 mais de 50% do mercado de publicidade será digital”. Os seus clientes já lá estão. O que espera para digitalizar o seu negócio? n

Sofia Almeida Docente no ISLA Campus Lisboa - Grupo [email protected] de Marketing da ARTEH® - Hotels and Resorts www.arteh-hotels.com

O Marketing Digital assenta em duas características, a Interatividade e o Hypertargeting.

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