Curso de Treinadores – Grau 2 Federação de Andebol de Portugal METODOLOGIA DO TREINO
METODOLOGIA DO TREINO
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Introdução
• Exercícios devem obedecer a conjuntos de princípios
• O objectivo é direccionar orientar eO objectivo é direccionar, orientar e controlar a actividade práticaEfi á i li ã• Eficácia na aplicação
• Não encarar de forma isolada eNão encarar de forma isolada e compartimentada, mas como um todo
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Tópicos para debate
• Princípios biológicos / fisiológicos– Afectam os processos de adaptação
orgânica do desportistag p• Princípios metodológicos
Determinam as leis metodológicas– Determinam as leis metodológicas• Princípios pedagógicos
– Relacionados com processo de treino/ensino
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Princípios biológicosSobrecargaSobrecarga
• Modificações no organismo se o• Modificações no organismo se oexercício é executado numa duração eintensidade suficientesintensidade suficientes– As modificações funcionais causadas no
organismo pelo esforço físico só permitemorganismo pelo esforço físico só permitemmelhorar o estado de treino quando a suaintensidade é suficiente para provocar umaintensidade é suficiente para provocar umaactivação do metabolismo energético ouplástico da célula (Burke, 1979)
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Princípios biológicosSobrecargaSobrecarga
• Activação óptima dos mecanismosinformacionais energéticos e afectivosinformacionais, energéticos e afectivos– As adaptações que beneficiam a actividade
h ó d d dhumana só se produzem quando respondema tensões aplicadas a níveis superiores aoslimites, mas sempre dentro dos limites detolerância.
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P i í i bi ló iPrincípios biológicosSobrecargaSobrecarga
• Lei de Roux Arnodt-SchultzCargas de fraca intensidade– Cargas de fraca intensidade
• Provocam atrofia e perda de capacidades– Cargas de média intensidadeg
• Mantém o nível estrutural e a capacidade de rendimento;• Não tem efeito de treino
C d i t id d f t– Cargas de intensidade forte• Provocam melhor arranjo estrutural e, logo uma melhoria
funcional;• Tem efeito de treino
– Cargas de intensidade demasiado forteP t t d d id d
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• Provocam um esgotamento e uma perda de capacidades
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Princípios biológicosPrincípios biológicosEspecificidadep
• Característica fundamental exercício treinoexercício treino
• Praticantes diferentes modalidades– Elevada potência muscular– Domínio técnico impõe diferentes
exercícios de treinoexercícios de treino• Específicos respectivas
modalidadesE periências entre remadores– Experiências entre remadores e corredores
• Acumulação AL
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Princípios biológicosEspecificidadeEspecificidade
• A concentração de tempo e esforço numa determinada modalidade desportiva é uma pcondição objectiva e necessária para se poder alcançar resultados elevados (Matveiev, 1977)
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Princípios biológicosPrincípios biológicosReversibilidade
• As alterações ao organismo adquiridas ao l d ti id d i tlongo das actividades inerentes aos exercícios de treino são transitórias
• Cargas de grande volume e pequena intensidade efeito de treino mais prolongado
• Cargas de grande intensidade e pequenoCargas de grande intensidade e pequeno volume efeito de treino mais breve
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Princípios biológicosPrincípios biológicosReversibilidade
• Aquisições que levam mais tempo a ser obtidas, mantêm-se durante mais tempop– Resistência aeróbia
Decréscimo dos efeitos da adaptação• Decréscimo dos efeitos da adaptação da carga, será tanto maior quanto mais recente e menos consolidados forem os níveis de adaptação
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Princípios biológicosPrincípios biológicosHeterocronia
• Entre o momento em que se executa os í i d t i i texercícios de treino e o aparecimento
do correspondente processo de d t ã i t d f tadaptação existe um desfasamento
temporal– Fadiga
• Exercícios tem efeitos mais rápidos queExercícios tem efeitos mais rápidos que outros
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Princípios biológicosPrincípios biológicosHeterocronia
• Relação directa entre os tempos de bili ã i i ã t ã dmobilização, aquisição e manutenção das
capacidades– Quanto maior for a intensidade do exercício
de curta duração (rápido esgotamento da capacidade funcional) mais rapidamente o efeito do exercício se faz sentir mas, mais depressa desaparece o mesmo efeito quando interrompemos a sua exercitação.
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Princípios biológicosPrincípios biológicosHeterocronia
• Saber como e qual o grau de predominânciagrau de predominância que se deve mobilizar os recursos dos praticantes, p ,e os factores de treino implicados no rendimento desportivo de uma modalidade, para que os efeitospara que os efeitos apareçam num mesmo momento – a competição
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Princípios biológicosPrincípios biológicosHeterocronia
• Factores Carga– Volume– IntensidadeIntensidade– Duração
F ê i– Frequência– Densidade
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Princípios metodológicosRelação óptima exercício/repousoRelação óptima exercício/repouso
• Recrutamento racional e específico recursosespecífico recursos informacionais, energéticos e afectivos Exercício Fadiga
• Base de uma maior capacidade de rendimento praticante Recuperação/regeneraçãop
• Determinação– Exercício óptimo
Recuperação/regeneração
Maior– Momento óptimo aplicação novo
ex.º
Maior capacidade funcional
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P i í i t d ló iPrincípios metodológicosRelação óptima exercício/repousoç p p
• O tempo de recuperação entre a aplicação das cargas p p ç p ç gde treino é determinado pela mútua relação existente entre– Processos de fadiga– Restabelecimento funcional do organismo
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P i í i d ló iPrincípios metodológicosRelação óptima exercício/repousoRelação óptima exercício/repouso
• O tempo para nova UT é demasiado longoNão haverá uma adaptação dos diferentes• Não haverá uma adaptação dos diferentes recursos do praticante
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P i í i t d ló iPrincípios metodológicosRelação óptima exercício/repousoç p p
• O tempo que medeia a aplicação de uma nova UT é d i d tUT é demasiado curto
• Degradação das potencialidades do praticante• Efeito negativo do treino
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P i í i d ló iPrincípios metodológicosRelação óptima exercício/repousoRelação óptima exercício/repouso
C i t l ó ti• Cargas em intervalos óptimos • Melhoria progressiva das potencialidades do praticante
N UT d i t i d “ l ” d UT• Nova UT quando existem ainda “sequelas” da UT anterior
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P i í i t d ló iPrincípios metodológicosContinuidadeContinuidade
• Exercícios de treino aplicados regularmenteSi t ti ã d t b lh d ã• Sistematização do trabalho programado não deve permitir quebra de continuidadeI t ã l d• Interrupção prolongada
Reversibilidade• Reversibilidade• Nova UT quando ainda se sente o efeito da
anterioranterior
SupercompensaçãoDepartamento Técnico FAP
• Supercompensação
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P i í i t d ló iPrincípios metodológicosProgressividadeProgressividade
• Exercícios adaptação nível elevado– Exercícios mais complexos e mais difíceis– Exercícios mais complexos e mais difíceis
• Estagnação da carga de treino significa a estagnação dos resultados (Harre)
• Esforços intensos não são ilimitados devido a– Esgotamento das substâncias energéticas
I ibi ã d i ti f did– Inibição do organismo em continuar esforço como medida segurança• Progressão cargas deve respeitar mecanismos regeneração
– Quando sujeitos a esforços crescentesQuando sujeitos a esforços crescentes• Aumenta a capacidade de resposta emocional• Aumenta a mobilização das reservas e substâncias energéticas
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P i í i t d ló iPrincípios metodológicosProgressividadeProgressividade
• UT’s podem ser aumentadas através:– Aumento volume UT
• Maior duração dos exercícios• N.º Reps.• Sessões
Aumento intensidade carga– Aumento intensidade carga• Aumento velocidade execução, menor tempo pausa
Aumento complexidade ou dificuldade exercícios– Aumento complexidade ou dificuldade exercícios
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P i í i t d ló iPrincípios metodológicosProgressividadeProgressividade
• Tipos de progressão– Linear– Por níveis– Ondulada
• Organismo reage melhor ao tipo ondulada– Alternância cargas fortes e fracas
• Tendência das cargas em “ondas”Tendência das cargas em ondas– Micro, meso, macrociclos
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P i í i d ló iPrincípios metodológicosCiclicidadeCiclicidade
• Repetir forma sistemática e racional elementos fundamentais e modificá-los numa sequência lógica em função das fases ou períodos de t itreino
• Cada ciclo é uma repetição do anterior– Exprime tendências evolução processo treino– Difere anterior pelo
Conteúdo renovado• Conteúdo renovado• Modificação parcial meios e métodos utilizados• Incremento das cargas
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Princípios metodológicosCiclicidadeCiclicidade
• O aumento das capacidades funcionais do• O aumento das capacidades funcionais do praticante tem um carácter essencialmente cíclico (alternância).
O t t t d– O mesmo acontece com a estrutura dos exercícios ou série de exercícios.
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P i í i t d ló iPrincípios metodológicosIndividualizaçãoIndividualização
• Cada praticante reage e adapta-se de forma p g pdiferente aos exercícios– Diferentes adaptações aos mesmos exercícios, em
diferentes praticantes e até nos mesmos em períodos diferentes
Eficiência f ncional de cada m é diferente• Eficiência funcional de cada um é diferente– Aplicação exercício requer estreita individualização
de meios e métodos utilizarde meios e métodos utilizar
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Princípios metodológicosIndividualizaçãoIndividualização
• Os meios e métodos deverão corresponder estritamente às capacidades individuais dos praticantescapacidades individuais dos praticantes tendo em conta os aspectos orgânicos, d i i d ladaptativos e os seus ritmos de evolução
– AprendizagemAprendizagem– Aperfeiçoamento
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P i í i t d ló iPrincípios metodológicosMultilateralidadeMultilateralidade
• Estabelece as relações entre PG e PEI bilid d– Inseparabilidade
• Progresso máximo só através desenvolvimento geral das possibilidades funcionais organismo
• A especialização desportiva não exclui o desenvolvimento múltiplo do praticante
– Intercondicionalismo– Intercondicionalismo• Conteúdo PE depende pré-requisitos criados PG• O conteúdo da PG adquire particularidades que são
d i d l i li ã d ideterminadas pela especialização desportiva• A PG do praticante vai-se especializando à medida que se
aprofunda a sua especialização desportiva
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P i í i t d ló iPrincípios metodológicosMultilateralidadeMultilateralidade
– Incompatibilidadep• Unidade entre PG e PE
– Volume excessivo de PG acarreta diminuição do volume de çPE e portanto do seu efeito, expresso na consecução de especial nível de treino
C bi ã ó ti l ã t l PG• Combinação óptima, correlação entre volume PG e volume PE
• Volume escasso de PG estreita a base de especialização• Volume escasso de PG estreita a base de especialização desportiva
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P i í i d ó iPrincípios pedagógicosActividade conscienteActividade consciente
• Empenhamento activo e conscienteEmpenhamento activo e consciente praticantes na execução das exigências determinadas pelo exercício de treinodeterminadas pelo exercício de treino– Compreensão clara dos
• Objectivos operacionais• Conteúdos para a sua concretização• Níveis de performance – avaliação dos resultados
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P i í i d ó iPrincípios pedagógicosActividade conscienteActividade consciente
• Explicação sumária• Explicação sumária– Finalidades exercício de treino– Condições que o acompanham
Instruções precisas para a sua– Instruções precisas para a sua realização
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P i í i d ó iPrincípios pedagógicosSistematizaçãoSistematização
• Conjunto de etapas traduzido pelaConjunto de etapas traduzido pela aplicação de um conjunto de exercícios
Aplicados de forma sistemática e integrada– Aplicados de forma sistemática e integrada num todo
• Processo de progressão pedagógica– Rentabilizar e racionalizar a diversidade e
grau de mobilização de recursos a serem utilizados
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P i í i d ó iPrincípios pedagógicosActividade apreensívelActividade apreensível
• Compromisso entre a complexidade e• Compromisso entre a complexidade e dificuldade do exercício de treino com a
id d d ti tcapacidade do praticante– Simples Complexop p– Conhecido Desconhecido
P M it– Pouco Muito– Concreto Abstracto
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P i í i d ó iPrincípios pedagógicosEstabilidade e desenvolvimentoEstabilidade e desenvolvimento
• Lógica aquisição de determinadas g q çcapacidades motoras– Exercício de treino tenha êxitoExercício de treino tenha êxito
• Aquisição• Estabilizaçãoç• Desenvolvimento
– Este ciclo é fomentado porp• Treino e competição sistemática• Avaliação e controlo frequentes
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