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MIRIAN SUAREZ FONSECA
Papel da Família na Construção de uma Escola Democrática: Plano de
Unidade Didática.
JACAREZINHO
2008
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MIRIAN SUAREZ FONSECA
Papel da Família na Construção de uma Escola Democrática: Plano de
Unidade Didática.
Projeto de intervenção pedagógica na escola.
Área PDE: Gestão Escolar.
NRE: Jacarezinho/Paraná.
IES vinculada: UEPG
Professor Orientador IES: Mestre Simone Flach
JACAREZINHO
2008
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 4
1.1 IDENTIFICAÇÃO ..................................................................................................... 4
1.2 APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 4
2. SUPORTE TEÓRICO ..................................................................................................... 6
2.1 ASPECTOS GERAIS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA ...................................... 6
2.2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA ........................................ 8
2.3 PAPEL E PARTICIPAÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS ................... 13
2.4 AÇÕES QUE ENVOLVEM OUTRAS PARCERIAS. ....................................... 16
2.5 GERENCIAMENTO DE RECURSOS. ............................................................... 17
2.6 AUTONOMIA = DEMOCRATIZAÇÃO DA ESCOLA. ..................................... 18
3. A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO FAMÍLIA/ESCOLA – UM EXERCÍCIO PARA A DEMOCRACIA. ................................................................................................................. 21
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS. ....................................................................................... 24
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1. INTRODUÇÃO
TEMA
O fortalecimento da educação democrática através da participação da
comunidade no âmbito escolar.
1.1 IDENTIFICAÇÃO
Professor PDE: MIRIAN SUAREZ FONSECA
ÁREA PDE: GESTÃO ESCOLAR
NRE: JACAREZINHO PARANÁ
Professor Orientador IES: MESTRE SIMONE FLACH
IES Vinculada: UEPG
Escola de Implementação: ESCOLA ESTADUAL PEDRO GONÇALVES LOPES E.F
Publico objeto da intervenção: Comunidade escolar: pais, alunos, funcionários,
professores e gestor.
1.2 APRESENTAÇÃO
A meta principal desta unidade didática é demonstrar as possibilidades de
efetivar um processo democrático através da participação da comunidade escolar na
gestão escolar. Defende-se a idéia de que, através de um processo democrático de
gestão, a escola terá maiores condições de visualizar suas reais possibilidades para
contribuir e elevar os níveis de desempenho dos alunos. Nesse sentido, deve ser
incentivada a construção de um projeto pedagógico de forma a assegurar o
envolvimento dos órgãos de decisão colegiada, principalmente a comunidade
escolar, grêmio estudantil e APMF.
Atualmente, são inúmeros os fatores que influenciam o sucesso ou o fracasso
dos alunos na escola. Dentre esses fatores, um pode ser considerado como central:
a participação ou não da família na escola. Nessa perspectiva, o presente texto
procura analisar as diversas formas de participação dos pais ou responsáveis no
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processo escolar, de forma a contribuir com o fortalecimento da discussão sobre
seus direitos e deveres neste processo. Muitos estudiosos da educação, como
SAVIANI, LIBÂNEO, PARO, FREIRE, apontam a promoção da participação da
comunidade escolar como necessária para a efetivação da educação democrática
no âmbito educacional.
Por comunidade escolar, se entende todos aqueles que direta ou indiretamente
contribuem para o funcionamento dos estabelecimentos escolares (alunos, pais e
professores, funcionários e comunidade em geral). Nessa perspectiva, a família do
educando assume lugar central na discussão, pois junto com a escola compartilha
interesses comuns na busca por uma educação de qualidade.
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2. SUPORTE TEÓRICO
2.1 ASPECTOS GERAIS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
No Brasil, o processo de democratização da sociedade tem se revelado lento e
difícil de ser conquistado. Isso de deve ao processo de formação da sociedade
brasileira, pois em seus vários momentos históricos, podemos identificar poucas
oportunidades de participação.
Deslocando esta idéia de participação para a educação, pode-se considerar que
foi a ação das forças da sociedade civil que provocou os pequenos avanços
conquistados, em vários momentos, pois a democratização tem sido uma bandeira
dos movimentos sociais no Brasil, de longa data. Podemos identificar, na história da
educação brasileira, o importante movimento dos educadores ocorrido na década de
30, que culminou com o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, o qual, dentre
inúmeras reivindicações, enaltecia a importância da democratização da educação no
país.
Podemos afirmar que o processo de conquista da democratização da educação
brasileira passou por vários estágios. Num primeiro momento a idéia de
democratização foi compreendida como direito universal ao acesso e, mais tarde,
como direito a um ensino de qualidade e à participação democrática na gestão das
unidades escolares e dos sistemas de ensino.
A Constituição Federal promulgada no ano de 1988 estabeleceu como um dos
princípios do ensino público brasileiro, em todos os níveis, a gestão democrática. Ao
fazê-lo, a Constituição institucionalizou, no âmbito federal, práticas ocorrentes em
vários sistemas de ensino estaduais e municipais. E, neste sentido, a LDB aprovada
em 1996, afirmando o principio da gestão democrática, instituído com a Constituição
Brasileira, dispõe que:
Art.14. Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino
público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os
seguintes princípios:
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l – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto político
pedagógico da escola;
ll – participação das comunidades escolar e local em Conselhos Escolares ou
equivalentes.
Desse modo, a LDB, ao encaminhar para os sistemas de ensino as normas
para a gestão democrática, indica dois instrumentos fundamentais: a elaboração do
Projeto Político Pedagógico da escola, contando com a participação dos
profissionais da educação e a participação das comunidades escolar e local em
Conselhos Escolares ou equivalentes.
A esse respeito, a lei estabelece o principio da gestão democrática, ou seja, a
necessidade de que a gestão das escolas se efetive por meio de processos coletivos
envolvendo a participação da comunidade local e escolar. Assim, para que a gestão
democrática aconteça, entende-se ser necessária a garantia de mecanismos e
condições para que espaços de participação, tomada de decisões e
descentralização do poder ocorram.
Trazendo esta discussão para o campo específico da escola, cabe esclarecer
que somente a previsão legal não garante a realidade e a equidade dos direitos.
A democracia também se torna fictícia, passando a existir como promessa e
não como realidade. E, de acordo com Paulo Freire: “a democracia como qualquer
sonho, não se faz com palavras desencarnadas, mas com reflexão e prática”.
(Freire, 2003, p.91)
O presente projeto resulta de uma pesquisa de cunho teórico-prático, sendo
necessária a sua revisão anual, visando atender as necessidades encontradas na
realidade concreta.
Os dispositivos constitucionais e a determinação legal, previstos tanto na
Constituição Federal brasileira quanto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional – LDBEN, prevêem a gestão democrática como princípio do ensino.
Nesse sentido, muitos estudiosos da educação apontam a promoção da
participação da comunidade escolar como necessária para a efetivação da gestão
democrática no âmbito educacional.
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Por comunidade escolar se entende todos aqueles que direta ou
indiretamente contribuem para o funcionamento dos estabelecimentos escolares
(alunos, pais, professores, funcionários e comunidade em geral). Nessa perspectiva,
a família dos educandos assume lugar central na discussão, pois junto com a escola
compartilha interesses comuns na busca por uma educação de qualidade.
2.2 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA
Conceituando o projeto político-pedagógico.
O que é projeto político-pedagógico:
- No sentido etimológico, o tempo projeto vem do latim projectu, particípio
passado do verbo projicere, que significa lançar para adiante. Plano, intento,
desígnio. Empresa, empreendimento. Redação provisória de lei.
- Ao construirmos os projetos de nossas escolas, planejamos o que temos
intenção de fazer, realizar. Lançamo-nos para diante, com base no que temos,
buscando o possível. É antever um futuro diferente do presente.
- Nessa perspectiva, o projeto político-pedagógico vai além de um simples
agrupamento de planos de ensino e de atividades diversas. O projeto não é algo que
é construído e em seguida arquivado ou encaminhado às autoridades educacionais
como prova do cumprimento de tarefas burocráticas. Ele é construído e vivenciado
em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo da
escola.
- O projeto político-pedagógico, ao se constituir em processo democrático de
decisões, preocupa-se em instaurar uma forma de organização do trabalho
pedagógico que supere os conflitos, buscando eliminar as relações competitivas,
corporativas e autoritárias, rompendo com a rotina do mando impessoal e
racionalizado da burocracia que permeia as relações no interior da escola,
diminuindo os efeitos fragmentários da divisão do trabalho que reforça as diferenças
e hierarquiza os poderes de decisão.
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- Desse modo, o projeto político pedagógico tem a ver com a organização do
trabalho pedagógico em dois níveis: como organização da escola como um todo e
como organização da sala de aula, incluindo sua relação com o contexto social
imediato; procurando preservar a visão de totalidade. Nessa caminhada será
importante ressaltar que o projeto político-pedagógico busca a organização do
trabalho pedagógico da escola na sua globalidade.
- A principal possibilidade de construção do projeto político-pedagógico passa
pela relativa autonomia da escola, de sua capacidade de delinear sua própria
identidade. Isto significa resgatar a escola como espaço público, lugar de debate, do
diálogo, fundação na reflexão coletiva. Portanto, é preciso entender que o projeto
político pedagógico da escola aponta algumas indicações necessárias para a
organização do trabalho pedagógico, que inclui o trabalho do professor na dinâmica
interna da sala de aula, ressaltado anteriormente.
- A escola, para se desvencilhar da divisão do trabalho, de sua fragmentação
e do controle hierárquico, precisa criar condições para gerar outra forma de
organização do trabalho pedagógico.
- A reorganização da escola deverá ser buscada de dentro para fora. O fulcro
para a realização dessa tarefa será o empenho coletivo na construção de um projeto
político-pedagógico e isso implica fazer rupturas com o existente para avançar.
- É preciso entender o projeto político-pedagógico da escola como uma
reflexão de seu cotidiano. Para tanto, ela precisa de um tempo razoável de reflexão
e ação, para se ter um mínimo necessário à consolidação de sua proposta.
- A construção do projeto político-pedagógico requer continuidade das ações,
descentralização, democratização do processo de tomada de decisões e instalação
de um processo coletivo de avaliação de cunho emancipatório. Segundo LIBÂNEO:
A tendência nas práticas de avaliação, numa perspectiva de
educação emancipatória é assegurar cada vez mais nas
instituições o caráter educativo da educação: meio de revisão
das ações do professor – práticas de ensino, interação com
os alunos – de modo que tome decisões com maior
conhecimento de causa. A avaliação emancipatória tem três
características:
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- avaliação compreensiva e global do processo de ensino e
aprendizagem;
- avaliação democrática em que os resultados da avaliação
são discutidos e negociados entre os participantes do
trabalho escolar;
- auto-avaliação, mediante um processo reflexivo rigoroso de
planejamento-observação-análise-reflexão-planejamento, em
que o professor é também um investigador (LIBÂNEO, 2004,
p. 258-259).
- O projeto político pedagógico da escola pode ser inicialmente entendido como um
processo de mudança e de antecipação do futuro que estabelece princípios,
diretrizes e propostas de ação para melhor organizar, sistematizar e significar as
atividades desenvolvidas pela escola como um todo. Sua dimensão pressupõe uma
construção participativa que envolve ativamente os diversos segmentos escolares.
Ao desenvolvê-lo, as pessoas ressignificam suas experiências, refletem suas
práticas, resgatam, reafirmam e atualizam valores, explicitam seus sonhos e utopias,
demonstram seus saberes, dão sentido aos seus projetos individuais e coletivos,
reafirmam suas identidades, estabelecem novas relações de convívio e indicam o
horizonte de novos caminhos, possibilidades e propostas de ação.
- ELABORAÇÃO/ PARTICIPAÇÃO E INTERAÇÃO
A gestão da escola se traduz cotidianamente como ato político, pois implica
sempre uma tomada de posição dos pais, professores, funcionários e estudantes.
Logo, a sua construção não pode ser individual, pelo contrário, deve ser coletiva,
envolvendo os diversos segmentos da escola na discussão e tomada de decisões.
Quando estas são tomadas pelos principais interessados na qualidade da escola, a
chance de que dêem certo é bem maior. Portanto, todos os atos pedagógicos ou
administrativos deverão ser determinados em conjunto por todos os envolvidos com
a escola. Caminhar na direção da democracia na escola, na construção de sua
identidade como espaço-tempo pedagógico implica o compromisso com o
partilhamento do poder por meio de mecanismos, de participação de toda a
comunidade escolar.
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- ESTRATÉGIAS PARA ARTICULAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DA FAMILIA E
COMUNIDADE
Ouve-se constantemente que a escola é uma extensão da família e que esta
delega à escola tarefas que ela mesma não tem condições de realizar. Mas na hora
de trabalhar em harmonia com a família, de introduzir a presença dos pais na
escola, tudo se torna mais difícil.
Deve-se partir do principio de que a família gostaria de participar muito mais
das atividades da escola, e só não o faz porque não tem tempo, não sabe como
fazer, ou tem medo de ser intrometida.
Com esse principio, o diretor pode estudar a situação das famílias de sua
escola, nem que seja por amostragem, ver como elas gastam o seu tempo, como
elas percebem uma aproximação mais rica com sua escola. Ao começar com
pequenas coisas e ir alargando as possibilidades, com certeza, em breve a direção
da escola terá um verdadeiro exército de colaboradores.
A participação da família e comunidade na escola pode ocorrer por meio de
correspondências, visitas, sugestões para o diálogo educativo, atividades
recreativas, comemorações participativas em dias festivos, exposição dos trabalhos
dos alunos, realização do conselho de classe com a participação dos alunos e
palestras educativas.
A flexibilidade, o senso crítico e a criatividade podem ser muito relevantes
para elevar a auto-estima dos alunos de modo a propiciar maior disponibilidade para
o estudo e, assim, conseguir sucesso na qualidade de ensino.
Enfim, é preciso trabalhar com respeito, cordialidade e atenção à relação com
os pais e mães de nossos alunos. Assim, investe-se na conquista dos pais e,
consequentemente, na permanência dos alunos na escola.
- ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO.
Acompanhar as atividades e avaliá-las leva-nos à reflexão, com base em
dados concretos sobre como a escola se organiza para colocar em ação seu projeto
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político pedagógico. A avaliação do projeto político pedagógico, numa visão crítica,
parte da necessidade de se conhecer a realidade escolar, busca visão crítica, parte
da necessidade de se conhecer a realidade escolar, busca explicar e compreender
criticamente as causas da existência de problemas, bem como suas relações, suas
mudanças e se esforça para propor ações alternativas.
A avaliação tem um compromisso mais amplo do que a mera eficiência e
eficácia das propostas conservadoras. Portanto, acompanhar e avaliar o projeto
político pedagógico é avaliar os resultados da própria organização do trabalho
pedagógico.
Considerando a avaliação dessa forma, é possível salientar dois pontos
importantes. Primeiro, a avaliação é um ato dinâmico que qualifica e oferece
subsídios ao projeto político pedagógico. Segundo, ela imprime uma direção às
ações dos educadores e educandos.
A avaliação geral do desempenho dos docentes, pedagogos e funcionários se
fará através de reuniões periódicas onde os participantes irão falar sobre os
resultados que estão sendo obtidos, as condições de trabalho e as dificuldades
encontradas.
Serão aplicados questionários e feitas entrevistas individuais ou em grupos,
perguntando aos alunos, por exemplo, se a escola está mais organizada, se houve
melhoria na merenda, se há mais e melhores livros de leitura, se o reforço escolar
está ajudando na aprendizagem das matérias, se eles estão gostando das
atividades de artes e esportes, o que estão achando das orientações ou atendimento
de saúde.
As mães e pais serão ouvidos nas reuniões ou em entrevistas individuais.
O Grêmio Estudantil irá colocar sua opinião sobre os problemas da escola e
propor soluções.
A equipe pedagógica irá analisar os dados de frequência às aulas, de evasão
e aproveitamento escolar, pois o objetivo principal é a aprendizagem dos alunos.
O diretor e o Conselho Escolar irão avaliar se as metas propostas estão
sendo atingidas e a APMF acompanhará a utilização dos recursos financeiros
aplicados para o desenvolvimento das ações, verificando se estão sendo utilizados
corretamente.
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É fundamental que tudo seja registrado, pois só assim é possível avaliar se o
que foi planejado está sendo feito, conhecer as dificuldades e efetuar correções.
Sem o registro perde-se a memória do que ocorreu e prejudica-se a continuidade da
ação.
O projeto político pedagógico que deve ser elaborado e avaliado por todos
que fazem parte da escola, ocupa um papel central na construção de processos de
participação e, portanto, na implementação de uma gestão democrática que é um
processo político através do qual as pessoas na escola discutem, deliberam e
planejam, solucionam problemas e os encaminham, acompanham, controlam e
avaliam o conjunto das ações voltadas ao desenvolvimento da própria escola. Este
processo, sustentado no diálogo, tem como base a participação efetiva de todos os
segmentos da comunidade escolar, o respeito às normas coletivamente construídas
para os processos de tomadas de decisões e a garantia de amplo acesso às
informações aos sujeitos da escola. O importante é compreender que esse não se
efetiva por decreto, portarias ou resolução, mas é resultante, sobretudo, da
concepção de gestão e de participação.
Finalmente, há que se pensar que o movimento de luta e resistência dos
educadores é indispensável para ampliar as possibilidades e apressar as mudanças
necessárias, dentro e fora dos muros da escola.
2.3 PAPEL E PARTICIPAÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS
- GRÊMIO ESTUDANTIL.
Dentro de uma escola, surgem quase naturalmente, diferentes grupos que se
articulam informalmente em torno das mais variadas razões e motivos. A
organização dos grêmios estudantis é um deles e favorece o relacionamento e a
convivência entre os nossos jovens. Por serem institucionalizados, podem
representar melhor a rica experiência que é a busca coletiva dos anseios, desejos e
aspirações dos estudantes.
O Grêmio deve ser resultado da vontade dos próprios alunos. São eles que
devem reconhecer a sua importância, definir o seu perfil e cumprir importante papel
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na formação e no desenvolvimento educacional, cultural e esportivo da nossa
juventude, organizando debates, apresentações teatrais, festivais de musica,
torneios esportivos e outras festividades. As atividades dos Grêmios Estudantis
representam para muitos jovens os primeiros passos na vida social, cultural e
política.
- ELEIÇÃO DE ALUNOS REPRESENTANTES DE TURMA.
A representação discente tem se mostrado como importante oportunidade de
participação nas diversas ações da escola. Para tanto, as escolas têm utilizado
diferentes formas de efetivar esta forma de participação. Uma delas, que tem se
mostrado muito eficaz, é aquela que no início do ano letivo, efetiva um processo de
eleição dos representantes de turma, através do voto secreto. Além de oportunizar a
participação na vida da escola, esta forma de escolha faz os alunos vivenciarem o
processo de democracia, onde vão avaliar os colegas e eleger aquele que melhor
representa os seus interesses. Estes alunos representam a turma não apenas nas
reivindicações, mas representam o coletivo de alunos em atividades importantes,
como o conselho de classe, agindo como mediadores entre a turma e a equipe
pedagógica e administrativa.
- CONSELHO DE CLASSE.
A gestão democrática implica a efetivação de novos processos de
organização e gestão baseados em uma dinâmica que favoreça os processos
coletivos e participativos de decisão.
Ao Conselho de Classe, como um órgão colegiado cabe:
• Estudar e interpretar a aprendizagem na sua relação com o trabalho do professor,
na direção do processo ensino-aprendizagem, proposta pelo plano curricular;
• Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como
diagnosticar seus resultados;
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• Analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da turma,
com a organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico;
• Utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros indicados
pelos conteúdos necessários de ensino, evitando a comparação dos alunos;
Permitir a participação dos representantes de turma, tem um importante papel
no redimensionamento da gestão democrática, pois professores e alunos têm
oportunidade de se situar, e a partir daí, comprometer-se com a transformação da
realidade.
- CONSELHO ESCOLAR.
Compartilhar decisões significa envolver pais, professores, funcionários e
outras pessoas da comunidade na administração escolar. Os conselhos escolares,
como mecanismos de participação da comunidade na escola, já estão presentes em
muitas escolas.
Em um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, eleitos no
início do ano letivo, de natureza deliberativa, consultiva e avaliativa, sobre a
organização e realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição
escolar, em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED,
observando a Constituição, a LDB, o ECA e o Regimento Escolar, para o
cumprimento da função social.
O Conselho decide sobre questões administrativas, financeiras e pedagógicas
da escola. Ele analisa o desempenho, os problemas e as potencialidades da escola
e propõe soluções.
As reuniões ordinárias serão bimestrais e as extraordinárias convocadas com
24 horas de antecedência, ambas com pauta claramente definida. Essas reuniões
serão lavradas em ata.
O Conselho Escolar tem papel decisivo na democratização da educação e da
escola. Ele é um importante espaço neste processo, medida em que reúne diretores,
professores, funcionários, estudantes, pais e outros representantes da comunidade
para discutir, definir e acompanhar e desenvolvimento do projeto político pedagógico
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da escola que deve ser visto, debatido e analisado dentro do contexto nacional e
internacional em que vivemos.
- APMF.
Gestão Democrática. Este é o mecanismo que traz bons frutos no trabalho
integrado entre direção e APMF, por isso ela é de extrema importância dentro da
escola. É um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do
Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político-partidário, religioso, racial e
nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros e
constituído por prazo indeterminado.
As APMF’s foram criadas para promover a integração escola-comunidade por
meio da organização das atividades sociais, além disso, oferecer suporte material ao
trabalho pedagógico. Como uma associação a serviço da escola, ela é responsável
pelo recebimento e aplicação das verbas repassadas às escolas pelos órgãos
públicos e pelo recebimento de doações.
Cabe a ela discutir, colaborar e decidir sobre as ações para assistência ao
educando, o aprimoramento do ensino e para a integração família-escola-
comunidade, além de gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que
lhes forem repassados através de convênios, de acordo com as prioridades
estabelecidas em reunião, conjunta com o Conselho Escolar e registrados em livro
de ata.
2.4 AÇÕES QUE ENVOLVEM OUTRAS PARCERIAS
A relação de parceria deve ter como ponto de partida a própria escola, visto que
os pais pouco sabem sobre características de aprendizagem, por isso a dificuldade
em participar da vida escolar dos filhos. Portanto, o papel da escola na construção
dessa parceria é fundamental, devendo considerar a necessidade da família,
levando-as a vivenciar situações que possibilitem se sentirem participantes ativos
nessa parceria e não meros expectadores, pois como diz PARO:
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...é possível imaginar um tipo de relação entre pais e escola
que não esteja fundada na exploração dos primeiros pela
segunda. É possível imaginar um tipo de relação que não
consista simplesmente de uma “ajuda” gratuita dos pais à
escola. Pode-se pensar em uma integração dos pais com a
escola, em que ambos se apropriem de uma concepção
elaborada de educação que, por um lado, é um bem cultural
para ambos, por outro, pode favorecer a educação escolar e,
ipso facto, reverter-se em beneficio dos pais, na forma da
melhoria da educação de seus filhos (PARO, 2007, p. 25).
A educação para a cidadania requer que questões sociais sejam
apresentadas para aprendizagem e reflexão dos alunos. Para isso, a escola poderá
desenvolver projetos ligados a Temas da Vida cidadã. Para tanto, a escola poderá
contar com a colaboração de alguns segmentos da sociedade para o
desenvolvimento dos mesmos, como:
SANEPAR – meio ambiente (palestra e passeio ecológico).
POSTO DE SAÚDE – higiene, saúde, prevenção, orientação sexual (palestra e
teatro).
POLICIA MILITAR – drogas, paz e segurança (palestra para a comunidade escolar
com a participação do PROERD - Programa Estadual de Resistência às Drogas e
Violência).
2.5 GERENCIAMENTO DE RECURSOS
- Para manutenção e melhoria da infra-estrutura física e pedagógica, a escola conta
com recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE que são repassados
anualmente e do Programa Fundo Rotativo, Conta Normal, mensalmente. Tais
recursos, se bem administrados, com compromisso administrativo e financeiro,
poderão oferecer o suporte necessário para as ações educativas.
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2.6 AUTONOMIA = DEMOCRATIZAÇÃO DA ESCOLA
Autonomia indica que eu enquanto indivíduo, enquanto sujeito, tenho condições
de realização. Portanto, a educação enquanto processo de conscientização
(desalineação) tem tudo a ver com a autonomia.
Conforme Gadotti
O debate moderno em torno do tema remonta ao processo
dialógico de ensinar-aprender contido na filosofia grega. Ao
longo dos séculos, a idéia de uma educação anti-autoritária,
foi gradativamente construindo a noção de autonomia dos
alunos e da escola, muitas vezes compreendida como auto-
gestão, autodeterminação, auto-formação, auto-governo e
constituindo uma forte reivindicação dos movimentos
emancipatórios. Contemporaneamente, o termo vem
aparecendo na literatura acadêmica sob diferentes matizes
ideológicos, vinculados à idéia de ampliação da participação
política no que tange questões de descentralização e/ou
desconcentração do poder estatal. (GADOTTI, 2002, p.11).
A democratização da educação pressupõe a democratização do
conhecimento; autonomia do educador. E o educador ou educadora como um
intelectual tem que intervir, tem que ter posicionamento. Não pode ser um mero
facilitador.
(...) O que o educador deve fazer quando ensinar é
possibilitar os alunos a se tornarem eles mesmos. E, ao fazer
isso, ele ou ela vive a experiência relacionar
democraticamente como autoridade com a liberdade dos
alunos (FREIRE, 2003, p. 35).
O processo de conquista da autonomia do educador requer maior autonomia
da escola e, consequentemente, menor interferência externa.
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O grande problema que se coloca ao educador ou à
educadora de opção democrática é como trabalhar no
sentido de fazer possível que a necessidade do limite seja
assumida eticamente pela liberdade. Quanto mais
criticamente a liberdade assuma o limite necessário tanto
mais autoridade tem ela, eticamente falando, para continuar
lutando em seu nome (FREIRE, 1996. p. 105).
Neste trabalho iremos abordar alguns aspectos relacionados à gestão
democrática da escola, as exigências e as propostas da legislação brasileira sobre a
autonomia e por fim, destacaremos a importância do diálogo entre escola-
comunidade.
De um modo geral, pode dizer-se que essa alteração vai no
sentido de transferir poderes e funções do nível nacional e
regional para o nível local, reconhecendo a escola como um
lugar central de gestão e a comunidade local (em particular
pais dos alunos) como um parceiro na decisão na tomada de
decisão. (BARROSO, 2004, p.13).
A partir da descentralização do poder, podemos perceber que a escola
adquire certa autonomia.
O conceito de autonomia está etimologicamente ligado à
idéia de autogoverno, isto é, à faculdade que os indivíduos
(ou as organizações) têm de se regerem por regras próprias.
Contudo, se a autonomia pressupõe a liberdade (e
capacidade) de decidir, ela não se confunde com a
“independência”. A autonomia é um conceito relacional
(somos sempre autônomos de alguém ou alguma coisa) pelo
que a ação se exerce sempre num contexto de
interdependência e num sistema de relações. A autonomia é
também um conceito que exprime sempre um certo grau de
relatividade: somos mais, ou menos autônomos; podemos
ser autônomos em relação a umas coisas e não em relação a
outras. A autonomia é, por isso, uma maneira de gerir,
orientar, as diversas dependências em que os indivíduos e
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os grupos se encontram no seu meio biológico ou social, de
acordo com suas próprias Leis. (BARROSO, 2001, p. 16).
Ao estudar a Legislação Brasileira podemos perceber que a escola tem
liberdade e autonomia para sua organização, como também para a construção de
sua identidade junto à comunidade em que está inserida, de acordo com a lei (LDB
9394/96).
Quando à organização do currículo, a LDB 9394/96, no capitulo II, referente à
Educação Básica, no artigo 26 escreve: “Os currículos do ensino fundamental e
médio devem ter uma base nacional comum, ser implementada em cada sistema de
ensino escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e
locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela”. Sendo assim, o
currículo deve estar de acordo com as peculiaridades de cada região e as escolas
têm a possibilidade de adequá-lo às suas necessidades. Portanto, podemos
perceber que a Legislação Brasileira possibilita às escolas certa autonomia para o
seu funcionamento.
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3. A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO FAMÍLIA/ESCOLA – UM EXERCÍCIO
PARA A DEMOCRACIA
O presente texto tem por finalidade colaborar com a discussão e reflexão sobre a
necessidade da relação família/escola. Pois,
Participação significa a atuação dos profissionais da
educação e dos usuários (alunos e pais) na gestão da
escola. Há dois sentidos de participação articulados entre si.
Há a participação como meio de conquista da autonomia da
escola, dos professores, dos alunos, constituindo-se como
prática formativa, como elemento pedagógico, metodológico
e curricular. Há a participação como processo organizacional
em que os profissionais e usuários da escola compartilham,
institucionalmente, certos processos de tomada de decisão
(LIBÂNEO, 2004, p.139).
Procura entender essa realidade para buscar orientações que possam
fortalecer essa relação, diminuindo assim a distância observada entre essas duas
instituições educacionais. A escola e a família têm passado por profundas
transformações ao longo da história, interferindo assim na estrutura e na dinâmica
escolar, de forma que a família, em vista das circunstâncias, vem transferindo para a
escola funções que deveriam ser sua. Pois como diz PARO:
Assim, a escola que toma como objetivo de preocupação
levar o aluno a querer aprender precisa ter presente a
continuidade entre a educação familiar e a escolar, buscando
formas de conseguir a adesão da família para sua tarefa de
desenvolver nos educandos atitudes positivas educadoras
com relação ao aprender e ao estudar... (PARO,2007, p.16).
Portanto uma boa relação entre a Família e Escola deve estar presente em
qualquer trabalho educativo que tenha como principal alvo o aluno. A escola deve
também exercer sua função educativa junto aos pais, discutindo, informando,
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orientando sobre os mais variados assuntos, para que em reciprocidade, escola e
família possam proporcionar um bom desempenho escolar e social às crianças.
Pois,
É aqui que entra a questão da participação da população na
escola, pois dificilmente será conseguida alguma mudança
senão se partir de uma postura positiva da instituição com
relação aos usuários, em especial pais e responsáveis pelos
estudantes, oferecendo ocasiões de diálogo, de convivência
verdadeiramente humana, numa palavra, de participação na
vida da escola (PARO, 2007, p. 16).
Portanto, é importante que a família esteja engajada no processo ensino-
aprendizagem para que a criança se sinta protegida dentro do âmbito escolar.
Segundo PARO,
Levar o aluno a querer aprender implica um acordo tanto
com educandos, fazendo-os sujeitos, quanto com seus pais,
trazendo-os para o convívio da escola, mostrando-lhes quão
importante é sua participação e fazendo uma escola pública
de acordo com seus interesses de cidadãos (PARO, 1995 b,
p.I).
A família, em parceria com a escola e vice-versa, são peças fundamentais ao
desenvolvimento da criança. Entretanto, para conhecer a família é necessário que a
escola abra suas portas, intensificando e garantindo sua permanência através de
reuniões mais interessantes e motivadoras. À medida que a escola abrir espaços e
criar mecanismos para atrair a família para o ambiente escolar, novas oportunidades
com certeza irão surgir para que seja desenvolvida uma educação de qualidade,
sustentada justamente por esta relação (FAMÍLIA/ESCOLA).
Segundo Saviani, Paro, educadores brasileiros dedicam estudos e pesquisas
sobre a gestão democrática na escola, defendem que a educação inserida em uma
sociedade globalizada e centrada no conhecimento, é um dos fatores importantes
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para o desenvolvimento social, bem como condição primordial para melhoria da
qualidade de vida das pessoas.
O processo de desenvolvimento humano, diferente de seus primórdios, onde
a cultura e a educação eram passadas no próprio meio do aprendiz, e seus mestres
eram os anciões da comunidade. Hoje, o acúmulo de informações e a velocidade
com que acontecem foi dando forma à educação escolar uma necessidade, para a
transmissão do saber histórico produzido: (Saviani, 2003 p.76). Por sua
característica de relação humana, a educação só pode dar-se mediante o processo
pedagógico, necessariamente dialógico, não dominador, que garanta a condição de
sujeito tanto do educador quanto ao educando. A educação deve ser direito de todos
os indivíduos enquanto viabilizadora de sua condição de seres humanos. Isso tudo
acarreta características especiais e importância sem limites à escola pública
enquanto instância da divisão social do trabalho, incumbida da universalização do
saber (Paro, 2004,p.108).
Diante do processo democrático da Sociedade, a escola-instituição para que cumpra
sua função, necessita também ser democrática. Para a universalização da escola,
acesso a todos por si só não garante uma educação igualitária e de qualidade.
Os discursos de nossas autoridades educacionais estão
repletos de belas propostas que nunca chegam a se
concretizar inteiramente por que no momento de sua
execução faltam vontade política e os recursos (tão
abundantes para outros misteres) capazes de levá-las
efetivamente a bom termo (Paro, 2004, p.40).
Portanto, um modelo de gestão democrática participativa tem na autonomia
um dos seus mais importantes princípios, implicando a livre escolha de objetivos e
processos de trabalho e construção conjunta do ambiente de trabalho. Nesse
modelo de gestão, é indispensável o trabalho de equipe. Uma equipe é um grupo de
pessoas que trabalha junto, de forma colaborativa e solidária, visando à formação e
à aprendizagem dos alunos.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.
É importante ressaltar que no processo de gestão democrática da escola
pública, a família desempenha importante papel. A relação Família-Escola torna-se
fundamental no processo educativo da criança. Nesse sentido, a interação Família-
Escola se faz necessária para que ambas conheçam suas realidades e construam
coletivamente uma relação de diálogo mútuo, procurando meios para que se
concretize essa parceria, apesar das dificuldades e diversidades que as envolveram.
É evidente que a gestão democrática por si só não garante o pleno funcionamento
da escola, todavia é o caminho mais curto para minimizar as dificuldades históricas
das escolas na rede pública e os pais, enquanto integrantes da comunidade escolar,
não podem ser excluídos desse processo. Contudo, é preciso admitir que a
participação dos pais no processo escolar e educativo apresenta limites, mas estes
não são insuperáveis. Existem possibilidades. É nessas possibilidades que os
gestores das escolas precisam acreditar e implementar ações que coloquem em
prática esta parceria tão importante quanto necessária.
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REFERÊNCIAS
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