12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas
Monitoramento da Qualidade das Águas
Superficiais e das Comunidades Aquáticas na Usina Hidrelétrica São Domingos – MS
RELATÓRIO TÉCNICO CONCLUSIVO
12ª CAMPANHA PÓS-ENCHIMENTO DO RESERVATÓRIO
Municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo
Dezembro/2014
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 2 -
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 5
2. OBJETIVOS ............................................................................................................... 6
3. METODOLOGIAS DE TRABALHO ................................................................................ 7
3.1. ÁREA DE ESTUDO .............................................................................................................. 7
3.2. LOCALIZAÇÃO E DESCRIÇÃO DAS ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM ..................................... 7
3.3. METODOLOGIA DE AMOSTRAGEM ................................................................................ 10
3.4. METODOLOGIA DE LABORATÓRIO ................................................................................. 13
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................................................... 18
4.1. VARIÁVEIS DE CAMPO .................................................................................................... 18
4.2. VARIÁVEIS DE LABORATÓRIO ......................................................................................... 24
4.3. VARIÁVEIS ABIÓTICAS ..................................................................................................... 27
4.4. DADOS BIÓTICOS ............................................................................................................ 32
4.4.1 Índice de Coliformes ................................................................................................ 32
4.4.2. Comunidade Fitoplanctônica ................................................................................... 33
4.4.3. Comunidade Zooplanctônica ................................................................................... 36
5. ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA (IQA) E ÍNDICE DE ESTADO TRÓFICO (IET) ............ 40
6. ANÁLISE COMPARATIVA DOS DADOS OBTIDOS ANTES DO ENCHIMENTO DO
RESERVATÓRIO COM OS DADOS DO ENCHIMENTO .......................................................... 42
7. CONCLUSÃO ........................................................................................................... 47
8. SUGESTÕES DE MONITORAMENTO FUTUROS........................................................52
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 49
10. EQUIPE TÉCNICA .................................................................................................... 54
11. RESPONSÁVEL PELO RELATÓRIO ............................................................................. 54
ANEXOS............................................................................................................................57
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1–Mapa da Rede de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais e
Comunidades Aquáticas. ................................................................................................... 9
Figura 2– Pontos de monitoramento na UHE São Domingos. A=RSD4, B=RV6, C=RV7,
D=RSD2. .......................................................................................................................... 10
Figura 3 – Aferição de parâmetros com utilização de sonda. ............................................. 11
Figura 4– Medição da transparência utilizando Secchi. ..................................................... 12
Figura 5–Coleta de fitoplâncton e zooplâncton. ............................................................... 13
Figura 6 – Valores de Temperatura da água. .................................................................... 20
Figura 7 - Valores de Oxigênio Dissolvido. ........................................................................ 21
Figura 8 - Valores de pH. .................................................................................................. 21
Figura 9 - Valores de Condutividade Elétrica. ................................................................... 22
Figura 10 - Valores de Turbidez. ....................................................................................... 23
Figura 11 - Valores de Transparência. ............................................................................... 24
Figura 12 - Valores de sólidos totais. ................................................................................ 27
Figura 13 - Valores de sólidos totais dissolvidos. .............................................................. 28
Figura 14 - Valores de Demanda Bioquímica de Oxigênio. ................................................ 29
Figura 15 -Valores de Cor verdadeira. .............................................................................. 30
Figura 16 - Valores de Alcalinidade total. ......................................................................... 30
Figura 17 - Valores de Fósforo total. ................................................................................ 31
Figura 18 -Índices de coliformes termotolerantes. ............................................................ 33
Figura 19 - Riqueza registrada para o fitoplâncton............................................................ 35
Figura 20 - Abundância relativa da comunidade do fitoplâncton. ..................................... 36
Figura 21 - Riqueza registrada para o zooplâncton. .......................................................... 38
Figura 22 -Abundância relativa da comunidade do zooplâncton. ...................................... 38
Figura 23 - Abundância relativa de macroinvertebrados bentônicos. ................................ 40
Figura 24 - Representação do IQA (índice de qualidade da água). ..................................... 41
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LISTA DE QUADROS
Quadro 1-Localização das estações de amostragem. .......................................................... 8
Quadro 2 – Parâmetros analisados, método de análise e preservação das amostras. ........ 13
Quadro 3 - Classificação do Estado Trófico segundo o Índice de Calrson modificado. ........ 15
Quadro 4 - Classificação do Índice de Qualidade da Água. ................................................ 17
Quadro 5 - Valores de IET. ............................................................................................... 41
LISTA DE TABELAS
Tabela I - Dados obtidos em campo na 12ª campanha (dezembro/14) pós-enchimento do
reservatório. ................................................................................................................... 19
Tabela II - Resultados obtidos em superfície na 12ª campanha - dezembro de 2014. ........ 25
Tabela III - Resultados dos pontos de reservatório realizados em superfície, meio e fundo.
....................................................................................................................................... 26
Tabela IV - Densidade (ind./ml) dos táxons do fitoplâncton registrados no ambiente de
estudo, apresentando os organismos dominantes (vermelho) e abundantes (azul). ......... 34
Tabela V - Densidade (ind./ml) dos táxons do zooplâncton registrados no ambiente de
estudo, apresentando os organismos dominantes (vermelho) e abundantes (azul). ......... 37
Tabela VI - Densidade (ind/mL) dos táxons do zoobenton nos pontos amostrados. .......... 39
Tabela VII - Resultados de IQA. ........................................................................................ 42
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1. INTRODUÇÃO
Este Relatório apresenta os dados da campanha de monitoramento da qualidade das águas
superficiais e das comunidades aquáticas na área de influência da UHE São Domingos,
realizada no mês de dezembro de 2014 (dias) que corresponde à fase pós-enchimento do
reservatório. Foram realizadas 12 (doze) campanhas na fase pós-enchimento, quatro
campanhas de monitoramento na fase enchimento e quatro campanhas na fase rio,
sendoque as duas primeiras da fase rio (realizadas em novembro de 2010 e fevereiro de
2011) não foram realizadas pela Conagua Ambiental.
As atividades fazem parte dos Programas “Monitoramento das Águas Superficiais e
Monitoramento das Comunidades Aquáticas”, da UHE São Domingos que são parte
integrante do Projeto Básico Ambiental – PBA da Usina.
TUNDISI et al. (2008) esclarecem que barramentos de rios construídos pelo homem, são
sistemas aquáticos artificiais que apresentam características muito diferentes de lagos e
interferem nas bacias hidrográficas e nos ciclos hidrológicos. Dentre estas diferenças, se
destaca a presença de gradientes longitudinais bem característicos e acentuados, nos quais
se distinguem três regiões:
• Região sob influência de rios tributários;
• Região de transição funcionando como um intermediário entre rio e lago;
• Região de caráter mais lacustre, sujeita às ações da abertura do vertedouro e das
turbinas.
As regiões descritas por TUNDISI et al. (2008) criam uma dinâmica no ecossistema aquático,
proporcionando a formação de padrões de comportamento local e espacial que
caracterizam os ambientes.
Como instrumentos para descrição, acompanhamento e conhecimento da dinâmica do
ambiente aquático e suas interações entre as variáveis bióticas e abióticas, foram estudados
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alguns aspectos físico-químicos da água e parâmetros biológicos, bem como o fitoplâncton,
o zooplâncton e macroinvertebrados bentônicos.
A Usina Hidrelétrica de São Domingos (UHSD) é o primeiro empreendimento da Eletrosul, na
área de geração de energia no Mato Grosso Sul desde 1980, ano em que a empresa iniciou
as atividades no Estado, direcionadas para a transmissão de energia em alta tensão. A Usina
Hidrelétrica São Domingos tem potência instalada de 48 MW e energia assegurada de 36,9
MW médios. Com esta potência é capaz de gerar anualmente 323,25 GWh, e segundo
cálculos da empresa, a energia assegurada de 36,9 MW, é capaz de alimentar uma cidade de
até 210 mil domicílios ou, atender em média, 700 mil pessoas.
A UHE SD é uma usina com característica de “fio d’água”, ou seja, seu reservatório tem
somente a função de manter o desnível necessário para a geração de energia. A usina é
constituída de uma barragem que utiliza um canal de adução para conduzir a água até a casa
de força, de forma a aproveitar a queda natural do rio Verde.
2. OBJETIVOS
• Monitorar os padrões limnológicos do rio São Domingos, rio Verde e ribeirão
Tamanduá na área de influência direta do empreendimento durante a implantação do
mesmo;
• Monitorar a qualidade da água e os ecossistemas aquáticos após o enchimento
do reservatório, avaliando a reestruturação dos padrões ecológicos gerada pela formação do
reservatório;
• Fornecer subsídios para a tomada de decisão sobre o uso da água e
desenvolvimento sustentável do futuro reservatório.
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3. METODOLOGIAS DE TRABALHO
3.1. ÁREA DE ESTUDO
Localizada a 205 quilômetros da cidade de Campo Grande, a Usina Hidrelétrica de São
Domingos está instalada na confluência dos rios Verde e São Domingos, na divisa dos
municípios de Água Clara e Ribas do Rio Pardo (região leste do MS), com acesso pela BR-262,
em Água Clara.
A sub-bacia do rio Verde situa-se no quadrante centro-nordeste do estado de Mato Grosso
do Sul, abrangendo parcelas do território de quatro municípios, Ribas do Rio Pardo e
Camapuã pela margem direita, Água Clara e Costa Rica pela esquerda. A drenagem da
sub-bacia é comandada pelo rio Verde e pelo São Domingos, seu principal tributário. O rio
Verde tem suas cabeceiras situadas a cerca de 980 m de altitude no reverso da cuesta,
conhecida regionalmente como Serra das Araras, e que constitui a borda setentrional da
Bacia Sedimentar do Paraná. Após um percurso de aproximadamente 220 km, desemboca
no rio Paraná cerca de 50 km a jusante da cidade de Três Lagoas. Seu afluente principal, o rio
São Domingos, na margem esquerda, nasce mais a sul (ENGEVIX, 2001).
3.2. LOCALIZAÇÃO E DESCRIÇÃO DAS ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM
A rede de monitoramento da qualidade da água e das comunidades aquáticas é composta
por sete (7) estações de amostragem que estão apresentadas no Quadro 1 a seguir. Em
todos os pontos de amostragem foram realizadas coletas para análise da qualidade da água
e comunidades aquáticas.
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Quadro 1-Localização das estações de amostragem.
Ponto Código Localização Coordenadas
(Datum SAD 69)
1 RSD 1 Rio São Domingos, curso médio, nas cachoeiras
situadas a jusante do ribeirão Nascente 269709 W 7790742 S
2 RSD 2 Rio São Domingos próximo a foz 271411 W 7781279 S
3 RV 3 Rio Verde imediatamente a montante da área prevista do reservatório da UHE São Domingos
263871 W 7788066 S
4 RV 4 Rio Verde a montante da cachoeira Branca nas proximidades da cachoeira Preta (a jusante da
confluência com o ribeirão Araras)
267590 W 7784205 S
5 RTM 5 Ribeirão Tamanduá próximo a foz com o rio Verde, aproximadamente 600 metros da foz do rio Verde
271600 W 7780019 S
6 RV 6 Rio Verde imediatamente após a cachoeira Branca
(a jusante do barramento) 272188 W 7780324 S
7 RV 7 Rio Verde região de várzea situada entre os
córregos Ferreira e Barreirinho, a jusante da cidade de Água Clara (a jusante da UHE São Domingos)
320606 W 7719070 S
Os novos ambientes criados com o represamento da água resultaram no aparecimento de
novas comunidades e inúmeras interações. Os pontos RSD 02 e RV 04 são pontos de
reservatório (lênticos). Os pontos RSD1 e RV3 são considerados ambientes de transição,
situados a montante do reservatório. Já o ponto RTM5 está localizado no rio Tamanduá, um
afluente do rio Verde. Os pontos RV6 e RV7 são ambientes fluviais (lóticos) e estão
localizados a jusante da barragem, estando o ponto RV 06, próximo, e o ponto RV 07
distante da barragem.
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A Figura 1 a seguir representa a localização das estações de amostragem (Anexo I – Mapa de
localização das estações).
Figura 1–Mapa da Rede de Monitoramento da Qualidade das ÁguasSuperficiais e Comunidades Aquáticas.
As mesmas estações de amostragem foram adotadas em todas as fases do empreendimento
(fase de implantação, enchimento e operação da Usina), buscando uma análise comparativa
entre os valores levantados com as fases do empreendimento. Seguem abaixo registros
fotográficos dos pontos amostrais.
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Figura 2– Pontos de monitoramento na UHE São Domingos. A=RSD4, B=RV6, C=RV7, D=RSD2.
3.3. METODOLOGIA DE AMOSTRAGEM
A amostragem foi realizada conforme Instrução Normativa Interna IT 05.102 (Plano de
amostragem de água e efluentes - para as amostras físico-químicas e microbiológicas).
As amostras para análises físico-químicas foram coletadas em frascos de polietileno e/ou em
vidro de borossilicato conforme o tipo de parâmetro a ser determinado. Para as amostras
destinadas ao exame bacteriológico foram utilizados materiais estéreis.
As amostras foram devidamente preservadas e acondicionadas em gelo embalado em sacos
plásticos e transportadas em baixa temperatura até o laboratório para análises seguindo
A B
C D
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recomendações das NORMAS TÉCNICAS: NBR9897 e NBR9898 corroborando ao preconizado
no Standard Methods for Examination of Water and Wastewater, AWWA/APHA, 22ª ed.
(2012), tendo-se o cuidado de obedecer ao tempo decorrido entre a coleta e análise da
amostra.
Em campo foram realizadas as seguintes análises: oxigênio dissolvido, pH, condutividade
elétrica e turbidez utilizando sonda multiparamétrica HORIBA (Figura 9). Foram aferidas
também as temperaturas ambiente e da água.
Figura 3 – Aferição de parâmetros com utilização de sonda.
A profundidade da extinção da luz visível foi obtida através do disco de Secchi, cujo valor
medido permite estimar a transparência da água (Figura 4).
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Figura 4– Medição da transparência utilizando Secchi.
As amostras destinadas à análise qualitativa do fitoplâncton foram obtidas mediante uso de
rede com malha de abertura de 20 µm. Para a coleta a rede foi passada várias vezes na zona
eufótica. O número de passadas foi registrado em cada amostragem e definido, a partir
deste, o volume amostrado. A amostra também foi fixada com lugol acético.
Amostras quantitativas de fitoplâncton foram obtidas com um frasco de vidro âmbar, com
volume de 1000 mL, por meio de amostragem na superfície, obedecendo a orientação do
disco de Secchi, considerando a zona eufótica da coluna d’água. A amostra foi fixada com
solução de lugol acético.
As amostras de zooplâncton foram coletadas passando a rede várias vezes na zona eufótica,
cujo número de passadas foi registrado em cada amostragem e definido, a partir deste, o
volume amostrado (Figura 5). Foi utilizada a rede de malha de 50 μm a fim de capturar os
organismos menores, e em seguida, a amostra foi fixada com formol 5%. De acordo com
CETESB (2000), quando o método quantitativo utilizado é a análise da densidade de
organismos, ele fornece também a informação qualitativa.
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Figura 5–Coleta de fitoplâncton e zooplâncton.
As amostras para determinação de macroinvertebrados bentônicos foram coletadas com
auxílio de um amostrador tipo Surber, onde foram coletadas subamostras totalizando
aproximadamente 0,5m2 por ponto de coleta, acondicionadas em frascos plásticos e
preservadas com formol a 4%.
3.4. METODOLOGIA DE LABORATÓRIO
As amostras foram analisadas seguindo as instruções da IT. 05.102 (Plano de amostragem de
águas e efluentes), instrução interna de trabalho da Conagua, e em conformidade com os
procedimentos recomendados no Standard Methods for Examination of Water and
Wastewater, AWWA/APHA-22ª ed. (2012), desta forma obedecendo aos padrões de
qualidade analítica e certificações da CONAGUA Ambiental. Foram avaliados os parâmetros
ambientais apresentados no Quadro 2.
Quadro 2 – Parâmetros analisados, método de análise e preservação das amostras.
PARÂMETROS MÉTODO ANALÍTICO PRESERVAÇÃO DA AMOSTRA
ÁGUAS SUPERFICIAIS
Temperatura da Água Termômetro de mercúrio Análise em campo
Alcalinidade total Titulometria Análise em campo
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PARÂMETROS MÉTODO ANALÍTICO PRESERVAÇÃO DA AMOSTRA
Coliformes totais e Coliformes Fecais
Teste substrato enzimático cromogênico e fluorogênico
Refrigeração < 10ºC
Condutividade Potenciometria Análise em campo
Cor verdadeira Comparação visual Refrigeração a 4ºC
DBO5,20 Teste DBO 5 dias Refrigeração a 4ºC
Fósforo total Cloreto Estanhoso - Espectrofotométrico Adição de H2SO4 até
pH<2 e refrigeração a 4ºC
Fosfato Ácido Ascórbico - Espectrofotométrico Adição de H2SO4 até
pH<2e refrigeração a 4ºC
Ortofosfato Ácido Ascórbico - Espectrofotométrico Adição de H2SO4 até
pH<2e refrigeração a 4ºC
Nitrato Redução de Cádmio Refrigeração a 4ºC
Nitrito Colorimétrico Refrigeração a 4ºC
Nitrogênio amoniacal total Macro-Kjeldhal/Destilação/Nesslerização Adição de H2SO4 até
pH<2 e refrigeração a 4ºC
Nitrogênio totalKjeldahl Macro-
Kjeldhal/Digestão/Destilação/Nesslerização Adição de H2SO4 até
pH<2 e refrigeração a 4ºC
Oxigênio dissolvido Sonda de Oxigênio Dissolvido Determinação em campo
pH Potenciométrico Determinação em campo
Sólidos dissolvidos totais SMWW 2540 C 22st ed Refrigeração a 4ºC
Sólidos sedimentáveis totais SMWW 2540 D 22st ed Refrigeração a 4ºC
Sólidos totais SMWW 2540 B 22st ed Refrigeração a 4ºC
Turbidez Nefelométrico Refrigeração a 4ºC
Transparência Secchi (m) Disco de Secchi Determinação em campo
COMUNIDADES AQUÁTICAS
Zooplâncton Filtração de volume conhecido em rede de
20 a 60 μm e preservado em formol 4% 25 mL de formaldeído neutralizado 40% em
250 mL de amostra
Fitoplâncton Filtração de volume conhecido em rede de
20 μm e preservado em lugol
Temperatura de 4ºC, protegida da luz e apenas 2/3 do volume do frasco contendo
amostra
Bentos Coleta com amostradorsurber e
preservados em formol 4%. Refrigeração, sacos plásticos resistentes
Clorofilaa Filtração de volume conhecido de água em
filtro de fibra de vidro 1µm de poro, e extração em metanol pelo Método de Nush
Refrigeração a 4ºC, protegida da luz e ácidos com 1 ml de solução de
carbonato de magnésio
Ressalta-se que conforme mencionado anteriormente foram analisados em campo os
parâmetros Oxigênio Dissolvido, pH, Condutividade Elétrica, Temperatura ambiente,
Temperatura da água e Transparência.
Os resultados foram avaliados segundo recomendações da Resolução CONAMA Nº 357 de
17 de Março de 2005, artigo 15 que enquadra os mananciais em classes.
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Para a determinação do índice de coliformes totais e bactérias termotolerantes foi adotada a
técnica dos tubos múltiplos, NMP/100 mL em que a faixa de detecção é ≤ 1,8, sendo (menor
que) < 1,8 correspondente ao valor de expressão para ausência de bactérias na amostra
examinada.
Para determinação do nível trófico, o índice adotado será o índice clássico introduzido por
CALRSON modificado por LAMPARELLI (2004) adotado pela CETESB que, através de método
estatístico baseado em regressão linear, alterou as expressões originais para adequá-la a
ambientes subtropicais. Este índice utiliza três avaliações de estado trófico em função dos
valores obtidos para as variáveis: transparência (disco de Secchi), clorofila “a” e fósforo total.
Das três variáveis citadas para o cálculo do IET foram aplicadas neste relatório apenas duas:
clorofila “a” e fósforo total, uma vez que os valores de transparência muitas vezes não são
representativos do estado de trofia, pois esta pode ser afetada pela elevada turbidez
decorrente de material mineral em suspensão e não apenas pela densidade de organismos
planctônicos. Se não houver resultados para o fósforo total ou para a clorofila a, o índice
será calculado com a variável disponível e considerado equivalente ao IET (Quadro 3).
Nesse índice, os resultados correspondentes ao fósforo, IET(P), devem ser entendidos como
uma medida do potencial de eutrofização, já que este nutriente atua como o agente
causador do processo. A avaliação correspondente à clorofila “a”, IET (CL), por sua vez, deve
ser considerada como uma medida da resposta do corpo hídrico ao agente causador,
indicando de forma adequada o nível de crescimento de algas que tem lugar em suas águas.
Assim, o índice médio engloba, de forma satisfatória, a causa e o efeito do processo.
Quadro 3 - Classificação do Estado Trófico segundo o Índice de Calrson modificado.
Fonte: TUNDISI et al. (2009)
Ultraoligotrófico IET ≤ 47 P ≤ 13 CL ≤ 0,74
Oligotrófico 47 < IET ≤ 52 13< P ≤ 35 0,74 < CL ≤ 1,31
Mesotrófico 52 < IET ≤ 59 35 < P ≤137 1,31 < CL ≤ 2,96
Eutrófico 59 < IET ≤ 63 137< P ≤296 2,96 < CL ≤ 4,70
Supereutrófico 63 < IET ≤ 67 296 < P ≤640 4,70 < CL ≤ 7,46
Hipereutrófico IET> 67 640 < P 7,46 < CL
PonderaçãoCategoria estado
tróficoP-total - P Clorofila a
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Os dados obtidos com as amostras foram usados como subsídios para o cálculo do IQA, que
se apresentou como importante ferramenta empregada na avaliação da qualidade da água
de rios, córregos e lagos.
Segundo CETESB (2011), o IQA é calculado pelo produtório ponderado das qualidades de
água correspondentes aos parâmetros: temperatura da amostra, pH, oxigênio dissolvido,
demanda bioquímica de oxigênio (5 dias, 20ºC), coliformes termotolerantes, nitrogênio
total, fósforo total, resíduo total (sólido total) e turbidez.
A seguinte fórmula foi utilizada:
Onde:
IQA: Índice de qualidade das Águas, um número entre 0 e 100;
qi: qualidade do i-ésimo parâmetro, um número entre 0 e 100, obtido da respectiva
"curva média de variação de qualidade", em função de sua concentração ou medida, e
wi: peso correspondente ao i-ésimo parâmetro, um número entre 0 e 1, atribuído em
função da sua importância para a conformação global de qualidade, sendo que:
em que:
n: número de parâmetros que entram no cálculo do IQA.
Na ausência de valor de algum dos 9 parâmetros, o cálculo do IQA é inviabilizado.
A partir do cálculo efetuado do IQA, pode-se determinar a qualidade das águas brutas,
variando numa escala de 0 a 100, conforme quadro a seguir (Quadro 4).
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Quadro 4 - Classificação do Índice de Qualidade da Água.
Fonte: CETESB (2011).
Com relação às amostras de fitoplâncton total, estas foram quantificadas através de
microscópio invertido marca Zeiss modelo Axiovert, utilizando aumento de 400 vezes, de
acordo com o método de Utermöl (UTERMÖL, 1958 - BIBLIOGRAFIA). A contagem foi
realizada em campos distribuídos aleatoriamente (UHELINGER, 1964 - BIBLIOGRAFIA), sendo
sorteadas abscissas e ordenadas a cada novo campo.
A quantificação dos organismos (cenóbios, colônias, filamentos e células) foi avaliada até
alcançar 100 indivíduos da espécie mais frequente. Quando este procedimento foi
impossível de ser realizado em função da quantidade dos indivíduos não atingir o número
esperado, foram contadas as algas de tantos campos aleatórios quantos foram necessários
até estabilizar o número de espécies, aumentando assim o limite de confiança.
O índice de diversidade Shannon foi calculado através do programa estatístico Biodiversity
Professional (1997).
Onde:
H’ = índice de diversidade de Shannon;
pi = probabilidade de ocorrência da espécie i na amostra;
As amostras de zooplâncton foram quantificadas de acordo como o método do Manual da
CETESB/2000, em microscópio invertido Zeiss modelo Axiovert 25 a 400 aumentos. Para
Categoria PonderaçãoÓtima 79 <IQA ≤ 100
Boa 51 < IQA ≤ 79Regular 36 < IQA ≤ 51
Ruim 19 < IQA ≤ 36Péssima IQA ≤ 19
IQA - Parâmetros
∑
=
∗−=
S
i
pipiH1
')log()(
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cada amostra, um volume conhecido foi filtrado em uma rede de plâncton de 20 µm de
abertura de malha. Os resultados foram expressos em número de organismos por unidade
de volume, considerando a quantidade de água filtrada durante a coleta do zooplâncton.
Para análise e identificação dos zoobentons, o material coletado foi inicialmente flotado em
uma solução de glicose (açúcar cristal) a 120%, sendo o sedimento retido em rede de malha
250 µm, imediatamente fixado em álcool 70%. Posteriormente, uma fração fixa do volume
total da amostra (BRANDIMARTE et al., 2004) foi depositada em placa de Petri e os
organismos separados do sedimento com pinça entomológica, utilizando um microscópio
estereoscópico, no aumento de 7x, sendo utilizado para a identificação em nível de família
quando possível, chave taxonômica de MERRITT & CUMMINS, (1996) e PEIXINHO et al.
(1999).
Para a análise de abundância relativa e dominância dos macroinvertebrados utilizou-se os
critérios de LOBO & LEIGHTON (1986). Alguns índices são empregados na avaliação de
macroinvertebrados. A riqueza de táxon é representada pelo número de organismos
encontrados (PEREIRA & HENRIQUE, 1996).
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os Relatórios de Ensaios, que contemplam todos os resultados de qualidade da água e os
resultados limnológicos encontram-se no Anexo II deste documento.
4.1. VARIÁVEIS DE CAMPO
Os dados de campo obtidos durante a campanha estão registrados na Tabela I a seguir.
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Tabela I - Dados obtidos em campo na 12ª campanha (dezembro/14) pós-enchimento do reservatório.
Pontos
Oxigênio
Dissolvido
(mg/L O2)
pH
Condutividade
(µS/cm)
Temp.
ambiente
°C
Temp.
água
°C
Disco de
Secchi
(m)
Turbidez
(NTU)
RSD1 7,25 7,74 24,6 28,6 28,8 0,90 9,06
RSD2 7,1 7,65 14,27 28,6 28,8 0,83 13,3
RV3 7,4 7,52 26,5 29,0 28,0 0,92 13,1
RV4 7,53 7,85 26,4 29,7 29,0 0,80 16,4
RTM5 7,26 7,56 24,3 26,5 26,8 Fundo 7,5
RV6 8,22 7,68 23,3 27,0 27,2 0,65 22,5
RV7 7,37 7,7 23,9 27,0 27,1 0,50 16,1
A temperatura do ar demonstrou variações sazonais, com média de 28,05 ºC. O tempo
esteve nublado em grande parte do período de coletas, sendo registradas chuvas fracas a
médias. O mês de dezembro é considerado um mês chuvoso, com registro de elevadas
precipitações. A temperatura média das águas foi de 27,95ºC. A temperatura desempenha
um papel principal de controle no meio aquático, condicionando as influências de uma série
de variáveis físico-químicas, porém pode variar durante o dia.
A Figura 6 apresenta os valores da temperatura da água medidos durante o monitoramento
realizado na UHE São Domingos. Segundo BRANCO (1978), os rios podem ser classificados
quanto à temperatura de suas águas. Sendo este um importante fator ecológico, tanto pela
influência direta que pode exercer sobre vários tipos de organismos, como pela relação
existente entre eles e o teor de gases dissolvidos.
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 20 -
Figura 6 – Valores de Temperatura da água.
Em relação ao oxigênio dissolvido, suas principais fontes para a água são a atmosfera e a
fotossíntese, devendo-se as perdas à decomposição de matéria orgânica (oxidação), difusão
para a atmosfera, respiração dos organismos aquáticos e oxidação de íons metálicos
(ESTEVES, 1998).
O oxigênio esteve bastante elevado nos pontos da UHE São Domingos no mês de dezembro
de 2014. O ponto RV6 apresentou o maior valor de oxigênio (8,22), ponto localizado a
jusante da barragem. Todos os pontos monitorados atenderam a recomendação da
Resolução CONAMA 357/05, estando acima de 5 mg/L O2 (Figura 7). De acordo com ROLLA
et al. (2009), teores de oxigênio >3mg/L O2 já são suficientes para manter a comunidade de
peixes em condições adequadas de sobrevivência.
28,8 28,8 2829
26,8 27,2 27,1
0
5
10
15
20
25
30
35
RSD1 RSD2 RV3 RV4 RTM5 RV6 RV7
°C
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 21 -
Figura 7 - Valores de Oxigênio Dissolvido.
O pH mostrou médiade 7,67 e apresentou valores neutros, estando entre 7,52 (RV3) e7,85
(RV4). Todos os resultados atenderam ao recomendado na legislação, estando entre 6 e 9,
conforme apresentado na Figura 8. O pH pode em determinadas condições, contribuir para
a precipitação de elementos químicos tóxicos como metais pesados; em outras condições
podem exercer efeitos sobre a solubilidade de nutrientes na água (CETESB, 2010).
Figura 8 - Valores de pH.
7,25
7,1
7,4 7,53
7,26
8,22
7,37
4
5
6
7
8
9
RSD1 RSD2 RV3 RV4 RTM5 RV6 RV7
mg/
L O
2
12ª campanhadez/14
CONAMA357/05
5,5
6
6,5
7
7,5
8
8,5
9
9,5
RSD1 RSD2 RV3 RV4 RTM5 RV6 RV7
6 a
9
12ª campanhadez/14
CONAMA357/05
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 22 -
A condutividade pode fornecer indicação das modificações na composição de uma água,
especialmente na sua concentração mineral. A condutividade elétrica nas campanhas esteve
baixa (< 50 µS/cm) (Figura 9), demonstrando baixa concentração de sais nas águas. O maior
registro foi 26,5 µS/cm no ponto RV3. A legislação não faz referência a esse parâmetro, e,
portanto, não há limites recomendados.
Figura 9 - Valores de Condutividade Elétrica.
Segundo CETESB (2010), a turbidez é o grau de atenuação de intensidade que um feixe de
luz sofre ao atravessar a água, e esse valor pode ser influenciado por vários fatores, tais
como presença de sólidos em suspensão, partículas inorgânicas (areia, silte, argila) e de
detritos orgânicos, algas e bactérias, plâncton em geral, etc. A turbidez esteve baixa em
todos os pontos, conforme apresenta a Figura 10.
24,6
14,27
26,5 26,424,3
23,3 23,9
0
3
6
9
12
15
18
21
24
27
30
RSD1 RSD2 RV3 RV4 RTM5 RV6 RV7
µS/
cm3
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 23 -
Figura 10 - Valores de Turbidez.
A transparência, medida pelo disco de Secchi, é função essencialmente da reflexão da luz na
superfície do corpo d’água sendo, por isso, influenciada pelas características das águas e dos
constituintes da matéria orgânica nela dissolvida ou em suspensão (WETZEL, 1993 apud
BARBOSA et al, 2006). Essa medida tem maior significado em lagos e represas, já que águas
turvas nestes ambientes podem reduzir a penetração da luz, prejudicando assim, a
fotossíntese.
No ponto RTM5 o disco de secchi sempre atinge o fundo, onde a água é bem rasa. Nos
outros pontos a transparência variou de 0,5 m (RV7) a 0,92 m (RV3) (Figura 11). A
transparência esteve baixa, o que tem relação com as chuvas que caíram na região no
período das coletas, corroborando a elevada cor registrada nos pontos amostrais.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
RSD1 RSD2 RV3 RV4 RTM5 RV6 RV7
NTU
12ª campanhadez/14
CONAMA357/05
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 24 -
Figura 11 - Valores de Transparência.
4.2. VARIÁVEIS DE LABORATÓRIO
Na Tabela II a seguir estão apresentados os resultados obtidos em superfície na 12ª (décima
segunda) campanha pós-enchimento realizada no mês de dezembro de 2014.
0,9 0
,83
0,9
2
0,8
0,4
0,6
5
0,5
R S D 1 R S D 2 R V 3 R V 4 R T M 5 R V 6 R V 7M
etr
os
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 25 -
Tabela II - Resultados obtidos em superfície na 12ª campanha - dezembro de 2014.
Legenda – NR: Não regulamentado; VMP: Valor máximo permitido; (a): Até 0,1 mg/L para ambientes lóticos, até 0,03 mg/L para ambientes lênticos, e até 0,05 mg/L em ambientes intermediários e tributários diretos de ambientes lênticos. (b): 3,7mg/L N para pH ≤ 7,5; 2,0 mg/L N para 7,5 < pH ≤ 8,0; 1,0 mg/L N para 8,0 < pH ≤ 8,5; 0,5 mg/L N para pH > 8,5.
PARÂMETROS
PONTOS
Ponto RSD1
Ponto RSD2
Ponto RV3
Ponto RV4
Ponto RTM5
Ponto RV6
Ponto RV7
CONAMA 357/05 (VMP)
Alcalinidade Total 13,5 10,0 12,5 12,5 15,0 13,5 11,5 NR
Clorofila “a” < 0,1 < 0,1 < 0,1 < 0,1 < 0,1 < 0,1 < 0,1 30,0
Cor Verdadeira 58,0 69,0 75,0 72,0 50,0 131,0 90,0 75,0
Cloretos < 0,1 < 0,1 < 0,1 < 0,1 < 0,1 < 0,1 < 1,0 250,0
DBO 5 a 20°C 2,3 0,3 0,4 0,3 1,5 1,8 1,6 5,0
Fósforo Total 0,033 0,03 0,025 0,025 0,027 0,04 0,033 0,1 (a)
Fosfato Total 0,1 0,091 0,076 0,076 0,082 0,122 0,101 NR
Nitratos 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 <0,01 0,1 10,0
Nitritos 0,016 0,007 <0,001 0,011 <0,001 <0,001 <0,001 1,0
Nitrogênio Amoniacal <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 <0,01 0,5 a 3,7 (b)
Nitrogênio total kjeldahl < 0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,01 NR
Ortofosfato 0,02 0,029 0,022 0,02 0,027 0,027 0,016 NR
Sólidos Totais 19,0 12,0 19,0 21,0 19,0 15,0 16,0 NR
Sólidos Totais Dissolvidos
13,53 7,84 14,57 14,52 13,36 12,81 13,14 500,0
Sólidos Sedimentáveis <0,1 < 0,1 < 0,1 < 0,1 < 0,1 < 0,1 < 0,1 NR
Coliformes Totais 2,0x103 6,97x102 6,97x102 8,85x102 2,0x103 2,0x103 2,0x103 NR
Coliformes Termotolerantes
2,54x102 1,0x10 3,1x10 6,4x10 4,53x102 1,0x10 1,24x102 1,0x103
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 26 -
A Tabela III a seguir apresenta os resultados em profundidade nos pontos de reservatório
RSD2 e RV4.
Tabela III - Resultados dos pontos de reservatório realizados em superfície, meio e fundo.
PARÂMETROS RSD2 RV4
SUPERFÍCIE (0,20 m)
MEIO (12 m)
FUNDO (25 m)
SUPERFÍCIE (0,20 m)
MEIO (9 m)
FUNDO (17 m)
Alcalinidade total 10,0 15,0 10,0 12,5 15,0 13,5
Cloretos < LQ <LQ <LQ <LQ <LQ <LQ
Cor verdadeira 69,0 80,0 312,0 72,0 93,0 176,0
Condutividade 14,27 23,3 24,0 26,4 26,8 24,7
Demanda Bioquímica de Oxigênio 0,3 0,2 1,0 0,3 1,1 0,3
Fósforo total 0,03 0,035 0,132 0,025 0,048 0,219
Fosfato total 0,091 0,105 0,396 0,076 0,145 0,671
Nitrato 0,1 < 0,01 0,1 0,1 0,1 0,3
Nitrito 0,007 0,013 0,002 0,011 < 0,001 0,041
Nitrogênio amoniacal < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01 < 0,01
Nitrogênio total < 0,1 < 0,1 < 0,1 < 0,1 <0,01 <0,01
Ortofosfato 0,029 0,026 0,091 0,02 0,04 0,126
Oxigênio dissolvido 7,1 7,04 6,78 7,53 7,12 7,14
pH 7,65 7,64 7,81 7,85 7,72 7,58
Sólidos sedimentáveis < 0,1 < 0,1 < 0,1 < 0,1 < 0,1 0,9
Sólidos totais 12,0 16,0 15,0 21,0 17,0 36,0
Sólidos totais dissolvidos 7,84 12,81 13,2 14,52 14,74 13,58
Turbidez 13,3 12,9 100,0 16,4 31,8 156,0
Coliformes totais 6,97x102 1,184x103 1,091x103 8,85x102 2,0x103 1,445x103
Coliformes fecais 1,0x10 6,4x10 1,64x102 6,4x10 9,9x10 1,37x102
O fósforo total esteve elevado no meio e fundo dos pontos de reservatório em dezembro de
2014. A cor também se mostrou elevada no fundo. A carga orgânica, representada pela DBO
esteve baixa. A turbidez apresentou valores elevados no fundo, porém somente no RV4
ultrapassou o recomendado pela legislação. Os valores de coliformes estiveram baixos,
sendo mais elevados no fundo. Houve registro de sólidos sedimentáveis no fundo do RV4. O
oxigênio dissolvido não apresentou perfil vertical, alterando pouco conforme o aumento da
profundidade.
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 27 -
4.3. VARIÁVEIS ABIÓTICAS
A seguir serão discutidos os resultados dos parâmetros realizados em laboratório
monitorados nessa fase pós-enchimento do reservatório.
Segundo TUCCI (2008), a bacia hidrográfica, naturalmente, produz uma quantidade de
sedimentos transportada pelos rios em razão das funções naturais do ciclo hidrológico,
porém quando ocorre modificação da cobertura da bacia (retirada da cobertura vegetal), o
solo fica desprotegido e a erosão e produção de sedimentos aumentam. Os sólidos em geral,
são compostos por argila, areia, matéria orgânica, sais minerais e metais.
Os sólidos sedimentáveis não foram significantes. Eles evidenciam a capacidade de
sedimentação de sólidos em reservatórios. A resolução CONAMA 357/05 não faz referência
a esse parâmetro.
Os sólidos totais foram pouco expressivos, conforme verificamos na Figura 12. Não há limite
legal para os sólidos totais.
Figura 12 - Valores de sólidos totais.
19
12
19
21
19
1516
0
5
10
15
20
25
RSD1 RSD2 RV3 RV4 RTM5 RV6 RV7
mg/
L
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 28 -
Os sólidos totais dissolvidos também foram pouco expressivos, sendo que estes se referem à
concentração de íons dissolvidos presentes nas águas. Os sólidos totais dissolvidos estiveram
dentro do recomendado na Resolução CONAMA 357/05 (<500 mg/L), sendo o maior registro
de 14,57 mg/L no ponto RV3 (Figura 13).
Figura 13 - Valores de sólidos totais dissolvidos.
A carga orgânica, expressa pela DBO, durante o período monitorado esteve baixa. O maior
valor encontrado foi no RSD1 (2,3) e atendeu a Resolução CONAMA 357/05(< 5,0 mg/L O2
em ambientes Classe II). Os resultados das análises de DBO estão representados na Figura 14
a seguir.
13,53
7,84
14,57 14,5213,36
12,81 13,14
0
2
4
6
8
10
12
14
16
RSD1 RSD2 RV3 RV4 RTM5 RV6 RV7
mg/
L
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 29 -
Figura 14 - Valores de Demanda Bioquímica de Oxigênio.
A cor nas águas naturais, geralmente é devida a produtos de decomposição de matéria
orgânica do próprio manancial ou do húmus dos solos adjacentes e também por atividades
humanas, tais como: irrigação de terras destinadas à agricultura, dragagens de areia, queima
de matas, etc. (BRANCO, 1978).
A cor é responsável pela coloração da água, resulta da existência de sólidos dissolvidos, pode
ser causada pelo ferro ou manganês, pela decomposição da matéria orgânica da água.
Quando de origem natural, não apresenta risco a saúde, e de origem industrial, pode ou não
apresentar toxicidade (VON SPERLING, 1996; BRANCO, 1978).
A cor verdadeira não atendeu a legislação nos pontos RV6 e RV7. A Resolução CONAMA
357/05 determina limite máximo de 75 mg Pt/L (Figura 15). Foram registradas chuvas fracas
a médias durante as coletas, explicando o aumento da cor verdadeira em todos os pontos.
0
1
2
3
4
5
6
RSD1 RSD2 RV3 RV4 RTM5 RV6 RV7
mg/
L O
2
12ªcampanhadez/14
CONAMA357/05
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 30 -
Figura 15 - Valores de Cor verdadeira.
A alcalinidade, conforme CETESB (1973) é uma propriedade que indica a capacidade de
neutralização de substâncias ácidas ou básicas pelos ecossistemas aquáticos. A Figura 16
ilustra os valores de alcalinidade. Os valores encontrados durante as campanhas em todos os
corpos d’água estudados foram baixos (<50 mg/L de CaCO3).
Figura 16 - Valores de Alcalinidade total.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
120
130
140
RSD1 RSD2 RV3 RV4 RTM5 RV6 RV7
mg/
L P
t 12ª campanhadez/14
CONAMA357/05
0
5
10
15
RSD1 RSD2 RV3 RV4 RTM5 RV6 RV7
13,5
10
12,5 12,5
15
13,5
11,5
mg/
L C
aCO
3
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 31 -
A avaliação correspondente à clorofila “a” deve ser considerada como a resposta do corpo
hídrico ao excesso de nutrientes disponíveis nas cadeias primárias, indicando o exponencial
de crescimento da comunidade planctônica e fornecendo também uma noção do estado
trófico do meio (CARLSON, 1977). A clorofila “a” não foi registrada nos pontos de
monitoramento. Isso demonstra baixa disponibilidade de nutrientes distribuídos ao longo da
coluna d’água. A legislação recomenda que esses valores para clorofila não ultrapassem 30
µg/L.
A liberação do fosfato orgânico, a partir de matéria orgânica é catalisada por enzimas
denominadas fosfatases, produzidas principalmente por bactérias. Algumas bactérias e
fungos produzem fitase, que pode ter grande importância na ciclagem do fosfato como um
todo. Esta enzima atua sobre o hexafosfato de inisidol (ácido fítico), liberando ortofosfato
(hexafosfato de inisidol + 6 H2O = fitaseinositol + 6 PO43+).
O fósforo total atendeu ao recomendadopelo CONAMA 357/05 CLASSE II (0,1 mg/L para
ambientes lóticos, 0,03 mg/L para ambientes lênticos e 0,05 mg/L para ambientes
intermediários) em todos os pontos. A Figura 17 representa os valores de fósforo registrados
durante o monitoramento.
Figura 17 - Valores de Fósforo total.
0
0,02
0,04
0,06
0,08
0,1
0,12
RSD1 RSD2 RV3 RV4 RTM5 RV6 RV7
mg/
L P 12ª campanha
dez/14
CONAMA357/05
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 32 -
O fósforo deve ser entendido como uma medida do potencial de eutrofização, já que este
nutriente atua como o agente limitante da produção primária de ecossistemas aquáticos
continentais. O ortofosfato mostrou valores entre 0,016 e 0,029 mg/L. Os ortofosfatos são
biodisponíveis. De acordo com CETESB, uma vez assimilados, eles são convertidos em fosfato
orgânico e em fosfatos condensados. Após a morte de um organismo, os fosfatos
condensados são liberados na água. Entretanto, eles não estão disponíveis para absorção
biológica até que sejam hidrolizados para ortofosfatos por bactérias.
4.4. DADOS BIÓTICOS
4.4.1. Índice de Coliformes
Os coliformes fecais são um grupo de bactérias indicadoras de organismos originários
predominantemente do trato intestinal humano e de outros animais (VON SPERLING, 1996).
A presença dessas bactérias na água é indicativo da presença de organismos patogênicos.
Para coliformes totais não há limites na legislação, e segundo BASTOS et al (2000) eles não
são indicadores adequados da qualidade da água in natura, guardando validade apenas
como indicadores da qualidade da água tratada.
Embora tenham sido registrados em todos os pontos, os índices de coliformes
termotolerantes (fecais) estiveram baixos, não ultrapassando o recomendado pela legislação
(1,0x103 NMP/100 mL) (Figura 18).
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 33 -
Figura 18 - Índices de coliformes termotolerantes.
4.4.2. Comunidade Fitoplanctônica
O fitoplâncton foi constituído por doze táxons distribuídos entre Cyanophyceae (7 táxons),
Chlorophyceae (3 táxons), Bacillariophyceae e Zygnemaphyceae (1 táxon cada).
A Tabela IV a seguir ilustra a densidade (ind./ml) dos táxons do fitoplâncton registrados no
ambiente de estudo durante as amostragens da 12ª campanha (pós-enchimento).
0
200
400
600
800
1000
1200
RSD1 RSD2 RV3 RV4 RTM5 RV6 RV7
NM
P/1
00
mL
12ª campanhadez/14
CONAMA357/05
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 34 -
Tabela IV - Densidade (ind./ml) dos táxons do fitoplâncton registrados no ambiente de estudo, apresentando os organismos dominantes (vermelho) e abundantes (azul).
TÁXONS - FITOPLÂNCTON RSD 01 RSD 02 RV 03 RV 04 RTM 05 RV 06 RV 07
Bacillariophyceae
1 Aulacoseira sp 257 46 23 23 17
TOTAL 0 257 0 46 23 23 17
Cyanophyceae
2 Aphanocapsa sp 732 618
3 Phormidium sp 343
4 Planktothrix sp 69
5 Pseudonabaena sp 987 46 824
6 Sphaerocavum sp 1716
7 Chroococcus sp 46
8 Coelomocon sp 46 206
TOTAL 0 1330 69 1762 732 92 1648
Chlorophyceae
9 Closteripsis sp 23
10 Desmodesmus sp 92
11 Dictyosphaerium sp 2677 2059 1922 778 549 721
TOTAL 2677 2059 1945 870 0 549 721
Zygnemaphyceae
12 Cosmarium sp 137
TOTAL 137 0 0 0 0 0 0
TOTAL GERAL 2814 3646 2014 2678 755 664 2386
Índice de diversidade de Shannon 0,085 0,472 0,092 0,391 0,059 0,280 0,576
A diversidade mostrou-se baixa em todas as campanhas. Porém, desde o começo isso foi
verificado, indicando assim, ambientes com baixa diversidade ecológica (RICKLEFS, 2003). A
menor diversidade foi registrada no ponto RSD1, que registrou apenas duas espécies. A
maior diversidade foi registrada no RV7 (H’=0,576).
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 35 -
A riqueza também esteve baixa, mostrando variação entre os pontos. A maior riqueza foi
registrada nos pontos RV4 e RV7 com cinco (5) gêneros cada, seguido dos RSD2 e RV6 com
quatro (4) gêneros cada. Os demais registraram as menores riquezas.
Figura 19 - Riqueza registrada para o fitoplâncton.
Em ordem de importância, com base na média percentual geral das estações de
amostragem, a estrutura de comunidade esteve representada por Chlorophyceae (59,0%),
Cyanophyceae (37,7%), Bacillariophyceae (2,4%) e Zygnemaphyceae (0,9%).
As clorofíceas foram mais abundantes nos pontos RSD1, RSD2, RV3 e RV6, não sendo
registradas apenas no ponto RTM5, o qual registrou elevada abundância de cianofíceas. As
cianofíceas foram abundantes nos pontos RV4, RTM5 e RV7.
As bacilariofíceas foram pouco representativas, sendo registradas nos pontos RSD2, RV4,
RTM5 e RV6. Espécies de zignemafíceas apareceram apenas no ponto RSD1 com baixa
abundância. A Figura 20 representa a abundância relativa da comunidade do fitoplâncton
registrada em cada ponto amostral na campanha realizada na UHSD.
0
1
2
3
4
5
6
RSD1 RSD2 RV3 RV4 RTM5 RV6 RV7
Riq
ue
za
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 36 -
Figura 20 - Abundância relativa da comunidade do fitoplâncton.
4.4.3. Comunidade Zooplanctônica
A Tabela V sintetiza as informações acerca da comunidade zooplanctônica amostradas no
presente estudo. Foram registrados quatro grupos, sendo eles Testáceos, Rotíferos,
Cladocera e Copepoda.
Foram registradas doze (12) espécies, distribuídas entre Testáceos (5 táxons), Copepoda (4
táxons), Rotíferos (2 táxons) e Cladocera (1 táxon).
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
RSD1 RSD2 RV3 RV4 RTM5 RV6 RV7
Bacillariophyceae Cyanophyceae Chlorophyceae Zygnemaphyceae
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 37 -
Tabela V - Densidade (ind./ml) dos táxons do zooplâncton registrados no ambiente de estudo, apresentando os organismos dominantes (vermelho) e abundantes (azul).
TÁXONS - ZOOPLÂNCTON RSD1 RSD2 RV3 RV4 RTM5 RV6 RV7
Testáceos
1 Arcella sp 43 49 49 55 39 55 39
2 Centropyxis sp 28 17 24 47 23 30 20
3 Difflugia sp 21 18 41 44 35 49 26
4 Euglypha sp 21 18 12
5 Lesquereusia sp 10
TOTAL 92 105 132 146 107 134 97
Copepoda
6 Copepodito 9
7 Nauplius de cyclopoida 6
8 Nauplius calanoida 6
9 Notodiaptomus sp 31
TOTAL 0 0 0 52 0 0 0
Cladocera
10 Bosmina sp 3 7 5 40
TOTAL 3 7 5 0 0 40 0
Rotíferos
11 Lecane sp 24 10 28 20
12 Trichocerca sp 6
TOTAL 0 30 0 10 28 20 0
TOTAL GERAL 95 142 137 208 135 194 97
Índice de diversidade de
Shannon 0,504 0,759 0,617 0,776 0,664 0,675 0,566
A diversidade continuou baixa, igual nas campanhas anteriores, sendo que o maior valor foi
registrado no ponto RV4 (H’=0,776), seguido do RSD2 com H’=0,759. A riqueza esteve mais
elevada no ponto RV4 com registro de oito espécies, seguido do ponto RSD2 com sete
espécies registradas.
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 38 -
Figura 21 - Riqueza registrada para o zooplâncton.
De uma maneira geral, os testáceos apresentam grande abundância em todos os pontos. Os
rotíferos foram registrados nos pontos RSD2, RV4, RTM5 e RV6 com pequena
representatividade. Os cladoceras também tiveram pouca abundância e foram registrados
nos pontos RSD1, RSD2, RV3 e RV6. Já o grupo dos copepodas foi registrado apenas no
ponto RV4. Na Figura 22 verificamos a abundância relativa distribuída por ponto amostral.
Figura 22 - Abundância relativa da comunidade do zooplâncton.
4
7
5
8
5 5
4
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
RSD1 RSD2 RV3 RV4 RTM5 RV6 RV7
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
RSD1 RSD2 RV3 RV4 RTM5 RV6 RV7
Testáceos Copepoda Cladocera Rotíferos
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 39 -
Os pontos RV4 e RV6, localizados no rio Verde, apresentaram as maiores abundâncias
(N=208 e N=194, respectivamente). Nos dois ambientes a maior abundância esteve por
conta da espécie Arcella sp.
A comunidade esteve assim representada Testáceos (80,7%), Rotíferos (8,7%), Cladoceras
(5,5%) e Copepodas (5,2%).
Os Testáceos apresentaram dominância do ambiente em vários pontos. De acordo com
SOUZA (2005), ambientes preservados podem abrigar uma alta diversidade de amebas
testáceas em relação a outros organismos da comunidade zooplanctônica quando
comparados com ambientes impactados/degradados. Esses protozoários testáceos são
abundantes na maioria dos ecossistemas aquáticos e o seu tamanho e tempo de geração
permitem investigações sobre processos demográficos, tanto em escala espacial quanto
temporal (HARDOIM, 1997 apud LEÃO et al, 2005).
4.4.4. Comunidade Zoobentônica
A Tabela VI apresenta a comunidade bentônica e os valores de densidade e de riqueza total.
Os pontos com maior riqueza foram o RSD1 (localizado no rio São Domingos) e RV7
(localizado no rio Verde). A maior abundância foi registrada nos pontos RSD1 e RV3.
Tabela VI - Densidade (ind/mL) dos táxons do zoobenton nos pontos amostrados.
Filo Classe/Ordem Família-Gênero Pontos de Amostragem
Total RSD 01
RV 03
RTM 05
RV 06
RV 07
ARTHROPODA
Insecta/Coleoptera Dysticidae 12 12
Insecta/Diptera Chironomidae 12 24 36
Insecta/Trichoptera Limnephilidae 24 12 12 48
ANNELIDA Oligochaeta/Lumbriculida Lumbriculidae 12 12 24
MOLLUSCA Gastropoda/Mesogastropoda Hydrobiidae 12 12 24
Gastropoda/Basommatophora Ancylidae 36 36
Total do número de indivíduos - ind/m2 48 48 12 36 36 180 Riqueza de Taxa (n° de famílias) 3 2 1 2 3
Índice de Diversidade de Shannon-bits/ind 0,45 0,24 NA 0,28 0,48
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 40 -
A abundância dos organismos zoobentônicos foi baixa de 180 indivíduos. Foram registradas
as Classes Insecta, Oligochaeta e Gastropoda (Figura 23).
Figura 23 - Abundância relativa de macroinvertebrados bentônicos.
Os Limnephilidae estiveram em maior quantidade (48 indivíduos). A ocorrência destes
organismos, principalmente nas lagoas temporárias, pode sugerir um baixo enriquecimento
orgânico destes ambientes, uma vez que, estes insetos são típicos de ambientes meso-
oligotróficos sensíveis a poluição orgânica, e sendo assim os primeiros a desaparecerem com
o aumento do processo de eutrofização no ambiente (MERRITT & CUMMINS, 1984).
5. ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA (IQA) E ÍNDICE DE ESTADO TRÓFICO (IET)
Os resultados obtidos no período de estudos estão apresentados através de relatórios de
análises, tabelas e discutidos a luz da limnologia, possuindo como referência primária o IQA
e o IET.
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
RSD 01 RV 03 RTM 05 RV 06 RV 07
Ancylidae
Hydrobiidae
Lumbriculidae
Limnephilidae
Chironomidae
Dysticidae
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 41 -
A clorofila “a” não foi registrada em nenhum dos pontos, portanto foi considerado apenas o
elemento fósforo. Observa-se, que o IET foi baixo (< 47) nos pontos RSD1, RV3, RTM5, RV6 e
RV7, sendo classificado como ultraoligotrófico, ou seja, o ambiente em estudo possui baixas
concentrações de matéria orgânica e nutrientes disponíveis na coluna de água. Os pontos de
reservatório apresentaram um ambiente mesotrófico, com níveis intermediários de
nutrientes, conforme o Quadro 5.
Quadro 5 - Valores de IET.
PONTOS IET Classificação
RSD1 26,05 ultraoligotrófico
RSD2 53,07 mesotrófico
RV3 25,33 ultraoligotrófico
RV4 52,52 mesotrófico
RTM5 25,53 ultraoligotrófico
RV6 26,55 ultraoligotrófico
RV7 26,05 ultraoligotrófico
O IQA, nos pontos amostrados, registrou índices elevados. O maior índice foi encontrado no
RSD2 (87,0) e o menor no ponto RTM5 (75,0). O IQA foi classificado como Bom nos pontos
RSD1 e RTM5, e Ótimo nos demais pontos (Figura 23).
Figura 24 - Representação do IQA (índice de qualidade da água).
68
70
72
74
76
78
80
82
84
86
88
RSD 01 RSD 02 RV 03 RV 04 RTM 05 RV 06 RV 07
76
87
84
82
75
84
78
dez/14
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 42 -
A Tabela VII apresenta a classificação de IQA na campanha de água superficial realizada na
UHE São Domingos no mês de dezembro de 2014.
Tabela VII - Resultados de IQA.
PONTOS CATEGORIA
RSD 01 Boa RSD 02 Ótima RV 03 Ótima RV 04 Ótima
RTM 05 Boa RV 06 Ótima RV 07 Ótima
6. ANÁLISE COMPARATIVA DOS DADOS OBTIDOS ANTES DO ENCHIMENTO DO
RESERVATÓRIO COM OS DADOS DO ENCHIMENTO E DO PÓS-ENCHIMENTO
Este relatório contempla a décima segunda (12ª) campanha de monitoramento, realizada
em dezembro de 2014. As três primeiras campanhas pós-enchimento foram realizadas em
janeiro, fevereiro e março de 2013, e a partir de junho de 2013 elas passaram a ser
realizadas trimestralmente. As campanhas referentes ao enchimento do reservatório foram
realizadas nos meses de outubro (três campanhas) e dezembro de 2012 (uma campanha). As
campanhas pré-enchimento foram realizadas em novembro de 2010, fevereiro de 2011,
agosto e setembro de 2012. No geral, os parâmetros físico-químicos não mostraram
variações significativas durante as campanhas pré-enchimento, enchimento e pós-
enchimento. Os pontos de reservatório apresentaram aumento gradativo de nutrientes.
O IQA torna-se uma importante ferramenta empregada na avaliação da qualidade da água
de rios, córregos e lagos, considerando vários parâmetros importantes em seu cálculo, como
os coliformes fecais, nitratos, DBO e pH.
Nas campanhas pré-enchimento o IQA apresentou valores mais elevados em agosto e
setembro de 2012. Como as campanhas realizadas anteriormente foram em períodos
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 43 -
chuvosos, estes podem ter contribuído para um IQA menor, demonstrando uma qualidade
da água um pouco inferior.
Já nas campanhas de enchimento o IQA esteve bastante satisfatório, mostrando uma ótima
qualidade da água em quase todos os pontos, com exceção do RTM5 que apresentou nas 1ª,
3ª e 4ª campanhas IQA classificado com BOM, sendo esse ponto um afluente do rio Verde.
Nas três primeiras campanhas realizadas pós-enchimento do reservatório (jan/fev/mar/13),
o ponto RSD1 mostrou um índice mais baixo, que está relacionado aos coliformes
registrados nesse ambiente. Os pontos RV3 e RV7 na 2ª campanha (fevereiro) também
registraram um índice baixo de IQA, devido à contaminação por coliformes, que diminui a
qualidade da água analisada.
Já nas campanhas realizadas em abr/mai/jun/13 a qualidade das águas esteve bastante
afetada no ponto RV3, o qual apresentou índice de qualidade da água pouco satisfatório,
com alto índice de coliformes fecais em suas águas. Na campanha realizada em setembro de
2013 apenas o parâmetro fósforo total esteve em desacordo com a legislação nos pontos
lênticos. Em todos os pontos os valores de IQA foram satisfatórios. Em dezembro de 2013,
com exceção do RTM5 classificado como Bom, todos os demais pontos apresentaram Ótima
qualidade da água. Em março de 2014 o IQA esteve ótimo no RV4, e nos outros pontos o IQA
mostrou pouca oscilação com índice bom de qualidade da água. É possível que o IQA tenha
apresentado valores menores em março de 2014 em virtude do elevado índice de coliformes
registrado nos ambientes estudados. Em junho, setembro o IQA apresentou índice Bom. Em
dezembro o IQA foi elevado, sendo bom e ótimo, apresentando qualidade satisfatória das
águas na UHE São Domingos.
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 44 -
Gráfico 28 - Comparação do IQA em todas as campanhas de pós-enchimento.
Fitoplâncton
Houve uma grande variação das comunidades do fitoplâncton entre as campanhas. Nas
campanhas pré-enchimento foram registradas Bacillariophyceae, Zygnemaphyceae e
Cyanophyceae, com predominância de Zygnemaphyceae. Na 1ª campanha da fase de
enchimento houve registro de Cyanophyceae, e na 2ª campanha do enchimento foi
registrada a comunidade Chlorophyceae. No geral, Bacillariophyceae e Zygnemaphyceae
foram mais expressivas em todas as campanhas. Na 3ª campanha do enchimento nos pontos
RDS1 e RSD2 houve ocorrência de Euglenophyceae, sendo registrado um indivíduo em cada
ponto apenas. No ponto RSD2 (reservatório) as Bacilariofíceas foram substituídas pelas
Zygnemafíceas, com registro de indivíduos pertencentes à comunidade Chlamidophyceae na
última campanha realizada após o enchimento e em março de 2014. O ponto RSD2
apresentou grande densidade de Chlorophyceae. Na campanha de dezembro as clorofíceas
40
50
60
70
80
90
100
RSD 01 RSD 02 RV 03 RV 04 RTM 05 RV 06 RV 07
1ª campanha pós-enchimento jan/13 2ª campanha pós-enchimento fev/13 3ª campanha pós-enchimento mar/134ª campanha pós-enchimento abr/13 5ª campanha pós-enchimento mai/13 6ª campanha pós-enchimento jun/137ª campanha pós-enchimento out/13 8ª campanha pós-enchimento dez/13 9ª campanha pós-enchimento mar/1410ª campanha pós-enchimento jun/14 11ª campanha pós-enchimento set/14 12ª campanha pós-enchimento dez/14limite entre regular e boa 51 limite entre boa e otima 79
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 45 -
foram abundantes, a exceção dos pontos RV4, RTM5 e RV7 que registraram abundância de
cianofíceas. As cianofíceas foram registradas em seis dos sete pontos monitorados. Em
ambientes eutróficos, ricos em nutrientes, naturais ou artificiais (principalmente fosfatos e
nitratos), estes organismos podem crescer de forma descontrolada, podendo alterar a
qualidade da água, provocar a morte de diversos organismos por bloquearem a passagem da
luz solar e, em casos de várias espécies, liberarem toxinas que podem causar sérios danos.
Com relação à densidade total de organismos, a 2ª campanha pós-enchimento
(fevereiro/2013) apresentou mais organismos que as demais, porém já na 3ª campanha
(março/2013) esse número voltou a diminuir, mantendo o nível das outras campanhas. O
fitoplâncton apresenta uma variação normal entre as campanhas na fase pós-enchimento.
As chuvas que caíram durante os períodos monitorados são sentidas pelas comunidades. Na
5ª campanha (maio/2013) as comunidades apresentaram grande variação entre os pontos, o
que não ocorreu nas campanhas realizadas após a formação do reservatório. Os RSD2 e RV4
apresentaram muitas semelhanças com relação ao fitoplâncton, sendo esperado já que se
tornaram ambientes lênticos. As últimas campanhas, realizadas em 2013 e 2014, não
apresentaram diferenças significativas em comparação com as anteriores.
Zooplâncton
O Zooplâncton durante as campanhas de pré-enchimento apresentou apenas os grupos
Testáceos e Rotíferos. Nas campanhas do enchimento, que aconteceram nos meses de
outubro e dezembro de 2012, além desses grupos também foram registrados Copepoda e
Cladocera. Nas três primeiras campanhas realizadas pós-enchimento os pontos RSD2 e RV4
apresentaram mais organismos pertencentes aos grupos Copepodas e cladoceras, sendo que
estes ambientes podem estar favorecendo a maior ocorrência desses grupos, em virtude da
formação do lago do reservatório. Percebe-se um grande aumento de organismos nas
campanhas pós-enchimento, já sendo registrado um aumento da última campanha do pré-
enchimento para a 1ª campanha do enchimento, sendo que desta campanha em diante
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 46 -
foram registrados outros grupos, os copépoda e cladocera. A 1ª campanha de pós-
enchimento (janeiro/2013) registrou o maior número de indivíduos em todas as campanhas.
Nas três campanhas pós-enchimento realizadas em abril, maio e junho, e nas campanhas de
setembro e dezembro de 2013, março, junho, setembro e dezembro de 2014 não foram
registradas mudanças significativas nas comunidades, com os testáceos sendo mais
representativos.
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 47 -
7. CONCLUSÃO
Todos os parâmetros estiveram dentro dos padrões estabelecidos na Resolução CONAMA
357/2005 Classe II nessa campanha realizada em dezembro de 2014, com exceção de cor
verdadeira nos pontos RV6 e RV7.
Todos os pontos estiveram oxigenados, com baixa carga orgânica medida pela DBO. A
turbidez apresentou valores baixos em todos os pontos da UHE São Domingos, atendendo
ao permitido pela legislação CONAMA 357/05.
Já a cor mostrou valores altos em todos os pontos, sendo que no RV6 e RV7 não atendeu ao
recomendado pela legislação. Choveu bastante nos dias de coleta, o que interfere no
ambiente aquático, carreando grande quantidade de partículas aos corpos hídricos.
A clorofila “a” não foi registrada em nenhum dos pontos. Alguns pontos apresentaram
florações de cianofíceas. Os níveis de fósforo estiveram dentro dos padrões recomendados
pela legislação. Esses valores demonstram ambientes não eutrofizados.
O IQA, segundo CETESB (2013), classificou a água nos pontos RSD1 e RTM5 como Boa, e nos
demais pontos a água apresentou qualidade Ótima.
As bactérias coliformes termotolerantes (fecais) foram detectadas nas amostras em todos os
pontos, porém com valores baixos. Todos os pontos monitorados atenderam ao
recomendado na Resolução CONAMA 357/05 Classe II.
O fitoplâncton foi constituído por doze táxons distribuídos entre Cyanophyceae (7 táxons),
Chlorophyceae (3 táxons), Bacillariophyceae e Zygnemaphyceae (1 táxon cada).
Foram registradas doze(12) espécies, distribuídas entre Testáceos (5 táxons), Copepoda (4
táxons), Rotíferos (2 táxons) e Cladocera (1 táxon).
A abundância dos organismos zoobentônicos foi baixa. Foram registradas as Classes Insecta,
Oligochaeta e Gastropoda.
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 48 -
De um modo geral a riqueza de táxons e a diversidade da biota aquática foi baixa, o que
demonstra baixa quantidade de nutrientes distribuídos na coluna d’água.
Os pontos de reservatório RSD2 e RV04 apresentaram em profundidade cor verdadeira
elevada, e também fósforo e turbidez elevados, o que normalmente ocorre nos
reservatórios, a sedimentação. Porém esse aumento pode ter relação com as fortes chuvas
que caíram na região. Em comparação com a fase enchimento notou-se que houve um
aumento no registro de fósforo total nos ambientes estudados.
Os ambientes estudados mostraram-se adequados para a manutenção da vida aquática e
das comunidades biológicas presentes durante as campanhas monitoradas.
8. SUGESTÃO DE MONITORAMENTOS FUTUROS
As avaliações a seguir foram baseadas nas médias do IQA (Índice de Qualidade da Água)
obtidas nos monitoramentos realizados após o enchimento do reservatório, ou seja, a partir
de janeiro de 2013 até dezembro de 2014, considerando os períodos de chuva e seca.
Tendo em vista o monitoramento mensal, por um período de seis meses (janeiro a junho de
2013), após o enchimento do reservatório e o monitoramento trimestral (outubro e
dezembro de 2013; março, junho, setembro e dezembro de 2014) por um ano, verificou-se
que a distribuição espacial e temporal dos dados manteve uma homogeneidade, o que
permite sugerir o monitoramento da qualidade das águas superficiais, semestralmente, com
os mesmos parâmetros até então avaliados.
12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 49 -
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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12ª Campanha de Monitoramento da Qualidade das Águas Superficiais
e das Comunidades Aquáticas - 54 -
9. EQUIPE TÉCNICA
Biólogo Cleuber Castro Magalhães Téc. Francisco R. Tosta
Responsáveis pelas coletas
Quím. Caroline Brandão Nascimento
Gerente Técnica
Biól. Stephania Samara de morais Honorato
Coordenadora Técnica do Setor de Microbiologia
Eng. Quím. Diogo Coelho Crispim
CRQ XII. 12300516
Responsável Técnico
Msc.Biól. Wilma Maria Coelho
Esp. em Tratamento de Resíduos Sólidos e Líquidos
CRBio. 08586/88
Coordenadora Geral
10. RESPONSÁVEL PELO RELATÓRIO
Biól. Crysthian Carollyne V. de Almeida
Responsável pelo Relatório
Msc. Biól. Wilma Maria Coelho
CRBio 08586/88 - Revisão
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Anexos
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e das Comunidades Aquáticas - 56 -
Anexo I– Localização das estações de amostragem
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Anexo II– Relatórios de Ensaios
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Anexo III – Fichas de Campo
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Anexo IV– Certificados de Acreditação e Função Técnica