Adaptado do Curso de Avaliação Ambiental – Ademar Ribeiro Romeiro (prof. IE/UNICAMP)
Prof. Dr. Raimundo Cláudio Gomes MacielBlog: raimundoclaudio.wordpress.comE-mail: [email protected]
AULA 5AULA 5
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Economia Ambiental Neoclássica
O custo de oportunidade é a melhor alternativa dada quando a escolha é feita.
Por exemplo, se um agricultor corta uma floresta para expandir sua área plantada, e se a consequente perda de madeira, lenha, e purificação da água é a melhor utilização próxima da terra, então o valor da madeira, lenha, e purificação de água é o custo de oportunidade da terra cultivada expandida.
Externalidades negativas
Economia Ambiental Neoclássica
A alteração do nível de bem estar de um
agente econômico pela ação de outro sem
o concomitante direito ou dever de ser
compensado ou compensar
Economia Ambiental Neoclássica
a) Se a origem do problema se situa no caráter público destes bens e serviços, logo o estabelecimento de direitos de propriedade sobre eles criaria automaticamente um mercado (negociação coaseana);
b) Na impossibilidade de estabelecimento destes direitos de propriedade, a melhor alternativa seria a precificação, pelo Estado, dos bens e serviços ambientais públicos (taxação pigouviana).
Economia Ambiental Neoclássica
Avaliação dos impactos ambientais de modo a estabelecer uma curva de custos marginais da poluição a serem impostos ao agente poluidor;
Criação de um “trade off” para o agente poluidor entre os custos marginais de controle (da poluição) e os custos marginais da poluição.
Economia Ambiental Neoclássica
Custo Total
Custos Marginais de ControleCustos Marginais da Poluição(Preços dos Bens e Serviços Ambientais)
Poluição Ótima Poluição/Produção
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Resulta de uma análise custo-benefício feita pelo agente poluidor sobre a quantidade de recursos a serem alocados entre pagar os custos de controle ou os custos de poluir
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- Curva de Kuznets Ambiental:
Renda Percapita
Poluição / degradação
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Custo Total
Custos Marginais de Controle Custos Marginais da Poluição(Preços dos Bens e Serviços Ambientais)
Poluição Ótima Poluição/Produção
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Virtudes dos Impostos Pigouvianos:
1.Usam os mecanismos de mercado para colocar um preço sobre serviços muito valiosos até então não taxados – os proporcionados pelo meio ambiente.
2.De certo modo imitam o mercado, já que o imposto pode ser alterado por forma a reflectir a escassez do serviço.
3.Têm propriedades de otimização se se conhecerem tanto os custos do prejuízo como os de limitação da contaminação.
4.São normalmente uma solução com custos inferiores a outros tipos de regulamentação (como adiante veremos).
No entanto, no mundo real os impostos sobre a contaminação são a excepção e não a regra. Os impostos de tipo Pigouviano não só estão limitados na sua extensão, como também muito raramente são determinados de acordo com a teoria anteriormente exposta. Vejamos de seguida porquê.
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Críticas aos Impostos Pigouvianos
Incerteza sobre a justiça do imposto Pigouviano;
Falta de conhecimento sobre a função prejuízo;
Falta de conhecimento sobre a função benefício;
• Ronald Coase demonstrou que, na presença de uma externalidade, a negociação entre agentes (poluidor e vítima) pode ser vantajosa e conducente a uma utilização eficiente dos recursos.
• A negociação se realizará espontaneamente se houver uma definição de direitos de propriedade clara e precisa, ou seja, se estiverem perfeitamente definidos os direitos de uso dos recursos ambientais.
• Na presença de direitos de propriedade bem definidos, a NÃO NECESSIDADE DE MECANISMOS DE REGULAÇÃO da poluição, uma vez que os próprios agentes (através do mercado) se encarregam de encontrar o nível social ótimo de atividade econômica.
Externalidades e Direitos de Propriedade (Ronald Externalidades e Direitos de Propriedade (Ronald Coase)Coase)
• Para ilustrar a sua teoria, Ronald Coase começa por dar o exemplo de um criador pecuário e de um agricultor, cujas explorações são contíguas.
• Na ausência de vedações, o gado do produtor pecuário danifica as culturas do agricultor.
• O agricultor sofre portanto do efeito de uma externalidade negativa, uma vez que o seu bem-estar é prejudicado pela actividade económica desenvolvida pelo criador de gado.
• Para resolver este problema de externalidades, Ronald Coase distingue e analisa duas situações jurídicas opostas:
• - Na primeira a lei favorece o criador de gado;• - Na segunda a lei favorece o agricultor.
Externalidades e Direitos de Propriedade (Ronald Externalidades e Direitos de Propriedade (Ronald Coase)Coase)
1. A lei favorece o produtor de gado (contaminador)
Se a lei favorece o produtor de gado, isto é, se a lei lhe atribui o direito de utilização livre do recurso terra, então os seus animais podem divagar livremente pelos campos vizinhos.
O agricultor estará então interessado em negociar com o criador, no sentido deste diminuir o seu efectivo, por forma a que as suas culturas sejam menos danificadas.
Para que tal possa acontecer, o agricultor deverá indemnizar o criador, e a indemnização deverá ser igual à perda de lucro devida à diminuição do efectivo pecuário.
Esta negociação conduz a um equilíbrio caracterizado pela igualdade entre o custo marginal dos prejuízos e o lucro marginal.
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2. A lei favorece o agricultor (vítima)
Se a lei estiver do lado do agricultor, é ele quem detém o direito exclusivo de utilização da terra. O criador é agora o responsável pelos prejuízos causados pelo gado.
Nesta situação é o criador quem está interessado em negociar com o agricultor, para que este lhe permita que os animais circulem nos seus campos.
O criador deverá então compensar o agricultor pelas perdas que este vai sofrer devido à passagem do gado.
O processo de negociação conduzirá exactamente ao mesmo ponto de equilíbrio que o anterior.
O equilíbrio é único e independente da situação jurídica de partida. Simplesmente foi necessária uma definição clara de direitos de propriedade para que tal ocorresse. 16
• Teorema de Coase:
Princípio segundo o qual, quando as partes envolvidas podem negociar sem custo e para o benefício de todos os envolvidos, o resultado será eficiente, independentemente de como estejam alocados os direitos de propriedade.
Externalidades e Direitos de Propriedade (Ronald Externalidades e Direitos de Propriedade (Ronald Coase)Coase)
• Críticas ao Teorema de Coase:
Ausência de Concorrência Perfeita
Custos de Transação Elevados
Dificuldades de Identificação dos Agentes
Propriedades de uso comum.
Externalidades e Direitos de Propriedade (Ronald Externalidades e Direitos de Propriedade (Ronald Coase)Coase)
FALHA DE MERCADO DEVIDO À NATUREZA COLETIVA DESSES BENS E SERVIÇOS
INOVAÇÕES INSTITUCIONAIS QUE PERMITEM A CRIAÇÃO DE MERCADOS PARA OS BENS E SERVIÇOS AMBIENTAIS :
1. NEGOCIAÇÃO COASEANA ---> DEFINIÇÃO DE DIREITOS DE
PROPRIEDADE
E/OU
2. PRECIFICAÇÃO PIGOUVIANA -----> IMPOSIÇÃO DE TAXAS
VALORAÇÃO ECONÔMICA PREÇOS RELATIVOS EFICIENTES
PROBLEMAS AMBIENTAIS RESTRINGIDOS (POLUIÇÃO ÓTIMA)
Economia Ambiental Neoclássica
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Sob sua forma final de valoração econômica, a
avaliação ambiental para a economia neoclássica tem
por objetivo único resolver um problema de
externalidade negativa:
condição necessária e suficiente para a solução da
questão ambiental
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