MBA em Gestão de PessoasDisciplina: Dimensão Humana na Governança CorporativaProf.: Érico Pagotto
2
EMENTA:
Conteúdo Programático:
1. Práticas da governança corporativa 2. Ética e aspectos psicossociais do trabalho3. Qualidade de vida no trabalho4. Responsabilidade Social Empresarial
3
BIBLIOGRAFIA DA DISCIPLINA:
Bibliografia Básica:•LIMONGE-FRANÇA, A. C., Qualidade de Vida no Trabalho - QVT. 2a Edição. São Paulo: Atlas. 2008•SROUR, R. H. Poder, Cultura e Ética nas Organizações. 2 ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2005•STEINBERG, H., A dimensão humana na governança corporativa: pessoas criam as melhores e as piores práticas. 4a Edição. São Paulo: Gente. 2003.•SAVITZ, A. A empresa sustentável. Rio de Janeiro, Elsevier, 2007.
Bibliografia Complementar:•ASHLEY, P. A. (coord). Ética e responsabilidade social nos negócios. São Paulo: Saraiva, 2005.
3 Qualidade de vida no trabalho
3.1. Qualidade de Vida no Trabalho: conceitos, riscos, salubridade, carga horária, ergonomia e doenças ocupacionais
3.2. Estresse Organizacional e Saúde Ocupacional
3.3. Mapa de indicadores de QVT (qualidade de vida no trabalho).
Livro texto: Limongi-França, 2008
Escolas de Pensamento em QVT
QVT: necessidade, modismo ou adaptação?
• Escola Socioeconômica• Escola Organizacional• Escola da Condição Humana no Trabalho
Escola Socioeconômica
• A “Terceira Via” e a justiça social
• De acordo com Giddens (1998):• Desenvolvimento da cidadania• Responsabilidade e projetos sociais• Igualdade com liberdade• Preservação do meio ambiente
• Os dilemas não são separados, mas precisamos atar os fios
Escola Organizacional
• Taylor: início do séc. XX• Hierarquia das Necessidades de Maslow• Hersberg: teoria dos dois fatores• Qualidade total: anos 70 com Juran e Deming• Anos 90: Mintzberg e Ulrich
Escola Organizacional
Principais contribuições:
• Qualidade na produção x qualidade pessoal• Políticas de gestão de pessoas: valorização e
capacitação• Marketing: imagem corporativa e endomarketing• Tempo livre: desenvolvimento cultural, lazer e
esporte• Risco e desafio como fatores de motivação e
comprometimento
Escola da Condição Humana no Trabalho
O ser humano é um complexo BIOPSICOSSOCIAL
• Dimensão BIOLÓGICA: metabolismo, resistências, vulnerabilidades, etc.
• Dimensão PSICOLÓGICA: processos afetivos, emocionais, racionais, conscientes ou não
• Dimensão SOCIAL: cultura, crenças, família, sociedade
Fatores críticos na gestão da QVT
O conceito de QVT engloba:
1. Compensação adequada2. Condições de trabalho saudáveis 3. Oportunidades imediatas para
desenvolver e usar as capacidade humanas
4. Oportunidades futuras para o crescimento contínuo e a garantia de emprego
5. Integração social na organização6. Relevância social do trabalho
O melhor lugar pra se trabalhar!
11
Fatores críticos na gestão da QVT
Produtividade
• Produtividade não é quantidade, mas qualidade
• Produtividade é resultado do trabalho de pessoas, não de softwares ou máquinas
Fatores críticos na gestão da QVT
Legitimidade
• Questões jurídicas• Desenvolvimento humano• O poder feminino na empresa• A empresa cidadã
Fatores críticos na gestão da QVT
Perfil do gestor
• A formação básica em Administração• Aprender a mudar • Valores e perfis profissionais
Fatores críticos na gestão da QVT
Práticas e valores nas empresas
• Modelos de gestão e ideias inovadoras• Voluntarismo • Associativismo
Fatores críticos na gestão da QVT
Novas Competências:
Modelo conceitual de Bem-estar nas organizações
ESTRATÉGIA
Legitimidade
CONCEITO DE QVT
Práticas e valores
Especia
lidades
produtividade
Executivos Clientes
Perfil do Administrador
ATITUDES
HA
BILID
AD
ES
implem
entação
CO
NH
EC
IME
NTO
S
supo
rte
DÚVIDAS?
18
Responsabilidade Social Empresarial
4.1. Evolução do Conceito de Responsabilidade Social Corporativa. Responsabilidade Social X Filantropia. Sustentabilidade e Responsabilidade Ambiental.
4.2. Balanço Social e seus indicadores.4.3. Elaboração, Acompanhamento e
Mensuração de Resultados de Projetos de Responsabilidade Social.
Livro texto: Ashley, 2005
Desenvolvimento moral organizacional
FATORES INDIVIDUAIS- desenvolv. moral individual- características individuais
FATORES INDIVIDUAIS- desenvolv. moral individual- características individuais
EXPECTATIVAS DA ALTA DIREÇÃO- nível desejado de desenvolvimento
moral da organização
EXPECTATIVAS DA ALTA DIREÇÃO- nível desejado de desenvolvimento
moral da organização
PROCESSOS ORGANIZACIONAIS- formulação de estratégias
- distribuição de recursos e poder- socialização
- sistemas de recompensa
PROCESSOS ORGANIZACIONAIS- formulação de estratégias
- distribuição de recursos e poder- socialização
- sistemas de recompensa
DESENVOLVIMENTO MORAL ORGANIZACIONAL- pré-convencional
- convencional- pós-convencional
DESENVOLVIMENTO MORAL ORGANIZACIONAL- pré-convencional
- convencional- pós-convencional
Ideologias Políticas
liberais
conservadores
tradicionalistasfascistas
comunistas
anarquistas
socialistassocial-democratas
Visões sobre o Capitalismo:
• Capitalismo excludente (séc. XIX e XX)
• Capitalismo social (“associativismo”, séc. XXI)• Responsabilidade social• Economia ética• Relações liberais com o cidadão• Valores intangíveis
• Capitalismo natural ou “verde”• Ecoeficiência• Reciclagem • Produtos “ecológicos”
24
Visões sobre o Consumo:
• Consumismo• Consumerismo• Consumerismo verde• Consumerismo ético• Demarketing, unselling e anticonsumerismo
Rio Cuyahoga, Cleveland, junho de 1952
INÍCIO DA PERCEPÇÃO DA CRISE
Rio Cuyahoga, Cleveland, junho de 1952
INÍCIO DA PERCEPÇÃO DA CRISE
Propaganda da Esso
1962
Acidente Exxon Valdez, Alaska, 1989
+ 120 Km3 de óleo
Propaganda da Westinghouse
abril de 1969
•Em 1969 as concessionárias americanas investiram mais de U$ 300 milhões em propaganda
•8x mais do que em pesquisa e desenvolvimento de combate à poluição (Karliner, 2001)
• Greenwash:– Fazer as pessoas acreditarem
que sua companhia está fazendo mais pelo ambiente do que ela na verdade está
• Cambridge Dictionary
– Ato de enganar consumidores em relação às práticas ambientais de uma companhia ou em relação aos benefícios ambientais de um determinado produto ou serviço
• Greenpeacewww.stopgreenwash.org
O que é GREENWASH
Identificando o Greenwashing
1. Linguagem apelativa“Eco”, “sustentável”, “natural”, etc.
2. Produtos “ecológicos”, empresas pouco éticas
Não adianta ter bons produtos se não respeita a lei
3. Imagens bonitinhasFlores não saem de escapamentos
4. Atributos irrelevantesUm detalhe ecológico não adianta se o resto é anti-ecológico
De que adianta se o resto é terrível? 5. O melhor da categoria?
6. Não melhora em nada!Melhoria do ruim, como
cigarros orgânicos e energia nuclear “limpa”
7. BlablabláLinguagem técnica que só cientistas entendem
8. Amigos imagináriosFiguras que parecem um selo de qualidade concedido por alguém
9. Então prove!Poderia ser verdade,
mas cadê a prova?
10. Pura mentiraAlegações e dados inventados
FONTE: Futerra, 2011
Conflitos éticos• Comprometer o conteúdo informacional
• Apresentar mentiras, dados parciais, atributos ambientais questionáveis
• Comprometer o conteúdo informacional• Apresentar mentiras, dados parciais, atributos
ambientais questionáveis
Conflitos éticos
• Ferir as relações de alteridade entre anunciante e stakeholders• Fazer crer numa coisa, que na verdade é outra• Induzir o consumidor a erros• “aliviar consciências”
Conflitos éticos
• Uso indevido da competência alheia para compreensão do não-dito• Uso de conceitos “genéricos”• Naturalização dos discursos
• “Sustentabilidade”, “eco”, “natural”
Conflitos éticos
• Papel dos diferentes atores na regulamentação ou auto-regulamentação publicitária• A quem cabe a responsabilidade pela propaganda?
Conflitos éticos
• Papel dos diferentes atores na regulamentação ou auto-regulamentação publicitária• A quem cabe a responsabilidade pela propaganda?
Conflitos éticos
Desafios para a responsabilidade socioambiental nos negócios
• Avaliação de desempenho
• Transcender as fronteiras da empresa:• Internalização dos custos ambientais• Responsabilidade sobre todos os stakeholders• Limites para o crescimento
• Transparência organizacional
Prof. Érico Pagotto – junho de 2012