06/12/2015 Mudanças trazidas pelo Novo Acordo Ortográfico
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Mudanças trazidas pelo Novo AcordoOrtográfico
Livro 6
Site: Instituto Legislativo Brasileiro - ILB
Curso: Conhecendo o Novo Acordo Ortográfico - Turma 09 B
Livro: Mudanças trazidas pelo Novo Acordo Ortográfico
Impresso por: Lidiane O. Freire
Data: domingo, 6 Dez 2015, 23:01
SumárioMódulo II - Mudanças trazidas pelo Novo Acordo Ortográfico
Introdução
Unidade 1 - Regras da acentuação gráfica
1ª Regra2ª Regra3ª Regra
4ª Regra - Parte 14ª Regra - Parte 24ª Regra - Parte 3
5ª Regra6ª Regra
Complementando os estudos
Unidade 2 - O emprego do hífen
Pág. 2Pág. 3Pág. 4Pág. 5Pág. 6Pág. 7
Complementando os estudos
Unidade 3 - Composição do alfabeto
Pág. 2Pág. 3
Complementando os estudos
Unidade 4 - Eliminação do trema
Pág. 2Complementando os estudos
Exercícios de Fixação - Módulo II
Módulo II - Mudanças trazidas pelo Novo Acordo Ortográfico
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Ao final deste módulo, você deverá conhecer as regras de acentuação gráfica, emprego do hífen e acomposição e eliminação do trema.
IntroduçãoCom a entrada em vigor do Novo Acordo Ortográfico, muitos podem pensar: “De que valeu o esforço para entender por que
‘infraestrutura’ se escrevia com hífen e antiimperialista, sem ele?”
Entretanto, esteja a favor do Acordo ou contrário a ele, ninguém está livre de uma revisão ortográfica.
O Acordo, porém, visa unificar a ortografia e não a pronúncia e o significado das palavras.
As tiras abaixo são um bom exemplo disso. A primeira saiu em um jornal português; a segunda, num jornal brasileiro.
Unidade 1 - Regras da acentuação gráfica
Pela fala expressamos a melodia da língua. É um processo quase intuitivo, que praticamos quando expiramos com maior ou menor
força.
Na escrita, utilizamos recursos gráficos para “ensinar” ao leitor a cantar essa melodia, ora apontando a sílaba tônica, ora indicando
se o som vocálico é aberto ou fechado com o uso dos sinais diacríticos. Por isso é que se diz que a palavra “acento” encontra sua
etimologia, ou seja, a origem da sua formação, na expressão latina ad cantum
(=para o canto).
Sinal diacrítico é um signo gráfico que se associa a uma letra para lhe dar uma característica fonética diferente daquela que a letra
possui isoladamente. Exemplo clássico de sinal diacrítico é a cedilha, que diferencia a pronúncia do < c > de 'caco' do < c > de
'caço' (do verbo 'caçar'). Além dela, existem o acento agudo ('lá'), o til ('lã'), o acento circunflexo ('lâmpada') e o acento grave
('àquela').
Então, se aplicamos acentos gráficos para “ajudar a cantar” a melodia da língua, quais as regras formuladas pelo Novo
Acordo Ortográfico no particular?
No que interessa aos brasileiros, a acentuação gráfica, que é tratada nas
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No que interessa aos brasileiros, a acentuação gráfica, que é tratada nas
Bases VIII, IX, X e XI do Acordo, é o tema em que se verifica o maior índice
de alterações, se considerada a quantidade de palavras que tiveram a grafia
modificada.
De modo geral, as modificações se concentram:
. nas palavras paroxítonas (‘heroico’, ‘ideia’),
. naquelas em que ocorre hiato (‘feiura’, ‘voo’) e
. nas homógrafas, ou seja, que têm a mesma grafia (‘pelo’, ‘pera’).
Essas modificações têm sempre o objetivo de eliminar os acentos gráficos até
então presentes nesses grupos de palavras, e não de acrescentálos.
1ª Regra
Eliminase o acento agudo das palavras paroxítonas cuja sílaba tônica seja formada pelos ditongos abertos < ei > e < oi >.
Como era antes Como deve ser agora
alcalóide alcaloide
alcatéia alcateia
apóio (verbo apoiar) apoio
asteróide asteroide
assembléia assembleia
bóia boia
clarabóia claraboia
colméia colmeia
Coréia Coreia
Galiléia Galileia
geléia geleia
hebréia hebreia
heróico heroico
idéia ideia
intróito introito
jibóia jiboia
jóia joia
odisséia odisseia
onomatopéia onomatopeia
paranóico paranoico
platéia plateia
protéico proteico
tramóia tramoia
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O acento PERMANECE:
1. Nas palavras oxítonas, mesmo que ocorram osditongos abertos < ei > e < oi >, como em:
'hotéis', 'heróis', 'papéis';
2. Nas paroxítonas terminadas em < r >, comoem: 'destróier';
3. Nos monossílabos tônicos: 'dói','méis', 'réis', 'sóis'.
2ª RegraEliminase o acento agudo de palavra paroxítona formada pelas vogais < i > e < u > precedidas de
ditongo.
Como era antes Como deve ser agora
baiuca baiuca
bocaiúva bocaiuva
boiúna boiuna
cauíla cauila
feiúra feiura
maoísmo maoismo
Sauípe Sauipe
taoísmo taoismo
O acento permanece nas palavras oxítonas onde o
< i > ou o < u> estiverem em posição final, após
ditongo, mesmo que seguidos de < s >, como em:
'tuiuiú', 'tuiuiús', 'Piauí'.
3ª Regra
Eliminase o acento circunflexo nos seguintes casos:
1. Nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos ‘crer’, ‘dar’, ‘ler’, ‘ver’ e seus derivados.
Como era antes Como deve ser agora
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crêem (verbo crer) creem
dêem (verbo dar) deem
descrêem (do verbo descrer) descreem
lêem (verbo ler) leem
relêem (do verbo reler) releem
vêem (verbo ver) veem
2. Na vogal tônica fechada do hiato < oo > em palavras paroxítonas, seguidas ou não de < s >.
Como era antes Como deve ser agora
abençôo (verbo abençoar) abençoo
dôo (verbo doar) doo
enjôo (verbo ou subst.) enjoo
magôo (verbo magoar) magoo
perdôo (verbo perdoar) perdoo
povôo (verbo povoar) povoo
vôo (verbo ou subst.) voo
zôo zoo
4ª Regra - Parte 1
Eliminase o acento agudo na vogal < u > das formas verbais que contenham < qu > e < gu > rizotônicos, ou seja, quando o < u >
presente nessas sequências for tônico e fizer parte da raiz do verbo.
Em tempo: para melhor compreendermos os enunciados seguintes, vale recordar:
As formas verbais regulares podem ser decompostas em três elementos: raiz, vogal
temática e desinências. Assim, em 'amaremos', por exemplo, temse o radical < am >; a
vogal temática < a >; e duas desinências: a desinência < mos >, que indica a pessoa do
verbo (no caso, a 1ª pessoa) e o número (no caso, plural); e a desinência < re >, que
anuncia o modo (indicativo) e o tempo (futuro do presente).
Quando a tonicidade da forma verbal flexionada recai sobre a raiz ou radical, dizemos
que é rizotônica; quando não, dizemos que é arrizotônica. É o caso do exemplo dado
acima. A forma 'amaremos' tem a tonicidade marcada na sílaba < re >, portanto, recai
fora da raiz do verbo (< am >) e é, então, arrizotônica.
Para saber mais, clique aqui.
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Na prática, além de perderem o trema quando o < u > é átono, verbos como ‘arguir’ e ‘redarguir’ e suas flexões não mais recebem
o acento agudo, ainda que mantida a tonicidade no < u >.
ARGUIR arguo, arguis, argui, arguímos, arguís, arguem
REDARGUIRredarguo, redarguis, redargui, redarguímos, redarguís,
redarguem
Quando no hiato < ui > a tonicidade recair sobre o < i >
este deve ser acentuado, como por exemplo: "Eu arguí
todas as testemunhas do caso.". Ainda 'arguíste', 'arguímos',
'arguís'.
Em alguns verbos, o emprego do acento é determinado pela
pronúncia, como em 'aguar', 'desaguar', 'enxaguar', 'obliquar'
e 'delinquir'. Nestes casos, admitese que sejam grafados de
duas formas, de acordo com a pronúncia.
4ª Regra - Parte 2
1. Nas formas rizotônicas, ou seja, quando a tonicidade recai sobre o radical (aquele elemento que aparece em todas as formas
flexionadas de verbos regulares), acentuamse o < a > e o < i > do radical.
Veja, por exemplo, a conjugação dos verbos ‘aguar’ e ‘averiguar’, em que a tonicidade recai sobre os radicais < ag > de ‘aguar’ e <
averig > de ‘averiguar’:
AGUAR AVERIGUAR
(eu) águo (que eu) águe (eu) averíguo (que eu) averígue
(tu) águas (que tu) águes (tu) averíguas (que tu) averígues
(ele) água (que ele) águe (ele) averígua (que ele) averígue
(nós) aguamos (*) (que nós) aguemos (nós) averiguamos (que nós) averiguemos
(vós) aguais (que vós) agueis (vós) averiguais (que vós) averigueis
(eles) águam (que eles) águem (eles) averíguam (que eles) averíguem
(*) Observe que, nas formas destacadas, a sílaba tônica recai fora do radical < ag > de ‘aguar’ e fora do radical < averig > de
‘averiguar’. Portanto, não são acentuadas. Veja o caso seguinte.
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4ª Regra - Parte 3
2. Já se a tonicidade da pronúncia recai fora do radical (arrizotônica), não se utiliza o acento. Nos exemplos abaixo, a tonicidade
não recai nem sobre o radical < ag > de ‘aguar’, nem sobre o radical < averig > de ‘averiguar’.
Veja o quadro abaixo:
AGUAR AVERIGUAR
(eu) aguo (que eu) ague (eu) averiguo (que eu) averigue
(tu) aguas (que tu) agues (tu) averiguas (que tu) averigues
(ele) agua (que ele) ague (ele) averigua (que ele) averigue
(nós) aguamos (que nós) aguemos (nós) averiguamos (que nós) averiguemos
(vós) aguais (que vós) agueis (vós) averiguais (que vós) averigueis
(eles) aguam (que eles) aguem (eles) averiguam (que eles) averiguem
Assim, se a tonicidade recair sobre o < u >, este não receberá acento gráfico, como nas formas ‘enxague’, ‘oblique’; porém, sea tonicidade recair sobre as vogais < a > ou < i > da sílaba anterior, estas, obrigatoriamente, receberão acento gráfico
(‘enxágue’, ‘oblíque’).
"No Brasil, a pronúncia mais frequente é aquela
em que "a" e o "i" são tônicos."
5ª Regra
Quando palavras de sentidos diferentes têm a mesma grafia, verificase o fenômeno da homografia.
As palavras homógrafas podem também ser homófonas, ou seja, terem o mesmo som, apresentarem os mesmos traços fonéticos.
Para a Ortografia isso representava um complicador, daí a criação de ACENTOS DIFERENCIAIS – agudo ou circunflexo –, a fim de
que, mesmo se tomadas isoladamente, fora de contexto, essas palavras contivessem “marcas” que indicassem a qual campo
semântico pertenciam.
Entretanto, com a entrada em vigor do Novo Acordo, a regra geral é no sentido de que não mais se distinguem palavras
homógrafas.
Como era antes Como deve ser agora
pára (verbo parar) / para(preposição)
para (verbo e preposição)
péla (verbo pelar) / pela(preposição) / péla (substantivo)
pela (preposição, verbo esubstantivo)
pólo (substantivo) / pôlo(substantivo) / polo (preposiçãoantiga)
polo (substantivos e preposição)
pélo (verbo pelar) / pêlo(substantivo) / pelo (preposição)
pelo (verbo, substantivo epreposição)
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(substantivo) / pelo (preposição) preposição)
pêro (substantivo) / pero(conjunção antiga)
pero (substantivo e conjunçãoantiga)
pêra (substantivo) / pera(preposição antiga)
pera (substantivo e preposiçãoantiga)
Apenas algumas palavras permanecem acentuadas para se distinguir pelo acento gráfico:
‘pôr’ (verbo) para diferenciar de ‘por’ (preposição);
‘pôde’ (verbo na 3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo) para diferenciar de ‘pode’ (3ª pessoa do
singular do presente do indicativo); e
os verbos ‘ter’ e ‘vir’, bem como seus derivados (‘manter’, ‘deter’, ‘reter’, ‘conter’, ‘convir’, ‘intervir’, ‘advir’ etc.) para
diferenciar as formas da 3ª pessoa no singular (presente do indicativo) das formas da 3ª pessoa no plural (presente do
indicativo).
6ª Regra
CASOS FACULTATIVOS
O Acordo recebeu, ainda, a duplicidade articulatória de algumas palavras geralmente provenientes do francês, que, como reporta,
“nas pronúncias cultas, ora é registrada como aberta, ora como fechada”, admitindo, pois, tanto o acento agudo como o acento
circunflexo:
1) Algumas palavras oxítonas terminadas em < e > tônico admitem tanto o acento agudo quanto o acento circunflexo.
É facultativo
bebê bebé
bidê bidé
canapê canapé
caratê caraté
crochê croché
guichê guiché
nenê nené
purê puré
rapê rapé
2) Tornase facultativo o emprego do acento circunflexo nas palavras oxítonas ‘judô’ e ‘metrô’;
3) É facultado, para fins de diferenciação, o uso do acento agudo nas formas verbais paroxítonas do pretérito perfeito do indicativo,
na 1ª pessoa do plural, quando coincidirem com a forma verbal correspondente do presente do indicativo.
Presente do Indicativo Pretérito perfeito do
Indicativo
Aceitase a grafia para representar o
pretérito perfeito
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amamos amamos amámos
cantamos cantamos cantámos
dançamos dançamos dançámos
louvamos louvamos louvámos
É facultado o uso do acento da palavra 'fôrma'
(substantivo) para diferenciar da palavra
'forma' (substantivo e verbo 'formar').
Veja, a seguir, um quadro resumido das novas regras de acentuação gráfica:
QUADRO RESUMIDO
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
REGRA NOVAEXEMPLOS
ATENÇÃO!Como era Como fica
Não se acentuam mais osditongos abertos < ei > e <oi > das palavrasparoxítonas.
andróide, estóico, geléia,heróico, idéia, platéia
androide, estoico, geleia,heroico, ideia, plateia
O acento permanece:1) Nas palavras oxítonas,mesmo que ocorram osditongos abertos < ei > e <oi >, como em: ‘hotéis’,‘heróis’, ‘papéis’, ‘troféu’,‘troféus’;2) Nas paroxítonasterminadas em < r >, como‘blêizer’, ‘contêiner’,‘destróier’, ‘gêiser’;3) Nos monossílabostônicos: ‘dói’, ‘méis’, ‘réis’,‘sóis’.
Não se acentuam mais o < i> e o < u > tônicos quandovierem depois de ditongosem palavras paroxítonas.
baiúca bocaiúva, cauíla,feiúra
baiuca, bocaiuva, cauila,feiura
O acento permanece:1) nas palavras oxítonas emque o < i > e o < u >aparecem em posição final,seguidos ou não de < s >,tal como em ‘Piauí’ e‘tuiuiús’;2) nas paroxítonas em que o< i > e o < u > não vêmdepois de ditongo, comoacontece em ‘juíza’, ‘uísque’,‘ruína’ e ‘saúva’.
Não se acentuam mais asabençôo, crêem, enjôo,
abençoo, creem, enjoo,leem, perdoo, veem
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Não se acentuam mais aspalavras terminadas em <eem > e < oo >.
abençôo, crêem, enjôo,lêem, perdôo, vêem
leem, perdoo, veem
Não se acentua mais o < u> tônico precedido de < g >ou < q > na conjugação deverbos como arguir,redarguir, apaziguar,obliquar e averiguar.
apazigúe, argúi, averigúe,obliqúe
apazigue, argui, averigue,oblique
Não se usa mais o acentodiferencial em: ‘pára/para’,‘péla/pela’, ‘pêlo/pelo’,‘pólo/polo/pôlo’, ‘péra/pêra’.
“Ela pára o carro”;“Foi ao mercado comprarpêra”;“Viajaram ao pólo Norte”;“O cachorro estava com opêlo macio”
“Ela para o carro”:“Foi ao mercado comprarpera”; “Viajaram ao poloNorte”;“O cachorro estava com opelo macio”.
Permanecem os seguintesacentos:1) o que diferencia ‘pode’(verbo ‘poder’, 3ª pessoa doPresente do indicativo) de‘pôde’ (verbo ‘poder’, 3ªpessoa do Pretérito Perfeitodo indicativo);2) o que diferencia ‘por’(preposição) de ‘pôr’(verbo);3) o que diferencia osingular do plural na 3ªpessoa do Presente doIndicativo dos verbos ‘ter’ e‘vir’ e seus derivados, taiscomo ‘manter’, ‘reter’,‘deter’, ‘conter’, ‘convir’,‘intervir’, ‘advir’ etc.:ele mantém/ eles mantêm;ele detém/eles detêm; eleintervém/eles intervêm.
Devido à duplicidade articulatóriaobservada em certas regiões, admitese tanto o acento agudo como oacento circunflexo em algumaspalavras oxítonas terminadas em < e> tônico.
‘bebê ou bebé’; ‘bidê ou bidé’, ‘caratêou caraté’; ‘guichê ou guiché’; ‘nenê ounené’
São facultativos:
1) o acento circunflexo nas palavrasoxítonas ‘judô’ e ‘metrô’; e
2) o acento circunflexo paradiferenciar as palavras ‘forma’(substantivo e verbo ‘formar’) e ‘fôrma’(substantivo).
Para fins de diferenciação, éfacultativo o uso do acento agudo nasformas verbais paroxítonas dopretérito perfeito do indicativo, na 1ªpessoa do plural, quando coincidiremcom a forma verbal correspondente dopresente do indicativo.
‘amamos ou amámos’;
‘cantamos ou cantámos’;
‘louvamos ou louvámos’
Complementando os estudos
Módulo II Unidade 1
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Módulo II Unidade 1
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Unidade 2 - O emprego do hífen
O termo deriva do grego hýphen (juntos, juntamente). O vocábulo chegou ao
português pelo latim tardio hyphen, que, frisese, manteve o < h > na grafia,
muito embora essa letra já não fosse pronunciada.
O hífen, como garante a sua origem, existe para unir e não para “separar”. Ainda
quando “separa”, para evitar a criação de uma sílaba indesejada e, assim,
indicar uma melhor pronúncia, como em ‘malhumorado’, ‘panhospitalar’, ‘sub
reino’, a sua simples presença preserva a “unidade semântica e sintagmática” do
vocábulo, expressão usada no Novo Acordo Ortográfico.
Eis os casos em que, segundo o Novo Acordo Ortográfico da língua portuguesa, empregase o hífen:
1) Nas palavras compostas que designam nomes de plantas e animais, estejam ou não ligados por preposição ou qualquer outro
elemento.
abóboramenina favadesantoinácio cobrad’água
bênçãodedeus andorinhagrande lesmadeconchinha
bemmequer cobracapelo bemtevi
couveflor formigabranca tartarugamarinha
ervadochá andorinhadomar
ervilhadecheiro
Tendo em vista que, nestes casos, ora se utilizava o
hífen, ora não, o Acordo uniformizou a grafia.
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antihigiênico préhistória
arquihipérbole extrahumano
contraharmônico semihospitalar
circumhospitalar geohistória
panhelenismo subhepático
eletrohigrômetro neohelênico
minihospital superhomem
2) O Acordo define que o hífen só será usado em palavras formadas por prefixos ou falsos prefixos, nos seguintes casos:
2.1 Quando o segundo elemento começa por < h >.
Não se usa o hífen em informações que contenham os
prefixos < des > e < in > e nas quais o segundo elemento
perdeu o < h > inicial: 'desumano', 'desumidificar', 'inábil',
'inumano', etc.
Pág. 2
Exceção: ‘subumano’, em que ‘humano' perde o < h >. O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), da Academia
Brasileira de Letras, também registra forma 'subhumano'.
2.2 Quando a vogal final do prefixo ou falso prefixo coincidir com a vogal inicial do segundo elemento da composição.
antiibérico
microondas
autoobservação
microorganismo
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microorganismo
contraalmirante
semiintensivo
infraaxilar
supraauricular
2.3 Nos compostos formados pelos prefixos ‘ex’, ‘sota’, ‘soto’, ‘vice’ e ‘vizo’.
exalmirantesotapiloto
sotomestre
vicereitorvizorei
exhospedeira vice
presidente
exdiretor
exprimeiroministro
2.4 Em palavras formadas pelos prefixos ‘circum’ ou ‘pan’ seguidos de palavras iniciadas em vogal, ou < m > e/ou < n >, (além de
h, caso já considerado no item 1):
circumescolar panmágico
circumnavegação panafricano
panamericano
pannegritude
2.5 Quando os prefixos ‘hiper’, ‘inter’ e ‘super’ formar compostos com palavras iniciadas por < r >.
hiperrealista interracial superresistente
hiperrequintado interregional superrevista
hiperresistente interrelação
3) Para ligar duas ou mais palavras que formam encadeamentos vocabulares do tipo:
divisas: ‘LiberdadeIgualdadeFraternidade’
trajetos e percursos: ‘ponte RioNiterói’, ‘trecho São PauloSantos’;
em que se opões relações e noções: ‘professoraluno’, ‘ensinoaprendizagem’.
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4) Nos vocábulos terminados por sufixos de origem tupiguarani que representam formas adjetivas, como < açu >, < guaçu > e <
mirim >, e quando a vogal final do primeiro elemento é acentuada graficamente ou quando a pronúncia exige a distinção gráfica dos
dois elementos:
amoréguaçu
anajámirim
andáaçu
capimaçu
Cearámirim
tamanduámirim
5) Nos compostos formados com os advérbios ‘bem’ e ‘mal’ quando estes formam, com o elemento que se segue, uma unidade
sintagmática e semântica.
bemaventurado malacabado
bemestar maladaptado
bemhumorado malafortunado
bemcriado malamado
bemditoso maleducado
bemeducado malestar
bemfalante malcurada
bemmandado malentendido
bemnascido malhumorado
bemvindo malintencionado
Pág. 3
1) Prefixo < mal>:
Usa – se o hífen com o prefixo < mal>, quando a palavra seguinte começar por
vogal ou então pelas consoantes < h > ou < l >.
Exemplos: malassombrado, malentendido, malestar, malhumorado, mallimpo.
Nos outros casos, escrevese sem hífen:
Exemplos: malcriado, malcomportado, malcheirosos, malfeito, malsucedido,
malvisto.
Quando “mal” significa doença, usase o hífen se a palavra não tiver elemento de
ligação.
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ligação.
Exemplo: malfrancês.
Se houver elemento de ligação, escrevese sem hífen.
Exemplos: mal de lázaro, mal de sete dias.
2) Prefixo < bem >:
De modo geral, usase o hífen nos compostos com o prefixo < bem >.
Exemplos: bemaventurado, bemintencionado, bemhumorado, bemmerecido,
bemnascido, bemfalante, bemvindo, bemvisto, bemdisposto.
Há, contudo, vários casos em que < bem > se liga sem hífen à palavra seguinte,
quer ele tenha ou não vida á parte.
Exemplo: benfazejo, benfeito, benfeitor, benquisto, benquerença, etc.
Regra de ouro:
Para não correr o risco de errar, é aconselhável consultar o
dicionário, que determina qual é a grafia consagrada pelo
uso. Exemplos são as palavras “malmequer” (consagra sem
hífen) e bemmequer (consagrada com hífen).
Pág. 4
1) Nos compostos formados por prefixo ou falso prefixo terminado em vogal em combinação com palavra iniciada por < r > ou < s
>, que, nesses casos, são dobrados.
Como era Como deve ser
antesala antessala
autoretrato autorretrato
antisocial antissocial
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contrasenso contrassenso
ultrasonografia ultrassonografia
suprarenal suprarrenal
Observação: A medida uniformiza várias exceções antes existentes.
2) Nos compostos, quando a vogal final do prefixo ou falso prefixo é diferente da vogal inicial da palavra com a qual se combinam.
Como era Como deve ser
antiaéreo antiaéreo
antiamericanismo antiamericanismo
autoafirmação autoafirmação
autoajuda autoajuda
infraestrutura infraestrutura
neoimpressionista neoimpressionista
3) Nos compostos que, devido ao uso, perderam a noção de composição.
Como era Como deve ser
mandachuva mandachuva
páraquedas paraquedas
Observação:
O Novo Acordo incluiu “paraquedas” e derivados ("paraquedista" e "paraquedismo") entre os casos de "compostos que, devido ao
uso, perderam a noção de composição" (veja o art. 1º da Base XV do Acordo) e deixou de fora os demais compostos com a forma
verbal "para": parachoque, paralama, pararaio, paravento, parabrisa, parasol. Tanto que o Vocabulário Ortográfico da Língua
Portuguesa (VOLP), da Academia Brasileira de Letras, assim registra essas palavras. Antes do Novo Acordo, tanto “páraquedas”
como “párachoque”, "páralama" e demais compostos dessa natureza tinham hífen e o acento diferencial em "pára", para
diferenciar a forma conjugada do verbo "parar" da preposição "para". Tendo em vista que o Novo Acordo eliminou esse acento
diferencial da forma verbal "para", os substantivos compostos com tal elemento também perderam o acento.
4) Nos compostos que apresentam elementos de ligação.
pé de moleque
pé de vento
pai de todos
dia a dia
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fim de semana
cor de vinho
ponto e vírgula
camisa de força
cara de pau
olho de sogra
Observação: Incluemse neste caso os compostos que formam uma oração, como: ‘maria vai com as outras’, ‘leva e traz’, ‘diz que
diz que’, ‘deus me livre’, ‘deus nos acuda’, ‘cor de burro quando foge’, ‘bicho de sete cabeças’, ‘faz de conta’.
Exceções (7): ‘águadecolônia’, ‘arcodavelha’, ‘corderosa’, ‘maisqueperfeito’, ‘pédemeia’, ‘ao deusdará’, ‘à queimaroupa’.
Pág. 5
5) Nas formações com o prefixo < co >, este se une diretamente ao segundo elemento, mesmo quando este se inicia por < o > ou
< h >.
coobrigação
coedição
coeducar
cofundador
coabitação
coerdeiro
corréu
corresponsável
coocorrência
Observação: Dobrase o < r > inicial do segundo elemento.
6) Nos vocábulos formados pelos < pre > e < re >, mesmo diante de palavras começadas por < e >.
preexistente
preelaborar
reescrever
reedição.
Observação: Como o acento do prefixo < pré > é praticamente imperceptível em algumas palavras, como ‘predeterminado’ e
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Observação: Como o acento do prefixo < pré > é praticamente imperceptível em algumas palavras, como ‘predeterminado’ e
‘preexistente’, na dúvida é sempre bom consultar o dicionário.
7) Não se usa o hífen na formação de locuções com o advérbio ‘não’.
(acordo de) não agressão
(reservado para) não fumantes
Observação: O Acordo Ortográfico aboliu o hífen das formas em que a palavra ‘não’ tem valor prefixal: ‘não agressão’, ‘não
engajado’, ‘não fumante’, ‘não violência’, ‘não participação’, ‘não governamental’ etc.
Divisão silábica e translineação
Na divisão silábica, quando da translineação de uma palavra composta ou de uma combinação de palavras em que há um hífen
ou mais, se a partição coincidir com o final de um dos elementos ou membros, devese, por clareza gráfica, repetir o hífen no
início da linha imediata:
Exemplos:
“O comandante da polícia é um ex
capitão do Exército”
“Quanto ao Paulo, ao João e ao Pedro, convocá
losemos na próxima semana.”
Ou
“Quanto ao Paulo, ao João e ao Pedro, convocálos
emos na próxima semana.”
O carro do presidente era seguido de perto pelo dovice
presidente.”
Pág. 6
NÃO SE USA O HÍFEN:
Regra Exemplos Observações
Em palavras compostas que
apresentam elementos de
ligação.
pé de moleque, pé de vento,
pai de todos, dia a dia, fim
de semana, cor de vinho,
Incluemse neste caso oscompostos que formam umaoração. Ex.: Maria vai com
as outras, leva e traz, dizque diz que, deus me livre,
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ligação. de semana, cor de vinho,
ponto e vírgula, camisa de
força, cara de pau, olho de
sogra, mão de obra.
que diz que, deus me livre,deus nos acuda, cor deburro quando foge, bicho desete cabeças, faz de conta.
* Exceções (7): águadecolônia, arcodavelha, corderosa, maisqueperfeito,pédemeia, ao deusdará, àqueimaroupa.
Se o prefixo terminar com
letra diferente daquela com
que se inicia a outra
palavra.
autoajuda, autoestrada,autoescola, antiaéreo,intermunicipal, supersônico,superinteressante,agroindustrial, aeroespacial,semicírculo.
Se o prefixo terminar porvogal e a outra palavracomeçar por < r > ou < s>, dobramse essas letras.
contrarrelógio, minissaia,
antirracismo, ultrassom,
semirreta.
Quando o prefixo < co >
juntarse com o segundo
elemento, mesmo quando
este se inicia por < o > ou
< h >.
coobrigação, coedição,coeducar, cofundador,coabitação, coerdeiro,corréu, corresponsável,coocorrência.
Com os prefixos < pre > e
< re >, mesmo diante de
palavras começadas por < e
>.
preexistente, preelaborar,
reescrever, reedição.
Como o acento do prefixo é
praticamente imperceptível
em algumas palavras, como
‘predeterminado’ e
‘preexistente’, na dúvida é
sempre bom consultar o
dicionário.
Na formação de compostos
começados por ‘não’.
(acordo de) não agressão
(reservado para) nãofumantes.
O acordo ortográfico aboliuo hífen das formas em quea palavra "não" tem valorprefixal: ‘não agressão’,‘não engajado’, ‘nãofumante’, ‘não violência’,‘não participação’, ‘nãogovernamental’ etc.
Pág. 7
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USASE O HÍFEN:
Regra Exemplos Observações
Com os prefixos < circum> e < pan >, quando osegundo elemento começapor vogal, < h >, < m > ou
< n >.
circumnavegação, pan
africano;
Com os prefixos < hiper >,
< inter > e < super >,
quando o segundo elemento
começa por < r >.
hiperrealista e superresistente
Quando o prefixo terminar
com a mesma letra com que
se inicia a outra palavra.
microondas, antiinflacionário, sub
bibliotecário, interregional,infraaxilar
Nas palavras compostas quenão apresentam elementos
de ligação.
guardachuva, arcoíris,
boafé, segundafeira,
mesaredonda, vagalume,
joãoninguém, portamalas,
portabandeira, pãoduro,
bateboca.
Não se usa o hífen em
certas palavras que
perderam a noção de
composição, como ‘girassol’,
‘madressilva’, ‘mandachuva’,
‘pontapé’, ‘paraquedas’,
‘paraquedista’,
‘paraquedismo’.
Em palavras onomatopeicas
(isto é, que representam
ruídos ou sons naturais) que
são compostas, mas não
apresentam elementos de
ligação.
recoreco, blábláblá, zum
zum, ticotico, tiquetaque,
cricri, gluglu, romrom,
pinguepongue, ziguezague,
bibi, fomfom, timtim
(timtim por timtim).
Como o acento do prefixo é
praticamente imperceptível
em algumas palavras, como
‘predeterminado’ e
‘preexistente’, na dúvida é
sempre bom consultar o
dicionário.
Nos compostos entre cujos
elementos há o emprego do
apóstrofo.
quedad'água, gotad'água,copod'água.
Nas palavras compostas
derivadas de topônimos
(nomes de lugares) que
apresentam ou não
elementos de ligação.
belohorizontino (Belo
Horizonte);
portoalegrense (Porto
Alegre);
matogrossensedosul(Mato Grosso do Sul); riograndensedonorte (Rio
Grande do Norte)
Nos compostos que
designam espécies animais
e botânicas (nomes de
plantas, flores, frutos,
bemtevi, peixeespada,
peixedoparaíso, mico
leãodourado, andorinhada
serra, lebredapatagônia,
Não se usa o hífen, quando
os compostos que designam
espécies botânicas e
zoológicas são empregados
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plantas, flores, frutos,
raízes, sementes), tenham
ou não elementos de
ligação.
serra, lebredapatagônia,
ervadoce, ervilhade
cheiro, pimentadoreino,
perobadocampo, cravoda
índia.
zoológicas são empregados
fora de seu sentido original.
Observe a diferença de
sentido entre os pares: 1)
arrozdocampo (certo tipo
de erva) e arroz de festa
(alguém que está sempre
presente em festas). 2)
bicodepapagaio (espécie
de planta ornamental) e
bico de papagaio
(deformação nas vértebras).
3) olhodeboi (espécie de
peixe) e olho de boi (selo
postal).
Diante de palavra começada
por < h >.
antihigiênico, subhepático,
superhomem, sobre
humano.
Exceção: ‘subumano’Com o prefixo < sub >,
usase o hífen também
diante de palavra começada
por < b > e < r >.
subbase, subbibliotecário,
subregião, subreitor, sub
regional.
Com os prefixos < ex >, <
sem >, < além >, <
aquém >, < recém >, <
pós >, < pré >, < pró >,
< vice >.
exaluno, semterra, alémmar, aquémmar, recémcasado, pósgraduação, prévestibular, próeuropeu,
vicerei.
A dúvida, nesse caso, é
sempre comum. Como o
acento nos prefixos < pré
>, < pós > e < pró > é
praticamente imperceptível
na fala, em algumas
palavras, como
‘predeterminado’ e
‘preexistente’, muitos não
sabem se o hífen deve ou
não ser usado. Assim,
também aqui é sempre bom
consultar o dicionário.
Com o prefixo < mal >,
quando a palavra seguinte
começar por vogal, < h >
ou < l >.
malassombrado, malentendido, malestar, malhumorado, mallimpo.
* Nos outros casos,
escrevese sem hífen:
malcriado, malcomportado,
malcheiroso, malfeito,
malsucedido, malvisto.
* Quando mal significa
doença, usase o hífen se a
palavra não tiver elemento
de ligação. Ex.: mal
francês. Se houver
elemento de ligação,
escrevese sem hífen. Ex.:
mal de lázaro, mal de sete
dias.
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Com < bem >, de modo
geral, nos compostos.
bemaventurado, bem
intencionado, bem
humorado, bemmerecido,
bemnascido, bemfalante,
bemvindo, bemvisto, bem
disposto.
* Mas há vários casos em
que bem se liga sem hífen à
palavra seguinte. Ex.:
benfazejo, benfeito,
benfeitor, benquisto.
Regra de ouro:
Para não correr o risco de errar, quando não se souber se a palavra
perdeu a noção de composição, é aconselhável consultar o
dicionário, que determina qual é a grafia consagrada pelo uso.
Exemplos disso são as palavras malmequer (sem hífen) e bemme
quer (consagrada com hífen).
Complementando os estudos
Módulo II Unidade 2
Complemente o seu estudo, consultando omaterial que disponibilizamos emGlossário, Dicionários e Biblioteca,localizados no Módulo de Apoio.
Jogo do hífen
Para jogar, acesse o link:
http://educarparacrescer.abril.com.br/regrashifen/index.shtml
Consulte também:
http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?
sid=23
Unidade 3 - Composição do alfabeto
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Uma inovação que o texto de unificação ortográfica de 1990 apresenta, logo na
Base I, é a apresentação do alfabeto, acompanhado das designações que
usualmente são dadas às diferentes letras.
No alfabeto português passam a figurar também as letras < k >, < w > e < y
>, pelas seguintes razões:
a) Os dicionários da língua já registram estas letras, apresentando um razoável
número de palavras do léxico português iniciado por elas;
b) Na aprendizagem do alfabeto é necessário fixar qual a ordem que elas
ocupam; e
c) Nos países africanos de língua oficial portuguesa existem muitas palavras que são grafadas com elas.
Apesar da inclusão no alfabeto das letras < k >, < w > e < y >, mantiveramse as regras já fixadas anteriormente quanto ao seu
uso restritivo, uma vez que existem outros grafemas com o mesmo valor fonético daquelas.
Ocorre que se, de fato, fossem abolidas as restrições quanto ao uso das letras < k >, < w > e < y >, provavelmente seria
introduzido no sistema ortográfico português mais um fator de perturbação, ou seja, a possibilidade de representar
indiscriminadamente por aquelas letras, fonemas que são transcritos por outras.
O alfabeto passa a ter 26 letras com a reintrodução das letras < k >, < w > e < y >, largamente utilizadas na escrita de símbolos
de unidades de medida, como km (quilômetro) e W (watt), e em palavras de origem estrangeira, como show, windsurf e playboy.
Pág. 2
A Base I do Acordo Ortográfico trata do alfabeto e dos nomes próprios estrangeiros e seus derivados:
1) O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras, cada uma delas com uma forma minúscula e outra maiúscula:
Observação:
a) Além dessas letras, usamse o < ç
> (cê cedilhado) e os seguintes
dígrafos: < rr > (erre duplo), < ss >
(esse duplo), < ch > (cêagá), < lh >
(eleagá), < nh > (eneagá), < gu >
(guêu) e < qu > (quêu).
b) Os nomes das letras acima
sugeridos podem ser designados de
outras formas.
2) As letras < k >, < w > e < y > usamse nos seguintes casos especiais:
a) Em antropônimos originários de outras línguas e seus derivados: Franklin, frankliniano; Kant, kantismo; Darwin,
darwinismo: Wagner, wagneriano, Byron, byroniano; Taylor, taylorista;
b) Em topônimos originários de outras línguas e seus derivados: Kuwait, kuwaitiano; Malawi, malawiano;
c) Em siglas, símbolos e mesmo em palavras adotadas como unidades de medida de curso internacional: TWA, KLM; K (de
kalium – potássio), W (West – oeste); kg (quilograma); km (quilômetro); kW (kilowatt); yd (yard – jarda); Watt.
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3) Em congruência com o número anterior, mantêmse nos vocábulos derivados eruditamente de nomes própriosestrangeiros, quaisquer combinações gráficas ou sinais diacríticos não peculiares à nossa escrita que figurem nessesnomes: comtista, de Comte; garrettiano, de Garrett; jeffersônia, de Jefferson; mülleriano, de Müller; shakesperiano, deShakespeare.
Os vocábulos autorizados registrarão grafias alternativas admissíveis, em casos de divulgação de certas palavras de tal tipode origem (a exemplo de fúcsia/ fúchsia e derivados, bungavília/ bunganvílea/bougainvíllea).
4) Os dígrafos finais de origem hebraica (< ch >, < ph > e < th >) podem conservarse em formas onomásticas da tradiçãobíblica, como ‘Baruch’, ‘Loth’, ‘Moloch’, ‘Ziph’, ou então simplificarse: ‘Baruc’, ‘Lot’, ‘Moloc’, ‘Zif’.
Se qualquer um destes dígrafos, em formas do mesmo tipo, for invariavelmente mudo, eliminase, como em ‘José’ e ‘Nazaré’,em vez de ‘Joseph’ e ‘Nazareth’; e se algum deles, por força do uso, permitir adaptação, substituise, recebendo uma adiçãovocálica: ‘Judite’, em vez de ‘Judith’.
5) As consoantes finais grafadas (< b >, < c >, < d >, < g > e < h >) mantêmse, quer sejam mudas, quer proferidas, nasformas onomásticas em que o uso as consagrou, nomeadamente antropônimos e topônimos da tradição bíblica: ‘Jacob’,‘Job’, ‘Moab’, ‘Isaac’; ‘David’, ‘Gad’; ‘Gog’, ‘Magog’, ‘Bensabat’, ‘Josafat’.
Integramse também nessa forma: ‘Cid’, em que o < d > é sempre pronunciado; ‘Madrid’ e ‘Valhadolid’, em que o < d > ora épronunciado, ora não; e ‘Calcem’ ou ‘Calicut’, em que o < t > se encontra nas mesmas condições. Nada impede, entretanto,que os antropônimos em apreço sejam usados sem a consoante final ‘Jó’, ‘Davi’ e ‘Jacó’.
6) Recomendase que os topônimos de línguas estrangeiras se substituam, tanto quanto possível, por formas vernáculas,quando estas sejam antigas e ainda vivas em português ou quando entrem, ou possam entrar, no uso corrente.
Exemplos: Anvers, substituído por Antuérpia; Cherbourg, por Cherburgo; Garonne, por Garona; Genève, por Genebra;Justland, por Jutlândia; Milano, por Milão; München, por Muniche; Torino, por Turim; Zürich, por Zurique, etc.
Pág. 3
Emprego de maiúsculas e minúsculas
Se compararmos as disposições do Novo Acordo com o que está definido no Formulário Ortográfico Brasileiro (1943), observaremos
que se implementou uma simplificação quanto ao emprego das letras maiúsculas.
Uso restrito:
· Aos antropônimos reais ou fictícios: Maria, José, Dom Quixote, Sancho Pança;
· Aos topônimos reais ou fictícios: Belo Horizonte, Pará, Rio de Janeiro, Lumpalândia, Herzoslováquia;
· Aos nomes de instituições (pessoas jurídicas): Universidade de Brasília, Instituto Nacional da Seguridade Social, Ministério
da Educação;
· Aos nomes de seres mitológicos ou antropomorfizados: Júpiter, Netuno, Minerva; Saci Pererê;
· Aos nomes de festas e festividades: Natal, Páscoa, Carnaval, Anonovo;
· Às designações dos pontos cardeais e colaterais quando se referem a grandes regiões do Brasil e do mundo: Nordeste,
Sudeste, Oriente, Ocidente;
· Às siglas: CPF, IPI, AGU, FAO, ONU;
· Às iniciais de abreviaturas: ‘Sr.’, ‘Gen.’, ‘V. Exª’; e
· Aos títulos de periódicos: Diário do Povo, Veja, Estadão, Folha de S. Paulo.
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Uso facultativo:
· Nas citações bibliográficas, com exceção do primeiro vocábulo e daqueles obrigatoriamente grafados com letras
maiúsculas: O Primo Basílio ou O primo Basílio; Casagrande e Senzala ou Casagrande e senzala, Memórias Póstumas de
Braz Cubas ou Memórias póstumas de Braz Cubas.
· Nos pontos cardeais e colaterais ordinários, mas não nas suas abreviaturas que deverão estar no formato de letras
maiúsculas: norte, sul, leste, mas SW, SE, N etc.
· Nos axiônimos (formas de tratamento e reverência) e hagiônimos (nomes sagrados e que designam crenças religiosas):
Senhor Pedro ou senhor Pedro; Doutora Marta ou doutora Marta; Governador Agnelo ou governador Agnelo; Magnífico Senhor
Reitor ou magnífico senhor reitor; Santa Cecília ou santa Cecília; Papa Bento XVI ou papa Bento XVI.
· Nos nomes que designam domínios do saber ou disciplinas: Medicina ou medicina, Matemática ou matemática, Arte
Renascentista ou arte renascentista.
· Nas categorizações de logradouros públicos, templos e edifícios: Rua/rua Teodoro Sampaio, Igreja/igreja de Santa Efigênia,
Edifício/edifício Copasa etc.
No particular, nem o Acordo Ortográfico em vigor, nem o Formulário Ortográfico
Brasileiro foram suficientemente explícitos ao tentarem estabelecer normas e
critérios para o emprego das iniciais maiúsculas.
Tanto é assim que o Acordo lança, ao final do trema, a seguinte observação:
“Obs: As disposições sobre os usos das minúsculas e maiúsculas não obstam a que
obras observem regras próprias, provinda de código ou normalizações específicas
(terminologias antropológica, geológica, biológica, botânica, zoológica, etc.),
promanadas de entidades científicas ou normalizadoras reconhecidas
internacionalmente.”
Ainda assim, vale observar certas tendências.
O emprego de maiúsculas em excesso, assim como dos negritos, dos sublinhados ou dos destaques, deve ser evitado, pois
“polui" o texto.
A tendência é, pois, a seguinte:
a) mais formalidade, mais deferência, mais ênfase: maiúsculas;
b) mais modernidade, menos “poluição" gráfica, mais simplicidade: minúsculas.
A mídia é uma fonte inesgotável de criação
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A mídia é uma fonte inesgotável de criação
de tendências, formulando, para cada caso,
normas próprias.
Nunca se pode, no entanto, esquecer a regra
taxativa que preceitua o emprego obrigatório
de inicial maiúscula nos substantivos
próprios de qualquer natureza.
Complementando os estudos
Módulo II Unidade 3
Complemente o seu estudo, consultando omaterial que disponibilizamos emGlossário, Dicionários e Biblioteca,localizados no Módulo de Apoio.
Unidade 4 - Eliminação do trema
Objeto da Base XIV, o TREMA, ou sinal de diérese (divisão de duas vogais adjacentes em duas sílabas), é inteiramente suprimido empalavras portuguesas ou aportuguesadas, permanecendo, contudo, em nomes próprios estrangeiros e derivações: ‘Hübner’,‘hüberiano’, ‘Müller’, ‘mülleriano’.
Empregado em diversas línguas, o trema ocorre para:
a) indicar alteração do som regular ou ordinário de uma vogal;
b) indicar, em encontros vocálicos, que a vogal átona não formava ditongo com aanterior;
c) dar identidade própria a determinada letra;
d) assinalar a independência de uma vogal em relação a uma vogal anterior.
No português, o trema era o diacrítico que se empregava sobre a letra < u >, quando átona, para indicar que ela deveria serpronunciada nos grupos < gue >, < gui >, < que >, < qui >.
Histórico do trema
O trema foi extinto da língua portuguesa pela segunda vez!
Sim; até 1971, ainda que pouco difundido, era facultado o uso do trema para indicar hiatos átonos. Dessa forma, podíamosencontrar o trema sobre o < u > e até sobre o < i > em palavras como ‘païsinho’ e ‘paraïbano’, para indicar a pronúncia do hiato
paisinho (diminutivo de país) e paraibano.
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Como recurso poético, para estender a métrica da palavra ‘saudade’, era possível encontrar a grafia ‘saüdade’ (saudade).
Entretanto, justamente por ser de emprego facultativo e ainda porque em todas as línguas impera o princípio do menor esforço(gráfico e oral), o uso do trema na representação de hiatos átonos, de tão raro, acabou caindo no esquecimento. Com a reformaortográfica de 1971, acabouse por extinguir o uso do trema nesses casos.
Entretanto, a partir da década de 70, maus articulistas e outros não muito dedicados autores generalizaram o equívoco de que, coma reforma recémimplantada, o trema havia sido abolido definitivamente da língua pátria, como de resto já ocorrera em Portugaldesde 1945.
Pág. 2
Pronúncia das palavras afetadas
Mesmo com o fim do trema, não haverá modificação na pronúncia das palavras.
O Novo Acordo garante o direito de se manter a grafia original com o trema nos casos de nomes próprios, de empresas e de marcascom registro público.
Observações:
a) Embora o trema não seja mais usado, a pronúncia das palavras que recebiam otrema não mudará, ou seja, deveremos continuar pronunciando a letra < u >.
b) Não esqueça que jamais houve trema quando a letra < u > estava seguida de “o”ou “a”, como em ambíguo, longínquo, averiguar, adequado etc.
c) Se a letra < u >, antes de < e > ou < i >, fosse pronunciada e tônica, devíamosusar acento agudo em vez do trema, tal como em “que ele averigúe”, “que elesapazigúem”, “ele argúi”, “eles argúem” etc. Este acento também foi abolido, comovimos anteriormente.
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Complementando os estudos
Módulo II Unidade 4
Complemente o seu estudo, consultando omaterial que disponibilizamos emGlossário, Dicionários e Biblioteca,localizados no Módulo de Apoio.
Exercícios de Fixação - Módulo II
Parabéns! Você chegou ao final do ultimo módulo do curso Conhecendo o Novo Acordo Ortografico.
Sugerimos que você faça uma releitura do Módulo II e resolva os Exercícios de Fixação. O resultado não influenciará na sua nota
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final, mas servirá como oportunidade de avaliar o seu domínio do conteúdo. Lembramos ainda que a plataforma de ensino faz a
correção imediata das suas respostas!
Porém, não esqueça de realizar a Avaliação Final do curso, que encontrase no Módulo de Conclusão. Lembramos que é por meio
dela que você pode receber a sua certificação de conclusão do curso.
Para ter acesso aos Exercícios de Fixação, clique aqui.