RECONTANDO HISTÓRIAS…
Tal como o próprio nome indica, a arte de recontar histórias implica o ato de
tornar a contar algo, e, o jardim-de-infância tem também o papel de contribuir para isso
mesmo.
Morrow afirma que “recontar uma história é contar o que se lembra da mesma
após sua leitura ou audição” (Morrow in revista do professor, 2003, p.5). As crianças,
ao ouvirem uma história, percebem a sua sequência, e, quando a reconstroem
mentalmente para a recontar desenvolvem um esquema de histórias, isto é, uma
representação mental das suas partes. A educadora deve ser capaz de envolver as
crianças e fazê-las identificarem-se com os personagens; ao interagirem com as
histórias, as crianças passam a despertar emoções e sentimentos como se estivessem a
viver a história das personagens, permitindo que, através da imaginação, desenvolvam a
capacidade de resolução de situações e problemas que vivem no dia-a-dia.
O reconto, ao ser trabalhado nos jardins-de-infância, irá, de algum modo,
desenvolver, nas crianças, o prazer pela leitura, fazer com que apreciem as histórias, que
compreendam o seu enredo, que identifiquem personagens, que possam, quem sabe,
memorizar as histórias e o vocabulário nelas envolvidas e, assumindo o desafio de
tornarem-se contadoras de histórias. A apresentação dos livros, a perceção de que os
livros trazem histórias, informações e conhecimentos, e que estimulam a imaginação
completará o incentivo à leitura.
Ora, depois do professor, ou contador de histórias, apresentar uma história às
crianças, várias atividades podem ser realizadas, entre elas está o incentivar as crianças
a recontá-la, sem contudo, utilizá-la como pretexto para ensinar conteúdos. No entanto,
é importante e essencial que a criança seja orientada no seu recontar, pois isso auxilia-a
a prestar atenção aos elementos importantes, como o cenário - onde e quando ocorreu a
história - as personagens, os eventos iniciais, intermediários e finais. Claro que há
formas de ajudar as crianças neste reconto, pois umas vão mostrar mais dificuldades do
que outras. Perguntas como: “O que aconteceu depois?”, auxiliam as crianças as
relembrarem-se da história e a terem a oportunidade de continuarem. Nos casos em que
a criança não consegue, por algum motivo, iniciar a história, podem ser feitas perguntas,
pelo educador, mais gerais, tais como: “Sobre o que era essa história?”; “Quando,
como e onde a história começou?”; “Quais eram os personagens?”; “O que aconteceu
na história?”; “Como a história terminou?” No entanto, pode ser o educador a dar
início à história e pedir às crianças para a continuarem.
Por outro lado, a criança pode não se lembrar da história e, deste modo, o
educador deve auxiliar a relembrar, dando pistas ou, mesmo em alguns casos, reconta a
história e conjunto com a ela. É de facto notório, que à medida que a criança reconta as
mais variadas histórias, comece a ser uma tarefa mais fácil e entusiasmante para ela,
melhorando, desta forma, o seu recontar, particularmente se se tratar da sua história
favorita.
Ainda que seja uma atividade importante, é necessário assegurar que o reconto
não cause aversão.
Como suscitar o reconto em grupo
- Um ou dois alunos ajudam o educador;
- A história vai sendo contada pelas crianças e o educador só interfere quando
necessário;
- As crianças contam a história em grupos de dois ajudando-se mutuamente;
- Uma turma conta a história a outra turma;
- Cada criança escolhe o momento preferido e conta-a em pormenor acrescentando o
que quiser;
- As crianças são convidadas a contar a história muito rapidamente e referindo apenas o
essencial.
Método Sintético
O método sintético é a correspondência entre o oral e o escrito, entre o som e a
grafia, através da aprendizagem da letra por letra; da sílaba por sílaba ou da palavra por
palavra.
O ensino deste método inicia-se com um grau de dificuldade mais simples,
percorrendo um caminho até chegar a um mais complexo, ou seja, parte das partes para
um todo – da letra para a palavra. Com isto pode-se dizer que o enfoque deste método
baseia-se em processos de descodificação, análise fonológica, relações entre fonemas
(sons) e grafemas (letras).
Um aluno para iniciar este método de alfabetização, primeiro tem de dominar o
alfabeto (letra por letra), depois as sílabas, as palavras, seguindo-se as frases e
finalmente os textos. Para se obter resultados positivos com este método o discente tem
de passar todas as fases de aprendizagem corretamente senão não conseguirá atingir o
objetivo: leitura corrente e interpretação de um texto (Faculdade de Caldas Novas,
Pereira, Vitória, Santos e Machado, 2013, p.5)
O método sintético é divido em três tipos: alfabético; fónico e silábico. O
primeiro é um dos mais antigos sistemas de alfabetização e tem como princípio que a
leitura parte da memorização oral das letras do alfabeto, seguido de todas as suas
combinações silábicas e, por fim, as palavras. Por este processo, a criança vai soletrando
as sílabas até decodificar a palavra, como se pode ver no seguinte exemplo: a palavra
escola soletra-se assim: e + s = es > c + o = co > l + a = la { escola }.
O segundo consiste na aprendizagem através da associação entre fonemas e n
grafemas, ou seja, sons e letras. O método é baseado no ensino do código alfabético de
forma dinâmica, ou seja, as relações entre sons e letras devem ser feitas através do
planeamento de atividades lúdicas para levar os alunos a aprender a codificar a fala em
escrita e a decodificar a escrita (ver figura 1 nos anexos como exemplo deste método).
Por fim, o terceiro parte da sílaba para o ensino da leitura. O aluno aprende inicialmente
as sílabas, a combinação entre elas e chega à palavra. Exemplos: “A” de Andorinha; “E”
de Egipto; “I” de Igreja; “O” de Ovo; “U” de Uva.
Também se apresenta as sílabas canónicas, utilizando palavras e ilustrações destacando
a sílaba na palavra. Exemplos: MA > de macaco; CA > de caderno; ES > de escola.
Surge-nos, então, uma questão: “Qual a finalidade da aplicação deste método?”.
Este método aplica-se de forma a que os alunos comecem a reconhecer todas as letras
do alfabeto e, posteriormente, saber associar as letras, passando ao reconhecimento das
sílabas que, por sua vez associadas, levam ao reconhecimento das palavras que formam
frases.
Vantagens e desvantagens do método sintético
Este método que já é utilizado há muitos anos nas instituições e apresenta várias
vantagens nomeadamente: é considerado um dos mais rápidos, simples e antigos de
alfabetização; pode ser aplicado a qualquer criança; o manual indica a sequência das
lições; permite realizar o trabalho com grandes grupos; os resultados, na sua maioria,
são positivos; estimula o auto conceito rapidamente e também previne problemas
ortográficos.
Contudo também tem vindo a revelar algumas desvantagens: ênfase excessiva
dos mecanismos de codificação (escrita) e descodificação (leitura); memorização e falta
de compreensão; pouco motivador, dado que se torna cansativo por ser apenas por
repetição; não se dá atenção ao significado pois as palavras são trabalhadas fora de um
contexto; imagens por vezes desajustadas da realidade das crianças e falta de
compreensão das crianças, quando confrontadas com situações como o nome da letra e
o respetivo valor fonético.
Proposta de actividade
Com a atividade que vamos propor ao grupo, o nosso principal objetivo é que
haja uma progressão desde as unidades menores (letra, fonema e sílaba) a unidades mais
complexas (palavra, frase e texto).
O primeiro exercício consiste apenas na aprendizagem das letras (vogais e
consoantes) em que, a partir de um exemplo dado, os alunos têm de copiar o tracejado
da letra indicada (ver anexos – figuras 3 e 4). Seria dado a cada aluno uma folha que
contivesse estes exercícios.
O segundo exercício abrange a escrita dos ditongos a partir das vogais ou
consoantes abordadas (ver anexos figuras 5 e 6). Seria dado a cada discente uma folha
que contivesse estes exercícios.
No terceiro exercício espera-se que os aprendizes, a partir, de sílabas de palavras
colocadas em duas caixas diferentes, consigam uni-las e formar palavras.
No quarto exercício os alunos têm de pintar as palavras que estão na cartolina
que são diferentes de lupa e paleta (ver exemplo nos anexos – figuras 7 e 8).
Por fim, no último exercício, os discentes não só têm de ler as frases escritas no
quadro pela professora, mas também têm de sublinhar as frases que estão de acordo com
as imagens, através de uma folha fornecida pela docente (ver anexos – figura 9).
Método Jean Qui Rit
História do método Jean-Qui-Rit
O método Jean-Qui-Rit surgiu nos finais do século XIX, a 1954 em França,
tendo como finalidade ajudar as crianças disléxicas. Ao longo dos anos, este método
ganhou força e sustentação e, graças ao seu sucesso este passou a ser utilizado no ensino
normal como um meio de preparação das crianças para a aquisição de pré-requisitos
indispensáveis à iniciação da leitura.
Quais as características
As vogais e consoantes são ensinadas e trabalhadas com as crianças através de
gestos, seguindo, obviamente, uma sequência lógica do próprio método (Lemaire e
Marlier, 2009). Assim sendo, este método consiste na ilustração de cada som através de
um movimento de mímica. Como foi referido, este método serve-se dos gestos para
facilitar a pronúncia e a memorização de letras, como também faz uso de canções
infantis ou histórias cantadas.
Este método utilizado na aprendizagem da leitura, recorre aos sentidos visuais,
auditivos, tácteis, articulando-se em dois momentos: preparação através de exercícios de
mímica e ritmo; e introdução da letra a partir de uma breve história e pelo gesto que lhe
está associado (Bellenger, 1979). Os alunos fazem acompanhar o som a um gesto até
que, aos poucos, vão-se libertando dele, sendo já então capazes de ler e escrever.
Existem 4 elementos constituintes do método Jean Qui Rit, sendo estes:
Formação do gesto e do ritmo - neste elemento é trabalhada a
psicomotricidade, o caso do canto e do gesto. Desenvolve o campo sensorial, a
educação do movimento e a harmonização do gesto;
Leitura – a utilização do gesto, para o estudo dos fonemas, ou seja, a
fonomímica, “olhar, ouvir e fazer o gesto”;
Ditado – antes de escreverem, as crianças fazem o gesto das letras aprendidas,
“escuta, faz o gesto e escreve”;
Escrita - O gesto, o ritmo e o canto são contributos para a aprendizagem da
forma e da inter-relação entre as letras de uma sílaba.
Processo de aprendizagem
A fonomímica propõe um gesto para o estudo de cada fonema e de cada som.
Este gesto serve de apoio e utiliza uma memória suplementar: a memória motora. Este
método é caracterizado por ser dinâmico e espontâneo no princípio do estudo da leitura,
o gesto desaparece quando as letras e os sons já estão devidamente estabilizadas na
memória visual e auditiva.
A aprendizagem das letras segue um “guião” para todo o alfabeto, porém
existem os chamados “casos especiais” e é, na aprendizagem dessa mesma letra que a
professora refere quais as exceções existentes.
Assim sendo, inicialmente os alunos estão sentados e a professora faz a revisão
das letras já aprendidas, recorrendo à imagem, à história e ao gesto; posteriormente, é
apresentada a nova gravura e é feita uma observação silenciosa por parte dos alunos,
trabalhando assim, a memória visual; seguidamente é dito o nome da criança que está
presente na imagem e os alunos repetem, apelando à memória auditiva; por último a
professora conta a história que irá terminar com um gesto e um som.
Já de pé, as crianças fazem o gesto, colectivamente, com a mão direita, desta
forma os alunos estão a trabalhar a memória motriz; o professor mostra a letra de
impressa na gravura e diz: “Esta letra diz…”, fazendo o gesto; os alunos olham para a
letra, fazem o gesto e dizem o som, inicialmente em conjunto e depois individualmente;
é nesta fase que a professora escreve no quadro a letra de impressa e manuscrita e pede
aos alunos que, individualmente desenhem no quadro a nova letra.
Nesta fase da aprendizagem, os alunos estão novamente sentados e, a professora
mostra imagens com figuras que tenham a letra que estejam a aprender; é pedido aos
alunos que pensem também em palavras que contenham a palavra estudada e dizem, um
a um a palavra que escolheram. O professor escreve 3 palavras manuscritas e impressas
e pede às crianças que sublinhem nas palavras que foram escritas onde se encontra a
letra que estão a estudar, após seleccionarem a letra, estes dizem o nome acompanhado
do gesto.
Na leitura de sílabas, o professor escreve no quadro as duas maneiras de
representar a letra e constrói todas as sílabas com as vogais, mandando ler com os
respectivos gestos. Os dois gestos (relativos às duas letras que compõe a sílaba) devem
ser muito bem executados.
Na leitura de palavras novas, o professor escreve no quadro algumas palavras
que contêm a nova letra e as crianças lêem primeiramente com gestos e em voz baixa,
seguidamente sem gestos e lendo como falam. O professor vai fazendo questões com o
intuito de esta perceber se os alunos aprenderam o que leram. Se o professor achar
pertinente constrói uma nova frase com a palavra lida.
Na leitura de pequenas frases, os alunos tentam ler, auxiliados de gestos, ou não,
a frase toda ou parte dela. Nesta fase, cada aluno lê de acordo com o seu ritmo e em voz
baixa; assim que compreender o que leu, levanta o braço e le-a em voz alta. Caso o
aluno não saiba ler, o professor incentiva o aluno a recorrer ao gesto sempre que
necessitar.
Dado que os manuais escolares contêm pouca variedade de palavras e frases, o
professor deve escrever outras palavras e frases no quadro, com o objetivo de enriquecer
o vocabulário.
Vantagens e Desvantagens
Como já foi referido anteriormente, este método tem variadas vantagens, tais como:
Apela diferentes sentidos, o que leva à maioria das crianças a fazer um
trabalho preciso e sem erros;
Quer os destros, como também os esquerdinos aprendem sem dificuldade;
O gesto, o ritmo e o canto captam o interesse das crianças;
O canto repousa e acalma.
Graças ao gesto, toda a classe progride, já não existem os piores alunos; a
alegria e a disciplina reinam graças ao canto;
A leitura e a escrita adquirem-se em alguns meses, as bases são sólidas;
Desenvolve vários tipos de memória como a auditiva, visual e motora.
Nem sempre este método é bem visto por algumas pessoas, apontando como
desvantagens:
As imagens serem desactualizadas, o que pode não motivar as crianças para a
aprendizagem;
Alguns alunos poderão não largar os gestos ao longo da aprendizagem da
leitura;
Como a aprendizagem deste método é feita com a mão direita e também com
a mão esquerda, alguns pais e até mesmo professores rejeitam este método pelo facto de
“incentivar” o aluno a escrever com a mão esquerda.
Método das 28 Palavras
Características
O método que estamos a abordar trata-se de um método global que parte do
geral para o particular, ou seja, baseia-se no conhecimento de vinte e oito palavras e não
de letras, como tradicionalmente se ensinava. Essas palavras são apresentadas às outras
crianças através de uma história que se vai contando ao longo do ano. Em parcela do
texto saem uma ou mais palavras que as outras crianças irão memorizar globalmente e
que aprenderão a distinguir e depois a analisar. Com sucessivos exercícios de
decomposição dessas palavras e com a ajuda de processos ideográficos, elas associarão
o desenho à palavra e vice-versa.
Este método será mais atraente para as crianças, quanto mais elas descobrirem o
que lhe é proposto e tiverem interesse em trabalhar, descobrindo palavras, recortando
desenhos, colando-os no espaço em branco… Depois do contacto inicial, em que os pais
e professores serão guias, tudo se tornará mais fácil e, em pouco tempo, elas começarão
a ler primeiro palavras e depois pequenas frases. Só no final, surgirá o alfabeto, já
depois das crianças saberem ler.
Vantagens e Desvantagens
O método estudado apresenta vantagens e desvantagens que devem ser
tidas em consideração pelo docente, face ao grupo em que leciona.
Após alguma pesquisa, facilmente constatamos que existem diversas
vantagens na utilização deste método, uma vez que, este se baseia numa pedagogia
ativa, ou seja, a criança participa ativamente no seu processo de aprendizagem. Neste
seguimento, podemos considerar como vantagem a globalização quanto à observação e
à linguagem que se resume numa base global visto que a palavra é sempre acompanhada
pela imagem, recorrendo assim ao universo visual da criança. Outra das vantagens está
relacionada com o desenvolvimento das sensações a que as crianças ainda se encontram
muito ligadas, isto é, a perceção visual e auditiva. O espírito criativo, juntamente com o
interesse e a oralidade, são também aspetos que este método é capaz de explorar no
aluno, uma vez que, é inevitável este não participar ativamente nas atividades
decorrentes na sala de aula. Outro ponto favorecido nas crianças expostas ao método das
vinte e oito palavras é o enriquecimento precoce e um vocabulário alargado
estimulando, deste modo, o raciocínio e o uso da memória. Por fim, acrescentar que este
é um método que parte do geral para o particular, pois primeiramente surge a palavra e
só mais tarde a letra e que, apesar de pouco usual, este método contém uma grande
variedade de exercícios de aplicação. Este método surgiu com o intuito de auxiliar a
aprendizagem de crianças com necessidades educativas especiais daí a aplicação deste
método ser benéfico.
Embora o leque das vantagens seja extenso, também existem algumas
desvantagens que podem ser condicionantes na escolha da utilização deste método de
ensino, entre elas surge a duração que este exige, ou seja, estende-se por muitas
semanas, tornando o processo de aprendizagem lento e exigente quanto à concentração
das crianças. Outro ponto negativo é o facto de este método partir do complexo para o
simples, por exemplo, partem da palavra para a letra e da letra para o som. Em suma, é
interessante realçar que o método pode ser prejudicial se não for conhecido pelos pais
ou outros encarregados de educação, impossibilitando, deste modo, a ajuda e
acompanhamento em casa.
Fases da aplicação do método
A aplicação do método das vinte e oito em contexto de sala de aula
envolve a passagem por várias fases, no entanto, a duração de cada uma delas depende
do ritmo de aprendizagem dos alunos. A primeira fase inicia-se pelo conto de uma
história, canção ou atividade da expressão plástica que tem de ser previamente
selecionada e pensada, tendo em conta a palavra que vamos abordar, a qual os alunos se
devem manter bastante atentos. Seguidamente, surge a apresentação de um cartaz ou
desenho da imagem da palavra que o docente pretende trabalhar, sendo que ainda nesta
fase os alunos devem ser capazes de copiar para o seu caderno a respetiva imagem. A
terceira fase consiste na apresentação da palavra, tanto em letra manuscrita como em
letra de imprensa, (que pode ser uma das seguintes vinte e oito palavras: menina,
menino, sapato, bota, uva, mamã, leque, casa, janela, telhado, escada, chave, galinha,
gema, rato, cenoura, girafa, palhaço, zebra, bandeira, caracol, árvore, quadro,
passarinho, peixe, cigarra, fogueira, flor) e também na escrita da palavra através de
vários movimentos, por exemplo, escrever a palavra com o dedo no tampo da mesa, na
areia, entre outros. Ainda nesta fase as crianças são incentivadas a procurar
desenhos/imagens que representem a palavra para de seguida tentarem copiar a palavra
para o próprio caderno. Posteriormente, surge a decomposição da palavra em sílabas,
associando as sílabas a gestos, sons, palmas, entre outros. A quinta fase é a formação de
novas palavras através das sílabas que anteriormente foram trabalhadas. Na fase
seguinte, são apresentadas às crianças as vogais que apesar de já conhecerem não as
identificam como tais. Consequentemente e numa nova fase começam a formar frases
com as palavras que aprenderam. A oitava fase consiste na articulação das sílabas com
as vogais, ou seja, o treino oral de repetição. Seguidamente, surge a nona fase a
apresentação de algumas palavras novas. Por fim, a fase de noção de singular e plural.
Passo a passo
Como pretendemos abordar a palavra “menina”, selecionamos um texto no qual tenha
repetidamente essa mesma palavra.
Após a leitura realizada pela docente, esta tenta envolver os alunos de modo a motivá-los para que estes sejam capazes de estar atentos à história e “entrarem” num mundo imaginário.
De seguida, a professora mostra à turma a imagem que representa a menina da
história e posteriormente os alunos devem copiar a imagem para o seu caderno.
Na terceira fase, a docente expõe à turma a palavra menina tanto em letra manuscrita
como em imprensa.
Ainda nesta fase, os alunos devem praticar a motricidade fina, escrevendo a palavra na
areia, no ar, em pincéis molhados e até no tampo da mesa. Assim, posteriormente será mais
fácil os alunos iniciarem a cópia da escrita da palavra para o caderno. Como exercício de
treino, existem professores que pedem às crianças para procurar nas revistas, jornais ou
Era uma vez uma boneca de trapos, feita pelas mãos de uma
menina.
A menina era filha da Paula e morava junto da escola.
Era feita de trapos azuis, vermelhos, verdes, amarelos, rosa, violeta, cor de laranja.
Tinha dois olhos bordados com duas contas de vidro a servirem de meninas dos olhos.
E a menina cantava para a adormecer.
Matilde Rosa Araújo
(Adaptado)
internet, fotos/desenhos de meninas e recortar para colar no caderno para, mais uma vez,
escreverem a palavra menina.
Posteriormente, alguns docentes optam por realizar exercícios de grafismo, a fim de
melhorar a motricidade fina e assim, futuramente, mais facilmente escreverão a palavra
menina. Como se pode observar no seguinte exemplo:
No passo seguinte, o
objetivo é trabalhar a divisão silábica,
neste sentido, o professor leva os
alunos a visualizarem a palavra menina e a dizê-la de forma silábica, associando palavras,
gestos, sons à contagem das sílabas. Também nesta etapa os alunos recortam a palavra
menina em sílabas e brincam com estas, a fim de montar e desmontar a palavra, até o fazerem
com toda a certeza.
Na fase seguinte, o professor deve orientar os alunos de forma a conseguirem formar
novas palavras através das sílabas que foram trabalhadas que, neste caso, é com a palavra
menina. Assim, são criadas novas palavras, como se pode constatar a seguir:
Posteriormente, o docente apresenta às crianças as vogais, que apesar de já
conhecerem e terem visto na palavra, não as identificam como tais. No final desta etapa e
após os alunos terem repetido as fases anteriores com diversas palavras, os alunos começam a
formar frases com as palavras que aprenderam até então. Esta fase pode consolidar-se por
exercícios como o seguinte:
Na oitava fase os alunos treinam oralmente e de modo repetido a articulação das
silabas com as vogais. Depois, compõem novas palavras e aprendem algumas palavras novas
segundo a intenção da docente. Para finalizar, adquirem a fase de noção de singular e plural,
temos os seguintes exercícios para esta última fase:
Aplicação do método: palavra “chave”
1º) Leitura do texto: “A chave do baú” de Bruno Veiga (texto inédito)
A chave do baú
Na cave está um velho baú. A menina olha.
Ele é muito pesado e não é pequeno.
- O que está no baú?
-Vá lá, mamã, dá-me a chave!
- Tucha, o baú está velho! É só pó!
- Eu sei…mas vale a pena.
A Tucha vê o pequeno chinelo, já velho, e pede-o à mãe.
- Este chinelo usei-o de pequenina. Toma, é teu!
2º) Os alunos deveram copiar a imagem da chave para o caderno:
3º) De seguida, a docente expõe a palavra “chave” no quadro, tanto em manuscrito como em imprensa.
4º) Para trabalhar a motricidade fina, a docente propõe aos alunos, treinar a escrita da palavra no tampo da mesa.
5º) Os alunos devem copiar para debaixo da imagem (que desenharam) a palavra “chave”. Tal como no exemplo:
6º) Resolução de exercícios:
1- Lê as palavras. Desenha.
2- Lê as seguintes frases e sublinha a palavra “chave”.
7º) Para trabalhar a divisão silábica, o docente tenta que os alunos visualizem a palavra “chave” e tentem dizê-la de forma silábica, associando gestos e sons à contagem das sílabas. Recortando a palavra “chave” em sílabas.
8º) Exercícios:
9º) Como os alunos já deveram saber as vogais que estão inseridas na palavra chave, os
alunos começam a formar frases com as palavras que aprenderam até então. Esta fase pode
consolidar-se por exercícios como o seguinte:
1- Ordena as seguintes palavras e forma frases.
Para terminar, a docente propõe os seguintes exercícios para consolidar a escrita de outras
palavras já dadas e para relembrar a noção de singular e plural.
1- Observa a imagem. Passa com o lápis por cima do tracejado das chaves.
Quantas chaves vês na imagem?
Completa a frase.
Na imagem,
vejo____________________.
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