Projecto Celeiro da Vida
Manual de Facilitação de PráticasAgrárias e de Habilidades para a Vida
Para os Facilitadores das Jffls
Módulo 7Ameaças & Perdas
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Projecto Celeiro da Vida Manual de Facilitação de Práticas Agrárias e de Habilidades para a Vida
Módulo 7: Ameaças & Perdas
Índice
Introdução: Importância da reflexão sobre ameaças e perdas 1
Tópicos especiais
Agricultura
Página Tópicos especiais
Vida
Página
Tópico M7-3: GIP das
hortícolas e de outras
culturas
Tópico M7-4: Gestão de
perdas pós-colheita: Parte 1: Perdas pós-
colheita Parte 2: Selecção e
Conservação de grãos e
sementes
25-28
29-35
29-30
31-35
Tópico M7-1: Como enfrentar e
gerir ameaças, doenças e perdas
na vida?
Tópico M7-2: Proteger-nos
contra as doenças: Parte 1: O que é a doença? Parte 2: Lidando com o impacto
do HIV e SIDA Parte 3: Importância das plantas
medicinais
2-7
8-28 8-14
15-18
19-28
Resumo e avaliação do módulo 36
Lista de referências para este módulo 37-38
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Introdução: A Importância da Reflexão sobre Ameaças e Perdas
Este módulo surge numa altura em que os jovens já se sentem confortáveis e têm um
clima de confiança mútua e com os facilitadores. Contudo, neste módulo “Ameaças e
Perdas” serão abordados assuntos sensíveis. Os jovens serão levados a confrontar os
seus sentimentos sobre a sua vulnerabilidade e os acontecimentos traumáticos que os
levaram a fazer parte do programa. Por conseguinte, os facilitadores das JFFLS terão
de tratar os temas com muito cuidado e acompanhar com atenção o estado de espírito
dos jovens ao longo dos exercícios.
O aspecto central deste módulo consiste na aprendizagem das formas de lidar com as
ameaças, doenças e perdas, quer na agricultura, quer nas nossas vidas.
Os principais temas serão apresentados de acordo com a estrutura abaixo descrita.
Habilidades da Vida:
Nesta componente, os jovens irão discutir formas de gerir as ameaças, doenças e
perdas na vida. Serão usadas, sobretudo, metodologias de cómico-terapia, com
diferentes exercícios que ajudam no processo de fortalecimento do espírito de equipa
e de desenvolvimento da auto-estima.
Os jovens aprenderão o que são as doenças e como estas podem ser evitadas através
de uma boa higiene e alimentação saudável (com base nos conhecimentos adquiridos
nos Módulos 3 e 4), vacinação e cuidados apropriados, e como se pode usar a
medicina natural. Incluímos igualmente neste módulo a terceira parte do tema HIV e
SIDA, repetindo as mensagens principais e discutindo a necessidade de ter uma
alimentação nutritiva de forma a fortalecer o sistema imunitário, enfraquecido pela
doença.
Agricultura:
A componente de GIP, introduzida no Módulo 3, continuará este mês, mas centrando-
se apenas nas culturas de segunda época, ou seja, as hortícolas. Para além das pragas e
doenças, muitas perdas da produção agrícola acontecem no período pós-colheita,
devido a métodos inadequados de manuseamento e conservação. Será assim dada uma
sessão sobre formas de evitar perdas pós-colheita e sobre processos de conservação.
Assim como a medicina natural, que ajuda a manter as pessoas saudáveis,
complementando a medicina convencional, os pesticidas naturais desempenham um
importante papel no combate a pragas e doenças das culturas.
DURAÇÃO DO MÓDULO: 9 sessões para um total de 13 horas, MAIS sessões na
machamba, MAIS exercícios ao longo do módulo.
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Tópico M7-1: Como Enfrentar e Gerir Ameaças, Doenças e Perdas
na Vida?
OBJECTIVO: Ajudar os jovens a falarem
abertamente sobre problemas da
sua vida, de forma a criarem mais
confiança, apoio e força do grupo.
DURAÇÃO: Introdução: 2 h.
Outras sessões ao longo do mês.
MATERIAIS: Veja para cada exercício.
PASSOS:
1. Preparação antes da aula: o facilitador deverá ler a 1ª Ficha de Apoio para
compreender melhor a situação psicológica dos jovens, particularmente
quando têm de lidar com problemas e perdas nas suas vidas. Os facilitadores e
o resto da equipa de JFFLS podem dar um grande apoio aos jovens que
passam por este tipo de experiências, ao compreendê-los e ao representarem
modelos e referências de comportamento.
2. (40 min) Plenário: exercício “Criando a Auto-estima”
Comece a sessão com um exercício que ajuda a aumentar a auto-estima e a
confiança em relação aos outros membros do grupo:
Peça aos jovens para formarem duas linhas paralelas (A e B) de igual
número, colocando-se uns em frente dos outros.
Quando o facilitador der um sinal, os jovens da linha A deverão
aproximar-se do jovem em frente, na linha B, e segredar algo que gostam
nesse jovem (pode ser, por exemplo, “tens um cabelo bonito”, “’és
inteligente”, “’és muito simpática(o)”, etc.). Depois os jovens da linha B
fazem o mesmo para os jovens da linha A.
O facilitador dá um sinal para parar. Depois, peça aos jovens da linha B
para darem um passo para a direita e passarem a ficar frente a frente com o
jovem imediatamente a seguir ao anterior, na linha A. Repita os passos 2 e
3 até que todos os jovens tenham segredado uma qualidade a todos os
colegas.
Peça aos jovens para se sentarem em círculo e indicarem, um por um, algo
bonito que tenham dito sobre ele(a) durante o exercício.
3. (60 min) Plenário e aos pares: exercício “Pesadelos de Criança” Nota para o Facilitador: Neste exercício, os jovens vão interpretar, aos pares, uma pessoa ou
objecto que lhes mete medo. Posteriormente, eles irão reflectir em plenário, sobre formas de
ultrapassar os medos e de reagir perante eles, sem terem de falar sobre situações pessoais
traumáticas vividas no passado (e que talvez ainda vivam dentro delas).
Explique que o seguinte exercício serve
para reflectir sobre formas de lidar com o
sentimento de medo e situações traumáticas.
Divida os alunos aos pares.
Peça aos jovens para pensarem em
personagens ou coisas que possam aterrorizar o
colega. Explique que a escolha do personagem
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deve ser concreta: uma pessoa, um animal, um fantasma, etc. Por exemplo, em vez
do medo do escuro, devem interpretar a pessoa ou coisa de que têm medo, oculta
na escuridão.
(5 min) Aos pares: uma pessoa de cada vez faz a representação do
personagem escolhido, através de gestos.
(30 min) Em plenário, coloque as seguintes questões aos grupos:
1. Como se sentiram?
2. O que costumam fazer quando estão com medo?
3. O que poderemos fazer para nos ajudarmos uns aos outros quando
nos sentimos tristes e com medo?
3. (10-20 min) Em pares: exercício “Marionete sem Fio” ou “Hipnotismo
Colombiano” Nota: Estes exercícios ajudarão a fortalecer o sentimento de apoio mútuo e de espírito de
equipa no grupo.
Materiais: Se for possível, use um aparelho de música, um rádio ou um grupo de músicos, e
escolha uma música suave para ajudar a criar um ambiente relaxante.
Escolha um dos seguintes exercícios para concluir a sessão:
i. (15-20 min) Marionete sem Fio
Separe os jovens aos pares. Um jovem fica atrás do outro.
O jovem em frente tem de fechar os olhos.
O jovem em frente deverá fazer movimentos lentos com os
braços e mãos e o que ficar atrás deverá segui-los, como se
existisse um fio a ligar as mãos dos dois. O jovem atrás
deverá manter as suas mãos a uma distância de cerca de 15
cm acima das mãos do companheiro, como se fosse uma
marionete.
Ou:
ii. (10 min) Hipnotismo Colombiano
Aos pares: um jovem põe a mão a poucos centímetros do
rosto do outro.
Este, como que hipnotizado, deve manter o rosto sempre à
mesma distância da mão do hipnotizador, os dedos e os
cabelos, o queixo e o pulso.
O líder inicia uma série de movimentos com as mãos, rectos e
circulares, para cima e para baixo, para os lados, fazendo com
que o companheiro execute com o corpo todas as estruturas
musculares possíveis, a fim de equilibrar e manter a mesma
distância entre o rosto e a mão.
A mão hipnotizadora pode mudar, para fazer, por exemplo,
com que o jovem hipnotizado seja forçado a passar por entre
as pernas do hipnotizador.
Outros Exercícios, que se inserem no tema e que podem ser introduzidos ao
longo do mês:
(30 min) Sempre em Pé (repetição – pág. 23).
(20 min) Salto no Espaço (repetição – pág. 24).
Diversos exercícios para teatro: (20 min) Improvisando (pág. 9).
(30 min) Fazendo de conta (pág.8).
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Ficha de Apoio para o Tópico M7-1: Dando Apoio aos Adolescentes
para Enfrentarem e Gerirem Perdas na Vida (pág. 1)
Adolescentes: jovens entre os 13-18 anos
A missão de desenvolvimento de um adolescente é de criar um conceito sobre si
próprio. Ele tem de perceber quem é, qual o seu propósito de vida e aonde pertence.
Desenvolver uma identidade envolve desenvolver uma imagem física, um papel de
género e uma personalidade. Os adolescentes são inseguros. Estão preocupados com
as mudanças geradas no seu corpo e têm receio de que algo os possa magoar. As
doenças e a morte são ameaçadoras. Eles estão a preparar-se para ter uma vida própria
e a ideia de uma doença lhe pôr fim ameaça o conceito semi-desenvolvido de si
próprio e da vida.
Como os Adolescentes Compreendem a Morte
Os adolescentes já compreendem totalmente as consequências da morte e têm
consciência de que esta é final e irreversível. Eles têm tendência para ser egocêntricos
(concentrados em si mesmos e nos seus problemas) e, por isso, quando um dos pais
morre, eles podem culpar-se disso. Eles aplicam as consequências da morte dos pais à
sua vida e pensam, “Eu tenho que deixar a Escola” ou, “Eu tenho que tomar conta dos
meus irmãos” – e isto pode ser ameaçador para eles.
Os Adolescentes têm Atitudes Ambivalentes sobre o seu Corpo
Apesar de terem a consciência de que algo de mal lhes pode acontecer, os
adolescentes correm riscos, porque estão convencidos de que isso não lhes irá
acontecer. No entanto, quando confrontados com situações de vulnerabilidade, dor e
morte, receios profundos e insegurança são invocados e podem causar-lhes confusão e
descrença. Por isso, esses pensamentos são rapidamente rejeitados: “Isso não pode ter
acontecido comigo!”.
Há várias formas de comportamentos de risco. Alguns adolescentes começam com o
consumo de álcool, drogas e a fumar tabaco. Uma outra forma de comportamento de
risco relaciona-se com a atitude perante a ameaça do HIV e SIDA. A maioria dos
adolescentes conhece o HIV e SIDA e sabe que este se transmite através de relações
sexuais desprotegidas. Eles sabem que o vírus leva a uma doença fatal. No entanto, a
maioria dos adolescentes iniciam muito cedo a sua vida sexual, em parte, devido à
pressão dos pares. Frequentemente, não se protegem. No seu conceito de segurança,
eles acreditam que nada de mal lhes irá acontecer e que não serão infectados, porque
“foi só uma vez”, ou porque “foi só a primeira vez”.
A Transição da Infância para a Idade Adulta
A transição da infância para a idade adulta pode ser demonstrada pela reacção do
adolescente perante a morte. A sua compreensão cognitiva (intelectual) sobre a morte
é a mesma que a de um adulto. Mas, enquanto alguns adolescentes expressam o
sentimento de perda e dor através de emoções, tal como chorar, falar da morte e do
que sentem em relação a alguém, outros mostram aparentemente uma indiferença,
apatia ou sentimentos de raiva. É muito comum que os adolescentes reajam com a
negação, renegação de sentimentos e reacções extemporâneas.
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Ficha de Apoio para o Tópico M7-1: Apoiando os Adolescentes a
Enfrentar e a Gerir Perdas na Vida (pág. 2)
A Influência de um Grupo de Pares
O grupo de pares é essencial para um adolescente. Visto que um adolescente
ambiciona a independência, a orientação e direcção de um adulto é muitas vezes
rejeitada.
Um adolescente quer pertencer a um grupo e ser aceite é muito importante. A
aceitação é manifestada pela conformidade ao grupo, isto é, os adolescentes têm a
necessidade de mostrar que pertencem a um mesmo grupo, adoptando características
semelhantes, tais como a forma de agir, de se vestir, o tipo de actividades que fazem,
etc. Para eles é importante que não se distingam do grupo. Os adolescentes temem o
isolamento do grupo. Têm receio de serem discriminados. A perda de um dos pais
devido ao HIV e SIDA pode ser vista como uma ameaça a esta conformidade e por
isso a maioria dos jovens tendem a esconder a causa da morte, devido ao receio de
serem estigmatizados.
Solidão
O fenómeno do HIV e SIDA leva a que muitos adolescentes tenham de assumir a
responsabilidade de chefes de agregado familiar, tomar conta e providenciar o
sustento dos irmãos em tenra idade. Apesar de alguns jovens o fazerem com todo o
empenho e dedicação, esta responsabilidade acrescida ocupa a maior parte do seu
tempo e afasta-os do seu grupo de pares. Dado que é este grupo que dá a maior parte
do apoio durante esta fase de desenvolvimento, o adolescente perde o seu principal
suporte e passa a ficar isolado e inseguro. Para além de passar a assumir uma enorme
responsabilidade, passa a sentir-se só e sente-se traído pelos seus familiares
(incluindo, por vezes, os parentes perecidos).
O sentimento de solidão numa altura do desenvolvimento em que os jovens precisam
de muito apoio, pode torná-los vulneráveis ao abuso, especialmente quando do sexo
feminino. Para os adolescentes, em geral, torna-se difícil encontrar um lugar na
sociedade. Devido sobretudo à sobrecarga de responsabilidades, eles não têm a
possibilidade de participar em actividades colectivas, nos grupos da escola ou da
comunidade. Isto pode ter reflexos severos no que se refere à auto-estima e confiança,
e no desenvolvimento da sua identidade.
Visto que muitos adolescentes nesta situação acabam abandonando a escola para
tomar conta dos seus irmãos e para sustentar a casa, todos os seus sonhos e esperanças
sobre o futuro são destruídos. Por esta razão, muitos se sentem incrédulos e não
vislumbram quaisquer oportunidades quanto ao seu futuro.
Como Poderemos Ajudar um Adolescente
Os adolescentes têm mais experiência de vida e capacidades cognitivas do que as
crianças, mas na maioria dos casos (particularmente nos agregados chefiados por
crianças) o órfão adolescente tem que gerir muitas responsabilidades. Isto significa
que este tem de lidar com a perda dos pais, ou um dos pais, assim como com a
responsabilidade de sustentar uma família, numa altura em que passa por uma fase de
desenvolvimento muito difícil.
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Ficha de Apoio para o Tópico M7-1: Apoiando os Adolescentes a
Enfrentar e a Gerir Perdas na Vida (pág. 3)
Por isso, temos que tomar extrema atenção às questões, comentários e ao
comportamento de um adolescente e responder-lhe, oferecendo-lhe apoio psicológico
e compreensão.
Ao mesmo tempo, é preciso dizer-lhes claramente quais são os limites do
comportamento. Eles também precisam que se lhes diga quais são as suas
responsabilidades.
A situação destes adolescentes pode ser extremamente desgastante. Por exemplo, se
tiverem de deixar a escola, eles perdem a auto-confiança e a orientação relativamente
ao futuro. O adolescente precisa então de ajuda para continuar a acreditar que a sua
situação pode melhorar e que ainda pode ter esperança de prosseguir com os seus
sonhos e objectivos de futuro.
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Ficha de Apoio para o Tópico M7-1: Apoiando os Adolescentes a
Enfrentar e a Gerir Perdas na vida (pág. 4)
Como Apoiar os Jovens que Lidam com Perdas
Garanta que ele(a) continue a estudar. Procure a sua integração numa família
(pais substitutos, avós, tios) para o assistir nas responsabilidades familiares e
para lhe dar mais tempo para estudar ou fazer algum tipo de formação
profissional.
Os adolescentes lutam pela sua independência, mas ao mesmo tempo precisam
de apoio. Frequentemente, recusam conselhos dos pais ou dos encarregados,
mas também olham para eles como modelos. É importante que haja outras
pessoas de referência (como, por exemplo, professores, líderes e membros da
comunidade) com as quais o adolescente se possa identificar.
Quando tentar assistir um adolescente, procure saber do que ele precisa para
conseguir lidar melhor com a situação. Não presuma que o que lhe quer dar é
o melhor para ele. Tenha a consciência de que ele está a passar por uma
situação difícil. Ofereça ajuda, esteja presente, mas deixe-lhe algum espaço
para decidir.
Os adolescentes têm de compreender o conceito de “direitos” e
“responsabilidades”. Apesar de, nesta fase, eles terem mais independência e
liberdade, também têm mais responsabilidades, especialmente quando ambos
ou um dos pais morre e eles assumem a responsabilidade de cuidar e sustentar
os irmãos.
Como encarregado de educação, esteja claro sobre o que se pode esperar de
um adolescente. Crie um ambiente em que ele tenha a possibilidade de tomar
decisões, mas que conheça claramente os seus limites.
Quando um adolescente toma um comportamento de risco, discuta com ele as
consequências desse comportamento. Se esse comportamento se torna auto-
destrutivo, estabeleça normas claras.
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Tópico M7-2: Proteger-nos contra Doenças (em 3 partes)
OBJECTIVO GERAL: Compreender como ocorrem as
doenças e que medidas podem ser tomadas para nos
protegermos.
Parte 1: O que é a doença.
Parte 2: Componente final sobre HIV e SIDA.
Parte 3: Plantas Medicinais.
DURAÇÃO: Parte 1: 2he 30 min
Parte 2: 1 h e 15 min
Parte 3: 2 h e 30 min
Parte 1: O que é a Doença?
MATERIAIS: Papel gigante, marcadores.
Jogo de alimentos (use cartões ou alimentos como no Módulo 3
– Tópico M3-4).
PASSOS:
a. (15 min) Plenário: chuva de ideias
O que é a doença?
Que doenças ocorrem na comunidade?
Como é que as pessoas ficam doentes?
Como podemos proteger-nos das doenças?
Como podemos ajudar as pessoas doentes?
b. (80 min) Plenário: discussão sobre estas questões. Caso seja
possível: convide um médico ou uma enfermeira local
para falar com os jovens. [Veja as 1a–2
a Fichas de Apoio
nas páginas 9-12 para informação sobre estas questões].
c. (20 min) Plenário: revisão sobre a importância da
alimentação e nutrição para uma boa saúde.
(10 min) Jogo de alimentos (use os cartões ou alimentos
como no Módulo 3) para rever as aulas sobre “Alimentação e Nutrição”.
Peça a alguns jovens para fazerem receitas de refeições
equilibradas, seguindo os 4 grupos de alimentos.
Chuva de ideias: Qual é a importância de refeições equilibradas
para a saúde?
b. (10 min) Concluir, resumindo o valor nutritivo de cada grupo de
alimentos (com exemplos). Veja a 3a Ficha de Apoio, pág. 13.
d. (30 min) Plenário: canção sobre medidas de protecção contra doenças
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1a Ficha de Apoio para o Tópico M7-2: O que é a Doença?
O que é a Doença:
Tudo o que altera o equilíbrio interno de um ser vivo ou com o meio que o
circunda.
Uma deficiência que nos impede de ficarmos fortes e de nos desenvolvermos bem.
Muitas doenças vêm de micróbios (ou “microrganismos”) que atacam o corpo.
Recorde-lhes o que aprenderam no Módulo 6 (Tópico M6-3), que os micróbios
provocam as doenças quando entram no nosso corpo e, na maior parte das vezes,
por não observarmos cuidados básicos (como boas práticas de higiene e de
saneamento, por exemplo).
Há muitas espécies de micróbios (bactérias, fungos, vírus, parasitas, etc.): uns
provocam o Bem e, outros, o Mal nas pessoas (ou nos animais ou nas plantas...):
o Exemplo de micróbios “amigos”: bactérias que ajudam os nossos intestinos
na digestão da comida, bactérias que estimulam reacções imunes, para destruir
tóxicos, etc.);
o Exemplos de micróbios maus: os que provocam diarreias, constipações,
malária e outras infecções.
Micróbios na Agricultura
Como as Pessoas Apanham Doenças através de Micróbios?
Os micróbios são muitas vezes transmitidos através das fezes dos doentes e dos
“portadores” (que são pessoas que têm micróbios, mas não manifestam a doença).
As fezes contaminam a água, as mãos das pessoas (se não forem sempre bem
lavadas) e os alimentos (aqueles que são regados com águas dos esgotos ou
contaminadas – ou que são preparados com mãos contaminadas).
A água contaminada transmite micróbios: às pessoas, às
loiças, aos talheres e aos alimentos (peixes, amêijoas,
mariscos que vivem em águas contaminadas...).
As moscas (e outros animais como baratas, pulgas, ratos,
etc.) poisam nas fezes e no lixo e transportam os micróbios
para os alimentos e loiças.
É o Sistema Imunitário das pessoas que defende a saúde e combate os micróbios
que causam doenças. Em certos casos, porém, é necessário tomar remédios que
ajudem o sistema imunitário a combater ou prevenir a doença. Na 2a Ficha de
Apoio (págs. 10-12) discutimos medidas para nos protegermos contra as doenças.
“A nossa defesa mais importante contra os micróbios e as doenças é o conhecimento
de como nos podemos prevenir delas e assim evitarmos ficar doentes!”
Lembrar que durante AESA:
Observámos as plantas para detectar pragas, predadores e sinais de doenças.
Tal como com as pessoas, também há micróbios que provocam doenças nas
plantas.
Mas também há micróbios que são amigos do camponês... São eles que os
ajudam, por exemplo, a desenvolver um solo fértil, a decompor as folhas e os
restos orgânicos até obter um bom composto (bactérias e fungos –
decompositores).
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2a Ficha de Apoio para o Tópico M7-2:
Proteger-nos contra Doenças comuns em Moçambique
A. Diferentes Doenças e as suas Medidas Específicas
MALÁRIA
A Malária é uma doença grave provocada por parasitas (um tipo de micróbio) e é
transmitida através de picadas do mosquito. A Malária é a primeira causa de morte em
Moçambique. A Malária é um dos factores determinantes para a elevada taxa de mortalidade
das crianças com idade abaixo de 5 anos em Moçambique. É também um grave problema de
saúde para as mulheres grávidas, causando-lhes anemia aguda e sendo responsável pelo
baixo peso das crianças à nascença.
Como proteger-nos da Malária:
A melhor forma de evitar as picadas dos
mosquitos é dormir debaixo de uma rede
mosquiteira tratada com um insecticida
recomendado.
Assim que começar a escurecer, usar roupa que
cubra os braços e as pernas (mangas e calças ou
saias compridas).
Os mosquitos nascem em qualquer sítio onde
existam águas paradas (ex. covas, drenos, na
humidade de capins e arbustos) ou em montes e
depósitos de lixo a céu aberto e não tratado;
também podem nascer nas margens dos cursos de água, em recipientes de água,
em tanques e em campos de arroz. É possível prevenir a malária se as famílias e as
comunidades tomarem medidas para impedir a reprodução dos mosquitos, tais
como:
Boas práticas de Saneamento do Meio a. Cobertura ou drenagem dos locais onde a água se acumula.
b. Cobertura dos recipientes de água e tanques.
c. Pondo óleo queimado em cima das pequenas poças para que as larvas dos
mosquitos não consigam respirar.
d. Limpeza à volta das casas.
DIARREIA
A diarreia é uma das doenças mais comuns e perigosas para as
crianças. É a maior causa de morte nas crianças em Moçambique por
desidratação e malnutrição. A diarreia é causada por micróbios que
são engolidos, principalmente através das mãos sujas e de alimentos
mal lavados, em particular as hortaliças e os produtos do mar. A
contaminação acontece mais frequentemente quando a remoção das
fezes não é segura, quando há poucos hábitos de higiene ou falta de
água limpa para beber.
Caso especial: Cólera
Em Moçambique, registam-se anualmente surtos e epidemias de cólera que provocam
muitas mortes. É uma doença altamente contagiosa que provoca diarreia e vómitos
intensos e pode provocar a morte por desidratação grave, muito rapidamente, se não
forem garantidos cuidados de saúde urgentes à pessoa doente, numa unidade de saúde
adequada. A cólera é transmitida através das fezes humanas, quando se entra em
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contacto com água e alimentos contaminados que não tenham sido bem lavados e/ou
desinfectados.
2a Ficha de Apoio para o Tópico M7-2:
Proteger-nos contra Doenças Comuns em Moçambique (pág. 2)
Como Proteger-nos da Diarreia:
Primeiro, protegemo-nos da diarreia através de Boas
práticas de Higiene e Saneamento do Meio (Reveja também
as Fichas de Apoio para Tópico M3-5 no Módulo 3): a. Lavar bem as mãos com água limpa e sabão ou cinza
sempre depois de contacto com fezes e antes de se tocar em
alimentos ou dar de comer a pessoas.
b. Para prevenir a diarreia, todas as fezes devem ser
removidas para uma latrina ou retrete, ou enterradas. NB:
Não se deve tocar o doente com cólera, sobretudo nas suas
fezes e vómitos, sem proteger as mãos. Lavá-las bem em
seguida.
c. Garantir que as fezes de animais são mantidas longe das casas, poços e locais de
recreio dos jovens (ex. tapar bem os poços).
d. A comida deve ser preparada e cozida cuidadosamente antes de ser ingerida. Os
alimentos crus devem ser lavados em água limpa ou cozidos. Quando se guardam
restos de comida, eles podem ganhar germes, que podem causar diarreia. Duas
horas depois de cozidos, os alimentos já não são seguros, salvo se forem mantidos
muito quentes ou muito frios. Beber água tratada (filtrada, fervida ou com
“Certeza”).
e. Logo que a diarreia começa: os perigos da diarreia são a desidratação e a
desnutrição. Os jovens morrem de diarreia, porque, geralmente, o seu corpo
perdeu muitos líquidos (água). Esta perda chama-se desidratação. Beber muitos
líquidos (água, chás, etc.) ajuda a repor os líquidos perdidos. Também se deve
preparar a mistura SRO (“Sais de Reidratação Oral” – veja a receita no Módulo 6
– Tópico M6-3) se a diarreia e desidratação continuarem. Se a diarreia não parar
ao fim de uma semana, deve consultar um agente de saúde ou médico mais
próximo.
Assegure que não se dê a desidratação!
14
2a Ficha de Apoio para o Tópico M7-2:
Proteger-nos contra Doenças Comuns em Moçambique (pág. 3)
HIV/SIDA
O HIV/SIDA é uma doença muito grave que existe no mundo,
incluindo Moçambique. Ainda não há vacinas para evitar o
SIDA e ainda não há cura para esta doença. (As sessões sobre HIV/SIDA apresentam mais explicações sobre
o assunto: Veja os Tópicos M3-5 e M5-1 nos Módulos 3 e 5; e a
sessão final deste módulo, nas págs. 15-18).
B. Medidas Gerais
Prevenção de algumas Doenças Graves com Vacinações
As vacinas ajudam a reforçar o nosso Sistema
imunitário (de defesa) contra diferentes doenças
graves, tais como: Hepatite B e Hib, BCG (contra
algumas formas de Tuberculose e Lepra), DPT
(Difteria, Pólio, Tétano), Tosse convulsa, Sarampo,
Febre-amarela, Papeira e Rubéola.
A vacinação é importante. Todas as crianças
precisam de uma série de vacinas durante o
primeiro ano de vida.
Para cada pessoa que esteja a ser vacinada, devem ser utilizadas agulhas ou seringas
novas. As pessoas têm de exigir isto e recusarem-se a ser picadas com
seringas/agulhas usadas.
15
3a Ficha de Apoio para o Tópico M7-2: Importância de uma Boa
Alimentação para a Nossa Saúde
A alimentação é essencial para a nossa saúde, visto que,
através de processos físicos e químicos como a digestão,
permite ao nosso corpo:
Desenvolver, substituir e reparar as células;
Produzir energia para nos mantermos em movimento e
trabalharmos;
Fortalecer o nosso sistema imunitário para nos protegermos,
combatendo os micróbios que causam infecções e doenças.
Revisão dos 4 grupos de alimentos:
Nota Didáctica: Lembre-se de que no Módulo 3 (Tópico M3-4), falámos mais
profundamente dos grupos de alimentos e nutrientes. No Módulo 4 (Tópico M4-3),
discutimos a importância de uma dieta equilibrada.
Alimentos de Base: coma este tipo de alimentos em todas as refeições. Estes
alimentos são relativamente baratos e fornecem energia, proteínas e pequenas
quantidades de vitaminas e minerais.
Alimentos mais apropriados para Crescer: Se possível coma nozes ou grãos de
leguminosas todos os dias. Coma alimentos de origem animal e peixe sempre que
puder. Estes alimentos fornecem proteínas, vitaminas e minerais e energia de alta
qualidade. Insectos, como, por exemplo, lagartas ou gafanhotos também oferecem
bons nutrientes.
Alimentos mais apropriados para Proteger: Coma vegetais e fruta todos os dias.
Estes alimentos fornecem vitaminas importantes que garantem um crescimento
saudável e o combate a infecções.
Alimentos com mais Energia: fonte de alta energia em quantidades pequenas –
estes são importantes para manter ou recuperar o peso. Também adicionam sabor à
comida e estimulam o apetite. MAS estes alimentos não deverão ser ingeridos em
substituição de outros, visto que são pobres em nutrientes (ex.: não ingira doces e
refrescos, em vez de uma boa refeição, dado que não têm valor nutricional, apenas
dão energia de forma rápida).
16
3a Ficha de Apoio para o Tópico M7-2: Importância de uma Boa
Alimentação para a Nossa Saúde (pág. 2)
Exemplos da Importância de Alimentos para a Nossa Saúde:
Alimentação e Doenças
Durante a doença: porque durante a doença
a pessoa perde muita energia, devido às febres,
vómitos e diarreia, deve alimentar-se bem:
comer muitas vezes ao dia pequenas quantidades
de alimentos e beber muitos líquidos.
Após a doença: a pessoa necessita de se
alimentar bem, deve aumentar a quantidade de
comida durante 1-2 semanas, comer nos
intervalos das refeições, ter uma alimentação
equilibrada em qualidade e quantidade de modo
a recuperar o peso perdido durante a doença.
Folhas verdes, feijões, amendoins, peixe, carne e fígado: contêm ferro que é
importante para evitar a anemia ou sangue fraco. Evite beber chá ou café durante a
refeição, dado que inibem o corpo de absorver o ferro contido nos alimentos.
Frutas e hortícolas de cor alaranjada (ex: papaia, manga, cenoura, abóbora,
batata-doce de polpa alaranjada): contêm vitamina A que ajuda a ter uma boa
visão e a proteger as pessoas contra diferentes doenças.
Limão, laranja, ananás, tangerina, toranja, feijão verde e pimento, contêm
vitamina C que é necessária para combater as infecções comuns, como a gripe.
Peixes e outros alimentos do mar, sal iodado: contêm Iodo que é uma substância
nutritiva produzida pela glândula tiróide, que regula o crescimento e o
desenvolvimento físico e mental do indivíduo ou animais.
Água: beba cerca de 8 copos de água potável e outros líquidos (ex.: sumos de fruta,
sopas, etc.), por dia e quantidades superiores, se sofrer de diarreia, vómitos ou febre.
17
Tópico M7-2 (Parte 2): Lidando com o Impacto de HIV e SIDA
(pág. 1)
OBJECTIVO: Concluir a discussão sobre o HIV e SIDA,
concentrando-se no seu impacto sobre as
famílias e em formas de lidar com
situações de estigmatização.
DURAÇÃO: 1 h e 15 min.
MATERIAIS: Papel gigante e marcadores.
PASSOS:
1. (35 min) Plenário: exercício “A família Fulano”
(5 min) Leia a seguinte história para a classe e garanta que todos a percebem
(usando de preferência a língua local).
(20-30 min) Plenário ou em grupos: discussão. As seguintes questões são apenas algumas sugestões, mas sinta-se
livre de colocar outras que considere relevantes e apropriadas ao
tema (isto poderá ser feito em plenário ou em pequenos grupos, em
que cada um debate uma ou duas questões):
o Como acha que as crianças se sentiram depois da morte da mãe?
o O que acha da reacção das outras crianças da escola?
o Como acha que os filhos do Sr. Fulano se sentem na escola, depois
da morte da mãe? O que eles podem fazer em relação a esta
situação?
o Porque é que os vizinhos deixaram de comprar vegetais da família
Fulano?
o Quem poderia ajudá-los?
o Pense nas formas de a comunidade ajudar as famílias que têm este
tipo de problemas.
o Como é que podemos contribuir para acabar com o estigma
(discriminação)?
História: A Família Fulano
A família Fulano tinha um negócio rentável, que era a venda de vegetais. A família
tem 4 filhos (com 13, 11, 9 e 6 anos). Todos eles ajudavam a mãe no negócio de
produção e venda de vegetais quando voltavam da escola. Infelizmente, a Sra. Fulana
faleceu de SIDA há 6 meses. Agora as outras crianças na escola não brincam com os
filhos da Sra. Fulana e chamam-lhes nomes feios.
O Sr. Fulano é um motorista de camião: recentemente ele ficou doente e não tem tido
a possibilidade de ir trabalhar. Os seus filhos estão tristes e preocupados. Eles ajudam
o mais que podem: limpam a casa, tratam da horta, cozinham e cuidam do pai. Uma
das vizinhas ajuda-os, comprando-lhes vegetais e dando-lhes uma mão na cozinha. No
entanto, muitos vizinhos deixaram de comprar vegetais à família Fulano.
18
Nota para o Facilitador: É importante lembrar que este exercício aborda assuntos muito sensíveis, particularmente
para os jovens que passaram por situações idênticas. Por isso, se pensa que não está
suficientemente preparado(a) para lidar com estes assuntos sozinho(a) convide alguém da
comunidade que tenha experiência de acompanhamento deste tipo de situações, para o(a)
assistir.
19
Tópico M7-2 (Parte 2): Lidando com o Impacto de HIV e SIDA
(pág. 2)
2. (15 min) Trabalho em grupos: cuidar de pessoas vivendo com HIV Peça aos grupos para pensarem como podem ajudar a melhorar a saúde
de uma pessoa vivendo com HIV? (Veja a Ficha de Apoio na pág. 18
para ideias).
i. Em relação à sua Alimentação/Nutrição.
ii. Em relação às condições de Higiene, Saneamento e Meio.
iii. Outras ideias.
1. (20 min) Plenário: apresentações e discussão das conclusões
2. (10-15 min) Plenário: jogo “A minha Mensagem”
Este exercício ajuda os jovens a seleccionarem os aspectos mais
importantes aprendidos sobre o HIV, de forma a transmiti-los aos outros.
Solicite aos jovens que formem um círculo.
Peça para que pensem numa
mensagem (ou palavra) que
gostariam de transmitir a um amigo
ou amiga como informação
importante sobre o HIV e SIDA (por
exemplo, "Deixe o sexo para mais
tarde!", “O HIV e SIDA não se
transmitem através de um abraço”,
etc.).
Explique que cada um deverá dizer a
mensagem em que pensou a todo o grupo e fazer algum movimento ou
sinal a acompanhar a mensagem.
Depois de cada um dizer a mensagem, todos deverão repeti-la, fazendo
o mesmo movimento que este, até que todos no grupo tenham
transmitido as suas mensagens e movimentos. Peça aos jovens para não
repetirem mensagens já mencionadas pelos outros.
Notas para o Facilitador: Lembre-se que acabaram de mencionar algumas questões muito importantes
e que nesta última sessão seria importante pensar no modo como estes jovens
poderão influenciar os amigos e amigas a adoptar comportamentos
responsáveis e a melhorar as vidas deles e delas.
Este exercício deverá ser feito como forma de reter os aspectos que os jovens
lembraram mais e consideraram mais importantes para transmitir aos
amigos/ colegas/ família. Serve, assim, como uma avaliação final desta
componente. As mensagens poderão ser registadas e usadas em canções e
teatro.
3. Fazer uma peça de teatro sobre o que aprenderam sobre o HIV e SIDA Exemplos de temas possíveis:
Situação em que confrontamos o problema de estigmatização.
Situação numa família confrontada com a doença de SIDA.
Situação entre namorados, em que um queria ter relações sexuais e o outro
queria deixar para mais tarde, quando estivesse mais maduro.
20
Ficha de Apoio para o Tópico M7-2: Cuidando de Pessoas Vivendo
com HIV e SIDA
HIV/SIDA e Nutrição
Uma boa nutrição e uma dieta
equilibrada são particularmente
importantes para uma pessoa
vivendo com HIV e SIDA.
Ajudam a proteger o corpo das
infecções, para manter o peso
estável e também reforçam o
efeito dos medicamentos
administrados.
No início da infecção por HIV é
muito importante ingerir mais
alimentos, para evitar a perda de
peso e doenças, como a tuberculose, anemia e diarreia.
Ganhar peso, aumentando o consumo dos seguintes alimentos: cereais e batata-
doce, amendoim, feijão, carne, peixe, galinha, ovos. Acrescentar óleo, se a pessoa
não tiver diarreia.
Aumentar a frequência das refeições, comer frutas e papas fermentadas nos
intervalos.
HIV e SIDA, Higiene e Saneamento do Meio
É necessário ter mais cuidados com boas
práticas de higiene e de saneamento do meio. As
pessoas com SIDA são mais susceptíveis e, por
isso, estão mais expostas, e o seu corpo não pode
combater as infecções. (Reveja Módulo 3: Tópico
M3-5).
21
Tópico M7-2 (Parte 3):
Importância das Plantas Medicinais
OBJECTIVO: Explicar o uso e
aproveitamento de plantas
medicinais.
DURAÇÃO: 3 h (em 3 partes).
MATERIAIS: 1: Papel e marcadores.
2. Plantas medicinais locais.
2: Sementes e instrumentos da machamba.
3: Materiais para cozinhar mais ingredientes.
Nota Didáctica Importante: Trate este assunto com muito cuidado, para assegurar
um bom conhecimento do uso e dos perigos das plantas medicinais.
PASSOS:
Parte 1: Introdução às plantas medicinais
1. (30-45 min) Plenário: chuva de ideias e discussão
Convide uma pessoa da comunidade que tenha conhecimentos desta área.
Comece com uma caminhada pela comunidade e peça aos grupos de
jovens para recolherem as plantas medicinais que conhecem,
OU Peça aos jovens no dia anterior, para trazerem amostras de plantas
medicinais. [Baseie-se na 7a Ficha de Apoio nas próximas páginas para
orientar a discussão].
Pergunte aos jovens que plantas medicinais conhecem e o que as suas
famílias usam para tratar problemas de saúde em casa;
Discuta o papel de plantas medicinais: podemos confiar totalmente nelas?
Não: nós usamos plantas medicinais para tratar pequenas doenças e
sintomas de doenças (tais como diarreia, dores de cabeça, constipações –
mas precisamos de medicamentos convencionais, do hospital, para
tratarmos doenças mais severas – tais como cólera, malária, tuberculose ou
pneumonia).
Parte 2: Prática: semeando uma horta medicinal
2. (60 min) Prática na machamba de aprendizagem a. Usando os princípios já aprendidos sobre como fazer viveiros e canteiros,
semear sementes e plantas medicinais recolhidas do mato.
b. Pergunte aos jovens que conhecimentos têm sobre as plantas e
complemente com o seu conhecimento. Pode igualmente convidar alguns
idosos(as) da comunidade para transmitirem os seus conhecimentos.
Parte 3: Prática: preparando plantas medicinas
3. (1-2 horas dependendo das receitas): preparar alguns remédios simples,
dependendo do que é acessível localmente, seguir algumas das receitas
simples elaboradas na 8a Ficha de Apoio, págs. 23-24.
22
5a Ficha de Apoio para o Tópico M7-2:
Informação sobre o Uso de Plantas Medicinais (pág. 1)
A. Cultivo e Colheita das plantas
O cultivo de plantas medicinais não requer
cuidados especiais, isto é, pode-se cultivar junto
às outras hortícolas.
Os procedimentos para colheita das plantas, são
os seguintes:
Não se deve colher as plantas à beira da
estrada.
Colher folhas inteiras e maduras.
Lavar a planta e secar à sombra.
Guardar em frascos de vidro ou sacos de
plástico ou papel.
Proteger da luz e da humidade.
B. Uso de Plantas Medicinais para Tratar Sintomas de Doenças
Orientações Importantes de Dosagem
1. Para se medir a planta fresca ou seca, utiliza-se como medida a colher de sopa.
2. A quantidade recomendada para a planta fresca deve ser o dobro da indicada para
a planta seca (uma colher de sopa de erva fresca picada pesa 5 g enquanto uma
colher de sopa de ervas secas pesa 2 g).
3. Na indicação da quantidade de folhas inteiras ou plantas inteiras deve-se
considerar valores médios, ou seja, folhas de tamanho médio e plantas de
tamanho médio, quando não especificado de outra forma.
4. Na indicação do volume, usualmente emprega-se a chávena como medida padrão,
ou o litro para quantidades maiores.
5. As doses, quando indicadas de modo genérico, dizem
respeito a um paciente adulto, para outras orientações as
doses recomendadas são as seguintes:
De 6 a 14 anos: ½ dose do adulto;
De 3 a 6 anos: ¼ dose do adulto;
Até três anos: ⅛ dose do adulto;
Abaixo de três anos: preparar a dose de ⅛ e dar em colherezinhas ou em
gotas a quantidade que o bebé aceitar.
Consulte pessoas com experiências e de confiança na zona.
6. Cuidado: Observar que existem plantas que não podem ser utilizadas por jovens,
ainda que em doses reduzidas (plantas que contêm hormonas, estimulantes,
calmantes, coca, haxixe, morfina, beladona) e outras plantas medicinais cuja dose
tóxica é muito próxima da dose curativa (Avelóz – muheji).
23
5a Ficha de Apoio para o Tópico M7-2:
Informação sobre o Uso de Plantas Medicinais (pág. 2)
CHÁ ou INFUSÃO
A infusão é uma forma de extracção pelo calor, dos princípios
activos da planta, em que estas não são levadas ao fogo. É
utilizada para as partes moles da planta como folhas e flores. A
extracção dos princípios curativos realizada pela infusão é
menos severa e, portanto, usada para os princípios activos que
são facilmente libertados pela planta.
Os procedimentos para o preparo de uma infusão são os
seguintes:
i. Pique as partes das plantas indicadas e coloque-as num
recipiente.
ii. Ferva a quantidade de água indicada e verta sobre as partes picadas das
plantas.
iii. Tape a panela e deixe-a abafada durante 15-30 min.
iv. Coe e coloque num recipiente limpo, que não seja de ferro, alumínio ou de
esmaltado amachucado, evitando assim a oxidação.
v. Tome todo o chá durante o dia. Não deixe para o dia seguinte. Deite fora o que
restar.
DECOCÇÃO
A decocção é uma forma de extracção dos princípios
curativos das plantas pelo calor, diferindo da infusão por
levar ao fogo todos os componentes, ou seja, as partes da
planta picada e a quantidade de água. Normalmente é
empregada para as partes mais duras da planta, como,
casca, raízes, folhas secas, etc.
Os procedimentos para o preparo de uma decocção, são
os seguintes:
i. Pique as partes das plantas e coloque-as na panela.
ii. Acrescente a quantidade de água indicada.
iii. Leve a ferver pelo tempo indicado, cerca de 5-10 min.
iv. Tire do fogo, deixe a panela tapada por 15-20 min.
v. Coe e coloque o chá num recipiente limpo.
vi. Para um efeito mais rápido, tome quente ou morno.
XAROPE
Um extracto mais espesso retirado de uma mistura de
ingredientes cozinhados ou esmagados e que deve ser tomado
em pequenas doses.
Os procedimentos para o preparo de um xarope, são os
seguintes:
i. Pique as partes das plantas indicadas e coloque-as num
recipiente limpo ou numa panela.
ii. Siga as instruções individuais para cada xarope (veja a 8a Ficha de Apoio,
págs. 23-24).
24
5a Ficha de Apoio para o Tópico M7-2:
Informação sobre o Uso de Plantas Medicinais (pág. 3)
POMADA
Para uso externo, as pomadas podem ajudar no tratamento
de feridas e borbulhas.
Os procedimentos para o preparo de uma pomada são os
seguintes: i. Pique em pedacinhos, 5 mãos de partes das plantas
(pode usar folhas, frutos, flores, casca e raízes) e
coloque-as numa panela.
ii. Frite a mistura com 1 litro de óleo ou outra gordura,
até ficar crocante.
iii. Retire do fogo e coe.
iv. Coloque vela ou cera de abelha, testando até chegar
ao ponto de ficar cremosa.
v. Deixe esfriar e coloque nos recipientes.
Ingredientes possíveis:
Aloé vera e férox (folha);
Erva gorda (folha);
Trapoeraba “Goche” (toda a planta);
Eucalipto (folhas);
Tansagem (folhas).
25
6a Ficha de Apoio para o Tópico M7-2:
Receitas Básicas de Medicina Natural
Planta Benefícios medicinais Como usar Alho
Função antibacterial, antiviral e
antifungal, particularmente nos
intestinos, pulmões e vagina.
Ajuda a digestão e a superar a
fraqueza. Também é bom para
infecções da garganta, herpes e
diarreia.
Chá: (Adicione 3-4 de dentes de alho cortados numa
chávena de água a ferver. Ferva durante 10 min. Cubra e
deixe arrefecer. Adicione mel ou açúcar para dar melhor
sabor. (beba 3x por dia).
ou
use alho na comida (alho pilado em óleo).
Aloé Vera Alivia a constipação e
problemas de estômago, limpeza
do sangue.
Alivia as feridas.
Xarope: Bata no liquidificador com mel: 1/3 folha para
½ l de mel. Tome o xarope em quantidades limitadas;
pare imediatamente se lhe causar cãibras ou diarreia
(CUIDADO: pode causar aborto).
Dosagem: adultos - 1 colher de sopa 3 vezes ao dia;
crianças 1/2 colherzinha de chá 3 vezes ao dia
Pomada: Ver receita de pomadas
Banana Xarope de flor de bananeira,
para asma, tosse.
Chá ou Xarope: use as folhas do caule, fruto e raiz.
Batata-africana
(hypoxis)
“hikwi” ou
“chinangaboana”
Reforça o sistema imunológico e
ajuda a sarar as feridas.
A Batata -africana parece uma
cebola quase podre, tem cor
preta e fica coberta de fibras,
como um coco. Leva muito
tempo a crescer bem.
Chá: 1 batata média, tire bem a casca, pique e mergulhe
em 1 l de água. Após 2 h, consuma o sumo aos poucos e
adicione mais água. Até que a água mantenha a cor,
continue adicionando e consumindo (pode dar para 2-3
dias). Quando a água perder a cor, deite fora e prepare
outra. (Tomar durante 20 dias e parar por 10 dias; o
uso em excesso é tóxico. Continue até atingir 3 fases.
Dosagem: adultos – 3 copos por dia).
Beijo de mulata Para febre e dor Chá ou Xarope em pequenas quantidades
(CUIDADO: pode causar abortos)
Capim limão
(cympogon
citrafus)
“Chambalacate”
Tem um efeito calmante, ajuda a
digestão e a aliviar o stress.
Chá: faça uma infusão.
Cordão de frade Para febre e dor. Chá ou Xarope
Eufórbia
“chinyamukaka”
Para diarreia e para tosse. Chá ou Xarope: use a planta inteira.
Eucaliptus Alivia as dores de garganta.
Função antibacterial,
particularmente para os pulmões
e para bronquite. O óleo
estimula a circulação do sangue
e reduz os sintomas da
inflamação.
Xarope: encha uma garrafa limpa com folhas de
eucalipto. Pressione com um pau ou colher para que
fiquem bem compactadas no frasco e para que insira o
maior número possível de folhas. Adicione álcool (40%).
Pressione novamente para deixar sair o ar. Feche a
garrafa. Deixe num local escuro durante 2 semanas. Coe
antes de usar.
(Coloque 3 gotas do extracto na garganta, para
desinfectá-la. Continue a usar as gotas de 2-3 h até que a
dor desapareça).
Funcho Ajuda a aumentar o apetite,
combate a flatulência e excesso
de gases.
Chá ou Tempero: Adicione, como tempero, na comida
ou prepare chá a partir das sementes. Use em
quantidades limitadas.
Goaiabeira
“Maguiava”
Para diarreia e para tosse. Chá ou Xarope: Usar as folhas, em chá ou xarope.
NB: estas receitas baseiam-se em conhecimentos transmitidos por diferentes pessoas sobre tratamentos
e remédios naturais. Os seus efeitos podem não ser iguais para todas as pessoas. Seja cuidadoso e siga
a dosagem recomendada: o excesso pode causar problemas e provocar intoxicações.
26
6a Ficha de Apoio: Receitas Básicas de Medicina Natural
Gengibre Melhora a digestão, dá energia,
alivia a diarreia e estimula o
apetite. Usado para tratar
constipações, gripes e náuseas.
Chá, Xarope ou Tempero: Use como tempero ou
prepare um chá (esmague o gengibre em água fria e
deixe ferver por 10 min. Coloque o chá num recipiente
fechado, coe e beba 3 chávenas do líquido por dia, antes
das refeições).
Limão Antibacterial e ajuda na digestão
Xarope: para gripes,
constipação, anemia
Adicione sumo de limão na comida ou nas bebidas.
Sumo ou Xarope: Sumo de 5 limões + ½ kg de mel + 3
folhas de couve pilada. Misture tudo e bata bem (não pôr
água, nem cozinhar).
(Adulto: 1 Colher de sopa 3 vezes ao dia, após as
refeições; Criança de 6-14: 1 colher média 3 vezes ao
dia; Criança < 6 anos: 1 colherzinha 3 vezes ao dia).
Margoza
Neem
Diminui a febre. Chá: corte um ramo fresco, retire as folhas e ferva-as
em água; beba como chá.
Dosagem: Adultos - 1 chávena por dia para 15 dias.
O ramo pode ser igualmente mastigado.
CUIDADO: pode causar aborto.
Mel Para cortes e feridas, e como
anti-séptico.
Para tosse
Anti-séptico: Ponha um pouco de mel directamente na
ferida, e cubra-a. Lave-a cuidadosamente e substitua o
penso em intervalos de quatro a cinco horas.
Chá: Junta-se com diferentes chás (limão, gengibre,
etc.).
Mil em rama Para febre e dor Chá ou Xarope: 5 ramos para 1 litro de água.
N’cacana
(Mamordica
Balsamina)
Para reforçar o sistema
imunológico
Esta planta tem várias vitaminas e minerais, incluindo
vitamina C, ferro, vitamina A, e alguns tipos de vitamina
B. Também contém proteínas e propriedades anti-
oxidantes.
Decocção: poucas folhas (ex.: 15 folhinhas) fervidas
com 1 litro de água (Dosagem: Adultos - tomar 1 litro
durante 24 horas – 3 vezes por dia 1/3 l).
CUIDADO: pode causar aborto.
Papaia Para tosse e constipação Chá, Sumo ou Xarope: Para fazer xarope: colha a
papaia antes de completar a maturação. Faça uma tampa
quadrada. Coloque 3-5 colheres de açúcar dentro da
papaia, feche a tampa. Coloque no forno ou em panela
ou pote (panela de barro) para assar. Quando assada
ficará de cor escura e mole. Retire do forno, tire a tampa
e despeje o xarope num recipiente limpo. (Adultos:
tomar 1 colher de sopa 3 vezes ao dia).
Pata de vaca
“masaquesa”
Para doenças renais Chá ou Xarope: use a folha e a casca.
Quebra pedra Para doenças renais Chá ou Xarope: use toda a planta
27
Tópico M7-3: GIP das Hortícolas e de outras Culturas
OBJECTIVOS: 1. Rever a discussão sobre a GIP no
Módulo 3, concentrando-se, desta vez,
nas culturas de segunda época.
2. Fazer uma ligação entre a GIP das
plantas e o cuidado da saúde de
pessoas.
DURAÇÃO: 2 h , mais tempo para a sessão prática.
MATERIAIS: Papel e marcadores, instrumentos agrícolas.
PASSOS:
Revisão sobre GIP: Baseia-se nas fichas de apoio para o tópico M3-3 sobre GIP no
Módulo 3:
1. (10 min) Plenário: chuva de ideias Pergunte se os jovens acharam que a GIP é um bom método e porquê?
2. (40 min) Trabalho em grupos
a. Quais são os 4 princípios de GIP? Peça aos jovens para fazerem
ilustrações dos princípios.
b. Quais são os 5 métodos diferentes para controlar pragas e doenças
segundo a GIP? Peça aos jovens para fazerem ilustrações dos
métodos.
c. O que são os predadores (ou inimigos) naturais e dar 2 exemplos de
como podemos atrai-los (ou pelo menos evitar destrui-los)?
3. (30 min) Plenário: apresentações e discussão do trabalho
4. (40 min) Actividade cultural em plenário Faça um poema ou canção que ilustre as ligações entre GIP de plantas e os
cuidados com a saúde das pessoas.
Nota Didáctica para o Facilitador:
Se os jovens são capazes de ver a importância e o valor de manter a vida de
uma planta sempre sã, também poderão fazê-lo em relação à necessidade
de manter uma pessoa sempre sã. E isto pode ser aplicado à prevenção de
doenças, infecções diversas e particularmente ao SIDA.
5. Prática na machamba de aprendizagem Aplique a prática de GIP durante AESA: veja a Ficha de Apoio (págs. 26-
28).
28
Tópico M7-3: GIP para as Principais Hortícolas de JFFLS (pág.1)
[Segundas Culturas na JFFLS]
Cultura Praga ou doença Descrição Estratégias de controlo
Tomate
Pimento
Beringela
Nota:
Todos têm
esses
problemas
porque são
da mesma
família
Solanáceas
Míldio (Queimado de frio)
(Phytoftera infestans)
DOENÇA: FUNGO
Nas folhas a doença manifesta-se por numerosas manchas
muito pequenas de cor purpúrea. Com boas condições
alargam com cor amarela e pequenas frutificações do
fungo e no conjunto têm aspecto pulverulento de cor
branca acinzentada. Nos viveiros a doença pode causar
grandes danos, provocando pontuações necróticas na
página superior da folha. Finalmente secam e caem.
Semear em lugares altos/secos, distante de outras Solanáceas;
Semear em linhas bem espalhadas, com compasso largo;
Fazer rotação de culturas, mas não incluir plantas da família
Solanáceas (ex. batata reno, tabaco, beringela, pimento, tomate);
Queimar os restolhos infectados;
Químicos (fungicidas).
Mancha Concêntrica
(Alternária solani)
DOENÇA: FUNGO
O fungo provoca lesões necróticas de cor parda escura,
com zonas concêntricas circulares e angulares por vezes
com um halo clorótico nas folhas bem desenvolvidas. No
caule e nos pecíolos formam-se lesões alongadas
especialmente graves quando ocorre na junção do caule ou
nos ramos, enfraquecendo os ramos que, a seguir, podem
partir com o peso dos frutos.
Usar sementes sãs;
Evitar fazer a cultura em zonas baixas;
Fazer rotação de culturas;
Arrancar as plantas doentes e queimar o material infectado;
Fazer adubação equilibrada e um compasso bastante largo;
Químicos (fungicidas).
Seca Apical do Tomateiro
DOENÇA FISIOLOGICA
Geralmente, os frutos são afectados quando atingem um
terço a metade do seu desenvolvimento. Aparece
inicialmente uma mancha aquosa no ápice do fruto que
depois se alarga e a sua superfície fica deprimida e escuro.
Regar com regularidade;
Aplicar cal nos solos deficientes em cálcio (porém, na forma de
superfosfato de cálcio);
Usar variedades resistentes.
Murchidão-das-plântulas
(Vários fungos como
Phytium, Rizhoctonia
sclerotium e fusarium)
DOENÇA: FUNGO
A doença pode manifestar-se antes ou depois da
emergência das plantas. Antes da emergência, o patogeno
ataca a radícula e o caulículo, logo no início da
germinação provocando a morte da planta. Nas plântulas
recém germinadas estes fungos provocam dificuldades no
crescimento e desenvolvem-se pouco; assim, no viveiro
pode haver muitas falhas e plantinhas fracas e mal
desenvolvidas.
Fazer um viveiro elevado, com boa drenagem – “solarização” antes
de pôr viveiro <O que é a Solarização?: Pôr plástico preto em cima
do viveiro por um tempo, para eliminar doenças (isto aquece o solo
para matar bactérias e fungos). Isto é uma alternativa em relação a
queimar o campo.>;
Mudar o local do viveiro (longe de outras Solanáceas);
Semear em linhas com compassos largos;
Regar com água limpa;
Arrancar as plantas atacadas e queimá-las.
Lagarta americana (Veja para Couve)
29
Ficha de Apoio para o Tópico M7-3: GIP para as Principais Hortícolas de JFFLS (pág. 2)
Afídeos
PRAGA
Pequenos insectos de cor verde que ficam na parte inferior
da folha ou envolvem toda a bandeira em ninhadas. As
plantas muito atacadas ficam pequenas, com folhas mal
formadas. Liberta-se um líquido sacarino que convida as
formigas a impedirem o crescimento da planta, tornando-a
defeituosa.
Consociar com alho/cebola;
Regar bem;
Predadores naturais como joaninhas;
Predadores naturais contra afídeos .
Ácaro vermelho
(Tetranychus evansi)
PRAGA
Fazer rotação de culturas;
Regar para manter o solo húmido;
Predadores naturais como joaninhas;
Pesticidas naturais contra ácaros .
Couve
Repolho
Tsunga
(família das
Crucíferas)
Murchidão-das-plântulas (Veja nas Solanáceas)
Podridão-Preta
(Xanthomonas campestris)
DOENÇA: BACTERIA
Amarelecimento das folhas, começando das margens em
forma de V com o vértice virado para o centro da folha, as
nervuras da parte clorótica tornam-se pretas. No caule das
plantas doentes, em corte transversal, nota-se um anel
preto logo abaixo da casca.
Fazer rotação de culturas por 2 anos (e sem cucíferas ou
solanáceas);
Evitar fazer a cultura nos períodos quentes e húmidos;
Usar variedades resistentes a bactérias;
Fazer viveiros em solos não contaminados.
Broca-da-couve
(Hellula undalis)
Lagarta Americana
(Licoverpa armegera)
Lagarta da Couve
(Crocidolomia binotalis)
PRAGA: LAGARTA
Broca: O adulto é uma pequena borboleta nocturna de cor
castanha-cinzenta, as lagartas têm cor creme, com algumas
listras laterais de cor castanha avermelhada.
Lagarta Amer: de vários tamanhos encontra-se nos frutos
onde faz buracos redondos por onde penetra, mantendo a
cabeça no interior do fruto e a parte posterior de fora.
Lagarta de couve: Folhas completamente roídas e
cobertas por teias com excremento das lagartas que podem
viver agrupadas e destroem toda cabeça de repolho.
Tirar manualmente as lagartas e esmagar;
Observar cuidadosamente a cultura 5 a 5 dias e verificar os
sintomas;
Broca: Destruir os ápices e tirar todos os rebentos novos deixando
apenas um após a sua formação. Destruir o resto da cultura logo
após a colheita;
Fazer rotação de culturas;
Usar pesticidas naturais contra lagartas;
Usar químicos (Baithroyd).
Alface
Caracóis
PRAGA
Tirar os caracóis manualmente;
Usar pesticidas naturais (ex.: cinza, semente de ata...);
Usar tambores de água enterrados (com a abertura ao nível da terra),
abrindo valas para a água. Eles podem cair lá dentro e afogar-se.
30
Ficha de Apoio para o Tópico M7-3: GIP para as Principais Hortícolas de JFFLS (pág. 3)
Cebola
Alho
Murchidão-das-plântulas (Veja nas Solanáceas).
Mancha Arroxeada
DOENÇA: FUNGO
Fazer rotação com ciclo de 3-5 anos;
Fazer uma boa drenagem;
Usar variedades resistentes (ex.: Cebola vermelha “Texas Grande”);
Usar pesticidas químicos.
Tripes-de-Cebola
(Tripes tabaci)
PRAGA
A intensidade moderada provoca manchas prateadas nas
folhas, as folhas tornam-se amarelas, nestes casos os bolbos
ficam pequenos.
Semear pouco antes da época fresca;
Estrumar bem o campo;
Usar pesticidas naturais (ex.: margosa, mutica);
Usar pesticidas químicos.
Feijão
verde
(Faça referência à Tabela da 3ª Ficha de Apoio do Tópico M3-3 no Módulo 3: sobre os Feijões – a 4ª página)
Cenoura
Moscas brancas
PRAGA
Consociar com cebola/alho;
Usar pesticidas naturais como margosa.
31
Tópico M7-4: Gestão de Perdas Pós-colheita
OBJECTIVOS: 1. Aprender como evitar
perdas pós-colheita
(partindo do módulo Pós-
colheita – Tópico M6-4).
2. Aprender como
seleccionar e conservar as
sementes, grãos e feijões.
DURAÇÃO: 1a Parte: 60-65 min.
2a Parte: 55 min para
introdução.
Tempo adicional para sessões práticas: experiências na
machamba de aprendizagem.
MATERIAIS: Papel e marcadores.
PASSOS:
Parte 1: Perdas Pós-Colheita
1. (15-20 min) Plenário na machamba: chuva de ideias sobre perdas pós-
colheita Leve o grupo a observar o celeiro e secador construídos no mês
anterior, ou modelos melhorados que eventualmente existam na
comunidade. Comece com uma revisão dos pontos vistos no Tópico
M6-4: peça aos jovens para mostrarem:
o Aspectos que foram “melhorados” em relação aos modelos
usados na comunidade;
o O que procuramos evitar quando construímos estruturas
melhoradas.
Explique que há tipos diferentes de perdas pós-colheita (veja o 1º
ponto da 1ª Ficha de Apoio na página seguinte);
Pergunte aos jovens quando e porquê as perdas ocorrem;
Facilitador: Faça uma lista dos pontos apresentados pelos jovens e
adicione pontos que faltam, baseando-se no 2º ponto da 1a Ficha de
Apoio na página seguinte.
2. (20 min) Trabalho em grupos Explique que as principais perdas ocorrem depois da colheita,
afectando a nossa segurança alimentar e que por isso temos que
encontrar maneiras de as evitar.
Pergunte aos grupos: Como poderemos evitar os diferentes tipos de
perdas enumeradas durante a sessão anterior?
3. (25 min) Plenário: apresentação e discussão Depois das apresentações, resuma as conclusões sobre o que é preciso
para alcançar uma boa conservação pós-colheita (veja os bons
princípios de pós-colheita na 1a Ficha de Apoio).
32
1a Ficha de Apoio para o Tópico M7-4: Perdas Pós-Colheita
O que são Perdas pós-colheita?
Perda completa de produtos;
Perda de peso no produto;
Perda de cor, cheiro ou sabor;
Perda de valor nutritivo (degradação de proteínas
e vitaminas);
Perdas qualitativas ao cozinhar, moer, ou cozer no
forno.
Quando e Porque ocorrem as Perdas depois
da Colheita
Durante a colheita: métodos de colheita inadequados, falta de cuidado;
Durante o transporte: transporte e carregamento inadequados, falta de cuidado;
Durante a secagem: secagem insuficiente antes do armazenamento, estrutura para
secagem inadequada;
Durante a malhada: manipulação, malhada, descasque, limpeza e separação
inadequadas;
Durante o armazenamento: estrutura inadequada, temperaturas/humidade
demasiado altas, limpeza insuficiente, protecção inadequada contra infestações;
Durante a transformação: métodos inadequados, higiene insuficiente.
Bons Princípios de Pós-Colheita
1. Limpar bem para evitar a infestação de pragas
ou doenças
Limpar cuidadosamente e secar ao sol os
sacos, cestos e o celeiro, de sujidade e grãos velhos
(queimar ou enterrar resíduos que podem estar
infestados), etc.
Usar fumo para espantar os insectos para fora
do celeiro ou armazém.
2. Manter o celeiro/armazém seco
Secar suficientemente o produto antes do armazenamento.
Impermeabilizar o armazém e armazenar sobre paletas.
Deixar espaço entre as pilhas de sacos.
3. Manter uma temperatura constante e fresca no celeiro/armazém
Providenciar sombra para os armazéns ou silos (celeiros).
Armazenar sobre paletas para melhorar o arejamento.
Deixar espaço entre as pilhas para melhorar o arejamento.
4. Tomar mais medidas para proteger o produto de infestações de pragas
Proteger com medidas naturais (veja a 3a Ficha de Apoio, págs. 34-35)
33
Tópico M7-4 (Parte 2):
Selecção e Conservação de Grãos e Sementes
OBJECTIVO: Aprender como seleccionar e conservar as sementes
e grãos
DURAÇÃO: 55 min introdução, Sessões de experiências na machamba de
aprendizagem
MATERIAIS: Papel e marcadores,
instrumentos agrícolas.
PASSOS:
1. (5 min) Plenário: introdução Porque as pessoas conservam sementes?
Introduza o tópico de selecção e conservação de sementes para o ano
seguinte.
2. (30 min) Plenário na machamba de aprendizagem Chuva de ideias sobre os aspectos que os jovens deverão considerar ao
seleccionar as sementes.
Peça aos grupos para seleccionarem as plantas das quais irão tirar as
sementes e que expliquem a sua escolha.
Peça aos jovens para dizerem como e quando devem seleccionar as
sementes.
Resumir o processo de selecção (veja a 2a Ficha de Apoio, na pág. 33).
3. (10 min) Trabalho em grupos Que métodos de conservação as pessoas da nossa comunidade usam para
protegerem os grãos, culturas comestíveis, feijões e sementes contra as
pragas?
4. (15 min) Plenário: apresentações e resumo da sessão Resumir alguns destes métodos e introduzir outros que faltam (veja a 2
a
Ficha de Apoio, nas págs. 33-34).
5. (Ao longo dos meses) Prática na machamba de aprendizagem Experimentar diferentes métodos e combinações de métodos de
protecção, usando grãos, feijões e sementes de hortícolas (3a Ficha de
Apoio, nas pág. 34-35).
34
2a Ficha de Apoio para o Tópico M7-4:
Conservação de Produtos e Sementes no Celeiro
Etapas na Conservação de produtos e sementes no Celeiro 1. Limpeza: Limpar bem os recipientes, sacos e o celeiro: se for necessário, fumar
para ajudar na desinfecção ou esterilização destes.
2. Sementes: Seleccionar sementes de plantas:
Que não tenham sido atacadas pelas pragas;
Que mostrem uma boa colheita;
Que estejam bem adaptadas ao ambiente local;
Que vão ter características similares na próxima geração (i.e., garanta que não
tenha havido polinização com outras culturas semelhantes ao redor da
machamba, dado que estas podem adquirir características indesejáveis na
geração seguinte);
Que não sejam híbridos (têm de ser de “polinização aberta” para produzirem
boas sementes).
3. Processar as sementes:
a. Para frutas carnudas com sementes molhadas (ex.: tomate, beringela,
pepino, abóbora):
i. Seleccione frutas bem maduras de plantas
saudáveis.
ii. Corte e retire todas as sementes e o sumo
para um recipiente limpo. Feche bem a
tampa. Deixe repousar durante 4-7 dias. A
mistura começará a fermentar ligeiramente.
iii. Agite ligeiramente o frasco com o sumo
fermentado e coloque o conteúdo num balde.
iv. Adicione água limpa. As sementes boas
afundarão e as sementes não viáveis
flutuarão.
v. Cuidadosamente, retire a água e as
sementes não viáveis, de forma a ficar
apenas com as sementes boas.
vi. Lave as sementes seleccionadas (com água limpa!) e coloque-as num pano
em cima de uma rede de arame, num local elevado e à sombra para
secarem, durante 2-4 dias.
Para frutas carnudas ou secas com sementes secas (ex.: piripiri, paprica,
feijão, repolho, couve, alface, cebolas): i. Frutas frescas: coloque toda a fruta num pano
seco.
ii. Todas as frutas: Coloque os frutos secos num
saco e triture-os até libertarem as sementes.
iii. Separe as sementes e coloque-as num saco ou
esteira e deixe-as a secar durante 2-3 dias.
iv. Peneire as sementes de forma a remover o que
não presta.
35
2a Ficha de Apoio para o Tópico M7-4:
Conservação de Produtos e Sementes no Celeiro (pág. 2)
4. Armazenar as sementes
i. Reserve as sementes secas num frasco ou garrafa
que não deixe passar o ar, num local fresco e seco. Coloque
um rótulo na garrafa, indicando o tipo de planta e a data da
colheita.
ii. Para manter as sementes frescas, misture-as com
cinza arrefecida, retirada do fogão ou fogueira (0,5 kg de
cinza para 1 kg de sementes). Coloque as sementes ao sol de
vez em quando, para que mantenham um nível de humidade
baixo.
5. Proteger os grãos, sementes ou produtos conservados de pragas (veja a 3a
Ficha de Apoio, pág. 34).
6. Período de conservação: De preferência, semeie as sementes depois de as
conservar por 3-6 meses. Não conserve as sementes por mais de 2 anos, dado que
estas não irão germinar.
36
3a Ficha de Apoio para o Tópico M7-4:
Medidas de Protecção contra Pragas
1. Usando camadas de areia alternadas com grãos A função é preencher os espaços vazios entre os grãos
num recipiente (de feijão, milho, etc.) armazenados,
removendo desta forma o ar existente e,
consequentemente, inibindo o desenvolvimento de
insectos.
Como Fazer: Comece e conclua com camadas de
areia. Tenha o cuidado de não deixar os grãos fora da
areia. Tem de peneirar os grãos para separá-los da
areia.
2. Misturando a cinza de madeira com os grãos
A cinza forma uma camada protectora contra os insectos. Quando o insecto entra em
contacto com a cinza esta causa a desidratação da pele e, consequentemente, a sua
morte.
Como Fazer: Para cada 100 kg de grãos (de leguminosas e cereais), limpos e secos,
misture 10 kg de cinza peneirada. Guardar em sacos de ráfia, caixas de madeira ou
outro tipo de recipiente disponível.
3. Conservação com pó de piripiri ou de margoza
Piripiri e Margoza inibem o desenvolvimento de diferentes pragas (reveja a Tabela
M3-4 no Módulo 3: Crescimento Saudável).
Como Fazer: Coloque uma camada fina de piripiri (pilado até ficar um pó bem fino)
dentro do recipiente. Cubra a camada de piripiri com uma camada de grãos secos e
limpos. Intercale as camadas, finalizando a última camada com o piripiri. Guardar
em sacos de ráfia, caixas de madeira ou outro tipo de recipiente disponível.
4. Proteger espigas (de Milho) com folhas de eucalipto, tabaco ou baramombe
As folhas de Eucaliptus citrodorus, de tabaco ou de
baramombe (Lantana camara) repelem os gorgulhos no
celeiro.
Como Fazer: Cubra o fundo do celeiro com uma
camada de folhas. Intercale camadas de espigas com
folhas. Finalize a última camada com folhas. NB:
Renovar as folhas de tabaco de 6 em 6 meses; para
eucalipto: de 3 em 3 meses.
5. Conservação com flores/folhas repelentes
Como Fazer: plantar plantas, como flores “Cravo de Defunto” ou “Beijo da Mulata”
– ou outras plantas com folhas repelentes como Kambange
(Targetes minuta – da família myrtaceae) ou Chitsinga
(Datura stramonium – da família solanaceae) à volta do
celeiro para que o mau cheiro exalado pelas plantas afugente
os insectos.
6. Conservação dos grãos com Fumo
37
3a Ficha de Apoio para o Tópico M7-4:
Medidas de Protecção contra as Pragas
Conservação de Hortícolas e Frutas
Cada hortícola e fruta tem a sua particularidade. Em boas condições, algumas podem
estar armazenadas durante um longo período (por exemplo, abóboras e cebolas) e
outros por curto tempo (por exemplo, bananas e tomates). No próximo Módulo
(Tópico M8-2), falaremos sobre métodos de conservação e transformação de produtos
agrícolas nas JFFLS.
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Resumo e Avaliação do Módulo (30 min) Plenário: resumo No fim do módulo, faça um resumo com os jovens, para avaliar o seu nível de compreensão. Escolha diversos assuntos e discuta-os. Por exemplo: Explique a importância da água para as nossas vidas e para as culturas. Qual a importância do sistema imunológico. Indique pelo menos 2 maneiras de prevenir a transmissão do HIV. Indique pelo menos 2 maneiras para prevenir a malária. O que temos de fazer na nossa vida diária para prevenir a diarreia. O que podemos fazer para evitar perdas pós-colheita. Dê exemplos de como conservar as sementes contra pragas. Nomeie diversas plantas de medicina natural e a sua importância.
Depois da discussão, faça o seguinte exercício, ou outro exercício simples para concluir o módulo. (20 min) Exercício de conclusão do módulo: o que gostei, o que não gostei
1. Solicite aos jovens que formem um círculo. 2. Peça aos jovens para dizerem do que gostaram ou do que não gostaram no
módulo. Estimule-os a falarem sobre as suas impressões em cada tópico dado neste módulo.
3. Outra modalidade: peça a cada um dos grupos para elaborar um desenho ou uma peça de teatro relacionada com algo que tenham aprendido e que considerem muito importante para as suas vidas.
39
Lista de Referências
Este módulo foi compilado por: Mundie Salm, Consultora da JFFLS.
Tradução e revisão: Leonor Quinto, Consultora de Género e Formadora JFFLS.
Ilustrações: Hélder Moisés João Macamero.
Os textos foram baseados e adaptados de diferentes fontes:
Tópico M7-1: Como enfrentar e gerir ameaças, doenças e perdas na vida? Escrito por Mundie Salm, Consultora de JFFLS, baseado no treinamento de uma equipe italiana
sobre Cómico-terapia para JFFLS, Março, 2006.
Ficha de Apoio: baseada no manual Building Resilience in Children Affected by HIV/AIDS.
Sr. Silke-Andrea Mallmann CPS, Catholic AIDS Action, Namibia. Cape Town: Maskew Miller
Longman and Catholic Aids Action, Namíbia, 2ª edição, 2003: 35-38.
Tópico M7-2: Proteger-nos contra as Doenças Escrito por Mundie Salm, com apoio de Isabel Almeida, Consultora de Nutrição.
Parte 1: O que é a Doença?
1ª Ficha de Apoio: baseada no manual: Aprender a Viver Melhor! Machambas Escolares,
Draft, FAO, 2006: págs. 53-58 (adaptado por Mundie Salm)
2a Ficha de Apoio: baseada no manual: Saúde e Vida, UNICEF, 2002, Malária, págs. 108-
111; Diarreia = págs. 75-85; Vacinações = págs. 65-73 (adaptado por Mundie Salm e Isabel
Almeida, FAO Moçambique)
3a Ficha de Apoio: baseada nos manuais: Living well with HIV/Aids: A manual on nutritional
care and support for people living with HIV/Aids, FAO & WHO, 2002, págs. 13-16; e Manual de
Nutrição Comunitária, MISAU, 2004, págs. 32-33, 43-48, e 54 (adaptado por Mundie Salm e
Isabel Almeida, FAO Moçambique)
Parte 2: Lidando com o Impacto do HIV/SIDA: Primeiro exercício: Ross Kidd and Sue Clay (2003) Understanding and Challenging HIV Stigma:
A Toolkit for Action. The CHANGE project, Washington DC: Academy for Educational
Development (pág. 124).
Segundo exercício: de Meu Futuro é Minha Escolha, Maputo, UNICEF e GOM, 2004, pág. 90.
Parte 3: Importância das plantas medicinais Escrito por Mundie Salm. 7ª Ficha de Apoio: A maior parte desta ficha foi baseada em: Relatório do Encontro JFFLS
de Medicina Natural, Caritas-Messica, 2005 (adaptado por Mundie Salm)
8ª Ficha de Apoio: Receitas vêm de: Medicina Natural, Caritas-Messica, 2005; e Living well
with HIV/Aids: A Manual on Nutritional Care and Support for People Living with HIV/Aids,
Roma: FAO/WHO, 2002 (adaptado por Mundie Salm)
Tópico M7-3: GIP das hortícolas e outras culturas Escrito por Mundie Salm.
Ficha de Apoio: compilada pelo engenheiro João Sevene Jeque, Técnico na Estação Agrária
de Sussundenga, Ministério de Agricultura, Manica.
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Lista de Referências (pág. 2)
Tópico M7-4: Gestão de perdas pós-colheita
Parte 1: Perdas pós-colheita
1ª Ficha de Apoio: baseada no: Manual sobre a Prevenção das Perdas de Grão Conservação
de Grãos depois da Colheita, Gwinner, Joost, et al, GTZ, Eschborn, 1997, págs. 18-28; e
Apresentação para o ToT JFFLS sobre Pós-Colheita de Manuel A. Temo, Técnico Agrário,
Estação Agrária de Sussundenga, Março, 2006 (adaptado por Mundie Salm)
Parte 2: Selecção e Conservação de grãos e sementes Baseada na aula facilitada por Jaap van de Pol, Consultor FFS (adaptado por Mundie Salm,
Consultora de JFFLS)
2ª Ficha de Apoio: baseada nos manuais: Sustainable Agriculture Extension Manual for
Eastern and Southern Africa, IIRR, Nairobi, 1998, págs.184-186; Armazenagem de Grãos,
INDER, Maputo, 1992, pág.32 ; Armazenagem de Frutas e Hortícolas, INDER, Maputo, 1993,
pág.12 (adaptado por Mundie Salm)
3ª Ficha de Apoio: baseada nos manuais: Armazenagem de Grãos, INDER, Maputo, 1992,
pág.32; Armazenagem de Frutas e Hortícolas, INDER, Maputo, 1993, pág. 12; e Sustainable
Agriculture Extension Manual for Eastern and Southern Africa, IIRR, Nairobi, 1998, págs.184-
186 (adaptado por Mundie Salm