Morfologia do tubo digestório da tartaruga verde
(Chelonia mydas)
Universidade do estado da Bahia
DEDC – Campus VII
Anatomia dos Vertebrados
Prof. Rosana Peixoto
Discente: Sandra Araújo
Magalhães M.S., Freitas M.L., Silva N.B. & Moura C.E.B.
Pesq. Vet. Bras. 30(8):676-684, agosto 2010Pesquisa Veterinária Brasileira
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INTRODUÇÃO
• Tartarugas marinhas:
• Dermochelyidae e Cheloniidae.
• 7 spp. existentes: 6 no atlântico e 5 na extensão do litoral brasileiro (Sanches, 1999): a tartaruga verde (Chelonia mydas), tartaruga de pente (Eretmochelys imbricata), tartaruga oliva (Lepidochelys olivacea), tartaruga cabeçuda (Caretta caretta) e a tartaruga de couro (Dermochelys coriacea).
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Tartaruga verde (C. mydas) + comum no litoral brasileiro (Fidelis et al.
2005);
Brasil – desova nas ilhas oceânicas: Fernando de Noronha, Trindade e Atol das Rocas (Marcovaldi & Marcovaldi 1985) ;
única tartaruga marinha herbívora (Brand-Gardner et al. 1999) : fase pelágica = onívora;
25 a 35cm de Comprimento Curvilíneo da Carapaça (CCC) - alimentação herbívora (Bjorndal ,1997);
algas marinhas bentônicas -> alimento básico / Ceará (Ferreira, 1968);
Invertebrados -> ocasional mente (Seminoff et al. 2002)
INTRODUÇÃO
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Tartaruga verde (C. mydas)
Importância do estudo:
Sist. digestório – morfologia relacionada aos hábitos alimentares (Silva, 2004);
parâmetros morfométricos do trato gastrintestinal - subsídios sobre os processos digestórios dos alimentos / preferência alimentar (Luz et al. ,2003);
anatômicos e morfométricos - clínica de animais silvestres (Pinto, 2006);
Estudos + exames complementares (endoscopia, colonoscopia e radiografia) em quelônios = elucidação de fenômenos fisiológicos e patológicos do trato gastrintestinal (Meyer 1998).
INTRODUÇÃO
“A dieta herbívora tem importante conseqüência para os parâmetros da história de vida e probabilidade de sobrevivência das
tartarugas verdes, e essa espécie apresenta importante efeito na ciclagem de nutrientes e na estrutura da comunidade de algas em seu
habitat de alimentação (Bjorndal 1997).”
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Tartaruga verde (C. mydas) Importância do estudo:
pesquisas em répteis – insuficientes / > em quelônios;
avaliações de obstruções gastroentéricas por corpos estranhos -> ingestão acidental de lixo;
++ répteis -> particularidades da anatomia de cada sp.
valor econômico e de conservação (Costa et al. 2009);
Descrição da localização dos órgãos digestórios na cavidade celomática => realização correta de exames e cirurgias.
Técnicas cirúrgicas tradicionais/ acesso a cavidade celomática/ remoção parcial do plastrão = processo traumático (Pessoa et al. 2008).
Endoscopia -> rápida e atraumática.
5 spp. de tartarugas marinhas do litoral brasleiro = ameaça de extinção (MMA, 2005).
INTRODUÇÃO
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OBJETIVO
Analisar a morfologia do tubo digestório das tartarugas verdes, relacionando-o com sua dieta alimentar. Fornecendo assim, subsídios para a compreensão da fisiologia da digestão desses animais.
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MATERIAL E MÉTODOS
10 tartarugas
verdes9 juvenis 1 adulta
Mortas – litoral do RN / período de reabilitação – Aquário Natal / Projeto TAMAR/ ICMBio.
Janeiro de 2006 a outubro de 2007
Biometria
das
tartarugas
Análise
morfológica
e morfométrica do tubo
digestóri
o
Processamento e
análise histológica
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MA
TE
RIA
L e
MÉ
TO
DO
SBiometria das tartarugas
Biometria de todos os espécimes; Registro de dados individuais: comprimento curvilíneo da carapaça (CCC) (ponto médio anterior do
escudo nucal - extremo das placas supracaudares) largura curvilínea da carapaça (LCC) (Bolten 2000, Work 2000). Fita métrica / dados em cm.
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MA
TE
RIA
L e
MÉ
TO
DO
SAnálise morfológica e morfométrica do tubo digestório
Dissecação – laboratório de Anatomia Animal do Departamento de Morfologia – UFRN
Metodologia: Work (2000) características morfológicas externas e internas do tubo digestório
Retirada dos órgãos digestórios:
Remoção do plastrão
Músculos peitorais,
clavículas e cintura pélvica.
Estudo interno dos órgãos:
Remoção das partículas
alimentares
Visualização
Comprimento de cada órgão:
Tubo digestório aberto
Presença de papilas, esfíncteres, pregas na mucosa.
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MA
TE
RIA
L e
MÉ
TO
DO
S
Descrição
morfológica
Tipo e disposição das pregas da mucosa
Material etiquetado e fixado -
formol 10%
Presença de esfíncteres
Presença, ou não, de papilas -
forma
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MA
TE
RIA
L e
MÉ
TO
DO
S • 4 espécimes de C. mydas
• Necropsia
• 0,5 cm3 -> esôfago, papilas
esofágicas, estômago, intestino
delgado e intestino grosso.
• Fixação em solução de Bouin / 24h
• Técnicas histológicas de rotina:
desidratação, diafanização e
inclusão em parafina (Maia, 1979).
• Cortes 5μm -> micrótomo
• Coloração /hematoxilina-eosina (Maia, 1979).
• Confecção de lâminas
• Microscópio de luz com câmera digital acoplados em microcomputador
• Microfotografias
Processamento e análise histológica
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RESULTADOS
• Divisão do tubo digestório de todas as tartarugas verdes analisadas:
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RESULTADOS
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RESULTADOS
Fig.2. Órgãos do tubo digestório de Chelonia mydas.(A)Esôfago com mucosa pregueada (→). (B) Mucosa esofágica com epitélio estratificado pavimentoso (e) queratinizado ( ) e lâmina própria (lp). (C) Papila ◆esofágica. Observar epitélio estratificado pavimentoso queratinizado (e) com estrato córneo espesso (→). (D) Estômago com glândulas túbulo-acinosas (→) na lâmina própria. (E,F) Camada muscular do estômago das regiões cárdica e fúndica. Observar camada circular interna (cmi); camada longitudinal externa (cme); serosa (s); feixes de tecido conjuntivo dividindo em feixes a camada muscular interna (→). (G)Camada muscular do estômago pilórico. Observar camada circular interna (cmi) e os feixes de fibras colágenas dispostas em septos que se ramificaram entre as fibras musculares lisas (→). (H,I,J) Vilosidades presentes no intestino delgado. (H) Duodeno, longa e filiforme; (I) jejuno, curta e digitiforme; (J) íleo: foliada. (L) Mucosa pregueada e submucosa formada por tecido conjuntivo frouxo e vascularizada do intestino grosso. Observar vasos sanguíneos na submucosa (→). (M) Camada muscular do intestino grosso. Camada muscular circular interna (cmi); camada muscular longitudinal externa (cme). Coloração HE. Barra = 500μm.
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RESULTADOS
• Órgão tubular muscular• Mucosa esofágica: papilas pontiagudas
córneas orientadas no sentido do estômago • > região caudal do esôfago (Fig. 1A)
• Histologicamente• Muscular da mucosa e submucosa não
evidenciadas• Mucosa pregueada -> epitélio estratificado
pavimentoso queratinizado (Fig. 2A,B )• Lâmina própria aglandular – tecido conj.
frouxo• Camada muscular -> musculatura estriada –
feixes em 1 camada / longitud. / tec. conj. fr.
Esôfago
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RESULTADOS
• Camada externa -> adventícia – porção cranial / serosa – porção caudal
• Papilas esofágicas = mucosa esofágica (Fig. 2C)
• Internamente• Transição esôfago-estômago => ausência de
papilas / esfíncter gastresofágico (Fig. 1A)• Transição de 2 animais juvenis => divertículo
esofágico (Fig. 1B) com mucosa s/ pregas – 19,2 cm e 37,3 cm.
Esôfago
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RESULTADOS
• Em “J”, saculiforme, fundo cego• Porção caudal do esôfago – > curva-se – região
cárdica• Forma grande bolsa -> região fúndica• Ascendeu p/ direita -> região pilórica (Fig. 1C)
• 1 animal diferente:• Transição esôfago-estômago – forma de “S”• Curva p/ esquerda – ascendeu -> reg. cárdica• Grande bolsa -> reg. fúndica / curva p/ direita ->
reg. pilórica, próx. 1a alça intestinal (Fig. 1D)
Estômago
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RESULTADOS
• Internamente• Mucosa c/ pregas longitudinais (reg. cárdica e pilórica) e s/ pregas (reg.
fúndica).
• Histologicamente• Glândulas túbulo-acinosas - lâmina própria (todas as regiões) (Fig.2D)• + fúndico e – pilórico• Lâmina própria -> tecido linfóide – mucosa.• Depressões microscópicas – fossetas gástricas
Estômago
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RESULTADOS
• Muscular da mucosa –> espessa / músculo liso• Submucosa –> ++ rede vascular / tecido conj. frouxo• Camada muscular -> 1 circular interna e 1 longitudinal externa
Estômago
Regiões cárdica e fúndica: circular interna com fibras lisas agrupadas = feixes separados / tec. conj. frouxo, + espessa na região fúndica (Fig.2E,F) Pilórica: fibras colágenas = septos -ramificaram entre as fibras musculares lisas (Fig.2G)
Muscular longitudinal => fibras lisas contínuas
• Externamente • Presença de serosa / células
adiposas - região cárdica.
• Internamente • Transição estômago – duodeno
=> esfíncter pilórico - mucosa com pregas longitudinais.
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RESULTADOS
Intestino delgado
• Duodeno, jejuno e íleo
• Mucosa do duodeno -> pregas reticulares = “favos de mel”.
• Passagem duodeno-jejuno -> mucosa reticular p/ retilínea.
• Jejuno e íleo -> pregas retilíneas justapostas (Fig. 1E)
• Transição jejuno-íleo – identificação + precisa análise histológica
• Histologicamente• Mucosa – vilosidades / longa e
filiforme - duodeno (Fig. 2H),
curta e digitiforme – jejuno (Fig. 2I)
e foliada no íleo (Fig. 2J).
• Epitélio não descrito
• Lâm. própria c/ glândulas – duodeno
• ++ linfócitos na lâm. própria - jejuno
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RESULTADOS
Intestino delgado
• Muscular da mucosa – fibras musculares lisas /longitudinais• Submucosa – tec. conj. frouxo / vasos sanguíneos• Camada muscular: 1 circ. iterna e 1 long. externa – ambas músculo liso
• Externamente• Presença de serosa
• Internamente• Transição int. delgado-grosso: esfíncter ou válvula iloececal
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RESULTADOS
Intestino grosso
• Analisado sem divisão específica – difícil visualização
• Alternância de regiões abauladas (haustros ou saculações)/estreitamentos (Fig.1F)
• Regiões abauladas - mucosa lisa / estreitamentos - pregas retilíneas.• Região caudal, referente ao reto - pregas retilíneas evidentes.
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RESULTADOS
Intestino grosso
• Histologicamente
• Mucosa pregueada (Fig. 2L)• Muscular da mucosa -> músculo liso• Submucosa -> tec conj frouxo / ++ vascularizada
(Fig. 2L)
• Camada muscular - > 1camada muscular circular interna - músculo liso contínuo / 1camada muscular longitudinal externa (Fig.2M).
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DISCUSSÃO
• Necessidade de + estudos = bases morfológicas para pesquisas aplicadas posteriores.
• Parâmetros morfométricos e morfológicos do trato gastrintestinal - fornecer subsídios sobre os processos digestórios dos alimentos no organismo animal e indicar a preferência alimentar de uma espécie (Luz et al. 2003).
• Esôfago – transporte de alimento boca – estômago .
• (Porter 1972, Parsons & Cameron
1977, Work 2000, Wyneken 2001,
Pressler et al. 2003) : mucosa esofágica das tartarugas
marinhas apresenta papilas pontiagudas córneas
Função mecânica de facilitar a deglutição evitar o refluxo do alimento.
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DISCUSSÃO
• Pearsons & Cameron (1977): papilas encontradas nas tartarugas marinhas são únicas entre os répteis
• Nossos resultados : • Presença papilas em todos os
animais estudados, porém:• tamanho e distribuição variaram ao
longo do esôfago / > na direção da região caudal do esôfago / desaparecendo na transição do esôfago -estômago, onde se encontrou o esfíncter gastresofágico, (Work 2000, Wyneken
• 2001, Pressler et al. 2003)
• Esôfago da tartaruga verde sem glândulas = órgão apresenta apenas função mecânica nesta espécie.
• Santos et al. (1998) para tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa)
• Vogt et al. (1998) para espécies dequelônios da família Pelomedusidae
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DISCUSSÃO
• Répteis, em geral, George & Castro (1998), -> mucosa esofágica é revestida por epitélio com 1ou 2 camadas de células colunares ou cuboidais ciliadas
• Santos et al. (1998), descrevem que o esôfago da tartaruga-da-amazônia -mucosa pregueada revestida por um epitélio estratificado prismático
• Vogt et al.(1998) => quelônios da
família Pelomedusidae - epitélio estratificado pavimentoso.
• = neste trabalho
• Epitélio estratificado na mucosa esofágica de tartarugas - proteger a mucosa esofágica contra atritos decorrentes da passagem do alimento pelo esôfago (Silva 2005).
• Queratina = função / encontrada tanto no esôfago como nas papilas esofágicas
• A histologia das papilas esofágicas não havia sido descrita anteriormente
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DISCUSSÃO
• Em espécimes de C. mydas -especialização do esôfago, um divertículo.
• Work (2000) esta estrutura tem com função armazenar o alimento antes de passar para o estômago.
• Ricklefs (2003) :• regiões alargadas do esôfago com
forma de saco, funcionam como
reservatórios ou câmaras de fermentação, com essas adaptações, o herbívoro pode manter refeições no trato digestório por mais tempo e digeri-las mais completamente.
• A forma do estômago está intimamente relacionada com o tipo de dieta do animal (Work 2000, Romer & Parsons,1985)
• Hildebrand (1995): os répteis carnívorostêm um estômago mais simples e a maioria dos répteis
• herbívoros tem um estômago mais complexo, que funcionam como reservatório ou câmara fermentativa.
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DISCUSSÃO
• No presente trabalho, as tartarugas verdes possuíram estômagocom aspecto saculiforme em forma de “J”.
• Microscopicamente• glândulas apenas na lâmina
própria / George & Castro (1998) e Santos et al. (1998).
• fossetas gástricas - toda a mucosa gástrica : mais profundas na região pilórica e mais rasas na cárdica
• Junqueira & Carneiro (1999):• Mamíferos = glândulas se abrem no
fundo dessas fossetas.
• A camada muscular do estômago, # esôfago, apresentou duas camadas, uma interna com fibras musculares lisas orientadas circularmente, e outra externa, com fibras orientadas longitudinalmente, conforme padrão descrito por George & Castro (1998) para répteis em geral.
• # camada muscular circular interna de cada região
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DISCUSSÃO
• Variações no padrão de distribuição
das pregas da mucosa nas diversas porções do intestino delgado da tartaruga verde.
• Mucosa constituída por vilosidades, estando de acordo com Junqueira & Carneiro (1999) para mamíferos e com Santos et al. (1998) para tartaruga-da-amazônia, porém George & Castro (1998)
• De acordo com Romer & Parson (1985), Junqueira & Carneiro (1999), a presença de pregas, vilos e microvilos aumentam sobremodo a superfície da parede intestinal,importantes características de um órgão onde ocorre tão intensa absorção.
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DISCUSSÃO
• A transição do íleo para o intestino grosso foi evidente - presença de um esfíncter muscular (Romer &
Parsons 1985), denominado de válvula ileocecal por Porter (1972), Rainey (1981), Wyneken (2001).
• Especialização da mucosa do intestino grosso - ausência de pregas em tartarugas marinhas
(Work 2000)
• Histologicamente• o intestino grosso- mucosa
pregueada c/ glândulas e acúmulo
de linfócitos na lâmina própria.• A riqueza em células do sistema
imunitário deve estar relacionada com a variedade e abundante população bacteriana no intestino grosso (Junqueira & Carneiro 1999)
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DISCUSSÃO
• Especializações na mucosa do intestino, como a presença de pregas, estão relacionadas com aumento da capacidade absortiva dos nutrientes em função da maior superfície de contato da mucosa (Porter 1972, Fugi & Hahn 1991, Wyneken 2001)
• Stevens & Hume (1998) : intestino delgado tende a ser o mais longo nos carnívoros e o mais curto nos herbívoros.
• Resultados deste trabalho• Confirmam:• o comprimento do intestino
grosso foi maior que o intestino delgado
• Essas # no comprimento do intestino delgado e do grosso são explicadas = alimentos de origem animal são mais facilmente digeridos do que os de origem vegetal (Ricklefs 2003).
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CONCLUSÃO
• A morfologia do tubo digestório da tartaruga verde mostrou-se adaptado ao seu hábito alimentar, possuindo especializações e um longo trato digestório que promove o aumento da superfície de absorção, já que seu alimento é de difícil digestão.
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OBRIGADA!