MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
SECRETARIA DE ECONOMIA E FINANÇAS
(Contadoria Geral-1841)
SIMPÓSIO DA OPERAÇÃO CARRO PIPA
ENTENDIMENTO DA SEF
1. Metodologia do Documento
O Presente documento seguirá a sequência do relatório da Videoconferência – Setoriais
De Controle Interno, que tratou da padronização de procedimentos de execução orçamentária e
financeira no âmbito da operação carro-pipa (OCP), conforme a seguir:
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a) Objeto de Análise;
b) Aspecto tratado e/ou pacificado em anos anteriores;
c) Posicionamento das ICFEx; e
d) Posicionamento da SEF.
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1. Emissão de Notas de Empenho no SIAFI
a) Objeto de Análise
No tocante à emissão de Notas de Empenho (NE) diretamente no SIAFI, relatou-se
que a ocorrência de tal fato decorre do atraso dos pareceres elaborados pelas Assessorias
Jurídicas dos Comandos das Regiões Militares (Cmdo 6ª RM, Cmdo 7ª RM e Cmdo 10ª RM),
contribuindo por retardar a Ratificação dos Processos de Inexigibilidade referentes à Contratação
dos Prestadores de Serviços de Coleta, Transporte e Distribuição de Água no âmbito da OCP.
b) Aspecto tratado e/ou pacificado em anos anteriores
Este tema já foi exaustivamente abordado nos Simpósios da OCP do ano de 2016, em
que o entendimento vigente foi corroborado pela Assessoria Jurídica do Cmdo 7ª RM, quando da
ocorrência do referido evento na Guarnição de Recife-PE, que foi organizado pelo 4º Batalhão de
Polícia do Exército (4º BPE) em conjunto com o CMNE. Na ocasião, definiu-se o tratamento
mais célere que seria dado aos Processos de Inexigibilidade de Licitação na Contratação dos
Continuação do posicionamento da SEF quanto a assuntos da OCP. Página 2
Prestadores de Serviços no âmbito da operação. Esse Grande Comando defendeu a
implementação de 04 (quatro) Inexigibilidades ao longo do Período de Credenciamento, ou seja,
um processo para cada trimestre de serviços prestados. Admitiu, ainda, a necessidade de
padronização das rotinas jurídicas dos Comandos das Regiões Militares.
c) Posicionamento das ICFEx
Inicialmente, é importante destacar que os procedimentos para emissão de Notas de
Empenho já foram tratados por todas as ICFEx e, de forma unânime, vale reforçar que todos os
procedimentos para emissão de tais documentos devem ser gerados a partir do Sistema de
Administração de Serviços Gerais (SIASG). Excetuam-se de tal prática, apenas as NE que são
emitidas para pagamento de Diárias, por intermédio da Natureza de Despesa (ND) 33.90.15, que
são emitidas diretamente no SIAFI, pelo fato de que não decorrem de Dispensa, Inexigibilidade
ou Processo Licitatório.
Dessa forma, não se deve admitir a emissão de NE diretamente no SIAFI,
considerando que tal prática não permite vincular as informações com os Favorecidos do
Processo de Inexigibilidade vigente, publicado via SIASG/Comprasnet, contribuindo para a
existência de vulnerabilidades quando da execução das despesas, principalmente relacionadas
com Prestadores de Serviços de Transporte e Distribuição de Água, tendo em vista que as NE,
em tais circunstâncias, podem ser emitidas para qualquer Favorecido.
Com o objetivo de reforçar as atividades de implantação de Gerenciamento de Riscos
no âmbito da operação, a preocupação em evitar a emissão de NE diretamente no SIAFI
contribui por mitigar a ocorrência de pagamentos indevidos e sem amparo contratual, que já foi
objeto de denúncias e manifestação por parte dos Órgãos de Controle e Ministério Público.
No tocante a essa divergência, a grande a questão a ser debatida está relacionada
com a padronização de procedimentos pelas Assessorias Jurídicas das Regiões Militares e
na celeridade dos atos de ratificação, visando cumprir as rotinas propostas pelo Cmdo 7ª RM
nos Simpósios ocorridos em 2016. Revela-se, desta forma, que não se trata de um tema a ser
abordado pelas Setoriais de Controle Interno, mas sim por aqueles Grandes Comandos, mediante
atuação do CMNE, que é o grande coordenador, juntamente com o Comando de Operações
Terrestres (COTER) dessa relevante operação.
Conforme verificado em anos anteriores, quando há esse atraso na emissão do
Parecer pelas Assessorias Jurídicas e a consequente Ratificação da Autoridade Superior, no caso
os Comandantes de Regiões Militares, as UG terminam por optar em publicar as Inexigibilidades
de Licitações no DOU, via “INCOM” - Envio de Matérias, procedimento este que impede a
emissão das NE pelo SIASG. Consequentemente, tais documentos são gerados diretamente no
SIAFI, que, conforme já exposto, contribui por elevar a probabilidade de ocorrência de riscos
associados com pagamentos indevidos e sem amparo legal.
A título ilustrativo, com base nas matérias publicadas no Diário Oficial da União
(DOU) do corrente exercício, bem como a fim de ressaltar um outro aspecto que merece ser
padronizado, associado ao período de contratação, pode-se constatar a existência de práticas
distintas de divulgação das Inexigibilidades, conforme a RM que a OME está vinculada,
revelando a existência de entendimentos diversos por parte das Assessorias Jurídicas e/ou das
próprias OME:
Continuação do posicionamento da SEF quanto a assuntos da OCP. Página 3
AMOSTRA EVENTOS DE PUBLICAÇÃO DOS PROCESSO DE INEXIGIBILIDADE (INEX)
OME RM de
Vinculação
INEX DOU DETALHES MATÉRIA
35º BI
Cmdo 6ª RM
01/2017 (2)
22, de 31 Jan 17
- Divulga o Credenciamento por 12 (doze) meses;
- Divulga a Contratação por 03 (três) meses;
- Os valores publicados por pipeiro, no valor de R$
144.000,00 (cento e quarenta e quatro mil reais),
revelam que a contratação é por 01 (Hum) ano.
14º BI Mtz
Cmdo 7ª RM
01/2017 (2)
38, de 22 Fev 17
- Divulga a Contratação por 03 (três) meses;
- Os valores publicados por pipeiro, no valor de R$
51.000,00 (cinquenta e um mil reais), revelam que a
contratação é para o trimestre.
- Ressalta-se que, dentre os outros eventos de
publicação, este parece ser o mais adequado.
40º BI (1)
Cmdo 10ª RM
05/2016 (2)
203, de 21 Out 16
- Não divulga o Período de Credenciamento;
- Não divulga a Contratação por 03 (três) meses;
- Os valores publicados por pipeiro, no valor de R$
153.000,00 (cento e cinquenta e três mil reais),
revelam que a contratação é por 01 (Hum) ano.
OBSERVAÇÕES: (1) - No corrente exercício, o 40º BI já publicou o Aviso de Credenciamento nº 01/2017, por intermédio do DOU nº
14, de 19 Jan 17, divulgando a contratação por 06 (seis) meses.
(2) Com base nesses Processos de Inexigibilidade, torna-se relevante que as OME/RM padronizem o período de
contratação, tendo em vista que essa amostra revela a adoção de 03 (três) períodos: trimestral, semestral e anual.
d) Posicionamento da SEF
Esta Secretaria ratifica o posicionamento das ICFEx.
Contudo, em relação à celeridade dos processos de dispensa e/ou inexigibilidade de
licitações, para a contratação dos serviços a serem prestados, avulta de importância o
atendimento da Orientação Normativa nº 55, de 23 de maio de 2014, do Advogado-Geral da
União, exposto no DIEx nº 206-Asse1/SSEF/SEF, de 10 de novembro de 2015, desta Secretaria,
disponível no link: http://10.67.106.73/sef/assessoria1/oficios/2015/DIEx.206-15.pdf.
Para tanto, esta Secretaria recomenda que o Cmdo CMNE, junto com as 6ª, 7ª e 10ª
RM, elabore uma minuta padrão, visando à contratação desses serviços, e busque contato com as
Consultorias Jurídicas da União (CJU) dos estados envolvidos na OCP, a fim de obter uma
Manifestação Jurídica Referencial (MJR) desses Órgãos consultivos, dispensando a análise
individualizada por essas Instituições, desde que a área técnica ateste, de forma expressa, que o
caso concreto se amolda aos termos da citada manifestação.
Os requisitos para a obtenção da MJR estão insculpidos no inciso II da citada
Orientação Normativa.
Continuação do posicionamento da SEF quanto a assuntos da OCP. Página 4
2. Conta Contábil para registro da Prestação de Serviços de Entrega de Água
a) Objeto de Análise
Esclarecer a questão da classificação da Conta Contábil para o serviço de entrega de
água. A Conta 3339039.05 não deve ser empregada para classificar tais serviços, sendo mais
adequada a utilização da Conta Contábil 3339039.74.
b) Aspecto tratado e/ou pacificado em anos anteriores
Tal aspecto não foi tratado e/ou pacificado em anos anteriores.
c) Posicionamento das ICFEx
Preliminarmente, deve-se ressaltar que essa demanda do CMNE está associada com o
adequado registro das contas de despesas que, até o final do Exercício Financeiro de 2014,
apresentavam a seguinte estrutura:
Conta Contábil 3.3.3.90.30.74 – Fretes e Transportes de Encomendas
Classe da Conta Natureza da Despesa (ND) Subitem da Despesa (SI)
3 3.3.90.39 – Prestação de Serviços (PJ) 74
(1) As Contas Contábeis de Despesa (Contas “Tipo 3”) apresentavam esse desmembramento.
No antigo Plano de Contas, vigente até o final de 2014, era possível perceber
facilmente a ND utilizada na própria estrutura da conta de despesa. Com o advento do Novo
Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP), ocorreram mudanças significativas e a
identificação das ND deve ser feita por meio da Transação >CONNATSOF no SIAFI, bem como
pelas informações disponibilizadas pelas Contas Contábeis do Grupo 62213.XX.YY, que
apresentam as células orçamentárias utilizadas na execução da despesa.
Com base nesse entendimento e com o objetivo de atender a solicitação de apoio
técnico emitida pelo CMNE, no tocante ao registro das Variações Patrimoniais Diminutivas –
VPD (antiga conta de despesa) referentes à Prestação de Serviços de Coleta, Transporte e
Distribuição de Água, seja por Pessoa Física (Pipeiros) ou Pessoa Jurídica, conclui-se que as
seguintes contas e ND devem ser utilizadas:
DETALHAMENTO DOS REGISTROS CONTÁBEIS DE DESPESA
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE ENTREGA DE ÁGUA
Variação Patrimonial Diminutiva
(VPD)
Natureza da Despesa
(ND)
SI Contratado
33221.04.00 3.3.90.36 39 Pessoa Física
33231.04.00 3.3.90.39 74 (1) (2) Pessoa Jurídica
Observação (ões): (1) Na contratação de Pessoas Jurídicas (PJ), não deve ser utilizado o SI 05 (SERVIÇOS
TÉCNICOS PROFISSIONAIS) na execução dessas despesas, tendo em vista que, conforme o
Continuação do posicionamento da SEF quanto a assuntos da OCP. Página 5
detalhamento do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP), não possuem relação com
os serviços prestados no âmbito da OCP:
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SI 05 – Relacionado com a contratação de Empresas Especializadas nas seguintes áreas:
Advocacia, Arquitetura, Contabilidade, Economia, Engenharia, Estatística e Outros. Exceto os
Serviços de Consultoria que devem ser classificados no elemento 35.
(2) Destaca-se a utilização do SI 74, que descreve a Prestação de Serviços com Fretes e
Transportes de Encomendas, a saber:
SI 74 – Registra o valor das despesas com Serviços de Transporte de mercadorias e produtos
diversos, prestados por Pessoa Jurídica. Fretes e Carretos – Remessa de Encomendas e Outras.
Diante do acima exposto, quando da execução de despesas relacionadas com a
Prestação de Serviços de Coleta, Transporte e Distribuição de Água no âmbito da OCP, seja por
intermédio de Pessoas Físicas ou Jurídicas, recomenda-se o registro das Contas Contábeis
elencadas no quadro mencionado, contribuindo para a padronização de rotinas e facilidade no
levantamento de informações consolidadas, principalmente aquelas evidenciadas pela ferramenta
“Tesouro Gerencial”.
d) Posicionamento da SEF
Esta Secretaria ratifica o posicionamento das ICFEx.
3. Inversão dos Estágios da Despesa
a) Objeto de Análise
Verificou-se a caracterização de Inversão dos Estágios da Despesa, quando da
execução dos serviços na OCP, considerando a ausência de regularização dos Créditos
Orçamentários pelo Ministério da Integração Nacional (MI) e a determinação do
Comandante Militar do Nordeste (CMNE) para que a operação não sofra qualquer tipo de
paralisação. Tal pronunciamento desse Grande Comando está fundamentado nas características
das atividades desempenhadas, dotadas de relevante apelo social.
b) Aspecto tratado e/ou pacificado em anos anteriores
Esta hipótese de Inversão do Estágio da Despesa já foi abordada em outras edições dos
Simpósios, mas não foi objeto de pacificação nos referidos eventos.
c) Posicionamento das ICFEx
Conforme pronunciamento da Assessoria Financeira do Escritório da Operação Carro-
Pipa (OCP) do CMNE, já foram realizadas gestões junto ao COTER e Ministério da Integração
Nacional, a fim que os Créditos Orçamentários para custear a operação fossem descentralizados
até o dia 25 do mês anterior, permitindo a emissão prévia das Notas de Empenho, evitando,
assim, a ocorrência da Inversão do Estágio da Despesa.
Continuação do posicionamento da SEF quanto a assuntos da OCP. Página 6
Se tal demanda não for atendida, deve-se adotar o entendimento que a melhor solução
é o reconhecimento de Passivo Anterior, conforme preceitua a Macrofunção STN 02.11.40 –
Reconhecimento de Passivos, permitindo que os fatos geradores sejam reconhecidos no
momento de sua ocorrência. Esta rotina já foi objeto de orientação pela 10ª ICFEx e representa
uma linha de ação a ser debatida e implementada na OCP, contando com o respectivo aval
da Secretaria de Economia e Finanças (SEF).
d) Posicionamento da SEF
Inicialmente, de acordo com o Art. 60, combinado com o § 2º do Art. 63, da Lei nº
4.320, de 17 MAR 1964, esta Secretaria entende que em nenhuma hipótese as despesas
descritas no caso em pauta poderiam ter sido realizadas sem o prévio empenho.
No entanto, no caso de despesas da OCP já realizadas sem prévia autorização
orçamentária, o reconhecimento contábil é imprescindível e obrigatório. Nesse sentido, deve-se
seguir o que preceitua a Macrofunção SIAFI 02.11.40 – Reconhecimento de Passivos.
Considera-se importante destacar os seguintes itens da Macrofunção SIAFI 02.11.40:
3.2 - O reconhecimento do passivo deverá ocorrer na Unidade Gestora responsável pela
execução da despesa, independente de quem for o responsável pelo orçamento. Assim,
mesmo que tenha ocorrido uma descentralização de crédito, o responsável por
reconhecer o passivo será a unidade em que efetivamente ocorreu a despesa.
3.3 - Segundo o inciso II do art. 167 da Constituição Federal são vedados a realização
de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários
ou adicionais.
[...]
3.5 - Sem prejuízo da responsabilização do ordenador de despesa e demais
consequências advindas da inobservância do disposto na legislação, a despesa não
poderá ser realizada se não houver comprovada e suficiente disponibilidade de dotação
orçamentária para atendê-la, sendo vedada a adoção de qualquer procedimento que
viabilize a sua realização sem observar a referida disponibilidade. Entretanto, a
contabilidade registrará todos os atos e fatos relativos à gestão orçamentária, financeira
e patrimonial, independentemente de sua legalidade, conforme disposto na Lei de
Diretrizes Orçamentárias.
[...]
4.1 - Para o reconhecimento de um passivo sem a correspondente execução
orçamentária, sugere-se que a Unidade, em que efetivamente ocorreu a despesa, tenha
um processo (podendo ser o processo de compra) contendo as seguintes informações: -
importância a pagar; - dados do credor (nome, CPF ou CNPJ e endereço) - data de
vencimento do compromisso (se for o caso); - causa da inobservância do empenho; -
relatório da despesa ocorrida; - documentação que originou tal situação (se for o caso). -
termo de reconhecimento de dívida, elaborado pelo ordenador de despesa, conforme
modelo:
[...]
Continuação do posicionamento da SEF quanto a assuntos da OCP. Página 7
4. Concessão de Diárias no Mês de Janeiro
a) Objeto de Análise
A presente questão está relacionada com a impossibilidade de utilização dos saldos das
Notas de Empenho inscritas em Restos a Pagar (RP) para custear as despesas com Diárias
durante o mês de Janeiro do Exercício Financeiro subsequente. Conforme pronunciamento da 10ª
ICFEx, amparado no DIEx nº 134/Gab/D Cont/SEF, de 29 Ago 16, os saldos inscritos em Restos
a Pagar só podem ser utilizados, no máximo, para viagens que irão ocorrer na primeira semana
de Janeiro. Argumentou-se, ainda, que os recursos do ano anterior não podem custear as despesas
do exercício corrente.
A fim de balizar a análise a ser desenvolvida, pode-se verificar a transcrição do trecho
do DIEx mencionado, relacionado com a Concessão de Diárias e objeto da presente controvérsia:
“b. diárias não podem ser inscritas em restos a pagar não processados e que diárias cujo
fato gerador de despesa (viagem a serviço) ocorre no exercício subsequente, devem ser
pagas com recursos do mesmo exercício, exceção feita aos deslocamentos que ocorrem
na primeira semana do mês de janeiro, uma vez que a legislação prevê o pagamento
antecipado das diárias, desde que a UG não tenha recebido o recurso para o pagamento
ainda no exercício corrente.”
b) Aspecto tratado e/ou pacificado em anos anteriores
Esta hipótese de “Concessão de Diárias no Mês de Janeiro”, já foi abordada em outras
edições dos Simpósios, mas não foi objeto de orientação formal e pacificação nos referidos
eventos.
c) Posicionamento das ICFEx
Inicialmente, vale destacar as prescrições contidas na Macrofunção STN 02.11.20 –
Concessão e Pagamento de Diárias, que descrevem os casos aplicáveis para utilização deste
instrumento da despesa pública, previsto para deslocamentos do servidor público, destinando-se
a indenizar gastos com hospedagem, alimentação e locomoção urbana.
Trata-se de uma modalidade de despesa caracterizada pelo pagamento antecipado, em
que há a prévia emissão da Nota de Empenho, Liquidação e Pagamento e o correspondente fato
gerador (viagem a serviço) ocorre em um momento posterior. Tal entendimento não deve ser
adotado no Encerramento do Exercício Financeiro, a fim de respeitar os preceitos contidos nos
Princípios da Anualidade e da Competência. Conforme o Manual supracitado admite-se a
inscrição de Diárias em Restos a Pagar nas hipóteses em que o deslocamento tenha se iniciado
em um exercício e o pagamento venha se realizar no ano posterior, ou seja, nas possíveis
situações que não tenha ocorrido o pagamento antecipado.
A solução mais viável para essa modalidade de despesa está fundamentada em
procedimentos tempestivos de emissão das Notas de Movimentação de Crédito (NC) pelos
órgãos responsáveis. Conforme pronunciamento da Assessoria Financeira do Escritório da
Operação Carro-Pipa (OCP) do CMNE, já foram realizadas gestões junto ao COTER e
Ministério da Integração Nacional, a fim de que os Créditos Orçamentários para custear a
Continuação do posicionamento da SEF quanto a assuntos da OCP. Página 8
operação fossem descentralizados até o dia 25 do mês anterior (no caso das Diárias, até 25 de
Novembro), permitindo a emissão prévia das Notas de Empenho e o consequente pagamento das
despesas dentro do Exercício Financeiro que está encerrando.
Uma outra hipótese para solucionar tal controvérsia está fundamentada nas orientações
contidas no DIEx nº 44 Asse2/SSEF/SEF, que evidencia a possibilidade de utilizar os saldos
inscritos em RP para custear, em caráter excepcional, determinadas despesas que ocorrerão no
início do Exercício Financeiro subsequente. Diante disso, cabe um pronunciamento da SEF, a
fim de permitir que o entendimento adotado no referido DIEx, possa ser estendido para amparar
as Concessões de Diárias no mês de Janeiro, considerando as especificidades da OCP.
d) Posicionamento da SEF
Esta Secretaria entende que tal assunto já foi tratado pelo DIEx nº 44
Asse2/SSEF/SEF, de 02 MAR 17, quando na “f”, do nº 2, citou o DIEx nº 02/Gab D Cont/SEF,
de 29 JAN 16, conforme a seguir:
f. sabe-se que a legislação impõe alguns limites para inscrição de despesas em RPNP,
como é o caso das despesas com diárias e passagens. Nesse sentido, a Diretoria de
Contabilidade, por meio do DIEx nº 02/Gab D Cont/SEF, de 29 JAN 16, recomendou
que:
Despesas com diárias e passagens aéreas ou rodoviárias, a princípio, não devem
ser inscritas em RP não processados. Diárias e passagens cujo fato gerador da
despesa (viagem a serviço) ocorre no exercício financeiro subsequente devem ser
pagas com recursos do mesmo exercício, exceção feita aos deslocamentos que
ocorrem na primeira semana de janeiro, uma vez que a legislação prevê o
pagamento antecipado das diárias, desde que a UG não tenha recebido o recurso
para o pagamento ainda no exercício corrente.
Tal entendimento decorre do descrito no Art. 22 do Decreto nº 825, de 28 MAI 1993,
que estabelece normas para a programação e execução orçamentária e financeira dos orçamentos
fiscal e da seguridade social, aprova quadro de cotas trimestrais de despesa para o Poder
Executivo e dá outras providências, in verbis:
Art. 22. É vedado às unidades gestoras:
I - a liberação de recursos destinados a atendimento de compromissos
relacionados com transferências de qualquer natureza (subvenções, auxílios ou
contribuições), formalizadas ou não mediante convênios, acordos, ajustes ou
instrumentos similares, para aplicação em discordância com o respectivo
cronograma de desembolso;
II - o pagamento de diárias, para viagens no País, com antecedência
superior a cinco dias, da data prevista para início da viagem e de mais de
quinze diárias de uma só vez; (Redação dada pelo Decreto nº 6.907, de
2009).
[...]
Neste sentido, somente as diárias referentes aos deslocamentos a serem realizados na
primeira semana de janeiro que podem ser inscritas em restos a pagar processados.
Continuação do posicionamento da SEF quanto a assuntos da OCP. Página 9
5. Aquisição de Combustível
a) Objeto de Análise
Conforme relatado pelo CMNE, algumas OME realizam licitação direta do
combustível (ND 30 consumo) e outras OME realizam a contratação de uma empresa que
gerencia a aquisição do combustível por meio de cartão magnético (ND 39 Serviço).
Considerando a peculiaridade da contratação, algumas CJU/AGU apresentaram posicionamentos
distintos acerca do tema. O Escritório da Operação Carro-Pipa do CMNE identificou que
algumas OME adotaram, como uma possível linha de ação, a contratação de empresas de
Locação de Veículos, em que há a previsão da entrega do combustível, hipótese esta defendida
pelo CMNE por considerar sua conveniência e redução de entraves burocráticos para a OME.
b) Aspecto tratado e/ou pacificado em anos anteriores
Esta hipótese de Contratação de uma Empresa Especializada no Gerenciamento de
Combustíveis, já foi abordada em outras edições dos Simpósios, mas não foi objeto de
orientação formal e pacificação nos referidos eventos.
c) Posicionamento das ICFEx
Inicialmente, cabe destacar que a Contratação de Empresa Especializada no
Gerenciamento de Combustíveis, evidencia a existência de 02 (dois) objetos no certame, quais
sejam: aquisição do combustível e a administração do abastecimento do combustível. Constata-
se, conforme pronunciamento de algumas CJU/AGU, que esses objetos, revelam, ainda, a
existência de uma obrigação principal e uma acessória.
No âmbito desse tema polêmico, surge a discussão acerca de qual Natureza de
Despesa deva ser utilizada e as possíveis hipóteses de contratação de empresas no fornecimento
de combustíveis. Algumas OME defendem a utilização da ND 33.90.30 (Material de Consumo) e
outras argumentam quanto a utilização das ND 33.90.33, ND 33.90.39 e, ate mesmo, a
possibilidade de utilização de Suprimento de Fundos (SF).
Com objetivo de contribuir com o tema, deve-se entender que a hipótese de utilização
da ND 33.90.30 é mais adequada, se o objetivo real for o estoque do produto, considerando que
os procedimentos contábeis e de execução da despesa fazem com que o combustível seja
carregado no Patrimônio da OM, por intermédio das Contas Contábeis 11561.01.00 – Estoque
Interno ou 11581.02.01 – Estoque de Distribuição. Como o objetivo é implementar uma
alternativa que permita o abastecimento dentro de uma área geográfica, por meio de rede de
postos credenciados, considerando a capilaridade dos trechos e rotas percorridos pelas equipes de
fiscalização, a UG deve avaliar a conveniência e impacto nas atividades da operação decorrentes
da implementação dessa rotina.
Quanto à utilização da ND 33.90.39, vale orientar, preliminarmente, que o Plano de
Contas do SIAFI contempla o Prestação de Serviços de Gerenciamento de Combustíveis em sua
estrutura, conforme detalhamento obtido por meio da Transação “>CONNATSOF”:
Continuação do posicionamento da SEF quanto a assuntos da OCP. Página 10
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SIAFI2017-TABORC-TABSOF-CONNATSOF (CONSULTA NATUREZA SOF)
CODIGO: 33903925 - TAXA DE ADMINISTRACAO
FUNCÃO
REGISTRA O VALOR PAGO EM CONTRAPARTIDA AOS SERVIÇOS DE
ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRACAO PRESTADOS POR PESSOA JURIDICA, TAIS
COMO: - TAXA DE ADMINISTRACAO PAGA AO INSTITUTO EUVALDO LODI - IEL
E AO CENTRO DE INTEGRACAO EMPRESA-ESCOLA - CIEE, DECORRENTE DOS
SERVICOS DE SELECAO E RECRUTAMENTO DE ESTUDANTES, TENDO COMO
OBJETIVO O INGRESSO AO MERCADO DE TRABALHO E PROGRAMAS DE
ESTAGIO; TAXA DE ADMINISTRACAO PATRIMONIAL DAS CONTRIBUICOES DO
BANCO CENTRAL DO BRASIL, NA QUALIDADE DE PATROCINADOR, DESTINADO
AO CUSTEIO DAS APOSENTADORIAS E PENSOES CONCEDIDAS COM BASE NA
LEI 8.112/1990, E OUTROS. TAXA DE ADMINISTRACAO REFERENTE A
PRESTACAO DE SERVICOS DE ADMINISTRACAO E GERENCIAMENTO DE FROTA
DE VEICULOS DO ORGAO/ENTIDADE, INCLUSIVE GESTAO DE ABASTECIMENTO
DE COMBUSTIVEIS E DE MANUTENCAO DE VEICULOS, COM A UTILIZACAO DE
CARTAO MAGNETICO. DENTRE OUTRAS TAXAS DE ADMINISTRACAO DE
OUTRAS NATUREZAS.
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Em tal circunstância, o que se deve avaliar, corroborando o teor da Orientação Normativa
Conjunta CJU/RJ e CJU/ES, é a existência de 02 (dois) objetos nesta modalidade de contratação:
a gerência no fornecimento de combustíveis e a aquisição do produto, devendo-se considerar que
a obrigação principal está fundamentada em um Serviço (ND 33.90.39), onde cabe à Empresa
Gerenciadora, não o fornecimento do combustível, mas o gerenciamento da demanda por
intermédio de um sistema de gestão.
Conforme o referido normativo, com o intuito de evitar possíveis interpretações acerca de
fuga ao processo licitatório, cabe à Empresa Gerenciadora demonstrar todos os valores
praticados no certame, não somente a competitividade quanto à taxa de administração, mas
também o maior desconto no preço médio do combustível, com base na tabela da Agência
Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP, evitando, dessa forma, a existência
de itens e/ou valores embutidos, em que os valores não são adequadamente evidenciados e
contratados. Dessa forma, vale destacar que a gerenciadora possui condições de negociar com as
redes de postos, a fim de que fique evidenciado no certame que a melhor proposta foi obtida com
base na Taxa de Administração e no maior desconto do Combustível.
A utilização da ND 33.90.33 (Locação de Veículos), da mesma forma que ocorre na
Contratação do Gerenciamento de Combustíveis, está vinculada à existência de 2 (dois) objetos,
destacando-se a preocupação em evidenciar todos os valores praticados, observando para que a
aquisição do combustível não se configure como um item embutido. Outro aspecto está
associado com a Linha de Fornecimento dessas Locadoras e se estariam habilitadas a fornecer
um sistema de gestão, que permitisse a emissão de Relatórios Gerenciais e de Acompanhamento
dos abastecimentos por parte do Contratante (OME). Se tais requisitos forem atendidos,
comprovando-se a vantajosidade e economicidade da contratação, procedendo-se, ainda, a
devida formalização do processo e adequada comprovação das despesas, pode-se concluir que
esta alternativa possui os necessários requisitos de validade para garantir o fornecimento de
combustível.
No tocante ao tema, já houve manifestação da 7ª ICFEx, não de forma circularizada,
mas atendendo uma solicitação específica de uma Unidade Gestora vinculada (UGV), conforme
orientações contidas no DIEx nº 519-S2/7ª ICFEx, 7 Jul 16:
Continuação do posicionamento da SEF quanto a assuntos da OCP. Página 11
“Do Chefe da 7ª ICFEx
Ao Sr Comandante da 10ª Cia E Cmb
Assunto: Orienta Contratação Serviço de Gerenciamento de Combustíveis
Referências: a) DIEx nº 12-SALC, de 11 Maio 16;
b) Manual de Licitações e Contratações Administrativas, AGU,
2014;
c) Parecer nº 02/2013/CPLC/DEPCONSU/PGF/AGU, de 29 Abr
13.
1. Versa o presente expediente sobre contratação de empresa no
gerenciamento de frota com fornecimento de combustíveis, em rede de postos
credenciados, mediante uso de cartão magnético.
2. De acordo com as informações contidas no DIEx nº 12/2016-
SALC/10ªCia E Cmb, de 11 Maio 16, constante da referência, essa UG solicitou a
emissão de parecer quanto à sua participação no certame conduzido pelo Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco – IFPE (UASG 158464),
que culminou com a homologação do Pregão Eletrônico SRP nº 17/2015, em 21 Jan 16,
tendo como vencedora a empresa TICKET SERVIÇOS S/A, constituída sob o CNPJ
47.866.934/0001-74.
3. Preliminarmente, há que se ressaltar a peculiaridade dessa forma de
contratação, caracterizada pela existência de 02 (dois) objetos, quais sejam: o
gerenciamento realizado pela empresa credenciadora e a aquisição de combustíveis
junto à rede de postos de combustíveis credenciados. Tal modalidade de contratação já
foi objeto de análise e parecer pela Advocacia Geral da União (AGU), conforme
documentação elencada na referência, que enunciou o atendimento dos pressupostos a
seguir, a fim de garantir a adequação, eficiência e economicidade na execução dessa
despesa:
a) Considerando que a aquisição pretendida não é realizada diretamente
junto aos postos de combustíveis, mas sim por intermédio de uma relação de
intermediação com a empresa gerenciadora, torna-se relevante que a Administração
justifique a real necessidade dessa modalidade de contratação.
b) Ressalta-se que o critério de julgamento para obtenção do melhor
preço não seja pautado apenas em relação ao serviço de gerenciamento (Taxa de
Administração), mas vise a obtenção da apresentação da proposta mais vantajosa na
aquisição do combustível, com base no maior desconto no preço médio do combustível,
definido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
4. Adotando-se o entendimento de que esses pressupostos já foram
atendidos, quando da emissão do Parecer do Pregão Eletrônico SRP nº 17/2015, por
parte da Consultoria Jurídica da União no Estado de Pernambuco (CJU/PE), bem
como destacando a relevância social da Operação Carro-Pipa (OCP) e a importância
desse certame para superar as dificuldades oriundas da capilaridade dos percursos e
rotas existentes, solicito-vos que essa UG adote os procedimentos descritos a seguir:
a) Visando a adequada execução orçamentária e financeira, ressalta-se a
utilização da Natureza de Despesa (ND) 33.90.39, Subitem (SI) 25 – Taxa de
Administração. De acordo com alterações recentes promovidas pela Secretaria do
Tesouro Nacional (STN), tal SI passou a contemplar a gestão de abastecimento de
combustível e de manutenção veicular, com a utilização de cartão magnético (consultar
a Transação >CONNATSOF no SIAFI);
b) Implementar rotinas de controles no sentido de que os cartões
magnéticos não vinculados a veículo específico e aqueles utilizados como Reserva
Emergencial, ambos previstos nos itens 4.2 e 4.2.1 do Termo de Referência, não sejam
Continuação do posicionamento da SEF quanto a assuntos da OCP. Página 12
utilizados de forma indiscriminada. Nas hipóteses de utilização desses instrumentos,
fazer constar todos os fatos no Relatório de Prestação de Contas Mensal (RPCM);
c) Utilizar-se dos Relatórios Gerenciais emitidos pelo sistema e, quando
da apropriação da despesa e emissão do Doc. Hábil no SIAFI Web, providenciar para
que o Relatório de Histórico, previsto no item 4.6.1 do Termo de Referência, seja
anexado à Nota Fiscal e/ou Fatura, culminando com o adequado arquivamento no
Setor de Conformidade dos Registros de Gestão para possível verificação por parte dos
Controles Interno e/ou Externo;
d) Observar fielmente a montagem e formalização do processo de adesão
à Ata de Registro de Preços na qualidade de participante, atendendo o previsto no
Anexo 13, da Portaria nº 18-SEF, de 20 Dez 13, combinado com o art. 17 da Portaria
nº 01-SEF, de 27 Jan 14;
e) Tendo em vista a relevância e materialidade dos serviços de
gerenciamento aplicados na Operação PIPA, cumpre ressaltar a devida formalização
do Instrumento Contratual de acordo com o “Anexo III” do Edital do Órgão
Gerenciador, observando, ainda, o previsto nos arts. 58 e 67 e no § único do art. 61,
tudo da Lei nº 8.666/93; e
f)Complementarmente, realizar gestões junto ao Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco -IFPE (UASG 158464), a fim de obter
a cópia do Parecer emitido pela CJU/PE, visando garantir a adequada composição do
processo.
5. Por fim, esta Inspetoria encontra-se à disposição para sanar dúvidas
porventura existentes.
Recife-PE, 7 de Julho de 2016
__________________________________
LUCIANO JESUS DE ALMEIDA – TC
Respondendo pela Chefia da 7ª ICFEx”
Uma outra hipótese de execução da despesa, a fim de permitir o atendimento das
peculiaridades da Operação Carro-Pipa (OCP) no fornecimento de combustíveis, está associada
com a Concessão de Suprimento de Fundos (SF), na modalidade Cartão de Pagamento do
Governo Federal (CPGF), em que sua utilização seria operacionalizada nos mesmos moldes dos
deslocamentos realizados nos Grandes Eventos e Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. No
tocante a esse relevante tema e com o objetivo de enriquecer os debates a serem realizados,
quanto a sua viabilidade ou não, cumpre transcrever as recomendações emitidas pelo Centro de
Controle Interno do Exército (CCIEx), por intermédio do DIEx nº 23-SPE/CCIEx–CIRCULAR,
de 2 Fev 17:
“Do Chefe do Centro de Controle Interno do Exército
Ao Sr Chefe de ICFEx
Assunto: utilização do Cartão de Pagamento do Governo Federal – trilhas de
auditoria
Referência: DIEx nº 48-SPE/CCIEx, de 25 Fev 16
1. Trata o presente expediente sobre o uso do Cartão de Pagamento do
Governo Federal (CPGF) no âmbito das unidades gestoras (UG) do Comando do
Exército.
2. Conforme tratado no documento em referência, encaminhado a todas
as Inspetorias de Contabilidade e Finanças (ICFEx), tem-se constatado, por meio das
trilhas de auditoria levantadas por este Centro, o uso cada vez mais frequente do
CPGF, e em valores por vezes elevados, por diversas UG da Força. Verifica-se, ainda, a
Continuação do posicionamento da SEF quanto a assuntos da OCP. Página 13
realização dos mais variados tipos de despesas, tais como gastos com a alimentação,
hospedagem, peças e manutenção de veículos, material de expediente, serviços gráficos
etc.
3. É de conhecimento das Inspetorias que as trilhas de auditoria
levantadas por este Centro de Controle Interno, especialmente nos últimos dois anos,
são obtidas através do sistema Observatório da Despesa Pública (ODP), gerido pela
Controladoria-Geral da União. Consequentemente, as configurações de mineração de
dados e a apresentação dos relatórios de trilhas são baseadas na legislação federal
aplicada ao uso do CPGF, porém, mais adequados aos parâmetros de gastos mais
comuns aplicáveis aos órgãos civis, muitas vezes distintos das peculiaridades militares,
que dispõem de amparo específico nas normas que regem essa modalidade de despesa.
4. Tem sido ressaltado, ainda, em todas as diligências produzidas por este
Centro, que as informações geradas não são necessariamente fraudes ou mau uso do
dinheiro público, nem caracterizam-se, a princípio, como impropriedades ou
irregularidades administrativas, mas indicam situações atípicas, em que há necessidade
de aprofundamento nas constatações.
5. Contudo, em decorrência da análise das manifestações das ICFEx e das
suas UG vinculadas acerca do uso do cartão, infere-se que podem estar ocorrendo, em
alguns casos, equívocos ou tendências na interpretação dos relatórios gerados pelo ODP,
particularmente quanto ao fato de auditores e analistas estarem se atendo apenas ao
título da trilha de auditoria. Do mesmo modo, há gestores valendo-se exclusivamente
desse aspecto no contexto de suas justificativas.
6. A exemplo, cita-se uma trilha intitulada como “Servidores que Utilizam
Frequentemente o CPGF em Fim de Semana ou Feriado”. É sabido que o cumprimento
de missões em finais de semana e feriados é algo muito comum na profissão militar.
Portanto, é fundamental que o auditor busque, neste caso, maior amplitude e considere
principalmente os seguintes aspectos em seu trabalho de análise, não se restringindo ao
que o título da trilha de auditoria sugere:
a. há compatibilidade entre o tipo de missão, a localidade e a natureza do
estabelecimento comercial em que realizou a despesa?
b. o montante gasto é coerente com a finalidade do suprimento de fundos
concedido por meio do CPGF (despesas eventuais, despesas de pequeno vulto etc.)?
c. o material ou serviço poderia ter sido adquirido pelo processo normal
da despesa pública (licitação, empenho ao fornecedor, liquidação e pagamento)?
7. Do exposto, reitero a recomendação às Inspetorias de que observem
rigorosamente as prescrições legais para o uso do CPGF, coibindo a ocorrência de
aquisições que deveriam seguir o processo normal de planejamento e execução da
despesa.
Brasília-DF, 2 de Fevereiro de 2017
___________________________________________
LUIZ ARNALDO BARRETO ARAUJO – Gen Div
Chefe do Centro de Controle Interno do Exército”
Diante do exposto, as Inspetorias adotam o entendimento que todas essas 4 (quatro)
formas de contratação são válidas, desde que se verifique a vantajosidade, economicidade e
sejam devidamente formalizados os processos respectivos, permitindo a adequada comprovação
de todas as despesas.
Continuação do posicionamento da SEF quanto a assuntos da OCP. Página 14
d) Posicionamento da SEF
Esta Secretaria ratifica o entendimento das ICFEx, no entanto considera importante
ressaltar que o uso de Suprimento de Fundos deve ser evitado ao máximo, mesmo com o CPGF,
pois a regra é licitar. Por ser considerado uma exceção à regra, o seu uso na OCP deve ser
criterioso e deve estar devidamente justificado e registrado no RPCM.
6. Retenção de Tributos
a) Objeto de Análise
Padronizar procedimentos relativos à cobrança de tributos, emitindo ordens quanto ao
recolhimento de ISSQN e ICMS. No ano passado, houve uma divergência, até a última
padronização em outubro, porém isso gerou dúvidas, que devem ser dirimidas.
Quanto à padronização solicitada, a devida legislação e instrução devem ser de
conhecimento dos Tesoureiros, que são os responsáveis pelo recolhimento de impostos na OME
e hoje não se sabe ao certo qual o procedimento legal a adotar.
b) Aspecto tratado e/ou pacificado em anos anteriores
As hipóteses de retenção e recolhimentos de tributos já foram abordadas em outras
edições dos Simpósios, sendo objeto de pacificação pela Secretaria de Economia e Finanças
(SEF), por intermédio dos DIEx nº 21, 303 e 329-Asse1/SSEF/SEF, de 27 Jan 16, 18 Out 16 e 7
Nov 16, respectivamente. Com base nestes documentos, emitiu-se a mencionada ordem para
recolhimento do ISSQN e ICMS no âmbito da OCP.
c) Posicionamento das ICFEx
Em caráter preliminar, cumpre destacar que esta relevante questão já foi tratada pela
Secretaria de Economia e Finanças (SEF), estabelecendo as hipóteses de incidência dos referidos
tributos, que possui estreita relação com o tipo de trajeto realizado e que, fruto de uma consulta
formulada pelo 72º Batalhão de Infantaria Motorizado (72º BI Mtz), culminou com as
recomendações contidas no DIEx nº 21-Asse1/SSEF/SEF, de 27 Jan 16, in verbis:
“g. As situações trazidas à baila pelo 72º BI Mtz devem ser analisadas à
luz das orientações emanadas da CJU/PE. Dessa forma, nas hipóteses de transporte
intramunicipal, será devido o ISSQN, de acordo com a legislação do município
respectivo. Já nas hipóteses de transporte intermunicipal, será devido o ICMS, o mesmo
valendo para o transporte interestadual (sendo beneficiário, neste caso, o Estado em que
se iniciar a prestação do serviço), de acordo, pois, com a legislação estadual
correspondente,
h. Por fim, saliente-se que a unidade gestora, na pessoa do ordenador de
despesas, tem a responsabilidade solidária, ou subsidiária, pela retenção e recolhimento
dos tributos devidos, conforme o previsto no art. 6º, da Lei Complementar nº 116, de 31
Jul 2003, e na legislação estadual e municipal respectiva.”
Continuação do posicionamento da SEF quanto a assuntos da OCP. Página 15
De forma ilustrativa, com o objetivo de facilitar o entendimento contido no DIEx
supracitado, vale observar as informações dispostas no quadro a seguir.
Conceitos extraídos do DIEx nº 21-Asse1/SSEF/SEF, de 27 Jan 16
Tipo de Trajeto Tributo Incidente
Intramunicipal (dentro do Município) ISSQN (1)
Intermunicipal ou Interestadual (entre Municípios ou entre Estados) ICMS (2)
Observações: (1) Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN).
(2) Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de
Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação. Nos Trajetos
Interestaduais, deve ser recolhido para o Estado de Origem.
As informações necessárias para o esclarecimento do tema foram devidamente complementadas pelos DIEx nº 303 e 329-Asse1/SSEF/SEF, de 18 Out 16 e 7 Nov 16,
respectivamente, que estão alinhados com os entendimentos da Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional (PGFN), enunciados no Parecer nº 656/2016 e da Nota /PGFN/CAT nº 358/2016,
conforme se pode verificar nas transcrições seguintes.
Pode surgir alguma dúvida, quanto à conclusão do DIEx nº 303-Asse1/SSEF/SEF, de
18 Out 16, por abordar apenas o ISSQN, mas seu entendimento está em conformidade com a
PGFN e abrange tributos municipais e estaduais.
Assim, de acordo com o DIEx nº 303-Asse1/SSEF/SEF, de 18 Out 16:
“1. Expediente versando sobre retenção de tributos.
(…)
3. A questão deve ser dirimida de acordo com as orientações hoje vigentes,
constantes do Parecer nº 656/2016 e da Nota /PGFN/CAT nº 358/2016, ambas da
PGFN. Nesse sentido:
10. Com isso passa esta CAT/PGFN a reconhecer que a União, por intermédio de todos
os seus órgãos federais, estão obrigadas a reter impostos municipais ou estaduais
quando houver leis estaduais e municipais obrigando pessoas jurídicas a reter tributos
de terceiros na condição de fontes pagadoras, nos termos do próprio art. 150, VI, a, da
CF, e do §1’ do art. 9’ do Código Tributário Nacional.
11. Em outras palavras, a União e demais pessoas jurídicas federais são obrigadas a
reter ISS quando se encontrarem na posição de fontes pagadoras como tomadoras de
serviços de terceiros, nos termos do art. 6’ da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho
de 2003, do art. 128 do CTN, do §1’ do art.9’ do CTN, do art. 150, VI, a, da CF e das
respectivas leis municipais, independentemente da realização de convênios.
4. Isto posto, esta Secretaria entende que:
a. As unidades gestoras estão obrigadas a reter o ISSQN “quando houver
determinação legal obrigando pessoas jurídicas a reter tributos de terceiros na
condição de fontes pagadoras”.
b. No que tange à Operação Carro Pipa, tal retenção, deve ser efetuada de acordo com
a legislação do municipio-sede da UG, independentemente da existência de convênio.
Continuação do posicionamento da SEF quanto a assuntos da OCP. Página 16
c. Não mais subsistem as orientações contidas no DIEx nº 89-Asse1/SSEF/SEF, de 11
Abr 16, prevalecendo aquelas constantes das Mensagens SIAFI nº 2016/0784289 e
2016/0784308, ambas de 09 Maio 16, desta Secretaria.
5. Assim sendo, solicito a essa Chefia difundir junto às UG vinculadas o entendimento
em vigor acerca da necessidade de retenção do ISSQN nas hipóteses apontadas pela
Nota/PGFN/CAT nº 358, de 29 Abr 16.”
Ainda, de acordo com o DIEx nº 329-Asse1/SSEF/SEF, de 7 Nov 16:
“6. Ressalte-se, contudo, que se o transporte ocorrer entre dois municípios, ou
seja, se o ponto de captação da água e a cisterna a ser abastecida estiverem situados
em municípios distintos, o imposto devido não será o ISSQN, mas o ICMS, de
competência estadual, favorecendo o Estado onde se iniciar a prestação do serviço,
conforme a alínea a do inciso II do art. 11 da Lei Complementar nº 87, de 1996 (...)”.
d) Posicionamento da SEF
Esta Secretaria ratifica o entendimento dos seguintes documentos:
- DIEx nº 21-Asse1/SSEF/SEF, de 27 Jan 16;
- DIEx nº 303-Asse1/SSEF/SEF, de 18 Out 16; e
- DIEx nº 329-Asse1/SSEF/SEF, de 7 Nov 16.
7. Instrução sobre Retenção de Tributos
a) Objeto de Análise
Padronizar capacitações e instruções niveladoras para as SALC e TESOURARIA pela
10ª ICFEx, ressaltando que essas duas seções estão ligadas diretamente à Operação Carro-Pipa
(OCP), porém estão sob o comando do Fiscal Administrativo, o que, em certos momentos,
ocasiona certos atrasos nos procedimentos de empenho e liquidação. O Escritório da OCP do
CMNE está ciente dos prazos que os Pipeiros devem receber, porém tal informação deveria ser
de conhecimento de todos os envolvidos e, o que acontece na prática, está relacionado com a
inexistência de procedimentos padronizados. Tais circunstâncias são responsáveis pelos atrasos
ocorridos nas rotinas de execução orçamentária e financeira.
b) Aspecto tratado e/ou pacificado em anos anteriores
A realização de Instrução e Capacitação dos Agentes da Administração,
principalmente, para os integrantes das SALC e Setor Financeiro, já foi abordada em outras
edições dos Simpósios, inclusive com a realização de Oficinas no ano de 2106, mas tal demanda
não foi objeto de pacificação, nos moldes ora propostos pelo CMNE.
Continuação do posicionamento da SEF quanto a assuntos da OCP. Página 17
c) Posicionamento das ICFEx
Quanto à realização de instruções e eventos de capacitação sobre recolhimento de
tributos, as Inspetorias entendem que as recomendações emitidas pela SEF, por intermédio dos
DIEx nº 21, 303 e 329-Asse1/SSEF/SEF, de 27 Jan 16, 18 Out 16 e 7 Nov 16, são suficientes e
esclarecedoras, devendo-se considerar, ainda, que o manuseio e leitura da Legislação pertinente é
procedimento normal e, usualmente, praticado pelos Encarregados e Auxiliares do Setor
Financeiro. Possíveis Cursos de Capacitação deverão ser ministrados pelas Seções de
Contabilidade (S3) das ICFEx, mediante demanda prévia, permitindo a emissão de
esclarecimentos e informações complementares acerca dessa rotina.
d) Posicionamento da SEF
Esta Secretaria ratifica o entendimento das ICFEx, pois a leitura das normas tributárias
dos entes das esferas estadual e municipal e as orientações já expedidas pela SEF e ICFEx,
apresentam-se suficientes para o entendimento da matéria.
8. Periodicidade dos Contratos dos Pipeiros
a) Objeto de Análise
Recentemente, o Ministério da Integração Nacional (MI) descentralizou os créditos de
novembro e dezembro na ND 33.90.92 como Exercícios Anteriores e todos os créditos de janeiro
de 2017 foram descentralizados pela Lei Orçamentária Anual (LOA) e não por Créditos
Adicionais (Extraordinário), por meio de Medida Provisória. Há previsão de que os créditos
sejam descentralizados pela LOA, embora se acredite que o MI não tenha previsto tal despesa
para a LOA 2017.
Diante desta nova circunstância, esperam-se esclarecimentos quanto:
- Pagamento de mais de 40 (quarenta) diárias a militares que realizam fiscalização na
operação.
- Periodicidade do Contrato tendo em vista estar vinculado ao Crédito Orçamentário.
Desta forma, vale indagar se os serviços de natureza contínua podem ser celebrados por períodos
superiores ao do Exercício Financeiro?
- Não seria razoável impor que a vigência desses contratos coincida com o ano civil.
As regras dos contratos dos Pipeiros, neste sentido, não seria a mesma para os contratos de
manutenção, locação e serviços de limpeza?
Em relação a esse assunto, transcrevo a doutrina de Marçal Justen Filho (in
"Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos", 8ª ed., Dialética, 2000, pág. 520
e 522):
Continuação do posicionamento da SEF quanto a assuntos da OCP. Página 18
"Na hipótese do inc. I [do art. 57], é possível tanto pactuar o contrato por prazo mais
delongado como produzir sua prorrogação. Ambas as alternativas são comportadas
pelo dispositivo. (...) Não é necessário pactuar o prazo de um ano, 'prorrogável'
sucessivamente.
Essa alternativa, aliás, afigura-se inadequada. A Administração deve determinar, em
termos precisos, o prazo necessário à execução do projeto. Fixado o prazo, o particular
terá o dever de cumprir o cronograma e a Administração o de realizar os pagamentos
apropriados. A faculdade da prorrogação não se destina a ser utilizada
permanentemente. É exceção e não justifica a eternização do contrato.
(...) Em face da lei, é possível que o prazo inicial da contratação ultrapasse o limite da
lei orçamentária. Lembre-se que a regra da limitação à orçamentária consta do caput
do artigo e o inc. II consagra exceção a ela."
b) Aspecto tratado e/ou pacificado em anos anteriores
Esta questão não foi abordada nas edições anteriores dos Simpósios da OCP e,
consequentemente, não foi objeto de pacificação nos referidos eventos.
c) Posicionamento das ICFEx
Quanto à demanda emitida pelo CMNE, relacionada ao tipo de Crédito Orçamentário
para o corrente Exercício Financeiro, vale informar que os esclarecimentos necessários devem
ser obtidos, por intermédio da realização de gestões desse Grande Comando, junto ao COTER e
Ministério da Integração Nacional (MI).
Conforme já tratado no Estágio para Preparação de Comandantes de OME de 2017,
relatou-se que a grande repercussão dessa alteração estaria associada ao limite de 40 (quarenta)
diárias a ser percebido por militar nas atividades de fiscalização, aliando-se, ainda, a
implantação plena do Sistema de Concessão de Diárias e Passagens (SCDP), a contar de 1º
Jul 17. Também foi divulgado no referido evento, que esse sistema não impedirá a concessão de
diárias acima do limite legal, mas exigirá o preenchimento das devidas justificativas, que serão
exportadas para o Portal da Transparência dos Recursos Públicos do Governo Federal.
No tocante à execução de contratos de natureza contínua, não se trata de uma rotina
exclusiva da OCP, mas de estreita relação com as atividades administrativas de qualquer Unidade
Gestora (UG). É uma situação comum a ocorrência de fatos e prestação de serviços que
extrapolam o Exercício Financeiro, devendo-se, em tais circunstâncias, cumprir os preceitos
contidos no Princípio da Anualidade e da Competência. Ressalta-se, dessa forma, a existência da
independência dos exercícios e, mesmo que determinada parcela ou etapa de um serviço
abranjam mais de um exercício, os recursos devem ser utilizados de acordo com a ocorrência do
fato gerador. Enquadra-se em tal entendimento a utilização dos Restos a Pagar (RP), em que não
cabe sua aplicação para custear as despesas que pertençam ao exercício subsequente.
No âmbito da Operação Carro-Pipa (OCP) e com o objetivo de trabalhar apenas com
um Exercício Financeiro, ressalta-se que tal medida teria reflexo direto nos Processos de
Inexigibilidade celebrados pelas OME, que possuem períodos distintos de credenciamento e
execução. Em tal seara, a implementação dessa padronização caberia ao CMNE e às Regiões
Militares (RM), juntamente com todas as OME envolvidas, avaliando a possibilidade e
repercussão de tais medidas na vida administrativa das UG.
Continuação do posicionamento da SEF quanto a assuntos da OCP. Página 19
d) Posicionamento da SEF
Esta Secretaria ratifica o entendimento das ICFEx e entende que é imprescindível que
se cumpra os preceitos legais acerca da independência dos exercícios e, portanto, do princípio da
anualidade. Esse princípio se encontra expresso no art. 165, § 8º da CF de 88: "A lei
orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa…". Assim, do ponto de vista da execução orçamentária, a despesa é reconhecida pelo
empenho, seguindo o regime da anualidade orçamentária, conforme preconizado no Art. 35,
incisos I e II, da Lei nº 4.320/64, pelo qual “pertencem ao exercício financeiro as despesas nele
legalmente empenhadas”.
Do exposto, em que pesem os argumentos fundados na doutrina citada, concitamos a
seguir os preceitos citados das normas, com a periodicidade do contrato vinculado ao crédito
orçamentário.
Brasília, DF, 05 de abril de 2017.
Gen Div EXPEDITO ALVES DE LIMA
Subsecretário de Economia e Finanças