NATHALIA MARTINS FRANCcedilA DA SILVA
GEOPROCESSAMENTO NO APOIO Agrave AVALIACcedilAtildeO DA
QUALIDADE DE VIDA NO MUNICIacutePIO DE SEROPEacuteDICA - RJ
Seropeacutedica
II
2014
Trabalho de Conclusatildeo de Curso
apresentado ao Departamento de
Geociecircncias da Universidade Federal
Rural do Rio de Janeiro obtenccedilatildeo do
tiacutetulo de Licenciatura em Geografia
Orientador
Prof MSc Tiago Badre Marino
Seropeacutedica
2014
III
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeccedilo a Deus por me ajudar a realizar mais um sonho Por segurar a
minha matildeo ateacute aqui Aleacutem de me doar sabedoria criatividade coragem forccedila e persistecircncia
Agradeccedilo aos meus pais Urubatatilde Franccedila Marcia Martins e Julia Franccedila por
acreditarem que eu chegaria ateacute aqui Obrigada pelas oraccedilotildees pelos livros e por todo o
incentivo
Aos familiares agradeccedilo por terem me ajudado diretamente e indiretamente pelo
apoio compreensatildeo e carinho
Aos amigos soacute tenho a dizer ldquomuito obrigadardquo por acreditarem em mim pela
cumplicidade pelos incentivos pelos momentos fantaacutesticos compartilhados vocecircs satildeo
inesqueciacuteveis Com o tambeacutem apoio de vocecircs a vida eacute ainda mais colorida Obrigada as
meninas que moram comigo e as meninas do F1-23
Agradeccedilo de coraccedilatildeo a todos os meus professores da vida escolar Cheguei ateacute aqui
porque recebi atenccedilatildeo dedicaccedilatildeo e credibilidade deles Dedico esta monografia a todos os
meus professores das instituiccedilotildees disciplinares Era uma Vez Escola Municipal Adelmar
Tavares EM Franccedila Coleacutegio Estadual Visconde de Cairu e Accedilatildeo1
Aos professores do departamento de Geociecircncias minha eterna gratidatildeo por me
doarem conhecimentos e ajudarem a me formar profissionalmente e como ser humano
Agradeccedilo ao professor Tiago Marino por ter disponibilizado seu tempo para
compartilhar o seu conhecimento comigo Sou grata pela a atenccedilatildeo disponibilizada a mim e
pela confianccedila
Obrigada a todos
IV
RESUMO
O municiacutepio de Seropeacutedica eacute um tiacutepico exemplo do que ocorre em muitas cidades
brasileiras Trata-se de um espaccedilo em constante evoluccedilatildeo poreacutem orientada por um processo
de urbanizaccedilatildeo desordenada
Nos dias atuais um grande desafio enfrentado por gestores puacuteblicos eacute a dificuldade na
implantaccedilatildeo de praacuteticas de planejamento territorial e do monitoramento contiacutenuo para que
atraveacutes do diagnoacutestico de suas deficiecircncias e potencialidades possam orientar a expansatildeo
territorial municipal de maneira ordenada
Este trabalho objetiva a realizaccedilatildeo de um diagnoacutestico sobre qualidade de vida no
municiacutepio de Seropeacutedica atraveacutes de teacutecnicas de Geoprocessamento Todos os procedimentos
avaliativos foram conduzidos pela metodologia de Anaacutelise Ambiental utilizando o sistema
Vista SAGAUFRJ Para a geraccedilatildeo dos mapeamentos temaacuteticos primaacuterios foram utilizados os
dados tabulares provenientes do Censo Demograacutefico do IBGE publicado no ano de 2010 e o
Sistema de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG) ESRI ArcGIS
Uma vez realizados estes estudos os conhecimentos adquiridos pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) podem ser aplicados com as devidas precauccedilotildees a inuacutemeras outras aacutereas
urbanas que apresentem caracteriacutesticas e necessidades similares
Palavras-chave Geoprocessamento Cartografia Temaacutetica Anaacutelise Ambiental Qualidade de
Vida Seropeacutedica Aacutervore de Decisatildeo Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental SAGA
V
ABSTRACT
The Municipality of Seropeacutedica is a typical example of what happened in many cities
This is an area undergoing rapid urbanization but still able to control if well managed by
their managers
This article presents information on the Quality of Life in the city of Seropeacutedica This
work is challenged to consider whether all sectors have quality of life from the items
evaluated in the decision tree
The great challenge of a mayor in modern times is to find the balance between the
development of urban growth and monitoring to be done to maintain the quality of life
This work aims to create maps that depict the quality of life assessment in the
municipality of Seropeacutedica All computational procedures performed were conducted by the
Environmental Analysis methodology using the system VISTASAGAUFRJ for processing
of mappings obtaining and validating results Once performed these studies the knowledge
gained by the use of GIS on the environmental and urban issues in the municipality of
Seropeacutedica (RJ) can be extrapolated with due precautions to many other urban areas that
have similar characteristics and face the same problems
Keywords Geoprocessing Environmental Analysis Quality of Life Poor settlements
Seropeacutedica SAGA
VI
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 10
11 AacuteREA DE ESTUDO MUNICIacutePIO DE SEROPEacuteDICA 10 12 JUSTIFICATIVA PARA O TRABALHO 11 13 OBJETIVOS 11
131 Geral 11 132 Especiacuteficos 11
14 ORGANIZACcedilAtildeO DO TRABALHO 12
2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA 14
21 SISTEMAS DE INFORMACcedilOtildeES GEOGRAacuteFICAS NA GESTAtildeO TERRITORIAL 14 22 QUALIDADE DE VIDA E IacuteNDICES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 15
3 METODOLOGIA DE PESQUISA 18
31 ORGANIZACcedilAtildeO METODOLOacuteGICA 18 32 BASE DE DADOS SOCIOECONOcircMICA 18 33 AVALIACcedilAtildeO AMBIENTAL 19
331 A Anaacutelise Ambiental por Geoprocessamento 19 332 O Projeto SAGAUFRJ 20 333 A Escolha do SAGAUFRJ 21 334 Formulaccedilatildeo da Anaacutelise Ambiental 21
34 AacuteRVORE DE DECISAtildeO QUALIDADE DE VIDA 22 35 TERMINOLOGIA CENSITAacuteRIA (IBGE) 24
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados 24 352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais) 25
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA 26
41 UNIDADE TERRITORIAL SETOR CENSITAacuteRIO 26 42 GERACcedilAtildeO DO MAPEAMENTO TEMAacuteTICO CLASSIFICATOacuteRIO 28
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo 28 4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza 29 4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio 30 4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica 32 422 Aspectos Sociais 33 4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo 34 4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo 36 423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo 38 4231 Responsaacuteveis Alfabetizados 38
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO AMBIENTAL 40
51 AVALIACcedilAtildeO DE INFRAESTRUTURA 40 52 AVALIACcedilAtildeO DE ASPECTOS SOCIAIS 42 53 CONDICcedilOtildeES DE EDUCACcedilAtildeO 45 54 AVALIACcedilAtildeO DA QUALIDADE DE VIDA 46
6 CONCLUSOtildeES 49
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 50
VII
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
Figura 1 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica da Pesquisa 18 Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005) 22 Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ) 23 Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de vida 29 Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de vida 34 Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de vida 38
VIII
LISTA DE MAPAS
Mapa 1 Localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo - Municiacutepio de Seropeacutedica - Rio de Janeiro 11 Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ) 27 Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza 30 Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio 31 Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica 33 Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo 35 Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo 37 Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados 39 Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura 42 Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais 44 Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) 48
IX
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees 25 Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpezardquo
(IBGE 2010) 30 Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuteriordquo
(IBGE 2010) 31 Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo (IBGE 2010)
32 Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE 2010) 34 Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimordquo
(IBGE 2010) 36 Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010) 38 Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura 40 Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais 43 Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida 46
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Aacuterea de Estudo Municiacutepio de Seropeacutedica
Seropeacutedica eacute um municiacutepio brasileiro do estado do Rio de Janeiro Localiza-se na
Microrregiatildeo de Itaguaiacute na Mesorregiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro a 75 quilocircmetros
da capital do estado Rio de Janeiro Ocupa uma aacuterea de 283794 kmsup2 e sua populaccedilatildeo foi
estimada no ano de 2011 em 78183 mil habitantes pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatiacutestica (IBGE) sendo entatildeo o 31ordm mais populoso do estado e o segundo mais populoso de
sua microrregiatildeo Faz divisa com os municiacutepios Itaguaiacute Nova Iguaccedilu Japeri Queimados e
Paracambi
Segundo informaccedilotildees do IBGE Seropeacutedica eacute um local onde se tratava e fabricava
seda O nome da cidade teve origem em 1875 Naquela eacutepoca a terra era conhecida como
segundo distrito de Itaguaiacute Tal veio da antiga fazenda Seropeacutedica do Bananal onde eram
produzidos diariamente em larga escala cerca de 50 mil casulos de Bombyx Mori
conhecidos como bicho da seda
Aacuterea de Abrangecircncia do Estudo Localiza-se a 22deg 44prime 38Prime de latitude sul 43deg 42prime 28Prime
de longitude oeste na regiatildeo oeste da Baixada Fluminense a uma elevaccedilatildeo de 26 metros do
niacutevel do mar Estaacute a uma distacircncia de 75 quilocircmetros da capital do estado
Limita-se a oeste com os municiacutepios de Nova Iguaccedilu Queimados e Japeri ao sul com
o municiacutepio do Rio de Janeiro ao norte faz divisa com Paracambi e a leste com o municiacutepio
de Itaguaiacute O territoacuterio municipal estende-se por 283 794 kmsup2
11
Mapa 1 Localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo - Municiacutepio de Seropeacutedica - Rio de Janeiro
12 Justificativa para o Trabalho
Acelerado processo de urbanizaccedilatildeo mas que ainda dispotildee de condiccedilotildees de controle se
adequadamente administrada pelos seus gestores Este eacute o quadro atual da grande maioria de
cidades do Brasil
Este estudo procura relatar a partir dos dados censitaacuterios disponibilizados pelo
Instituo Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) um diagnoacutestico mapeado acerca da
qualidade de vida no municiacutepio de Seropeacutedica
Como resultado o estudo apontaraacute localidades com boas condiccedilotildees de vida e de forma
anaacuteloga aquelas carentes de investimentos em infraestrutura e programas sociais de acordo
com o Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) Acredita-se que a aplicaccedilatildeo da
metodologia proposta possa apoiar as decisotildees poliacuteticas e investimentos por gestores puacuteblicos
13 Objetivos
131 Geral
O foco do presente estudo seraacute a preparaccedilatildeo de uma estrutura de avaliaccedilatildeo e
mapeamento da qualidade de vida com apoio na Cartografia Temaacutetica e no
Geoprocessamento com base nos aspectos sociais educacionais e de infraestrutura
132 Especiacuteficos
Zoneamento da Qualidade de Vida no Municiacutepio de Seropeacutedica (Rio de Janeiro)
Utilizaccedilatildeo do aplicativo ESRI ArcGis para elaboraccedilatildeo dos mapas temaacuteticos
socioeconocircmicos a partir da dados gerados pelo Censo Demograacutefico 2010 (IBGE)
12
Utilizaccedilatildeo do aplicativo VISTASAGA como ferramenta para a elaboraccedilatildeo de
avaliaccedilotildees ambientais organizadas segundo a estrutura de ldquoAacutervore de Decisatildeordquo
14 Organizaccedilatildeo do Trabalho
Para uma compreensatildeo clara deste trabalho esta Monografia foi dividida em 7
capiacutetulos entre os quais se insere esta Introduccedilatildeo onde satildeo apresentados os Objetivos em
que se destacam as etapas para se atingir a anaacutelise da variaccedilatildeo territorial da qualidade de vida
no municiacutepio de Seropeacutedica ndash Rio de Janeiro
O capiacutetulo 2 estaraacute voltado agrave Fundamentaccedilatildeo Teoacuterica onde satildeo introduzidos alguns
conceitos baacutesicos baseados na literatura definiccedilotildees e indicadores de qualidade de vida
Tratar-se tambeacutem a importacircncia da utilizaccedilatildeo dos Sistemas Geograacuteficos de Informaccedilotildees
(SIGs) descrevendo sua disposiccedilatildeo de composiccedilatildeo aleacutem da importacircncia e exemplos de
aplicaccedilotildees providos pelos SIGs num contexto de gestatildeo territorial
O capiacutetulo 3 eacute reservado agrave exposiccedilatildeo de metodologia ldquoA Anaacutelise Ambiental por
Geoprocessamentordquo a qual se apresenta a estrutura conceitual e loacutegica bem definida e
organizada do Geoprocessamento Neste capiacutetulo tambeacutem satildeo citados alguns estudos de caso
de aplicaccedilatildeo da referida metodologia Em seguida apresenta sob a forma de organogramas a
Aacutervore de Decisatildeo para a determinaccedilatildeo da ldquoQualidade de Vidardquo assim como as aacutervores de
niacuteveis intermediaacuterios ldquoInfraestruturardquo ldquoAspectos Sociaisrdquo e ldquoEducaccedilatildeordquo Estes diagramas
definem de forma estruturada os passos das avaliaccedilotildees para as anaacutelises ambientais
projetadas Apresenta definiccedilotildees de indicadores iacutendices de desenvolvimento humano e
qualidade de vida aleacutem dos procedimentos estatiacutesticos para a definiccedilatildeo do nuacutemero de classes
baseado no modelo de Sturges utilizado para a classificaccedilatildeo de dados socioeconocircmicos Satildeo
introduzidas tambeacutem definiccedilotildees da terminologia censitaacuteria segundo o IBGE frequumlentemente
citada no capiacutetulo seguinte atraveacutes das variaacuteveis socioeconocircmicas estudadas Justifica de
forma ilustrada a necessidade do trabalho com dados relativizados (taxas percentuais)
normalizados pela quantidade de domiciacutelios particulares permanentes de cada setor censitaacuterio
na criaccedilatildeo dos mapas socioeconocircmicos
O capiacutetulo 4 eacute retrata exclusivamente os materiais e meacutetodos empregados como a
descriccedilatildeo da aacuterea objeto de estudo municiacutepio de Seropeacutedica com sua definiccedilatildeo territorial
determinada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) caracteriacutesticas e o
processo de evoluccedilatildeo urbaniacutestica desenfreada ocorrida naquela regiatildeo Em seguida destaca a
organizaccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica pelo qual mostra-se a importacircncia da
integraccedilatildeo dos dados populacionais com os do ambiente fiacutesico nas anaacutelises ambientais
13
Destacam-se tambeacutem as variaacuteveis ambientais empregadas para a determinaccedilatildeo de iacutendices de
desenvolvimento humano e de qualidade de vida os setores censitaacuterios como unidade
territorial e tambeacutem os procedimentos estatiacutesticos adotados na fase de geraccedilatildeo da base de
dados socioeconocircmica
O capiacutetulo 5 apresenta o desenvolvimento parcial da Aacutervore de Decisatildeo referente agraves
avaliaccedilotildees com os dados populacionais oriundos do Censo 2010 seguindo-se a metodologia
proposta no capiacutetulo 3 Apresenta os mapas resultantes de avaliaccedilotildees e as anaacutelises relativas agraves
dimensotildees Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo agrave qualidade de vida as condiccedilotildees dos
aspectos sociais e as condiccedilotildees de educaccedilatildeo mapeando assim a qualidade de vida da regiatildeo
O capiacutetulo 6 destina-se agraves conclusotildees pelas quais se apresentam sinteticamente os
resultados alcanccedilados com a pesquisa
O capiacutetulo 7 reserva-se ao material de referecircncia bibliograacutefica consultado durante as
fases de desenvolvimento desta pesquisa
14
2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
Esta sessatildeo apresenta diferentes abordagens sobre a qualidade de vida e sistemas de
informaccedilotildees geograacuteficas segundo distintos autores
21 Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas na Gestatildeo Territorial
Compreende-se Sistema de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG) como referecircncia ao
conjunto de software hardware bases de dados e organizaccedilatildeo Num sentido limitado o SIG
se refere a um pacote de software que permite o tratamento automaacutetico de dados graacuteficos e
natildeo graacuteficos georreferenciados Assim
O uso de SIGs permite obter mapas com rapidez e precisatildeo a partir
da atualizaccedilatildeo dos bancos de dados sendo uma ferramenta
importante no estudo de potencialidades do ambiente e no caso da
avaliaccedilatildeo de aacutereas com risco de salinizaccedilatildeo constitui-se etapa
importante para a definiccedilatildeo de praacuteticas adequadas de manejo e
conservaccedilatildeo do solo e recursos hiacutedricos (Valadares e Faria 2004
p91)
Para Polidoro e Barros (2010 p86) sistemas de informaccedilotildees geograacuteficas satildeo valiosas
ferramentas computacionais que tornam possiacutevel a anaacutelise e tratamento de informaccedilotildees
geograacuteficas e a posterior disponibilizaccedilatildeo dessas como suporte a tomada de decisotildees
Martins (2005 p 24) considera que o SIG eacute capaz de apontar por meio de mapas
temaacuteticos relacionados a um banco de dados tabularem situaccedilotildees de risco permitindo a
prevenccedilatildeo e a contenccedilatildeo de impactos ambientais
Martins (2005 p93) ainda compreende que
Um SIG eacute uma ferramenta computacional que permite a
representaccedilatildeo dos objetos geograacuteficos (vias limites de municiacutepios
edificaccedilotildees etc) da superfiacutecie terrestre de maneira simplificada por
meio da utilizaccedilatildeo de formas geomeacutetricas (pontos linhas e
poliacutegonos)
15
O SIG pode ser utilizado por qualquer aacuterea de conhecimento visto que eacute uma
disciplina multidisciplinar poreacutem eacute necessaacuterio que cada aacuterea se volte para a informaccedilatildeo
quantitativa para trabalhar e obter dados atraveacutes da visualizaccedilatildeo dos mapas Por exemplo
Um socioacutelogo deseja utilizar um SIG para entender e quantificar o fenocircmeno da
exclusatildeo social numa determinada capital brasileira
Um engenheiro florestal aplica um SIG para a contenccedilatildeo de aacutereas remanescentes
florestais de uma dada regiatildeo
Um geoacutegrafo pretende usar um SIG para gerar a distribuiccedilatildeo do desenvolvimento
industrial de uma dada regiatildeo
A partir das definiccedilotildees acima compreende-se a interdisciplinaridade do assunto diante
da integraccedilatildeo numa singular base de dados dados censitaacuterios informaccedilotildees espaciais
provenientes de dados cartograacuteficos e cadastro urbano e rural imagens de sateacutelite redes e
modelos numeacutericos de terreno
22 Qualidade de Vida e Iacutendices de Desenvolvimento Humano
De acordo com Demo (1998) num primeiro passo podemos recorrer para a
etimologia latina qualitas significa ldquoa essecircnciardquo Assim qualidade designa a parte essencial
das coisas aquilo que lhe seria mais importante e determinante Demo (1998 p93) tambeacutem
assume que a qualidade aponta para a marca central das coisas e dos seres aquilo que natildeo se
consome no tempo que fica para sempre que decide o que algo eacute definitivamente
Segundo Fleck (2000 apud The WHOQOL Group 1995 p34) a Organizaccedilatildeo
Mundial da Sauacutede conceituou ldquoQualidade de Vidardquo como a percepccedilatildeo do indiviacuteduo de sua
posiccedilatildeo na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relaccedilatildeo
aos seus objetivos expectativas padrotildees e preocupaccedilotildees
De acordo com Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Seropeacutedica Tiacutetulo I Paraacutegrafo Uacutenico
a accedilatildeo municipal desenvolve-se em todo o seu territoacuterio sem
privileacutegios de bairros reduzindo as desigualdades regionais e sociais
promovendo o bem-estar de todos sem preconceitos de origem raccedila
sexo cor idade e quaisquer outras formas de discriminaccedilatildeo
Um aspecto importante que caracteriza estudos que partem de uma definiccedilatildeo geneacuterica
da Qualidade de Vida eacute que as amostras estudadas incluem pessoas saudaacuteveis da populaccedilatildeo
nunca se restringindo a amostras de pessoas portadoras de agravos especiacuteficos
16
Para Seidl e Zannon (2004) a Qualidade de Vida apresenta uma acepccedilatildeo mais ampla
aparentemente influenciada por estudos socioloacutegicos sem fazer referecircncia a disfunccedilotildees ou
agravos (Zannon e Seidl 2004 p583) Com relaccedilatildeo ao meio ambiente o modelo incorpora
conceitos mais amplos onde meio ambiente eacute a resultante das questotildees socioeconocircmicas de
uma realidade Nesse processo qualidade de vida abrange ainda os aspectos comportamentais
(por exemplo exercitaccedilatildeo e alimentaccedilatildeo) e perceptivos da comunidade acerca do que eacute
qualidade de vida
Para Nobre (1995 p 299)
Qualidade de vida foi definida como sensaccedilatildeo iacutentima de conforto
bem-estar ou felicidade no desempenho de funccedilotildees fiacutesicas intelectuais
e psiacutequicas dentro da realidade da sua famiacutelia do seu trabalho e dos
valores da comunidade agrave qual pertence
A qualidade de vida no Brasil eacute medida atraveacutes do ponto de vista do Iacutendice de
Desenvolvimento Humano (IDH) Este por sua vez analisa os estados brasileiros atraveacutes de
trecircs itens essenciais renda educaccedilatildeo e expectativa de vida A renda eacute avaliada pelo PIB real
per capita a sauacutede pela esperanccedila de vida ao nascer e a educaccedilatildeo pela taxa de alfabetizaccedilatildeo
de adultos e taxas de matriacutecula aos niacuteveis primaacuterios secundaacuterios combinados Renda
educaccedilatildeo e sauacutede seriam atributos de igual importacircncia como expressatildeo da capacidade
humana (Minayo Buss Hartz 2000 p8)
O Programa das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgou em 1990 o
levantamento do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) O conceito de Desenvolvimento
Humano eacute o ingrediente principal do Relatoacuterio de Desenvolvimento Humano (RDH) Aleacutem
do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) este faz parte da compreensatildeo de que para
averiguar o avanccedilo de uma populaccedilatildeo natildeo se deve considerar apenas a dimensatildeo econocircmica
poreacutem outras influenciam a qualidade da vida humana
O desenvolvimento humano por definiccedilatildeo eacute compreendido como um abrangente
processo de expansatildeo de escolhas individuais nas diversas aacutereas como geograacutefica
econocircmica social cultural e poliacutetica Embora saiba-se que a possibilidade natildeo eacute satisfeita
de as pessoas terem o discernimento ou condiccedilotildees de exercerem esse direito que eacute
internacionalmente reconhecido nas cartas de cidadania e foco de assunto constitucional
brasileiro algumas dessas escolhas satildeo baacutesicas para a vida humana
17
As opccedilotildees por vida saudaacutevel por adquirir conhecimento por morar dignamente e por
atingir e manter um padratildeo de vida decente satildeo condiccedilotildees fundamentais para os seres
humanos e agrave medida que sejam alcanccediladas abrem caminho para outras escolhas igualmente
importantes referentes agrave participaccedilatildeo poliacutetica agrave diversidade cultural aos direitos humanos e agrave
liberdade individual e coletiva (IPEA1998)
Segundo IPEA (1998) o conceito atual de desenvolvimento humano eacute amplo pois
aleacutem de considerar os seres humanos como participantes ativos do processo de
desenvolvimento os tem como beneficiaacuterios do processo produtivo e vecirc suas necessidades
baacutesicas monitoradas a partir dos citados requisitos miacutenimos e de suas escolhas A ideia de
desenvolvimento humano ao integrar todos esses conceitos que sintetizam a capacidade de
bem-estar e da qualidade de vida representa uma noccedilatildeo abrangente de desenvolvimento com
sentido holiacutestico
Os censos demograacuteficos efetuados e entregues pelo IBGE por sua riqueza de dados e
informaccedilotildees permitem que sejam elaborados diversos tipos de iacutendices de desenvolvimento
que podem abarcar os conceitos econocircmicos e sociais
Segundo IPEA (1998) a vantagem de se aproveitar a base de dados censitaacuteria ainda
relativamente pouco explorada em trabalhos cientiacuteficos e teacutecnicos eacute que ela permite
incorporar outras variaacuteveis e dimensotildees agrave anaacutelise do desenvolvimento humano
Os iacutendices sinteacuteticos de desenvolvimento humano ocorrido no Brasil atualmente satildeo
o Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e o Iacutendice de Condiccedilotildees de Vida
(ICV) Para sua construccedilatildeo satildeo gerados e empregados diversos indicadores O objetivo do
iacutendice sinteacutetico que permite a comparaccedilatildeo e ordenaccedilatildeo entre comunidades eacute reduzir todos os
indicadores por ponderaccedilotildees e juiacutezos de valor a um iacutendice uacutenico O IDHM para sua
concepccedilatildeo precisa ultrapassar certos conceitos baacutesicos do IDH que foi idealizado para ser
calculado e comparar paiacuteses Para sua avaliaccedilatildeo consideram-se trecircs dimensotildees Educaccedilatildeo
Renda e Longevidade O ICV para a sua construccedilatildeo considera cinco grupos de indicadores
Educaccedilatildeo Renda Habitaccedilatildeo Infacircncia e Longevidade Cada uma dessas dimensotildees eacute
estruturada a partir de diversas variaacuteveis
Esses iacutendices tecircm sido empregados no Brasil com a incorporaccedilatildeo dos dados censitaacuterios
histoacutericos estando mais difundidos os relativos aos censos de 1970 a 2000 Tanto o IDHM
como o ICV generalizam os dados para municiacutepios e permitem a comparaccedilatildeo segundo essas
unidades
18
3 METODOLOGIA DE PESQUISA
31 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica
A Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada ilustra os materiais e processos
aplicados nesta pesquisa As caixas foram coloridas de modo a diferenciar os produtos e os
processos especiacuteficos da metodologia apresentada (violeta) da aplicaccedilatildeo especiacutefica para o
Municiacutepio de Seropeacutedica (vermelha)
Todo o processo eacute estruturado num modelo de representaccedilatildeo denominada ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo que apresenta passo a passo cada avaliaccedilatildeo intermediaacuteria necessaacuteria a se chegar ao
resultado final (mapeamento de Qualidade de Vida)
Figura 1 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica da Pesquisa
32 Base de Dados Socioeconocircmica
No estrato superior do fluxograma apresenta-se a malha e dados censitaacuterios obtida a
partir do acervo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) Constituem os
elementos necessaacuterios para a geraccedilatildeo de mapas temaacuteticos que compotildeem a base de dados
socioeconocircmica do estudo O processo eacute permitido para esta particular aplicaccedilatildeo por meio
da utilizaccedilatildeo do ldquoMoacutedulo de Classificaccedilatildeo e Criaccedilatildeo de Mapas Temaacuteticosrdquo do aplicativo Esri
ArcGIS A coloraccedilatildeo vermelha destas caixas eacute justificada devido agrave possibilidade da base de
dados socioeconocircmica a ser obtida a partir de qualquer outra fonte (ou de ser gerada) e
19
tambeacutem processada por outros aplicativos de acordo com os conhecimentos do analista e
disponibilidade de dados para a localidade de estudo Aleacutem da flexibilidade quanto agrave fonte
dos dados fica a criteacuterio do analista a seleccedilatildeo das variaacuteveis socioeconocircmicas a serem
utilizadas na avaliaccedilatildeo de qualidade de vida Para esta aplicaccedilatildeo a unidade territorial adotada
satildeo os setores censitaacuterios definidos a partir de IBGE (2010)
33 Avaliaccedilatildeo Ambiental
A partir das bases de dados socioeconocircmicos (Renda Analfabetismo Coleta de Lixo
etc) aplica-se formulaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo Ambiental (detalhada na sessatildeo 334) para obtenccedilatildeo
dos mapas de ldquoQualidade de Vidardquo A escolha do algoritmo avaliativo para o processamento
das anaacutelises tambeacutem eacute flexiacutevel a outras formulaccedilotildees e aplicativos a criteacuterio do avaliador
331 A Anaacutelise Ambiental por Geoprocessamento
A Anaacutelise Ambiental ldquoeacute um instrumento fundamental na investigaccedilatildeo interdisciplinar
pois fornece uma gama variada de percepccedilotildees que iratildeo auxiliar no aprofundamento do
conhecimento cientiacuteficordquo (Stipp e Stipp 2004 p24)
Para SILVA amp SOUZA (1998 ldquoapudrdquo Stipp e Stipp 2004 p24) analisar um
ambiente significa desmembraacute-lo em termos de suas partes componentes e apreender as suas
funccedilotildees internas e externas com a consequente criaccedilatildeo de um conjunto integrado de
informaccedilotildees representativo deste conhecimento adquirido
A Anaacutelise Ambiental deve ser compreendida como um instrumento integrador que
encare o meio ambiente sob o acircngulo da preocupaccedilatildeo com o uso que o homem faz dele no
sentido de se contribuir para o desenvolvimento de uma perspectiva interdisciplinar de
investigaccedilatildeo da construccedilatildeo do meio ambiente e da organizaccedilatildeo do espaccedilo (Stipp e Stipp
2004 p24)
A anaacutelise ambiental expressa na realizaccedilatildeo dos diagnoacutesticos zoneamentos e a
avaliaccedilatildeo nos impactos ambientais (Sales 2004 p130) Paralelamente satildeo tratados os planos
de manejo e planejamento dos usos dos espaccedilos naturais e em alguns casos - ainda raros - de
recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas Satildeo esses conjuntos de procedimentos que recebe a rubrica
de anaacutelise ambiental (Mendonccedila 1993 Ross 1990 ldquoapudrdquo Geografia Sistemas e anaacutelise
ambiental abordagem criacutetica 2004 p130)
Logo o processo de anaacutelise ambiental envolve a elaboraccedilatildeo de diagnoacutesticos a
manifestaccedilatildeo de interesse poliacutetico a revelaccedilatildeo de interesse da coletividade envolvida com o
20
intuito de trazer melhorias para uma determinada aacuterea ou trazer antecipadamente diagnoacutesticos
de possiacuteveis situaccedilotildees indesejaacuteveis ou ateacute mesmo prever aacutereas de potencial
332 O Projeto SAGAUFRJ
O Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental (SAGAUFRJ) foi implantado em 1983 no
Departamento de Geografia da UFRJ pelo Prof Dr Jorge Xavier da Silva coordenador do
entatildeo Grupo de Pesquisas em Geoprocessamento (GPG) Foi desenvolvido como um sistema
para aplicaccedilotildees ambientais de faacutecil implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo em equipamentos de baixo custo
o que se tornou possiacutevel principalmente graccedilas ao crescimento da popularidade e uso de
microcomputadores do tipo IBM-PC
Eacute possiacutevel a partir da aplicaccedilatildeo deste ter estimativas de riscos de desmoronamentos e
de enchentes potenciais turiacutesticos e de urbanizaccedilatildeo para fins de preservaccedilatildeo e a anaacutelise da
qualidade de vida em favelas constituem uma pequena amostra das pesquisas realizadas pela
comunidade de usuaacuterios atraveacutes da utilizaccedilatildeo do SAGAUFRJ
Sua primeira versatildeo foi criada na deacutecada de 1980 apresentando mapas com no
maacuteximo 16 cores Nesta eacutepoca o geoprocessamento era bastante limitado pela barreira
tecnoloacutegica Seguindo a evoluccedilatildeo da informaacutetica o Vista Saga tambeacutem foi evoluindo com
novas versotildees mais sofisticadas Hoje o Vista Saga trabalha com cores de 32 bits
viabilizando ateacute a visualizaccedilatildeo em trecircs dimensotildees de aacutereas de estudos
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que o VISTASAGA eacute um projeto totalmente
nacional cresce em meio acadecircmico e sem fins lucrativos Pode ser obtido gratuitamente
atraveacutes do site httpwwwlageopufrjbr
Constituem seus principais moacutedulos de processamento
MONITORIA Este procedimento consiste no levantamento puxado das alteraccedilotildees
ambientais ocorridas em uma determinada situaccedilatildeo ambiental Registros sucessivos de
fenocircmenos ambientais utilizando taxonomias correspondentes (classificaccedilotildees iguais
ou correlacionaacuteveis) podem ser usados para o acompanhamento da evoluccedilatildeo
territorial de processos e ocorrecircncias de interesse
ASSINATURA SIGs permitem a locomoccedilatildeo entre localizaccedilotildees e atributos ou seja a
recuperaccedilatildeo da localizaccedilatildeo a partir da seleccedilatildeo de uma informaccedilatildeo e vice-versa
AVALIACcedilAtildeO Utilizado para realizar estimativas sobre possiacuteveis ocorrecircncias de
fenocircmenos de diversas naturezas segundo diversas intensidades definindo-se a
extensatildeo territorial destas estimativas e suas relaccedilotildees de proximidade e conexatildeo Este
21
moacutedulo gera um mapa do territoacuterio analisado classificando cada local com notas de 0
a 10
333 A Escolha do SAGAUFRJ
Como o proacuteprio nome jaacute diz SAGA ndash Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental tratar-se de
uma ferramenta especiacutefica para o processamento das avaliaccedilotildees ambientais
Contudo nada impede que os mesmos procedimentos sejam aplicados em qualquer
outro software que disponha de recursos que viabilizem a aplicaccedilatildeo metodoloacutegica proposta
O cerne deste trabalho constitui-se na apresentaccedilatildeo da metodologia para tomadas de decisatildeo
no acircmbito de riscos socioambientais de aacutereas urbanas O VISTASAGA foi selecionado
como ferramenta de aplicaccedilatildeo em funccedilatildeo de sua praticidade e profundo conhecimento na
utilizaccedilatildeo do aplicativo se alcanccedilar a finalidade proposta
334 Formulaccedilatildeo da Anaacutelise Ambiental
A formulaccedilatildeo de meacutedia ponderada eacute proposta nas avaliaccedilotildees ambientais moacutedulo
constituinte do sistema SAGA conforme a seguir exposta
Onde
n Nuacutemero de paracircmetros (mapas) utilizados
Ai j Probabilidade de ocorrecircncia do evento analisado no elemento (pixel) ij da matriz
(mapa) resultante
Pk Peso (percentual) da contribuiccedilatildeo do paracircmetro k em relaccedilatildeo aos demais para a
ocorrecircncia do evento analisado
Nk Nota segundo o(s) avaliador (ES) dentro da escala de 0 a 10 da ocorrecircncia do
evento analisado na presenccedila da classe encontrada na linha i coluna j do mapa k
Pixel Aglutinaccedilatildeo de ldquopicture elementrdquo ou seja elemento de imagem Eacute o menor
elemento num dispositivo de exibiccedilatildeo (como por exemplo um monitor) ao qual possibilita
atribuir-se uma cor De modo mais simples um pixel eacute o menor ponto que forma uma
imagem digital sendo que os conjuntos de milhares de pixels formam a imagem inteira A
Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada possui dimensotildees de 31 X 15 ou seja 31
colunas por 15 linhas totalizando 465 pixels (adaptado de MARINO 2005 p4)
22
Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005)
A partir desta formulaccedilatildeo de Anaacutelise Ambiental podem ser feitas as seguintes
proposiccedilotildees tambeacutem segundo XAVIER DA SILVA (2001)
Ai j exprime a probabilidade resultante do produto da formulaccedilatildeo ambiental numa
escala de 0 a 10 para a ocorrecircncia de um evento ou entidade ambiental que seja
causado em princiacutepio pela atuaccedilatildeo convergente dos paracircmetros ambientais nela
considerados
Os dados envolvidos na avaliaccedilatildeo podem ser lanccedilados em uma escala ordinal que
varie entre 0 e 10 ou entre 0 e 100 para que seja gerada uma amplitude de variaccedilatildeo
suficiente a permitir maior percepccedilatildeo da variabilidade das estimativas
A normalizaccedilatildeo dos pesos restritos entre os valores 0 e 1 resulta na definiccedilatildeo do
valor do peso atribuiacutedo a um mapa como o valor maacuteximo que qualquer das classes
daquele mapa pode assumir Por exemplo atribuir um peso de 40 ao paracircmetro
ldquodeclividadesrdquo numa anaacutelise significa que o maacuteximo que uma determinada classe
deste mapa pode contribuir na determinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia do evento
analisado eacute de 4 numa escala de 0 a 10
Com a adoccedilatildeo da meacutedia ponderada estaacute criado um espaccedilo classificatoacuterio que eacute em
princiacutepio ordinal mas que pode admitir grande e variado detalhamento na
classificaccedilatildeo das estimativas
34 Aacutervore de Decisatildeo Qualidade de Vida
O diagrama da Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada eacute denominado ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo (XAVIER DA SILVA 2001) uma vez que propicia em seus diversos niacuteveis apoio
a decisotildees quanto ao seu objetivo formal ou seja estimar a quantidade a localizaccedilatildeo e a
extensatildeo dos movimentos populacionais a serem executados em uma aacuterea tendo em vista a
melhoria da qualidade de vida de seus habitantes
23
Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ)
Cada um dos retacircngulos representa um mapeamento digital de um paracircmetro de
anaacutelise ou uma avaliaccedilatildeo ambiental que tenha sido executada
A inspeccedilatildeo desta aacutervore de decisatildeo como tambeacutem das parciais seguintes possibilita
que se apresentem constataccedilotildees relevantes quanto agrave origem dos dados
No estrato inferior da figura (noacutes folhas da aacutervore) constam os mapas baacutesicos
elaborados e que constituem os componentes ambientais decisivos para as anaacutelises que
se vai empreender e que satildeo resultantes de levantamentos e de interpretaccedilotildees da
realidade ambiental do municiacutepio de Seropeacutedica
Os mapas da realidade ambiental sob a perspectiva da geografia humana utilizados
nos ramos infraestrutura condiccedilotildees sociais e condiccedilotildees de renda foram gerados a
partir dos dados censitaacuterios produzidos por IBGE (2010) referentes agrave Base de
Informaccedilotildees por Setor Censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010
Os mapas derivados e resultantes de anaacutelises mostram-se de forma assimeacutetrica no
modelo e foram elaborados no ambiente do programa VISTASAGA
A estimativa de mais alto niacutevel foi obtida a partir da conjugaccedilatildeo e integraccedilatildeo da
representaccedilatildeo cartograacutefica das Condiccedilotildees de Renda e constitui para o elevado niacutevel
de detalhe possibilitado pela escala e resoluccedilatildeo adotadas a distribuiccedilatildeo territorial de
locais indicados para transposiccedilotildees de assentamentos precaacuterios
24
35 Terminologia Censitaacuteria (IBGE)
A seguir satildeo apresentados alguns termos frequentemente citados nos capiacutetulos que
discutem o aspecto socioeconocircmico dos mapeamentos definidos segundo IBGE (2010)
Domiciacutelio particular - Domiciacutelio onde o relacionamento entre seus ocupantes era
ditado por laccedilos de parentesco de dependecircncia domeacutestica ou por normas de
convivecircncia O domiciacutelio particular eacute classificado em permanente ndash Domiciacutelio
construiacutedo para servir exclusivamente agrave habitaccedilatildeo e na data de referecircncia tinha a
finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas e coletivo - Eacute uma instituiccedilatildeo
ou estabelecimento onde as relaccedilotildees entre as pessoas que nele se encontravam
moradoras ou natildeo era restrita a normas de subordinaccedilatildeo administrativa como em
hoteacuteis moteacuteis camping pensotildees penitenciaacuterias presiacutedios casas de detenccedilatildeo
quarteacuteis postos militares asilos orfanatos conventos hospitais e cliacutenicas (com
internaccedilatildeo) alojamento de trabalhadores ou de estudantes etc
Rendimento mensal - soma do rendimento mensal de trabalho com o rendimento
proveniente de outras fontes
Rendimento mensal familiar ndash A soma dos rendimentos mensais dos componentes
da famiacutelia exclusive os das pessoas cuja condiccedilatildeo na famiacutelia fosse pensionista
empregado domeacutestico ou parente do empregado domeacutestico
Domiciacutelio com esgoto ligado a rede coletora (ou fossa seacuteptica) - quando a
canalizaccedilatildeo das aacuteguas servidas e dos dejetos proveniente do banheiro ou sanitaacuterio
estava ligada a um sistema de coleta que os conduzia a um desaguadouro geral da
aacuterea regiatildeo ou municiacutepio mesmo que o sistema natildeo dispusesse de estaccedilatildeo de
tratamento da mateacuteria esgotada
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados
O nuacutemero de domiciacutelios registrados por setor censitaacuterio no municiacutepio de Seropeacutedica
varia dependendo do setor Para a exposiccedilatildeo dos dados tabulares sob a expressatildeo
cartograacutefica haacute a necessidade de se efetuar o agrupamento desses dados em classes
A formulaccedilatildeo de Sturges (Marino apud 2008) orienta qual deva ser o nuacutemero de
categorias de acordo com a quantidade de dados disponiacuteveis neste caso o nuacutemero total de
116 setores censitaacuterios constituintes da aacuterea de estudo
25
K = 1+ 33log 116 = 1+ 33206 = 1+ 679 asymp 8 classes
352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais)
Eacute importante observar que natildeo faz sentido realizar as classificaccedilotildees a seguir sem
normalizaacute-las pelo campo que tabula a quantidade de domiciacutelios permanentes Para a melhor
compreensatildeo desta citaccedilatildeo segue uma breve ilustraccedilatildeo
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees
SETOR DOM CONECTADOS Agrave REDE ELEacuteTRICA DOMICIacuteLIOS
1 50 100 50
2 50 1000 5
Apesar de ambos setores apresentarem as mesmas quantidades de domiciacutelios
conectados agrave rede de energia eleacutetrica o setor 1 possui apenas 100 domiciacutelios ou seja 50
deste setor eacute atendido pela rede de energia eleacutetrica Analisando agora o setor 2 que tambeacutem
possui 50 domiciacutelios conectados agrave rede eleacutetrica este por sua vez eacute constituiacutedo por 1000
domiciacutelios Em termos percentuais este setor possui apenas 5 de seus domiciacutelios
abastecidos pela rede de energia eleacutetrica o que nos leva a concluir que o setor 1 eacute melhor
servido em relaccedilatildeo ao setor 2 diferentemente de quando olhamos apenas para os valores
absolutos desta amostragem
Sendo assim todos os dados seratildeo sempre classificados normalizados pela quantidade
de domiciacutelios do setor Assim obteacutem-se a resposta em termos percentuais ou seja indexada
pelo universo amostral
26
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA
Para a concepccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica a origem e o formato dos dados
foram exclusivamente apoiados nos resultados do Censo 2010 (IBGE 2010) no niacutevel de
detalhe agrupados pelos setores censitaacuterios
As anaacutelises ambientais da populaccedilatildeo residente na aacuterea de estudos versaram sobre trecircs
principais dimensotildees cada uma delas com seu conjunto de variaacuteveis empregadas
convencionalmente para a detecccedilatildeo dos iacutendices de desenvolvimento humano e de qualidade
de vida
Desta forma foram desenvolvidos mapas temaacuteticos sobre condiccedilotildees de infraestrutura
caracterizadas pelas contribuiccedilotildees do estado e do indiviacuteduo para a qualidade de vida
correspondentes aos cuidados com a coleta de lixo como condiccedilotildees do domiciacutelio quanto
energia eleacutetrica e banheiros conectados ao saneamento baacutesico sobre os aspectos sociais como
nuacutemero de habitantes por domiciacutelio e renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo e das condiccedilotildees
de educaccedilatildeo os itens avaliados satildeo crianccedilas com 5 anos ou mais de idade alfabetizados e
pessoas analfabetas funcionais
41 Unidade territorial Setor censitaacuterio
A unidade territorial adotada para as anaacutelises referentes agrave populaccedilatildeo eacute o setor
censitaacuterio conforme delimitado e identificado por IBGE (2010) A partir do mapeamento da
divisatildeo censitaacuteria disponibilizada no formato vetorial procedimentos de conversatildeo de
formatos foram aplicados atraveacutes do aplicativo Esri ArcGIS para a geraccedilatildeo do formato
matricial RasterSAGA apropriado para as avaliaccedilotildees ambientais a serem realizadas no
ambiente do sistema VistaSAGA
A regiatildeo de estudo abrange o total de 116 setores censitaacuterios como se pode observar a
seguir
27
Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
28
A base de dados cadastrais da populaccedilatildeo em escala dos setores censitaacuterios resultado
do Censo 2010 foi disponibilizada pelo IBGE em 2010 estruturada sob a forma tabular em
duas dimensotildees a saber domiciacutelios e pessoas
Para fins de filtragem dos dados tabulares socioeconocircmicos do IBGE as tabelas
originais para o municiacutepio de Seropeacutedica de domiciacutelios e pessoas foram filtradas para a aacuterea
de estudo pela seleccedilatildeo daqueles setores censitaacuterios restritos apenas ao municiacutepio em questatildeo
Todas as planilhas no formato Microsoft Excel que antes apresentavam aproximadamente
27767 mil registros referente a todos os setores censitaacuterios da Cidade do Rio de Janeiro
passa a ter apenas 116 registros referentes apenas aos setores cobertos pelo municiacutepio de
Seropeacutedica
Tendo em vista que as tabelas originais do IBGE de formato XLS (Microsoft Excel)
trazem o cabeccedilalho (nomes dos campos) em coacutedigo no formato V0001 V0002 V2500 pois
satildeo elaboradas especificamente para o uso no ambiente ESTATCART e sendo inviaacutevel
descrever o significado de cada campo em seu tiacutetulo o IBGE os codifica nos arquivos e
disponibilizam um manual descritivo de cada uma das variaacuteveis por meio do um documento
denominado ldquoCenso Demograacutefico 2010rdquo (IBGE2 2010)
Sendo assim houve tambeacutem um trabalho de interpretaccedilatildeo e pesquisa do referido
manual a fim de localizar os coacutedigos das variaacuteveis necessaacuterias a este projeto de pesquisa
dentre as mais de 3000 disponibilizadas pelo Censo Demograacutefico
A geraccedilatildeo de toda a base temaacutetica socioeconocircmica foi desenvolvida com utilizaccedilatildeo da
ferramenta de classificaccedilatildeo de mapas do SIG Esri ArcGIS
Apoacutes a geraccedilatildeo dos mapas classificatoacuterios realizou-se a conversatildeo dos mapas
temaacuteticos resultantes do formato shape (shp) para o formato matricial RasterSaga (rs2) por
meio do ldquoconversor SHPRS2rdquo aplicativo desenvolvido e disponibilizado pelo
LAGEOPUFRJ
42 Geraccedilatildeo do mapeamento temaacutetico classificatoacuterio
As subseccedilotildees a seguir caracterizam as aacutervores de decisatildeo individualizadas relativas
aos mapas temaacuteticos de infraestrutura aspectos sociais e niacutevel de educaccedilatildeo
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo
Variaacuteveis - Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
- Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
- Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
II
2014
Trabalho de Conclusatildeo de Curso
apresentado ao Departamento de
Geociecircncias da Universidade Federal
Rural do Rio de Janeiro obtenccedilatildeo do
tiacutetulo de Licenciatura em Geografia
Orientador
Prof MSc Tiago Badre Marino
Seropeacutedica
2014
III
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeccedilo a Deus por me ajudar a realizar mais um sonho Por segurar a
minha matildeo ateacute aqui Aleacutem de me doar sabedoria criatividade coragem forccedila e persistecircncia
Agradeccedilo aos meus pais Urubatatilde Franccedila Marcia Martins e Julia Franccedila por
acreditarem que eu chegaria ateacute aqui Obrigada pelas oraccedilotildees pelos livros e por todo o
incentivo
Aos familiares agradeccedilo por terem me ajudado diretamente e indiretamente pelo
apoio compreensatildeo e carinho
Aos amigos soacute tenho a dizer ldquomuito obrigadardquo por acreditarem em mim pela
cumplicidade pelos incentivos pelos momentos fantaacutesticos compartilhados vocecircs satildeo
inesqueciacuteveis Com o tambeacutem apoio de vocecircs a vida eacute ainda mais colorida Obrigada as
meninas que moram comigo e as meninas do F1-23
Agradeccedilo de coraccedilatildeo a todos os meus professores da vida escolar Cheguei ateacute aqui
porque recebi atenccedilatildeo dedicaccedilatildeo e credibilidade deles Dedico esta monografia a todos os
meus professores das instituiccedilotildees disciplinares Era uma Vez Escola Municipal Adelmar
Tavares EM Franccedila Coleacutegio Estadual Visconde de Cairu e Accedilatildeo1
Aos professores do departamento de Geociecircncias minha eterna gratidatildeo por me
doarem conhecimentos e ajudarem a me formar profissionalmente e como ser humano
Agradeccedilo ao professor Tiago Marino por ter disponibilizado seu tempo para
compartilhar o seu conhecimento comigo Sou grata pela a atenccedilatildeo disponibilizada a mim e
pela confianccedila
Obrigada a todos
IV
RESUMO
O municiacutepio de Seropeacutedica eacute um tiacutepico exemplo do que ocorre em muitas cidades
brasileiras Trata-se de um espaccedilo em constante evoluccedilatildeo poreacutem orientada por um processo
de urbanizaccedilatildeo desordenada
Nos dias atuais um grande desafio enfrentado por gestores puacuteblicos eacute a dificuldade na
implantaccedilatildeo de praacuteticas de planejamento territorial e do monitoramento contiacutenuo para que
atraveacutes do diagnoacutestico de suas deficiecircncias e potencialidades possam orientar a expansatildeo
territorial municipal de maneira ordenada
Este trabalho objetiva a realizaccedilatildeo de um diagnoacutestico sobre qualidade de vida no
municiacutepio de Seropeacutedica atraveacutes de teacutecnicas de Geoprocessamento Todos os procedimentos
avaliativos foram conduzidos pela metodologia de Anaacutelise Ambiental utilizando o sistema
Vista SAGAUFRJ Para a geraccedilatildeo dos mapeamentos temaacuteticos primaacuterios foram utilizados os
dados tabulares provenientes do Censo Demograacutefico do IBGE publicado no ano de 2010 e o
Sistema de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG) ESRI ArcGIS
Uma vez realizados estes estudos os conhecimentos adquiridos pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) podem ser aplicados com as devidas precauccedilotildees a inuacutemeras outras aacutereas
urbanas que apresentem caracteriacutesticas e necessidades similares
Palavras-chave Geoprocessamento Cartografia Temaacutetica Anaacutelise Ambiental Qualidade de
Vida Seropeacutedica Aacutervore de Decisatildeo Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental SAGA
V
ABSTRACT
The Municipality of Seropeacutedica is a typical example of what happened in many cities
This is an area undergoing rapid urbanization but still able to control if well managed by
their managers
This article presents information on the Quality of Life in the city of Seropeacutedica This
work is challenged to consider whether all sectors have quality of life from the items
evaluated in the decision tree
The great challenge of a mayor in modern times is to find the balance between the
development of urban growth and monitoring to be done to maintain the quality of life
This work aims to create maps that depict the quality of life assessment in the
municipality of Seropeacutedica All computational procedures performed were conducted by the
Environmental Analysis methodology using the system VISTASAGAUFRJ for processing
of mappings obtaining and validating results Once performed these studies the knowledge
gained by the use of GIS on the environmental and urban issues in the municipality of
Seropeacutedica (RJ) can be extrapolated with due precautions to many other urban areas that
have similar characteristics and face the same problems
Keywords Geoprocessing Environmental Analysis Quality of Life Poor settlements
Seropeacutedica SAGA
VI
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 10
11 AacuteREA DE ESTUDO MUNICIacutePIO DE SEROPEacuteDICA 10 12 JUSTIFICATIVA PARA O TRABALHO 11 13 OBJETIVOS 11
131 Geral 11 132 Especiacuteficos 11
14 ORGANIZACcedilAtildeO DO TRABALHO 12
2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA 14
21 SISTEMAS DE INFORMACcedilOtildeES GEOGRAacuteFICAS NA GESTAtildeO TERRITORIAL 14 22 QUALIDADE DE VIDA E IacuteNDICES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 15
3 METODOLOGIA DE PESQUISA 18
31 ORGANIZACcedilAtildeO METODOLOacuteGICA 18 32 BASE DE DADOS SOCIOECONOcircMICA 18 33 AVALIACcedilAtildeO AMBIENTAL 19
331 A Anaacutelise Ambiental por Geoprocessamento 19 332 O Projeto SAGAUFRJ 20 333 A Escolha do SAGAUFRJ 21 334 Formulaccedilatildeo da Anaacutelise Ambiental 21
34 AacuteRVORE DE DECISAtildeO QUALIDADE DE VIDA 22 35 TERMINOLOGIA CENSITAacuteRIA (IBGE) 24
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados 24 352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais) 25
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA 26
41 UNIDADE TERRITORIAL SETOR CENSITAacuteRIO 26 42 GERACcedilAtildeO DO MAPEAMENTO TEMAacuteTICO CLASSIFICATOacuteRIO 28
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo 28 4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza 29 4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio 30 4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica 32 422 Aspectos Sociais 33 4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo 34 4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo 36 423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo 38 4231 Responsaacuteveis Alfabetizados 38
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO AMBIENTAL 40
51 AVALIACcedilAtildeO DE INFRAESTRUTURA 40 52 AVALIACcedilAtildeO DE ASPECTOS SOCIAIS 42 53 CONDICcedilOtildeES DE EDUCACcedilAtildeO 45 54 AVALIACcedilAtildeO DA QUALIDADE DE VIDA 46
6 CONCLUSOtildeES 49
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 50
VII
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
Figura 1 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica da Pesquisa 18 Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005) 22 Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ) 23 Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de vida 29 Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de vida 34 Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de vida 38
VIII
LISTA DE MAPAS
Mapa 1 Localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo - Municiacutepio de Seropeacutedica - Rio de Janeiro 11 Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ) 27 Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza 30 Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio 31 Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica 33 Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo 35 Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo 37 Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados 39 Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura 42 Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais 44 Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) 48
IX
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees 25 Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpezardquo
(IBGE 2010) 30 Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuteriordquo
(IBGE 2010) 31 Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo (IBGE 2010)
32 Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE 2010) 34 Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimordquo
(IBGE 2010) 36 Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010) 38 Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura 40 Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais 43 Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida 46
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Aacuterea de Estudo Municiacutepio de Seropeacutedica
Seropeacutedica eacute um municiacutepio brasileiro do estado do Rio de Janeiro Localiza-se na
Microrregiatildeo de Itaguaiacute na Mesorregiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro a 75 quilocircmetros
da capital do estado Rio de Janeiro Ocupa uma aacuterea de 283794 kmsup2 e sua populaccedilatildeo foi
estimada no ano de 2011 em 78183 mil habitantes pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatiacutestica (IBGE) sendo entatildeo o 31ordm mais populoso do estado e o segundo mais populoso de
sua microrregiatildeo Faz divisa com os municiacutepios Itaguaiacute Nova Iguaccedilu Japeri Queimados e
Paracambi
Segundo informaccedilotildees do IBGE Seropeacutedica eacute um local onde se tratava e fabricava
seda O nome da cidade teve origem em 1875 Naquela eacutepoca a terra era conhecida como
segundo distrito de Itaguaiacute Tal veio da antiga fazenda Seropeacutedica do Bananal onde eram
produzidos diariamente em larga escala cerca de 50 mil casulos de Bombyx Mori
conhecidos como bicho da seda
Aacuterea de Abrangecircncia do Estudo Localiza-se a 22deg 44prime 38Prime de latitude sul 43deg 42prime 28Prime
de longitude oeste na regiatildeo oeste da Baixada Fluminense a uma elevaccedilatildeo de 26 metros do
niacutevel do mar Estaacute a uma distacircncia de 75 quilocircmetros da capital do estado
Limita-se a oeste com os municiacutepios de Nova Iguaccedilu Queimados e Japeri ao sul com
o municiacutepio do Rio de Janeiro ao norte faz divisa com Paracambi e a leste com o municiacutepio
de Itaguaiacute O territoacuterio municipal estende-se por 283 794 kmsup2
11
Mapa 1 Localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo - Municiacutepio de Seropeacutedica - Rio de Janeiro
12 Justificativa para o Trabalho
Acelerado processo de urbanizaccedilatildeo mas que ainda dispotildee de condiccedilotildees de controle se
adequadamente administrada pelos seus gestores Este eacute o quadro atual da grande maioria de
cidades do Brasil
Este estudo procura relatar a partir dos dados censitaacuterios disponibilizados pelo
Instituo Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) um diagnoacutestico mapeado acerca da
qualidade de vida no municiacutepio de Seropeacutedica
Como resultado o estudo apontaraacute localidades com boas condiccedilotildees de vida e de forma
anaacuteloga aquelas carentes de investimentos em infraestrutura e programas sociais de acordo
com o Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) Acredita-se que a aplicaccedilatildeo da
metodologia proposta possa apoiar as decisotildees poliacuteticas e investimentos por gestores puacuteblicos
13 Objetivos
131 Geral
O foco do presente estudo seraacute a preparaccedilatildeo de uma estrutura de avaliaccedilatildeo e
mapeamento da qualidade de vida com apoio na Cartografia Temaacutetica e no
Geoprocessamento com base nos aspectos sociais educacionais e de infraestrutura
132 Especiacuteficos
Zoneamento da Qualidade de Vida no Municiacutepio de Seropeacutedica (Rio de Janeiro)
Utilizaccedilatildeo do aplicativo ESRI ArcGis para elaboraccedilatildeo dos mapas temaacuteticos
socioeconocircmicos a partir da dados gerados pelo Censo Demograacutefico 2010 (IBGE)
12
Utilizaccedilatildeo do aplicativo VISTASAGA como ferramenta para a elaboraccedilatildeo de
avaliaccedilotildees ambientais organizadas segundo a estrutura de ldquoAacutervore de Decisatildeordquo
14 Organizaccedilatildeo do Trabalho
Para uma compreensatildeo clara deste trabalho esta Monografia foi dividida em 7
capiacutetulos entre os quais se insere esta Introduccedilatildeo onde satildeo apresentados os Objetivos em
que se destacam as etapas para se atingir a anaacutelise da variaccedilatildeo territorial da qualidade de vida
no municiacutepio de Seropeacutedica ndash Rio de Janeiro
O capiacutetulo 2 estaraacute voltado agrave Fundamentaccedilatildeo Teoacuterica onde satildeo introduzidos alguns
conceitos baacutesicos baseados na literatura definiccedilotildees e indicadores de qualidade de vida
Tratar-se tambeacutem a importacircncia da utilizaccedilatildeo dos Sistemas Geograacuteficos de Informaccedilotildees
(SIGs) descrevendo sua disposiccedilatildeo de composiccedilatildeo aleacutem da importacircncia e exemplos de
aplicaccedilotildees providos pelos SIGs num contexto de gestatildeo territorial
O capiacutetulo 3 eacute reservado agrave exposiccedilatildeo de metodologia ldquoA Anaacutelise Ambiental por
Geoprocessamentordquo a qual se apresenta a estrutura conceitual e loacutegica bem definida e
organizada do Geoprocessamento Neste capiacutetulo tambeacutem satildeo citados alguns estudos de caso
de aplicaccedilatildeo da referida metodologia Em seguida apresenta sob a forma de organogramas a
Aacutervore de Decisatildeo para a determinaccedilatildeo da ldquoQualidade de Vidardquo assim como as aacutervores de
niacuteveis intermediaacuterios ldquoInfraestruturardquo ldquoAspectos Sociaisrdquo e ldquoEducaccedilatildeordquo Estes diagramas
definem de forma estruturada os passos das avaliaccedilotildees para as anaacutelises ambientais
projetadas Apresenta definiccedilotildees de indicadores iacutendices de desenvolvimento humano e
qualidade de vida aleacutem dos procedimentos estatiacutesticos para a definiccedilatildeo do nuacutemero de classes
baseado no modelo de Sturges utilizado para a classificaccedilatildeo de dados socioeconocircmicos Satildeo
introduzidas tambeacutem definiccedilotildees da terminologia censitaacuteria segundo o IBGE frequumlentemente
citada no capiacutetulo seguinte atraveacutes das variaacuteveis socioeconocircmicas estudadas Justifica de
forma ilustrada a necessidade do trabalho com dados relativizados (taxas percentuais)
normalizados pela quantidade de domiciacutelios particulares permanentes de cada setor censitaacuterio
na criaccedilatildeo dos mapas socioeconocircmicos
O capiacutetulo 4 eacute retrata exclusivamente os materiais e meacutetodos empregados como a
descriccedilatildeo da aacuterea objeto de estudo municiacutepio de Seropeacutedica com sua definiccedilatildeo territorial
determinada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) caracteriacutesticas e o
processo de evoluccedilatildeo urbaniacutestica desenfreada ocorrida naquela regiatildeo Em seguida destaca a
organizaccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica pelo qual mostra-se a importacircncia da
integraccedilatildeo dos dados populacionais com os do ambiente fiacutesico nas anaacutelises ambientais
13
Destacam-se tambeacutem as variaacuteveis ambientais empregadas para a determinaccedilatildeo de iacutendices de
desenvolvimento humano e de qualidade de vida os setores censitaacuterios como unidade
territorial e tambeacutem os procedimentos estatiacutesticos adotados na fase de geraccedilatildeo da base de
dados socioeconocircmica
O capiacutetulo 5 apresenta o desenvolvimento parcial da Aacutervore de Decisatildeo referente agraves
avaliaccedilotildees com os dados populacionais oriundos do Censo 2010 seguindo-se a metodologia
proposta no capiacutetulo 3 Apresenta os mapas resultantes de avaliaccedilotildees e as anaacutelises relativas agraves
dimensotildees Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo agrave qualidade de vida as condiccedilotildees dos
aspectos sociais e as condiccedilotildees de educaccedilatildeo mapeando assim a qualidade de vida da regiatildeo
O capiacutetulo 6 destina-se agraves conclusotildees pelas quais se apresentam sinteticamente os
resultados alcanccedilados com a pesquisa
O capiacutetulo 7 reserva-se ao material de referecircncia bibliograacutefica consultado durante as
fases de desenvolvimento desta pesquisa
14
2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
Esta sessatildeo apresenta diferentes abordagens sobre a qualidade de vida e sistemas de
informaccedilotildees geograacuteficas segundo distintos autores
21 Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas na Gestatildeo Territorial
Compreende-se Sistema de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG) como referecircncia ao
conjunto de software hardware bases de dados e organizaccedilatildeo Num sentido limitado o SIG
se refere a um pacote de software que permite o tratamento automaacutetico de dados graacuteficos e
natildeo graacuteficos georreferenciados Assim
O uso de SIGs permite obter mapas com rapidez e precisatildeo a partir
da atualizaccedilatildeo dos bancos de dados sendo uma ferramenta
importante no estudo de potencialidades do ambiente e no caso da
avaliaccedilatildeo de aacutereas com risco de salinizaccedilatildeo constitui-se etapa
importante para a definiccedilatildeo de praacuteticas adequadas de manejo e
conservaccedilatildeo do solo e recursos hiacutedricos (Valadares e Faria 2004
p91)
Para Polidoro e Barros (2010 p86) sistemas de informaccedilotildees geograacuteficas satildeo valiosas
ferramentas computacionais que tornam possiacutevel a anaacutelise e tratamento de informaccedilotildees
geograacuteficas e a posterior disponibilizaccedilatildeo dessas como suporte a tomada de decisotildees
Martins (2005 p 24) considera que o SIG eacute capaz de apontar por meio de mapas
temaacuteticos relacionados a um banco de dados tabularem situaccedilotildees de risco permitindo a
prevenccedilatildeo e a contenccedilatildeo de impactos ambientais
Martins (2005 p93) ainda compreende que
Um SIG eacute uma ferramenta computacional que permite a
representaccedilatildeo dos objetos geograacuteficos (vias limites de municiacutepios
edificaccedilotildees etc) da superfiacutecie terrestre de maneira simplificada por
meio da utilizaccedilatildeo de formas geomeacutetricas (pontos linhas e
poliacutegonos)
15
O SIG pode ser utilizado por qualquer aacuterea de conhecimento visto que eacute uma
disciplina multidisciplinar poreacutem eacute necessaacuterio que cada aacuterea se volte para a informaccedilatildeo
quantitativa para trabalhar e obter dados atraveacutes da visualizaccedilatildeo dos mapas Por exemplo
Um socioacutelogo deseja utilizar um SIG para entender e quantificar o fenocircmeno da
exclusatildeo social numa determinada capital brasileira
Um engenheiro florestal aplica um SIG para a contenccedilatildeo de aacutereas remanescentes
florestais de uma dada regiatildeo
Um geoacutegrafo pretende usar um SIG para gerar a distribuiccedilatildeo do desenvolvimento
industrial de uma dada regiatildeo
A partir das definiccedilotildees acima compreende-se a interdisciplinaridade do assunto diante
da integraccedilatildeo numa singular base de dados dados censitaacuterios informaccedilotildees espaciais
provenientes de dados cartograacuteficos e cadastro urbano e rural imagens de sateacutelite redes e
modelos numeacutericos de terreno
22 Qualidade de Vida e Iacutendices de Desenvolvimento Humano
De acordo com Demo (1998) num primeiro passo podemos recorrer para a
etimologia latina qualitas significa ldquoa essecircnciardquo Assim qualidade designa a parte essencial
das coisas aquilo que lhe seria mais importante e determinante Demo (1998 p93) tambeacutem
assume que a qualidade aponta para a marca central das coisas e dos seres aquilo que natildeo se
consome no tempo que fica para sempre que decide o que algo eacute definitivamente
Segundo Fleck (2000 apud The WHOQOL Group 1995 p34) a Organizaccedilatildeo
Mundial da Sauacutede conceituou ldquoQualidade de Vidardquo como a percepccedilatildeo do indiviacuteduo de sua
posiccedilatildeo na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relaccedilatildeo
aos seus objetivos expectativas padrotildees e preocupaccedilotildees
De acordo com Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Seropeacutedica Tiacutetulo I Paraacutegrafo Uacutenico
a accedilatildeo municipal desenvolve-se em todo o seu territoacuterio sem
privileacutegios de bairros reduzindo as desigualdades regionais e sociais
promovendo o bem-estar de todos sem preconceitos de origem raccedila
sexo cor idade e quaisquer outras formas de discriminaccedilatildeo
Um aspecto importante que caracteriza estudos que partem de uma definiccedilatildeo geneacuterica
da Qualidade de Vida eacute que as amostras estudadas incluem pessoas saudaacuteveis da populaccedilatildeo
nunca se restringindo a amostras de pessoas portadoras de agravos especiacuteficos
16
Para Seidl e Zannon (2004) a Qualidade de Vida apresenta uma acepccedilatildeo mais ampla
aparentemente influenciada por estudos socioloacutegicos sem fazer referecircncia a disfunccedilotildees ou
agravos (Zannon e Seidl 2004 p583) Com relaccedilatildeo ao meio ambiente o modelo incorpora
conceitos mais amplos onde meio ambiente eacute a resultante das questotildees socioeconocircmicas de
uma realidade Nesse processo qualidade de vida abrange ainda os aspectos comportamentais
(por exemplo exercitaccedilatildeo e alimentaccedilatildeo) e perceptivos da comunidade acerca do que eacute
qualidade de vida
Para Nobre (1995 p 299)
Qualidade de vida foi definida como sensaccedilatildeo iacutentima de conforto
bem-estar ou felicidade no desempenho de funccedilotildees fiacutesicas intelectuais
e psiacutequicas dentro da realidade da sua famiacutelia do seu trabalho e dos
valores da comunidade agrave qual pertence
A qualidade de vida no Brasil eacute medida atraveacutes do ponto de vista do Iacutendice de
Desenvolvimento Humano (IDH) Este por sua vez analisa os estados brasileiros atraveacutes de
trecircs itens essenciais renda educaccedilatildeo e expectativa de vida A renda eacute avaliada pelo PIB real
per capita a sauacutede pela esperanccedila de vida ao nascer e a educaccedilatildeo pela taxa de alfabetizaccedilatildeo
de adultos e taxas de matriacutecula aos niacuteveis primaacuterios secundaacuterios combinados Renda
educaccedilatildeo e sauacutede seriam atributos de igual importacircncia como expressatildeo da capacidade
humana (Minayo Buss Hartz 2000 p8)
O Programa das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgou em 1990 o
levantamento do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) O conceito de Desenvolvimento
Humano eacute o ingrediente principal do Relatoacuterio de Desenvolvimento Humano (RDH) Aleacutem
do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) este faz parte da compreensatildeo de que para
averiguar o avanccedilo de uma populaccedilatildeo natildeo se deve considerar apenas a dimensatildeo econocircmica
poreacutem outras influenciam a qualidade da vida humana
O desenvolvimento humano por definiccedilatildeo eacute compreendido como um abrangente
processo de expansatildeo de escolhas individuais nas diversas aacutereas como geograacutefica
econocircmica social cultural e poliacutetica Embora saiba-se que a possibilidade natildeo eacute satisfeita
de as pessoas terem o discernimento ou condiccedilotildees de exercerem esse direito que eacute
internacionalmente reconhecido nas cartas de cidadania e foco de assunto constitucional
brasileiro algumas dessas escolhas satildeo baacutesicas para a vida humana
17
As opccedilotildees por vida saudaacutevel por adquirir conhecimento por morar dignamente e por
atingir e manter um padratildeo de vida decente satildeo condiccedilotildees fundamentais para os seres
humanos e agrave medida que sejam alcanccediladas abrem caminho para outras escolhas igualmente
importantes referentes agrave participaccedilatildeo poliacutetica agrave diversidade cultural aos direitos humanos e agrave
liberdade individual e coletiva (IPEA1998)
Segundo IPEA (1998) o conceito atual de desenvolvimento humano eacute amplo pois
aleacutem de considerar os seres humanos como participantes ativos do processo de
desenvolvimento os tem como beneficiaacuterios do processo produtivo e vecirc suas necessidades
baacutesicas monitoradas a partir dos citados requisitos miacutenimos e de suas escolhas A ideia de
desenvolvimento humano ao integrar todos esses conceitos que sintetizam a capacidade de
bem-estar e da qualidade de vida representa uma noccedilatildeo abrangente de desenvolvimento com
sentido holiacutestico
Os censos demograacuteficos efetuados e entregues pelo IBGE por sua riqueza de dados e
informaccedilotildees permitem que sejam elaborados diversos tipos de iacutendices de desenvolvimento
que podem abarcar os conceitos econocircmicos e sociais
Segundo IPEA (1998) a vantagem de se aproveitar a base de dados censitaacuteria ainda
relativamente pouco explorada em trabalhos cientiacuteficos e teacutecnicos eacute que ela permite
incorporar outras variaacuteveis e dimensotildees agrave anaacutelise do desenvolvimento humano
Os iacutendices sinteacuteticos de desenvolvimento humano ocorrido no Brasil atualmente satildeo
o Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e o Iacutendice de Condiccedilotildees de Vida
(ICV) Para sua construccedilatildeo satildeo gerados e empregados diversos indicadores O objetivo do
iacutendice sinteacutetico que permite a comparaccedilatildeo e ordenaccedilatildeo entre comunidades eacute reduzir todos os
indicadores por ponderaccedilotildees e juiacutezos de valor a um iacutendice uacutenico O IDHM para sua
concepccedilatildeo precisa ultrapassar certos conceitos baacutesicos do IDH que foi idealizado para ser
calculado e comparar paiacuteses Para sua avaliaccedilatildeo consideram-se trecircs dimensotildees Educaccedilatildeo
Renda e Longevidade O ICV para a sua construccedilatildeo considera cinco grupos de indicadores
Educaccedilatildeo Renda Habitaccedilatildeo Infacircncia e Longevidade Cada uma dessas dimensotildees eacute
estruturada a partir de diversas variaacuteveis
Esses iacutendices tecircm sido empregados no Brasil com a incorporaccedilatildeo dos dados censitaacuterios
histoacutericos estando mais difundidos os relativos aos censos de 1970 a 2000 Tanto o IDHM
como o ICV generalizam os dados para municiacutepios e permitem a comparaccedilatildeo segundo essas
unidades
18
3 METODOLOGIA DE PESQUISA
31 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica
A Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada ilustra os materiais e processos
aplicados nesta pesquisa As caixas foram coloridas de modo a diferenciar os produtos e os
processos especiacuteficos da metodologia apresentada (violeta) da aplicaccedilatildeo especiacutefica para o
Municiacutepio de Seropeacutedica (vermelha)
Todo o processo eacute estruturado num modelo de representaccedilatildeo denominada ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo que apresenta passo a passo cada avaliaccedilatildeo intermediaacuteria necessaacuteria a se chegar ao
resultado final (mapeamento de Qualidade de Vida)
Figura 1 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica da Pesquisa
32 Base de Dados Socioeconocircmica
No estrato superior do fluxograma apresenta-se a malha e dados censitaacuterios obtida a
partir do acervo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) Constituem os
elementos necessaacuterios para a geraccedilatildeo de mapas temaacuteticos que compotildeem a base de dados
socioeconocircmica do estudo O processo eacute permitido para esta particular aplicaccedilatildeo por meio
da utilizaccedilatildeo do ldquoMoacutedulo de Classificaccedilatildeo e Criaccedilatildeo de Mapas Temaacuteticosrdquo do aplicativo Esri
ArcGIS A coloraccedilatildeo vermelha destas caixas eacute justificada devido agrave possibilidade da base de
dados socioeconocircmica a ser obtida a partir de qualquer outra fonte (ou de ser gerada) e
19
tambeacutem processada por outros aplicativos de acordo com os conhecimentos do analista e
disponibilidade de dados para a localidade de estudo Aleacutem da flexibilidade quanto agrave fonte
dos dados fica a criteacuterio do analista a seleccedilatildeo das variaacuteveis socioeconocircmicas a serem
utilizadas na avaliaccedilatildeo de qualidade de vida Para esta aplicaccedilatildeo a unidade territorial adotada
satildeo os setores censitaacuterios definidos a partir de IBGE (2010)
33 Avaliaccedilatildeo Ambiental
A partir das bases de dados socioeconocircmicos (Renda Analfabetismo Coleta de Lixo
etc) aplica-se formulaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo Ambiental (detalhada na sessatildeo 334) para obtenccedilatildeo
dos mapas de ldquoQualidade de Vidardquo A escolha do algoritmo avaliativo para o processamento
das anaacutelises tambeacutem eacute flexiacutevel a outras formulaccedilotildees e aplicativos a criteacuterio do avaliador
331 A Anaacutelise Ambiental por Geoprocessamento
A Anaacutelise Ambiental ldquoeacute um instrumento fundamental na investigaccedilatildeo interdisciplinar
pois fornece uma gama variada de percepccedilotildees que iratildeo auxiliar no aprofundamento do
conhecimento cientiacuteficordquo (Stipp e Stipp 2004 p24)
Para SILVA amp SOUZA (1998 ldquoapudrdquo Stipp e Stipp 2004 p24) analisar um
ambiente significa desmembraacute-lo em termos de suas partes componentes e apreender as suas
funccedilotildees internas e externas com a consequente criaccedilatildeo de um conjunto integrado de
informaccedilotildees representativo deste conhecimento adquirido
A Anaacutelise Ambiental deve ser compreendida como um instrumento integrador que
encare o meio ambiente sob o acircngulo da preocupaccedilatildeo com o uso que o homem faz dele no
sentido de se contribuir para o desenvolvimento de uma perspectiva interdisciplinar de
investigaccedilatildeo da construccedilatildeo do meio ambiente e da organizaccedilatildeo do espaccedilo (Stipp e Stipp
2004 p24)
A anaacutelise ambiental expressa na realizaccedilatildeo dos diagnoacutesticos zoneamentos e a
avaliaccedilatildeo nos impactos ambientais (Sales 2004 p130) Paralelamente satildeo tratados os planos
de manejo e planejamento dos usos dos espaccedilos naturais e em alguns casos - ainda raros - de
recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas Satildeo esses conjuntos de procedimentos que recebe a rubrica
de anaacutelise ambiental (Mendonccedila 1993 Ross 1990 ldquoapudrdquo Geografia Sistemas e anaacutelise
ambiental abordagem criacutetica 2004 p130)
Logo o processo de anaacutelise ambiental envolve a elaboraccedilatildeo de diagnoacutesticos a
manifestaccedilatildeo de interesse poliacutetico a revelaccedilatildeo de interesse da coletividade envolvida com o
20
intuito de trazer melhorias para uma determinada aacuterea ou trazer antecipadamente diagnoacutesticos
de possiacuteveis situaccedilotildees indesejaacuteveis ou ateacute mesmo prever aacutereas de potencial
332 O Projeto SAGAUFRJ
O Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental (SAGAUFRJ) foi implantado em 1983 no
Departamento de Geografia da UFRJ pelo Prof Dr Jorge Xavier da Silva coordenador do
entatildeo Grupo de Pesquisas em Geoprocessamento (GPG) Foi desenvolvido como um sistema
para aplicaccedilotildees ambientais de faacutecil implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo em equipamentos de baixo custo
o que se tornou possiacutevel principalmente graccedilas ao crescimento da popularidade e uso de
microcomputadores do tipo IBM-PC
Eacute possiacutevel a partir da aplicaccedilatildeo deste ter estimativas de riscos de desmoronamentos e
de enchentes potenciais turiacutesticos e de urbanizaccedilatildeo para fins de preservaccedilatildeo e a anaacutelise da
qualidade de vida em favelas constituem uma pequena amostra das pesquisas realizadas pela
comunidade de usuaacuterios atraveacutes da utilizaccedilatildeo do SAGAUFRJ
Sua primeira versatildeo foi criada na deacutecada de 1980 apresentando mapas com no
maacuteximo 16 cores Nesta eacutepoca o geoprocessamento era bastante limitado pela barreira
tecnoloacutegica Seguindo a evoluccedilatildeo da informaacutetica o Vista Saga tambeacutem foi evoluindo com
novas versotildees mais sofisticadas Hoje o Vista Saga trabalha com cores de 32 bits
viabilizando ateacute a visualizaccedilatildeo em trecircs dimensotildees de aacutereas de estudos
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que o VISTASAGA eacute um projeto totalmente
nacional cresce em meio acadecircmico e sem fins lucrativos Pode ser obtido gratuitamente
atraveacutes do site httpwwwlageopufrjbr
Constituem seus principais moacutedulos de processamento
MONITORIA Este procedimento consiste no levantamento puxado das alteraccedilotildees
ambientais ocorridas em uma determinada situaccedilatildeo ambiental Registros sucessivos de
fenocircmenos ambientais utilizando taxonomias correspondentes (classificaccedilotildees iguais
ou correlacionaacuteveis) podem ser usados para o acompanhamento da evoluccedilatildeo
territorial de processos e ocorrecircncias de interesse
ASSINATURA SIGs permitem a locomoccedilatildeo entre localizaccedilotildees e atributos ou seja a
recuperaccedilatildeo da localizaccedilatildeo a partir da seleccedilatildeo de uma informaccedilatildeo e vice-versa
AVALIACcedilAtildeO Utilizado para realizar estimativas sobre possiacuteveis ocorrecircncias de
fenocircmenos de diversas naturezas segundo diversas intensidades definindo-se a
extensatildeo territorial destas estimativas e suas relaccedilotildees de proximidade e conexatildeo Este
21
moacutedulo gera um mapa do territoacuterio analisado classificando cada local com notas de 0
a 10
333 A Escolha do SAGAUFRJ
Como o proacuteprio nome jaacute diz SAGA ndash Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental tratar-se de
uma ferramenta especiacutefica para o processamento das avaliaccedilotildees ambientais
Contudo nada impede que os mesmos procedimentos sejam aplicados em qualquer
outro software que disponha de recursos que viabilizem a aplicaccedilatildeo metodoloacutegica proposta
O cerne deste trabalho constitui-se na apresentaccedilatildeo da metodologia para tomadas de decisatildeo
no acircmbito de riscos socioambientais de aacutereas urbanas O VISTASAGA foi selecionado
como ferramenta de aplicaccedilatildeo em funccedilatildeo de sua praticidade e profundo conhecimento na
utilizaccedilatildeo do aplicativo se alcanccedilar a finalidade proposta
334 Formulaccedilatildeo da Anaacutelise Ambiental
A formulaccedilatildeo de meacutedia ponderada eacute proposta nas avaliaccedilotildees ambientais moacutedulo
constituinte do sistema SAGA conforme a seguir exposta
Onde
n Nuacutemero de paracircmetros (mapas) utilizados
Ai j Probabilidade de ocorrecircncia do evento analisado no elemento (pixel) ij da matriz
(mapa) resultante
Pk Peso (percentual) da contribuiccedilatildeo do paracircmetro k em relaccedilatildeo aos demais para a
ocorrecircncia do evento analisado
Nk Nota segundo o(s) avaliador (ES) dentro da escala de 0 a 10 da ocorrecircncia do
evento analisado na presenccedila da classe encontrada na linha i coluna j do mapa k
Pixel Aglutinaccedilatildeo de ldquopicture elementrdquo ou seja elemento de imagem Eacute o menor
elemento num dispositivo de exibiccedilatildeo (como por exemplo um monitor) ao qual possibilita
atribuir-se uma cor De modo mais simples um pixel eacute o menor ponto que forma uma
imagem digital sendo que os conjuntos de milhares de pixels formam a imagem inteira A
Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada possui dimensotildees de 31 X 15 ou seja 31
colunas por 15 linhas totalizando 465 pixels (adaptado de MARINO 2005 p4)
22
Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005)
A partir desta formulaccedilatildeo de Anaacutelise Ambiental podem ser feitas as seguintes
proposiccedilotildees tambeacutem segundo XAVIER DA SILVA (2001)
Ai j exprime a probabilidade resultante do produto da formulaccedilatildeo ambiental numa
escala de 0 a 10 para a ocorrecircncia de um evento ou entidade ambiental que seja
causado em princiacutepio pela atuaccedilatildeo convergente dos paracircmetros ambientais nela
considerados
Os dados envolvidos na avaliaccedilatildeo podem ser lanccedilados em uma escala ordinal que
varie entre 0 e 10 ou entre 0 e 100 para que seja gerada uma amplitude de variaccedilatildeo
suficiente a permitir maior percepccedilatildeo da variabilidade das estimativas
A normalizaccedilatildeo dos pesos restritos entre os valores 0 e 1 resulta na definiccedilatildeo do
valor do peso atribuiacutedo a um mapa como o valor maacuteximo que qualquer das classes
daquele mapa pode assumir Por exemplo atribuir um peso de 40 ao paracircmetro
ldquodeclividadesrdquo numa anaacutelise significa que o maacuteximo que uma determinada classe
deste mapa pode contribuir na determinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia do evento
analisado eacute de 4 numa escala de 0 a 10
Com a adoccedilatildeo da meacutedia ponderada estaacute criado um espaccedilo classificatoacuterio que eacute em
princiacutepio ordinal mas que pode admitir grande e variado detalhamento na
classificaccedilatildeo das estimativas
34 Aacutervore de Decisatildeo Qualidade de Vida
O diagrama da Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada eacute denominado ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo (XAVIER DA SILVA 2001) uma vez que propicia em seus diversos niacuteveis apoio
a decisotildees quanto ao seu objetivo formal ou seja estimar a quantidade a localizaccedilatildeo e a
extensatildeo dos movimentos populacionais a serem executados em uma aacuterea tendo em vista a
melhoria da qualidade de vida de seus habitantes
23
Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ)
Cada um dos retacircngulos representa um mapeamento digital de um paracircmetro de
anaacutelise ou uma avaliaccedilatildeo ambiental que tenha sido executada
A inspeccedilatildeo desta aacutervore de decisatildeo como tambeacutem das parciais seguintes possibilita
que se apresentem constataccedilotildees relevantes quanto agrave origem dos dados
No estrato inferior da figura (noacutes folhas da aacutervore) constam os mapas baacutesicos
elaborados e que constituem os componentes ambientais decisivos para as anaacutelises que
se vai empreender e que satildeo resultantes de levantamentos e de interpretaccedilotildees da
realidade ambiental do municiacutepio de Seropeacutedica
Os mapas da realidade ambiental sob a perspectiva da geografia humana utilizados
nos ramos infraestrutura condiccedilotildees sociais e condiccedilotildees de renda foram gerados a
partir dos dados censitaacuterios produzidos por IBGE (2010) referentes agrave Base de
Informaccedilotildees por Setor Censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010
Os mapas derivados e resultantes de anaacutelises mostram-se de forma assimeacutetrica no
modelo e foram elaborados no ambiente do programa VISTASAGA
A estimativa de mais alto niacutevel foi obtida a partir da conjugaccedilatildeo e integraccedilatildeo da
representaccedilatildeo cartograacutefica das Condiccedilotildees de Renda e constitui para o elevado niacutevel
de detalhe possibilitado pela escala e resoluccedilatildeo adotadas a distribuiccedilatildeo territorial de
locais indicados para transposiccedilotildees de assentamentos precaacuterios
24
35 Terminologia Censitaacuteria (IBGE)
A seguir satildeo apresentados alguns termos frequentemente citados nos capiacutetulos que
discutem o aspecto socioeconocircmico dos mapeamentos definidos segundo IBGE (2010)
Domiciacutelio particular - Domiciacutelio onde o relacionamento entre seus ocupantes era
ditado por laccedilos de parentesco de dependecircncia domeacutestica ou por normas de
convivecircncia O domiciacutelio particular eacute classificado em permanente ndash Domiciacutelio
construiacutedo para servir exclusivamente agrave habitaccedilatildeo e na data de referecircncia tinha a
finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas e coletivo - Eacute uma instituiccedilatildeo
ou estabelecimento onde as relaccedilotildees entre as pessoas que nele se encontravam
moradoras ou natildeo era restrita a normas de subordinaccedilatildeo administrativa como em
hoteacuteis moteacuteis camping pensotildees penitenciaacuterias presiacutedios casas de detenccedilatildeo
quarteacuteis postos militares asilos orfanatos conventos hospitais e cliacutenicas (com
internaccedilatildeo) alojamento de trabalhadores ou de estudantes etc
Rendimento mensal - soma do rendimento mensal de trabalho com o rendimento
proveniente de outras fontes
Rendimento mensal familiar ndash A soma dos rendimentos mensais dos componentes
da famiacutelia exclusive os das pessoas cuja condiccedilatildeo na famiacutelia fosse pensionista
empregado domeacutestico ou parente do empregado domeacutestico
Domiciacutelio com esgoto ligado a rede coletora (ou fossa seacuteptica) - quando a
canalizaccedilatildeo das aacuteguas servidas e dos dejetos proveniente do banheiro ou sanitaacuterio
estava ligada a um sistema de coleta que os conduzia a um desaguadouro geral da
aacuterea regiatildeo ou municiacutepio mesmo que o sistema natildeo dispusesse de estaccedilatildeo de
tratamento da mateacuteria esgotada
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados
O nuacutemero de domiciacutelios registrados por setor censitaacuterio no municiacutepio de Seropeacutedica
varia dependendo do setor Para a exposiccedilatildeo dos dados tabulares sob a expressatildeo
cartograacutefica haacute a necessidade de se efetuar o agrupamento desses dados em classes
A formulaccedilatildeo de Sturges (Marino apud 2008) orienta qual deva ser o nuacutemero de
categorias de acordo com a quantidade de dados disponiacuteveis neste caso o nuacutemero total de
116 setores censitaacuterios constituintes da aacuterea de estudo
25
K = 1+ 33log 116 = 1+ 33206 = 1+ 679 asymp 8 classes
352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais)
Eacute importante observar que natildeo faz sentido realizar as classificaccedilotildees a seguir sem
normalizaacute-las pelo campo que tabula a quantidade de domiciacutelios permanentes Para a melhor
compreensatildeo desta citaccedilatildeo segue uma breve ilustraccedilatildeo
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees
SETOR DOM CONECTADOS Agrave REDE ELEacuteTRICA DOMICIacuteLIOS
1 50 100 50
2 50 1000 5
Apesar de ambos setores apresentarem as mesmas quantidades de domiciacutelios
conectados agrave rede de energia eleacutetrica o setor 1 possui apenas 100 domiciacutelios ou seja 50
deste setor eacute atendido pela rede de energia eleacutetrica Analisando agora o setor 2 que tambeacutem
possui 50 domiciacutelios conectados agrave rede eleacutetrica este por sua vez eacute constituiacutedo por 1000
domiciacutelios Em termos percentuais este setor possui apenas 5 de seus domiciacutelios
abastecidos pela rede de energia eleacutetrica o que nos leva a concluir que o setor 1 eacute melhor
servido em relaccedilatildeo ao setor 2 diferentemente de quando olhamos apenas para os valores
absolutos desta amostragem
Sendo assim todos os dados seratildeo sempre classificados normalizados pela quantidade
de domiciacutelios do setor Assim obteacutem-se a resposta em termos percentuais ou seja indexada
pelo universo amostral
26
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA
Para a concepccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica a origem e o formato dos dados
foram exclusivamente apoiados nos resultados do Censo 2010 (IBGE 2010) no niacutevel de
detalhe agrupados pelos setores censitaacuterios
As anaacutelises ambientais da populaccedilatildeo residente na aacuterea de estudos versaram sobre trecircs
principais dimensotildees cada uma delas com seu conjunto de variaacuteveis empregadas
convencionalmente para a detecccedilatildeo dos iacutendices de desenvolvimento humano e de qualidade
de vida
Desta forma foram desenvolvidos mapas temaacuteticos sobre condiccedilotildees de infraestrutura
caracterizadas pelas contribuiccedilotildees do estado e do indiviacuteduo para a qualidade de vida
correspondentes aos cuidados com a coleta de lixo como condiccedilotildees do domiciacutelio quanto
energia eleacutetrica e banheiros conectados ao saneamento baacutesico sobre os aspectos sociais como
nuacutemero de habitantes por domiciacutelio e renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo e das condiccedilotildees
de educaccedilatildeo os itens avaliados satildeo crianccedilas com 5 anos ou mais de idade alfabetizados e
pessoas analfabetas funcionais
41 Unidade territorial Setor censitaacuterio
A unidade territorial adotada para as anaacutelises referentes agrave populaccedilatildeo eacute o setor
censitaacuterio conforme delimitado e identificado por IBGE (2010) A partir do mapeamento da
divisatildeo censitaacuteria disponibilizada no formato vetorial procedimentos de conversatildeo de
formatos foram aplicados atraveacutes do aplicativo Esri ArcGIS para a geraccedilatildeo do formato
matricial RasterSAGA apropriado para as avaliaccedilotildees ambientais a serem realizadas no
ambiente do sistema VistaSAGA
A regiatildeo de estudo abrange o total de 116 setores censitaacuterios como se pode observar a
seguir
27
Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
28
A base de dados cadastrais da populaccedilatildeo em escala dos setores censitaacuterios resultado
do Censo 2010 foi disponibilizada pelo IBGE em 2010 estruturada sob a forma tabular em
duas dimensotildees a saber domiciacutelios e pessoas
Para fins de filtragem dos dados tabulares socioeconocircmicos do IBGE as tabelas
originais para o municiacutepio de Seropeacutedica de domiciacutelios e pessoas foram filtradas para a aacuterea
de estudo pela seleccedilatildeo daqueles setores censitaacuterios restritos apenas ao municiacutepio em questatildeo
Todas as planilhas no formato Microsoft Excel que antes apresentavam aproximadamente
27767 mil registros referente a todos os setores censitaacuterios da Cidade do Rio de Janeiro
passa a ter apenas 116 registros referentes apenas aos setores cobertos pelo municiacutepio de
Seropeacutedica
Tendo em vista que as tabelas originais do IBGE de formato XLS (Microsoft Excel)
trazem o cabeccedilalho (nomes dos campos) em coacutedigo no formato V0001 V0002 V2500 pois
satildeo elaboradas especificamente para o uso no ambiente ESTATCART e sendo inviaacutevel
descrever o significado de cada campo em seu tiacutetulo o IBGE os codifica nos arquivos e
disponibilizam um manual descritivo de cada uma das variaacuteveis por meio do um documento
denominado ldquoCenso Demograacutefico 2010rdquo (IBGE2 2010)
Sendo assim houve tambeacutem um trabalho de interpretaccedilatildeo e pesquisa do referido
manual a fim de localizar os coacutedigos das variaacuteveis necessaacuterias a este projeto de pesquisa
dentre as mais de 3000 disponibilizadas pelo Censo Demograacutefico
A geraccedilatildeo de toda a base temaacutetica socioeconocircmica foi desenvolvida com utilizaccedilatildeo da
ferramenta de classificaccedilatildeo de mapas do SIG Esri ArcGIS
Apoacutes a geraccedilatildeo dos mapas classificatoacuterios realizou-se a conversatildeo dos mapas
temaacuteticos resultantes do formato shape (shp) para o formato matricial RasterSaga (rs2) por
meio do ldquoconversor SHPRS2rdquo aplicativo desenvolvido e disponibilizado pelo
LAGEOPUFRJ
42 Geraccedilatildeo do mapeamento temaacutetico classificatoacuterio
As subseccedilotildees a seguir caracterizam as aacutervores de decisatildeo individualizadas relativas
aos mapas temaacuteticos de infraestrutura aspectos sociais e niacutevel de educaccedilatildeo
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo
Variaacuteveis - Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
- Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
- Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
III
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeccedilo a Deus por me ajudar a realizar mais um sonho Por segurar a
minha matildeo ateacute aqui Aleacutem de me doar sabedoria criatividade coragem forccedila e persistecircncia
Agradeccedilo aos meus pais Urubatatilde Franccedila Marcia Martins e Julia Franccedila por
acreditarem que eu chegaria ateacute aqui Obrigada pelas oraccedilotildees pelos livros e por todo o
incentivo
Aos familiares agradeccedilo por terem me ajudado diretamente e indiretamente pelo
apoio compreensatildeo e carinho
Aos amigos soacute tenho a dizer ldquomuito obrigadardquo por acreditarem em mim pela
cumplicidade pelos incentivos pelos momentos fantaacutesticos compartilhados vocecircs satildeo
inesqueciacuteveis Com o tambeacutem apoio de vocecircs a vida eacute ainda mais colorida Obrigada as
meninas que moram comigo e as meninas do F1-23
Agradeccedilo de coraccedilatildeo a todos os meus professores da vida escolar Cheguei ateacute aqui
porque recebi atenccedilatildeo dedicaccedilatildeo e credibilidade deles Dedico esta monografia a todos os
meus professores das instituiccedilotildees disciplinares Era uma Vez Escola Municipal Adelmar
Tavares EM Franccedila Coleacutegio Estadual Visconde de Cairu e Accedilatildeo1
Aos professores do departamento de Geociecircncias minha eterna gratidatildeo por me
doarem conhecimentos e ajudarem a me formar profissionalmente e como ser humano
Agradeccedilo ao professor Tiago Marino por ter disponibilizado seu tempo para
compartilhar o seu conhecimento comigo Sou grata pela a atenccedilatildeo disponibilizada a mim e
pela confianccedila
Obrigada a todos
IV
RESUMO
O municiacutepio de Seropeacutedica eacute um tiacutepico exemplo do que ocorre em muitas cidades
brasileiras Trata-se de um espaccedilo em constante evoluccedilatildeo poreacutem orientada por um processo
de urbanizaccedilatildeo desordenada
Nos dias atuais um grande desafio enfrentado por gestores puacuteblicos eacute a dificuldade na
implantaccedilatildeo de praacuteticas de planejamento territorial e do monitoramento contiacutenuo para que
atraveacutes do diagnoacutestico de suas deficiecircncias e potencialidades possam orientar a expansatildeo
territorial municipal de maneira ordenada
Este trabalho objetiva a realizaccedilatildeo de um diagnoacutestico sobre qualidade de vida no
municiacutepio de Seropeacutedica atraveacutes de teacutecnicas de Geoprocessamento Todos os procedimentos
avaliativos foram conduzidos pela metodologia de Anaacutelise Ambiental utilizando o sistema
Vista SAGAUFRJ Para a geraccedilatildeo dos mapeamentos temaacuteticos primaacuterios foram utilizados os
dados tabulares provenientes do Censo Demograacutefico do IBGE publicado no ano de 2010 e o
Sistema de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG) ESRI ArcGIS
Uma vez realizados estes estudos os conhecimentos adquiridos pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) podem ser aplicados com as devidas precauccedilotildees a inuacutemeras outras aacutereas
urbanas que apresentem caracteriacutesticas e necessidades similares
Palavras-chave Geoprocessamento Cartografia Temaacutetica Anaacutelise Ambiental Qualidade de
Vida Seropeacutedica Aacutervore de Decisatildeo Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental SAGA
V
ABSTRACT
The Municipality of Seropeacutedica is a typical example of what happened in many cities
This is an area undergoing rapid urbanization but still able to control if well managed by
their managers
This article presents information on the Quality of Life in the city of Seropeacutedica This
work is challenged to consider whether all sectors have quality of life from the items
evaluated in the decision tree
The great challenge of a mayor in modern times is to find the balance between the
development of urban growth and monitoring to be done to maintain the quality of life
This work aims to create maps that depict the quality of life assessment in the
municipality of Seropeacutedica All computational procedures performed were conducted by the
Environmental Analysis methodology using the system VISTASAGAUFRJ for processing
of mappings obtaining and validating results Once performed these studies the knowledge
gained by the use of GIS on the environmental and urban issues in the municipality of
Seropeacutedica (RJ) can be extrapolated with due precautions to many other urban areas that
have similar characteristics and face the same problems
Keywords Geoprocessing Environmental Analysis Quality of Life Poor settlements
Seropeacutedica SAGA
VI
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 10
11 AacuteREA DE ESTUDO MUNICIacutePIO DE SEROPEacuteDICA 10 12 JUSTIFICATIVA PARA O TRABALHO 11 13 OBJETIVOS 11
131 Geral 11 132 Especiacuteficos 11
14 ORGANIZACcedilAtildeO DO TRABALHO 12
2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA 14
21 SISTEMAS DE INFORMACcedilOtildeES GEOGRAacuteFICAS NA GESTAtildeO TERRITORIAL 14 22 QUALIDADE DE VIDA E IacuteNDICES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 15
3 METODOLOGIA DE PESQUISA 18
31 ORGANIZACcedilAtildeO METODOLOacuteGICA 18 32 BASE DE DADOS SOCIOECONOcircMICA 18 33 AVALIACcedilAtildeO AMBIENTAL 19
331 A Anaacutelise Ambiental por Geoprocessamento 19 332 O Projeto SAGAUFRJ 20 333 A Escolha do SAGAUFRJ 21 334 Formulaccedilatildeo da Anaacutelise Ambiental 21
34 AacuteRVORE DE DECISAtildeO QUALIDADE DE VIDA 22 35 TERMINOLOGIA CENSITAacuteRIA (IBGE) 24
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados 24 352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais) 25
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA 26
41 UNIDADE TERRITORIAL SETOR CENSITAacuteRIO 26 42 GERACcedilAtildeO DO MAPEAMENTO TEMAacuteTICO CLASSIFICATOacuteRIO 28
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo 28 4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza 29 4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio 30 4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica 32 422 Aspectos Sociais 33 4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo 34 4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo 36 423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo 38 4231 Responsaacuteveis Alfabetizados 38
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO AMBIENTAL 40
51 AVALIACcedilAtildeO DE INFRAESTRUTURA 40 52 AVALIACcedilAtildeO DE ASPECTOS SOCIAIS 42 53 CONDICcedilOtildeES DE EDUCACcedilAtildeO 45 54 AVALIACcedilAtildeO DA QUALIDADE DE VIDA 46
6 CONCLUSOtildeES 49
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 50
VII
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
Figura 1 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica da Pesquisa 18 Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005) 22 Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ) 23 Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de vida 29 Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de vida 34 Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de vida 38
VIII
LISTA DE MAPAS
Mapa 1 Localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo - Municiacutepio de Seropeacutedica - Rio de Janeiro 11 Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ) 27 Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza 30 Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio 31 Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica 33 Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo 35 Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo 37 Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados 39 Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura 42 Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais 44 Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) 48
IX
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees 25 Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpezardquo
(IBGE 2010) 30 Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuteriordquo
(IBGE 2010) 31 Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo (IBGE 2010)
32 Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE 2010) 34 Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimordquo
(IBGE 2010) 36 Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010) 38 Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura 40 Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais 43 Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida 46
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Aacuterea de Estudo Municiacutepio de Seropeacutedica
Seropeacutedica eacute um municiacutepio brasileiro do estado do Rio de Janeiro Localiza-se na
Microrregiatildeo de Itaguaiacute na Mesorregiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro a 75 quilocircmetros
da capital do estado Rio de Janeiro Ocupa uma aacuterea de 283794 kmsup2 e sua populaccedilatildeo foi
estimada no ano de 2011 em 78183 mil habitantes pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatiacutestica (IBGE) sendo entatildeo o 31ordm mais populoso do estado e o segundo mais populoso de
sua microrregiatildeo Faz divisa com os municiacutepios Itaguaiacute Nova Iguaccedilu Japeri Queimados e
Paracambi
Segundo informaccedilotildees do IBGE Seropeacutedica eacute um local onde se tratava e fabricava
seda O nome da cidade teve origem em 1875 Naquela eacutepoca a terra era conhecida como
segundo distrito de Itaguaiacute Tal veio da antiga fazenda Seropeacutedica do Bananal onde eram
produzidos diariamente em larga escala cerca de 50 mil casulos de Bombyx Mori
conhecidos como bicho da seda
Aacuterea de Abrangecircncia do Estudo Localiza-se a 22deg 44prime 38Prime de latitude sul 43deg 42prime 28Prime
de longitude oeste na regiatildeo oeste da Baixada Fluminense a uma elevaccedilatildeo de 26 metros do
niacutevel do mar Estaacute a uma distacircncia de 75 quilocircmetros da capital do estado
Limita-se a oeste com os municiacutepios de Nova Iguaccedilu Queimados e Japeri ao sul com
o municiacutepio do Rio de Janeiro ao norte faz divisa com Paracambi e a leste com o municiacutepio
de Itaguaiacute O territoacuterio municipal estende-se por 283 794 kmsup2
11
Mapa 1 Localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo - Municiacutepio de Seropeacutedica - Rio de Janeiro
12 Justificativa para o Trabalho
Acelerado processo de urbanizaccedilatildeo mas que ainda dispotildee de condiccedilotildees de controle se
adequadamente administrada pelos seus gestores Este eacute o quadro atual da grande maioria de
cidades do Brasil
Este estudo procura relatar a partir dos dados censitaacuterios disponibilizados pelo
Instituo Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) um diagnoacutestico mapeado acerca da
qualidade de vida no municiacutepio de Seropeacutedica
Como resultado o estudo apontaraacute localidades com boas condiccedilotildees de vida e de forma
anaacuteloga aquelas carentes de investimentos em infraestrutura e programas sociais de acordo
com o Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) Acredita-se que a aplicaccedilatildeo da
metodologia proposta possa apoiar as decisotildees poliacuteticas e investimentos por gestores puacuteblicos
13 Objetivos
131 Geral
O foco do presente estudo seraacute a preparaccedilatildeo de uma estrutura de avaliaccedilatildeo e
mapeamento da qualidade de vida com apoio na Cartografia Temaacutetica e no
Geoprocessamento com base nos aspectos sociais educacionais e de infraestrutura
132 Especiacuteficos
Zoneamento da Qualidade de Vida no Municiacutepio de Seropeacutedica (Rio de Janeiro)
Utilizaccedilatildeo do aplicativo ESRI ArcGis para elaboraccedilatildeo dos mapas temaacuteticos
socioeconocircmicos a partir da dados gerados pelo Censo Demograacutefico 2010 (IBGE)
12
Utilizaccedilatildeo do aplicativo VISTASAGA como ferramenta para a elaboraccedilatildeo de
avaliaccedilotildees ambientais organizadas segundo a estrutura de ldquoAacutervore de Decisatildeordquo
14 Organizaccedilatildeo do Trabalho
Para uma compreensatildeo clara deste trabalho esta Monografia foi dividida em 7
capiacutetulos entre os quais se insere esta Introduccedilatildeo onde satildeo apresentados os Objetivos em
que se destacam as etapas para se atingir a anaacutelise da variaccedilatildeo territorial da qualidade de vida
no municiacutepio de Seropeacutedica ndash Rio de Janeiro
O capiacutetulo 2 estaraacute voltado agrave Fundamentaccedilatildeo Teoacuterica onde satildeo introduzidos alguns
conceitos baacutesicos baseados na literatura definiccedilotildees e indicadores de qualidade de vida
Tratar-se tambeacutem a importacircncia da utilizaccedilatildeo dos Sistemas Geograacuteficos de Informaccedilotildees
(SIGs) descrevendo sua disposiccedilatildeo de composiccedilatildeo aleacutem da importacircncia e exemplos de
aplicaccedilotildees providos pelos SIGs num contexto de gestatildeo territorial
O capiacutetulo 3 eacute reservado agrave exposiccedilatildeo de metodologia ldquoA Anaacutelise Ambiental por
Geoprocessamentordquo a qual se apresenta a estrutura conceitual e loacutegica bem definida e
organizada do Geoprocessamento Neste capiacutetulo tambeacutem satildeo citados alguns estudos de caso
de aplicaccedilatildeo da referida metodologia Em seguida apresenta sob a forma de organogramas a
Aacutervore de Decisatildeo para a determinaccedilatildeo da ldquoQualidade de Vidardquo assim como as aacutervores de
niacuteveis intermediaacuterios ldquoInfraestruturardquo ldquoAspectos Sociaisrdquo e ldquoEducaccedilatildeordquo Estes diagramas
definem de forma estruturada os passos das avaliaccedilotildees para as anaacutelises ambientais
projetadas Apresenta definiccedilotildees de indicadores iacutendices de desenvolvimento humano e
qualidade de vida aleacutem dos procedimentos estatiacutesticos para a definiccedilatildeo do nuacutemero de classes
baseado no modelo de Sturges utilizado para a classificaccedilatildeo de dados socioeconocircmicos Satildeo
introduzidas tambeacutem definiccedilotildees da terminologia censitaacuteria segundo o IBGE frequumlentemente
citada no capiacutetulo seguinte atraveacutes das variaacuteveis socioeconocircmicas estudadas Justifica de
forma ilustrada a necessidade do trabalho com dados relativizados (taxas percentuais)
normalizados pela quantidade de domiciacutelios particulares permanentes de cada setor censitaacuterio
na criaccedilatildeo dos mapas socioeconocircmicos
O capiacutetulo 4 eacute retrata exclusivamente os materiais e meacutetodos empregados como a
descriccedilatildeo da aacuterea objeto de estudo municiacutepio de Seropeacutedica com sua definiccedilatildeo territorial
determinada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) caracteriacutesticas e o
processo de evoluccedilatildeo urbaniacutestica desenfreada ocorrida naquela regiatildeo Em seguida destaca a
organizaccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica pelo qual mostra-se a importacircncia da
integraccedilatildeo dos dados populacionais com os do ambiente fiacutesico nas anaacutelises ambientais
13
Destacam-se tambeacutem as variaacuteveis ambientais empregadas para a determinaccedilatildeo de iacutendices de
desenvolvimento humano e de qualidade de vida os setores censitaacuterios como unidade
territorial e tambeacutem os procedimentos estatiacutesticos adotados na fase de geraccedilatildeo da base de
dados socioeconocircmica
O capiacutetulo 5 apresenta o desenvolvimento parcial da Aacutervore de Decisatildeo referente agraves
avaliaccedilotildees com os dados populacionais oriundos do Censo 2010 seguindo-se a metodologia
proposta no capiacutetulo 3 Apresenta os mapas resultantes de avaliaccedilotildees e as anaacutelises relativas agraves
dimensotildees Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo agrave qualidade de vida as condiccedilotildees dos
aspectos sociais e as condiccedilotildees de educaccedilatildeo mapeando assim a qualidade de vida da regiatildeo
O capiacutetulo 6 destina-se agraves conclusotildees pelas quais se apresentam sinteticamente os
resultados alcanccedilados com a pesquisa
O capiacutetulo 7 reserva-se ao material de referecircncia bibliograacutefica consultado durante as
fases de desenvolvimento desta pesquisa
14
2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
Esta sessatildeo apresenta diferentes abordagens sobre a qualidade de vida e sistemas de
informaccedilotildees geograacuteficas segundo distintos autores
21 Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas na Gestatildeo Territorial
Compreende-se Sistema de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG) como referecircncia ao
conjunto de software hardware bases de dados e organizaccedilatildeo Num sentido limitado o SIG
se refere a um pacote de software que permite o tratamento automaacutetico de dados graacuteficos e
natildeo graacuteficos georreferenciados Assim
O uso de SIGs permite obter mapas com rapidez e precisatildeo a partir
da atualizaccedilatildeo dos bancos de dados sendo uma ferramenta
importante no estudo de potencialidades do ambiente e no caso da
avaliaccedilatildeo de aacutereas com risco de salinizaccedilatildeo constitui-se etapa
importante para a definiccedilatildeo de praacuteticas adequadas de manejo e
conservaccedilatildeo do solo e recursos hiacutedricos (Valadares e Faria 2004
p91)
Para Polidoro e Barros (2010 p86) sistemas de informaccedilotildees geograacuteficas satildeo valiosas
ferramentas computacionais que tornam possiacutevel a anaacutelise e tratamento de informaccedilotildees
geograacuteficas e a posterior disponibilizaccedilatildeo dessas como suporte a tomada de decisotildees
Martins (2005 p 24) considera que o SIG eacute capaz de apontar por meio de mapas
temaacuteticos relacionados a um banco de dados tabularem situaccedilotildees de risco permitindo a
prevenccedilatildeo e a contenccedilatildeo de impactos ambientais
Martins (2005 p93) ainda compreende que
Um SIG eacute uma ferramenta computacional que permite a
representaccedilatildeo dos objetos geograacuteficos (vias limites de municiacutepios
edificaccedilotildees etc) da superfiacutecie terrestre de maneira simplificada por
meio da utilizaccedilatildeo de formas geomeacutetricas (pontos linhas e
poliacutegonos)
15
O SIG pode ser utilizado por qualquer aacuterea de conhecimento visto que eacute uma
disciplina multidisciplinar poreacutem eacute necessaacuterio que cada aacuterea se volte para a informaccedilatildeo
quantitativa para trabalhar e obter dados atraveacutes da visualizaccedilatildeo dos mapas Por exemplo
Um socioacutelogo deseja utilizar um SIG para entender e quantificar o fenocircmeno da
exclusatildeo social numa determinada capital brasileira
Um engenheiro florestal aplica um SIG para a contenccedilatildeo de aacutereas remanescentes
florestais de uma dada regiatildeo
Um geoacutegrafo pretende usar um SIG para gerar a distribuiccedilatildeo do desenvolvimento
industrial de uma dada regiatildeo
A partir das definiccedilotildees acima compreende-se a interdisciplinaridade do assunto diante
da integraccedilatildeo numa singular base de dados dados censitaacuterios informaccedilotildees espaciais
provenientes de dados cartograacuteficos e cadastro urbano e rural imagens de sateacutelite redes e
modelos numeacutericos de terreno
22 Qualidade de Vida e Iacutendices de Desenvolvimento Humano
De acordo com Demo (1998) num primeiro passo podemos recorrer para a
etimologia latina qualitas significa ldquoa essecircnciardquo Assim qualidade designa a parte essencial
das coisas aquilo que lhe seria mais importante e determinante Demo (1998 p93) tambeacutem
assume que a qualidade aponta para a marca central das coisas e dos seres aquilo que natildeo se
consome no tempo que fica para sempre que decide o que algo eacute definitivamente
Segundo Fleck (2000 apud The WHOQOL Group 1995 p34) a Organizaccedilatildeo
Mundial da Sauacutede conceituou ldquoQualidade de Vidardquo como a percepccedilatildeo do indiviacuteduo de sua
posiccedilatildeo na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relaccedilatildeo
aos seus objetivos expectativas padrotildees e preocupaccedilotildees
De acordo com Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Seropeacutedica Tiacutetulo I Paraacutegrafo Uacutenico
a accedilatildeo municipal desenvolve-se em todo o seu territoacuterio sem
privileacutegios de bairros reduzindo as desigualdades regionais e sociais
promovendo o bem-estar de todos sem preconceitos de origem raccedila
sexo cor idade e quaisquer outras formas de discriminaccedilatildeo
Um aspecto importante que caracteriza estudos que partem de uma definiccedilatildeo geneacuterica
da Qualidade de Vida eacute que as amostras estudadas incluem pessoas saudaacuteveis da populaccedilatildeo
nunca se restringindo a amostras de pessoas portadoras de agravos especiacuteficos
16
Para Seidl e Zannon (2004) a Qualidade de Vida apresenta uma acepccedilatildeo mais ampla
aparentemente influenciada por estudos socioloacutegicos sem fazer referecircncia a disfunccedilotildees ou
agravos (Zannon e Seidl 2004 p583) Com relaccedilatildeo ao meio ambiente o modelo incorpora
conceitos mais amplos onde meio ambiente eacute a resultante das questotildees socioeconocircmicas de
uma realidade Nesse processo qualidade de vida abrange ainda os aspectos comportamentais
(por exemplo exercitaccedilatildeo e alimentaccedilatildeo) e perceptivos da comunidade acerca do que eacute
qualidade de vida
Para Nobre (1995 p 299)
Qualidade de vida foi definida como sensaccedilatildeo iacutentima de conforto
bem-estar ou felicidade no desempenho de funccedilotildees fiacutesicas intelectuais
e psiacutequicas dentro da realidade da sua famiacutelia do seu trabalho e dos
valores da comunidade agrave qual pertence
A qualidade de vida no Brasil eacute medida atraveacutes do ponto de vista do Iacutendice de
Desenvolvimento Humano (IDH) Este por sua vez analisa os estados brasileiros atraveacutes de
trecircs itens essenciais renda educaccedilatildeo e expectativa de vida A renda eacute avaliada pelo PIB real
per capita a sauacutede pela esperanccedila de vida ao nascer e a educaccedilatildeo pela taxa de alfabetizaccedilatildeo
de adultos e taxas de matriacutecula aos niacuteveis primaacuterios secundaacuterios combinados Renda
educaccedilatildeo e sauacutede seriam atributos de igual importacircncia como expressatildeo da capacidade
humana (Minayo Buss Hartz 2000 p8)
O Programa das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgou em 1990 o
levantamento do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) O conceito de Desenvolvimento
Humano eacute o ingrediente principal do Relatoacuterio de Desenvolvimento Humano (RDH) Aleacutem
do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) este faz parte da compreensatildeo de que para
averiguar o avanccedilo de uma populaccedilatildeo natildeo se deve considerar apenas a dimensatildeo econocircmica
poreacutem outras influenciam a qualidade da vida humana
O desenvolvimento humano por definiccedilatildeo eacute compreendido como um abrangente
processo de expansatildeo de escolhas individuais nas diversas aacutereas como geograacutefica
econocircmica social cultural e poliacutetica Embora saiba-se que a possibilidade natildeo eacute satisfeita
de as pessoas terem o discernimento ou condiccedilotildees de exercerem esse direito que eacute
internacionalmente reconhecido nas cartas de cidadania e foco de assunto constitucional
brasileiro algumas dessas escolhas satildeo baacutesicas para a vida humana
17
As opccedilotildees por vida saudaacutevel por adquirir conhecimento por morar dignamente e por
atingir e manter um padratildeo de vida decente satildeo condiccedilotildees fundamentais para os seres
humanos e agrave medida que sejam alcanccediladas abrem caminho para outras escolhas igualmente
importantes referentes agrave participaccedilatildeo poliacutetica agrave diversidade cultural aos direitos humanos e agrave
liberdade individual e coletiva (IPEA1998)
Segundo IPEA (1998) o conceito atual de desenvolvimento humano eacute amplo pois
aleacutem de considerar os seres humanos como participantes ativos do processo de
desenvolvimento os tem como beneficiaacuterios do processo produtivo e vecirc suas necessidades
baacutesicas monitoradas a partir dos citados requisitos miacutenimos e de suas escolhas A ideia de
desenvolvimento humano ao integrar todos esses conceitos que sintetizam a capacidade de
bem-estar e da qualidade de vida representa uma noccedilatildeo abrangente de desenvolvimento com
sentido holiacutestico
Os censos demograacuteficos efetuados e entregues pelo IBGE por sua riqueza de dados e
informaccedilotildees permitem que sejam elaborados diversos tipos de iacutendices de desenvolvimento
que podem abarcar os conceitos econocircmicos e sociais
Segundo IPEA (1998) a vantagem de se aproveitar a base de dados censitaacuteria ainda
relativamente pouco explorada em trabalhos cientiacuteficos e teacutecnicos eacute que ela permite
incorporar outras variaacuteveis e dimensotildees agrave anaacutelise do desenvolvimento humano
Os iacutendices sinteacuteticos de desenvolvimento humano ocorrido no Brasil atualmente satildeo
o Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e o Iacutendice de Condiccedilotildees de Vida
(ICV) Para sua construccedilatildeo satildeo gerados e empregados diversos indicadores O objetivo do
iacutendice sinteacutetico que permite a comparaccedilatildeo e ordenaccedilatildeo entre comunidades eacute reduzir todos os
indicadores por ponderaccedilotildees e juiacutezos de valor a um iacutendice uacutenico O IDHM para sua
concepccedilatildeo precisa ultrapassar certos conceitos baacutesicos do IDH que foi idealizado para ser
calculado e comparar paiacuteses Para sua avaliaccedilatildeo consideram-se trecircs dimensotildees Educaccedilatildeo
Renda e Longevidade O ICV para a sua construccedilatildeo considera cinco grupos de indicadores
Educaccedilatildeo Renda Habitaccedilatildeo Infacircncia e Longevidade Cada uma dessas dimensotildees eacute
estruturada a partir de diversas variaacuteveis
Esses iacutendices tecircm sido empregados no Brasil com a incorporaccedilatildeo dos dados censitaacuterios
histoacutericos estando mais difundidos os relativos aos censos de 1970 a 2000 Tanto o IDHM
como o ICV generalizam os dados para municiacutepios e permitem a comparaccedilatildeo segundo essas
unidades
18
3 METODOLOGIA DE PESQUISA
31 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica
A Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada ilustra os materiais e processos
aplicados nesta pesquisa As caixas foram coloridas de modo a diferenciar os produtos e os
processos especiacuteficos da metodologia apresentada (violeta) da aplicaccedilatildeo especiacutefica para o
Municiacutepio de Seropeacutedica (vermelha)
Todo o processo eacute estruturado num modelo de representaccedilatildeo denominada ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo que apresenta passo a passo cada avaliaccedilatildeo intermediaacuteria necessaacuteria a se chegar ao
resultado final (mapeamento de Qualidade de Vida)
Figura 1 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica da Pesquisa
32 Base de Dados Socioeconocircmica
No estrato superior do fluxograma apresenta-se a malha e dados censitaacuterios obtida a
partir do acervo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) Constituem os
elementos necessaacuterios para a geraccedilatildeo de mapas temaacuteticos que compotildeem a base de dados
socioeconocircmica do estudo O processo eacute permitido para esta particular aplicaccedilatildeo por meio
da utilizaccedilatildeo do ldquoMoacutedulo de Classificaccedilatildeo e Criaccedilatildeo de Mapas Temaacuteticosrdquo do aplicativo Esri
ArcGIS A coloraccedilatildeo vermelha destas caixas eacute justificada devido agrave possibilidade da base de
dados socioeconocircmica a ser obtida a partir de qualquer outra fonte (ou de ser gerada) e
19
tambeacutem processada por outros aplicativos de acordo com os conhecimentos do analista e
disponibilidade de dados para a localidade de estudo Aleacutem da flexibilidade quanto agrave fonte
dos dados fica a criteacuterio do analista a seleccedilatildeo das variaacuteveis socioeconocircmicas a serem
utilizadas na avaliaccedilatildeo de qualidade de vida Para esta aplicaccedilatildeo a unidade territorial adotada
satildeo os setores censitaacuterios definidos a partir de IBGE (2010)
33 Avaliaccedilatildeo Ambiental
A partir das bases de dados socioeconocircmicos (Renda Analfabetismo Coleta de Lixo
etc) aplica-se formulaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo Ambiental (detalhada na sessatildeo 334) para obtenccedilatildeo
dos mapas de ldquoQualidade de Vidardquo A escolha do algoritmo avaliativo para o processamento
das anaacutelises tambeacutem eacute flexiacutevel a outras formulaccedilotildees e aplicativos a criteacuterio do avaliador
331 A Anaacutelise Ambiental por Geoprocessamento
A Anaacutelise Ambiental ldquoeacute um instrumento fundamental na investigaccedilatildeo interdisciplinar
pois fornece uma gama variada de percepccedilotildees que iratildeo auxiliar no aprofundamento do
conhecimento cientiacuteficordquo (Stipp e Stipp 2004 p24)
Para SILVA amp SOUZA (1998 ldquoapudrdquo Stipp e Stipp 2004 p24) analisar um
ambiente significa desmembraacute-lo em termos de suas partes componentes e apreender as suas
funccedilotildees internas e externas com a consequente criaccedilatildeo de um conjunto integrado de
informaccedilotildees representativo deste conhecimento adquirido
A Anaacutelise Ambiental deve ser compreendida como um instrumento integrador que
encare o meio ambiente sob o acircngulo da preocupaccedilatildeo com o uso que o homem faz dele no
sentido de se contribuir para o desenvolvimento de uma perspectiva interdisciplinar de
investigaccedilatildeo da construccedilatildeo do meio ambiente e da organizaccedilatildeo do espaccedilo (Stipp e Stipp
2004 p24)
A anaacutelise ambiental expressa na realizaccedilatildeo dos diagnoacutesticos zoneamentos e a
avaliaccedilatildeo nos impactos ambientais (Sales 2004 p130) Paralelamente satildeo tratados os planos
de manejo e planejamento dos usos dos espaccedilos naturais e em alguns casos - ainda raros - de
recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas Satildeo esses conjuntos de procedimentos que recebe a rubrica
de anaacutelise ambiental (Mendonccedila 1993 Ross 1990 ldquoapudrdquo Geografia Sistemas e anaacutelise
ambiental abordagem criacutetica 2004 p130)
Logo o processo de anaacutelise ambiental envolve a elaboraccedilatildeo de diagnoacutesticos a
manifestaccedilatildeo de interesse poliacutetico a revelaccedilatildeo de interesse da coletividade envolvida com o
20
intuito de trazer melhorias para uma determinada aacuterea ou trazer antecipadamente diagnoacutesticos
de possiacuteveis situaccedilotildees indesejaacuteveis ou ateacute mesmo prever aacutereas de potencial
332 O Projeto SAGAUFRJ
O Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental (SAGAUFRJ) foi implantado em 1983 no
Departamento de Geografia da UFRJ pelo Prof Dr Jorge Xavier da Silva coordenador do
entatildeo Grupo de Pesquisas em Geoprocessamento (GPG) Foi desenvolvido como um sistema
para aplicaccedilotildees ambientais de faacutecil implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo em equipamentos de baixo custo
o que se tornou possiacutevel principalmente graccedilas ao crescimento da popularidade e uso de
microcomputadores do tipo IBM-PC
Eacute possiacutevel a partir da aplicaccedilatildeo deste ter estimativas de riscos de desmoronamentos e
de enchentes potenciais turiacutesticos e de urbanizaccedilatildeo para fins de preservaccedilatildeo e a anaacutelise da
qualidade de vida em favelas constituem uma pequena amostra das pesquisas realizadas pela
comunidade de usuaacuterios atraveacutes da utilizaccedilatildeo do SAGAUFRJ
Sua primeira versatildeo foi criada na deacutecada de 1980 apresentando mapas com no
maacuteximo 16 cores Nesta eacutepoca o geoprocessamento era bastante limitado pela barreira
tecnoloacutegica Seguindo a evoluccedilatildeo da informaacutetica o Vista Saga tambeacutem foi evoluindo com
novas versotildees mais sofisticadas Hoje o Vista Saga trabalha com cores de 32 bits
viabilizando ateacute a visualizaccedilatildeo em trecircs dimensotildees de aacutereas de estudos
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que o VISTASAGA eacute um projeto totalmente
nacional cresce em meio acadecircmico e sem fins lucrativos Pode ser obtido gratuitamente
atraveacutes do site httpwwwlageopufrjbr
Constituem seus principais moacutedulos de processamento
MONITORIA Este procedimento consiste no levantamento puxado das alteraccedilotildees
ambientais ocorridas em uma determinada situaccedilatildeo ambiental Registros sucessivos de
fenocircmenos ambientais utilizando taxonomias correspondentes (classificaccedilotildees iguais
ou correlacionaacuteveis) podem ser usados para o acompanhamento da evoluccedilatildeo
territorial de processos e ocorrecircncias de interesse
ASSINATURA SIGs permitem a locomoccedilatildeo entre localizaccedilotildees e atributos ou seja a
recuperaccedilatildeo da localizaccedilatildeo a partir da seleccedilatildeo de uma informaccedilatildeo e vice-versa
AVALIACcedilAtildeO Utilizado para realizar estimativas sobre possiacuteveis ocorrecircncias de
fenocircmenos de diversas naturezas segundo diversas intensidades definindo-se a
extensatildeo territorial destas estimativas e suas relaccedilotildees de proximidade e conexatildeo Este
21
moacutedulo gera um mapa do territoacuterio analisado classificando cada local com notas de 0
a 10
333 A Escolha do SAGAUFRJ
Como o proacuteprio nome jaacute diz SAGA ndash Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental tratar-se de
uma ferramenta especiacutefica para o processamento das avaliaccedilotildees ambientais
Contudo nada impede que os mesmos procedimentos sejam aplicados em qualquer
outro software que disponha de recursos que viabilizem a aplicaccedilatildeo metodoloacutegica proposta
O cerne deste trabalho constitui-se na apresentaccedilatildeo da metodologia para tomadas de decisatildeo
no acircmbito de riscos socioambientais de aacutereas urbanas O VISTASAGA foi selecionado
como ferramenta de aplicaccedilatildeo em funccedilatildeo de sua praticidade e profundo conhecimento na
utilizaccedilatildeo do aplicativo se alcanccedilar a finalidade proposta
334 Formulaccedilatildeo da Anaacutelise Ambiental
A formulaccedilatildeo de meacutedia ponderada eacute proposta nas avaliaccedilotildees ambientais moacutedulo
constituinte do sistema SAGA conforme a seguir exposta
Onde
n Nuacutemero de paracircmetros (mapas) utilizados
Ai j Probabilidade de ocorrecircncia do evento analisado no elemento (pixel) ij da matriz
(mapa) resultante
Pk Peso (percentual) da contribuiccedilatildeo do paracircmetro k em relaccedilatildeo aos demais para a
ocorrecircncia do evento analisado
Nk Nota segundo o(s) avaliador (ES) dentro da escala de 0 a 10 da ocorrecircncia do
evento analisado na presenccedila da classe encontrada na linha i coluna j do mapa k
Pixel Aglutinaccedilatildeo de ldquopicture elementrdquo ou seja elemento de imagem Eacute o menor
elemento num dispositivo de exibiccedilatildeo (como por exemplo um monitor) ao qual possibilita
atribuir-se uma cor De modo mais simples um pixel eacute o menor ponto que forma uma
imagem digital sendo que os conjuntos de milhares de pixels formam a imagem inteira A
Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada possui dimensotildees de 31 X 15 ou seja 31
colunas por 15 linhas totalizando 465 pixels (adaptado de MARINO 2005 p4)
22
Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005)
A partir desta formulaccedilatildeo de Anaacutelise Ambiental podem ser feitas as seguintes
proposiccedilotildees tambeacutem segundo XAVIER DA SILVA (2001)
Ai j exprime a probabilidade resultante do produto da formulaccedilatildeo ambiental numa
escala de 0 a 10 para a ocorrecircncia de um evento ou entidade ambiental que seja
causado em princiacutepio pela atuaccedilatildeo convergente dos paracircmetros ambientais nela
considerados
Os dados envolvidos na avaliaccedilatildeo podem ser lanccedilados em uma escala ordinal que
varie entre 0 e 10 ou entre 0 e 100 para que seja gerada uma amplitude de variaccedilatildeo
suficiente a permitir maior percepccedilatildeo da variabilidade das estimativas
A normalizaccedilatildeo dos pesos restritos entre os valores 0 e 1 resulta na definiccedilatildeo do
valor do peso atribuiacutedo a um mapa como o valor maacuteximo que qualquer das classes
daquele mapa pode assumir Por exemplo atribuir um peso de 40 ao paracircmetro
ldquodeclividadesrdquo numa anaacutelise significa que o maacuteximo que uma determinada classe
deste mapa pode contribuir na determinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia do evento
analisado eacute de 4 numa escala de 0 a 10
Com a adoccedilatildeo da meacutedia ponderada estaacute criado um espaccedilo classificatoacuterio que eacute em
princiacutepio ordinal mas que pode admitir grande e variado detalhamento na
classificaccedilatildeo das estimativas
34 Aacutervore de Decisatildeo Qualidade de Vida
O diagrama da Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada eacute denominado ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo (XAVIER DA SILVA 2001) uma vez que propicia em seus diversos niacuteveis apoio
a decisotildees quanto ao seu objetivo formal ou seja estimar a quantidade a localizaccedilatildeo e a
extensatildeo dos movimentos populacionais a serem executados em uma aacuterea tendo em vista a
melhoria da qualidade de vida de seus habitantes
23
Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ)
Cada um dos retacircngulos representa um mapeamento digital de um paracircmetro de
anaacutelise ou uma avaliaccedilatildeo ambiental que tenha sido executada
A inspeccedilatildeo desta aacutervore de decisatildeo como tambeacutem das parciais seguintes possibilita
que se apresentem constataccedilotildees relevantes quanto agrave origem dos dados
No estrato inferior da figura (noacutes folhas da aacutervore) constam os mapas baacutesicos
elaborados e que constituem os componentes ambientais decisivos para as anaacutelises que
se vai empreender e que satildeo resultantes de levantamentos e de interpretaccedilotildees da
realidade ambiental do municiacutepio de Seropeacutedica
Os mapas da realidade ambiental sob a perspectiva da geografia humana utilizados
nos ramos infraestrutura condiccedilotildees sociais e condiccedilotildees de renda foram gerados a
partir dos dados censitaacuterios produzidos por IBGE (2010) referentes agrave Base de
Informaccedilotildees por Setor Censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010
Os mapas derivados e resultantes de anaacutelises mostram-se de forma assimeacutetrica no
modelo e foram elaborados no ambiente do programa VISTASAGA
A estimativa de mais alto niacutevel foi obtida a partir da conjugaccedilatildeo e integraccedilatildeo da
representaccedilatildeo cartograacutefica das Condiccedilotildees de Renda e constitui para o elevado niacutevel
de detalhe possibilitado pela escala e resoluccedilatildeo adotadas a distribuiccedilatildeo territorial de
locais indicados para transposiccedilotildees de assentamentos precaacuterios
24
35 Terminologia Censitaacuteria (IBGE)
A seguir satildeo apresentados alguns termos frequentemente citados nos capiacutetulos que
discutem o aspecto socioeconocircmico dos mapeamentos definidos segundo IBGE (2010)
Domiciacutelio particular - Domiciacutelio onde o relacionamento entre seus ocupantes era
ditado por laccedilos de parentesco de dependecircncia domeacutestica ou por normas de
convivecircncia O domiciacutelio particular eacute classificado em permanente ndash Domiciacutelio
construiacutedo para servir exclusivamente agrave habitaccedilatildeo e na data de referecircncia tinha a
finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas e coletivo - Eacute uma instituiccedilatildeo
ou estabelecimento onde as relaccedilotildees entre as pessoas que nele se encontravam
moradoras ou natildeo era restrita a normas de subordinaccedilatildeo administrativa como em
hoteacuteis moteacuteis camping pensotildees penitenciaacuterias presiacutedios casas de detenccedilatildeo
quarteacuteis postos militares asilos orfanatos conventos hospitais e cliacutenicas (com
internaccedilatildeo) alojamento de trabalhadores ou de estudantes etc
Rendimento mensal - soma do rendimento mensal de trabalho com o rendimento
proveniente de outras fontes
Rendimento mensal familiar ndash A soma dos rendimentos mensais dos componentes
da famiacutelia exclusive os das pessoas cuja condiccedilatildeo na famiacutelia fosse pensionista
empregado domeacutestico ou parente do empregado domeacutestico
Domiciacutelio com esgoto ligado a rede coletora (ou fossa seacuteptica) - quando a
canalizaccedilatildeo das aacuteguas servidas e dos dejetos proveniente do banheiro ou sanitaacuterio
estava ligada a um sistema de coleta que os conduzia a um desaguadouro geral da
aacuterea regiatildeo ou municiacutepio mesmo que o sistema natildeo dispusesse de estaccedilatildeo de
tratamento da mateacuteria esgotada
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados
O nuacutemero de domiciacutelios registrados por setor censitaacuterio no municiacutepio de Seropeacutedica
varia dependendo do setor Para a exposiccedilatildeo dos dados tabulares sob a expressatildeo
cartograacutefica haacute a necessidade de se efetuar o agrupamento desses dados em classes
A formulaccedilatildeo de Sturges (Marino apud 2008) orienta qual deva ser o nuacutemero de
categorias de acordo com a quantidade de dados disponiacuteveis neste caso o nuacutemero total de
116 setores censitaacuterios constituintes da aacuterea de estudo
25
K = 1+ 33log 116 = 1+ 33206 = 1+ 679 asymp 8 classes
352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais)
Eacute importante observar que natildeo faz sentido realizar as classificaccedilotildees a seguir sem
normalizaacute-las pelo campo que tabula a quantidade de domiciacutelios permanentes Para a melhor
compreensatildeo desta citaccedilatildeo segue uma breve ilustraccedilatildeo
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees
SETOR DOM CONECTADOS Agrave REDE ELEacuteTRICA DOMICIacuteLIOS
1 50 100 50
2 50 1000 5
Apesar de ambos setores apresentarem as mesmas quantidades de domiciacutelios
conectados agrave rede de energia eleacutetrica o setor 1 possui apenas 100 domiciacutelios ou seja 50
deste setor eacute atendido pela rede de energia eleacutetrica Analisando agora o setor 2 que tambeacutem
possui 50 domiciacutelios conectados agrave rede eleacutetrica este por sua vez eacute constituiacutedo por 1000
domiciacutelios Em termos percentuais este setor possui apenas 5 de seus domiciacutelios
abastecidos pela rede de energia eleacutetrica o que nos leva a concluir que o setor 1 eacute melhor
servido em relaccedilatildeo ao setor 2 diferentemente de quando olhamos apenas para os valores
absolutos desta amostragem
Sendo assim todos os dados seratildeo sempre classificados normalizados pela quantidade
de domiciacutelios do setor Assim obteacutem-se a resposta em termos percentuais ou seja indexada
pelo universo amostral
26
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA
Para a concepccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica a origem e o formato dos dados
foram exclusivamente apoiados nos resultados do Censo 2010 (IBGE 2010) no niacutevel de
detalhe agrupados pelos setores censitaacuterios
As anaacutelises ambientais da populaccedilatildeo residente na aacuterea de estudos versaram sobre trecircs
principais dimensotildees cada uma delas com seu conjunto de variaacuteveis empregadas
convencionalmente para a detecccedilatildeo dos iacutendices de desenvolvimento humano e de qualidade
de vida
Desta forma foram desenvolvidos mapas temaacuteticos sobre condiccedilotildees de infraestrutura
caracterizadas pelas contribuiccedilotildees do estado e do indiviacuteduo para a qualidade de vida
correspondentes aos cuidados com a coleta de lixo como condiccedilotildees do domiciacutelio quanto
energia eleacutetrica e banheiros conectados ao saneamento baacutesico sobre os aspectos sociais como
nuacutemero de habitantes por domiciacutelio e renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo e das condiccedilotildees
de educaccedilatildeo os itens avaliados satildeo crianccedilas com 5 anos ou mais de idade alfabetizados e
pessoas analfabetas funcionais
41 Unidade territorial Setor censitaacuterio
A unidade territorial adotada para as anaacutelises referentes agrave populaccedilatildeo eacute o setor
censitaacuterio conforme delimitado e identificado por IBGE (2010) A partir do mapeamento da
divisatildeo censitaacuteria disponibilizada no formato vetorial procedimentos de conversatildeo de
formatos foram aplicados atraveacutes do aplicativo Esri ArcGIS para a geraccedilatildeo do formato
matricial RasterSAGA apropriado para as avaliaccedilotildees ambientais a serem realizadas no
ambiente do sistema VistaSAGA
A regiatildeo de estudo abrange o total de 116 setores censitaacuterios como se pode observar a
seguir
27
Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
28
A base de dados cadastrais da populaccedilatildeo em escala dos setores censitaacuterios resultado
do Censo 2010 foi disponibilizada pelo IBGE em 2010 estruturada sob a forma tabular em
duas dimensotildees a saber domiciacutelios e pessoas
Para fins de filtragem dos dados tabulares socioeconocircmicos do IBGE as tabelas
originais para o municiacutepio de Seropeacutedica de domiciacutelios e pessoas foram filtradas para a aacuterea
de estudo pela seleccedilatildeo daqueles setores censitaacuterios restritos apenas ao municiacutepio em questatildeo
Todas as planilhas no formato Microsoft Excel que antes apresentavam aproximadamente
27767 mil registros referente a todos os setores censitaacuterios da Cidade do Rio de Janeiro
passa a ter apenas 116 registros referentes apenas aos setores cobertos pelo municiacutepio de
Seropeacutedica
Tendo em vista que as tabelas originais do IBGE de formato XLS (Microsoft Excel)
trazem o cabeccedilalho (nomes dos campos) em coacutedigo no formato V0001 V0002 V2500 pois
satildeo elaboradas especificamente para o uso no ambiente ESTATCART e sendo inviaacutevel
descrever o significado de cada campo em seu tiacutetulo o IBGE os codifica nos arquivos e
disponibilizam um manual descritivo de cada uma das variaacuteveis por meio do um documento
denominado ldquoCenso Demograacutefico 2010rdquo (IBGE2 2010)
Sendo assim houve tambeacutem um trabalho de interpretaccedilatildeo e pesquisa do referido
manual a fim de localizar os coacutedigos das variaacuteveis necessaacuterias a este projeto de pesquisa
dentre as mais de 3000 disponibilizadas pelo Censo Demograacutefico
A geraccedilatildeo de toda a base temaacutetica socioeconocircmica foi desenvolvida com utilizaccedilatildeo da
ferramenta de classificaccedilatildeo de mapas do SIG Esri ArcGIS
Apoacutes a geraccedilatildeo dos mapas classificatoacuterios realizou-se a conversatildeo dos mapas
temaacuteticos resultantes do formato shape (shp) para o formato matricial RasterSaga (rs2) por
meio do ldquoconversor SHPRS2rdquo aplicativo desenvolvido e disponibilizado pelo
LAGEOPUFRJ
42 Geraccedilatildeo do mapeamento temaacutetico classificatoacuterio
As subseccedilotildees a seguir caracterizam as aacutervores de decisatildeo individualizadas relativas
aos mapas temaacuteticos de infraestrutura aspectos sociais e niacutevel de educaccedilatildeo
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo
Variaacuteveis - Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
- Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
- Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
IV
RESUMO
O municiacutepio de Seropeacutedica eacute um tiacutepico exemplo do que ocorre em muitas cidades
brasileiras Trata-se de um espaccedilo em constante evoluccedilatildeo poreacutem orientada por um processo
de urbanizaccedilatildeo desordenada
Nos dias atuais um grande desafio enfrentado por gestores puacuteblicos eacute a dificuldade na
implantaccedilatildeo de praacuteticas de planejamento territorial e do monitoramento contiacutenuo para que
atraveacutes do diagnoacutestico de suas deficiecircncias e potencialidades possam orientar a expansatildeo
territorial municipal de maneira ordenada
Este trabalho objetiva a realizaccedilatildeo de um diagnoacutestico sobre qualidade de vida no
municiacutepio de Seropeacutedica atraveacutes de teacutecnicas de Geoprocessamento Todos os procedimentos
avaliativos foram conduzidos pela metodologia de Anaacutelise Ambiental utilizando o sistema
Vista SAGAUFRJ Para a geraccedilatildeo dos mapeamentos temaacuteticos primaacuterios foram utilizados os
dados tabulares provenientes do Censo Demograacutefico do IBGE publicado no ano de 2010 e o
Sistema de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG) ESRI ArcGIS
Uma vez realizados estes estudos os conhecimentos adquiridos pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) podem ser aplicados com as devidas precauccedilotildees a inuacutemeras outras aacutereas
urbanas que apresentem caracteriacutesticas e necessidades similares
Palavras-chave Geoprocessamento Cartografia Temaacutetica Anaacutelise Ambiental Qualidade de
Vida Seropeacutedica Aacutervore de Decisatildeo Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental SAGA
V
ABSTRACT
The Municipality of Seropeacutedica is a typical example of what happened in many cities
This is an area undergoing rapid urbanization but still able to control if well managed by
their managers
This article presents information on the Quality of Life in the city of Seropeacutedica This
work is challenged to consider whether all sectors have quality of life from the items
evaluated in the decision tree
The great challenge of a mayor in modern times is to find the balance between the
development of urban growth and monitoring to be done to maintain the quality of life
This work aims to create maps that depict the quality of life assessment in the
municipality of Seropeacutedica All computational procedures performed were conducted by the
Environmental Analysis methodology using the system VISTASAGAUFRJ for processing
of mappings obtaining and validating results Once performed these studies the knowledge
gained by the use of GIS on the environmental and urban issues in the municipality of
Seropeacutedica (RJ) can be extrapolated with due precautions to many other urban areas that
have similar characteristics and face the same problems
Keywords Geoprocessing Environmental Analysis Quality of Life Poor settlements
Seropeacutedica SAGA
VI
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 10
11 AacuteREA DE ESTUDO MUNICIacutePIO DE SEROPEacuteDICA 10 12 JUSTIFICATIVA PARA O TRABALHO 11 13 OBJETIVOS 11
131 Geral 11 132 Especiacuteficos 11
14 ORGANIZACcedilAtildeO DO TRABALHO 12
2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA 14
21 SISTEMAS DE INFORMACcedilOtildeES GEOGRAacuteFICAS NA GESTAtildeO TERRITORIAL 14 22 QUALIDADE DE VIDA E IacuteNDICES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 15
3 METODOLOGIA DE PESQUISA 18
31 ORGANIZACcedilAtildeO METODOLOacuteGICA 18 32 BASE DE DADOS SOCIOECONOcircMICA 18 33 AVALIACcedilAtildeO AMBIENTAL 19
331 A Anaacutelise Ambiental por Geoprocessamento 19 332 O Projeto SAGAUFRJ 20 333 A Escolha do SAGAUFRJ 21 334 Formulaccedilatildeo da Anaacutelise Ambiental 21
34 AacuteRVORE DE DECISAtildeO QUALIDADE DE VIDA 22 35 TERMINOLOGIA CENSITAacuteRIA (IBGE) 24
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados 24 352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais) 25
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA 26
41 UNIDADE TERRITORIAL SETOR CENSITAacuteRIO 26 42 GERACcedilAtildeO DO MAPEAMENTO TEMAacuteTICO CLASSIFICATOacuteRIO 28
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo 28 4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza 29 4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio 30 4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica 32 422 Aspectos Sociais 33 4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo 34 4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo 36 423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo 38 4231 Responsaacuteveis Alfabetizados 38
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO AMBIENTAL 40
51 AVALIACcedilAtildeO DE INFRAESTRUTURA 40 52 AVALIACcedilAtildeO DE ASPECTOS SOCIAIS 42 53 CONDICcedilOtildeES DE EDUCACcedilAtildeO 45 54 AVALIACcedilAtildeO DA QUALIDADE DE VIDA 46
6 CONCLUSOtildeES 49
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 50
VII
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
Figura 1 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica da Pesquisa 18 Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005) 22 Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ) 23 Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de vida 29 Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de vida 34 Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de vida 38
VIII
LISTA DE MAPAS
Mapa 1 Localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo - Municiacutepio de Seropeacutedica - Rio de Janeiro 11 Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ) 27 Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza 30 Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio 31 Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica 33 Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo 35 Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo 37 Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados 39 Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura 42 Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais 44 Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) 48
IX
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees 25 Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpezardquo
(IBGE 2010) 30 Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuteriordquo
(IBGE 2010) 31 Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo (IBGE 2010)
32 Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE 2010) 34 Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimordquo
(IBGE 2010) 36 Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010) 38 Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura 40 Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais 43 Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida 46
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Aacuterea de Estudo Municiacutepio de Seropeacutedica
Seropeacutedica eacute um municiacutepio brasileiro do estado do Rio de Janeiro Localiza-se na
Microrregiatildeo de Itaguaiacute na Mesorregiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro a 75 quilocircmetros
da capital do estado Rio de Janeiro Ocupa uma aacuterea de 283794 kmsup2 e sua populaccedilatildeo foi
estimada no ano de 2011 em 78183 mil habitantes pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatiacutestica (IBGE) sendo entatildeo o 31ordm mais populoso do estado e o segundo mais populoso de
sua microrregiatildeo Faz divisa com os municiacutepios Itaguaiacute Nova Iguaccedilu Japeri Queimados e
Paracambi
Segundo informaccedilotildees do IBGE Seropeacutedica eacute um local onde se tratava e fabricava
seda O nome da cidade teve origem em 1875 Naquela eacutepoca a terra era conhecida como
segundo distrito de Itaguaiacute Tal veio da antiga fazenda Seropeacutedica do Bananal onde eram
produzidos diariamente em larga escala cerca de 50 mil casulos de Bombyx Mori
conhecidos como bicho da seda
Aacuterea de Abrangecircncia do Estudo Localiza-se a 22deg 44prime 38Prime de latitude sul 43deg 42prime 28Prime
de longitude oeste na regiatildeo oeste da Baixada Fluminense a uma elevaccedilatildeo de 26 metros do
niacutevel do mar Estaacute a uma distacircncia de 75 quilocircmetros da capital do estado
Limita-se a oeste com os municiacutepios de Nova Iguaccedilu Queimados e Japeri ao sul com
o municiacutepio do Rio de Janeiro ao norte faz divisa com Paracambi e a leste com o municiacutepio
de Itaguaiacute O territoacuterio municipal estende-se por 283 794 kmsup2
11
Mapa 1 Localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo - Municiacutepio de Seropeacutedica - Rio de Janeiro
12 Justificativa para o Trabalho
Acelerado processo de urbanizaccedilatildeo mas que ainda dispotildee de condiccedilotildees de controle se
adequadamente administrada pelos seus gestores Este eacute o quadro atual da grande maioria de
cidades do Brasil
Este estudo procura relatar a partir dos dados censitaacuterios disponibilizados pelo
Instituo Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) um diagnoacutestico mapeado acerca da
qualidade de vida no municiacutepio de Seropeacutedica
Como resultado o estudo apontaraacute localidades com boas condiccedilotildees de vida e de forma
anaacuteloga aquelas carentes de investimentos em infraestrutura e programas sociais de acordo
com o Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) Acredita-se que a aplicaccedilatildeo da
metodologia proposta possa apoiar as decisotildees poliacuteticas e investimentos por gestores puacuteblicos
13 Objetivos
131 Geral
O foco do presente estudo seraacute a preparaccedilatildeo de uma estrutura de avaliaccedilatildeo e
mapeamento da qualidade de vida com apoio na Cartografia Temaacutetica e no
Geoprocessamento com base nos aspectos sociais educacionais e de infraestrutura
132 Especiacuteficos
Zoneamento da Qualidade de Vida no Municiacutepio de Seropeacutedica (Rio de Janeiro)
Utilizaccedilatildeo do aplicativo ESRI ArcGis para elaboraccedilatildeo dos mapas temaacuteticos
socioeconocircmicos a partir da dados gerados pelo Censo Demograacutefico 2010 (IBGE)
12
Utilizaccedilatildeo do aplicativo VISTASAGA como ferramenta para a elaboraccedilatildeo de
avaliaccedilotildees ambientais organizadas segundo a estrutura de ldquoAacutervore de Decisatildeordquo
14 Organizaccedilatildeo do Trabalho
Para uma compreensatildeo clara deste trabalho esta Monografia foi dividida em 7
capiacutetulos entre os quais se insere esta Introduccedilatildeo onde satildeo apresentados os Objetivos em
que se destacam as etapas para se atingir a anaacutelise da variaccedilatildeo territorial da qualidade de vida
no municiacutepio de Seropeacutedica ndash Rio de Janeiro
O capiacutetulo 2 estaraacute voltado agrave Fundamentaccedilatildeo Teoacuterica onde satildeo introduzidos alguns
conceitos baacutesicos baseados na literatura definiccedilotildees e indicadores de qualidade de vida
Tratar-se tambeacutem a importacircncia da utilizaccedilatildeo dos Sistemas Geograacuteficos de Informaccedilotildees
(SIGs) descrevendo sua disposiccedilatildeo de composiccedilatildeo aleacutem da importacircncia e exemplos de
aplicaccedilotildees providos pelos SIGs num contexto de gestatildeo territorial
O capiacutetulo 3 eacute reservado agrave exposiccedilatildeo de metodologia ldquoA Anaacutelise Ambiental por
Geoprocessamentordquo a qual se apresenta a estrutura conceitual e loacutegica bem definida e
organizada do Geoprocessamento Neste capiacutetulo tambeacutem satildeo citados alguns estudos de caso
de aplicaccedilatildeo da referida metodologia Em seguida apresenta sob a forma de organogramas a
Aacutervore de Decisatildeo para a determinaccedilatildeo da ldquoQualidade de Vidardquo assim como as aacutervores de
niacuteveis intermediaacuterios ldquoInfraestruturardquo ldquoAspectos Sociaisrdquo e ldquoEducaccedilatildeordquo Estes diagramas
definem de forma estruturada os passos das avaliaccedilotildees para as anaacutelises ambientais
projetadas Apresenta definiccedilotildees de indicadores iacutendices de desenvolvimento humano e
qualidade de vida aleacutem dos procedimentos estatiacutesticos para a definiccedilatildeo do nuacutemero de classes
baseado no modelo de Sturges utilizado para a classificaccedilatildeo de dados socioeconocircmicos Satildeo
introduzidas tambeacutem definiccedilotildees da terminologia censitaacuteria segundo o IBGE frequumlentemente
citada no capiacutetulo seguinte atraveacutes das variaacuteveis socioeconocircmicas estudadas Justifica de
forma ilustrada a necessidade do trabalho com dados relativizados (taxas percentuais)
normalizados pela quantidade de domiciacutelios particulares permanentes de cada setor censitaacuterio
na criaccedilatildeo dos mapas socioeconocircmicos
O capiacutetulo 4 eacute retrata exclusivamente os materiais e meacutetodos empregados como a
descriccedilatildeo da aacuterea objeto de estudo municiacutepio de Seropeacutedica com sua definiccedilatildeo territorial
determinada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) caracteriacutesticas e o
processo de evoluccedilatildeo urbaniacutestica desenfreada ocorrida naquela regiatildeo Em seguida destaca a
organizaccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica pelo qual mostra-se a importacircncia da
integraccedilatildeo dos dados populacionais com os do ambiente fiacutesico nas anaacutelises ambientais
13
Destacam-se tambeacutem as variaacuteveis ambientais empregadas para a determinaccedilatildeo de iacutendices de
desenvolvimento humano e de qualidade de vida os setores censitaacuterios como unidade
territorial e tambeacutem os procedimentos estatiacutesticos adotados na fase de geraccedilatildeo da base de
dados socioeconocircmica
O capiacutetulo 5 apresenta o desenvolvimento parcial da Aacutervore de Decisatildeo referente agraves
avaliaccedilotildees com os dados populacionais oriundos do Censo 2010 seguindo-se a metodologia
proposta no capiacutetulo 3 Apresenta os mapas resultantes de avaliaccedilotildees e as anaacutelises relativas agraves
dimensotildees Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo agrave qualidade de vida as condiccedilotildees dos
aspectos sociais e as condiccedilotildees de educaccedilatildeo mapeando assim a qualidade de vida da regiatildeo
O capiacutetulo 6 destina-se agraves conclusotildees pelas quais se apresentam sinteticamente os
resultados alcanccedilados com a pesquisa
O capiacutetulo 7 reserva-se ao material de referecircncia bibliograacutefica consultado durante as
fases de desenvolvimento desta pesquisa
14
2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
Esta sessatildeo apresenta diferentes abordagens sobre a qualidade de vida e sistemas de
informaccedilotildees geograacuteficas segundo distintos autores
21 Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas na Gestatildeo Territorial
Compreende-se Sistema de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG) como referecircncia ao
conjunto de software hardware bases de dados e organizaccedilatildeo Num sentido limitado o SIG
se refere a um pacote de software que permite o tratamento automaacutetico de dados graacuteficos e
natildeo graacuteficos georreferenciados Assim
O uso de SIGs permite obter mapas com rapidez e precisatildeo a partir
da atualizaccedilatildeo dos bancos de dados sendo uma ferramenta
importante no estudo de potencialidades do ambiente e no caso da
avaliaccedilatildeo de aacutereas com risco de salinizaccedilatildeo constitui-se etapa
importante para a definiccedilatildeo de praacuteticas adequadas de manejo e
conservaccedilatildeo do solo e recursos hiacutedricos (Valadares e Faria 2004
p91)
Para Polidoro e Barros (2010 p86) sistemas de informaccedilotildees geograacuteficas satildeo valiosas
ferramentas computacionais que tornam possiacutevel a anaacutelise e tratamento de informaccedilotildees
geograacuteficas e a posterior disponibilizaccedilatildeo dessas como suporte a tomada de decisotildees
Martins (2005 p 24) considera que o SIG eacute capaz de apontar por meio de mapas
temaacuteticos relacionados a um banco de dados tabularem situaccedilotildees de risco permitindo a
prevenccedilatildeo e a contenccedilatildeo de impactos ambientais
Martins (2005 p93) ainda compreende que
Um SIG eacute uma ferramenta computacional que permite a
representaccedilatildeo dos objetos geograacuteficos (vias limites de municiacutepios
edificaccedilotildees etc) da superfiacutecie terrestre de maneira simplificada por
meio da utilizaccedilatildeo de formas geomeacutetricas (pontos linhas e
poliacutegonos)
15
O SIG pode ser utilizado por qualquer aacuterea de conhecimento visto que eacute uma
disciplina multidisciplinar poreacutem eacute necessaacuterio que cada aacuterea se volte para a informaccedilatildeo
quantitativa para trabalhar e obter dados atraveacutes da visualizaccedilatildeo dos mapas Por exemplo
Um socioacutelogo deseja utilizar um SIG para entender e quantificar o fenocircmeno da
exclusatildeo social numa determinada capital brasileira
Um engenheiro florestal aplica um SIG para a contenccedilatildeo de aacutereas remanescentes
florestais de uma dada regiatildeo
Um geoacutegrafo pretende usar um SIG para gerar a distribuiccedilatildeo do desenvolvimento
industrial de uma dada regiatildeo
A partir das definiccedilotildees acima compreende-se a interdisciplinaridade do assunto diante
da integraccedilatildeo numa singular base de dados dados censitaacuterios informaccedilotildees espaciais
provenientes de dados cartograacuteficos e cadastro urbano e rural imagens de sateacutelite redes e
modelos numeacutericos de terreno
22 Qualidade de Vida e Iacutendices de Desenvolvimento Humano
De acordo com Demo (1998) num primeiro passo podemos recorrer para a
etimologia latina qualitas significa ldquoa essecircnciardquo Assim qualidade designa a parte essencial
das coisas aquilo que lhe seria mais importante e determinante Demo (1998 p93) tambeacutem
assume que a qualidade aponta para a marca central das coisas e dos seres aquilo que natildeo se
consome no tempo que fica para sempre que decide o que algo eacute definitivamente
Segundo Fleck (2000 apud The WHOQOL Group 1995 p34) a Organizaccedilatildeo
Mundial da Sauacutede conceituou ldquoQualidade de Vidardquo como a percepccedilatildeo do indiviacuteduo de sua
posiccedilatildeo na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relaccedilatildeo
aos seus objetivos expectativas padrotildees e preocupaccedilotildees
De acordo com Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Seropeacutedica Tiacutetulo I Paraacutegrafo Uacutenico
a accedilatildeo municipal desenvolve-se em todo o seu territoacuterio sem
privileacutegios de bairros reduzindo as desigualdades regionais e sociais
promovendo o bem-estar de todos sem preconceitos de origem raccedila
sexo cor idade e quaisquer outras formas de discriminaccedilatildeo
Um aspecto importante que caracteriza estudos que partem de uma definiccedilatildeo geneacuterica
da Qualidade de Vida eacute que as amostras estudadas incluem pessoas saudaacuteveis da populaccedilatildeo
nunca se restringindo a amostras de pessoas portadoras de agravos especiacuteficos
16
Para Seidl e Zannon (2004) a Qualidade de Vida apresenta uma acepccedilatildeo mais ampla
aparentemente influenciada por estudos socioloacutegicos sem fazer referecircncia a disfunccedilotildees ou
agravos (Zannon e Seidl 2004 p583) Com relaccedilatildeo ao meio ambiente o modelo incorpora
conceitos mais amplos onde meio ambiente eacute a resultante das questotildees socioeconocircmicas de
uma realidade Nesse processo qualidade de vida abrange ainda os aspectos comportamentais
(por exemplo exercitaccedilatildeo e alimentaccedilatildeo) e perceptivos da comunidade acerca do que eacute
qualidade de vida
Para Nobre (1995 p 299)
Qualidade de vida foi definida como sensaccedilatildeo iacutentima de conforto
bem-estar ou felicidade no desempenho de funccedilotildees fiacutesicas intelectuais
e psiacutequicas dentro da realidade da sua famiacutelia do seu trabalho e dos
valores da comunidade agrave qual pertence
A qualidade de vida no Brasil eacute medida atraveacutes do ponto de vista do Iacutendice de
Desenvolvimento Humano (IDH) Este por sua vez analisa os estados brasileiros atraveacutes de
trecircs itens essenciais renda educaccedilatildeo e expectativa de vida A renda eacute avaliada pelo PIB real
per capita a sauacutede pela esperanccedila de vida ao nascer e a educaccedilatildeo pela taxa de alfabetizaccedilatildeo
de adultos e taxas de matriacutecula aos niacuteveis primaacuterios secundaacuterios combinados Renda
educaccedilatildeo e sauacutede seriam atributos de igual importacircncia como expressatildeo da capacidade
humana (Minayo Buss Hartz 2000 p8)
O Programa das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgou em 1990 o
levantamento do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) O conceito de Desenvolvimento
Humano eacute o ingrediente principal do Relatoacuterio de Desenvolvimento Humano (RDH) Aleacutem
do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) este faz parte da compreensatildeo de que para
averiguar o avanccedilo de uma populaccedilatildeo natildeo se deve considerar apenas a dimensatildeo econocircmica
poreacutem outras influenciam a qualidade da vida humana
O desenvolvimento humano por definiccedilatildeo eacute compreendido como um abrangente
processo de expansatildeo de escolhas individuais nas diversas aacutereas como geograacutefica
econocircmica social cultural e poliacutetica Embora saiba-se que a possibilidade natildeo eacute satisfeita
de as pessoas terem o discernimento ou condiccedilotildees de exercerem esse direito que eacute
internacionalmente reconhecido nas cartas de cidadania e foco de assunto constitucional
brasileiro algumas dessas escolhas satildeo baacutesicas para a vida humana
17
As opccedilotildees por vida saudaacutevel por adquirir conhecimento por morar dignamente e por
atingir e manter um padratildeo de vida decente satildeo condiccedilotildees fundamentais para os seres
humanos e agrave medida que sejam alcanccediladas abrem caminho para outras escolhas igualmente
importantes referentes agrave participaccedilatildeo poliacutetica agrave diversidade cultural aos direitos humanos e agrave
liberdade individual e coletiva (IPEA1998)
Segundo IPEA (1998) o conceito atual de desenvolvimento humano eacute amplo pois
aleacutem de considerar os seres humanos como participantes ativos do processo de
desenvolvimento os tem como beneficiaacuterios do processo produtivo e vecirc suas necessidades
baacutesicas monitoradas a partir dos citados requisitos miacutenimos e de suas escolhas A ideia de
desenvolvimento humano ao integrar todos esses conceitos que sintetizam a capacidade de
bem-estar e da qualidade de vida representa uma noccedilatildeo abrangente de desenvolvimento com
sentido holiacutestico
Os censos demograacuteficos efetuados e entregues pelo IBGE por sua riqueza de dados e
informaccedilotildees permitem que sejam elaborados diversos tipos de iacutendices de desenvolvimento
que podem abarcar os conceitos econocircmicos e sociais
Segundo IPEA (1998) a vantagem de se aproveitar a base de dados censitaacuteria ainda
relativamente pouco explorada em trabalhos cientiacuteficos e teacutecnicos eacute que ela permite
incorporar outras variaacuteveis e dimensotildees agrave anaacutelise do desenvolvimento humano
Os iacutendices sinteacuteticos de desenvolvimento humano ocorrido no Brasil atualmente satildeo
o Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e o Iacutendice de Condiccedilotildees de Vida
(ICV) Para sua construccedilatildeo satildeo gerados e empregados diversos indicadores O objetivo do
iacutendice sinteacutetico que permite a comparaccedilatildeo e ordenaccedilatildeo entre comunidades eacute reduzir todos os
indicadores por ponderaccedilotildees e juiacutezos de valor a um iacutendice uacutenico O IDHM para sua
concepccedilatildeo precisa ultrapassar certos conceitos baacutesicos do IDH que foi idealizado para ser
calculado e comparar paiacuteses Para sua avaliaccedilatildeo consideram-se trecircs dimensotildees Educaccedilatildeo
Renda e Longevidade O ICV para a sua construccedilatildeo considera cinco grupos de indicadores
Educaccedilatildeo Renda Habitaccedilatildeo Infacircncia e Longevidade Cada uma dessas dimensotildees eacute
estruturada a partir de diversas variaacuteveis
Esses iacutendices tecircm sido empregados no Brasil com a incorporaccedilatildeo dos dados censitaacuterios
histoacutericos estando mais difundidos os relativos aos censos de 1970 a 2000 Tanto o IDHM
como o ICV generalizam os dados para municiacutepios e permitem a comparaccedilatildeo segundo essas
unidades
18
3 METODOLOGIA DE PESQUISA
31 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica
A Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada ilustra os materiais e processos
aplicados nesta pesquisa As caixas foram coloridas de modo a diferenciar os produtos e os
processos especiacuteficos da metodologia apresentada (violeta) da aplicaccedilatildeo especiacutefica para o
Municiacutepio de Seropeacutedica (vermelha)
Todo o processo eacute estruturado num modelo de representaccedilatildeo denominada ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo que apresenta passo a passo cada avaliaccedilatildeo intermediaacuteria necessaacuteria a se chegar ao
resultado final (mapeamento de Qualidade de Vida)
Figura 1 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica da Pesquisa
32 Base de Dados Socioeconocircmica
No estrato superior do fluxograma apresenta-se a malha e dados censitaacuterios obtida a
partir do acervo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) Constituem os
elementos necessaacuterios para a geraccedilatildeo de mapas temaacuteticos que compotildeem a base de dados
socioeconocircmica do estudo O processo eacute permitido para esta particular aplicaccedilatildeo por meio
da utilizaccedilatildeo do ldquoMoacutedulo de Classificaccedilatildeo e Criaccedilatildeo de Mapas Temaacuteticosrdquo do aplicativo Esri
ArcGIS A coloraccedilatildeo vermelha destas caixas eacute justificada devido agrave possibilidade da base de
dados socioeconocircmica a ser obtida a partir de qualquer outra fonte (ou de ser gerada) e
19
tambeacutem processada por outros aplicativos de acordo com os conhecimentos do analista e
disponibilidade de dados para a localidade de estudo Aleacutem da flexibilidade quanto agrave fonte
dos dados fica a criteacuterio do analista a seleccedilatildeo das variaacuteveis socioeconocircmicas a serem
utilizadas na avaliaccedilatildeo de qualidade de vida Para esta aplicaccedilatildeo a unidade territorial adotada
satildeo os setores censitaacuterios definidos a partir de IBGE (2010)
33 Avaliaccedilatildeo Ambiental
A partir das bases de dados socioeconocircmicos (Renda Analfabetismo Coleta de Lixo
etc) aplica-se formulaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo Ambiental (detalhada na sessatildeo 334) para obtenccedilatildeo
dos mapas de ldquoQualidade de Vidardquo A escolha do algoritmo avaliativo para o processamento
das anaacutelises tambeacutem eacute flexiacutevel a outras formulaccedilotildees e aplicativos a criteacuterio do avaliador
331 A Anaacutelise Ambiental por Geoprocessamento
A Anaacutelise Ambiental ldquoeacute um instrumento fundamental na investigaccedilatildeo interdisciplinar
pois fornece uma gama variada de percepccedilotildees que iratildeo auxiliar no aprofundamento do
conhecimento cientiacuteficordquo (Stipp e Stipp 2004 p24)
Para SILVA amp SOUZA (1998 ldquoapudrdquo Stipp e Stipp 2004 p24) analisar um
ambiente significa desmembraacute-lo em termos de suas partes componentes e apreender as suas
funccedilotildees internas e externas com a consequente criaccedilatildeo de um conjunto integrado de
informaccedilotildees representativo deste conhecimento adquirido
A Anaacutelise Ambiental deve ser compreendida como um instrumento integrador que
encare o meio ambiente sob o acircngulo da preocupaccedilatildeo com o uso que o homem faz dele no
sentido de se contribuir para o desenvolvimento de uma perspectiva interdisciplinar de
investigaccedilatildeo da construccedilatildeo do meio ambiente e da organizaccedilatildeo do espaccedilo (Stipp e Stipp
2004 p24)
A anaacutelise ambiental expressa na realizaccedilatildeo dos diagnoacutesticos zoneamentos e a
avaliaccedilatildeo nos impactos ambientais (Sales 2004 p130) Paralelamente satildeo tratados os planos
de manejo e planejamento dos usos dos espaccedilos naturais e em alguns casos - ainda raros - de
recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas Satildeo esses conjuntos de procedimentos que recebe a rubrica
de anaacutelise ambiental (Mendonccedila 1993 Ross 1990 ldquoapudrdquo Geografia Sistemas e anaacutelise
ambiental abordagem criacutetica 2004 p130)
Logo o processo de anaacutelise ambiental envolve a elaboraccedilatildeo de diagnoacutesticos a
manifestaccedilatildeo de interesse poliacutetico a revelaccedilatildeo de interesse da coletividade envolvida com o
20
intuito de trazer melhorias para uma determinada aacuterea ou trazer antecipadamente diagnoacutesticos
de possiacuteveis situaccedilotildees indesejaacuteveis ou ateacute mesmo prever aacutereas de potencial
332 O Projeto SAGAUFRJ
O Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental (SAGAUFRJ) foi implantado em 1983 no
Departamento de Geografia da UFRJ pelo Prof Dr Jorge Xavier da Silva coordenador do
entatildeo Grupo de Pesquisas em Geoprocessamento (GPG) Foi desenvolvido como um sistema
para aplicaccedilotildees ambientais de faacutecil implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo em equipamentos de baixo custo
o que se tornou possiacutevel principalmente graccedilas ao crescimento da popularidade e uso de
microcomputadores do tipo IBM-PC
Eacute possiacutevel a partir da aplicaccedilatildeo deste ter estimativas de riscos de desmoronamentos e
de enchentes potenciais turiacutesticos e de urbanizaccedilatildeo para fins de preservaccedilatildeo e a anaacutelise da
qualidade de vida em favelas constituem uma pequena amostra das pesquisas realizadas pela
comunidade de usuaacuterios atraveacutes da utilizaccedilatildeo do SAGAUFRJ
Sua primeira versatildeo foi criada na deacutecada de 1980 apresentando mapas com no
maacuteximo 16 cores Nesta eacutepoca o geoprocessamento era bastante limitado pela barreira
tecnoloacutegica Seguindo a evoluccedilatildeo da informaacutetica o Vista Saga tambeacutem foi evoluindo com
novas versotildees mais sofisticadas Hoje o Vista Saga trabalha com cores de 32 bits
viabilizando ateacute a visualizaccedilatildeo em trecircs dimensotildees de aacutereas de estudos
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que o VISTASAGA eacute um projeto totalmente
nacional cresce em meio acadecircmico e sem fins lucrativos Pode ser obtido gratuitamente
atraveacutes do site httpwwwlageopufrjbr
Constituem seus principais moacutedulos de processamento
MONITORIA Este procedimento consiste no levantamento puxado das alteraccedilotildees
ambientais ocorridas em uma determinada situaccedilatildeo ambiental Registros sucessivos de
fenocircmenos ambientais utilizando taxonomias correspondentes (classificaccedilotildees iguais
ou correlacionaacuteveis) podem ser usados para o acompanhamento da evoluccedilatildeo
territorial de processos e ocorrecircncias de interesse
ASSINATURA SIGs permitem a locomoccedilatildeo entre localizaccedilotildees e atributos ou seja a
recuperaccedilatildeo da localizaccedilatildeo a partir da seleccedilatildeo de uma informaccedilatildeo e vice-versa
AVALIACcedilAtildeO Utilizado para realizar estimativas sobre possiacuteveis ocorrecircncias de
fenocircmenos de diversas naturezas segundo diversas intensidades definindo-se a
extensatildeo territorial destas estimativas e suas relaccedilotildees de proximidade e conexatildeo Este
21
moacutedulo gera um mapa do territoacuterio analisado classificando cada local com notas de 0
a 10
333 A Escolha do SAGAUFRJ
Como o proacuteprio nome jaacute diz SAGA ndash Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental tratar-se de
uma ferramenta especiacutefica para o processamento das avaliaccedilotildees ambientais
Contudo nada impede que os mesmos procedimentos sejam aplicados em qualquer
outro software que disponha de recursos que viabilizem a aplicaccedilatildeo metodoloacutegica proposta
O cerne deste trabalho constitui-se na apresentaccedilatildeo da metodologia para tomadas de decisatildeo
no acircmbito de riscos socioambientais de aacutereas urbanas O VISTASAGA foi selecionado
como ferramenta de aplicaccedilatildeo em funccedilatildeo de sua praticidade e profundo conhecimento na
utilizaccedilatildeo do aplicativo se alcanccedilar a finalidade proposta
334 Formulaccedilatildeo da Anaacutelise Ambiental
A formulaccedilatildeo de meacutedia ponderada eacute proposta nas avaliaccedilotildees ambientais moacutedulo
constituinte do sistema SAGA conforme a seguir exposta
Onde
n Nuacutemero de paracircmetros (mapas) utilizados
Ai j Probabilidade de ocorrecircncia do evento analisado no elemento (pixel) ij da matriz
(mapa) resultante
Pk Peso (percentual) da contribuiccedilatildeo do paracircmetro k em relaccedilatildeo aos demais para a
ocorrecircncia do evento analisado
Nk Nota segundo o(s) avaliador (ES) dentro da escala de 0 a 10 da ocorrecircncia do
evento analisado na presenccedila da classe encontrada na linha i coluna j do mapa k
Pixel Aglutinaccedilatildeo de ldquopicture elementrdquo ou seja elemento de imagem Eacute o menor
elemento num dispositivo de exibiccedilatildeo (como por exemplo um monitor) ao qual possibilita
atribuir-se uma cor De modo mais simples um pixel eacute o menor ponto que forma uma
imagem digital sendo que os conjuntos de milhares de pixels formam a imagem inteira A
Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada possui dimensotildees de 31 X 15 ou seja 31
colunas por 15 linhas totalizando 465 pixels (adaptado de MARINO 2005 p4)
22
Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005)
A partir desta formulaccedilatildeo de Anaacutelise Ambiental podem ser feitas as seguintes
proposiccedilotildees tambeacutem segundo XAVIER DA SILVA (2001)
Ai j exprime a probabilidade resultante do produto da formulaccedilatildeo ambiental numa
escala de 0 a 10 para a ocorrecircncia de um evento ou entidade ambiental que seja
causado em princiacutepio pela atuaccedilatildeo convergente dos paracircmetros ambientais nela
considerados
Os dados envolvidos na avaliaccedilatildeo podem ser lanccedilados em uma escala ordinal que
varie entre 0 e 10 ou entre 0 e 100 para que seja gerada uma amplitude de variaccedilatildeo
suficiente a permitir maior percepccedilatildeo da variabilidade das estimativas
A normalizaccedilatildeo dos pesos restritos entre os valores 0 e 1 resulta na definiccedilatildeo do
valor do peso atribuiacutedo a um mapa como o valor maacuteximo que qualquer das classes
daquele mapa pode assumir Por exemplo atribuir um peso de 40 ao paracircmetro
ldquodeclividadesrdquo numa anaacutelise significa que o maacuteximo que uma determinada classe
deste mapa pode contribuir na determinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia do evento
analisado eacute de 4 numa escala de 0 a 10
Com a adoccedilatildeo da meacutedia ponderada estaacute criado um espaccedilo classificatoacuterio que eacute em
princiacutepio ordinal mas que pode admitir grande e variado detalhamento na
classificaccedilatildeo das estimativas
34 Aacutervore de Decisatildeo Qualidade de Vida
O diagrama da Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada eacute denominado ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo (XAVIER DA SILVA 2001) uma vez que propicia em seus diversos niacuteveis apoio
a decisotildees quanto ao seu objetivo formal ou seja estimar a quantidade a localizaccedilatildeo e a
extensatildeo dos movimentos populacionais a serem executados em uma aacuterea tendo em vista a
melhoria da qualidade de vida de seus habitantes
23
Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ)
Cada um dos retacircngulos representa um mapeamento digital de um paracircmetro de
anaacutelise ou uma avaliaccedilatildeo ambiental que tenha sido executada
A inspeccedilatildeo desta aacutervore de decisatildeo como tambeacutem das parciais seguintes possibilita
que se apresentem constataccedilotildees relevantes quanto agrave origem dos dados
No estrato inferior da figura (noacutes folhas da aacutervore) constam os mapas baacutesicos
elaborados e que constituem os componentes ambientais decisivos para as anaacutelises que
se vai empreender e que satildeo resultantes de levantamentos e de interpretaccedilotildees da
realidade ambiental do municiacutepio de Seropeacutedica
Os mapas da realidade ambiental sob a perspectiva da geografia humana utilizados
nos ramos infraestrutura condiccedilotildees sociais e condiccedilotildees de renda foram gerados a
partir dos dados censitaacuterios produzidos por IBGE (2010) referentes agrave Base de
Informaccedilotildees por Setor Censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010
Os mapas derivados e resultantes de anaacutelises mostram-se de forma assimeacutetrica no
modelo e foram elaborados no ambiente do programa VISTASAGA
A estimativa de mais alto niacutevel foi obtida a partir da conjugaccedilatildeo e integraccedilatildeo da
representaccedilatildeo cartograacutefica das Condiccedilotildees de Renda e constitui para o elevado niacutevel
de detalhe possibilitado pela escala e resoluccedilatildeo adotadas a distribuiccedilatildeo territorial de
locais indicados para transposiccedilotildees de assentamentos precaacuterios
24
35 Terminologia Censitaacuteria (IBGE)
A seguir satildeo apresentados alguns termos frequentemente citados nos capiacutetulos que
discutem o aspecto socioeconocircmico dos mapeamentos definidos segundo IBGE (2010)
Domiciacutelio particular - Domiciacutelio onde o relacionamento entre seus ocupantes era
ditado por laccedilos de parentesco de dependecircncia domeacutestica ou por normas de
convivecircncia O domiciacutelio particular eacute classificado em permanente ndash Domiciacutelio
construiacutedo para servir exclusivamente agrave habitaccedilatildeo e na data de referecircncia tinha a
finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas e coletivo - Eacute uma instituiccedilatildeo
ou estabelecimento onde as relaccedilotildees entre as pessoas que nele se encontravam
moradoras ou natildeo era restrita a normas de subordinaccedilatildeo administrativa como em
hoteacuteis moteacuteis camping pensotildees penitenciaacuterias presiacutedios casas de detenccedilatildeo
quarteacuteis postos militares asilos orfanatos conventos hospitais e cliacutenicas (com
internaccedilatildeo) alojamento de trabalhadores ou de estudantes etc
Rendimento mensal - soma do rendimento mensal de trabalho com o rendimento
proveniente de outras fontes
Rendimento mensal familiar ndash A soma dos rendimentos mensais dos componentes
da famiacutelia exclusive os das pessoas cuja condiccedilatildeo na famiacutelia fosse pensionista
empregado domeacutestico ou parente do empregado domeacutestico
Domiciacutelio com esgoto ligado a rede coletora (ou fossa seacuteptica) - quando a
canalizaccedilatildeo das aacuteguas servidas e dos dejetos proveniente do banheiro ou sanitaacuterio
estava ligada a um sistema de coleta que os conduzia a um desaguadouro geral da
aacuterea regiatildeo ou municiacutepio mesmo que o sistema natildeo dispusesse de estaccedilatildeo de
tratamento da mateacuteria esgotada
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados
O nuacutemero de domiciacutelios registrados por setor censitaacuterio no municiacutepio de Seropeacutedica
varia dependendo do setor Para a exposiccedilatildeo dos dados tabulares sob a expressatildeo
cartograacutefica haacute a necessidade de se efetuar o agrupamento desses dados em classes
A formulaccedilatildeo de Sturges (Marino apud 2008) orienta qual deva ser o nuacutemero de
categorias de acordo com a quantidade de dados disponiacuteveis neste caso o nuacutemero total de
116 setores censitaacuterios constituintes da aacuterea de estudo
25
K = 1+ 33log 116 = 1+ 33206 = 1+ 679 asymp 8 classes
352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais)
Eacute importante observar que natildeo faz sentido realizar as classificaccedilotildees a seguir sem
normalizaacute-las pelo campo que tabula a quantidade de domiciacutelios permanentes Para a melhor
compreensatildeo desta citaccedilatildeo segue uma breve ilustraccedilatildeo
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees
SETOR DOM CONECTADOS Agrave REDE ELEacuteTRICA DOMICIacuteLIOS
1 50 100 50
2 50 1000 5
Apesar de ambos setores apresentarem as mesmas quantidades de domiciacutelios
conectados agrave rede de energia eleacutetrica o setor 1 possui apenas 100 domiciacutelios ou seja 50
deste setor eacute atendido pela rede de energia eleacutetrica Analisando agora o setor 2 que tambeacutem
possui 50 domiciacutelios conectados agrave rede eleacutetrica este por sua vez eacute constituiacutedo por 1000
domiciacutelios Em termos percentuais este setor possui apenas 5 de seus domiciacutelios
abastecidos pela rede de energia eleacutetrica o que nos leva a concluir que o setor 1 eacute melhor
servido em relaccedilatildeo ao setor 2 diferentemente de quando olhamos apenas para os valores
absolutos desta amostragem
Sendo assim todos os dados seratildeo sempre classificados normalizados pela quantidade
de domiciacutelios do setor Assim obteacutem-se a resposta em termos percentuais ou seja indexada
pelo universo amostral
26
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA
Para a concepccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica a origem e o formato dos dados
foram exclusivamente apoiados nos resultados do Censo 2010 (IBGE 2010) no niacutevel de
detalhe agrupados pelos setores censitaacuterios
As anaacutelises ambientais da populaccedilatildeo residente na aacuterea de estudos versaram sobre trecircs
principais dimensotildees cada uma delas com seu conjunto de variaacuteveis empregadas
convencionalmente para a detecccedilatildeo dos iacutendices de desenvolvimento humano e de qualidade
de vida
Desta forma foram desenvolvidos mapas temaacuteticos sobre condiccedilotildees de infraestrutura
caracterizadas pelas contribuiccedilotildees do estado e do indiviacuteduo para a qualidade de vida
correspondentes aos cuidados com a coleta de lixo como condiccedilotildees do domiciacutelio quanto
energia eleacutetrica e banheiros conectados ao saneamento baacutesico sobre os aspectos sociais como
nuacutemero de habitantes por domiciacutelio e renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo e das condiccedilotildees
de educaccedilatildeo os itens avaliados satildeo crianccedilas com 5 anos ou mais de idade alfabetizados e
pessoas analfabetas funcionais
41 Unidade territorial Setor censitaacuterio
A unidade territorial adotada para as anaacutelises referentes agrave populaccedilatildeo eacute o setor
censitaacuterio conforme delimitado e identificado por IBGE (2010) A partir do mapeamento da
divisatildeo censitaacuteria disponibilizada no formato vetorial procedimentos de conversatildeo de
formatos foram aplicados atraveacutes do aplicativo Esri ArcGIS para a geraccedilatildeo do formato
matricial RasterSAGA apropriado para as avaliaccedilotildees ambientais a serem realizadas no
ambiente do sistema VistaSAGA
A regiatildeo de estudo abrange o total de 116 setores censitaacuterios como se pode observar a
seguir
27
Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
28
A base de dados cadastrais da populaccedilatildeo em escala dos setores censitaacuterios resultado
do Censo 2010 foi disponibilizada pelo IBGE em 2010 estruturada sob a forma tabular em
duas dimensotildees a saber domiciacutelios e pessoas
Para fins de filtragem dos dados tabulares socioeconocircmicos do IBGE as tabelas
originais para o municiacutepio de Seropeacutedica de domiciacutelios e pessoas foram filtradas para a aacuterea
de estudo pela seleccedilatildeo daqueles setores censitaacuterios restritos apenas ao municiacutepio em questatildeo
Todas as planilhas no formato Microsoft Excel que antes apresentavam aproximadamente
27767 mil registros referente a todos os setores censitaacuterios da Cidade do Rio de Janeiro
passa a ter apenas 116 registros referentes apenas aos setores cobertos pelo municiacutepio de
Seropeacutedica
Tendo em vista que as tabelas originais do IBGE de formato XLS (Microsoft Excel)
trazem o cabeccedilalho (nomes dos campos) em coacutedigo no formato V0001 V0002 V2500 pois
satildeo elaboradas especificamente para o uso no ambiente ESTATCART e sendo inviaacutevel
descrever o significado de cada campo em seu tiacutetulo o IBGE os codifica nos arquivos e
disponibilizam um manual descritivo de cada uma das variaacuteveis por meio do um documento
denominado ldquoCenso Demograacutefico 2010rdquo (IBGE2 2010)
Sendo assim houve tambeacutem um trabalho de interpretaccedilatildeo e pesquisa do referido
manual a fim de localizar os coacutedigos das variaacuteveis necessaacuterias a este projeto de pesquisa
dentre as mais de 3000 disponibilizadas pelo Censo Demograacutefico
A geraccedilatildeo de toda a base temaacutetica socioeconocircmica foi desenvolvida com utilizaccedilatildeo da
ferramenta de classificaccedilatildeo de mapas do SIG Esri ArcGIS
Apoacutes a geraccedilatildeo dos mapas classificatoacuterios realizou-se a conversatildeo dos mapas
temaacuteticos resultantes do formato shape (shp) para o formato matricial RasterSaga (rs2) por
meio do ldquoconversor SHPRS2rdquo aplicativo desenvolvido e disponibilizado pelo
LAGEOPUFRJ
42 Geraccedilatildeo do mapeamento temaacutetico classificatoacuterio
As subseccedilotildees a seguir caracterizam as aacutervores de decisatildeo individualizadas relativas
aos mapas temaacuteticos de infraestrutura aspectos sociais e niacutevel de educaccedilatildeo
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo
Variaacuteveis - Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
- Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
- Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
V
ABSTRACT
The Municipality of Seropeacutedica is a typical example of what happened in many cities
This is an area undergoing rapid urbanization but still able to control if well managed by
their managers
This article presents information on the Quality of Life in the city of Seropeacutedica This
work is challenged to consider whether all sectors have quality of life from the items
evaluated in the decision tree
The great challenge of a mayor in modern times is to find the balance between the
development of urban growth and monitoring to be done to maintain the quality of life
This work aims to create maps that depict the quality of life assessment in the
municipality of Seropeacutedica All computational procedures performed were conducted by the
Environmental Analysis methodology using the system VISTASAGAUFRJ for processing
of mappings obtaining and validating results Once performed these studies the knowledge
gained by the use of GIS on the environmental and urban issues in the municipality of
Seropeacutedica (RJ) can be extrapolated with due precautions to many other urban areas that
have similar characteristics and face the same problems
Keywords Geoprocessing Environmental Analysis Quality of Life Poor settlements
Seropeacutedica SAGA
VI
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 10
11 AacuteREA DE ESTUDO MUNICIacutePIO DE SEROPEacuteDICA 10 12 JUSTIFICATIVA PARA O TRABALHO 11 13 OBJETIVOS 11
131 Geral 11 132 Especiacuteficos 11
14 ORGANIZACcedilAtildeO DO TRABALHO 12
2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA 14
21 SISTEMAS DE INFORMACcedilOtildeES GEOGRAacuteFICAS NA GESTAtildeO TERRITORIAL 14 22 QUALIDADE DE VIDA E IacuteNDICES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 15
3 METODOLOGIA DE PESQUISA 18
31 ORGANIZACcedilAtildeO METODOLOacuteGICA 18 32 BASE DE DADOS SOCIOECONOcircMICA 18 33 AVALIACcedilAtildeO AMBIENTAL 19
331 A Anaacutelise Ambiental por Geoprocessamento 19 332 O Projeto SAGAUFRJ 20 333 A Escolha do SAGAUFRJ 21 334 Formulaccedilatildeo da Anaacutelise Ambiental 21
34 AacuteRVORE DE DECISAtildeO QUALIDADE DE VIDA 22 35 TERMINOLOGIA CENSITAacuteRIA (IBGE) 24
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados 24 352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais) 25
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA 26
41 UNIDADE TERRITORIAL SETOR CENSITAacuteRIO 26 42 GERACcedilAtildeO DO MAPEAMENTO TEMAacuteTICO CLASSIFICATOacuteRIO 28
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo 28 4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza 29 4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio 30 4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica 32 422 Aspectos Sociais 33 4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo 34 4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo 36 423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo 38 4231 Responsaacuteveis Alfabetizados 38
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO AMBIENTAL 40
51 AVALIACcedilAtildeO DE INFRAESTRUTURA 40 52 AVALIACcedilAtildeO DE ASPECTOS SOCIAIS 42 53 CONDICcedilOtildeES DE EDUCACcedilAtildeO 45 54 AVALIACcedilAtildeO DA QUALIDADE DE VIDA 46
6 CONCLUSOtildeES 49
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 50
VII
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
Figura 1 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica da Pesquisa 18 Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005) 22 Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ) 23 Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de vida 29 Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de vida 34 Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de vida 38
VIII
LISTA DE MAPAS
Mapa 1 Localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo - Municiacutepio de Seropeacutedica - Rio de Janeiro 11 Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ) 27 Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza 30 Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio 31 Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica 33 Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo 35 Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo 37 Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados 39 Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura 42 Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais 44 Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) 48
IX
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees 25 Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpezardquo
(IBGE 2010) 30 Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuteriordquo
(IBGE 2010) 31 Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo (IBGE 2010)
32 Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE 2010) 34 Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimordquo
(IBGE 2010) 36 Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010) 38 Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura 40 Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais 43 Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida 46
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Aacuterea de Estudo Municiacutepio de Seropeacutedica
Seropeacutedica eacute um municiacutepio brasileiro do estado do Rio de Janeiro Localiza-se na
Microrregiatildeo de Itaguaiacute na Mesorregiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro a 75 quilocircmetros
da capital do estado Rio de Janeiro Ocupa uma aacuterea de 283794 kmsup2 e sua populaccedilatildeo foi
estimada no ano de 2011 em 78183 mil habitantes pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatiacutestica (IBGE) sendo entatildeo o 31ordm mais populoso do estado e o segundo mais populoso de
sua microrregiatildeo Faz divisa com os municiacutepios Itaguaiacute Nova Iguaccedilu Japeri Queimados e
Paracambi
Segundo informaccedilotildees do IBGE Seropeacutedica eacute um local onde se tratava e fabricava
seda O nome da cidade teve origem em 1875 Naquela eacutepoca a terra era conhecida como
segundo distrito de Itaguaiacute Tal veio da antiga fazenda Seropeacutedica do Bananal onde eram
produzidos diariamente em larga escala cerca de 50 mil casulos de Bombyx Mori
conhecidos como bicho da seda
Aacuterea de Abrangecircncia do Estudo Localiza-se a 22deg 44prime 38Prime de latitude sul 43deg 42prime 28Prime
de longitude oeste na regiatildeo oeste da Baixada Fluminense a uma elevaccedilatildeo de 26 metros do
niacutevel do mar Estaacute a uma distacircncia de 75 quilocircmetros da capital do estado
Limita-se a oeste com os municiacutepios de Nova Iguaccedilu Queimados e Japeri ao sul com
o municiacutepio do Rio de Janeiro ao norte faz divisa com Paracambi e a leste com o municiacutepio
de Itaguaiacute O territoacuterio municipal estende-se por 283 794 kmsup2
11
Mapa 1 Localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo - Municiacutepio de Seropeacutedica - Rio de Janeiro
12 Justificativa para o Trabalho
Acelerado processo de urbanizaccedilatildeo mas que ainda dispotildee de condiccedilotildees de controle se
adequadamente administrada pelos seus gestores Este eacute o quadro atual da grande maioria de
cidades do Brasil
Este estudo procura relatar a partir dos dados censitaacuterios disponibilizados pelo
Instituo Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) um diagnoacutestico mapeado acerca da
qualidade de vida no municiacutepio de Seropeacutedica
Como resultado o estudo apontaraacute localidades com boas condiccedilotildees de vida e de forma
anaacuteloga aquelas carentes de investimentos em infraestrutura e programas sociais de acordo
com o Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) Acredita-se que a aplicaccedilatildeo da
metodologia proposta possa apoiar as decisotildees poliacuteticas e investimentos por gestores puacuteblicos
13 Objetivos
131 Geral
O foco do presente estudo seraacute a preparaccedilatildeo de uma estrutura de avaliaccedilatildeo e
mapeamento da qualidade de vida com apoio na Cartografia Temaacutetica e no
Geoprocessamento com base nos aspectos sociais educacionais e de infraestrutura
132 Especiacuteficos
Zoneamento da Qualidade de Vida no Municiacutepio de Seropeacutedica (Rio de Janeiro)
Utilizaccedilatildeo do aplicativo ESRI ArcGis para elaboraccedilatildeo dos mapas temaacuteticos
socioeconocircmicos a partir da dados gerados pelo Censo Demograacutefico 2010 (IBGE)
12
Utilizaccedilatildeo do aplicativo VISTASAGA como ferramenta para a elaboraccedilatildeo de
avaliaccedilotildees ambientais organizadas segundo a estrutura de ldquoAacutervore de Decisatildeordquo
14 Organizaccedilatildeo do Trabalho
Para uma compreensatildeo clara deste trabalho esta Monografia foi dividida em 7
capiacutetulos entre os quais se insere esta Introduccedilatildeo onde satildeo apresentados os Objetivos em
que se destacam as etapas para se atingir a anaacutelise da variaccedilatildeo territorial da qualidade de vida
no municiacutepio de Seropeacutedica ndash Rio de Janeiro
O capiacutetulo 2 estaraacute voltado agrave Fundamentaccedilatildeo Teoacuterica onde satildeo introduzidos alguns
conceitos baacutesicos baseados na literatura definiccedilotildees e indicadores de qualidade de vida
Tratar-se tambeacutem a importacircncia da utilizaccedilatildeo dos Sistemas Geograacuteficos de Informaccedilotildees
(SIGs) descrevendo sua disposiccedilatildeo de composiccedilatildeo aleacutem da importacircncia e exemplos de
aplicaccedilotildees providos pelos SIGs num contexto de gestatildeo territorial
O capiacutetulo 3 eacute reservado agrave exposiccedilatildeo de metodologia ldquoA Anaacutelise Ambiental por
Geoprocessamentordquo a qual se apresenta a estrutura conceitual e loacutegica bem definida e
organizada do Geoprocessamento Neste capiacutetulo tambeacutem satildeo citados alguns estudos de caso
de aplicaccedilatildeo da referida metodologia Em seguida apresenta sob a forma de organogramas a
Aacutervore de Decisatildeo para a determinaccedilatildeo da ldquoQualidade de Vidardquo assim como as aacutervores de
niacuteveis intermediaacuterios ldquoInfraestruturardquo ldquoAspectos Sociaisrdquo e ldquoEducaccedilatildeordquo Estes diagramas
definem de forma estruturada os passos das avaliaccedilotildees para as anaacutelises ambientais
projetadas Apresenta definiccedilotildees de indicadores iacutendices de desenvolvimento humano e
qualidade de vida aleacutem dos procedimentos estatiacutesticos para a definiccedilatildeo do nuacutemero de classes
baseado no modelo de Sturges utilizado para a classificaccedilatildeo de dados socioeconocircmicos Satildeo
introduzidas tambeacutem definiccedilotildees da terminologia censitaacuteria segundo o IBGE frequumlentemente
citada no capiacutetulo seguinte atraveacutes das variaacuteveis socioeconocircmicas estudadas Justifica de
forma ilustrada a necessidade do trabalho com dados relativizados (taxas percentuais)
normalizados pela quantidade de domiciacutelios particulares permanentes de cada setor censitaacuterio
na criaccedilatildeo dos mapas socioeconocircmicos
O capiacutetulo 4 eacute retrata exclusivamente os materiais e meacutetodos empregados como a
descriccedilatildeo da aacuterea objeto de estudo municiacutepio de Seropeacutedica com sua definiccedilatildeo territorial
determinada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) caracteriacutesticas e o
processo de evoluccedilatildeo urbaniacutestica desenfreada ocorrida naquela regiatildeo Em seguida destaca a
organizaccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica pelo qual mostra-se a importacircncia da
integraccedilatildeo dos dados populacionais com os do ambiente fiacutesico nas anaacutelises ambientais
13
Destacam-se tambeacutem as variaacuteveis ambientais empregadas para a determinaccedilatildeo de iacutendices de
desenvolvimento humano e de qualidade de vida os setores censitaacuterios como unidade
territorial e tambeacutem os procedimentos estatiacutesticos adotados na fase de geraccedilatildeo da base de
dados socioeconocircmica
O capiacutetulo 5 apresenta o desenvolvimento parcial da Aacutervore de Decisatildeo referente agraves
avaliaccedilotildees com os dados populacionais oriundos do Censo 2010 seguindo-se a metodologia
proposta no capiacutetulo 3 Apresenta os mapas resultantes de avaliaccedilotildees e as anaacutelises relativas agraves
dimensotildees Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo agrave qualidade de vida as condiccedilotildees dos
aspectos sociais e as condiccedilotildees de educaccedilatildeo mapeando assim a qualidade de vida da regiatildeo
O capiacutetulo 6 destina-se agraves conclusotildees pelas quais se apresentam sinteticamente os
resultados alcanccedilados com a pesquisa
O capiacutetulo 7 reserva-se ao material de referecircncia bibliograacutefica consultado durante as
fases de desenvolvimento desta pesquisa
14
2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
Esta sessatildeo apresenta diferentes abordagens sobre a qualidade de vida e sistemas de
informaccedilotildees geograacuteficas segundo distintos autores
21 Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas na Gestatildeo Territorial
Compreende-se Sistema de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG) como referecircncia ao
conjunto de software hardware bases de dados e organizaccedilatildeo Num sentido limitado o SIG
se refere a um pacote de software que permite o tratamento automaacutetico de dados graacuteficos e
natildeo graacuteficos georreferenciados Assim
O uso de SIGs permite obter mapas com rapidez e precisatildeo a partir
da atualizaccedilatildeo dos bancos de dados sendo uma ferramenta
importante no estudo de potencialidades do ambiente e no caso da
avaliaccedilatildeo de aacutereas com risco de salinizaccedilatildeo constitui-se etapa
importante para a definiccedilatildeo de praacuteticas adequadas de manejo e
conservaccedilatildeo do solo e recursos hiacutedricos (Valadares e Faria 2004
p91)
Para Polidoro e Barros (2010 p86) sistemas de informaccedilotildees geograacuteficas satildeo valiosas
ferramentas computacionais que tornam possiacutevel a anaacutelise e tratamento de informaccedilotildees
geograacuteficas e a posterior disponibilizaccedilatildeo dessas como suporte a tomada de decisotildees
Martins (2005 p 24) considera que o SIG eacute capaz de apontar por meio de mapas
temaacuteticos relacionados a um banco de dados tabularem situaccedilotildees de risco permitindo a
prevenccedilatildeo e a contenccedilatildeo de impactos ambientais
Martins (2005 p93) ainda compreende que
Um SIG eacute uma ferramenta computacional que permite a
representaccedilatildeo dos objetos geograacuteficos (vias limites de municiacutepios
edificaccedilotildees etc) da superfiacutecie terrestre de maneira simplificada por
meio da utilizaccedilatildeo de formas geomeacutetricas (pontos linhas e
poliacutegonos)
15
O SIG pode ser utilizado por qualquer aacuterea de conhecimento visto que eacute uma
disciplina multidisciplinar poreacutem eacute necessaacuterio que cada aacuterea se volte para a informaccedilatildeo
quantitativa para trabalhar e obter dados atraveacutes da visualizaccedilatildeo dos mapas Por exemplo
Um socioacutelogo deseja utilizar um SIG para entender e quantificar o fenocircmeno da
exclusatildeo social numa determinada capital brasileira
Um engenheiro florestal aplica um SIG para a contenccedilatildeo de aacutereas remanescentes
florestais de uma dada regiatildeo
Um geoacutegrafo pretende usar um SIG para gerar a distribuiccedilatildeo do desenvolvimento
industrial de uma dada regiatildeo
A partir das definiccedilotildees acima compreende-se a interdisciplinaridade do assunto diante
da integraccedilatildeo numa singular base de dados dados censitaacuterios informaccedilotildees espaciais
provenientes de dados cartograacuteficos e cadastro urbano e rural imagens de sateacutelite redes e
modelos numeacutericos de terreno
22 Qualidade de Vida e Iacutendices de Desenvolvimento Humano
De acordo com Demo (1998) num primeiro passo podemos recorrer para a
etimologia latina qualitas significa ldquoa essecircnciardquo Assim qualidade designa a parte essencial
das coisas aquilo que lhe seria mais importante e determinante Demo (1998 p93) tambeacutem
assume que a qualidade aponta para a marca central das coisas e dos seres aquilo que natildeo se
consome no tempo que fica para sempre que decide o que algo eacute definitivamente
Segundo Fleck (2000 apud The WHOQOL Group 1995 p34) a Organizaccedilatildeo
Mundial da Sauacutede conceituou ldquoQualidade de Vidardquo como a percepccedilatildeo do indiviacuteduo de sua
posiccedilatildeo na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relaccedilatildeo
aos seus objetivos expectativas padrotildees e preocupaccedilotildees
De acordo com Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Seropeacutedica Tiacutetulo I Paraacutegrafo Uacutenico
a accedilatildeo municipal desenvolve-se em todo o seu territoacuterio sem
privileacutegios de bairros reduzindo as desigualdades regionais e sociais
promovendo o bem-estar de todos sem preconceitos de origem raccedila
sexo cor idade e quaisquer outras formas de discriminaccedilatildeo
Um aspecto importante que caracteriza estudos que partem de uma definiccedilatildeo geneacuterica
da Qualidade de Vida eacute que as amostras estudadas incluem pessoas saudaacuteveis da populaccedilatildeo
nunca se restringindo a amostras de pessoas portadoras de agravos especiacuteficos
16
Para Seidl e Zannon (2004) a Qualidade de Vida apresenta uma acepccedilatildeo mais ampla
aparentemente influenciada por estudos socioloacutegicos sem fazer referecircncia a disfunccedilotildees ou
agravos (Zannon e Seidl 2004 p583) Com relaccedilatildeo ao meio ambiente o modelo incorpora
conceitos mais amplos onde meio ambiente eacute a resultante das questotildees socioeconocircmicas de
uma realidade Nesse processo qualidade de vida abrange ainda os aspectos comportamentais
(por exemplo exercitaccedilatildeo e alimentaccedilatildeo) e perceptivos da comunidade acerca do que eacute
qualidade de vida
Para Nobre (1995 p 299)
Qualidade de vida foi definida como sensaccedilatildeo iacutentima de conforto
bem-estar ou felicidade no desempenho de funccedilotildees fiacutesicas intelectuais
e psiacutequicas dentro da realidade da sua famiacutelia do seu trabalho e dos
valores da comunidade agrave qual pertence
A qualidade de vida no Brasil eacute medida atraveacutes do ponto de vista do Iacutendice de
Desenvolvimento Humano (IDH) Este por sua vez analisa os estados brasileiros atraveacutes de
trecircs itens essenciais renda educaccedilatildeo e expectativa de vida A renda eacute avaliada pelo PIB real
per capita a sauacutede pela esperanccedila de vida ao nascer e a educaccedilatildeo pela taxa de alfabetizaccedilatildeo
de adultos e taxas de matriacutecula aos niacuteveis primaacuterios secundaacuterios combinados Renda
educaccedilatildeo e sauacutede seriam atributos de igual importacircncia como expressatildeo da capacidade
humana (Minayo Buss Hartz 2000 p8)
O Programa das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgou em 1990 o
levantamento do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) O conceito de Desenvolvimento
Humano eacute o ingrediente principal do Relatoacuterio de Desenvolvimento Humano (RDH) Aleacutem
do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) este faz parte da compreensatildeo de que para
averiguar o avanccedilo de uma populaccedilatildeo natildeo se deve considerar apenas a dimensatildeo econocircmica
poreacutem outras influenciam a qualidade da vida humana
O desenvolvimento humano por definiccedilatildeo eacute compreendido como um abrangente
processo de expansatildeo de escolhas individuais nas diversas aacutereas como geograacutefica
econocircmica social cultural e poliacutetica Embora saiba-se que a possibilidade natildeo eacute satisfeita
de as pessoas terem o discernimento ou condiccedilotildees de exercerem esse direito que eacute
internacionalmente reconhecido nas cartas de cidadania e foco de assunto constitucional
brasileiro algumas dessas escolhas satildeo baacutesicas para a vida humana
17
As opccedilotildees por vida saudaacutevel por adquirir conhecimento por morar dignamente e por
atingir e manter um padratildeo de vida decente satildeo condiccedilotildees fundamentais para os seres
humanos e agrave medida que sejam alcanccediladas abrem caminho para outras escolhas igualmente
importantes referentes agrave participaccedilatildeo poliacutetica agrave diversidade cultural aos direitos humanos e agrave
liberdade individual e coletiva (IPEA1998)
Segundo IPEA (1998) o conceito atual de desenvolvimento humano eacute amplo pois
aleacutem de considerar os seres humanos como participantes ativos do processo de
desenvolvimento os tem como beneficiaacuterios do processo produtivo e vecirc suas necessidades
baacutesicas monitoradas a partir dos citados requisitos miacutenimos e de suas escolhas A ideia de
desenvolvimento humano ao integrar todos esses conceitos que sintetizam a capacidade de
bem-estar e da qualidade de vida representa uma noccedilatildeo abrangente de desenvolvimento com
sentido holiacutestico
Os censos demograacuteficos efetuados e entregues pelo IBGE por sua riqueza de dados e
informaccedilotildees permitem que sejam elaborados diversos tipos de iacutendices de desenvolvimento
que podem abarcar os conceitos econocircmicos e sociais
Segundo IPEA (1998) a vantagem de se aproveitar a base de dados censitaacuteria ainda
relativamente pouco explorada em trabalhos cientiacuteficos e teacutecnicos eacute que ela permite
incorporar outras variaacuteveis e dimensotildees agrave anaacutelise do desenvolvimento humano
Os iacutendices sinteacuteticos de desenvolvimento humano ocorrido no Brasil atualmente satildeo
o Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e o Iacutendice de Condiccedilotildees de Vida
(ICV) Para sua construccedilatildeo satildeo gerados e empregados diversos indicadores O objetivo do
iacutendice sinteacutetico que permite a comparaccedilatildeo e ordenaccedilatildeo entre comunidades eacute reduzir todos os
indicadores por ponderaccedilotildees e juiacutezos de valor a um iacutendice uacutenico O IDHM para sua
concepccedilatildeo precisa ultrapassar certos conceitos baacutesicos do IDH que foi idealizado para ser
calculado e comparar paiacuteses Para sua avaliaccedilatildeo consideram-se trecircs dimensotildees Educaccedilatildeo
Renda e Longevidade O ICV para a sua construccedilatildeo considera cinco grupos de indicadores
Educaccedilatildeo Renda Habitaccedilatildeo Infacircncia e Longevidade Cada uma dessas dimensotildees eacute
estruturada a partir de diversas variaacuteveis
Esses iacutendices tecircm sido empregados no Brasil com a incorporaccedilatildeo dos dados censitaacuterios
histoacutericos estando mais difundidos os relativos aos censos de 1970 a 2000 Tanto o IDHM
como o ICV generalizam os dados para municiacutepios e permitem a comparaccedilatildeo segundo essas
unidades
18
3 METODOLOGIA DE PESQUISA
31 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica
A Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada ilustra os materiais e processos
aplicados nesta pesquisa As caixas foram coloridas de modo a diferenciar os produtos e os
processos especiacuteficos da metodologia apresentada (violeta) da aplicaccedilatildeo especiacutefica para o
Municiacutepio de Seropeacutedica (vermelha)
Todo o processo eacute estruturado num modelo de representaccedilatildeo denominada ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo que apresenta passo a passo cada avaliaccedilatildeo intermediaacuteria necessaacuteria a se chegar ao
resultado final (mapeamento de Qualidade de Vida)
Figura 1 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica da Pesquisa
32 Base de Dados Socioeconocircmica
No estrato superior do fluxograma apresenta-se a malha e dados censitaacuterios obtida a
partir do acervo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) Constituem os
elementos necessaacuterios para a geraccedilatildeo de mapas temaacuteticos que compotildeem a base de dados
socioeconocircmica do estudo O processo eacute permitido para esta particular aplicaccedilatildeo por meio
da utilizaccedilatildeo do ldquoMoacutedulo de Classificaccedilatildeo e Criaccedilatildeo de Mapas Temaacuteticosrdquo do aplicativo Esri
ArcGIS A coloraccedilatildeo vermelha destas caixas eacute justificada devido agrave possibilidade da base de
dados socioeconocircmica a ser obtida a partir de qualquer outra fonte (ou de ser gerada) e
19
tambeacutem processada por outros aplicativos de acordo com os conhecimentos do analista e
disponibilidade de dados para a localidade de estudo Aleacutem da flexibilidade quanto agrave fonte
dos dados fica a criteacuterio do analista a seleccedilatildeo das variaacuteveis socioeconocircmicas a serem
utilizadas na avaliaccedilatildeo de qualidade de vida Para esta aplicaccedilatildeo a unidade territorial adotada
satildeo os setores censitaacuterios definidos a partir de IBGE (2010)
33 Avaliaccedilatildeo Ambiental
A partir das bases de dados socioeconocircmicos (Renda Analfabetismo Coleta de Lixo
etc) aplica-se formulaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo Ambiental (detalhada na sessatildeo 334) para obtenccedilatildeo
dos mapas de ldquoQualidade de Vidardquo A escolha do algoritmo avaliativo para o processamento
das anaacutelises tambeacutem eacute flexiacutevel a outras formulaccedilotildees e aplicativos a criteacuterio do avaliador
331 A Anaacutelise Ambiental por Geoprocessamento
A Anaacutelise Ambiental ldquoeacute um instrumento fundamental na investigaccedilatildeo interdisciplinar
pois fornece uma gama variada de percepccedilotildees que iratildeo auxiliar no aprofundamento do
conhecimento cientiacuteficordquo (Stipp e Stipp 2004 p24)
Para SILVA amp SOUZA (1998 ldquoapudrdquo Stipp e Stipp 2004 p24) analisar um
ambiente significa desmembraacute-lo em termos de suas partes componentes e apreender as suas
funccedilotildees internas e externas com a consequente criaccedilatildeo de um conjunto integrado de
informaccedilotildees representativo deste conhecimento adquirido
A Anaacutelise Ambiental deve ser compreendida como um instrumento integrador que
encare o meio ambiente sob o acircngulo da preocupaccedilatildeo com o uso que o homem faz dele no
sentido de se contribuir para o desenvolvimento de uma perspectiva interdisciplinar de
investigaccedilatildeo da construccedilatildeo do meio ambiente e da organizaccedilatildeo do espaccedilo (Stipp e Stipp
2004 p24)
A anaacutelise ambiental expressa na realizaccedilatildeo dos diagnoacutesticos zoneamentos e a
avaliaccedilatildeo nos impactos ambientais (Sales 2004 p130) Paralelamente satildeo tratados os planos
de manejo e planejamento dos usos dos espaccedilos naturais e em alguns casos - ainda raros - de
recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas Satildeo esses conjuntos de procedimentos que recebe a rubrica
de anaacutelise ambiental (Mendonccedila 1993 Ross 1990 ldquoapudrdquo Geografia Sistemas e anaacutelise
ambiental abordagem criacutetica 2004 p130)
Logo o processo de anaacutelise ambiental envolve a elaboraccedilatildeo de diagnoacutesticos a
manifestaccedilatildeo de interesse poliacutetico a revelaccedilatildeo de interesse da coletividade envolvida com o
20
intuito de trazer melhorias para uma determinada aacuterea ou trazer antecipadamente diagnoacutesticos
de possiacuteveis situaccedilotildees indesejaacuteveis ou ateacute mesmo prever aacutereas de potencial
332 O Projeto SAGAUFRJ
O Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental (SAGAUFRJ) foi implantado em 1983 no
Departamento de Geografia da UFRJ pelo Prof Dr Jorge Xavier da Silva coordenador do
entatildeo Grupo de Pesquisas em Geoprocessamento (GPG) Foi desenvolvido como um sistema
para aplicaccedilotildees ambientais de faacutecil implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo em equipamentos de baixo custo
o que se tornou possiacutevel principalmente graccedilas ao crescimento da popularidade e uso de
microcomputadores do tipo IBM-PC
Eacute possiacutevel a partir da aplicaccedilatildeo deste ter estimativas de riscos de desmoronamentos e
de enchentes potenciais turiacutesticos e de urbanizaccedilatildeo para fins de preservaccedilatildeo e a anaacutelise da
qualidade de vida em favelas constituem uma pequena amostra das pesquisas realizadas pela
comunidade de usuaacuterios atraveacutes da utilizaccedilatildeo do SAGAUFRJ
Sua primeira versatildeo foi criada na deacutecada de 1980 apresentando mapas com no
maacuteximo 16 cores Nesta eacutepoca o geoprocessamento era bastante limitado pela barreira
tecnoloacutegica Seguindo a evoluccedilatildeo da informaacutetica o Vista Saga tambeacutem foi evoluindo com
novas versotildees mais sofisticadas Hoje o Vista Saga trabalha com cores de 32 bits
viabilizando ateacute a visualizaccedilatildeo em trecircs dimensotildees de aacutereas de estudos
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que o VISTASAGA eacute um projeto totalmente
nacional cresce em meio acadecircmico e sem fins lucrativos Pode ser obtido gratuitamente
atraveacutes do site httpwwwlageopufrjbr
Constituem seus principais moacutedulos de processamento
MONITORIA Este procedimento consiste no levantamento puxado das alteraccedilotildees
ambientais ocorridas em uma determinada situaccedilatildeo ambiental Registros sucessivos de
fenocircmenos ambientais utilizando taxonomias correspondentes (classificaccedilotildees iguais
ou correlacionaacuteveis) podem ser usados para o acompanhamento da evoluccedilatildeo
territorial de processos e ocorrecircncias de interesse
ASSINATURA SIGs permitem a locomoccedilatildeo entre localizaccedilotildees e atributos ou seja a
recuperaccedilatildeo da localizaccedilatildeo a partir da seleccedilatildeo de uma informaccedilatildeo e vice-versa
AVALIACcedilAtildeO Utilizado para realizar estimativas sobre possiacuteveis ocorrecircncias de
fenocircmenos de diversas naturezas segundo diversas intensidades definindo-se a
extensatildeo territorial destas estimativas e suas relaccedilotildees de proximidade e conexatildeo Este
21
moacutedulo gera um mapa do territoacuterio analisado classificando cada local com notas de 0
a 10
333 A Escolha do SAGAUFRJ
Como o proacuteprio nome jaacute diz SAGA ndash Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental tratar-se de
uma ferramenta especiacutefica para o processamento das avaliaccedilotildees ambientais
Contudo nada impede que os mesmos procedimentos sejam aplicados em qualquer
outro software que disponha de recursos que viabilizem a aplicaccedilatildeo metodoloacutegica proposta
O cerne deste trabalho constitui-se na apresentaccedilatildeo da metodologia para tomadas de decisatildeo
no acircmbito de riscos socioambientais de aacutereas urbanas O VISTASAGA foi selecionado
como ferramenta de aplicaccedilatildeo em funccedilatildeo de sua praticidade e profundo conhecimento na
utilizaccedilatildeo do aplicativo se alcanccedilar a finalidade proposta
334 Formulaccedilatildeo da Anaacutelise Ambiental
A formulaccedilatildeo de meacutedia ponderada eacute proposta nas avaliaccedilotildees ambientais moacutedulo
constituinte do sistema SAGA conforme a seguir exposta
Onde
n Nuacutemero de paracircmetros (mapas) utilizados
Ai j Probabilidade de ocorrecircncia do evento analisado no elemento (pixel) ij da matriz
(mapa) resultante
Pk Peso (percentual) da contribuiccedilatildeo do paracircmetro k em relaccedilatildeo aos demais para a
ocorrecircncia do evento analisado
Nk Nota segundo o(s) avaliador (ES) dentro da escala de 0 a 10 da ocorrecircncia do
evento analisado na presenccedila da classe encontrada na linha i coluna j do mapa k
Pixel Aglutinaccedilatildeo de ldquopicture elementrdquo ou seja elemento de imagem Eacute o menor
elemento num dispositivo de exibiccedilatildeo (como por exemplo um monitor) ao qual possibilita
atribuir-se uma cor De modo mais simples um pixel eacute o menor ponto que forma uma
imagem digital sendo que os conjuntos de milhares de pixels formam a imagem inteira A
Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada possui dimensotildees de 31 X 15 ou seja 31
colunas por 15 linhas totalizando 465 pixels (adaptado de MARINO 2005 p4)
22
Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005)
A partir desta formulaccedilatildeo de Anaacutelise Ambiental podem ser feitas as seguintes
proposiccedilotildees tambeacutem segundo XAVIER DA SILVA (2001)
Ai j exprime a probabilidade resultante do produto da formulaccedilatildeo ambiental numa
escala de 0 a 10 para a ocorrecircncia de um evento ou entidade ambiental que seja
causado em princiacutepio pela atuaccedilatildeo convergente dos paracircmetros ambientais nela
considerados
Os dados envolvidos na avaliaccedilatildeo podem ser lanccedilados em uma escala ordinal que
varie entre 0 e 10 ou entre 0 e 100 para que seja gerada uma amplitude de variaccedilatildeo
suficiente a permitir maior percepccedilatildeo da variabilidade das estimativas
A normalizaccedilatildeo dos pesos restritos entre os valores 0 e 1 resulta na definiccedilatildeo do
valor do peso atribuiacutedo a um mapa como o valor maacuteximo que qualquer das classes
daquele mapa pode assumir Por exemplo atribuir um peso de 40 ao paracircmetro
ldquodeclividadesrdquo numa anaacutelise significa que o maacuteximo que uma determinada classe
deste mapa pode contribuir na determinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia do evento
analisado eacute de 4 numa escala de 0 a 10
Com a adoccedilatildeo da meacutedia ponderada estaacute criado um espaccedilo classificatoacuterio que eacute em
princiacutepio ordinal mas que pode admitir grande e variado detalhamento na
classificaccedilatildeo das estimativas
34 Aacutervore de Decisatildeo Qualidade de Vida
O diagrama da Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada eacute denominado ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo (XAVIER DA SILVA 2001) uma vez que propicia em seus diversos niacuteveis apoio
a decisotildees quanto ao seu objetivo formal ou seja estimar a quantidade a localizaccedilatildeo e a
extensatildeo dos movimentos populacionais a serem executados em uma aacuterea tendo em vista a
melhoria da qualidade de vida de seus habitantes
23
Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ)
Cada um dos retacircngulos representa um mapeamento digital de um paracircmetro de
anaacutelise ou uma avaliaccedilatildeo ambiental que tenha sido executada
A inspeccedilatildeo desta aacutervore de decisatildeo como tambeacutem das parciais seguintes possibilita
que se apresentem constataccedilotildees relevantes quanto agrave origem dos dados
No estrato inferior da figura (noacutes folhas da aacutervore) constam os mapas baacutesicos
elaborados e que constituem os componentes ambientais decisivos para as anaacutelises que
se vai empreender e que satildeo resultantes de levantamentos e de interpretaccedilotildees da
realidade ambiental do municiacutepio de Seropeacutedica
Os mapas da realidade ambiental sob a perspectiva da geografia humana utilizados
nos ramos infraestrutura condiccedilotildees sociais e condiccedilotildees de renda foram gerados a
partir dos dados censitaacuterios produzidos por IBGE (2010) referentes agrave Base de
Informaccedilotildees por Setor Censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010
Os mapas derivados e resultantes de anaacutelises mostram-se de forma assimeacutetrica no
modelo e foram elaborados no ambiente do programa VISTASAGA
A estimativa de mais alto niacutevel foi obtida a partir da conjugaccedilatildeo e integraccedilatildeo da
representaccedilatildeo cartograacutefica das Condiccedilotildees de Renda e constitui para o elevado niacutevel
de detalhe possibilitado pela escala e resoluccedilatildeo adotadas a distribuiccedilatildeo territorial de
locais indicados para transposiccedilotildees de assentamentos precaacuterios
24
35 Terminologia Censitaacuteria (IBGE)
A seguir satildeo apresentados alguns termos frequentemente citados nos capiacutetulos que
discutem o aspecto socioeconocircmico dos mapeamentos definidos segundo IBGE (2010)
Domiciacutelio particular - Domiciacutelio onde o relacionamento entre seus ocupantes era
ditado por laccedilos de parentesco de dependecircncia domeacutestica ou por normas de
convivecircncia O domiciacutelio particular eacute classificado em permanente ndash Domiciacutelio
construiacutedo para servir exclusivamente agrave habitaccedilatildeo e na data de referecircncia tinha a
finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas e coletivo - Eacute uma instituiccedilatildeo
ou estabelecimento onde as relaccedilotildees entre as pessoas que nele se encontravam
moradoras ou natildeo era restrita a normas de subordinaccedilatildeo administrativa como em
hoteacuteis moteacuteis camping pensotildees penitenciaacuterias presiacutedios casas de detenccedilatildeo
quarteacuteis postos militares asilos orfanatos conventos hospitais e cliacutenicas (com
internaccedilatildeo) alojamento de trabalhadores ou de estudantes etc
Rendimento mensal - soma do rendimento mensal de trabalho com o rendimento
proveniente de outras fontes
Rendimento mensal familiar ndash A soma dos rendimentos mensais dos componentes
da famiacutelia exclusive os das pessoas cuja condiccedilatildeo na famiacutelia fosse pensionista
empregado domeacutestico ou parente do empregado domeacutestico
Domiciacutelio com esgoto ligado a rede coletora (ou fossa seacuteptica) - quando a
canalizaccedilatildeo das aacuteguas servidas e dos dejetos proveniente do banheiro ou sanitaacuterio
estava ligada a um sistema de coleta que os conduzia a um desaguadouro geral da
aacuterea regiatildeo ou municiacutepio mesmo que o sistema natildeo dispusesse de estaccedilatildeo de
tratamento da mateacuteria esgotada
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados
O nuacutemero de domiciacutelios registrados por setor censitaacuterio no municiacutepio de Seropeacutedica
varia dependendo do setor Para a exposiccedilatildeo dos dados tabulares sob a expressatildeo
cartograacutefica haacute a necessidade de se efetuar o agrupamento desses dados em classes
A formulaccedilatildeo de Sturges (Marino apud 2008) orienta qual deva ser o nuacutemero de
categorias de acordo com a quantidade de dados disponiacuteveis neste caso o nuacutemero total de
116 setores censitaacuterios constituintes da aacuterea de estudo
25
K = 1+ 33log 116 = 1+ 33206 = 1+ 679 asymp 8 classes
352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais)
Eacute importante observar que natildeo faz sentido realizar as classificaccedilotildees a seguir sem
normalizaacute-las pelo campo que tabula a quantidade de domiciacutelios permanentes Para a melhor
compreensatildeo desta citaccedilatildeo segue uma breve ilustraccedilatildeo
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees
SETOR DOM CONECTADOS Agrave REDE ELEacuteTRICA DOMICIacuteLIOS
1 50 100 50
2 50 1000 5
Apesar de ambos setores apresentarem as mesmas quantidades de domiciacutelios
conectados agrave rede de energia eleacutetrica o setor 1 possui apenas 100 domiciacutelios ou seja 50
deste setor eacute atendido pela rede de energia eleacutetrica Analisando agora o setor 2 que tambeacutem
possui 50 domiciacutelios conectados agrave rede eleacutetrica este por sua vez eacute constituiacutedo por 1000
domiciacutelios Em termos percentuais este setor possui apenas 5 de seus domiciacutelios
abastecidos pela rede de energia eleacutetrica o que nos leva a concluir que o setor 1 eacute melhor
servido em relaccedilatildeo ao setor 2 diferentemente de quando olhamos apenas para os valores
absolutos desta amostragem
Sendo assim todos os dados seratildeo sempre classificados normalizados pela quantidade
de domiciacutelios do setor Assim obteacutem-se a resposta em termos percentuais ou seja indexada
pelo universo amostral
26
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA
Para a concepccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica a origem e o formato dos dados
foram exclusivamente apoiados nos resultados do Censo 2010 (IBGE 2010) no niacutevel de
detalhe agrupados pelos setores censitaacuterios
As anaacutelises ambientais da populaccedilatildeo residente na aacuterea de estudos versaram sobre trecircs
principais dimensotildees cada uma delas com seu conjunto de variaacuteveis empregadas
convencionalmente para a detecccedilatildeo dos iacutendices de desenvolvimento humano e de qualidade
de vida
Desta forma foram desenvolvidos mapas temaacuteticos sobre condiccedilotildees de infraestrutura
caracterizadas pelas contribuiccedilotildees do estado e do indiviacuteduo para a qualidade de vida
correspondentes aos cuidados com a coleta de lixo como condiccedilotildees do domiciacutelio quanto
energia eleacutetrica e banheiros conectados ao saneamento baacutesico sobre os aspectos sociais como
nuacutemero de habitantes por domiciacutelio e renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo e das condiccedilotildees
de educaccedilatildeo os itens avaliados satildeo crianccedilas com 5 anos ou mais de idade alfabetizados e
pessoas analfabetas funcionais
41 Unidade territorial Setor censitaacuterio
A unidade territorial adotada para as anaacutelises referentes agrave populaccedilatildeo eacute o setor
censitaacuterio conforme delimitado e identificado por IBGE (2010) A partir do mapeamento da
divisatildeo censitaacuteria disponibilizada no formato vetorial procedimentos de conversatildeo de
formatos foram aplicados atraveacutes do aplicativo Esri ArcGIS para a geraccedilatildeo do formato
matricial RasterSAGA apropriado para as avaliaccedilotildees ambientais a serem realizadas no
ambiente do sistema VistaSAGA
A regiatildeo de estudo abrange o total de 116 setores censitaacuterios como se pode observar a
seguir
27
Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
28
A base de dados cadastrais da populaccedilatildeo em escala dos setores censitaacuterios resultado
do Censo 2010 foi disponibilizada pelo IBGE em 2010 estruturada sob a forma tabular em
duas dimensotildees a saber domiciacutelios e pessoas
Para fins de filtragem dos dados tabulares socioeconocircmicos do IBGE as tabelas
originais para o municiacutepio de Seropeacutedica de domiciacutelios e pessoas foram filtradas para a aacuterea
de estudo pela seleccedilatildeo daqueles setores censitaacuterios restritos apenas ao municiacutepio em questatildeo
Todas as planilhas no formato Microsoft Excel que antes apresentavam aproximadamente
27767 mil registros referente a todos os setores censitaacuterios da Cidade do Rio de Janeiro
passa a ter apenas 116 registros referentes apenas aos setores cobertos pelo municiacutepio de
Seropeacutedica
Tendo em vista que as tabelas originais do IBGE de formato XLS (Microsoft Excel)
trazem o cabeccedilalho (nomes dos campos) em coacutedigo no formato V0001 V0002 V2500 pois
satildeo elaboradas especificamente para o uso no ambiente ESTATCART e sendo inviaacutevel
descrever o significado de cada campo em seu tiacutetulo o IBGE os codifica nos arquivos e
disponibilizam um manual descritivo de cada uma das variaacuteveis por meio do um documento
denominado ldquoCenso Demograacutefico 2010rdquo (IBGE2 2010)
Sendo assim houve tambeacutem um trabalho de interpretaccedilatildeo e pesquisa do referido
manual a fim de localizar os coacutedigos das variaacuteveis necessaacuterias a este projeto de pesquisa
dentre as mais de 3000 disponibilizadas pelo Censo Demograacutefico
A geraccedilatildeo de toda a base temaacutetica socioeconocircmica foi desenvolvida com utilizaccedilatildeo da
ferramenta de classificaccedilatildeo de mapas do SIG Esri ArcGIS
Apoacutes a geraccedilatildeo dos mapas classificatoacuterios realizou-se a conversatildeo dos mapas
temaacuteticos resultantes do formato shape (shp) para o formato matricial RasterSaga (rs2) por
meio do ldquoconversor SHPRS2rdquo aplicativo desenvolvido e disponibilizado pelo
LAGEOPUFRJ
42 Geraccedilatildeo do mapeamento temaacutetico classificatoacuterio
As subseccedilotildees a seguir caracterizam as aacutervores de decisatildeo individualizadas relativas
aos mapas temaacuteticos de infraestrutura aspectos sociais e niacutevel de educaccedilatildeo
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo
Variaacuteveis - Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
- Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
- Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
VI
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 10
11 AacuteREA DE ESTUDO MUNICIacutePIO DE SEROPEacuteDICA 10 12 JUSTIFICATIVA PARA O TRABALHO 11 13 OBJETIVOS 11
131 Geral 11 132 Especiacuteficos 11
14 ORGANIZACcedilAtildeO DO TRABALHO 12
2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA 14
21 SISTEMAS DE INFORMACcedilOtildeES GEOGRAacuteFICAS NA GESTAtildeO TERRITORIAL 14 22 QUALIDADE DE VIDA E IacuteNDICES DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 15
3 METODOLOGIA DE PESQUISA 18
31 ORGANIZACcedilAtildeO METODOLOacuteGICA 18 32 BASE DE DADOS SOCIOECONOcircMICA 18 33 AVALIACcedilAtildeO AMBIENTAL 19
331 A Anaacutelise Ambiental por Geoprocessamento 19 332 O Projeto SAGAUFRJ 20 333 A Escolha do SAGAUFRJ 21 334 Formulaccedilatildeo da Anaacutelise Ambiental 21
34 AacuteRVORE DE DECISAtildeO QUALIDADE DE VIDA 22 35 TERMINOLOGIA CENSITAacuteRIA (IBGE) 24
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados 24 352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais) 25
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA 26
41 UNIDADE TERRITORIAL SETOR CENSITAacuteRIO 26 42 GERACcedilAtildeO DO MAPEAMENTO TEMAacuteTICO CLASSIFICATOacuteRIO 28
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo 28 4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza 29 4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio 30 4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica 32 422 Aspectos Sociais 33 4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo 34 4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo 36 423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo 38 4231 Responsaacuteveis Alfabetizados 38
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO AMBIENTAL 40
51 AVALIACcedilAtildeO DE INFRAESTRUTURA 40 52 AVALIACcedilAtildeO DE ASPECTOS SOCIAIS 42 53 CONDICcedilOtildeES DE EDUCACcedilAtildeO 45 54 AVALIACcedilAtildeO DA QUALIDADE DE VIDA 46
6 CONCLUSOtildeES 49
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 50
VII
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
Figura 1 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica da Pesquisa 18 Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005) 22 Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ) 23 Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de vida 29 Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de vida 34 Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de vida 38
VIII
LISTA DE MAPAS
Mapa 1 Localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo - Municiacutepio de Seropeacutedica - Rio de Janeiro 11 Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ) 27 Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza 30 Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio 31 Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica 33 Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo 35 Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo 37 Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados 39 Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura 42 Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais 44 Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) 48
IX
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees 25 Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpezardquo
(IBGE 2010) 30 Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuteriordquo
(IBGE 2010) 31 Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo (IBGE 2010)
32 Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE 2010) 34 Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimordquo
(IBGE 2010) 36 Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010) 38 Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura 40 Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais 43 Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida 46
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Aacuterea de Estudo Municiacutepio de Seropeacutedica
Seropeacutedica eacute um municiacutepio brasileiro do estado do Rio de Janeiro Localiza-se na
Microrregiatildeo de Itaguaiacute na Mesorregiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro a 75 quilocircmetros
da capital do estado Rio de Janeiro Ocupa uma aacuterea de 283794 kmsup2 e sua populaccedilatildeo foi
estimada no ano de 2011 em 78183 mil habitantes pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatiacutestica (IBGE) sendo entatildeo o 31ordm mais populoso do estado e o segundo mais populoso de
sua microrregiatildeo Faz divisa com os municiacutepios Itaguaiacute Nova Iguaccedilu Japeri Queimados e
Paracambi
Segundo informaccedilotildees do IBGE Seropeacutedica eacute um local onde se tratava e fabricava
seda O nome da cidade teve origem em 1875 Naquela eacutepoca a terra era conhecida como
segundo distrito de Itaguaiacute Tal veio da antiga fazenda Seropeacutedica do Bananal onde eram
produzidos diariamente em larga escala cerca de 50 mil casulos de Bombyx Mori
conhecidos como bicho da seda
Aacuterea de Abrangecircncia do Estudo Localiza-se a 22deg 44prime 38Prime de latitude sul 43deg 42prime 28Prime
de longitude oeste na regiatildeo oeste da Baixada Fluminense a uma elevaccedilatildeo de 26 metros do
niacutevel do mar Estaacute a uma distacircncia de 75 quilocircmetros da capital do estado
Limita-se a oeste com os municiacutepios de Nova Iguaccedilu Queimados e Japeri ao sul com
o municiacutepio do Rio de Janeiro ao norte faz divisa com Paracambi e a leste com o municiacutepio
de Itaguaiacute O territoacuterio municipal estende-se por 283 794 kmsup2
11
Mapa 1 Localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo - Municiacutepio de Seropeacutedica - Rio de Janeiro
12 Justificativa para o Trabalho
Acelerado processo de urbanizaccedilatildeo mas que ainda dispotildee de condiccedilotildees de controle se
adequadamente administrada pelos seus gestores Este eacute o quadro atual da grande maioria de
cidades do Brasil
Este estudo procura relatar a partir dos dados censitaacuterios disponibilizados pelo
Instituo Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) um diagnoacutestico mapeado acerca da
qualidade de vida no municiacutepio de Seropeacutedica
Como resultado o estudo apontaraacute localidades com boas condiccedilotildees de vida e de forma
anaacuteloga aquelas carentes de investimentos em infraestrutura e programas sociais de acordo
com o Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) Acredita-se que a aplicaccedilatildeo da
metodologia proposta possa apoiar as decisotildees poliacuteticas e investimentos por gestores puacuteblicos
13 Objetivos
131 Geral
O foco do presente estudo seraacute a preparaccedilatildeo de uma estrutura de avaliaccedilatildeo e
mapeamento da qualidade de vida com apoio na Cartografia Temaacutetica e no
Geoprocessamento com base nos aspectos sociais educacionais e de infraestrutura
132 Especiacuteficos
Zoneamento da Qualidade de Vida no Municiacutepio de Seropeacutedica (Rio de Janeiro)
Utilizaccedilatildeo do aplicativo ESRI ArcGis para elaboraccedilatildeo dos mapas temaacuteticos
socioeconocircmicos a partir da dados gerados pelo Censo Demograacutefico 2010 (IBGE)
12
Utilizaccedilatildeo do aplicativo VISTASAGA como ferramenta para a elaboraccedilatildeo de
avaliaccedilotildees ambientais organizadas segundo a estrutura de ldquoAacutervore de Decisatildeordquo
14 Organizaccedilatildeo do Trabalho
Para uma compreensatildeo clara deste trabalho esta Monografia foi dividida em 7
capiacutetulos entre os quais se insere esta Introduccedilatildeo onde satildeo apresentados os Objetivos em
que se destacam as etapas para se atingir a anaacutelise da variaccedilatildeo territorial da qualidade de vida
no municiacutepio de Seropeacutedica ndash Rio de Janeiro
O capiacutetulo 2 estaraacute voltado agrave Fundamentaccedilatildeo Teoacuterica onde satildeo introduzidos alguns
conceitos baacutesicos baseados na literatura definiccedilotildees e indicadores de qualidade de vida
Tratar-se tambeacutem a importacircncia da utilizaccedilatildeo dos Sistemas Geograacuteficos de Informaccedilotildees
(SIGs) descrevendo sua disposiccedilatildeo de composiccedilatildeo aleacutem da importacircncia e exemplos de
aplicaccedilotildees providos pelos SIGs num contexto de gestatildeo territorial
O capiacutetulo 3 eacute reservado agrave exposiccedilatildeo de metodologia ldquoA Anaacutelise Ambiental por
Geoprocessamentordquo a qual se apresenta a estrutura conceitual e loacutegica bem definida e
organizada do Geoprocessamento Neste capiacutetulo tambeacutem satildeo citados alguns estudos de caso
de aplicaccedilatildeo da referida metodologia Em seguida apresenta sob a forma de organogramas a
Aacutervore de Decisatildeo para a determinaccedilatildeo da ldquoQualidade de Vidardquo assim como as aacutervores de
niacuteveis intermediaacuterios ldquoInfraestruturardquo ldquoAspectos Sociaisrdquo e ldquoEducaccedilatildeordquo Estes diagramas
definem de forma estruturada os passos das avaliaccedilotildees para as anaacutelises ambientais
projetadas Apresenta definiccedilotildees de indicadores iacutendices de desenvolvimento humano e
qualidade de vida aleacutem dos procedimentos estatiacutesticos para a definiccedilatildeo do nuacutemero de classes
baseado no modelo de Sturges utilizado para a classificaccedilatildeo de dados socioeconocircmicos Satildeo
introduzidas tambeacutem definiccedilotildees da terminologia censitaacuteria segundo o IBGE frequumlentemente
citada no capiacutetulo seguinte atraveacutes das variaacuteveis socioeconocircmicas estudadas Justifica de
forma ilustrada a necessidade do trabalho com dados relativizados (taxas percentuais)
normalizados pela quantidade de domiciacutelios particulares permanentes de cada setor censitaacuterio
na criaccedilatildeo dos mapas socioeconocircmicos
O capiacutetulo 4 eacute retrata exclusivamente os materiais e meacutetodos empregados como a
descriccedilatildeo da aacuterea objeto de estudo municiacutepio de Seropeacutedica com sua definiccedilatildeo territorial
determinada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) caracteriacutesticas e o
processo de evoluccedilatildeo urbaniacutestica desenfreada ocorrida naquela regiatildeo Em seguida destaca a
organizaccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica pelo qual mostra-se a importacircncia da
integraccedilatildeo dos dados populacionais com os do ambiente fiacutesico nas anaacutelises ambientais
13
Destacam-se tambeacutem as variaacuteveis ambientais empregadas para a determinaccedilatildeo de iacutendices de
desenvolvimento humano e de qualidade de vida os setores censitaacuterios como unidade
territorial e tambeacutem os procedimentos estatiacutesticos adotados na fase de geraccedilatildeo da base de
dados socioeconocircmica
O capiacutetulo 5 apresenta o desenvolvimento parcial da Aacutervore de Decisatildeo referente agraves
avaliaccedilotildees com os dados populacionais oriundos do Censo 2010 seguindo-se a metodologia
proposta no capiacutetulo 3 Apresenta os mapas resultantes de avaliaccedilotildees e as anaacutelises relativas agraves
dimensotildees Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo agrave qualidade de vida as condiccedilotildees dos
aspectos sociais e as condiccedilotildees de educaccedilatildeo mapeando assim a qualidade de vida da regiatildeo
O capiacutetulo 6 destina-se agraves conclusotildees pelas quais se apresentam sinteticamente os
resultados alcanccedilados com a pesquisa
O capiacutetulo 7 reserva-se ao material de referecircncia bibliograacutefica consultado durante as
fases de desenvolvimento desta pesquisa
14
2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
Esta sessatildeo apresenta diferentes abordagens sobre a qualidade de vida e sistemas de
informaccedilotildees geograacuteficas segundo distintos autores
21 Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas na Gestatildeo Territorial
Compreende-se Sistema de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG) como referecircncia ao
conjunto de software hardware bases de dados e organizaccedilatildeo Num sentido limitado o SIG
se refere a um pacote de software que permite o tratamento automaacutetico de dados graacuteficos e
natildeo graacuteficos georreferenciados Assim
O uso de SIGs permite obter mapas com rapidez e precisatildeo a partir
da atualizaccedilatildeo dos bancos de dados sendo uma ferramenta
importante no estudo de potencialidades do ambiente e no caso da
avaliaccedilatildeo de aacutereas com risco de salinizaccedilatildeo constitui-se etapa
importante para a definiccedilatildeo de praacuteticas adequadas de manejo e
conservaccedilatildeo do solo e recursos hiacutedricos (Valadares e Faria 2004
p91)
Para Polidoro e Barros (2010 p86) sistemas de informaccedilotildees geograacuteficas satildeo valiosas
ferramentas computacionais que tornam possiacutevel a anaacutelise e tratamento de informaccedilotildees
geograacuteficas e a posterior disponibilizaccedilatildeo dessas como suporte a tomada de decisotildees
Martins (2005 p 24) considera que o SIG eacute capaz de apontar por meio de mapas
temaacuteticos relacionados a um banco de dados tabularem situaccedilotildees de risco permitindo a
prevenccedilatildeo e a contenccedilatildeo de impactos ambientais
Martins (2005 p93) ainda compreende que
Um SIG eacute uma ferramenta computacional que permite a
representaccedilatildeo dos objetos geograacuteficos (vias limites de municiacutepios
edificaccedilotildees etc) da superfiacutecie terrestre de maneira simplificada por
meio da utilizaccedilatildeo de formas geomeacutetricas (pontos linhas e
poliacutegonos)
15
O SIG pode ser utilizado por qualquer aacuterea de conhecimento visto que eacute uma
disciplina multidisciplinar poreacutem eacute necessaacuterio que cada aacuterea se volte para a informaccedilatildeo
quantitativa para trabalhar e obter dados atraveacutes da visualizaccedilatildeo dos mapas Por exemplo
Um socioacutelogo deseja utilizar um SIG para entender e quantificar o fenocircmeno da
exclusatildeo social numa determinada capital brasileira
Um engenheiro florestal aplica um SIG para a contenccedilatildeo de aacutereas remanescentes
florestais de uma dada regiatildeo
Um geoacutegrafo pretende usar um SIG para gerar a distribuiccedilatildeo do desenvolvimento
industrial de uma dada regiatildeo
A partir das definiccedilotildees acima compreende-se a interdisciplinaridade do assunto diante
da integraccedilatildeo numa singular base de dados dados censitaacuterios informaccedilotildees espaciais
provenientes de dados cartograacuteficos e cadastro urbano e rural imagens de sateacutelite redes e
modelos numeacutericos de terreno
22 Qualidade de Vida e Iacutendices de Desenvolvimento Humano
De acordo com Demo (1998) num primeiro passo podemos recorrer para a
etimologia latina qualitas significa ldquoa essecircnciardquo Assim qualidade designa a parte essencial
das coisas aquilo que lhe seria mais importante e determinante Demo (1998 p93) tambeacutem
assume que a qualidade aponta para a marca central das coisas e dos seres aquilo que natildeo se
consome no tempo que fica para sempre que decide o que algo eacute definitivamente
Segundo Fleck (2000 apud The WHOQOL Group 1995 p34) a Organizaccedilatildeo
Mundial da Sauacutede conceituou ldquoQualidade de Vidardquo como a percepccedilatildeo do indiviacuteduo de sua
posiccedilatildeo na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relaccedilatildeo
aos seus objetivos expectativas padrotildees e preocupaccedilotildees
De acordo com Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Seropeacutedica Tiacutetulo I Paraacutegrafo Uacutenico
a accedilatildeo municipal desenvolve-se em todo o seu territoacuterio sem
privileacutegios de bairros reduzindo as desigualdades regionais e sociais
promovendo o bem-estar de todos sem preconceitos de origem raccedila
sexo cor idade e quaisquer outras formas de discriminaccedilatildeo
Um aspecto importante que caracteriza estudos que partem de uma definiccedilatildeo geneacuterica
da Qualidade de Vida eacute que as amostras estudadas incluem pessoas saudaacuteveis da populaccedilatildeo
nunca se restringindo a amostras de pessoas portadoras de agravos especiacuteficos
16
Para Seidl e Zannon (2004) a Qualidade de Vida apresenta uma acepccedilatildeo mais ampla
aparentemente influenciada por estudos socioloacutegicos sem fazer referecircncia a disfunccedilotildees ou
agravos (Zannon e Seidl 2004 p583) Com relaccedilatildeo ao meio ambiente o modelo incorpora
conceitos mais amplos onde meio ambiente eacute a resultante das questotildees socioeconocircmicas de
uma realidade Nesse processo qualidade de vida abrange ainda os aspectos comportamentais
(por exemplo exercitaccedilatildeo e alimentaccedilatildeo) e perceptivos da comunidade acerca do que eacute
qualidade de vida
Para Nobre (1995 p 299)
Qualidade de vida foi definida como sensaccedilatildeo iacutentima de conforto
bem-estar ou felicidade no desempenho de funccedilotildees fiacutesicas intelectuais
e psiacutequicas dentro da realidade da sua famiacutelia do seu trabalho e dos
valores da comunidade agrave qual pertence
A qualidade de vida no Brasil eacute medida atraveacutes do ponto de vista do Iacutendice de
Desenvolvimento Humano (IDH) Este por sua vez analisa os estados brasileiros atraveacutes de
trecircs itens essenciais renda educaccedilatildeo e expectativa de vida A renda eacute avaliada pelo PIB real
per capita a sauacutede pela esperanccedila de vida ao nascer e a educaccedilatildeo pela taxa de alfabetizaccedilatildeo
de adultos e taxas de matriacutecula aos niacuteveis primaacuterios secundaacuterios combinados Renda
educaccedilatildeo e sauacutede seriam atributos de igual importacircncia como expressatildeo da capacidade
humana (Minayo Buss Hartz 2000 p8)
O Programa das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgou em 1990 o
levantamento do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) O conceito de Desenvolvimento
Humano eacute o ingrediente principal do Relatoacuterio de Desenvolvimento Humano (RDH) Aleacutem
do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) este faz parte da compreensatildeo de que para
averiguar o avanccedilo de uma populaccedilatildeo natildeo se deve considerar apenas a dimensatildeo econocircmica
poreacutem outras influenciam a qualidade da vida humana
O desenvolvimento humano por definiccedilatildeo eacute compreendido como um abrangente
processo de expansatildeo de escolhas individuais nas diversas aacutereas como geograacutefica
econocircmica social cultural e poliacutetica Embora saiba-se que a possibilidade natildeo eacute satisfeita
de as pessoas terem o discernimento ou condiccedilotildees de exercerem esse direito que eacute
internacionalmente reconhecido nas cartas de cidadania e foco de assunto constitucional
brasileiro algumas dessas escolhas satildeo baacutesicas para a vida humana
17
As opccedilotildees por vida saudaacutevel por adquirir conhecimento por morar dignamente e por
atingir e manter um padratildeo de vida decente satildeo condiccedilotildees fundamentais para os seres
humanos e agrave medida que sejam alcanccediladas abrem caminho para outras escolhas igualmente
importantes referentes agrave participaccedilatildeo poliacutetica agrave diversidade cultural aos direitos humanos e agrave
liberdade individual e coletiva (IPEA1998)
Segundo IPEA (1998) o conceito atual de desenvolvimento humano eacute amplo pois
aleacutem de considerar os seres humanos como participantes ativos do processo de
desenvolvimento os tem como beneficiaacuterios do processo produtivo e vecirc suas necessidades
baacutesicas monitoradas a partir dos citados requisitos miacutenimos e de suas escolhas A ideia de
desenvolvimento humano ao integrar todos esses conceitos que sintetizam a capacidade de
bem-estar e da qualidade de vida representa uma noccedilatildeo abrangente de desenvolvimento com
sentido holiacutestico
Os censos demograacuteficos efetuados e entregues pelo IBGE por sua riqueza de dados e
informaccedilotildees permitem que sejam elaborados diversos tipos de iacutendices de desenvolvimento
que podem abarcar os conceitos econocircmicos e sociais
Segundo IPEA (1998) a vantagem de se aproveitar a base de dados censitaacuteria ainda
relativamente pouco explorada em trabalhos cientiacuteficos e teacutecnicos eacute que ela permite
incorporar outras variaacuteveis e dimensotildees agrave anaacutelise do desenvolvimento humano
Os iacutendices sinteacuteticos de desenvolvimento humano ocorrido no Brasil atualmente satildeo
o Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e o Iacutendice de Condiccedilotildees de Vida
(ICV) Para sua construccedilatildeo satildeo gerados e empregados diversos indicadores O objetivo do
iacutendice sinteacutetico que permite a comparaccedilatildeo e ordenaccedilatildeo entre comunidades eacute reduzir todos os
indicadores por ponderaccedilotildees e juiacutezos de valor a um iacutendice uacutenico O IDHM para sua
concepccedilatildeo precisa ultrapassar certos conceitos baacutesicos do IDH que foi idealizado para ser
calculado e comparar paiacuteses Para sua avaliaccedilatildeo consideram-se trecircs dimensotildees Educaccedilatildeo
Renda e Longevidade O ICV para a sua construccedilatildeo considera cinco grupos de indicadores
Educaccedilatildeo Renda Habitaccedilatildeo Infacircncia e Longevidade Cada uma dessas dimensotildees eacute
estruturada a partir de diversas variaacuteveis
Esses iacutendices tecircm sido empregados no Brasil com a incorporaccedilatildeo dos dados censitaacuterios
histoacutericos estando mais difundidos os relativos aos censos de 1970 a 2000 Tanto o IDHM
como o ICV generalizam os dados para municiacutepios e permitem a comparaccedilatildeo segundo essas
unidades
18
3 METODOLOGIA DE PESQUISA
31 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica
A Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada ilustra os materiais e processos
aplicados nesta pesquisa As caixas foram coloridas de modo a diferenciar os produtos e os
processos especiacuteficos da metodologia apresentada (violeta) da aplicaccedilatildeo especiacutefica para o
Municiacutepio de Seropeacutedica (vermelha)
Todo o processo eacute estruturado num modelo de representaccedilatildeo denominada ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo que apresenta passo a passo cada avaliaccedilatildeo intermediaacuteria necessaacuteria a se chegar ao
resultado final (mapeamento de Qualidade de Vida)
Figura 1 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica da Pesquisa
32 Base de Dados Socioeconocircmica
No estrato superior do fluxograma apresenta-se a malha e dados censitaacuterios obtida a
partir do acervo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) Constituem os
elementos necessaacuterios para a geraccedilatildeo de mapas temaacuteticos que compotildeem a base de dados
socioeconocircmica do estudo O processo eacute permitido para esta particular aplicaccedilatildeo por meio
da utilizaccedilatildeo do ldquoMoacutedulo de Classificaccedilatildeo e Criaccedilatildeo de Mapas Temaacuteticosrdquo do aplicativo Esri
ArcGIS A coloraccedilatildeo vermelha destas caixas eacute justificada devido agrave possibilidade da base de
dados socioeconocircmica a ser obtida a partir de qualquer outra fonte (ou de ser gerada) e
19
tambeacutem processada por outros aplicativos de acordo com os conhecimentos do analista e
disponibilidade de dados para a localidade de estudo Aleacutem da flexibilidade quanto agrave fonte
dos dados fica a criteacuterio do analista a seleccedilatildeo das variaacuteveis socioeconocircmicas a serem
utilizadas na avaliaccedilatildeo de qualidade de vida Para esta aplicaccedilatildeo a unidade territorial adotada
satildeo os setores censitaacuterios definidos a partir de IBGE (2010)
33 Avaliaccedilatildeo Ambiental
A partir das bases de dados socioeconocircmicos (Renda Analfabetismo Coleta de Lixo
etc) aplica-se formulaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo Ambiental (detalhada na sessatildeo 334) para obtenccedilatildeo
dos mapas de ldquoQualidade de Vidardquo A escolha do algoritmo avaliativo para o processamento
das anaacutelises tambeacutem eacute flexiacutevel a outras formulaccedilotildees e aplicativos a criteacuterio do avaliador
331 A Anaacutelise Ambiental por Geoprocessamento
A Anaacutelise Ambiental ldquoeacute um instrumento fundamental na investigaccedilatildeo interdisciplinar
pois fornece uma gama variada de percepccedilotildees que iratildeo auxiliar no aprofundamento do
conhecimento cientiacuteficordquo (Stipp e Stipp 2004 p24)
Para SILVA amp SOUZA (1998 ldquoapudrdquo Stipp e Stipp 2004 p24) analisar um
ambiente significa desmembraacute-lo em termos de suas partes componentes e apreender as suas
funccedilotildees internas e externas com a consequente criaccedilatildeo de um conjunto integrado de
informaccedilotildees representativo deste conhecimento adquirido
A Anaacutelise Ambiental deve ser compreendida como um instrumento integrador que
encare o meio ambiente sob o acircngulo da preocupaccedilatildeo com o uso que o homem faz dele no
sentido de se contribuir para o desenvolvimento de uma perspectiva interdisciplinar de
investigaccedilatildeo da construccedilatildeo do meio ambiente e da organizaccedilatildeo do espaccedilo (Stipp e Stipp
2004 p24)
A anaacutelise ambiental expressa na realizaccedilatildeo dos diagnoacutesticos zoneamentos e a
avaliaccedilatildeo nos impactos ambientais (Sales 2004 p130) Paralelamente satildeo tratados os planos
de manejo e planejamento dos usos dos espaccedilos naturais e em alguns casos - ainda raros - de
recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas Satildeo esses conjuntos de procedimentos que recebe a rubrica
de anaacutelise ambiental (Mendonccedila 1993 Ross 1990 ldquoapudrdquo Geografia Sistemas e anaacutelise
ambiental abordagem criacutetica 2004 p130)
Logo o processo de anaacutelise ambiental envolve a elaboraccedilatildeo de diagnoacutesticos a
manifestaccedilatildeo de interesse poliacutetico a revelaccedilatildeo de interesse da coletividade envolvida com o
20
intuito de trazer melhorias para uma determinada aacuterea ou trazer antecipadamente diagnoacutesticos
de possiacuteveis situaccedilotildees indesejaacuteveis ou ateacute mesmo prever aacutereas de potencial
332 O Projeto SAGAUFRJ
O Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental (SAGAUFRJ) foi implantado em 1983 no
Departamento de Geografia da UFRJ pelo Prof Dr Jorge Xavier da Silva coordenador do
entatildeo Grupo de Pesquisas em Geoprocessamento (GPG) Foi desenvolvido como um sistema
para aplicaccedilotildees ambientais de faacutecil implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo em equipamentos de baixo custo
o que se tornou possiacutevel principalmente graccedilas ao crescimento da popularidade e uso de
microcomputadores do tipo IBM-PC
Eacute possiacutevel a partir da aplicaccedilatildeo deste ter estimativas de riscos de desmoronamentos e
de enchentes potenciais turiacutesticos e de urbanizaccedilatildeo para fins de preservaccedilatildeo e a anaacutelise da
qualidade de vida em favelas constituem uma pequena amostra das pesquisas realizadas pela
comunidade de usuaacuterios atraveacutes da utilizaccedilatildeo do SAGAUFRJ
Sua primeira versatildeo foi criada na deacutecada de 1980 apresentando mapas com no
maacuteximo 16 cores Nesta eacutepoca o geoprocessamento era bastante limitado pela barreira
tecnoloacutegica Seguindo a evoluccedilatildeo da informaacutetica o Vista Saga tambeacutem foi evoluindo com
novas versotildees mais sofisticadas Hoje o Vista Saga trabalha com cores de 32 bits
viabilizando ateacute a visualizaccedilatildeo em trecircs dimensotildees de aacutereas de estudos
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que o VISTASAGA eacute um projeto totalmente
nacional cresce em meio acadecircmico e sem fins lucrativos Pode ser obtido gratuitamente
atraveacutes do site httpwwwlageopufrjbr
Constituem seus principais moacutedulos de processamento
MONITORIA Este procedimento consiste no levantamento puxado das alteraccedilotildees
ambientais ocorridas em uma determinada situaccedilatildeo ambiental Registros sucessivos de
fenocircmenos ambientais utilizando taxonomias correspondentes (classificaccedilotildees iguais
ou correlacionaacuteveis) podem ser usados para o acompanhamento da evoluccedilatildeo
territorial de processos e ocorrecircncias de interesse
ASSINATURA SIGs permitem a locomoccedilatildeo entre localizaccedilotildees e atributos ou seja a
recuperaccedilatildeo da localizaccedilatildeo a partir da seleccedilatildeo de uma informaccedilatildeo e vice-versa
AVALIACcedilAtildeO Utilizado para realizar estimativas sobre possiacuteveis ocorrecircncias de
fenocircmenos de diversas naturezas segundo diversas intensidades definindo-se a
extensatildeo territorial destas estimativas e suas relaccedilotildees de proximidade e conexatildeo Este
21
moacutedulo gera um mapa do territoacuterio analisado classificando cada local com notas de 0
a 10
333 A Escolha do SAGAUFRJ
Como o proacuteprio nome jaacute diz SAGA ndash Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental tratar-se de
uma ferramenta especiacutefica para o processamento das avaliaccedilotildees ambientais
Contudo nada impede que os mesmos procedimentos sejam aplicados em qualquer
outro software que disponha de recursos que viabilizem a aplicaccedilatildeo metodoloacutegica proposta
O cerne deste trabalho constitui-se na apresentaccedilatildeo da metodologia para tomadas de decisatildeo
no acircmbito de riscos socioambientais de aacutereas urbanas O VISTASAGA foi selecionado
como ferramenta de aplicaccedilatildeo em funccedilatildeo de sua praticidade e profundo conhecimento na
utilizaccedilatildeo do aplicativo se alcanccedilar a finalidade proposta
334 Formulaccedilatildeo da Anaacutelise Ambiental
A formulaccedilatildeo de meacutedia ponderada eacute proposta nas avaliaccedilotildees ambientais moacutedulo
constituinte do sistema SAGA conforme a seguir exposta
Onde
n Nuacutemero de paracircmetros (mapas) utilizados
Ai j Probabilidade de ocorrecircncia do evento analisado no elemento (pixel) ij da matriz
(mapa) resultante
Pk Peso (percentual) da contribuiccedilatildeo do paracircmetro k em relaccedilatildeo aos demais para a
ocorrecircncia do evento analisado
Nk Nota segundo o(s) avaliador (ES) dentro da escala de 0 a 10 da ocorrecircncia do
evento analisado na presenccedila da classe encontrada na linha i coluna j do mapa k
Pixel Aglutinaccedilatildeo de ldquopicture elementrdquo ou seja elemento de imagem Eacute o menor
elemento num dispositivo de exibiccedilatildeo (como por exemplo um monitor) ao qual possibilita
atribuir-se uma cor De modo mais simples um pixel eacute o menor ponto que forma uma
imagem digital sendo que os conjuntos de milhares de pixels formam a imagem inteira A
Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada possui dimensotildees de 31 X 15 ou seja 31
colunas por 15 linhas totalizando 465 pixels (adaptado de MARINO 2005 p4)
22
Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005)
A partir desta formulaccedilatildeo de Anaacutelise Ambiental podem ser feitas as seguintes
proposiccedilotildees tambeacutem segundo XAVIER DA SILVA (2001)
Ai j exprime a probabilidade resultante do produto da formulaccedilatildeo ambiental numa
escala de 0 a 10 para a ocorrecircncia de um evento ou entidade ambiental que seja
causado em princiacutepio pela atuaccedilatildeo convergente dos paracircmetros ambientais nela
considerados
Os dados envolvidos na avaliaccedilatildeo podem ser lanccedilados em uma escala ordinal que
varie entre 0 e 10 ou entre 0 e 100 para que seja gerada uma amplitude de variaccedilatildeo
suficiente a permitir maior percepccedilatildeo da variabilidade das estimativas
A normalizaccedilatildeo dos pesos restritos entre os valores 0 e 1 resulta na definiccedilatildeo do
valor do peso atribuiacutedo a um mapa como o valor maacuteximo que qualquer das classes
daquele mapa pode assumir Por exemplo atribuir um peso de 40 ao paracircmetro
ldquodeclividadesrdquo numa anaacutelise significa que o maacuteximo que uma determinada classe
deste mapa pode contribuir na determinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia do evento
analisado eacute de 4 numa escala de 0 a 10
Com a adoccedilatildeo da meacutedia ponderada estaacute criado um espaccedilo classificatoacuterio que eacute em
princiacutepio ordinal mas que pode admitir grande e variado detalhamento na
classificaccedilatildeo das estimativas
34 Aacutervore de Decisatildeo Qualidade de Vida
O diagrama da Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada eacute denominado ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo (XAVIER DA SILVA 2001) uma vez que propicia em seus diversos niacuteveis apoio
a decisotildees quanto ao seu objetivo formal ou seja estimar a quantidade a localizaccedilatildeo e a
extensatildeo dos movimentos populacionais a serem executados em uma aacuterea tendo em vista a
melhoria da qualidade de vida de seus habitantes
23
Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ)
Cada um dos retacircngulos representa um mapeamento digital de um paracircmetro de
anaacutelise ou uma avaliaccedilatildeo ambiental que tenha sido executada
A inspeccedilatildeo desta aacutervore de decisatildeo como tambeacutem das parciais seguintes possibilita
que se apresentem constataccedilotildees relevantes quanto agrave origem dos dados
No estrato inferior da figura (noacutes folhas da aacutervore) constam os mapas baacutesicos
elaborados e que constituem os componentes ambientais decisivos para as anaacutelises que
se vai empreender e que satildeo resultantes de levantamentos e de interpretaccedilotildees da
realidade ambiental do municiacutepio de Seropeacutedica
Os mapas da realidade ambiental sob a perspectiva da geografia humana utilizados
nos ramos infraestrutura condiccedilotildees sociais e condiccedilotildees de renda foram gerados a
partir dos dados censitaacuterios produzidos por IBGE (2010) referentes agrave Base de
Informaccedilotildees por Setor Censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010
Os mapas derivados e resultantes de anaacutelises mostram-se de forma assimeacutetrica no
modelo e foram elaborados no ambiente do programa VISTASAGA
A estimativa de mais alto niacutevel foi obtida a partir da conjugaccedilatildeo e integraccedilatildeo da
representaccedilatildeo cartograacutefica das Condiccedilotildees de Renda e constitui para o elevado niacutevel
de detalhe possibilitado pela escala e resoluccedilatildeo adotadas a distribuiccedilatildeo territorial de
locais indicados para transposiccedilotildees de assentamentos precaacuterios
24
35 Terminologia Censitaacuteria (IBGE)
A seguir satildeo apresentados alguns termos frequentemente citados nos capiacutetulos que
discutem o aspecto socioeconocircmico dos mapeamentos definidos segundo IBGE (2010)
Domiciacutelio particular - Domiciacutelio onde o relacionamento entre seus ocupantes era
ditado por laccedilos de parentesco de dependecircncia domeacutestica ou por normas de
convivecircncia O domiciacutelio particular eacute classificado em permanente ndash Domiciacutelio
construiacutedo para servir exclusivamente agrave habitaccedilatildeo e na data de referecircncia tinha a
finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas e coletivo - Eacute uma instituiccedilatildeo
ou estabelecimento onde as relaccedilotildees entre as pessoas que nele se encontravam
moradoras ou natildeo era restrita a normas de subordinaccedilatildeo administrativa como em
hoteacuteis moteacuteis camping pensotildees penitenciaacuterias presiacutedios casas de detenccedilatildeo
quarteacuteis postos militares asilos orfanatos conventos hospitais e cliacutenicas (com
internaccedilatildeo) alojamento de trabalhadores ou de estudantes etc
Rendimento mensal - soma do rendimento mensal de trabalho com o rendimento
proveniente de outras fontes
Rendimento mensal familiar ndash A soma dos rendimentos mensais dos componentes
da famiacutelia exclusive os das pessoas cuja condiccedilatildeo na famiacutelia fosse pensionista
empregado domeacutestico ou parente do empregado domeacutestico
Domiciacutelio com esgoto ligado a rede coletora (ou fossa seacuteptica) - quando a
canalizaccedilatildeo das aacuteguas servidas e dos dejetos proveniente do banheiro ou sanitaacuterio
estava ligada a um sistema de coleta que os conduzia a um desaguadouro geral da
aacuterea regiatildeo ou municiacutepio mesmo que o sistema natildeo dispusesse de estaccedilatildeo de
tratamento da mateacuteria esgotada
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados
O nuacutemero de domiciacutelios registrados por setor censitaacuterio no municiacutepio de Seropeacutedica
varia dependendo do setor Para a exposiccedilatildeo dos dados tabulares sob a expressatildeo
cartograacutefica haacute a necessidade de se efetuar o agrupamento desses dados em classes
A formulaccedilatildeo de Sturges (Marino apud 2008) orienta qual deva ser o nuacutemero de
categorias de acordo com a quantidade de dados disponiacuteveis neste caso o nuacutemero total de
116 setores censitaacuterios constituintes da aacuterea de estudo
25
K = 1+ 33log 116 = 1+ 33206 = 1+ 679 asymp 8 classes
352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais)
Eacute importante observar que natildeo faz sentido realizar as classificaccedilotildees a seguir sem
normalizaacute-las pelo campo que tabula a quantidade de domiciacutelios permanentes Para a melhor
compreensatildeo desta citaccedilatildeo segue uma breve ilustraccedilatildeo
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees
SETOR DOM CONECTADOS Agrave REDE ELEacuteTRICA DOMICIacuteLIOS
1 50 100 50
2 50 1000 5
Apesar de ambos setores apresentarem as mesmas quantidades de domiciacutelios
conectados agrave rede de energia eleacutetrica o setor 1 possui apenas 100 domiciacutelios ou seja 50
deste setor eacute atendido pela rede de energia eleacutetrica Analisando agora o setor 2 que tambeacutem
possui 50 domiciacutelios conectados agrave rede eleacutetrica este por sua vez eacute constituiacutedo por 1000
domiciacutelios Em termos percentuais este setor possui apenas 5 de seus domiciacutelios
abastecidos pela rede de energia eleacutetrica o que nos leva a concluir que o setor 1 eacute melhor
servido em relaccedilatildeo ao setor 2 diferentemente de quando olhamos apenas para os valores
absolutos desta amostragem
Sendo assim todos os dados seratildeo sempre classificados normalizados pela quantidade
de domiciacutelios do setor Assim obteacutem-se a resposta em termos percentuais ou seja indexada
pelo universo amostral
26
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA
Para a concepccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica a origem e o formato dos dados
foram exclusivamente apoiados nos resultados do Censo 2010 (IBGE 2010) no niacutevel de
detalhe agrupados pelos setores censitaacuterios
As anaacutelises ambientais da populaccedilatildeo residente na aacuterea de estudos versaram sobre trecircs
principais dimensotildees cada uma delas com seu conjunto de variaacuteveis empregadas
convencionalmente para a detecccedilatildeo dos iacutendices de desenvolvimento humano e de qualidade
de vida
Desta forma foram desenvolvidos mapas temaacuteticos sobre condiccedilotildees de infraestrutura
caracterizadas pelas contribuiccedilotildees do estado e do indiviacuteduo para a qualidade de vida
correspondentes aos cuidados com a coleta de lixo como condiccedilotildees do domiciacutelio quanto
energia eleacutetrica e banheiros conectados ao saneamento baacutesico sobre os aspectos sociais como
nuacutemero de habitantes por domiciacutelio e renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo e das condiccedilotildees
de educaccedilatildeo os itens avaliados satildeo crianccedilas com 5 anos ou mais de idade alfabetizados e
pessoas analfabetas funcionais
41 Unidade territorial Setor censitaacuterio
A unidade territorial adotada para as anaacutelises referentes agrave populaccedilatildeo eacute o setor
censitaacuterio conforme delimitado e identificado por IBGE (2010) A partir do mapeamento da
divisatildeo censitaacuteria disponibilizada no formato vetorial procedimentos de conversatildeo de
formatos foram aplicados atraveacutes do aplicativo Esri ArcGIS para a geraccedilatildeo do formato
matricial RasterSAGA apropriado para as avaliaccedilotildees ambientais a serem realizadas no
ambiente do sistema VistaSAGA
A regiatildeo de estudo abrange o total de 116 setores censitaacuterios como se pode observar a
seguir
27
Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
28
A base de dados cadastrais da populaccedilatildeo em escala dos setores censitaacuterios resultado
do Censo 2010 foi disponibilizada pelo IBGE em 2010 estruturada sob a forma tabular em
duas dimensotildees a saber domiciacutelios e pessoas
Para fins de filtragem dos dados tabulares socioeconocircmicos do IBGE as tabelas
originais para o municiacutepio de Seropeacutedica de domiciacutelios e pessoas foram filtradas para a aacuterea
de estudo pela seleccedilatildeo daqueles setores censitaacuterios restritos apenas ao municiacutepio em questatildeo
Todas as planilhas no formato Microsoft Excel que antes apresentavam aproximadamente
27767 mil registros referente a todos os setores censitaacuterios da Cidade do Rio de Janeiro
passa a ter apenas 116 registros referentes apenas aos setores cobertos pelo municiacutepio de
Seropeacutedica
Tendo em vista que as tabelas originais do IBGE de formato XLS (Microsoft Excel)
trazem o cabeccedilalho (nomes dos campos) em coacutedigo no formato V0001 V0002 V2500 pois
satildeo elaboradas especificamente para o uso no ambiente ESTATCART e sendo inviaacutevel
descrever o significado de cada campo em seu tiacutetulo o IBGE os codifica nos arquivos e
disponibilizam um manual descritivo de cada uma das variaacuteveis por meio do um documento
denominado ldquoCenso Demograacutefico 2010rdquo (IBGE2 2010)
Sendo assim houve tambeacutem um trabalho de interpretaccedilatildeo e pesquisa do referido
manual a fim de localizar os coacutedigos das variaacuteveis necessaacuterias a este projeto de pesquisa
dentre as mais de 3000 disponibilizadas pelo Censo Demograacutefico
A geraccedilatildeo de toda a base temaacutetica socioeconocircmica foi desenvolvida com utilizaccedilatildeo da
ferramenta de classificaccedilatildeo de mapas do SIG Esri ArcGIS
Apoacutes a geraccedilatildeo dos mapas classificatoacuterios realizou-se a conversatildeo dos mapas
temaacuteticos resultantes do formato shape (shp) para o formato matricial RasterSaga (rs2) por
meio do ldquoconversor SHPRS2rdquo aplicativo desenvolvido e disponibilizado pelo
LAGEOPUFRJ
42 Geraccedilatildeo do mapeamento temaacutetico classificatoacuterio
As subseccedilotildees a seguir caracterizam as aacutervores de decisatildeo individualizadas relativas
aos mapas temaacuteticos de infraestrutura aspectos sociais e niacutevel de educaccedilatildeo
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo
Variaacuteveis - Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
- Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
- Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
VII
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
Figura 1 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica da Pesquisa 18 Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005) 22 Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ) 23 Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de vida 29 Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de vida 34 Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de vida 38
VIII
LISTA DE MAPAS
Mapa 1 Localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo - Municiacutepio de Seropeacutedica - Rio de Janeiro 11 Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ) 27 Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza 30 Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio 31 Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica 33 Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo 35 Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo 37 Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados 39 Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura 42 Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais 44 Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) 48
IX
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees 25 Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpezardquo
(IBGE 2010) 30 Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuteriordquo
(IBGE 2010) 31 Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo (IBGE 2010)
32 Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE 2010) 34 Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimordquo
(IBGE 2010) 36 Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010) 38 Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura 40 Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais 43 Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida 46
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Aacuterea de Estudo Municiacutepio de Seropeacutedica
Seropeacutedica eacute um municiacutepio brasileiro do estado do Rio de Janeiro Localiza-se na
Microrregiatildeo de Itaguaiacute na Mesorregiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro a 75 quilocircmetros
da capital do estado Rio de Janeiro Ocupa uma aacuterea de 283794 kmsup2 e sua populaccedilatildeo foi
estimada no ano de 2011 em 78183 mil habitantes pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatiacutestica (IBGE) sendo entatildeo o 31ordm mais populoso do estado e o segundo mais populoso de
sua microrregiatildeo Faz divisa com os municiacutepios Itaguaiacute Nova Iguaccedilu Japeri Queimados e
Paracambi
Segundo informaccedilotildees do IBGE Seropeacutedica eacute um local onde se tratava e fabricava
seda O nome da cidade teve origem em 1875 Naquela eacutepoca a terra era conhecida como
segundo distrito de Itaguaiacute Tal veio da antiga fazenda Seropeacutedica do Bananal onde eram
produzidos diariamente em larga escala cerca de 50 mil casulos de Bombyx Mori
conhecidos como bicho da seda
Aacuterea de Abrangecircncia do Estudo Localiza-se a 22deg 44prime 38Prime de latitude sul 43deg 42prime 28Prime
de longitude oeste na regiatildeo oeste da Baixada Fluminense a uma elevaccedilatildeo de 26 metros do
niacutevel do mar Estaacute a uma distacircncia de 75 quilocircmetros da capital do estado
Limita-se a oeste com os municiacutepios de Nova Iguaccedilu Queimados e Japeri ao sul com
o municiacutepio do Rio de Janeiro ao norte faz divisa com Paracambi e a leste com o municiacutepio
de Itaguaiacute O territoacuterio municipal estende-se por 283 794 kmsup2
11
Mapa 1 Localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo - Municiacutepio de Seropeacutedica - Rio de Janeiro
12 Justificativa para o Trabalho
Acelerado processo de urbanizaccedilatildeo mas que ainda dispotildee de condiccedilotildees de controle se
adequadamente administrada pelos seus gestores Este eacute o quadro atual da grande maioria de
cidades do Brasil
Este estudo procura relatar a partir dos dados censitaacuterios disponibilizados pelo
Instituo Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) um diagnoacutestico mapeado acerca da
qualidade de vida no municiacutepio de Seropeacutedica
Como resultado o estudo apontaraacute localidades com boas condiccedilotildees de vida e de forma
anaacuteloga aquelas carentes de investimentos em infraestrutura e programas sociais de acordo
com o Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) Acredita-se que a aplicaccedilatildeo da
metodologia proposta possa apoiar as decisotildees poliacuteticas e investimentos por gestores puacuteblicos
13 Objetivos
131 Geral
O foco do presente estudo seraacute a preparaccedilatildeo de uma estrutura de avaliaccedilatildeo e
mapeamento da qualidade de vida com apoio na Cartografia Temaacutetica e no
Geoprocessamento com base nos aspectos sociais educacionais e de infraestrutura
132 Especiacuteficos
Zoneamento da Qualidade de Vida no Municiacutepio de Seropeacutedica (Rio de Janeiro)
Utilizaccedilatildeo do aplicativo ESRI ArcGis para elaboraccedilatildeo dos mapas temaacuteticos
socioeconocircmicos a partir da dados gerados pelo Censo Demograacutefico 2010 (IBGE)
12
Utilizaccedilatildeo do aplicativo VISTASAGA como ferramenta para a elaboraccedilatildeo de
avaliaccedilotildees ambientais organizadas segundo a estrutura de ldquoAacutervore de Decisatildeordquo
14 Organizaccedilatildeo do Trabalho
Para uma compreensatildeo clara deste trabalho esta Monografia foi dividida em 7
capiacutetulos entre os quais se insere esta Introduccedilatildeo onde satildeo apresentados os Objetivos em
que se destacam as etapas para se atingir a anaacutelise da variaccedilatildeo territorial da qualidade de vida
no municiacutepio de Seropeacutedica ndash Rio de Janeiro
O capiacutetulo 2 estaraacute voltado agrave Fundamentaccedilatildeo Teoacuterica onde satildeo introduzidos alguns
conceitos baacutesicos baseados na literatura definiccedilotildees e indicadores de qualidade de vida
Tratar-se tambeacutem a importacircncia da utilizaccedilatildeo dos Sistemas Geograacuteficos de Informaccedilotildees
(SIGs) descrevendo sua disposiccedilatildeo de composiccedilatildeo aleacutem da importacircncia e exemplos de
aplicaccedilotildees providos pelos SIGs num contexto de gestatildeo territorial
O capiacutetulo 3 eacute reservado agrave exposiccedilatildeo de metodologia ldquoA Anaacutelise Ambiental por
Geoprocessamentordquo a qual se apresenta a estrutura conceitual e loacutegica bem definida e
organizada do Geoprocessamento Neste capiacutetulo tambeacutem satildeo citados alguns estudos de caso
de aplicaccedilatildeo da referida metodologia Em seguida apresenta sob a forma de organogramas a
Aacutervore de Decisatildeo para a determinaccedilatildeo da ldquoQualidade de Vidardquo assim como as aacutervores de
niacuteveis intermediaacuterios ldquoInfraestruturardquo ldquoAspectos Sociaisrdquo e ldquoEducaccedilatildeordquo Estes diagramas
definem de forma estruturada os passos das avaliaccedilotildees para as anaacutelises ambientais
projetadas Apresenta definiccedilotildees de indicadores iacutendices de desenvolvimento humano e
qualidade de vida aleacutem dos procedimentos estatiacutesticos para a definiccedilatildeo do nuacutemero de classes
baseado no modelo de Sturges utilizado para a classificaccedilatildeo de dados socioeconocircmicos Satildeo
introduzidas tambeacutem definiccedilotildees da terminologia censitaacuteria segundo o IBGE frequumlentemente
citada no capiacutetulo seguinte atraveacutes das variaacuteveis socioeconocircmicas estudadas Justifica de
forma ilustrada a necessidade do trabalho com dados relativizados (taxas percentuais)
normalizados pela quantidade de domiciacutelios particulares permanentes de cada setor censitaacuterio
na criaccedilatildeo dos mapas socioeconocircmicos
O capiacutetulo 4 eacute retrata exclusivamente os materiais e meacutetodos empregados como a
descriccedilatildeo da aacuterea objeto de estudo municiacutepio de Seropeacutedica com sua definiccedilatildeo territorial
determinada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) caracteriacutesticas e o
processo de evoluccedilatildeo urbaniacutestica desenfreada ocorrida naquela regiatildeo Em seguida destaca a
organizaccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica pelo qual mostra-se a importacircncia da
integraccedilatildeo dos dados populacionais com os do ambiente fiacutesico nas anaacutelises ambientais
13
Destacam-se tambeacutem as variaacuteveis ambientais empregadas para a determinaccedilatildeo de iacutendices de
desenvolvimento humano e de qualidade de vida os setores censitaacuterios como unidade
territorial e tambeacutem os procedimentos estatiacutesticos adotados na fase de geraccedilatildeo da base de
dados socioeconocircmica
O capiacutetulo 5 apresenta o desenvolvimento parcial da Aacutervore de Decisatildeo referente agraves
avaliaccedilotildees com os dados populacionais oriundos do Censo 2010 seguindo-se a metodologia
proposta no capiacutetulo 3 Apresenta os mapas resultantes de avaliaccedilotildees e as anaacutelises relativas agraves
dimensotildees Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo agrave qualidade de vida as condiccedilotildees dos
aspectos sociais e as condiccedilotildees de educaccedilatildeo mapeando assim a qualidade de vida da regiatildeo
O capiacutetulo 6 destina-se agraves conclusotildees pelas quais se apresentam sinteticamente os
resultados alcanccedilados com a pesquisa
O capiacutetulo 7 reserva-se ao material de referecircncia bibliograacutefica consultado durante as
fases de desenvolvimento desta pesquisa
14
2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
Esta sessatildeo apresenta diferentes abordagens sobre a qualidade de vida e sistemas de
informaccedilotildees geograacuteficas segundo distintos autores
21 Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas na Gestatildeo Territorial
Compreende-se Sistema de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG) como referecircncia ao
conjunto de software hardware bases de dados e organizaccedilatildeo Num sentido limitado o SIG
se refere a um pacote de software que permite o tratamento automaacutetico de dados graacuteficos e
natildeo graacuteficos georreferenciados Assim
O uso de SIGs permite obter mapas com rapidez e precisatildeo a partir
da atualizaccedilatildeo dos bancos de dados sendo uma ferramenta
importante no estudo de potencialidades do ambiente e no caso da
avaliaccedilatildeo de aacutereas com risco de salinizaccedilatildeo constitui-se etapa
importante para a definiccedilatildeo de praacuteticas adequadas de manejo e
conservaccedilatildeo do solo e recursos hiacutedricos (Valadares e Faria 2004
p91)
Para Polidoro e Barros (2010 p86) sistemas de informaccedilotildees geograacuteficas satildeo valiosas
ferramentas computacionais que tornam possiacutevel a anaacutelise e tratamento de informaccedilotildees
geograacuteficas e a posterior disponibilizaccedilatildeo dessas como suporte a tomada de decisotildees
Martins (2005 p 24) considera que o SIG eacute capaz de apontar por meio de mapas
temaacuteticos relacionados a um banco de dados tabularem situaccedilotildees de risco permitindo a
prevenccedilatildeo e a contenccedilatildeo de impactos ambientais
Martins (2005 p93) ainda compreende que
Um SIG eacute uma ferramenta computacional que permite a
representaccedilatildeo dos objetos geograacuteficos (vias limites de municiacutepios
edificaccedilotildees etc) da superfiacutecie terrestre de maneira simplificada por
meio da utilizaccedilatildeo de formas geomeacutetricas (pontos linhas e
poliacutegonos)
15
O SIG pode ser utilizado por qualquer aacuterea de conhecimento visto que eacute uma
disciplina multidisciplinar poreacutem eacute necessaacuterio que cada aacuterea se volte para a informaccedilatildeo
quantitativa para trabalhar e obter dados atraveacutes da visualizaccedilatildeo dos mapas Por exemplo
Um socioacutelogo deseja utilizar um SIG para entender e quantificar o fenocircmeno da
exclusatildeo social numa determinada capital brasileira
Um engenheiro florestal aplica um SIG para a contenccedilatildeo de aacutereas remanescentes
florestais de uma dada regiatildeo
Um geoacutegrafo pretende usar um SIG para gerar a distribuiccedilatildeo do desenvolvimento
industrial de uma dada regiatildeo
A partir das definiccedilotildees acima compreende-se a interdisciplinaridade do assunto diante
da integraccedilatildeo numa singular base de dados dados censitaacuterios informaccedilotildees espaciais
provenientes de dados cartograacuteficos e cadastro urbano e rural imagens de sateacutelite redes e
modelos numeacutericos de terreno
22 Qualidade de Vida e Iacutendices de Desenvolvimento Humano
De acordo com Demo (1998) num primeiro passo podemos recorrer para a
etimologia latina qualitas significa ldquoa essecircnciardquo Assim qualidade designa a parte essencial
das coisas aquilo que lhe seria mais importante e determinante Demo (1998 p93) tambeacutem
assume que a qualidade aponta para a marca central das coisas e dos seres aquilo que natildeo se
consome no tempo que fica para sempre que decide o que algo eacute definitivamente
Segundo Fleck (2000 apud The WHOQOL Group 1995 p34) a Organizaccedilatildeo
Mundial da Sauacutede conceituou ldquoQualidade de Vidardquo como a percepccedilatildeo do indiviacuteduo de sua
posiccedilatildeo na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relaccedilatildeo
aos seus objetivos expectativas padrotildees e preocupaccedilotildees
De acordo com Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Seropeacutedica Tiacutetulo I Paraacutegrafo Uacutenico
a accedilatildeo municipal desenvolve-se em todo o seu territoacuterio sem
privileacutegios de bairros reduzindo as desigualdades regionais e sociais
promovendo o bem-estar de todos sem preconceitos de origem raccedila
sexo cor idade e quaisquer outras formas de discriminaccedilatildeo
Um aspecto importante que caracteriza estudos que partem de uma definiccedilatildeo geneacuterica
da Qualidade de Vida eacute que as amostras estudadas incluem pessoas saudaacuteveis da populaccedilatildeo
nunca se restringindo a amostras de pessoas portadoras de agravos especiacuteficos
16
Para Seidl e Zannon (2004) a Qualidade de Vida apresenta uma acepccedilatildeo mais ampla
aparentemente influenciada por estudos socioloacutegicos sem fazer referecircncia a disfunccedilotildees ou
agravos (Zannon e Seidl 2004 p583) Com relaccedilatildeo ao meio ambiente o modelo incorpora
conceitos mais amplos onde meio ambiente eacute a resultante das questotildees socioeconocircmicas de
uma realidade Nesse processo qualidade de vida abrange ainda os aspectos comportamentais
(por exemplo exercitaccedilatildeo e alimentaccedilatildeo) e perceptivos da comunidade acerca do que eacute
qualidade de vida
Para Nobre (1995 p 299)
Qualidade de vida foi definida como sensaccedilatildeo iacutentima de conforto
bem-estar ou felicidade no desempenho de funccedilotildees fiacutesicas intelectuais
e psiacutequicas dentro da realidade da sua famiacutelia do seu trabalho e dos
valores da comunidade agrave qual pertence
A qualidade de vida no Brasil eacute medida atraveacutes do ponto de vista do Iacutendice de
Desenvolvimento Humano (IDH) Este por sua vez analisa os estados brasileiros atraveacutes de
trecircs itens essenciais renda educaccedilatildeo e expectativa de vida A renda eacute avaliada pelo PIB real
per capita a sauacutede pela esperanccedila de vida ao nascer e a educaccedilatildeo pela taxa de alfabetizaccedilatildeo
de adultos e taxas de matriacutecula aos niacuteveis primaacuterios secundaacuterios combinados Renda
educaccedilatildeo e sauacutede seriam atributos de igual importacircncia como expressatildeo da capacidade
humana (Minayo Buss Hartz 2000 p8)
O Programa das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgou em 1990 o
levantamento do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) O conceito de Desenvolvimento
Humano eacute o ingrediente principal do Relatoacuterio de Desenvolvimento Humano (RDH) Aleacutem
do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) este faz parte da compreensatildeo de que para
averiguar o avanccedilo de uma populaccedilatildeo natildeo se deve considerar apenas a dimensatildeo econocircmica
poreacutem outras influenciam a qualidade da vida humana
O desenvolvimento humano por definiccedilatildeo eacute compreendido como um abrangente
processo de expansatildeo de escolhas individuais nas diversas aacutereas como geograacutefica
econocircmica social cultural e poliacutetica Embora saiba-se que a possibilidade natildeo eacute satisfeita
de as pessoas terem o discernimento ou condiccedilotildees de exercerem esse direito que eacute
internacionalmente reconhecido nas cartas de cidadania e foco de assunto constitucional
brasileiro algumas dessas escolhas satildeo baacutesicas para a vida humana
17
As opccedilotildees por vida saudaacutevel por adquirir conhecimento por morar dignamente e por
atingir e manter um padratildeo de vida decente satildeo condiccedilotildees fundamentais para os seres
humanos e agrave medida que sejam alcanccediladas abrem caminho para outras escolhas igualmente
importantes referentes agrave participaccedilatildeo poliacutetica agrave diversidade cultural aos direitos humanos e agrave
liberdade individual e coletiva (IPEA1998)
Segundo IPEA (1998) o conceito atual de desenvolvimento humano eacute amplo pois
aleacutem de considerar os seres humanos como participantes ativos do processo de
desenvolvimento os tem como beneficiaacuterios do processo produtivo e vecirc suas necessidades
baacutesicas monitoradas a partir dos citados requisitos miacutenimos e de suas escolhas A ideia de
desenvolvimento humano ao integrar todos esses conceitos que sintetizam a capacidade de
bem-estar e da qualidade de vida representa uma noccedilatildeo abrangente de desenvolvimento com
sentido holiacutestico
Os censos demograacuteficos efetuados e entregues pelo IBGE por sua riqueza de dados e
informaccedilotildees permitem que sejam elaborados diversos tipos de iacutendices de desenvolvimento
que podem abarcar os conceitos econocircmicos e sociais
Segundo IPEA (1998) a vantagem de se aproveitar a base de dados censitaacuteria ainda
relativamente pouco explorada em trabalhos cientiacuteficos e teacutecnicos eacute que ela permite
incorporar outras variaacuteveis e dimensotildees agrave anaacutelise do desenvolvimento humano
Os iacutendices sinteacuteticos de desenvolvimento humano ocorrido no Brasil atualmente satildeo
o Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e o Iacutendice de Condiccedilotildees de Vida
(ICV) Para sua construccedilatildeo satildeo gerados e empregados diversos indicadores O objetivo do
iacutendice sinteacutetico que permite a comparaccedilatildeo e ordenaccedilatildeo entre comunidades eacute reduzir todos os
indicadores por ponderaccedilotildees e juiacutezos de valor a um iacutendice uacutenico O IDHM para sua
concepccedilatildeo precisa ultrapassar certos conceitos baacutesicos do IDH que foi idealizado para ser
calculado e comparar paiacuteses Para sua avaliaccedilatildeo consideram-se trecircs dimensotildees Educaccedilatildeo
Renda e Longevidade O ICV para a sua construccedilatildeo considera cinco grupos de indicadores
Educaccedilatildeo Renda Habitaccedilatildeo Infacircncia e Longevidade Cada uma dessas dimensotildees eacute
estruturada a partir de diversas variaacuteveis
Esses iacutendices tecircm sido empregados no Brasil com a incorporaccedilatildeo dos dados censitaacuterios
histoacutericos estando mais difundidos os relativos aos censos de 1970 a 2000 Tanto o IDHM
como o ICV generalizam os dados para municiacutepios e permitem a comparaccedilatildeo segundo essas
unidades
18
3 METODOLOGIA DE PESQUISA
31 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica
A Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada ilustra os materiais e processos
aplicados nesta pesquisa As caixas foram coloridas de modo a diferenciar os produtos e os
processos especiacuteficos da metodologia apresentada (violeta) da aplicaccedilatildeo especiacutefica para o
Municiacutepio de Seropeacutedica (vermelha)
Todo o processo eacute estruturado num modelo de representaccedilatildeo denominada ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo que apresenta passo a passo cada avaliaccedilatildeo intermediaacuteria necessaacuteria a se chegar ao
resultado final (mapeamento de Qualidade de Vida)
Figura 1 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica da Pesquisa
32 Base de Dados Socioeconocircmica
No estrato superior do fluxograma apresenta-se a malha e dados censitaacuterios obtida a
partir do acervo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) Constituem os
elementos necessaacuterios para a geraccedilatildeo de mapas temaacuteticos que compotildeem a base de dados
socioeconocircmica do estudo O processo eacute permitido para esta particular aplicaccedilatildeo por meio
da utilizaccedilatildeo do ldquoMoacutedulo de Classificaccedilatildeo e Criaccedilatildeo de Mapas Temaacuteticosrdquo do aplicativo Esri
ArcGIS A coloraccedilatildeo vermelha destas caixas eacute justificada devido agrave possibilidade da base de
dados socioeconocircmica a ser obtida a partir de qualquer outra fonte (ou de ser gerada) e
19
tambeacutem processada por outros aplicativos de acordo com os conhecimentos do analista e
disponibilidade de dados para a localidade de estudo Aleacutem da flexibilidade quanto agrave fonte
dos dados fica a criteacuterio do analista a seleccedilatildeo das variaacuteveis socioeconocircmicas a serem
utilizadas na avaliaccedilatildeo de qualidade de vida Para esta aplicaccedilatildeo a unidade territorial adotada
satildeo os setores censitaacuterios definidos a partir de IBGE (2010)
33 Avaliaccedilatildeo Ambiental
A partir das bases de dados socioeconocircmicos (Renda Analfabetismo Coleta de Lixo
etc) aplica-se formulaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo Ambiental (detalhada na sessatildeo 334) para obtenccedilatildeo
dos mapas de ldquoQualidade de Vidardquo A escolha do algoritmo avaliativo para o processamento
das anaacutelises tambeacutem eacute flexiacutevel a outras formulaccedilotildees e aplicativos a criteacuterio do avaliador
331 A Anaacutelise Ambiental por Geoprocessamento
A Anaacutelise Ambiental ldquoeacute um instrumento fundamental na investigaccedilatildeo interdisciplinar
pois fornece uma gama variada de percepccedilotildees que iratildeo auxiliar no aprofundamento do
conhecimento cientiacuteficordquo (Stipp e Stipp 2004 p24)
Para SILVA amp SOUZA (1998 ldquoapudrdquo Stipp e Stipp 2004 p24) analisar um
ambiente significa desmembraacute-lo em termos de suas partes componentes e apreender as suas
funccedilotildees internas e externas com a consequente criaccedilatildeo de um conjunto integrado de
informaccedilotildees representativo deste conhecimento adquirido
A Anaacutelise Ambiental deve ser compreendida como um instrumento integrador que
encare o meio ambiente sob o acircngulo da preocupaccedilatildeo com o uso que o homem faz dele no
sentido de se contribuir para o desenvolvimento de uma perspectiva interdisciplinar de
investigaccedilatildeo da construccedilatildeo do meio ambiente e da organizaccedilatildeo do espaccedilo (Stipp e Stipp
2004 p24)
A anaacutelise ambiental expressa na realizaccedilatildeo dos diagnoacutesticos zoneamentos e a
avaliaccedilatildeo nos impactos ambientais (Sales 2004 p130) Paralelamente satildeo tratados os planos
de manejo e planejamento dos usos dos espaccedilos naturais e em alguns casos - ainda raros - de
recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas Satildeo esses conjuntos de procedimentos que recebe a rubrica
de anaacutelise ambiental (Mendonccedila 1993 Ross 1990 ldquoapudrdquo Geografia Sistemas e anaacutelise
ambiental abordagem criacutetica 2004 p130)
Logo o processo de anaacutelise ambiental envolve a elaboraccedilatildeo de diagnoacutesticos a
manifestaccedilatildeo de interesse poliacutetico a revelaccedilatildeo de interesse da coletividade envolvida com o
20
intuito de trazer melhorias para uma determinada aacuterea ou trazer antecipadamente diagnoacutesticos
de possiacuteveis situaccedilotildees indesejaacuteveis ou ateacute mesmo prever aacutereas de potencial
332 O Projeto SAGAUFRJ
O Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental (SAGAUFRJ) foi implantado em 1983 no
Departamento de Geografia da UFRJ pelo Prof Dr Jorge Xavier da Silva coordenador do
entatildeo Grupo de Pesquisas em Geoprocessamento (GPG) Foi desenvolvido como um sistema
para aplicaccedilotildees ambientais de faacutecil implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo em equipamentos de baixo custo
o que se tornou possiacutevel principalmente graccedilas ao crescimento da popularidade e uso de
microcomputadores do tipo IBM-PC
Eacute possiacutevel a partir da aplicaccedilatildeo deste ter estimativas de riscos de desmoronamentos e
de enchentes potenciais turiacutesticos e de urbanizaccedilatildeo para fins de preservaccedilatildeo e a anaacutelise da
qualidade de vida em favelas constituem uma pequena amostra das pesquisas realizadas pela
comunidade de usuaacuterios atraveacutes da utilizaccedilatildeo do SAGAUFRJ
Sua primeira versatildeo foi criada na deacutecada de 1980 apresentando mapas com no
maacuteximo 16 cores Nesta eacutepoca o geoprocessamento era bastante limitado pela barreira
tecnoloacutegica Seguindo a evoluccedilatildeo da informaacutetica o Vista Saga tambeacutem foi evoluindo com
novas versotildees mais sofisticadas Hoje o Vista Saga trabalha com cores de 32 bits
viabilizando ateacute a visualizaccedilatildeo em trecircs dimensotildees de aacutereas de estudos
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que o VISTASAGA eacute um projeto totalmente
nacional cresce em meio acadecircmico e sem fins lucrativos Pode ser obtido gratuitamente
atraveacutes do site httpwwwlageopufrjbr
Constituem seus principais moacutedulos de processamento
MONITORIA Este procedimento consiste no levantamento puxado das alteraccedilotildees
ambientais ocorridas em uma determinada situaccedilatildeo ambiental Registros sucessivos de
fenocircmenos ambientais utilizando taxonomias correspondentes (classificaccedilotildees iguais
ou correlacionaacuteveis) podem ser usados para o acompanhamento da evoluccedilatildeo
territorial de processos e ocorrecircncias de interesse
ASSINATURA SIGs permitem a locomoccedilatildeo entre localizaccedilotildees e atributos ou seja a
recuperaccedilatildeo da localizaccedilatildeo a partir da seleccedilatildeo de uma informaccedilatildeo e vice-versa
AVALIACcedilAtildeO Utilizado para realizar estimativas sobre possiacuteveis ocorrecircncias de
fenocircmenos de diversas naturezas segundo diversas intensidades definindo-se a
extensatildeo territorial destas estimativas e suas relaccedilotildees de proximidade e conexatildeo Este
21
moacutedulo gera um mapa do territoacuterio analisado classificando cada local com notas de 0
a 10
333 A Escolha do SAGAUFRJ
Como o proacuteprio nome jaacute diz SAGA ndash Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental tratar-se de
uma ferramenta especiacutefica para o processamento das avaliaccedilotildees ambientais
Contudo nada impede que os mesmos procedimentos sejam aplicados em qualquer
outro software que disponha de recursos que viabilizem a aplicaccedilatildeo metodoloacutegica proposta
O cerne deste trabalho constitui-se na apresentaccedilatildeo da metodologia para tomadas de decisatildeo
no acircmbito de riscos socioambientais de aacutereas urbanas O VISTASAGA foi selecionado
como ferramenta de aplicaccedilatildeo em funccedilatildeo de sua praticidade e profundo conhecimento na
utilizaccedilatildeo do aplicativo se alcanccedilar a finalidade proposta
334 Formulaccedilatildeo da Anaacutelise Ambiental
A formulaccedilatildeo de meacutedia ponderada eacute proposta nas avaliaccedilotildees ambientais moacutedulo
constituinte do sistema SAGA conforme a seguir exposta
Onde
n Nuacutemero de paracircmetros (mapas) utilizados
Ai j Probabilidade de ocorrecircncia do evento analisado no elemento (pixel) ij da matriz
(mapa) resultante
Pk Peso (percentual) da contribuiccedilatildeo do paracircmetro k em relaccedilatildeo aos demais para a
ocorrecircncia do evento analisado
Nk Nota segundo o(s) avaliador (ES) dentro da escala de 0 a 10 da ocorrecircncia do
evento analisado na presenccedila da classe encontrada na linha i coluna j do mapa k
Pixel Aglutinaccedilatildeo de ldquopicture elementrdquo ou seja elemento de imagem Eacute o menor
elemento num dispositivo de exibiccedilatildeo (como por exemplo um monitor) ao qual possibilita
atribuir-se uma cor De modo mais simples um pixel eacute o menor ponto que forma uma
imagem digital sendo que os conjuntos de milhares de pixels formam a imagem inteira A
Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada possui dimensotildees de 31 X 15 ou seja 31
colunas por 15 linhas totalizando 465 pixels (adaptado de MARINO 2005 p4)
22
Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005)
A partir desta formulaccedilatildeo de Anaacutelise Ambiental podem ser feitas as seguintes
proposiccedilotildees tambeacutem segundo XAVIER DA SILVA (2001)
Ai j exprime a probabilidade resultante do produto da formulaccedilatildeo ambiental numa
escala de 0 a 10 para a ocorrecircncia de um evento ou entidade ambiental que seja
causado em princiacutepio pela atuaccedilatildeo convergente dos paracircmetros ambientais nela
considerados
Os dados envolvidos na avaliaccedilatildeo podem ser lanccedilados em uma escala ordinal que
varie entre 0 e 10 ou entre 0 e 100 para que seja gerada uma amplitude de variaccedilatildeo
suficiente a permitir maior percepccedilatildeo da variabilidade das estimativas
A normalizaccedilatildeo dos pesos restritos entre os valores 0 e 1 resulta na definiccedilatildeo do
valor do peso atribuiacutedo a um mapa como o valor maacuteximo que qualquer das classes
daquele mapa pode assumir Por exemplo atribuir um peso de 40 ao paracircmetro
ldquodeclividadesrdquo numa anaacutelise significa que o maacuteximo que uma determinada classe
deste mapa pode contribuir na determinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia do evento
analisado eacute de 4 numa escala de 0 a 10
Com a adoccedilatildeo da meacutedia ponderada estaacute criado um espaccedilo classificatoacuterio que eacute em
princiacutepio ordinal mas que pode admitir grande e variado detalhamento na
classificaccedilatildeo das estimativas
34 Aacutervore de Decisatildeo Qualidade de Vida
O diagrama da Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada eacute denominado ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo (XAVIER DA SILVA 2001) uma vez que propicia em seus diversos niacuteveis apoio
a decisotildees quanto ao seu objetivo formal ou seja estimar a quantidade a localizaccedilatildeo e a
extensatildeo dos movimentos populacionais a serem executados em uma aacuterea tendo em vista a
melhoria da qualidade de vida de seus habitantes
23
Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ)
Cada um dos retacircngulos representa um mapeamento digital de um paracircmetro de
anaacutelise ou uma avaliaccedilatildeo ambiental que tenha sido executada
A inspeccedilatildeo desta aacutervore de decisatildeo como tambeacutem das parciais seguintes possibilita
que se apresentem constataccedilotildees relevantes quanto agrave origem dos dados
No estrato inferior da figura (noacutes folhas da aacutervore) constam os mapas baacutesicos
elaborados e que constituem os componentes ambientais decisivos para as anaacutelises que
se vai empreender e que satildeo resultantes de levantamentos e de interpretaccedilotildees da
realidade ambiental do municiacutepio de Seropeacutedica
Os mapas da realidade ambiental sob a perspectiva da geografia humana utilizados
nos ramos infraestrutura condiccedilotildees sociais e condiccedilotildees de renda foram gerados a
partir dos dados censitaacuterios produzidos por IBGE (2010) referentes agrave Base de
Informaccedilotildees por Setor Censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010
Os mapas derivados e resultantes de anaacutelises mostram-se de forma assimeacutetrica no
modelo e foram elaborados no ambiente do programa VISTASAGA
A estimativa de mais alto niacutevel foi obtida a partir da conjugaccedilatildeo e integraccedilatildeo da
representaccedilatildeo cartograacutefica das Condiccedilotildees de Renda e constitui para o elevado niacutevel
de detalhe possibilitado pela escala e resoluccedilatildeo adotadas a distribuiccedilatildeo territorial de
locais indicados para transposiccedilotildees de assentamentos precaacuterios
24
35 Terminologia Censitaacuteria (IBGE)
A seguir satildeo apresentados alguns termos frequentemente citados nos capiacutetulos que
discutem o aspecto socioeconocircmico dos mapeamentos definidos segundo IBGE (2010)
Domiciacutelio particular - Domiciacutelio onde o relacionamento entre seus ocupantes era
ditado por laccedilos de parentesco de dependecircncia domeacutestica ou por normas de
convivecircncia O domiciacutelio particular eacute classificado em permanente ndash Domiciacutelio
construiacutedo para servir exclusivamente agrave habitaccedilatildeo e na data de referecircncia tinha a
finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas e coletivo - Eacute uma instituiccedilatildeo
ou estabelecimento onde as relaccedilotildees entre as pessoas que nele se encontravam
moradoras ou natildeo era restrita a normas de subordinaccedilatildeo administrativa como em
hoteacuteis moteacuteis camping pensotildees penitenciaacuterias presiacutedios casas de detenccedilatildeo
quarteacuteis postos militares asilos orfanatos conventos hospitais e cliacutenicas (com
internaccedilatildeo) alojamento de trabalhadores ou de estudantes etc
Rendimento mensal - soma do rendimento mensal de trabalho com o rendimento
proveniente de outras fontes
Rendimento mensal familiar ndash A soma dos rendimentos mensais dos componentes
da famiacutelia exclusive os das pessoas cuja condiccedilatildeo na famiacutelia fosse pensionista
empregado domeacutestico ou parente do empregado domeacutestico
Domiciacutelio com esgoto ligado a rede coletora (ou fossa seacuteptica) - quando a
canalizaccedilatildeo das aacuteguas servidas e dos dejetos proveniente do banheiro ou sanitaacuterio
estava ligada a um sistema de coleta que os conduzia a um desaguadouro geral da
aacuterea regiatildeo ou municiacutepio mesmo que o sistema natildeo dispusesse de estaccedilatildeo de
tratamento da mateacuteria esgotada
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados
O nuacutemero de domiciacutelios registrados por setor censitaacuterio no municiacutepio de Seropeacutedica
varia dependendo do setor Para a exposiccedilatildeo dos dados tabulares sob a expressatildeo
cartograacutefica haacute a necessidade de se efetuar o agrupamento desses dados em classes
A formulaccedilatildeo de Sturges (Marino apud 2008) orienta qual deva ser o nuacutemero de
categorias de acordo com a quantidade de dados disponiacuteveis neste caso o nuacutemero total de
116 setores censitaacuterios constituintes da aacuterea de estudo
25
K = 1+ 33log 116 = 1+ 33206 = 1+ 679 asymp 8 classes
352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais)
Eacute importante observar que natildeo faz sentido realizar as classificaccedilotildees a seguir sem
normalizaacute-las pelo campo que tabula a quantidade de domiciacutelios permanentes Para a melhor
compreensatildeo desta citaccedilatildeo segue uma breve ilustraccedilatildeo
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees
SETOR DOM CONECTADOS Agrave REDE ELEacuteTRICA DOMICIacuteLIOS
1 50 100 50
2 50 1000 5
Apesar de ambos setores apresentarem as mesmas quantidades de domiciacutelios
conectados agrave rede de energia eleacutetrica o setor 1 possui apenas 100 domiciacutelios ou seja 50
deste setor eacute atendido pela rede de energia eleacutetrica Analisando agora o setor 2 que tambeacutem
possui 50 domiciacutelios conectados agrave rede eleacutetrica este por sua vez eacute constituiacutedo por 1000
domiciacutelios Em termos percentuais este setor possui apenas 5 de seus domiciacutelios
abastecidos pela rede de energia eleacutetrica o que nos leva a concluir que o setor 1 eacute melhor
servido em relaccedilatildeo ao setor 2 diferentemente de quando olhamos apenas para os valores
absolutos desta amostragem
Sendo assim todos os dados seratildeo sempre classificados normalizados pela quantidade
de domiciacutelios do setor Assim obteacutem-se a resposta em termos percentuais ou seja indexada
pelo universo amostral
26
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA
Para a concepccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica a origem e o formato dos dados
foram exclusivamente apoiados nos resultados do Censo 2010 (IBGE 2010) no niacutevel de
detalhe agrupados pelos setores censitaacuterios
As anaacutelises ambientais da populaccedilatildeo residente na aacuterea de estudos versaram sobre trecircs
principais dimensotildees cada uma delas com seu conjunto de variaacuteveis empregadas
convencionalmente para a detecccedilatildeo dos iacutendices de desenvolvimento humano e de qualidade
de vida
Desta forma foram desenvolvidos mapas temaacuteticos sobre condiccedilotildees de infraestrutura
caracterizadas pelas contribuiccedilotildees do estado e do indiviacuteduo para a qualidade de vida
correspondentes aos cuidados com a coleta de lixo como condiccedilotildees do domiciacutelio quanto
energia eleacutetrica e banheiros conectados ao saneamento baacutesico sobre os aspectos sociais como
nuacutemero de habitantes por domiciacutelio e renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo e das condiccedilotildees
de educaccedilatildeo os itens avaliados satildeo crianccedilas com 5 anos ou mais de idade alfabetizados e
pessoas analfabetas funcionais
41 Unidade territorial Setor censitaacuterio
A unidade territorial adotada para as anaacutelises referentes agrave populaccedilatildeo eacute o setor
censitaacuterio conforme delimitado e identificado por IBGE (2010) A partir do mapeamento da
divisatildeo censitaacuteria disponibilizada no formato vetorial procedimentos de conversatildeo de
formatos foram aplicados atraveacutes do aplicativo Esri ArcGIS para a geraccedilatildeo do formato
matricial RasterSAGA apropriado para as avaliaccedilotildees ambientais a serem realizadas no
ambiente do sistema VistaSAGA
A regiatildeo de estudo abrange o total de 116 setores censitaacuterios como se pode observar a
seguir
27
Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
28
A base de dados cadastrais da populaccedilatildeo em escala dos setores censitaacuterios resultado
do Censo 2010 foi disponibilizada pelo IBGE em 2010 estruturada sob a forma tabular em
duas dimensotildees a saber domiciacutelios e pessoas
Para fins de filtragem dos dados tabulares socioeconocircmicos do IBGE as tabelas
originais para o municiacutepio de Seropeacutedica de domiciacutelios e pessoas foram filtradas para a aacuterea
de estudo pela seleccedilatildeo daqueles setores censitaacuterios restritos apenas ao municiacutepio em questatildeo
Todas as planilhas no formato Microsoft Excel que antes apresentavam aproximadamente
27767 mil registros referente a todos os setores censitaacuterios da Cidade do Rio de Janeiro
passa a ter apenas 116 registros referentes apenas aos setores cobertos pelo municiacutepio de
Seropeacutedica
Tendo em vista que as tabelas originais do IBGE de formato XLS (Microsoft Excel)
trazem o cabeccedilalho (nomes dos campos) em coacutedigo no formato V0001 V0002 V2500 pois
satildeo elaboradas especificamente para o uso no ambiente ESTATCART e sendo inviaacutevel
descrever o significado de cada campo em seu tiacutetulo o IBGE os codifica nos arquivos e
disponibilizam um manual descritivo de cada uma das variaacuteveis por meio do um documento
denominado ldquoCenso Demograacutefico 2010rdquo (IBGE2 2010)
Sendo assim houve tambeacutem um trabalho de interpretaccedilatildeo e pesquisa do referido
manual a fim de localizar os coacutedigos das variaacuteveis necessaacuterias a este projeto de pesquisa
dentre as mais de 3000 disponibilizadas pelo Censo Demograacutefico
A geraccedilatildeo de toda a base temaacutetica socioeconocircmica foi desenvolvida com utilizaccedilatildeo da
ferramenta de classificaccedilatildeo de mapas do SIG Esri ArcGIS
Apoacutes a geraccedilatildeo dos mapas classificatoacuterios realizou-se a conversatildeo dos mapas
temaacuteticos resultantes do formato shape (shp) para o formato matricial RasterSaga (rs2) por
meio do ldquoconversor SHPRS2rdquo aplicativo desenvolvido e disponibilizado pelo
LAGEOPUFRJ
42 Geraccedilatildeo do mapeamento temaacutetico classificatoacuterio
As subseccedilotildees a seguir caracterizam as aacutervores de decisatildeo individualizadas relativas
aos mapas temaacuteticos de infraestrutura aspectos sociais e niacutevel de educaccedilatildeo
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo
Variaacuteveis - Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
- Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
- Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
VIII
LISTA DE MAPAS
Mapa 1 Localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo - Municiacutepio de Seropeacutedica - Rio de Janeiro 11 Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ) 27 Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza 30 Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio 31 Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica 33 Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo 35 Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo 37 Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados 39 Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura 42 Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais 44 Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) 48
IX
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees 25 Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpezardquo
(IBGE 2010) 30 Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuteriordquo
(IBGE 2010) 31 Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo (IBGE 2010)
32 Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE 2010) 34 Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimordquo
(IBGE 2010) 36 Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010) 38 Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura 40 Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais 43 Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida 46
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Aacuterea de Estudo Municiacutepio de Seropeacutedica
Seropeacutedica eacute um municiacutepio brasileiro do estado do Rio de Janeiro Localiza-se na
Microrregiatildeo de Itaguaiacute na Mesorregiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro a 75 quilocircmetros
da capital do estado Rio de Janeiro Ocupa uma aacuterea de 283794 kmsup2 e sua populaccedilatildeo foi
estimada no ano de 2011 em 78183 mil habitantes pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatiacutestica (IBGE) sendo entatildeo o 31ordm mais populoso do estado e o segundo mais populoso de
sua microrregiatildeo Faz divisa com os municiacutepios Itaguaiacute Nova Iguaccedilu Japeri Queimados e
Paracambi
Segundo informaccedilotildees do IBGE Seropeacutedica eacute um local onde se tratava e fabricava
seda O nome da cidade teve origem em 1875 Naquela eacutepoca a terra era conhecida como
segundo distrito de Itaguaiacute Tal veio da antiga fazenda Seropeacutedica do Bananal onde eram
produzidos diariamente em larga escala cerca de 50 mil casulos de Bombyx Mori
conhecidos como bicho da seda
Aacuterea de Abrangecircncia do Estudo Localiza-se a 22deg 44prime 38Prime de latitude sul 43deg 42prime 28Prime
de longitude oeste na regiatildeo oeste da Baixada Fluminense a uma elevaccedilatildeo de 26 metros do
niacutevel do mar Estaacute a uma distacircncia de 75 quilocircmetros da capital do estado
Limita-se a oeste com os municiacutepios de Nova Iguaccedilu Queimados e Japeri ao sul com
o municiacutepio do Rio de Janeiro ao norte faz divisa com Paracambi e a leste com o municiacutepio
de Itaguaiacute O territoacuterio municipal estende-se por 283 794 kmsup2
11
Mapa 1 Localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo - Municiacutepio de Seropeacutedica - Rio de Janeiro
12 Justificativa para o Trabalho
Acelerado processo de urbanizaccedilatildeo mas que ainda dispotildee de condiccedilotildees de controle se
adequadamente administrada pelos seus gestores Este eacute o quadro atual da grande maioria de
cidades do Brasil
Este estudo procura relatar a partir dos dados censitaacuterios disponibilizados pelo
Instituo Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) um diagnoacutestico mapeado acerca da
qualidade de vida no municiacutepio de Seropeacutedica
Como resultado o estudo apontaraacute localidades com boas condiccedilotildees de vida e de forma
anaacuteloga aquelas carentes de investimentos em infraestrutura e programas sociais de acordo
com o Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) Acredita-se que a aplicaccedilatildeo da
metodologia proposta possa apoiar as decisotildees poliacuteticas e investimentos por gestores puacuteblicos
13 Objetivos
131 Geral
O foco do presente estudo seraacute a preparaccedilatildeo de uma estrutura de avaliaccedilatildeo e
mapeamento da qualidade de vida com apoio na Cartografia Temaacutetica e no
Geoprocessamento com base nos aspectos sociais educacionais e de infraestrutura
132 Especiacuteficos
Zoneamento da Qualidade de Vida no Municiacutepio de Seropeacutedica (Rio de Janeiro)
Utilizaccedilatildeo do aplicativo ESRI ArcGis para elaboraccedilatildeo dos mapas temaacuteticos
socioeconocircmicos a partir da dados gerados pelo Censo Demograacutefico 2010 (IBGE)
12
Utilizaccedilatildeo do aplicativo VISTASAGA como ferramenta para a elaboraccedilatildeo de
avaliaccedilotildees ambientais organizadas segundo a estrutura de ldquoAacutervore de Decisatildeordquo
14 Organizaccedilatildeo do Trabalho
Para uma compreensatildeo clara deste trabalho esta Monografia foi dividida em 7
capiacutetulos entre os quais se insere esta Introduccedilatildeo onde satildeo apresentados os Objetivos em
que se destacam as etapas para se atingir a anaacutelise da variaccedilatildeo territorial da qualidade de vida
no municiacutepio de Seropeacutedica ndash Rio de Janeiro
O capiacutetulo 2 estaraacute voltado agrave Fundamentaccedilatildeo Teoacuterica onde satildeo introduzidos alguns
conceitos baacutesicos baseados na literatura definiccedilotildees e indicadores de qualidade de vida
Tratar-se tambeacutem a importacircncia da utilizaccedilatildeo dos Sistemas Geograacuteficos de Informaccedilotildees
(SIGs) descrevendo sua disposiccedilatildeo de composiccedilatildeo aleacutem da importacircncia e exemplos de
aplicaccedilotildees providos pelos SIGs num contexto de gestatildeo territorial
O capiacutetulo 3 eacute reservado agrave exposiccedilatildeo de metodologia ldquoA Anaacutelise Ambiental por
Geoprocessamentordquo a qual se apresenta a estrutura conceitual e loacutegica bem definida e
organizada do Geoprocessamento Neste capiacutetulo tambeacutem satildeo citados alguns estudos de caso
de aplicaccedilatildeo da referida metodologia Em seguida apresenta sob a forma de organogramas a
Aacutervore de Decisatildeo para a determinaccedilatildeo da ldquoQualidade de Vidardquo assim como as aacutervores de
niacuteveis intermediaacuterios ldquoInfraestruturardquo ldquoAspectos Sociaisrdquo e ldquoEducaccedilatildeordquo Estes diagramas
definem de forma estruturada os passos das avaliaccedilotildees para as anaacutelises ambientais
projetadas Apresenta definiccedilotildees de indicadores iacutendices de desenvolvimento humano e
qualidade de vida aleacutem dos procedimentos estatiacutesticos para a definiccedilatildeo do nuacutemero de classes
baseado no modelo de Sturges utilizado para a classificaccedilatildeo de dados socioeconocircmicos Satildeo
introduzidas tambeacutem definiccedilotildees da terminologia censitaacuteria segundo o IBGE frequumlentemente
citada no capiacutetulo seguinte atraveacutes das variaacuteveis socioeconocircmicas estudadas Justifica de
forma ilustrada a necessidade do trabalho com dados relativizados (taxas percentuais)
normalizados pela quantidade de domiciacutelios particulares permanentes de cada setor censitaacuterio
na criaccedilatildeo dos mapas socioeconocircmicos
O capiacutetulo 4 eacute retrata exclusivamente os materiais e meacutetodos empregados como a
descriccedilatildeo da aacuterea objeto de estudo municiacutepio de Seropeacutedica com sua definiccedilatildeo territorial
determinada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) caracteriacutesticas e o
processo de evoluccedilatildeo urbaniacutestica desenfreada ocorrida naquela regiatildeo Em seguida destaca a
organizaccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica pelo qual mostra-se a importacircncia da
integraccedilatildeo dos dados populacionais com os do ambiente fiacutesico nas anaacutelises ambientais
13
Destacam-se tambeacutem as variaacuteveis ambientais empregadas para a determinaccedilatildeo de iacutendices de
desenvolvimento humano e de qualidade de vida os setores censitaacuterios como unidade
territorial e tambeacutem os procedimentos estatiacutesticos adotados na fase de geraccedilatildeo da base de
dados socioeconocircmica
O capiacutetulo 5 apresenta o desenvolvimento parcial da Aacutervore de Decisatildeo referente agraves
avaliaccedilotildees com os dados populacionais oriundos do Censo 2010 seguindo-se a metodologia
proposta no capiacutetulo 3 Apresenta os mapas resultantes de avaliaccedilotildees e as anaacutelises relativas agraves
dimensotildees Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo agrave qualidade de vida as condiccedilotildees dos
aspectos sociais e as condiccedilotildees de educaccedilatildeo mapeando assim a qualidade de vida da regiatildeo
O capiacutetulo 6 destina-se agraves conclusotildees pelas quais se apresentam sinteticamente os
resultados alcanccedilados com a pesquisa
O capiacutetulo 7 reserva-se ao material de referecircncia bibliograacutefica consultado durante as
fases de desenvolvimento desta pesquisa
14
2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
Esta sessatildeo apresenta diferentes abordagens sobre a qualidade de vida e sistemas de
informaccedilotildees geograacuteficas segundo distintos autores
21 Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas na Gestatildeo Territorial
Compreende-se Sistema de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG) como referecircncia ao
conjunto de software hardware bases de dados e organizaccedilatildeo Num sentido limitado o SIG
se refere a um pacote de software que permite o tratamento automaacutetico de dados graacuteficos e
natildeo graacuteficos georreferenciados Assim
O uso de SIGs permite obter mapas com rapidez e precisatildeo a partir
da atualizaccedilatildeo dos bancos de dados sendo uma ferramenta
importante no estudo de potencialidades do ambiente e no caso da
avaliaccedilatildeo de aacutereas com risco de salinizaccedilatildeo constitui-se etapa
importante para a definiccedilatildeo de praacuteticas adequadas de manejo e
conservaccedilatildeo do solo e recursos hiacutedricos (Valadares e Faria 2004
p91)
Para Polidoro e Barros (2010 p86) sistemas de informaccedilotildees geograacuteficas satildeo valiosas
ferramentas computacionais que tornam possiacutevel a anaacutelise e tratamento de informaccedilotildees
geograacuteficas e a posterior disponibilizaccedilatildeo dessas como suporte a tomada de decisotildees
Martins (2005 p 24) considera que o SIG eacute capaz de apontar por meio de mapas
temaacuteticos relacionados a um banco de dados tabularem situaccedilotildees de risco permitindo a
prevenccedilatildeo e a contenccedilatildeo de impactos ambientais
Martins (2005 p93) ainda compreende que
Um SIG eacute uma ferramenta computacional que permite a
representaccedilatildeo dos objetos geograacuteficos (vias limites de municiacutepios
edificaccedilotildees etc) da superfiacutecie terrestre de maneira simplificada por
meio da utilizaccedilatildeo de formas geomeacutetricas (pontos linhas e
poliacutegonos)
15
O SIG pode ser utilizado por qualquer aacuterea de conhecimento visto que eacute uma
disciplina multidisciplinar poreacutem eacute necessaacuterio que cada aacuterea se volte para a informaccedilatildeo
quantitativa para trabalhar e obter dados atraveacutes da visualizaccedilatildeo dos mapas Por exemplo
Um socioacutelogo deseja utilizar um SIG para entender e quantificar o fenocircmeno da
exclusatildeo social numa determinada capital brasileira
Um engenheiro florestal aplica um SIG para a contenccedilatildeo de aacutereas remanescentes
florestais de uma dada regiatildeo
Um geoacutegrafo pretende usar um SIG para gerar a distribuiccedilatildeo do desenvolvimento
industrial de uma dada regiatildeo
A partir das definiccedilotildees acima compreende-se a interdisciplinaridade do assunto diante
da integraccedilatildeo numa singular base de dados dados censitaacuterios informaccedilotildees espaciais
provenientes de dados cartograacuteficos e cadastro urbano e rural imagens de sateacutelite redes e
modelos numeacutericos de terreno
22 Qualidade de Vida e Iacutendices de Desenvolvimento Humano
De acordo com Demo (1998) num primeiro passo podemos recorrer para a
etimologia latina qualitas significa ldquoa essecircnciardquo Assim qualidade designa a parte essencial
das coisas aquilo que lhe seria mais importante e determinante Demo (1998 p93) tambeacutem
assume que a qualidade aponta para a marca central das coisas e dos seres aquilo que natildeo se
consome no tempo que fica para sempre que decide o que algo eacute definitivamente
Segundo Fleck (2000 apud The WHOQOL Group 1995 p34) a Organizaccedilatildeo
Mundial da Sauacutede conceituou ldquoQualidade de Vidardquo como a percepccedilatildeo do indiviacuteduo de sua
posiccedilatildeo na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relaccedilatildeo
aos seus objetivos expectativas padrotildees e preocupaccedilotildees
De acordo com Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Seropeacutedica Tiacutetulo I Paraacutegrafo Uacutenico
a accedilatildeo municipal desenvolve-se em todo o seu territoacuterio sem
privileacutegios de bairros reduzindo as desigualdades regionais e sociais
promovendo o bem-estar de todos sem preconceitos de origem raccedila
sexo cor idade e quaisquer outras formas de discriminaccedilatildeo
Um aspecto importante que caracteriza estudos que partem de uma definiccedilatildeo geneacuterica
da Qualidade de Vida eacute que as amostras estudadas incluem pessoas saudaacuteveis da populaccedilatildeo
nunca se restringindo a amostras de pessoas portadoras de agravos especiacuteficos
16
Para Seidl e Zannon (2004) a Qualidade de Vida apresenta uma acepccedilatildeo mais ampla
aparentemente influenciada por estudos socioloacutegicos sem fazer referecircncia a disfunccedilotildees ou
agravos (Zannon e Seidl 2004 p583) Com relaccedilatildeo ao meio ambiente o modelo incorpora
conceitos mais amplos onde meio ambiente eacute a resultante das questotildees socioeconocircmicas de
uma realidade Nesse processo qualidade de vida abrange ainda os aspectos comportamentais
(por exemplo exercitaccedilatildeo e alimentaccedilatildeo) e perceptivos da comunidade acerca do que eacute
qualidade de vida
Para Nobre (1995 p 299)
Qualidade de vida foi definida como sensaccedilatildeo iacutentima de conforto
bem-estar ou felicidade no desempenho de funccedilotildees fiacutesicas intelectuais
e psiacutequicas dentro da realidade da sua famiacutelia do seu trabalho e dos
valores da comunidade agrave qual pertence
A qualidade de vida no Brasil eacute medida atraveacutes do ponto de vista do Iacutendice de
Desenvolvimento Humano (IDH) Este por sua vez analisa os estados brasileiros atraveacutes de
trecircs itens essenciais renda educaccedilatildeo e expectativa de vida A renda eacute avaliada pelo PIB real
per capita a sauacutede pela esperanccedila de vida ao nascer e a educaccedilatildeo pela taxa de alfabetizaccedilatildeo
de adultos e taxas de matriacutecula aos niacuteveis primaacuterios secundaacuterios combinados Renda
educaccedilatildeo e sauacutede seriam atributos de igual importacircncia como expressatildeo da capacidade
humana (Minayo Buss Hartz 2000 p8)
O Programa das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgou em 1990 o
levantamento do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) O conceito de Desenvolvimento
Humano eacute o ingrediente principal do Relatoacuterio de Desenvolvimento Humano (RDH) Aleacutem
do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) este faz parte da compreensatildeo de que para
averiguar o avanccedilo de uma populaccedilatildeo natildeo se deve considerar apenas a dimensatildeo econocircmica
poreacutem outras influenciam a qualidade da vida humana
O desenvolvimento humano por definiccedilatildeo eacute compreendido como um abrangente
processo de expansatildeo de escolhas individuais nas diversas aacutereas como geograacutefica
econocircmica social cultural e poliacutetica Embora saiba-se que a possibilidade natildeo eacute satisfeita
de as pessoas terem o discernimento ou condiccedilotildees de exercerem esse direito que eacute
internacionalmente reconhecido nas cartas de cidadania e foco de assunto constitucional
brasileiro algumas dessas escolhas satildeo baacutesicas para a vida humana
17
As opccedilotildees por vida saudaacutevel por adquirir conhecimento por morar dignamente e por
atingir e manter um padratildeo de vida decente satildeo condiccedilotildees fundamentais para os seres
humanos e agrave medida que sejam alcanccediladas abrem caminho para outras escolhas igualmente
importantes referentes agrave participaccedilatildeo poliacutetica agrave diversidade cultural aos direitos humanos e agrave
liberdade individual e coletiva (IPEA1998)
Segundo IPEA (1998) o conceito atual de desenvolvimento humano eacute amplo pois
aleacutem de considerar os seres humanos como participantes ativos do processo de
desenvolvimento os tem como beneficiaacuterios do processo produtivo e vecirc suas necessidades
baacutesicas monitoradas a partir dos citados requisitos miacutenimos e de suas escolhas A ideia de
desenvolvimento humano ao integrar todos esses conceitos que sintetizam a capacidade de
bem-estar e da qualidade de vida representa uma noccedilatildeo abrangente de desenvolvimento com
sentido holiacutestico
Os censos demograacuteficos efetuados e entregues pelo IBGE por sua riqueza de dados e
informaccedilotildees permitem que sejam elaborados diversos tipos de iacutendices de desenvolvimento
que podem abarcar os conceitos econocircmicos e sociais
Segundo IPEA (1998) a vantagem de se aproveitar a base de dados censitaacuteria ainda
relativamente pouco explorada em trabalhos cientiacuteficos e teacutecnicos eacute que ela permite
incorporar outras variaacuteveis e dimensotildees agrave anaacutelise do desenvolvimento humano
Os iacutendices sinteacuteticos de desenvolvimento humano ocorrido no Brasil atualmente satildeo
o Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e o Iacutendice de Condiccedilotildees de Vida
(ICV) Para sua construccedilatildeo satildeo gerados e empregados diversos indicadores O objetivo do
iacutendice sinteacutetico que permite a comparaccedilatildeo e ordenaccedilatildeo entre comunidades eacute reduzir todos os
indicadores por ponderaccedilotildees e juiacutezos de valor a um iacutendice uacutenico O IDHM para sua
concepccedilatildeo precisa ultrapassar certos conceitos baacutesicos do IDH que foi idealizado para ser
calculado e comparar paiacuteses Para sua avaliaccedilatildeo consideram-se trecircs dimensotildees Educaccedilatildeo
Renda e Longevidade O ICV para a sua construccedilatildeo considera cinco grupos de indicadores
Educaccedilatildeo Renda Habitaccedilatildeo Infacircncia e Longevidade Cada uma dessas dimensotildees eacute
estruturada a partir de diversas variaacuteveis
Esses iacutendices tecircm sido empregados no Brasil com a incorporaccedilatildeo dos dados censitaacuterios
histoacutericos estando mais difundidos os relativos aos censos de 1970 a 2000 Tanto o IDHM
como o ICV generalizam os dados para municiacutepios e permitem a comparaccedilatildeo segundo essas
unidades
18
3 METODOLOGIA DE PESQUISA
31 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica
A Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada ilustra os materiais e processos
aplicados nesta pesquisa As caixas foram coloridas de modo a diferenciar os produtos e os
processos especiacuteficos da metodologia apresentada (violeta) da aplicaccedilatildeo especiacutefica para o
Municiacutepio de Seropeacutedica (vermelha)
Todo o processo eacute estruturado num modelo de representaccedilatildeo denominada ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo que apresenta passo a passo cada avaliaccedilatildeo intermediaacuteria necessaacuteria a se chegar ao
resultado final (mapeamento de Qualidade de Vida)
Figura 1 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica da Pesquisa
32 Base de Dados Socioeconocircmica
No estrato superior do fluxograma apresenta-se a malha e dados censitaacuterios obtida a
partir do acervo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) Constituem os
elementos necessaacuterios para a geraccedilatildeo de mapas temaacuteticos que compotildeem a base de dados
socioeconocircmica do estudo O processo eacute permitido para esta particular aplicaccedilatildeo por meio
da utilizaccedilatildeo do ldquoMoacutedulo de Classificaccedilatildeo e Criaccedilatildeo de Mapas Temaacuteticosrdquo do aplicativo Esri
ArcGIS A coloraccedilatildeo vermelha destas caixas eacute justificada devido agrave possibilidade da base de
dados socioeconocircmica a ser obtida a partir de qualquer outra fonte (ou de ser gerada) e
19
tambeacutem processada por outros aplicativos de acordo com os conhecimentos do analista e
disponibilidade de dados para a localidade de estudo Aleacutem da flexibilidade quanto agrave fonte
dos dados fica a criteacuterio do analista a seleccedilatildeo das variaacuteveis socioeconocircmicas a serem
utilizadas na avaliaccedilatildeo de qualidade de vida Para esta aplicaccedilatildeo a unidade territorial adotada
satildeo os setores censitaacuterios definidos a partir de IBGE (2010)
33 Avaliaccedilatildeo Ambiental
A partir das bases de dados socioeconocircmicos (Renda Analfabetismo Coleta de Lixo
etc) aplica-se formulaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo Ambiental (detalhada na sessatildeo 334) para obtenccedilatildeo
dos mapas de ldquoQualidade de Vidardquo A escolha do algoritmo avaliativo para o processamento
das anaacutelises tambeacutem eacute flexiacutevel a outras formulaccedilotildees e aplicativos a criteacuterio do avaliador
331 A Anaacutelise Ambiental por Geoprocessamento
A Anaacutelise Ambiental ldquoeacute um instrumento fundamental na investigaccedilatildeo interdisciplinar
pois fornece uma gama variada de percepccedilotildees que iratildeo auxiliar no aprofundamento do
conhecimento cientiacuteficordquo (Stipp e Stipp 2004 p24)
Para SILVA amp SOUZA (1998 ldquoapudrdquo Stipp e Stipp 2004 p24) analisar um
ambiente significa desmembraacute-lo em termos de suas partes componentes e apreender as suas
funccedilotildees internas e externas com a consequente criaccedilatildeo de um conjunto integrado de
informaccedilotildees representativo deste conhecimento adquirido
A Anaacutelise Ambiental deve ser compreendida como um instrumento integrador que
encare o meio ambiente sob o acircngulo da preocupaccedilatildeo com o uso que o homem faz dele no
sentido de se contribuir para o desenvolvimento de uma perspectiva interdisciplinar de
investigaccedilatildeo da construccedilatildeo do meio ambiente e da organizaccedilatildeo do espaccedilo (Stipp e Stipp
2004 p24)
A anaacutelise ambiental expressa na realizaccedilatildeo dos diagnoacutesticos zoneamentos e a
avaliaccedilatildeo nos impactos ambientais (Sales 2004 p130) Paralelamente satildeo tratados os planos
de manejo e planejamento dos usos dos espaccedilos naturais e em alguns casos - ainda raros - de
recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas Satildeo esses conjuntos de procedimentos que recebe a rubrica
de anaacutelise ambiental (Mendonccedila 1993 Ross 1990 ldquoapudrdquo Geografia Sistemas e anaacutelise
ambiental abordagem criacutetica 2004 p130)
Logo o processo de anaacutelise ambiental envolve a elaboraccedilatildeo de diagnoacutesticos a
manifestaccedilatildeo de interesse poliacutetico a revelaccedilatildeo de interesse da coletividade envolvida com o
20
intuito de trazer melhorias para uma determinada aacuterea ou trazer antecipadamente diagnoacutesticos
de possiacuteveis situaccedilotildees indesejaacuteveis ou ateacute mesmo prever aacutereas de potencial
332 O Projeto SAGAUFRJ
O Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental (SAGAUFRJ) foi implantado em 1983 no
Departamento de Geografia da UFRJ pelo Prof Dr Jorge Xavier da Silva coordenador do
entatildeo Grupo de Pesquisas em Geoprocessamento (GPG) Foi desenvolvido como um sistema
para aplicaccedilotildees ambientais de faacutecil implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo em equipamentos de baixo custo
o que se tornou possiacutevel principalmente graccedilas ao crescimento da popularidade e uso de
microcomputadores do tipo IBM-PC
Eacute possiacutevel a partir da aplicaccedilatildeo deste ter estimativas de riscos de desmoronamentos e
de enchentes potenciais turiacutesticos e de urbanizaccedilatildeo para fins de preservaccedilatildeo e a anaacutelise da
qualidade de vida em favelas constituem uma pequena amostra das pesquisas realizadas pela
comunidade de usuaacuterios atraveacutes da utilizaccedilatildeo do SAGAUFRJ
Sua primeira versatildeo foi criada na deacutecada de 1980 apresentando mapas com no
maacuteximo 16 cores Nesta eacutepoca o geoprocessamento era bastante limitado pela barreira
tecnoloacutegica Seguindo a evoluccedilatildeo da informaacutetica o Vista Saga tambeacutem foi evoluindo com
novas versotildees mais sofisticadas Hoje o Vista Saga trabalha com cores de 32 bits
viabilizando ateacute a visualizaccedilatildeo em trecircs dimensotildees de aacutereas de estudos
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que o VISTASAGA eacute um projeto totalmente
nacional cresce em meio acadecircmico e sem fins lucrativos Pode ser obtido gratuitamente
atraveacutes do site httpwwwlageopufrjbr
Constituem seus principais moacutedulos de processamento
MONITORIA Este procedimento consiste no levantamento puxado das alteraccedilotildees
ambientais ocorridas em uma determinada situaccedilatildeo ambiental Registros sucessivos de
fenocircmenos ambientais utilizando taxonomias correspondentes (classificaccedilotildees iguais
ou correlacionaacuteveis) podem ser usados para o acompanhamento da evoluccedilatildeo
territorial de processos e ocorrecircncias de interesse
ASSINATURA SIGs permitem a locomoccedilatildeo entre localizaccedilotildees e atributos ou seja a
recuperaccedilatildeo da localizaccedilatildeo a partir da seleccedilatildeo de uma informaccedilatildeo e vice-versa
AVALIACcedilAtildeO Utilizado para realizar estimativas sobre possiacuteveis ocorrecircncias de
fenocircmenos de diversas naturezas segundo diversas intensidades definindo-se a
extensatildeo territorial destas estimativas e suas relaccedilotildees de proximidade e conexatildeo Este
21
moacutedulo gera um mapa do territoacuterio analisado classificando cada local com notas de 0
a 10
333 A Escolha do SAGAUFRJ
Como o proacuteprio nome jaacute diz SAGA ndash Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental tratar-se de
uma ferramenta especiacutefica para o processamento das avaliaccedilotildees ambientais
Contudo nada impede que os mesmos procedimentos sejam aplicados em qualquer
outro software que disponha de recursos que viabilizem a aplicaccedilatildeo metodoloacutegica proposta
O cerne deste trabalho constitui-se na apresentaccedilatildeo da metodologia para tomadas de decisatildeo
no acircmbito de riscos socioambientais de aacutereas urbanas O VISTASAGA foi selecionado
como ferramenta de aplicaccedilatildeo em funccedilatildeo de sua praticidade e profundo conhecimento na
utilizaccedilatildeo do aplicativo se alcanccedilar a finalidade proposta
334 Formulaccedilatildeo da Anaacutelise Ambiental
A formulaccedilatildeo de meacutedia ponderada eacute proposta nas avaliaccedilotildees ambientais moacutedulo
constituinte do sistema SAGA conforme a seguir exposta
Onde
n Nuacutemero de paracircmetros (mapas) utilizados
Ai j Probabilidade de ocorrecircncia do evento analisado no elemento (pixel) ij da matriz
(mapa) resultante
Pk Peso (percentual) da contribuiccedilatildeo do paracircmetro k em relaccedilatildeo aos demais para a
ocorrecircncia do evento analisado
Nk Nota segundo o(s) avaliador (ES) dentro da escala de 0 a 10 da ocorrecircncia do
evento analisado na presenccedila da classe encontrada na linha i coluna j do mapa k
Pixel Aglutinaccedilatildeo de ldquopicture elementrdquo ou seja elemento de imagem Eacute o menor
elemento num dispositivo de exibiccedilatildeo (como por exemplo um monitor) ao qual possibilita
atribuir-se uma cor De modo mais simples um pixel eacute o menor ponto que forma uma
imagem digital sendo que os conjuntos de milhares de pixels formam a imagem inteira A
Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada possui dimensotildees de 31 X 15 ou seja 31
colunas por 15 linhas totalizando 465 pixels (adaptado de MARINO 2005 p4)
22
Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005)
A partir desta formulaccedilatildeo de Anaacutelise Ambiental podem ser feitas as seguintes
proposiccedilotildees tambeacutem segundo XAVIER DA SILVA (2001)
Ai j exprime a probabilidade resultante do produto da formulaccedilatildeo ambiental numa
escala de 0 a 10 para a ocorrecircncia de um evento ou entidade ambiental que seja
causado em princiacutepio pela atuaccedilatildeo convergente dos paracircmetros ambientais nela
considerados
Os dados envolvidos na avaliaccedilatildeo podem ser lanccedilados em uma escala ordinal que
varie entre 0 e 10 ou entre 0 e 100 para que seja gerada uma amplitude de variaccedilatildeo
suficiente a permitir maior percepccedilatildeo da variabilidade das estimativas
A normalizaccedilatildeo dos pesos restritos entre os valores 0 e 1 resulta na definiccedilatildeo do
valor do peso atribuiacutedo a um mapa como o valor maacuteximo que qualquer das classes
daquele mapa pode assumir Por exemplo atribuir um peso de 40 ao paracircmetro
ldquodeclividadesrdquo numa anaacutelise significa que o maacuteximo que uma determinada classe
deste mapa pode contribuir na determinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia do evento
analisado eacute de 4 numa escala de 0 a 10
Com a adoccedilatildeo da meacutedia ponderada estaacute criado um espaccedilo classificatoacuterio que eacute em
princiacutepio ordinal mas que pode admitir grande e variado detalhamento na
classificaccedilatildeo das estimativas
34 Aacutervore de Decisatildeo Qualidade de Vida
O diagrama da Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada eacute denominado ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo (XAVIER DA SILVA 2001) uma vez que propicia em seus diversos niacuteveis apoio
a decisotildees quanto ao seu objetivo formal ou seja estimar a quantidade a localizaccedilatildeo e a
extensatildeo dos movimentos populacionais a serem executados em uma aacuterea tendo em vista a
melhoria da qualidade de vida de seus habitantes
23
Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ)
Cada um dos retacircngulos representa um mapeamento digital de um paracircmetro de
anaacutelise ou uma avaliaccedilatildeo ambiental que tenha sido executada
A inspeccedilatildeo desta aacutervore de decisatildeo como tambeacutem das parciais seguintes possibilita
que se apresentem constataccedilotildees relevantes quanto agrave origem dos dados
No estrato inferior da figura (noacutes folhas da aacutervore) constam os mapas baacutesicos
elaborados e que constituem os componentes ambientais decisivos para as anaacutelises que
se vai empreender e que satildeo resultantes de levantamentos e de interpretaccedilotildees da
realidade ambiental do municiacutepio de Seropeacutedica
Os mapas da realidade ambiental sob a perspectiva da geografia humana utilizados
nos ramos infraestrutura condiccedilotildees sociais e condiccedilotildees de renda foram gerados a
partir dos dados censitaacuterios produzidos por IBGE (2010) referentes agrave Base de
Informaccedilotildees por Setor Censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010
Os mapas derivados e resultantes de anaacutelises mostram-se de forma assimeacutetrica no
modelo e foram elaborados no ambiente do programa VISTASAGA
A estimativa de mais alto niacutevel foi obtida a partir da conjugaccedilatildeo e integraccedilatildeo da
representaccedilatildeo cartograacutefica das Condiccedilotildees de Renda e constitui para o elevado niacutevel
de detalhe possibilitado pela escala e resoluccedilatildeo adotadas a distribuiccedilatildeo territorial de
locais indicados para transposiccedilotildees de assentamentos precaacuterios
24
35 Terminologia Censitaacuteria (IBGE)
A seguir satildeo apresentados alguns termos frequentemente citados nos capiacutetulos que
discutem o aspecto socioeconocircmico dos mapeamentos definidos segundo IBGE (2010)
Domiciacutelio particular - Domiciacutelio onde o relacionamento entre seus ocupantes era
ditado por laccedilos de parentesco de dependecircncia domeacutestica ou por normas de
convivecircncia O domiciacutelio particular eacute classificado em permanente ndash Domiciacutelio
construiacutedo para servir exclusivamente agrave habitaccedilatildeo e na data de referecircncia tinha a
finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas e coletivo - Eacute uma instituiccedilatildeo
ou estabelecimento onde as relaccedilotildees entre as pessoas que nele se encontravam
moradoras ou natildeo era restrita a normas de subordinaccedilatildeo administrativa como em
hoteacuteis moteacuteis camping pensotildees penitenciaacuterias presiacutedios casas de detenccedilatildeo
quarteacuteis postos militares asilos orfanatos conventos hospitais e cliacutenicas (com
internaccedilatildeo) alojamento de trabalhadores ou de estudantes etc
Rendimento mensal - soma do rendimento mensal de trabalho com o rendimento
proveniente de outras fontes
Rendimento mensal familiar ndash A soma dos rendimentos mensais dos componentes
da famiacutelia exclusive os das pessoas cuja condiccedilatildeo na famiacutelia fosse pensionista
empregado domeacutestico ou parente do empregado domeacutestico
Domiciacutelio com esgoto ligado a rede coletora (ou fossa seacuteptica) - quando a
canalizaccedilatildeo das aacuteguas servidas e dos dejetos proveniente do banheiro ou sanitaacuterio
estava ligada a um sistema de coleta que os conduzia a um desaguadouro geral da
aacuterea regiatildeo ou municiacutepio mesmo que o sistema natildeo dispusesse de estaccedilatildeo de
tratamento da mateacuteria esgotada
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados
O nuacutemero de domiciacutelios registrados por setor censitaacuterio no municiacutepio de Seropeacutedica
varia dependendo do setor Para a exposiccedilatildeo dos dados tabulares sob a expressatildeo
cartograacutefica haacute a necessidade de se efetuar o agrupamento desses dados em classes
A formulaccedilatildeo de Sturges (Marino apud 2008) orienta qual deva ser o nuacutemero de
categorias de acordo com a quantidade de dados disponiacuteveis neste caso o nuacutemero total de
116 setores censitaacuterios constituintes da aacuterea de estudo
25
K = 1+ 33log 116 = 1+ 33206 = 1+ 679 asymp 8 classes
352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais)
Eacute importante observar que natildeo faz sentido realizar as classificaccedilotildees a seguir sem
normalizaacute-las pelo campo que tabula a quantidade de domiciacutelios permanentes Para a melhor
compreensatildeo desta citaccedilatildeo segue uma breve ilustraccedilatildeo
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees
SETOR DOM CONECTADOS Agrave REDE ELEacuteTRICA DOMICIacuteLIOS
1 50 100 50
2 50 1000 5
Apesar de ambos setores apresentarem as mesmas quantidades de domiciacutelios
conectados agrave rede de energia eleacutetrica o setor 1 possui apenas 100 domiciacutelios ou seja 50
deste setor eacute atendido pela rede de energia eleacutetrica Analisando agora o setor 2 que tambeacutem
possui 50 domiciacutelios conectados agrave rede eleacutetrica este por sua vez eacute constituiacutedo por 1000
domiciacutelios Em termos percentuais este setor possui apenas 5 de seus domiciacutelios
abastecidos pela rede de energia eleacutetrica o que nos leva a concluir que o setor 1 eacute melhor
servido em relaccedilatildeo ao setor 2 diferentemente de quando olhamos apenas para os valores
absolutos desta amostragem
Sendo assim todos os dados seratildeo sempre classificados normalizados pela quantidade
de domiciacutelios do setor Assim obteacutem-se a resposta em termos percentuais ou seja indexada
pelo universo amostral
26
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA
Para a concepccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica a origem e o formato dos dados
foram exclusivamente apoiados nos resultados do Censo 2010 (IBGE 2010) no niacutevel de
detalhe agrupados pelos setores censitaacuterios
As anaacutelises ambientais da populaccedilatildeo residente na aacuterea de estudos versaram sobre trecircs
principais dimensotildees cada uma delas com seu conjunto de variaacuteveis empregadas
convencionalmente para a detecccedilatildeo dos iacutendices de desenvolvimento humano e de qualidade
de vida
Desta forma foram desenvolvidos mapas temaacuteticos sobre condiccedilotildees de infraestrutura
caracterizadas pelas contribuiccedilotildees do estado e do indiviacuteduo para a qualidade de vida
correspondentes aos cuidados com a coleta de lixo como condiccedilotildees do domiciacutelio quanto
energia eleacutetrica e banheiros conectados ao saneamento baacutesico sobre os aspectos sociais como
nuacutemero de habitantes por domiciacutelio e renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo e das condiccedilotildees
de educaccedilatildeo os itens avaliados satildeo crianccedilas com 5 anos ou mais de idade alfabetizados e
pessoas analfabetas funcionais
41 Unidade territorial Setor censitaacuterio
A unidade territorial adotada para as anaacutelises referentes agrave populaccedilatildeo eacute o setor
censitaacuterio conforme delimitado e identificado por IBGE (2010) A partir do mapeamento da
divisatildeo censitaacuteria disponibilizada no formato vetorial procedimentos de conversatildeo de
formatos foram aplicados atraveacutes do aplicativo Esri ArcGIS para a geraccedilatildeo do formato
matricial RasterSAGA apropriado para as avaliaccedilotildees ambientais a serem realizadas no
ambiente do sistema VistaSAGA
A regiatildeo de estudo abrange o total de 116 setores censitaacuterios como se pode observar a
seguir
27
Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
28
A base de dados cadastrais da populaccedilatildeo em escala dos setores censitaacuterios resultado
do Censo 2010 foi disponibilizada pelo IBGE em 2010 estruturada sob a forma tabular em
duas dimensotildees a saber domiciacutelios e pessoas
Para fins de filtragem dos dados tabulares socioeconocircmicos do IBGE as tabelas
originais para o municiacutepio de Seropeacutedica de domiciacutelios e pessoas foram filtradas para a aacuterea
de estudo pela seleccedilatildeo daqueles setores censitaacuterios restritos apenas ao municiacutepio em questatildeo
Todas as planilhas no formato Microsoft Excel que antes apresentavam aproximadamente
27767 mil registros referente a todos os setores censitaacuterios da Cidade do Rio de Janeiro
passa a ter apenas 116 registros referentes apenas aos setores cobertos pelo municiacutepio de
Seropeacutedica
Tendo em vista que as tabelas originais do IBGE de formato XLS (Microsoft Excel)
trazem o cabeccedilalho (nomes dos campos) em coacutedigo no formato V0001 V0002 V2500 pois
satildeo elaboradas especificamente para o uso no ambiente ESTATCART e sendo inviaacutevel
descrever o significado de cada campo em seu tiacutetulo o IBGE os codifica nos arquivos e
disponibilizam um manual descritivo de cada uma das variaacuteveis por meio do um documento
denominado ldquoCenso Demograacutefico 2010rdquo (IBGE2 2010)
Sendo assim houve tambeacutem um trabalho de interpretaccedilatildeo e pesquisa do referido
manual a fim de localizar os coacutedigos das variaacuteveis necessaacuterias a este projeto de pesquisa
dentre as mais de 3000 disponibilizadas pelo Censo Demograacutefico
A geraccedilatildeo de toda a base temaacutetica socioeconocircmica foi desenvolvida com utilizaccedilatildeo da
ferramenta de classificaccedilatildeo de mapas do SIG Esri ArcGIS
Apoacutes a geraccedilatildeo dos mapas classificatoacuterios realizou-se a conversatildeo dos mapas
temaacuteticos resultantes do formato shape (shp) para o formato matricial RasterSaga (rs2) por
meio do ldquoconversor SHPRS2rdquo aplicativo desenvolvido e disponibilizado pelo
LAGEOPUFRJ
42 Geraccedilatildeo do mapeamento temaacutetico classificatoacuterio
As subseccedilotildees a seguir caracterizam as aacutervores de decisatildeo individualizadas relativas
aos mapas temaacuteticos de infraestrutura aspectos sociais e niacutevel de educaccedilatildeo
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo
Variaacuteveis - Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
- Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
- Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
IX
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees 25 Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpezardquo
(IBGE 2010) 30 Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuteriordquo
(IBGE 2010) 31 Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo (IBGE 2010)
32 Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE 2010) 34 Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimordquo
(IBGE 2010) 36 Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010) 38 Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura 40 Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais 43 Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida 46
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Aacuterea de Estudo Municiacutepio de Seropeacutedica
Seropeacutedica eacute um municiacutepio brasileiro do estado do Rio de Janeiro Localiza-se na
Microrregiatildeo de Itaguaiacute na Mesorregiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro a 75 quilocircmetros
da capital do estado Rio de Janeiro Ocupa uma aacuterea de 283794 kmsup2 e sua populaccedilatildeo foi
estimada no ano de 2011 em 78183 mil habitantes pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatiacutestica (IBGE) sendo entatildeo o 31ordm mais populoso do estado e o segundo mais populoso de
sua microrregiatildeo Faz divisa com os municiacutepios Itaguaiacute Nova Iguaccedilu Japeri Queimados e
Paracambi
Segundo informaccedilotildees do IBGE Seropeacutedica eacute um local onde se tratava e fabricava
seda O nome da cidade teve origem em 1875 Naquela eacutepoca a terra era conhecida como
segundo distrito de Itaguaiacute Tal veio da antiga fazenda Seropeacutedica do Bananal onde eram
produzidos diariamente em larga escala cerca de 50 mil casulos de Bombyx Mori
conhecidos como bicho da seda
Aacuterea de Abrangecircncia do Estudo Localiza-se a 22deg 44prime 38Prime de latitude sul 43deg 42prime 28Prime
de longitude oeste na regiatildeo oeste da Baixada Fluminense a uma elevaccedilatildeo de 26 metros do
niacutevel do mar Estaacute a uma distacircncia de 75 quilocircmetros da capital do estado
Limita-se a oeste com os municiacutepios de Nova Iguaccedilu Queimados e Japeri ao sul com
o municiacutepio do Rio de Janeiro ao norte faz divisa com Paracambi e a leste com o municiacutepio
de Itaguaiacute O territoacuterio municipal estende-se por 283 794 kmsup2
11
Mapa 1 Localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo - Municiacutepio de Seropeacutedica - Rio de Janeiro
12 Justificativa para o Trabalho
Acelerado processo de urbanizaccedilatildeo mas que ainda dispotildee de condiccedilotildees de controle se
adequadamente administrada pelos seus gestores Este eacute o quadro atual da grande maioria de
cidades do Brasil
Este estudo procura relatar a partir dos dados censitaacuterios disponibilizados pelo
Instituo Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) um diagnoacutestico mapeado acerca da
qualidade de vida no municiacutepio de Seropeacutedica
Como resultado o estudo apontaraacute localidades com boas condiccedilotildees de vida e de forma
anaacuteloga aquelas carentes de investimentos em infraestrutura e programas sociais de acordo
com o Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) Acredita-se que a aplicaccedilatildeo da
metodologia proposta possa apoiar as decisotildees poliacuteticas e investimentos por gestores puacuteblicos
13 Objetivos
131 Geral
O foco do presente estudo seraacute a preparaccedilatildeo de uma estrutura de avaliaccedilatildeo e
mapeamento da qualidade de vida com apoio na Cartografia Temaacutetica e no
Geoprocessamento com base nos aspectos sociais educacionais e de infraestrutura
132 Especiacuteficos
Zoneamento da Qualidade de Vida no Municiacutepio de Seropeacutedica (Rio de Janeiro)
Utilizaccedilatildeo do aplicativo ESRI ArcGis para elaboraccedilatildeo dos mapas temaacuteticos
socioeconocircmicos a partir da dados gerados pelo Censo Demograacutefico 2010 (IBGE)
12
Utilizaccedilatildeo do aplicativo VISTASAGA como ferramenta para a elaboraccedilatildeo de
avaliaccedilotildees ambientais organizadas segundo a estrutura de ldquoAacutervore de Decisatildeordquo
14 Organizaccedilatildeo do Trabalho
Para uma compreensatildeo clara deste trabalho esta Monografia foi dividida em 7
capiacutetulos entre os quais se insere esta Introduccedilatildeo onde satildeo apresentados os Objetivos em
que se destacam as etapas para se atingir a anaacutelise da variaccedilatildeo territorial da qualidade de vida
no municiacutepio de Seropeacutedica ndash Rio de Janeiro
O capiacutetulo 2 estaraacute voltado agrave Fundamentaccedilatildeo Teoacuterica onde satildeo introduzidos alguns
conceitos baacutesicos baseados na literatura definiccedilotildees e indicadores de qualidade de vida
Tratar-se tambeacutem a importacircncia da utilizaccedilatildeo dos Sistemas Geograacuteficos de Informaccedilotildees
(SIGs) descrevendo sua disposiccedilatildeo de composiccedilatildeo aleacutem da importacircncia e exemplos de
aplicaccedilotildees providos pelos SIGs num contexto de gestatildeo territorial
O capiacutetulo 3 eacute reservado agrave exposiccedilatildeo de metodologia ldquoA Anaacutelise Ambiental por
Geoprocessamentordquo a qual se apresenta a estrutura conceitual e loacutegica bem definida e
organizada do Geoprocessamento Neste capiacutetulo tambeacutem satildeo citados alguns estudos de caso
de aplicaccedilatildeo da referida metodologia Em seguida apresenta sob a forma de organogramas a
Aacutervore de Decisatildeo para a determinaccedilatildeo da ldquoQualidade de Vidardquo assim como as aacutervores de
niacuteveis intermediaacuterios ldquoInfraestruturardquo ldquoAspectos Sociaisrdquo e ldquoEducaccedilatildeordquo Estes diagramas
definem de forma estruturada os passos das avaliaccedilotildees para as anaacutelises ambientais
projetadas Apresenta definiccedilotildees de indicadores iacutendices de desenvolvimento humano e
qualidade de vida aleacutem dos procedimentos estatiacutesticos para a definiccedilatildeo do nuacutemero de classes
baseado no modelo de Sturges utilizado para a classificaccedilatildeo de dados socioeconocircmicos Satildeo
introduzidas tambeacutem definiccedilotildees da terminologia censitaacuteria segundo o IBGE frequumlentemente
citada no capiacutetulo seguinte atraveacutes das variaacuteveis socioeconocircmicas estudadas Justifica de
forma ilustrada a necessidade do trabalho com dados relativizados (taxas percentuais)
normalizados pela quantidade de domiciacutelios particulares permanentes de cada setor censitaacuterio
na criaccedilatildeo dos mapas socioeconocircmicos
O capiacutetulo 4 eacute retrata exclusivamente os materiais e meacutetodos empregados como a
descriccedilatildeo da aacuterea objeto de estudo municiacutepio de Seropeacutedica com sua definiccedilatildeo territorial
determinada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) caracteriacutesticas e o
processo de evoluccedilatildeo urbaniacutestica desenfreada ocorrida naquela regiatildeo Em seguida destaca a
organizaccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica pelo qual mostra-se a importacircncia da
integraccedilatildeo dos dados populacionais com os do ambiente fiacutesico nas anaacutelises ambientais
13
Destacam-se tambeacutem as variaacuteveis ambientais empregadas para a determinaccedilatildeo de iacutendices de
desenvolvimento humano e de qualidade de vida os setores censitaacuterios como unidade
territorial e tambeacutem os procedimentos estatiacutesticos adotados na fase de geraccedilatildeo da base de
dados socioeconocircmica
O capiacutetulo 5 apresenta o desenvolvimento parcial da Aacutervore de Decisatildeo referente agraves
avaliaccedilotildees com os dados populacionais oriundos do Censo 2010 seguindo-se a metodologia
proposta no capiacutetulo 3 Apresenta os mapas resultantes de avaliaccedilotildees e as anaacutelises relativas agraves
dimensotildees Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo agrave qualidade de vida as condiccedilotildees dos
aspectos sociais e as condiccedilotildees de educaccedilatildeo mapeando assim a qualidade de vida da regiatildeo
O capiacutetulo 6 destina-se agraves conclusotildees pelas quais se apresentam sinteticamente os
resultados alcanccedilados com a pesquisa
O capiacutetulo 7 reserva-se ao material de referecircncia bibliograacutefica consultado durante as
fases de desenvolvimento desta pesquisa
14
2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
Esta sessatildeo apresenta diferentes abordagens sobre a qualidade de vida e sistemas de
informaccedilotildees geograacuteficas segundo distintos autores
21 Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas na Gestatildeo Territorial
Compreende-se Sistema de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG) como referecircncia ao
conjunto de software hardware bases de dados e organizaccedilatildeo Num sentido limitado o SIG
se refere a um pacote de software que permite o tratamento automaacutetico de dados graacuteficos e
natildeo graacuteficos georreferenciados Assim
O uso de SIGs permite obter mapas com rapidez e precisatildeo a partir
da atualizaccedilatildeo dos bancos de dados sendo uma ferramenta
importante no estudo de potencialidades do ambiente e no caso da
avaliaccedilatildeo de aacutereas com risco de salinizaccedilatildeo constitui-se etapa
importante para a definiccedilatildeo de praacuteticas adequadas de manejo e
conservaccedilatildeo do solo e recursos hiacutedricos (Valadares e Faria 2004
p91)
Para Polidoro e Barros (2010 p86) sistemas de informaccedilotildees geograacuteficas satildeo valiosas
ferramentas computacionais que tornam possiacutevel a anaacutelise e tratamento de informaccedilotildees
geograacuteficas e a posterior disponibilizaccedilatildeo dessas como suporte a tomada de decisotildees
Martins (2005 p 24) considera que o SIG eacute capaz de apontar por meio de mapas
temaacuteticos relacionados a um banco de dados tabularem situaccedilotildees de risco permitindo a
prevenccedilatildeo e a contenccedilatildeo de impactos ambientais
Martins (2005 p93) ainda compreende que
Um SIG eacute uma ferramenta computacional que permite a
representaccedilatildeo dos objetos geograacuteficos (vias limites de municiacutepios
edificaccedilotildees etc) da superfiacutecie terrestre de maneira simplificada por
meio da utilizaccedilatildeo de formas geomeacutetricas (pontos linhas e
poliacutegonos)
15
O SIG pode ser utilizado por qualquer aacuterea de conhecimento visto que eacute uma
disciplina multidisciplinar poreacutem eacute necessaacuterio que cada aacuterea se volte para a informaccedilatildeo
quantitativa para trabalhar e obter dados atraveacutes da visualizaccedilatildeo dos mapas Por exemplo
Um socioacutelogo deseja utilizar um SIG para entender e quantificar o fenocircmeno da
exclusatildeo social numa determinada capital brasileira
Um engenheiro florestal aplica um SIG para a contenccedilatildeo de aacutereas remanescentes
florestais de uma dada regiatildeo
Um geoacutegrafo pretende usar um SIG para gerar a distribuiccedilatildeo do desenvolvimento
industrial de uma dada regiatildeo
A partir das definiccedilotildees acima compreende-se a interdisciplinaridade do assunto diante
da integraccedilatildeo numa singular base de dados dados censitaacuterios informaccedilotildees espaciais
provenientes de dados cartograacuteficos e cadastro urbano e rural imagens de sateacutelite redes e
modelos numeacutericos de terreno
22 Qualidade de Vida e Iacutendices de Desenvolvimento Humano
De acordo com Demo (1998) num primeiro passo podemos recorrer para a
etimologia latina qualitas significa ldquoa essecircnciardquo Assim qualidade designa a parte essencial
das coisas aquilo que lhe seria mais importante e determinante Demo (1998 p93) tambeacutem
assume que a qualidade aponta para a marca central das coisas e dos seres aquilo que natildeo se
consome no tempo que fica para sempre que decide o que algo eacute definitivamente
Segundo Fleck (2000 apud The WHOQOL Group 1995 p34) a Organizaccedilatildeo
Mundial da Sauacutede conceituou ldquoQualidade de Vidardquo como a percepccedilatildeo do indiviacuteduo de sua
posiccedilatildeo na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relaccedilatildeo
aos seus objetivos expectativas padrotildees e preocupaccedilotildees
De acordo com Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Seropeacutedica Tiacutetulo I Paraacutegrafo Uacutenico
a accedilatildeo municipal desenvolve-se em todo o seu territoacuterio sem
privileacutegios de bairros reduzindo as desigualdades regionais e sociais
promovendo o bem-estar de todos sem preconceitos de origem raccedila
sexo cor idade e quaisquer outras formas de discriminaccedilatildeo
Um aspecto importante que caracteriza estudos que partem de uma definiccedilatildeo geneacuterica
da Qualidade de Vida eacute que as amostras estudadas incluem pessoas saudaacuteveis da populaccedilatildeo
nunca se restringindo a amostras de pessoas portadoras de agravos especiacuteficos
16
Para Seidl e Zannon (2004) a Qualidade de Vida apresenta uma acepccedilatildeo mais ampla
aparentemente influenciada por estudos socioloacutegicos sem fazer referecircncia a disfunccedilotildees ou
agravos (Zannon e Seidl 2004 p583) Com relaccedilatildeo ao meio ambiente o modelo incorpora
conceitos mais amplos onde meio ambiente eacute a resultante das questotildees socioeconocircmicas de
uma realidade Nesse processo qualidade de vida abrange ainda os aspectos comportamentais
(por exemplo exercitaccedilatildeo e alimentaccedilatildeo) e perceptivos da comunidade acerca do que eacute
qualidade de vida
Para Nobre (1995 p 299)
Qualidade de vida foi definida como sensaccedilatildeo iacutentima de conforto
bem-estar ou felicidade no desempenho de funccedilotildees fiacutesicas intelectuais
e psiacutequicas dentro da realidade da sua famiacutelia do seu trabalho e dos
valores da comunidade agrave qual pertence
A qualidade de vida no Brasil eacute medida atraveacutes do ponto de vista do Iacutendice de
Desenvolvimento Humano (IDH) Este por sua vez analisa os estados brasileiros atraveacutes de
trecircs itens essenciais renda educaccedilatildeo e expectativa de vida A renda eacute avaliada pelo PIB real
per capita a sauacutede pela esperanccedila de vida ao nascer e a educaccedilatildeo pela taxa de alfabetizaccedilatildeo
de adultos e taxas de matriacutecula aos niacuteveis primaacuterios secundaacuterios combinados Renda
educaccedilatildeo e sauacutede seriam atributos de igual importacircncia como expressatildeo da capacidade
humana (Minayo Buss Hartz 2000 p8)
O Programa das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgou em 1990 o
levantamento do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) O conceito de Desenvolvimento
Humano eacute o ingrediente principal do Relatoacuterio de Desenvolvimento Humano (RDH) Aleacutem
do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) este faz parte da compreensatildeo de que para
averiguar o avanccedilo de uma populaccedilatildeo natildeo se deve considerar apenas a dimensatildeo econocircmica
poreacutem outras influenciam a qualidade da vida humana
O desenvolvimento humano por definiccedilatildeo eacute compreendido como um abrangente
processo de expansatildeo de escolhas individuais nas diversas aacutereas como geograacutefica
econocircmica social cultural e poliacutetica Embora saiba-se que a possibilidade natildeo eacute satisfeita
de as pessoas terem o discernimento ou condiccedilotildees de exercerem esse direito que eacute
internacionalmente reconhecido nas cartas de cidadania e foco de assunto constitucional
brasileiro algumas dessas escolhas satildeo baacutesicas para a vida humana
17
As opccedilotildees por vida saudaacutevel por adquirir conhecimento por morar dignamente e por
atingir e manter um padratildeo de vida decente satildeo condiccedilotildees fundamentais para os seres
humanos e agrave medida que sejam alcanccediladas abrem caminho para outras escolhas igualmente
importantes referentes agrave participaccedilatildeo poliacutetica agrave diversidade cultural aos direitos humanos e agrave
liberdade individual e coletiva (IPEA1998)
Segundo IPEA (1998) o conceito atual de desenvolvimento humano eacute amplo pois
aleacutem de considerar os seres humanos como participantes ativos do processo de
desenvolvimento os tem como beneficiaacuterios do processo produtivo e vecirc suas necessidades
baacutesicas monitoradas a partir dos citados requisitos miacutenimos e de suas escolhas A ideia de
desenvolvimento humano ao integrar todos esses conceitos que sintetizam a capacidade de
bem-estar e da qualidade de vida representa uma noccedilatildeo abrangente de desenvolvimento com
sentido holiacutestico
Os censos demograacuteficos efetuados e entregues pelo IBGE por sua riqueza de dados e
informaccedilotildees permitem que sejam elaborados diversos tipos de iacutendices de desenvolvimento
que podem abarcar os conceitos econocircmicos e sociais
Segundo IPEA (1998) a vantagem de se aproveitar a base de dados censitaacuteria ainda
relativamente pouco explorada em trabalhos cientiacuteficos e teacutecnicos eacute que ela permite
incorporar outras variaacuteveis e dimensotildees agrave anaacutelise do desenvolvimento humano
Os iacutendices sinteacuteticos de desenvolvimento humano ocorrido no Brasil atualmente satildeo
o Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e o Iacutendice de Condiccedilotildees de Vida
(ICV) Para sua construccedilatildeo satildeo gerados e empregados diversos indicadores O objetivo do
iacutendice sinteacutetico que permite a comparaccedilatildeo e ordenaccedilatildeo entre comunidades eacute reduzir todos os
indicadores por ponderaccedilotildees e juiacutezos de valor a um iacutendice uacutenico O IDHM para sua
concepccedilatildeo precisa ultrapassar certos conceitos baacutesicos do IDH que foi idealizado para ser
calculado e comparar paiacuteses Para sua avaliaccedilatildeo consideram-se trecircs dimensotildees Educaccedilatildeo
Renda e Longevidade O ICV para a sua construccedilatildeo considera cinco grupos de indicadores
Educaccedilatildeo Renda Habitaccedilatildeo Infacircncia e Longevidade Cada uma dessas dimensotildees eacute
estruturada a partir de diversas variaacuteveis
Esses iacutendices tecircm sido empregados no Brasil com a incorporaccedilatildeo dos dados censitaacuterios
histoacutericos estando mais difundidos os relativos aos censos de 1970 a 2000 Tanto o IDHM
como o ICV generalizam os dados para municiacutepios e permitem a comparaccedilatildeo segundo essas
unidades
18
3 METODOLOGIA DE PESQUISA
31 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica
A Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada ilustra os materiais e processos
aplicados nesta pesquisa As caixas foram coloridas de modo a diferenciar os produtos e os
processos especiacuteficos da metodologia apresentada (violeta) da aplicaccedilatildeo especiacutefica para o
Municiacutepio de Seropeacutedica (vermelha)
Todo o processo eacute estruturado num modelo de representaccedilatildeo denominada ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo que apresenta passo a passo cada avaliaccedilatildeo intermediaacuteria necessaacuteria a se chegar ao
resultado final (mapeamento de Qualidade de Vida)
Figura 1 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica da Pesquisa
32 Base de Dados Socioeconocircmica
No estrato superior do fluxograma apresenta-se a malha e dados censitaacuterios obtida a
partir do acervo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) Constituem os
elementos necessaacuterios para a geraccedilatildeo de mapas temaacuteticos que compotildeem a base de dados
socioeconocircmica do estudo O processo eacute permitido para esta particular aplicaccedilatildeo por meio
da utilizaccedilatildeo do ldquoMoacutedulo de Classificaccedilatildeo e Criaccedilatildeo de Mapas Temaacuteticosrdquo do aplicativo Esri
ArcGIS A coloraccedilatildeo vermelha destas caixas eacute justificada devido agrave possibilidade da base de
dados socioeconocircmica a ser obtida a partir de qualquer outra fonte (ou de ser gerada) e
19
tambeacutem processada por outros aplicativos de acordo com os conhecimentos do analista e
disponibilidade de dados para a localidade de estudo Aleacutem da flexibilidade quanto agrave fonte
dos dados fica a criteacuterio do analista a seleccedilatildeo das variaacuteveis socioeconocircmicas a serem
utilizadas na avaliaccedilatildeo de qualidade de vida Para esta aplicaccedilatildeo a unidade territorial adotada
satildeo os setores censitaacuterios definidos a partir de IBGE (2010)
33 Avaliaccedilatildeo Ambiental
A partir das bases de dados socioeconocircmicos (Renda Analfabetismo Coleta de Lixo
etc) aplica-se formulaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo Ambiental (detalhada na sessatildeo 334) para obtenccedilatildeo
dos mapas de ldquoQualidade de Vidardquo A escolha do algoritmo avaliativo para o processamento
das anaacutelises tambeacutem eacute flexiacutevel a outras formulaccedilotildees e aplicativos a criteacuterio do avaliador
331 A Anaacutelise Ambiental por Geoprocessamento
A Anaacutelise Ambiental ldquoeacute um instrumento fundamental na investigaccedilatildeo interdisciplinar
pois fornece uma gama variada de percepccedilotildees que iratildeo auxiliar no aprofundamento do
conhecimento cientiacuteficordquo (Stipp e Stipp 2004 p24)
Para SILVA amp SOUZA (1998 ldquoapudrdquo Stipp e Stipp 2004 p24) analisar um
ambiente significa desmembraacute-lo em termos de suas partes componentes e apreender as suas
funccedilotildees internas e externas com a consequente criaccedilatildeo de um conjunto integrado de
informaccedilotildees representativo deste conhecimento adquirido
A Anaacutelise Ambiental deve ser compreendida como um instrumento integrador que
encare o meio ambiente sob o acircngulo da preocupaccedilatildeo com o uso que o homem faz dele no
sentido de se contribuir para o desenvolvimento de uma perspectiva interdisciplinar de
investigaccedilatildeo da construccedilatildeo do meio ambiente e da organizaccedilatildeo do espaccedilo (Stipp e Stipp
2004 p24)
A anaacutelise ambiental expressa na realizaccedilatildeo dos diagnoacutesticos zoneamentos e a
avaliaccedilatildeo nos impactos ambientais (Sales 2004 p130) Paralelamente satildeo tratados os planos
de manejo e planejamento dos usos dos espaccedilos naturais e em alguns casos - ainda raros - de
recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas Satildeo esses conjuntos de procedimentos que recebe a rubrica
de anaacutelise ambiental (Mendonccedila 1993 Ross 1990 ldquoapudrdquo Geografia Sistemas e anaacutelise
ambiental abordagem criacutetica 2004 p130)
Logo o processo de anaacutelise ambiental envolve a elaboraccedilatildeo de diagnoacutesticos a
manifestaccedilatildeo de interesse poliacutetico a revelaccedilatildeo de interesse da coletividade envolvida com o
20
intuito de trazer melhorias para uma determinada aacuterea ou trazer antecipadamente diagnoacutesticos
de possiacuteveis situaccedilotildees indesejaacuteveis ou ateacute mesmo prever aacutereas de potencial
332 O Projeto SAGAUFRJ
O Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental (SAGAUFRJ) foi implantado em 1983 no
Departamento de Geografia da UFRJ pelo Prof Dr Jorge Xavier da Silva coordenador do
entatildeo Grupo de Pesquisas em Geoprocessamento (GPG) Foi desenvolvido como um sistema
para aplicaccedilotildees ambientais de faacutecil implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo em equipamentos de baixo custo
o que se tornou possiacutevel principalmente graccedilas ao crescimento da popularidade e uso de
microcomputadores do tipo IBM-PC
Eacute possiacutevel a partir da aplicaccedilatildeo deste ter estimativas de riscos de desmoronamentos e
de enchentes potenciais turiacutesticos e de urbanizaccedilatildeo para fins de preservaccedilatildeo e a anaacutelise da
qualidade de vida em favelas constituem uma pequena amostra das pesquisas realizadas pela
comunidade de usuaacuterios atraveacutes da utilizaccedilatildeo do SAGAUFRJ
Sua primeira versatildeo foi criada na deacutecada de 1980 apresentando mapas com no
maacuteximo 16 cores Nesta eacutepoca o geoprocessamento era bastante limitado pela barreira
tecnoloacutegica Seguindo a evoluccedilatildeo da informaacutetica o Vista Saga tambeacutem foi evoluindo com
novas versotildees mais sofisticadas Hoje o Vista Saga trabalha com cores de 32 bits
viabilizando ateacute a visualizaccedilatildeo em trecircs dimensotildees de aacutereas de estudos
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que o VISTASAGA eacute um projeto totalmente
nacional cresce em meio acadecircmico e sem fins lucrativos Pode ser obtido gratuitamente
atraveacutes do site httpwwwlageopufrjbr
Constituem seus principais moacutedulos de processamento
MONITORIA Este procedimento consiste no levantamento puxado das alteraccedilotildees
ambientais ocorridas em uma determinada situaccedilatildeo ambiental Registros sucessivos de
fenocircmenos ambientais utilizando taxonomias correspondentes (classificaccedilotildees iguais
ou correlacionaacuteveis) podem ser usados para o acompanhamento da evoluccedilatildeo
territorial de processos e ocorrecircncias de interesse
ASSINATURA SIGs permitem a locomoccedilatildeo entre localizaccedilotildees e atributos ou seja a
recuperaccedilatildeo da localizaccedilatildeo a partir da seleccedilatildeo de uma informaccedilatildeo e vice-versa
AVALIACcedilAtildeO Utilizado para realizar estimativas sobre possiacuteveis ocorrecircncias de
fenocircmenos de diversas naturezas segundo diversas intensidades definindo-se a
extensatildeo territorial destas estimativas e suas relaccedilotildees de proximidade e conexatildeo Este
21
moacutedulo gera um mapa do territoacuterio analisado classificando cada local com notas de 0
a 10
333 A Escolha do SAGAUFRJ
Como o proacuteprio nome jaacute diz SAGA ndash Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental tratar-se de
uma ferramenta especiacutefica para o processamento das avaliaccedilotildees ambientais
Contudo nada impede que os mesmos procedimentos sejam aplicados em qualquer
outro software que disponha de recursos que viabilizem a aplicaccedilatildeo metodoloacutegica proposta
O cerne deste trabalho constitui-se na apresentaccedilatildeo da metodologia para tomadas de decisatildeo
no acircmbito de riscos socioambientais de aacutereas urbanas O VISTASAGA foi selecionado
como ferramenta de aplicaccedilatildeo em funccedilatildeo de sua praticidade e profundo conhecimento na
utilizaccedilatildeo do aplicativo se alcanccedilar a finalidade proposta
334 Formulaccedilatildeo da Anaacutelise Ambiental
A formulaccedilatildeo de meacutedia ponderada eacute proposta nas avaliaccedilotildees ambientais moacutedulo
constituinte do sistema SAGA conforme a seguir exposta
Onde
n Nuacutemero de paracircmetros (mapas) utilizados
Ai j Probabilidade de ocorrecircncia do evento analisado no elemento (pixel) ij da matriz
(mapa) resultante
Pk Peso (percentual) da contribuiccedilatildeo do paracircmetro k em relaccedilatildeo aos demais para a
ocorrecircncia do evento analisado
Nk Nota segundo o(s) avaliador (ES) dentro da escala de 0 a 10 da ocorrecircncia do
evento analisado na presenccedila da classe encontrada na linha i coluna j do mapa k
Pixel Aglutinaccedilatildeo de ldquopicture elementrdquo ou seja elemento de imagem Eacute o menor
elemento num dispositivo de exibiccedilatildeo (como por exemplo um monitor) ao qual possibilita
atribuir-se uma cor De modo mais simples um pixel eacute o menor ponto que forma uma
imagem digital sendo que os conjuntos de milhares de pixels formam a imagem inteira A
Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada possui dimensotildees de 31 X 15 ou seja 31
colunas por 15 linhas totalizando 465 pixels (adaptado de MARINO 2005 p4)
22
Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005)
A partir desta formulaccedilatildeo de Anaacutelise Ambiental podem ser feitas as seguintes
proposiccedilotildees tambeacutem segundo XAVIER DA SILVA (2001)
Ai j exprime a probabilidade resultante do produto da formulaccedilatildeo ambiental numa
escala de 0 a 10 para a ocorrecircncia de um evento ou entidade ambiental que seja
causado em princiacutepio pela atuaccedilatildeo convergente dos paracircmetros ambientais nela
considerados
Os dados envolvidos na avaliaccedilatildeo podem ser lanccedilados em uma escala ordinal que
varie entre 0 e 10 ou entre 0 e 100 para que seja gerada uma amplitude de variaccedilatildeo
suficiente a permitir maior percepccedilatildeo da variabilidade das estimativas
A normalizaccedilatildeo dos pesos restritos entre os valores 0 e 1 resulta na definiccedilatildeo do
valor do peso atribuiacutedo a um mapa como o valor maacuteximo que qualquer das classes
daquele mapa pode assumir Por exemplo atribuir um peso de 40 ao paracircmetro
ldquodeclividadesrdquo numa anaacutelise significa que o maacuteximo que uma determinada classe
deste mapa pode contribuir na determinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia do evento
analisado eacute de 4 numa escala de 0 a 10
Com a adoccedilatildeo da meacutedia ponderada estaacute criado um espaccedilo classificatoacuterio que eacute em
princiacutepio ordinal mas que pode admitir grande e variado detalhamento na
classificaccedilatildeo das estimativas
34 Aacutervore de Decisatildeo Qualidade de Vida
O diagrama da Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada eacute denominado ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo (XAVIER DA SILVA 2001) uma vez que propicia em seus diversos niacuteveis apoio
a decisotildees quanto ao seu objetivo formal ou seja estimar a quantidade a localizaccedilatildeo e a
extensatildeo dos movimentos populacionais a serem executados em uma aacuterea tendo em vista a
melhoria da qualidade de vida de seus habitantes
23
Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ)
Cada um dos retacircngulos representa um mapeamento digital de um paracircmetro de
anaacutelise ou uma avaliaccedilatildeo ambiental que tenha sido executada
A inspeccedilatildeo desta aacutervore de decisatildeo como tambeacutem das parciais seguintes possibilita
que se apresentem constataccedilotildees relevantes quanto agrave origem dos dados
No estrato inferior da figura (noacutes folhas da aacutervore) constam os mapas baacutesicos
elaborados e que constituem os componentes ambientais decisivos para as anaacutelises que
se vai empreender e que satildeo resultantes de levantamentos e de interpretaccedilotildees da
realidade ambiental do municiacutepio de Seropeacutedica
Os mapas da realidade ambiental sob a perspectiva da geografia humana utilizados
nos ramos infraestrutura condiccedilotildees sociais e condiccedilotildees de renda foram gerados a
partir dos dados censitaacuterios produzidos por IBGE (2010) referentes agrave Base de
Informaccedilotildees por Setor Censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010
Os mapas derivados e resultantes de anaacutelises mostram-se de forma assimeacutetrica no
modelo e foram elaborados no ambiente do programa VISTASAGA
A estimativa de mais alto niacutevel foi obtida a partir da conjugaccedilatildeo e integraccedilatildeo da
representaccedilatildeo cartograacutefica das Condiccedilotildees de Renda e constitui para o elevado niacutevel
de detalhe possibilitado pela escala e resoluccedilatildeo adotadas a distribuiccedilatildeo territorial de
locais indicados para transposiccedilotildees de assentamentos precaacuterios
24
35 Terminologia Censitaacuteria (IBGE)
A seguir satildeo apresentados alguns termos frequentemente citados nos capiacutetulos que
discutem o aspecto socioeconocircmico dos mapeamentos definidos segundo IBGE (2010)
Domiciacutelio particular - Domiciacutelio onde o relacionamento entre seus ocupantes era
ditado por laccedilos de parentesco de dependecircncia domeacutestica ou por normas de
convivecircncia O domiciacutelio particular eacute classificado em permanente ndash Domiciacutelio
construiacutedo para servir exclusivamente agrave habitaccedilatildeo e na data de referecircncia tinha a
finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas e coletivo - Eacute uma instituiccedilatildeo
ou estabelecimento onde as relaccedilotildees entre as pessoas que nele se encontravam
moradoras ou natildeo era restrita a normas de subordinaccedilatildeo administrativa como em
hoteacuteis moteacuteis camping pensotildees penitenciaacuterias presiacutedios casas de detenccedilatildeo
quarteacuteis postos militares asilos orfanatos conventos hospitais e cliacutenicas (com
internaccedilatildeo) alojamento de trabalhadores ou de estudantes etc
Rendimento mensal - soma do rendimento mensal de trabalho com o rendimento
proveniente de outras fontes
Rendimento mensal familiar ndash A soma dos rendimentos mensais dos componentes
da famiacutelia exclusive os das pessoas cuja condiccedilatildeo na famiacutelia fosse pensionista
empregado domeacutestico ou parente do empregado domeacutestico
Domiciacutelio com esgoto ligado a rede coletora (ou fossa seacuteptica) - quando a
canalizaccedilatildeo das aacuteguas servidas e dos dejetos proveniente do banheiro ou sanitaacuterio
estava ligada a um sistema de coleta que os conduzia a um desaguadouro geral da
aacuterea regiatildeo ou municiacutepio mesmo que o sistema natildeo dispusesse de estaccedilatildeo de
tratamento da mateacuteria esgotada
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados
O nuacutemero de domiciacutelios registrados por setor censitaacuterio no municiacutepio de Seropeacutedica
varia dependendo do setor Para a exposiccedilatildeo dos dados tabulares sob a expressatildeo
cartograacutefica haacute a necessidade de se efetuar o agrupamento desses dados em classes
A formulaccedilatildeo de Sturges (Marino apud 2008) orienta qual deva ser o nuacutemero de
categorias de acordo com a quantidade de dados disponiacuteveis neste caso o nuacutemero total de
116 setores censitaacuterios constituintes da aacuterea de estudo
25
K = 1+ 33log 116 = 1+ 33206 = 1+ 679 asymp 8 classes
352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais)
Eacute importante observar que natildeo faz sentido realizar as classificaccedilotildees a seguir sem
normalizaacute-las pelo campo que tabula a quantidade de domiciacutelios permanentes Para a melhor
compreensatildeo desta citaccedilatildeo segue uma breve ilustraccedilatildeo
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees
SETOR DOM CONECTADOS Agrave REDE ELEacuteTRICA DOMICIacuteLIOS
1 50 100 50
2 50 1000 5
Apesar de ambos setores apresentarem as mesmas quantidades de domiciacutelios
conectados agrave rede de energia eleacutetrica o setor 1 possui apenas 100 domiciacutelios ou seja 50
deste setor eacute atendido pela rede de energia eleacutetrica Analisando agora o setor 2 que tambeacutem
possui 50 domiciacutelios conectados agrave rede eleacutetrica este por sua vez eacute constituiacutedo por 1000
domiciacutelios Em termos percentuais este setor possui apenas 5 de seus domiciacutelios
abastecidos pela rede de energia eleacutetrica o que nos leva a concluir que o setor 1 eacute melhor
servido em relaccedilatildeo ao setor 2 diferentemente de quando olhamos apenas para os valores
absolutos desta amostragem
Sendo assim todos os dados seratildeo sempre classificados normalizados pela quantidade
de domiciacutelios do setor Assim obteacutem-se a resposta em termos percentuais ou seja indexada
pelo universo amostral
26
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA
Para a concepccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica a origem e o formato dos dados
foram exclusivamente apoiados nos resultados do Censo 2010 (IBGE 2010) no niacutevel de
detalhe agrupados pelos setores censitaacuterios
As anaacutelises ambientais da populaccedilatildeo residente na aacuterea de estudos versaram sobre trecircs
principais dimensotildees cada uma delas com seu conjunto de variaacuteveis empregadas
convencionalmente para a detecccedilatildeo dos iacutendices de desenvolvimento humano e de qualidade
de vida
Desta forma foram desenvolvidos mapas temaacuteticos sobre condiccedilotildees de infraestrutura
caracterizadas pelas contribuiccedilotildees do estado e do indiviacuteduo para a qualidade de vida
correspondentes aos cuidados com a coleta de lixo como condiccedilotildees do domiciacutelio quanto
energia eleacutetrica e banheiros conectados ao saneamento baacutesico sobre os aspectos sociais como
nuacutemero de habitantes por domiciacutelio e renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo e das condiccedilotildees
de educaccedilatildeo os itens avaliados satildeo crianccedilas com 5 anos ou mais de idade alfabetizados e
pessoas analfabetas funcionais
41 Unidade territorial Setor censitaacuterio
A unidade territorial adotada para as anaacutelises referentes agrave populaccedilatildeo eacute o setor
censitaacuterio conforme delimitado e identificado por IBGE (2010) A partir do mapeamento da
divisatildeo censitaacuteria disponibilizada no formato vetorial procedimentos de conversatildeo de
formatos foram aplicados atraveacutes do aplicativo Esri ArcGIS para a geraccedilatildeo do formato
matricial RasterSAGA apropriado para as avaliaccedilotildees ambientais a serem realizadas no
ambiente do sistema VistaSAGA
A regiatildeo de estudo abrange o total de 116 setores censitaacuterios como se pode observar a
seguir
27
Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
28
A base de dados cadastrais da populaccedilatildeo em escala dos setores censitaacuterios resultado
do Censo 2010 foi disponibilizada pelo IBGE em 2010 estruturada sob a forma tabular em
duas dimensotildees a saber domiciacutelios e pessoas
Para fins de filtragem dos dados tabulares socioeconocircmicos do IBGE as tabelas
originais para o municiacutepio de Seropeacutedica de domiciacutelios e pessoas foram filtradas para a aacuterea
de estudo pela seleccedilatildeo daqueles setores censitaacuterios restritos apenas ao municiacutepio em questatildeo
Todas as planilhas no formato Microsoft Excel que antes apresentavam aproximadamente
27767 mil registros referente a todos os setores censitaacuterios da Cidade do Rio de Janeiro
passa a ter apenas 116 registros referentes apenas aos setores cobertos pelo municiacutepio de
Seropeacutedica
Tendo em vista que as tabelas originais do IBGE de formato XLS (Microsoft Excel)
trazem o cabeccedilalho (nomes dos campos) em coacutedigo no formato V0001 V0002 V2500 pois
satildeo elaboradas especificamente para o uso no ambiente ESTATCART e sendo inviaacutevel
descrever o significado de cada campo em seu tiacutetulo o IBGE os codifica nos arquivos e
disponibilizam um manual descritivo de cada uma das variaacuteveis por meio do um documento
denominado ldquoCenso Demograacutefico 2010rdquo (IBGE2 2010)
Sendo assim houve tambeacutem um trabalho de interpretaccedilatildeo e pesquisa do referido
manual a fim de localizar os coacutedigos das variaacuteveis necessaacuterias a este projeto de pesquisa
dentre as mais de 3000 disponibilizadas pelo Censo Demograacutefico
A geraccedilatildeo de toda a base temaacutetica socioeconocircmica foi desenvolvida com utilizaccedilatildeo da
ferramenta de classificaccedilatildeo de mapas do SIG Esri ArcGIS
Apoacutes a geraccedilatildeo dos mapas classificatoacuterios realizou-se a conversatildeo dos mapas
temaacuteticos resultantes do formato shape (shp) para o formato matricial RasterSaga (rs2) por
meio do ldquoconversor SHPRS2rdquo aplicativo desenvolvido e disponibilizado pelo
LAGEOPUFRJ
42 Geraccedilatildeo do mapeamento temaacutetico classificatoacuterio
As subseccedilotildees a seguir caracterizam as aacutervores de decisatildeo individualizadas relativas
aos mapas temaacuteticos de infraestrutura aspectos sociais e niacutevel de educaccedilatildeo
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo
Variaacuteveis - Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
- Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
- Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
10
1 INTRODUCcedilAtildeO
11 Aacuterea de Estudo Municiacutepio de Seropeacutedica
Seropeacutedica eacute um municiacutepio brasileiro do estado do Rio de Janeiro Localiza-se na
Microrregiatildeo de Itaguaiacute na Mesorregiatildeo Metropolitana do Rio de Janeiro a 75 quilocircmetros
da capital do estado Rio de Janeiro Ocupa uma aacuterea de 283794 kmsup2 e sua populaccedilatildeo foi
estimada no ano de 2011 em 78183 mil habitantes pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatiacutestica (IBGE) sendo entatildeo o 31ordm mais populoso do estado e o segundo mais populoso de
sua microrregiatildeo Faz divisa com os municiacutepios Itaguaiacute Nova Iguaccedilu Japeri Queimados e
Paracambi
Segundo informaccedilotildees do IBGE Seropeacutedica eacute um local onde se tratava e fabricava
seda O nome da cidade teve origem em 1875 Naquela eacutepoca a terra era conhecida como
segundo distrito de Itaguaiacute Tal veio da antiga fazenda Seropeacutedica do Bananal onde eram
produzidos diariamente em larga escala cerca de 50 mil casulos de Bombyx Mori
conhecidos como bicho da seda
Aacuterea de Abrangecircncia do Estudo Localiza-se a 22deg 44prime 38Prime de latitude sul 43deg 42prime 28Prime
de longitude oeste na regiatildeo oeste da Baixada Fluminense a uma elevaccedilatildeo de 26 metros do
niacutevel do mar Estaacute a uma distacircncia de 75 quilocircmetros da capital do estado
Limita-se a oeste com os municiacutepios de Nova Iguaccedilu Queimados e Japeri ao sul com
o municiacutepio do Rio de Janeiro ao norte faz divisa com Paracambi e a leste com o municiacutepio
de Itaguaiacute O territoacuterio municipal estende-se por 283 794 kmsup2
11
Mapa 1 Localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo - Municiacutepio de Seropeacutedica - Rio de Janeiro
12 Justificativa para o Trabalho
Acelerado processo de urbanizaccedilatildeo mas que ainda dispotildee de condiccedilotildees de controle se
adequadamente administrada pelos seus gestores Este eacute o quadro atual da grande maioria de
cidades do Brasil
Este estudo procura relatar a partir dos dados censitaacuterios disponibilizados pelo
Instituo Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) um diagnoacutestico mapeado acerca da
qualidade de vida no municiacutepio de Seropeacutedica
Como resultado o estudo apontaraacute localidades com boas condiccedilotildees de vida e de forma
anaacuteloga aquelas carentes de investimentos em infraestrutura e programas sociais de acordo
com o Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) Acredita-se que a aplicaccedilatildeo da
metodologia proposta possa apoiar as decisotildees poliacuteticas e investimentos por gestores puacuteblicos
13 Objetivos
131 Geral
O foco do presente estudo seraacute a preparaccedilatildeo de uma estrutura de avaliaccedilatildeo e
mapeamento da qualidade de vida com apoio na Cartografia Temaacutetica e no
Geoprocessamento com base nos aspectos sociais educacionais e de infraestrutura
132 Especiacuteficos
Zoneamento da Qualidade de Vida no Municiacutepio de Seropeacutedica (Rio de Janeiro)
Utilizaccedilatildeo do aplicativo ESRI ArcGis para elaboraccedilatildeo dos mapas temaacuteticos
socioeconocircmicos a partir da dados gerados pelo Censo Demograacutefico 2010 (IBGE)
12
Utilizaccedilatildeo do aplicativo VISTASAGA como ferramenta para a elaboraccedilatildeo de
avaliaccedilotildees ambientais organizadas segundo a estrutura de ldquoAacutervore de Decisatildeordquo
14 Organizaccedilatildeo do Trabalho
Para uma compreensatildeo clara deste trabalho esta Monografia foi dividida em 7
capiacutetulos entre os quais se insere esta Introduccedilatildeo onde satildeo apresentados os Objetivos em
que se destacam as etapas para se atingir a anaacutelise da variaccedilatildeo territorial da qualidade de vida
no municiacutepio de Seropeacutedica ndash Rio de Janeiro
O capiacutetulo 2 estaraacute voltado agrave Fundamentaccedilatildeo Teoacuterica onde satildeo introduzidos alguns
conceitos baacutesicos baseados na literatura definiccedilotildees e indicadores de qualidade de vida
Tratar-se tambeacutem a importacircncia da utilizaccedilatildeo dos Sistemas Geograacuteficos de Informaccedilotildees
(SIGs) descrevendo sua disposiccedilatildeo de composiccedilatildeo aleacutem da importacircncia e exemplos de
aplicaccedilotildees providos pelos SIGs num contexto de gestatildeo territorial
O capiacutetulo 3 eacute reservado agrave exposiccedilatildeo de metodologia ldquoA Anaacutelise Ambiental por
Geoprocessamentordquo a qual se apresenta a estrutura conceitual e loacutegica bem definida e
organizada do Geoprocessamento Neste capiacutetulo tambeacutem satildeo citados alguns estudos de caso
de aplicaccedilatildeo da referida metodologia Em seguida apresenta sob a forma de organogramas a
Aacutervore de Decisatildeo para a determinaccedilatildeo da ldquoQualidade de Vidardquo assim como as aacutervores de
niacuteveis intermediaacuterios ldquoInfraestruturardquo ldquoAspectos Sociaisrdquo e ldquoEducaccedilatildeordquo Estes diagramas
definem de forma estruturada os passos das avaliaccedilotildees para as anaacutelises ambientais
projetadas Apresenta definiccedilotildees de indicadores iacutendices de desenvolvimento humano e
qualidade de vida aleacutem dos procedimentos estatiacutesticos para a definiccedilatildeo do nuacutemero de classes
baseado no modelo de Sturges utilizado para a classificaccedilatildeo de dados socioeconocircmicos Satildeo
introduzidas tambeacutem definiccedilotildees da terminologia censitaacuteria segundo o IBGE frequumlentemente
citada no capiacutetulo seguinte atraveacutes das variaacuteveis socioeconocircmicas estudadas Justifica de
forma ilustrada a necessidade do trabalho com dados relativizados (taxas percentuais)
normalizados pela quantidade de domiciacutelios particulares permanentes de cada setor censitaacuterio
na criaccedilatildeo dos mapas socioeconocircmicos
O capiacutetulo 4 eacute retrata exclusivamente os materiais e meacutetodos empregados como a
descriccedilatildeo da aacuterea objeto de estudo municiacutepio de Seropeacutedica com sua definiccedilatildeo territorial
determinada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) caracteriacutesticas e o
processo de evoluccedilatildeo urbaniacutestica desenfreada ocorrida naquela regiatildeo Em seguida destaca a
organizaccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica pelo qual mostra-se a importacircncia da
integraccedilatildeo dos dados populacionais com os do ambiente fiacutesico nas anaacutelises ambientais
13
Destacam-se tambeacutem as variaacuteveis ambientais empregadas para a determinaccedilatildeo de iacutendices de
desenvolvimento humano e de qualidade de vida os setores censitaacuterios como unidade
territorial e tambeacutem os procedimentos estatiacutesticos adotados na fase de geraccedilatildeo da base de
dados socioeconocircmica
O capiacutetulo 5 apresenta o desenvolvimento parcial da Aacutervore de Decisatildeo referente agraves
avaliaccedilotildees com os dados populacionais oriundos do Censo 2010 seguindo-se a metodologia
proposta no capiacutetulo 3 Apresenta os mapas resultantes de avaliaccedilotildees e as anaacutelises relativas agraves
dimensotildees Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo agrave qualidade de vida as condiccedilotildees dos
aspectos sociais e as condiccedilotildees de educaccedilatildeo mapeando assim a qualidade de vida da regiatildeo
O capiacutetulo 6 destina-se agraves conclusotildees pelas quais se apresentam sinteticamente os
resultados alcanccedilados com a pesquisa
O capiacutetulo 7 reserva-se ao material de referecircncia bibliograacutefica consultado durante as
fases de desenvolvimento desta pesquisa
14
2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
Esta sessatildeo apresenta diferentes abordagens sobre a qualidade de vida e sistemas de
informaccedilotildees geograacuteficas segundo distintos autores
21 Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas na Gestatildeo Territorial
Compreende-se Sistema de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG) como referecircncia ao
conjunto de software hardware bases de dados e organizaccedilatildeo Num sentido limitado o SIG
se refere a um pacote de software que permite o tratamento automaacutetico de dados graacuteficos e
natildeo graacuteficos georreferenciados Assim
O uso de SIGs permite obter mapas com rapidez e precisatildeo a partir
da atualizaccedilatildeo dos bancos de dados sendo uma ferramenta
importante no estudo de potencialidades do ambiente e no caso da
avaliaccedilatildeo de aacutereas com risco de salinizaccedilatildeo constitui-se etapa
importante para a definiccedilatildeo de praacuteticas adequadas de manejo e
conservaccedilatildeo do solo e recursos hiacutedricos (Valadares e Faria 2004
p91)
Para Polidoro e Barros (2010 p86) sistemas de informaccedilotildees geograacuteficas satildeo valiosas
ferramentas computacionais que tornam possiacutevel a anaacutelise e tratamento de informaccedilotildees
geograacuteficas e a posterior disponibilizaccedilatildeo dessas como suporte a tomada de decisotildees
Martins (2005 p 24) considera que o SIG eacute capaz de apontar por meio de mapas
temaacuteticos relacionados a um banco de dados tabularem situaccedilotildees de risco permitindo a
prevenccedilatildeo e a contenccedilatildeo de impactos ambientais
Martins (2005 p93) ainda compreende que
Um SIG eacute uma ferramenta computacional que permite a
representaccedilatildeo dos objetos geograacuteficos (vias limites de municiacutepios
edificaccedilotildees etc) da superfiacutecie terrestre de maneira simplificada por
meio da utilizaccedilatildeo de formas geomeacutetricas (pontos linhas e
poliacutegonos)
15
O SIG pode ser utilizado por qualquer aacuterea de conhecimento visto que eacute uma
disciplina multidisciplinar poreacutem eacute necessaacuterio que cada aacuterea se volte para a informaccedilatildeo
quantitativa para trabalhar e obter dados atraveacutes da visualizaccedilatildeo dos mapas Por exemplo
Um socioacutelogo deseja utilizar um SIG para entender e quantificar o fenocircmeno da
exclusatildeo social numa determinada capital brasileira
Um engenheiro florestal aplica um SIG para a contenccedilatildeo de aacutereas remanescentes
florestais de uma dada regiatildeo
Um geoacutegrafo pretende usar um SIG para gerar a distribuiccedilatildeo do desenvolvimento
industrial de uma dada regiatildeo
A partir das definiccedilotildees acima compreende-se a interdisciplinaridade do assunto diante
da integraccedilatildeo numa singular base de dados dados censitaacuterios informaccedilotildees espaciais
provenientes de dados cartograacuteficos e cadastro urbano e rural imagens de sateacutelite redes e
modelos numeacutericos de terreno
22 Qualidade de Vida e Iacutendices de Desenvolvimento Humano
De acordo com Demo (1998) num primeiro passo podemos recorrer para a
etimologia latina qualitas significa ldquoa essecircnciardquo Assim qualidade designa a parte essencial
das coisas aquilo que lhe seria mais importante e determinante Demo (1998 p93) tambeacutem
assume que a qualidade aponta para a marca central das coisas e dos seres aquilo que natildeo se
consome no tempo que fica para sempre que decide o que algo eacute definitivamente
Segundo Fleck (2000 apud The WHOQOL Group 1995 p34) a Organizaccedilatildeo
Mundial da Sauacutede conceituou ldquoQualidade de Vidardquo como a percepccedilatildeo do indiviacuteduo de sua
posiccedilatildeo na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relaccedilatildeo
aos seus objetivos expectativas padrotildees e preocupaccedilotildees
De acordo com Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Seropeacutedica Tiacutetulo I Paraacutegrafo Uacutenico
a accedilatildeo municipal desenvolve-se em todo o seu territoacuterio sem
privileacutegios de bairros reduzindo as desigualdades regionais e sociais
promovendo o bem-estar de todos sem preconceitos de origem raccedila
sexo cor idade e quaisquer outras formas de discriminaccedilatildeo
Um aspecto importante que caracteriza estudos que partem de uma definiccedilatildeo geneacuterica
da Qualidade de Vida eacute que as amostras estudadas incluem pessoas saudaacuteveis da populaccedilatildeo
nunca se restringindo a amostras de pessoas portadoras de agravos especiacuteficos
16
Para Seidl e Zannon (2004) a Qualidade de Vida apresenta uma acepccedilatildeo mais ampla
aparentemente influenciada por estudos socioloacutegicos sem fazer referecircncia a disfunccedilotildees ou
agravos (Zannon e Seidl 2004 p583) Com relaccedilatildeo ao meio ambiente o modelo incorpora
conceitos mais amplos onde meio ambiente eacute a resultante das questotildees socioeconocircmicas de
uma realidade Nesse processo qualidade de vida abrange ainda os aspectos comportamentais
(por exemplo exercitaccedilatildeo e alimentaccedilatildeo) e perceptivos da comunidade acerca do que eacute
qualidade de vida
Para Nobre (1995 p 299)
Qualidade de vida foi definida como sensaccedilatildeo iacutentima de conforto
bem-estar ou felicidade no desempenho de funccedilotildees fiacutesicas intelectuais
e psiacutequicas dentro da realidade da sua famiacutelia do seu trabalho e dos
valores da comunidade agrave qual pertence
A qualidade de vida no Brasil eacute medida atraveacutes do ponto de vista do Iacutendice de
Desenvolvimento Humano (IDH) Este por sua vez analisa os estados brasileiros atraveacutes de
trecircs itens essenciais renda educaccedilatildeo e expectativa de vida A renda eacute avaliada pelo PIB real
per capita a sauacutede pela esperanccedila de vida ao nascer e a educaccedilatildeo pela taxa de alfabetizaccedilatildeo
de adultos e taxas de matriacutecula aos niacuteveis primaacuterios secundaacuterios combinados Renda
educaccedilatildeo e sauacutede seriam atributos de igual importacircncia como expressatildeo da capacidade
humana (Minayo Buss Hartz 2000 p8)
O Programa das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgou em 1990 o
levantamento do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) O conceito de Desenvolvimento
Humano eacute o ingrediente principal do Relatoacuterio de Desenvolvimento Humano (RDH) Aleacutem
do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) este faz parte da compreensatildeo de que para
averiguar o avanccedilo de uma populaccedilatildeo natildeo se deve considerar apenas a dimensatildeo econocircmica
poreacutem outras influenciam a qualidade da vida humana
O desenvolvimento humano por definiccedilatildeo eacute compreendido como um abrangente
processo de expansatildeo de escolhas individuais nas diversas aacutereas como geograacutefica
econocircmica social cultural e poliacutetica Embora saiba-se que a possibilidade natildeo eacute satisfeita
de as pessoas terem o discernimento ou condiccedilotildees de exercerem esse direito que eacute
internacionalmente reconhecido nas cartas de cidadania e foco de assunto constitucional
brasileiro algumas dessas escolhas satildeo baacutesicas para a vida humana
17
As opccedilotildees por vida saudaacutevel por adquirir conhecimento por morar dignamente e por
atingir e manter um padratildeo de vida decente satildeo condiccedilotildees fundamentais para os seres
humanos e agrave medida que sejam alcanccediladas abrem caminho para outras escolhas igualmente
importantes referentes agrave participaccedilatildeo poliacutetica agrave diversidade cultural aos direitos humanos e agrave
liberdade individual e coletiva (IPEA1998)
Segundo IPEA (1998) o conceito atual de desenvolvimento humano eacute amplo pois
aleacutem de considerar os seres humanos como participantes ativos do processo de
desenvolvimento os tem como beneficiaacuterios do processo produtivo e vecirc suas necessidades
baacutesicas monitoradas a partir dos citados requisitos miacutenimos e de suas escolhas A ideia de
desenvolvimento humano ao integrar todos esses conceitos que sintetizam a capacidade de
bem-estar e da qualidade de vida representa uma noccedilatildeo abrangente de desenvolvimento com
sentido holiacutestico
Os censos demograacuteficos efetuados e entregues pelo IBGE por sua riqueza de dados e
informaccedilotildees permitem que sejam elaborados diversos tipos de iacutendices de desenvolvimento
que podem abarcar os conceitos econocircmicos e sociais
Segundo IPEA (1998) a vantagem de se aproveitar a base de dados censitaacuteria ainda
relativamente pouco explorada em trabalhos cientiacuteficos e teacutecnicos eacute que ela permite
incorporar outras variaacuteveis e dimensotildees agrave anaacutelise do desenvolvimento humano
Os iacutendices sinteacuteticos de desenvolvimento humano ocorrido no Brasil atualmente satildeo
o Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e o Iacutendice de Condiccedilotildees de Vida
(ICV) Para sua construccedilatildeo satildeo gerados e empregados diversos indicadores O objetivo do
iacutendice sinteacutetico que permite a comparaccedilatildeo e ordenaccedilatildeo entre comunidades eacute reduzir todos os
indicadores por ponderaccedilotildees e juiacutezos de valor a um iacutendice uacutenico O IDHM para sua
concepccedilatildeo precisa ultrapassar certos conceitos baacutesicos do IDH que foi idealizado para ser
calculado e comparar paiacuteses Para sua avaliaccedilatildeo consideram-se trecircs dimensotildees Educaccedilatildeo
Renda e Longevidade O ICV para a sua construccedilatildeo considera cinco grupos de indicadores
Educaccedilatildeo Renda Habitaccedilatildeo Infacircncia e Longevidade Cada uma dessas dimensotildees eacute
estruturada a partir de diversas variaacuteveis
Esses iacutendices tecircm sido empregados no Brasil com a incorporaccedilatildeo dos dados censitaacuterios
histoacutericos estando mais difundidos os relativos aos censos de 1970 a 2000 Tanto o IDHM
como o ICV generalizam os dados para municiacutepios e permitem a comparaccedilatildeo segundo essas
unidades
18
3 METODOLOGIA DE PESQUISA
31 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica
A Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada ilustra os materiais e processos
aplicados nesta pesquisa As caixas foram coloridas de modo a diferenciar os produtos e os
processos especiacuteficos da metodologia apresentada (violeta) da aplicaccedilatildeo especiacutefica para o
Municiacutepio de Seropeacutedica (vermelha)
Todo o processo eacute estruturado num modelo de representaccedilatildeo denominada ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo que apresenta passo a passo cada avaliaccedilatildeo intermediaacuteria necessaacuteria a se chegar ao
resultado final (mapeamento de Qualidade de Vida)
Figura 1 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica da Pesquisa
32 Base de Dados Socioeconocircmica
No estrato superior do fluxograma apresenta-se a malha e dados censitaacuterios obtida a
partir do acervo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) Constituem os
elementos necessaacuterios para a geraccedilatildeo de mapas temaacuteticos que compotildeem a base de dados
socioeconocircmica do estudo O processo eacute permitido para esta particular aplicaccedilatildeo por meio
da utilizaccedilatildeo do ldquoMoacutedulo de Classificaccedilatildeo e Criaccedilatildeo de Mapas Temaacuteticosrdquo do aplicativo Esri
ArcGIS A coloraccedilatildeo vermelha destas caixas eacute justificada devido agrave possibilidade da base de
dados socioeconocircmica a ser obtida a partir de qualquer outra fonte (ou de ser gerada) e
19
tambeacutem processada por outros aplicativos de acordo com os conhecimentos do analista e
disponibilidade de dados para a localidade de estudo Aleacutem da flexibilidade quanto agrave fonte
dos dados fica a criteacuterio do analista a seleccedilatildeo das variaacuteveis socioeconocircmicas a serem
utilizadas na avaliaccedilatildeo de qualidade de vida Para esta aplicaccedilatildeo a unidade territorial adotada
satildeo os setores censitaacuterios definidos a partir de IBGE (2010)
33 Avaliaccedilatildeo Ambiental
A partir das bases de dados socioeconocircmicos (Renda Analfabetismo Coleta de Lixo
etc) aplica-se formulaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo Ambiental (detalhada na sessatildeo 334) para obtenccedilatildeo
dos mapas de ldquoQualidade de Vidardquo A escolha do algoritmo avaliativo para o processamento
das anaacutelises tambeacutem eacute flexiacutevel a outras formulaccedilotildees e aplicativos a criteacuterio do avaliador
331 A Anaacutelise Ambiental por Geoprocessamento
A Anaacutelise Ambiental ldquoeacute um instrumento fundamental na investigaccedilatildeo interdisciplinar
pois fornece uma gama variada de percepccedilotildees que iratildeo auxiliar no aprofundamento do
conhecimento cientiacuteficordquo (Stipp e Stipp 2004 p24)
Para SILVA amp SOUZA (1998 ldquoapudrdquo Stipp e Stipp 2004 p24) analisar um
ambiente significa desmembraacute-lo em termos de suas partes componentes e apreender as suas
funccedilotildees internas e externas com a consequente criaccedilatildeo de um conjunto integrado de
informaccedilotildees representativo deste conhecimento adquirido
A Anaacutelise Ambiental deve ser compreendida como um instrumento integrador que
encare o meio ambiente sob o acircngulo da preocupaccedilatildeo com o uso que o homem faz dele no
sentido de se contribuir para o desenvolvimento de uma perspectiva interdisciplinar de
investigaccedilatildeo da construccedilatildeo do meio ambiente e da organizaccedilatildeo do espaccedilo (Stipp e Stipp
2004 p24)
A anaacutelise ambiental expressa na realizaccedilatildeo dos diagnoacutesticos zoneamentos e a
avaliaccedilatildeo nos impactos ambientais (Sales 2004 p130) Paralelamente satildeo tratados os planos
de manejo e planejamento dos usos dos espaccedilos naturais e em alguns casos - ainda raros - de
recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas Satildeo esses conjuntos de procedimentos que recebe a rubrica
de anaacutelise ambiental (Mendonccedila 1993 Ross 1990 ldquoapudrdquo Geografia Sistemas e anaacutelise
ambiental abordagem criacutetica 2004 p130)
Logo o processo de anaacutelise ambiental envolve a elaboraccedilatildeo de diagnoacutesticos a
manifestaccedilatildeo de interesse poliacutetico a revelaccedilatildeo de interesse da coletividade envolvida com o
20
intuito de trazer melhorias para uma determinada aacuterea ou trazer antecipadamente diagnoacutesticos
de possiacuteveis situaccedilotildees indesejaacuteveis ou ateacute mesmo prever aacutereas de potencial
332 O Projeto SAGAUFRJ
O Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental (SAGAUFRJ) foi implantado em 1983 no
Departamento de Geografia da UFRJ pelo Prof Dr Jorge Xavier da Silva coordenador do
entatildeo Grupo de Pesquisas em Geoprocessamento (GPG) Foi desenvolvido como um sistema
para aplicaccedilotildees ambientais de faacutecil implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo em equipamentos de baixo custo
o que se tornou possiacutevel principalmente graccedilas ao crescimento da popularidade e uso de
microcomputadores do tipo IBM-PC
Eacute possiacutevel a partir da aplicaccedilatildeo deste ter estimativas de riscos de desmoronamentos e
de enchentes potenciais turiacutesticos e de urbanizaccedilatildeo para fins de preservaccedilatildeo e a anaacutelise da
qualidade de vida em favelas constituem uma pequena amostra das pesquisas realizadas pela
comunidade de usuaacuterios atraveacutes da utilizaccedilatildeo do SAGAUFRJ
Sua primeira versatildeo foi criada na deacutecada de 1980 apresentando mapas com no
maacuteximo 16 cores Nesta eacutepoca o geoprocessamento era bastante limitado pela barreira
tecnoloacutegica Seguindo a evoluccedilatildeo da informaacutetica o Vista Saga tambeacutem foi evoluindo com
novas versotildees mais sofisticadas Hoje o Vista Saga trabalha com cores de 32 bits
viabilizando ateacute a visualizaccedilatildeo em trecircs dimensotildees de aacutereas de estudos
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que o VISTASAGA eacute um projeto totalmente
nacional cresce em meio acadecircmico e sem fins lucrativos Pode ser obtido gratuitamente
atraveacutes do site httpwwwlageopufrjbr
Constituem seus principais moacutedulos de processamento
MONITORIA Este procedimento consiste no levantamento puxado das alteraccedilotildees
ambientais ocorridas em uma determinada situaccedilatildeo ambiental Registros sucessivos de
fenocircmenos ambientais utilizando taxonomias correspondentes (classificaccedilotildees iguais
ou correlacionaacuteveis) podem ser usados para o acompanhamento da evoluccedilatildeo
territorial de processos e ocorrecircncias de interesse
ASSINATURA SIGs permitem a locomoccedilatildeo entre localizaccedilotildees e atributos ou seja a
recuperaccedilatildeo da localizaccedilatildeo a partir da seleccedilatildeo de uma informaccedilatildeo e vice-versa
AVALIACcedilAtildeO Utilizado para realizar estimativas sobre possiacuteveis ocorrecircncias de
fenocircmenos de diversas naturezas segundo diversas intensidades definindo-se a
extensatildeo territorial destas estimativas e suas relaccedilotildees de proximidade e conexatildeo Este
21
moacutedulo gera um mapa do territoacuterio analisado classificando cada local com notas de 0
a 10
333 A Escolha do SAGAUFRJ
Como o proacuteprio nome jaacute diz SAGA ndash Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental tratar-se de
uma ferramenta especiacutefica para o processamento das avaliaccedilotildees ambientais
Contudo nada impede que os mesmos procedimentos sejam aplicados em qualquer
outro software que disponha de recursos que viabilizem a aplicaccedilatildeo metodoloacutegica proposta
O cerne deste trabalho constitui-se na apresentaccedilatildeo da metodologia para tomadas de decisatildeo
no acircmbito de riscos socioambientais de aacutereas urbanas O VISTASAGA foi selecionado
como ferramenta de aplicaccedilatildeo em funccedilatildeo de sua praticidade e profundo conhecimento na
utilizaccedilatildeo do aplicativo se alcanccedilar a finalidade proposta
334 Formulaccedilatildeo da Anaacutelise Ambiental
A formulaccedilatildeo de meacutedia ponderada eacute proposta nas avaliaccedilotildees ambientais moacutedulo
constituinte do sistema SAGA conforme a seguir exposta
Onde
n Nuacutemero de paracircmetros (mapas) utilizados
Ai j Probabilidade de ocorrecircncia do evento analisado no elemento (pixel) ij da matriz
(mapa) resultante
Pk Peso (percentual) da contribuiccedilatildeo do paracircmetro k em relaccedilatildeo aos demais para a
ocorrecircncia do evento analisado
Nk Nota segundo o(s) avaliador (ES) dentro da escala de 0 a 10 da ocorrecircncia do
evento analisado na presenccedila da classe encontrada na linha i coluna j do mapa k
Pixel Aglutinaccedilatildeo de ldquopicture elementrdquo ou seja elemento de imagem Eacute o menor
elemento num dispositivo de exibiccedilatildeo (como por exemplo um monitor) ao qual possibilita
atribuir-se uma cor De modo mais simples um pixel eacute o menor ponto que forma uma
imagem digital sendo que os conjuntos de milhares de pixels formam a imagem inteira A
Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada possui dimensotildees de 31 X 15 ou seja 31
colunas por 15 linhas totalizando 465 pixels (adaptado de MARINO 2005 p4)
22
Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005)
A partir desta formulaccedilatildeo de Anaacutelise Ambiental podem ser feitas as seguintes
proposiccedilotildees tambeacutem segundo XAVIER DA SILVA (2001)
Ai j exprime a probabilidade resultante do produto da formulaccedilatildeo ambiental numa
escala de 0 a 10 para a ocorrecircncia de um evento ou entidade ambiental que seja
causado em princiacutepio pela atuaccedilatildeo convergente dos paracircmetros ambientais nela
considerados
Os dados envolvidos na avaliaccedilatildeo podem ser lanccedilados em uma escala ordinal que
varie entre 0 e 10 ou entre 0 e 100 para que seja gerada uma amplitude de variaccedilatildeo
suficiente a permitir maior percepccedilatildeo da variabilidade das estimativas
A normalizaccedilatildeo dos pesos restritos entre os valores 0 e 1 resulta na definiccedilatildeo do
valor do peso atribuiacutedo a um mapa como o valor maacuteximo que qualquer das classes
daquele mapa pode assumir Por exemplo atribuir um peso de 40 ao paracircmetro
ldquodeclividadesrdquo numa anaacutelise significa que o maacuteximo que uma determinada classe
deste mapa pode contribuir na determinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia do evento
analisado eacute de 4 numa escala de 0 a 10
Com a adoccedilatildeo da meacutedia ponderada estaacute criado um espaccedilo classificatoacuterio que eacute em
princiacutepio ordinal mas que pode admitir grande e variado detalhamento na
classificaccedilatildeo das estimativas
34 Aacutervore de Decisatildeo Qualidade de Vida
O diagrama da Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada eacute denominado ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo (XAVIER DA SILVA 2001) uma vez que propicia em seus diversos niacuteveis apoio
a decisotildees quanto ao seu objetivo formal ou seja estimar a quantidade a localizaccedilatildeo e a
extensatildeo dos movimentos populacionais a serem executados em uma aacuterea tendo em vista a
melhoria da qualidade de vida de seus habitantes
23
Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ)
Cada um dos retacircngulos representa um mapeamento digital de um paracircmetro de
anaacutelise ou uma avaliaccedilatildeo ambiental que tenha sido executada
A inspeccedilatildeo desta aacutervore de decisatildeo como tambeacutem das parciais seguintes possibilita
que se apresentem constataccedilotildees relevantes quanto agrave origem dos dados
No estrato inferior da figura (noacutes folhas da aacutervore) constam os mapas baacutesicos
elaborados e que constituem os componentes ambientais decisivos para as anaacutelises que
se vai empreender e que satildeo resultantes de levantamentos e de interpretaccedilotildees da
realidade ambiental do municiacutepio de Seropeacutedica
Os mapas da realidade ambiental sob a perspectiva da geografia humana utilizados
nos ramos infraestrutura condiccedilotildees sociais e condiccedilotildees de renda foram gerados a
partir dos dados censitaacuterios produzidos por IBGE (2010) referentes agrave Base de
Informaccedilotildees por Setor Censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010
Os mapas derivados e resultantes de anaacutelises mostram-se de forma assimeacutetrica no
modelo e foram elaborados no ambiente do programa VISTASAGA
A estimativa de mais alto niacutevel foi obtida a partir da conjugaccedilatildeo e integraccedilatildeo da
representaccedilatildeo cartograacutefica das Condiccedilotildees de Renda e constitui para o elevado niacutevel
de detalhe possibilitado pela escala e resoluccedilatildeo adotadas a distribuiccedilatildeo territorial de
locais indicados para transposiccedilotildees de assentamentos precaacuterios
24
35 Terminologia Censitaacuteria (IBGE)
A seguir satildeo apresentados alguns termos frequentemente citados nos capiacutetulos que
discutem o aspecto socioeconocircmico dos mapeamentos definidos segundo IBGE (2010)
Domiciacutelio particular - Domiciacutelio onde o relacionamento entre seus ocupantes era
ditado por laccedilos de parentesco de dependecircncia domeacutestica ou por normas de
convivecircncia O domiciacutelio particular eacute classificado em permanente ndash Domiciacutelio
construiacutedo para servir exclusivamente agrave habitaccedilatildeo e na data de referecircncia tinha a
finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas e coletivo - Eacute uma instituiccedilatildeo
ou estabelecimento onde as relaccedilotildees entre as pessoas que nele se encontravam
moradoras ou natildeo era restrita a normas de subordinaccedilatildeo administrativa como em
hoteacuteis moteacuteis camping pensotildees penitenciaacuterias presiacutedios casas de detenccedilatildeo
quarteacuteis postos militares asilos orfanatos conventos hospitais e cliacutenicas (com
internaccedilatildeo) alojamento de trabalhadores ou de estudantes etc
Rendimento mensal - soma do rendimento mensal de trabalho com o rendimento
proveniente de outras fontes
Rendimento mensal familiar ndash A soma dos rendimentos mensais dos componentes
da famiacutelia exclusive os das pessoas cuja condiccedilatildeo na famiacutelia fosse pensionista
empregado domeacutestico ou parente do empregado domeacutestico
Domiciacutelio com esgoto ligado a rede coletora (ou fossa seacuteptica) - quando a
canalizaccedilatildeo das aacuteguas servidas e dos dejetos proveniente do banheiro ou sanitaacuterio
estava ligada a um sistema de coleta que os conduzia a um desaguadouro geral da
aacuterea regiatildeo ou municiacutepio mesmo que o sistema natildeo dispusesse de estaccedilatildeo de
tratamento da mateacuteria esgotada
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados
O nuacutemero de domiciacutelios registrados por setor censitaacuterio no municiacutepio de Seropeacutedica
varia dependendo do setor Para a exposiccedilatildeo dos dados tabulares sob a expressatildeo
cartograacutefica haacute a necessidade de se efetuar o agrupamento desses dados em classes
A formulaccedilatildeo de Sturges (Marino apud 2008) orienta qual deva ser o nuacutemero de
categorias de acordo com a quantidade de dados disponiacuteveis neste caso o nuacutemero total de
116 setores censitaacuterios constituintes da aacuterea de estudo
25
K = 1+ 33log 116 = 1+ 33206 = 1+ 679 asymp 8 classes
352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais)
Eacute importante observar que natildeo faz sentido realizar as classificaccedilotildees a seguir sem
normalizaacute-las pelo campo que tabula a quantidade de domiciacutelios permanentes Para a melhor
compreensatildeo desta citaccedilatildeo segue uma breve ilustraccedilatildeo
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees
SETOR DOM CONECTADOS Agrave REDE ELEacuteTRICA DOMICIacuteLIOS
1 50 100 50
2 50 1000 5
Apesar de ambos setores apresentarem as mesmas quantidades de domiciacutelios
conectados agrave rede de energia eleacutetrica o setor 1 possui apenas 100 domiciacutelios ou seja 50
deste setor eacute atendido pela rede de energia eleacutetrica Analisando agora o setor 2 que tambeacutem
possui 50 domiciacutelios conectados agrave rede eleacutetrica este por sua vez eacute constituiacutedo por 1000
domiciacutelios Em termos percentuais este setor possui apenas 5 de seus domiciacutelios
abastecidos pela rede de energia eleacutetrica o que nos leva a concluir que o setor 1 eacute melhor
servido em relaccedilatildeo ao setor 2 diferentemente de quando olhamos apenas para os valores
absolutos desta amostragem
Sendo assim todos os dados seratildeo sempre classificados normalizados pela quantidade
de domiciacutelios do setor Assim obteacutem-se a resposta em termos percentuais ou seja indexada
pelo universo amostral
26
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA
Para a concepccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica a origem e o formato dos dados
foram exclusivamente apoiados nos resultados do Censo 2010 (IBGE 2010) no niacutevel de
detalhe agrupados pelos setores censitaacuterios
As anaacutelises ambientais da populaccedilatildeo residente na aacuterea de estudos versaram sobre trecircs
principais dimensotildees cada uma delas com seu conjunto de variaacuteveis empregadas
convencionalmente para a detecccedilatildeo dos iacutendices de desenvolvimento humano e de qualidade
de vida
Desta forma foram desenvolvidos mapas temaacuteticos sobre condiccedilotildees de infraestrutura
caracterizadas pelas contribuiccedilotildees do estado e do indiviacuteduo para a qualidade de vida
correspondentes aos cuidados com a coleta de lixo como condiccedilotildees do domiciacutelio quanto
energia eleacutetrica e banheiros conectados ao saneamento baacutesico sobre os aspectos sociais como
nuacutemero de habitantes por domiciacutelio e renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo e das condiccedilotildees
de educaccedilatildeo os itens avaliados satildeo crianccedilas com 5 anos ou mais de idade alfabetizados e
pessoas analfabetas funcionais
41 Unidade territorial Setor censitaacuterio
A unidade territorial adotada para as anaacutelises referentes agrave populaccedilatildeo eacute o setor
censitaacuterio conforme delimitado e identificado por IBGE (2010) A partir do mapeamento da
divisatildeo censitaacuteria disponibilizada no formato vetorial procedimentos de conversatildeo de
formatos foram aplicados atraveacutes do aplicativo Esri ArcGIS para a geraccedilatildeo do formato
matricial RasterSAGA apropriado para as avaliaccedilotildees ambientais a serem realizadas no
ambiente do sistema VistaSAGA
A regiatildeo de estudo abrange o total de 116 setores censitaacuterios como se pode observar a
seguir
27
Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
28
A base de dados cadastrais da populaccedilatildeo em escala dos setores censitaacuterios resultado
do Censo 2010 foi disponibilizada pelo IBGE em 2010 estruturada sob a forma tabular em
duas dimensotildees a saber domiciacutelios e pessoas
Para fins de filtragem dos dados tabulares socioeconocircmicos do IBGE as tabelas
originais para o municiacutepio de Seropeacutedica de domiciacutelios e pessoas foram filtradas para a aacuterea
de estudo pela seleccedilatildeo daqueles setores censitaacuterios restritos apenas ao municiacutepio em questatildeo
Todas as planilhas no formato Microsoft Excel que antes apresentavam aproximadamente
27767 mil registros referente a todos os setores censitaacuterios da Cidade do Rio de Janeiro
passa a ter apenas 116 registros referentes apenas aos setores cobertos pelo municiacutepio de
Seropeacutedica
Tendo em vista que as tabelas originais do IBGE de formato XLS (Microsoft Excel)
trazem o cabeccedilalho (nomes dos campos) em coacutedigo no formato V0001 V0002 V2500 pois
satildeo elaboradas especificamente para o uso no ambiente ESTATCART e sendo inviaacutevel
descrever o significado de cada campo em seu tiacutetulo o IBGE os codifica nos arquivos e
disponibilizam um manual descritivo de cada uma das variaacuteveis por meio do um documento
denominado ldquoCenso Demograacutefico 2010rdquo (IBGE2 2010)
Sendo assim houve tambeacutem um trabalho de interpretaccedilatildeo e pesquisa do referido
manual a fim de localizar os coacutedigos das variaacuteveis necessaacuterias a este projeto de pesquisa
dentre as mais de 3000 disponibilizadas pelo Censo Demograacutefico
A geraccedilatildeo de toda a base temaacutetica socioeconocircmica foi desenvolvida com utilizaccedilatildeo da
ferramenta de classificaccedilatildeo de mapas do SIG Esri ArcGIS
Apoacutes a geraccedilatildeo dos mapas classificatoacuterios realizou-se a conversatildeo dos mapas
temaacuteticos resultantes do formato shape (shp) para o formato matricial RasterSaga (rs2) por
meio do ldquoconversor SHPRS2rdquo aplicativo desenvolvido e disponibilizado pelo
LAGEOPUFRJ
42 Geraccedilatildeo do mapeamento temaacutetico classificatoacuterio
As subseccedilotildees a seguir caracterizam as aacutervores de decisatildeo individualizadas relativas
aos mapas temaacuteticos de infraestrutura aspectos sociais e niacutevel de educaccedilatildeo
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo
Variaacuteveis - Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
- Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
- Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
11
Mapa 1 Localizaccedilatildeo da aacuterea de estudo - Municiacutepio de Seropeacutedica - Rio de Janeiro
12 Justificativa para o Trabalho
Acelerado processo de urbanizaccedilatildeo mas que ainda dispotildee de condiccedilotildees de controle se
adequadamente administrada pelos seus gestores Este eacute o quadro atual da grande maioria de
cidades do Brasil
Este estudo procura relatar a partir dos dados censitaacuterios disponibilizados pelo
Instituo Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) um diagnoacutestico mapeado acerca da
qualidade de vida no municiacutepio de Seropeacutedica
Como resultado o estudo apontaraacute localidades com boas condiccedilotildees de vida e de forma
anaacuteloga aquelas carentes de investimentos em infraestrutura e programas sociais de acordo
com o Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) Acredita-se que a aplicaccedilatildeo da
metodologia proposta possa apoiar as decisotildees poliacuteticas e investimentos por gestores puacuteblicos
13 Objetivos
131 Geral
O foco do presente estudo seraacute a preparaccedilatildeo de uma estrutura de avaliaccedilatildeo e
mapeamento da qualidade de vida com apoio na Cartografia Temaacutetica e no
Geoprocessamento com base nos aspectos sociais educacionais e de infraestrutura
132 Especiacuteficos
Zoneamento da Qualidade de Vida no Municiacutepio de Seropeacutedica (Rio de Janeiro)
Utilizaccedilatildeo do aplicativo ESRI ArcGis para elaboraccedilatildeo dos mapas temaacuteticos
socioeconocircmicos a partir da dados gerados pelo Censo Demograacutefico 2010 (IBGE)
12
Utilizaccedilatildeo do aplicativo VISTASAGA como ferramenta para a elaboraccedilatildeo de
avaliaccedilotildees ambientais organizadas segundo a estrutura de ldquoAacutervore de Decisatildeordquo
14 Organizaccedilatildeo do Trabalho
Para uma compreensatildeo clara deste trabalho esta Monografia foi dividida em 7
capiacutetulos entre os quais se insere esta Introduccedilatildeo onde satildeo apresentados os Objetivos em
que se destacam as etapas para se atingir a anaacutelise da variaccedilatildeo territorial da qualidade de vida
no municiacutepio de Seropeacutedica ndash Rio de Janeiro
O capiacutetulo 2 estaraacute voltado agrave Fundamentaccedilatildeo Teoacuterica onde satildeo introduzidos alguns
conceitos baacutesicos baseados na literatura definiccedilotildees e indicadores de qualidade de vida
Tratar-se tambeacutem a importacircncia da utilizaccedilatildeo dos Sistemas Geograacuteficos de Informaccedilotildees
(SIGs) descrevendo sua disposiccedilatildeo de composiccedilatildeo aleacutem da importacircncia e exemplos de
aplicaccedilotildees providos pelos SIGs num contexto de gestatildeo territorial
O capiacutetulo 3 eacute reservado agrave exposiccedilatildeo de metodologia ldquoA Anaacutelise Ambiental por
Geoprocessamentordquo a qual se apresenta a estrutura conceitual e loacutegica bem definida e
organizada do Geoprocessamento Neste capiacutetulo tambeacutem satildeo citados alguns estudos de caso
de aplicaccedilatildeo da referida metodologia Em seguida apresenta sob a forma de organogramas a
Aacutervore de Decisatildeo para a determinaccedilatildeo da ldquoQualidade de Vidardquo assim como as aacutervores de
niacuteveis intermediaacuterios ldquoInfraestruturardquo ldquoAspectos Sociaisrdquo e ldquoEducaccedilatildeordquo Estes diagramas
definem de forma estruturada os passos das avaliaccedilotildees para as anaacutelises ambientais
projetadas Apresenta definiccedilotildees de indicadores iacutendices de desenvolvimento humano e
qualidade de vida aleacutem dos procedimentos estatiacutesticos para a definiccedilatildeo do nuacutemero de classes
baseado no modelo de Sturges utilizado para a classificaccedilatildeo de dados socioeconocircmicos Satildeo
introduzidas tambeacutem definiccedilotildees da terminologia censitaacuteria segundo o IBGE frequumlentemente
citada no capiacutetulo seguinte atraveacutes das variaacuteveis socioeconocircmicas estudadas Justifica de
forma ilustrada a necessidade do trabalho com dados relativizados (taxas percentuais)
normalizados pela quantidade de domiciacutelios particulares permanentes de cada setor censitaacuterio
na criaccedilatildeo dos mapas socioeconocircmicos
O capiacutetulo 4 eacute retrata exclusivamente os materiais e meacutetodos empregados como a
descriccedilatildeo da aacuterea objeto de estudo municiacutepio de Seropeacutedica com sua definiccedilatildeo territorial
determinada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) caracteriacutesticas e o
processo de evoluccedilatildeo urbaniacutestica desenfreada ocorrida naquela regiatildeo Em seguida destaca a
organizaccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica pelo qual mostra-se a importacircncia da
integraccedilatildeo dos dados populacionais com os do ambiente fiacutesico nas anaacutelises ambientais
13
Destacam-se tambeacutem as variaacuteveis ambientais empregadas para a determinaccedilatildeo de iacutendices de
desenvolvimento humano e de qualidade de vida os setores censitaacuterios como unidade
territorial e tambeacutem os procedimentos estatiacutesticos adotados na fase de geraccedilatildeo da base de
dados socioeconocircmica
O capiacutetulo 5 apresenta o desenvolvimento parcial da Aacutervore de Decisatildeo referente agraves
avaliaccedilotildees com os dados populacionais oriundos do Censo 2010 seguindo-se a metodologia
proposta no capiacutetulo 3 Apresenta os mapas resultantes de avaliaccedilotildees e as anaacutelises relativas agraves
dimensotildees Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo agrave qualidade de vida as condiccedilotildees dos
aspectos sociais e as condiccedilotildees de educaccedilatildeo mapeando assim a qualidade de vida da regiatildeo
O capiacutetulo 6 destina-se agraves conclusotildees pelas quais se apresentam sinteticamente os
resultados alcanccedilados com a pesquisa
O capiacutetulo 7 reserva-se ao material de referecircncia bibliograacutefica consultado durante as
fases de desenvolvimento desta pesquisa
14
2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
Esta sessatildeo apresenta diferentes abordagens sobre a qualidade de vida e sistemas de
informaccedilotildees geograacuteficas segundo distintos autores
21 Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas na Gestatildeo Territorial
Compreende-se Sistema de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG) como referecircncia ao
conjunto de software hardware bases de dados e organizaccedilatildeo Num sentido limitado o SIG
se refere a um pacote de software que permite o tratamento automaacutetico de dados graacuteficos e
natildeo graacuteficos georreferenciados Assim
O uso de SIGs permite obter mapas com rapidez e precisatildeo a partir
da atualizaccedilatildeo dos bancos de dados sendo uma ferramenta
importante no estudo de potencialidades do ambiente e no caso da
avaliaccedilatildeo de aacutereas com risco de salinizaccedilatildeo constitui-se etapa
importante para a definiccedilatildeo de praacuteticas adequadas de manejo e
conservaccedilatildeo do solo e recursos hiacutedricos (Valadares e Faria 2004
p91)
Para Polidoro e Barros (2010 p86) sistemas de informaccedilotildees geograacuteficas satildeo valiosas
ferramentas computacionais que tornam possiacutevel a anaacutelise e tratamento de informaccedilotildees
geograacuteficas e a posterior disponibilizaccedilatildeo dessas como suporte a tomada de decisotildees
Martins (2005 p 24) considera que o SIG eacute capaz de apontar por meio de mapas
temaacuteticos relacionados a um banco de dados tabularem situaccedilotildees de risco permitindo a
prevenccedilatildeo e a contenccedilatildeo de impactos ambientais
Martins (2005 p93) ainda compreende que
Um SIG eacute uma ferramenta computacional que permite a
representaccedilatildeo dos objetos geograacuteficos (vias limites de municiacutepios
edificaccedilotildees etc) da superfiacutecie terrestre de maneira simplificada por
meio da utilizaccedilatildeo de formas geomeacutetricas (pontos linhas e
poliacutegonos)
15
O SIG pode ser utilizado por qualquer aacuterea de conhecimento visto que eacute uma
disciplina multidisciplinar poreacutem eacute necessaacuterio que cada aacuterea se volte para a informaccedilatildeo
quantitativa para trabalhar e obter dados atraveacutes da visualizaccedilatildeo dos mapas Por exemplo
Um socioacutelogo deseja utilizar um SIG para entender e quantificar o fenocircmeno da
exclusatildeo social numa determinada capital brasileira
Um engenheiro florestal aplica um SIG para a contenccedilatildeo de aacutereas remanescentes
florestais de uma dada regiatildeo
Um geoacutegrafo pretende usar um SIG para gerar a distribuiccedilatildeo do desenvolvimento
industrial de uma dada regiatildeo
A partir das definiccedilotildees acima compreende-se a interdisciplinaridade do assunto diante
da integraccedilatildeo numa singular base de dados dados censitaacuterios informaccedilotildees espaciais
provenientes de dados cartograacuteficos e cadastro urbano e rural imagens de sateacutelite redes e
modelos numeacutericos de terreno
22 Qualidade de Vida e Iacutendices de Desenvolvimento Humano
De acordo com Demo (1998) num primeiro passo podemos recorrer para a
etimologia latina qualitas significa ldquoa essecircnciardquo Assim qualidade designa a parte essencial
das coisas aquilo que lhe seria mais importante e determinante Demo (1998 p93) tambeacutem
assume que a qualidade aponta para a marca central das coisas e dos seres aquilo que natildeo se
consome no tempo que fica para sempre que decide o que algo eacute definitivamente
Segundo Fleck (2000 apud The WHOQOL Group 1995 p34) a Organizaccedilatildeo
Mundial da Sauacutede conceituou ldquoQualidade de Vidardquo como a percepccedilatildeo do indiviacuteduo de sua
posiccedilatildeo na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relaccedilatildeo
aos seus objetivos expectativas padrotildees e preocupaccedilotildees
De acordo com Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Seropeacutedica Tiacutetulo I Paraacutegrafo Uacutenico
a accedilatildeo municipal desenvolve-se em todo o seu territoacuterio sem
privileacutegios de bairros reduzindo as desigualdades regionais e sociais
promovendo o bem-estar de todos sem preconceitos de origem raccedila
sexo cor idade e quaisquer outras formas de discriminaccedilatildeo
Um aspecto importante que caracteriza estudos que partem de uma definiccedilatildeo geneacuterica
da Qualidade de Vida eacute que as amostras estudadas incluem pessoas saudaacuteveis da populaccedilatildeo
nunca se restringindo a amostras de pessoas portadoras de agravos especiacuteficos
16
Para Seidl e Zannon (2004) a Qualidade de Vida apresenta uma acepccedilatildeo mais ampla
aparentemente influenciada por estudos socioloacutegicos sem fazer referecircncia a disfunccedilotildees ou
agravos (Zannon e Seidl 2004 p583) Com relaccedilatildeo ao meio ambiente o modelo incorpora
conceitos mais amplos onde meio ambiente eacute a resultante das questotildees socioeconocircmicas de
uma realidade Nesse processo qualidade de vida abrange ainda os aspectos comportamentais
(por exemplo exercitaccedilatildeo e alimentaccedilatildeo) e perceptivos da comunidade acerca do que eacute
qualidade de vida
Para Nobre (1995 p 299)
Qualidade de vida foi definida como sensaccedilatildeo iacutentima de conforto
bem-estar ou felicidade no desempenho de funccedilotildees fiacutesicas intelectuais
e psiacutequicas dentro da realidade da sua famiacutelia do seu trabalho e dos
valores da comunidade agrave qual pertence
A qualidade de vida no Brasil eacute medida atraveacutes do ponto de vista do Iacutendice de
Desenvolvimento Humano (IDH) Este por sua vez analisa os estados brasileiros atraveacutes de
trecircs itens essenciais renda educaccedilatildeo e expectativa de vida A renda eacute avaliada pelo PIB real
per capita a sauacutede pela esperanccedila de vida ao nascer e a educaccedilatildeo pela taxa de alfabetizaccedilatildeo
de adultos e taxas de matriacutecula aos niacuteveis primaacuterios secundaacuterios combinados Renda
educaccedilatildeo e sauacutede seriam atributos de igual importacircncia como expressatildeo da capacidade
humana (Minayo Buss Hartz 2000 p8)
O Programa das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgou em 1990 o
levantamento do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) O conceito de Desenvolvimento
Humano eacute o ingrediente principal do Relatoacuterio de Desenvolvimento Humano (RDH) Aleacutem
do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) este faz parte da compreensatildeo de que para
averiguar o avanccedilo de uma populaccedilatildeo natildeo se deve considerar apenas a dimensatildeo econocircmica
poreacutem outras influenciam a qualidade da vida humana
O desenvolvimento humano por definiccedilatildeo eacute compreendido como um abrangente
processo de expansatildeo de escolhas individuais nas diversas aacutereas como geograacutefica
econocircmica social cultural e poliacutetica Embora saiba-se que a possibilidade natildeo eacute satisfeita
de as pessoas terem o discernimento ou condiccedilotildees de exercerem esse direito que eacute
internacionalmente reconhecido nas cartas de cidadania e foco de assunto constitucional
brasileiro algumas dessas escolhas satildeo baacutesicas para a vida humana
17
As opccedilotildees por vida saudaacutevel por adquirir conhecimento por morar dignamente e por
atingir e manter um padratildeo de vida decente satildeo condiccedilotildees fundamentais para os seres
humanos e agrave medida que sejam alcanccediladas abrem caminho para outras escolhas igualmente
importantes referentes agrave participaccedilatildeo poliacutetica agrave diversidade cultural aos direitos humanos e agrave
liberdade individual e coletiva (IPEA1998)
Segundo IPEA (1998) o conceito atual de desenvolvimento humano eacute amplo pois
aleacutem de considerar os seres humanos como participantes ativos do processo de
desenvolvimento os tem como beneficiaacuterios do processo produtivo e vecirc suas necessidades
baacutesicas monitoradas a partir dos citados requisitos miacutenimos e de suas escolhas A ideia de
desenvolvimento humano ao integrar todos esses conceitos que sintetizam a capacidade de
bem-estar e da qualidade de vida representa uma noccedilatildeo abrangente de desenvolvimento com
sentido holiacutestico
Os censos demograacuteficos efetuados e entregues pelo IBGE por sua riqueza de dados e
informaccedilotildees permitem que sejam elaborados diversos tipos de iacutendices de desenvolvimento
que podem abarcar os conceitos econocircmicos e sociais
Segundo IPEA (1998) a vantagem de se aproveitar a base de dados censitaacuteria ainda
relativamente pouco explorada em trabalhos cientiacuteficos e teacutecnicos eacute que ela permite
incorporar outras variaacuteveis e dimensotildees agrave anaacutelise do desenvolvimento humano
Os iacutendices sinteacuteticos de desenvolvimento humano ocorrido no Brasil atualmente satildeo
o Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e o Iacutendice de Condiccedilotildees de Vida
(ICV) Para sua construccedilatildeo satildeo gerados e empregados diversos indicadores O objetivo do
iacutendice sinteacutetico que permite a comparaccedilatildeo e ordenaccedilatildeo entre comunidades eacute reduzir todos os
indicadores por ponderaccedilotildees e juiacutezos de valor a um iacutendice uacutenico O IDHM para sua
concepccedilatildeo precisa ultrapassar certos conceitos baacutesicos do IDH que foi idealizado para ser
calculado e comparar paiacuteses Para sua avaliaccedilatildeo consideram-se trecircs dimensotildees Educaccedilatildeo
Renda e Longevidade O ICV para a sua construccedilatildeo considera cinco grupos de indicadores
Educaccedilatildeo Renda Habitaccedilatildeo Infacircncia e Longevidade Cada uma dessas dimensotildees eacute
estruturada a partir de diversas variaacuteveis
Esses iacutendices tecircm sido empregados no Brasil com a incorporaccedilatildeo dos dados censitaacuterios
histoacutericos estando mais difundidos os relativos aos censos de 1970 a 2000 Tanto o IDHM
como o ICV generalizam os dados para municiacutepios e permitem a comparaccedilatildeo segundo essas
unidades
18
3 METODOLOGIA DE PESQUISA
31 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica
A Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada ilustra os materiais e processos
aplicados nesta pesquisa As caixas foram coloridas de modo a diferenciar os produtos e os
processos especiacuteficos da metodologia apresentada (violeta) da aplicaccedilatildeo especiacutefica para o
Municiacutepio de Seropeacutedica (vermelha)
Todo o processo eacute estruturado num modelo de representaccedilatildeo denominada ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo que apresenta passo a passo cada avaliaccedilatildeo intermediaacuteria necessaacuteria a se chegar ao
resultado final (mapeamento de Qualidade de Vida)
Figura 1 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica da Pesquisa
32 Base de Dados Socioeconocircmica
No estrato superior do fluxograma apresenta-se a malha e dados censitaacuterios obtida a
partir do acervo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) Constituem os
elementos necessaacuterios para a geraccedilatildeo de mapas temaacuteticos que compotildeem a base de dados
socioeconocircmica do estudo O processo eacute permitido para esta particular aplicaccedilatildeo por meio
da utilizaccedilatildeo do ldquoMoacutedulo de Classificaccedilatildeo e Criaccedilatildeo de Mapas Temaacuteticosrdquo do aplicativo Esri
ArcGIS A coloraccedilatildeo vermelha destas caixas eacute justificada devido agrave possibilidade da base de
dados socioeconocircmica a ser obtida a partir de qualquer outra fonte (ou de ser gerada) e
19
tambeacutem processada por outros aplicativos de acordo com os conhecimentos do analista e
disponibilidade de dados para a localidade de estudo Aleacutem da flexibilidade quanto agrave fonte
dos dados fica a criteacuterio do analista a seleccedilatildeo das variaacuteveis socioeconocircmicas a serem
utilizadas na avaliaccedilatildeo de qualidade de vida Para esta aplicaccedilatildeo a unidade territorial adotada
satildeo os setores censitaacuterios definidos a partir de IBGE (2010)
33 Avaliaccedilatildeo Ambiental
A partir das bases de dados socioeconocircmicos (Renda Analfabetismo Coleta de Lixo
etc) aplica-se formulaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo Ambiental (detalhada na sessatildeo 334) para obtenccedilatildeo
dos mapas de ldquoQualidade de Vidardquo A escolha do algoritmo avaliativo para o processamento
das anaacutelises tambeacutem eacute flexiacutevel a outras formulaccedilotildees e aplicativos a criteacuterio do avaliador
331 A Anaacutelise Ambiental por Geoprocessamento
A Anaacutelise Ambiental ldquoeacute um instrumento fundamental na investigaccedilatildeo interdisciplinar
pois fornece uma gama variada de percepccedilotildees que iratildeo auxiliar no aprofundamento do
conhecimento cientiacuteficordquo (Stipp e Stipp 2004 p24)
Para SILVA amp SOUZA (1998 ldquoapudrdquo Stipp e Stipp 2004 p24) analisar um
ambiente significa desmembraacute-lo em termos de suas partes componentes e apreender as suas
funccedilotildees internas e externas com a consequente criaccedilatildeo de um conjunto integrado de
informaccedilotildees representativo deste conhecimento adquirido
A Anaacutelise Ambiental deve ser compreendida como um instrumento integrador que
encare o meio ambiente sob o acircngulo da preocupaccedilatildeo com o uso que o homem faz dele no
sentido de se contribuir para o desenvolvimento de uma perspectiva interdisciplinar de
investigaccedilatildeo da construccedilatildeo do meio ambiente e da organizaccedilatildeo do espaccedilo (Stipp e Stipp
2004 p24)
A anaacutelise ambiental expressa na realizaccedilatildeo dos diagnoacutesticos zoneamentos e a
avaliaccedilatildeo nos impactos ambientais (Sales 2004 p130) Paralelamente satildeo tratados os planos
de manejo e planejamento dos usos dos espaccedilos naturais e em alguns casos - ainda raros - de
recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas Satildeo esses conjuntos de procedimentos que recebe a rubrica
de anaacutelise ambiental (Mendonccedila 1993 Ross 1990 ldquoapudrdquo Geografia Sistemas e anaacutelise
ambiental abordagem criacutetica 2004 p130)
Logo o processo de anaacutelise ambiental envolve a elaboraccedilatildeo de diagnoacutesticos a
manifestaccedilatildeo de interesse poliacutetico a revelaccedilatildeo de interesse da coletividade envolvida com o
20
intuito de trazer melhorias para uma determinada aacuterea ou trazer antecipadamente diagnoacutesticos
de possiacuteveis situaccedilotildees indesejaacuteveis ou ateacute mesmo prever aacutereas de potencial
332 O Projeto SAGAUFRJ
O Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental (SAGAUFRJ) foi implantado em 1983 no
Departamento de Geografia da UFRJ pelo Prof Dr Jorge Xavier da Silva coordenador do
entatildeo Grupo de Pesquisas em Geoprocessamento (GPG) Foi desenvolvido como um sistema
para aplicaccedilotildees ambientais de faacutecil implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo em equipamentos de baixo custo
o que se tornou possiacutevel principalmente graccedilas ao crescimento da popularidade e uso de
microcomputadores do tipo IBM-PC
Eacute possiacutevel a partir da aplicaccedilatildeo deste ter estimativas de riscos de desmoronamentos e
de enchentes potenciais turiacutesticos e de urbanizaccedilatildeo para fins de preservaccedilatildeo e a anaacutelise da
qualidade de vida em favelas constituem uma pequena amostra das pesquisas realizadas pela
comunidade de usuaacuterios atraveacutes da utilizaccedilatildeo do SAGAUFRJ
Sua primeira versatildeo foi criada na deacutecada de 1980 apresentando mapas com no
maacuteximo 16 cores Nesta eacutepoca o geoprocessamento era bastante limitado pela barreira
tecnoloacutegica Seguindo a evoluccedilatildeo da informaacutetica o Vista Saga tambeacutem foi evoluindo com
novas versotildees mais sofisticadas Hoje o Vista Saga trabalha com cores de 32 bits
viabilizando ateacute a visualizaccedilatildeo em trecircs dimensotildees de aacutereas de estudos
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que o VISTASAGA eacute um projeto totalmente
nacional cresce em meio acadecircmico e sem fins lucrativos Pode ser obtido gratuitamente
atraveacutes do site httpwwwlageopufrjbr
Constituem seus principais moacutedulos de processamento
MONITORIA Este procedimento consiste no levantamento puxado das alteraccedilotildees
ambientais ocorridas em uma determinada situaccedilatildeo ambiental Registros sucessivos de
fenocircmenos ambientais utilizando taxonomias correspondentes (classificaccedilotildees iguais
ou correlacionaacuteveis) podem ser usados para o acompanhamento da evoluccedilatildeo
territorial de processos e ocorrecircncias de interesse
ASSINATURA SIGs permitem a locomoccedilatildeo entre localizaccedilotildees e atributos ou seja a
recuperaccedilatildeo da localizaccedilatildeo a partir da seleccedilatildeo de uma informaccedilatildeo e vice-versa
AVALIACcedilAtildeO Utilizado para realizar estimativas sobre possiacuteveis ocorrecircncias de
fenocircmenos de diversas naturezas segundo diversas intensidades definindo-se a
extensatildeo territorial destas estimativas e suas relaccedilotildees de proximidade e conexatildeo Este
21
moacutedulo gera um mapa do territoacuterio analisado classificando cada local com notas de 0
a 10
333 A Escolha do SAGAUFRJ
Como o proacuteprio nome jaacute diz SAGA ndash Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental tratar-se de
uma ferramenta especiacutefica para o processamento das avaliaccedilotildees ambientais
Contudo nada impede que os mesmos procedimentos sejam aplicados em qualquer
outro software que disponha de recursos que viabilizem a aplicaccedilatildeo metodoloacutegica proposta
O cerne deste trabalho constitui-se na apresentaccedilatildeo da metodologia para tomadas de decisatildeo
no acircmbito de riscos socioambientais de aacutereas urbanas O VISTASAGA foi selecionado
como ferramenta de aplicaccedilatildeo em funccedilatildeo de sua praticidade e profundo conhecimento na
utilizaccedilatildeo do aplicativo se alcanccedilar a finalidade proposta
334 Formulaccedilatildeo da Anaacutelise Ambiental
A formulaccedilatildeo de meacutedia ponderada eacute proposta nas avaliaccedilotildees ambientais moacutedulo
constituinte do sistema SAGA conforme a seguir exposta
Onde
n Nuacutemero de paracircmetros (mapas) utilizados
Ai j Probabilidade de ocorrecircncia do evento analisado no elemento (pixel) ij da matriz
(mapa) resultante
Pk Peso (percentual) da contribuiccedilatildeo do paracircmetro k em relaccedilatildeo aos demais para a
ocorrecircncia do evento analisado
Nk Nota segundo o(s) avaliador (ES) dentro da escala de 0 a 10 da ocorrecircncia do
evento analisado na presenccedila da classe encontrada na linha i coluna j do mapa k
Pixel Aglutinaccedilatildeo de ldquopicture elementrdquo ou seja elemento de imagem Eacute o menor
elemento num dispositivo de exibiccedilatildeo (como por exemplo um monitor) ao qual possibilita
atribuir-se uma cor De modo mais simples um pixel eacute o menor ponto que forma uma
imagem digital sendo que os conjuntos de milhares de pixels formam a imagem inteira A
Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada possui dimensotildees de 31 X 15 ou seja 31
colunas por 15 linhas totalizando 465 pixels (adaptado de MARINO 2005 p4)
22
Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005)
A partir desta formulaccedilatildeo de Anaacutelise Ambiental podem ser feitas as seguintes
proposiccedilotildees tambeacutem segundo XAVIER DA SILVA (2001)
Ai j exprime a probabilidade resultante do produto da formulaccedilatildeo ambiental numa
escala de 0 a 10 para a ocorrecircncia de um evento ou entidade ambiental que seja
causado em princiacutepio pela atuaccedilatildeo convergente dos paracircmetros ambientais nela
considerados
Os dados envolvidos na avaliaccedilatildeo podem ser lanccedilados em uma escala ordinal que
varie entre 0 e 10 ou entre 0 e 100 para que seja gerada uma amplitude de variaccedilatildeo
suficiente a permitir maior percepccedilatildeo da variabilidade das estimativas
A normalizaccedilatildeo dos pesos restritos entre os valores 0 e 1 resulta na definiccedilatildeo do
valor do peso atribuiacutedo a um mapa como o valor maacuteximo que qualquer das classes
daquele mapa pode assumir Por exemplo atribuir um peso de 40 ao paracircmetro
ldquodeclividadesrdquo numa anaacutelise significa que o maacuteximo que uma determinada classe
deste mapa pode contribuir na determinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia do evento
analisado eacute de 4 numa escala de 0 a 10
Com a adoccedilatildeo da meacutedia ponderada estaacute criado um espaccedilo classificatoacuterio que eacute em
princiacutepio ordinal mas que pode admitir grande e variado detalhamento na
classificaccedilatildeo das estimativas
34 Aacutervore de Decisatildeo Qualidade de Vida
O diagrama da Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada eacute denominado ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo (XAVIER DA SILVA 2001) uma vez que propicia em seus diversos niacuteveis apoio
a decisotildees quanto ao seu objetivo formal ou seja estimar a quantidade a localizaccedilatildeo e a
extensatildeo dos movimentos populacionais a serem executados em uma aacuterea tendo em vista a
melhoria da qualidade de vida de seus habitantes
23
Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ)
Cada um dos retacircngulos representa um mapeamento digital de um paracircmetro de
anaacutelise ou uma avaliaccedilatildeo ambiental que tenha sido executada
A inspeccedilatildeo desta aacutervore de decisatildeo como tambeacutem das parciais seguintes possibilita
que se apresentem constataccedilotildees relevantes quanto agrave origem dos dados
No estrato inferior da figura (noacutes folhas da aacutervore) constam os mapas baacutesicos
elaborados e que constituem os componentes ambientais decisivos para as anaacutelises que
se vai empreender e que satildeo resultantes de levantamentos e de interpretaccedilotildees da
realidade ambiental do municiacutepio de Seropeacutedica
Os mapas da realidade ambiental sob a perspectiva da geografia humana utilizados
nos ramos infraestrutura condiccedilotildees sociais e condiccedilotildees de renda foram gerados a
partir dos dados censitaacuterios produzidos por IBGE (2010) referentes agrave Base de
Informaccedilotildees por Setor Censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010
Os mapas derivados e resultantes de anaacutelises mostram-se de forma assimeacutetrica no
modelo e foram elaborados no ambiente do programa VISTASAGA
A estimativa de mais alto niacutevel foi obtida a partir da conjugaccedilatildeo e integraccedilatildeo da
representaccedilatildeo cartograacutefica das Condiccedilotildees de Renda e constitui para o elevado niacutevel
de detalhe possibilitado pela escala e resoluccedilatildeo adotadas a distribuiccedilatildeo territorial de
locais indicados para transposiccedilotildees de assentamentos precaacuterios
24
35 Terminologia Censitaacuteria (IBGE)
A seguir satildeo apresentados alguns termos frequentemente citados nos capiacutetulos que
discutem o aspecto socioeconocircmico dos mapeamentos definidos segundo IBGE (2010)
Domiciacutelio particular - Domiciacutelio onde o relacionamento entre seus ocupantes era
ditado por laccedilos de parentesco de dependecircncia domeacutestica ou por normas de
convivecircncia O domiciacutelio particular eacute classificado em permanente ndash Domiciacutelio
construiacutedo para servir exclusivamente agrave habitaccedilatildeo e na data de referecircncia tinha a
finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas e coletivo - Eacute uma instituiccedilatildeo
ou estabelecimento onde as relaccedilotildees entre as pessoas que nele se encontravam
moradoras ou natildeo era restrita a normas de subordinaccedilatildeo administrativa como em
hoteacuteis moteacuteis camping pensotildees penitenciaacuterias presiacutedios casas de detenccedilatildeo
quarteacuteis postos militares asilos orfanatos conventos hospitais e cliacutenicas (com
internaccedilatildeo) alojamento de trabalhadores ou de estudantes etc
Rendimento mensal - soma do rendimento mensal de trabalho com o rendimento
proveniente de outras fontes
Rendimento mensal familiar ndash A soma dos rendimentos mensais dos componentes
da famiacutelia exclusive os das pessoas cuja condiccedilatildeo na famiacutelia fosse pensionista
empregado domeacutestico ou parente do empregado domeacutestico
Domiciacutelio com esgoto ligado a rede coletora (ou fossa seacuteptica) - quando a
canalizaccedilatildeo das aacuteguas servidas e dos dejetos proveniente do banheiro ou sanitaacuterio
estava ligada a um sistema de coleta que os conduzia a um desaguadouro geral da
aacuterea regiatildeo ou municiacutepio mesmo que o sistema natildeo dispusesse de estaccedilatildeo de
tratamento da mateacuteria esgotada
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados
O nuacutemero de domiciacutelios registrados por setor censitaacuterio no municiacutepio de Seropeacutedica
varia dependendo do setor Para a exposiccedilatildeo dos dados tabulares sob a expressatildeo
cartograacutefica haacute a necessidade de se efetuar o agrupamento desses dados em classes
A formulaccedilatildeo de Sturges (Marino apud 2008) orienta qual deva ser o nuacutemero de
categorias de acordo com a quantidade de dados disponiacuteveis neste caso o nuacutemero total de
116 setores censitaacuterios constituintes da aacuterea de estudo
25
K = 1+ 33log 116 = 1+ 33206 = 1+ 679 asymp 8 classes
352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais)
Eacute importante observar que natildeo faz sentido realizar as classificaccedilotildees a seguir sem
normalizaacute-las pelo campo que tabula a quantidade de domiciacutelios permanentes Para a melhor
compreensatildeo desta citaccedilatildeo segue uma breve ilustraccedilatildeo
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees
SETOR DOM CONECTADOS Agrave REDE ELEacuteTRICA DOMICIacuteLIOS
1 50 100 50
2 50 1000 5
Apesar de ambos setores apresentarem as mesmas quantidades de domiciacutelios
conectados agrave rede de energia eleacutetrica o setor 1 possui apenas 100 domiciacutelios ou seja 50
deste setor eacute atendido pela rede de energia eleacutetrica Analisando agora o setor 2 que tambeacutem
possui 50 domiciacutelios conectados agrave rede eleacutetrica este por sua vez eacute constituiacutedo por 1000
domiciacutelios Em termos percentuais este setor possui apenas 5 de seus domiciacutelios
abastecidos pela rede de energia eleacutetrica o que nos leva a concluir que o setor 1 eacute melhor
servido em relaccedilatildeo ao setor 2 diferentemente de quando olhamos apenas para os valores
absolutos desta amostragem
Sendo assim todos os dados seratildeo sempre classificados normalizados pela quantidade
de domiciacutelios do setor Assim obteacutem-se a resposta em termos percentuais ou seja indexada
pelo universo amostral
26
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA
Para a concepccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica a origem e o formato dos dados
foram exclusivamente apoiados nos resultados do Censo 2010 (IBGE 2010) no niacutevel de
detalhe agrupados pelos setores censitaacuterios
As anaacutelises ambientais da populaccedilatildeo residente na aacuterea de estudos versaram sobre trecircs
principais dimensotildees cada uma delas com seu conjunto de variaacuteveis empregadas
convencionalmente para a detecccedilatildeo dos iacutendices de desenvolvimento humano e de qualidade
de vida
Desta forma foram desenvolvidos mapas temaacuteticos sobre condiccedilotildees de infraestrutura
caracterizadas pelas contribuiccedilotildees do estado e do indiviacuteduo para a qualidade de vida
correspondentes aos cuidados com a coleta de lixo como condiccedilotildees do domiciacutelio quanto
energia eleacutetrica e banheiros conectados ao saneamento baacutesico sobre os aspectos sociais como
nuacutemero de habitantes por domiciacutelio e renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo e das condiccedilotildees
de educaccedilatildeo os itens avaliados satildeo crianccedilas com 5 anos ou mais de idade alfabetizados e
pessoas analfabetas funcionais
41 Unidade territorial Setor censitaacuterio
A unidade territorial adotada para as anaacutelises referentes agrave populaccedilatildeo eacute o setor
censitaacuterio conforme delimitado e identificado por IBGE (2010) A partir do mapeamento da
divisatildeo censitaacuteria disponibilizada no formato vetorial procedimentos de conversatildeo de
formatos foram aplicados atraveacutes do aplicativo Esri ArcGIS para a geraccedilatildeo do formato
matricial RasterSAGA apropriado para as avaliaccedilotildees ambientais a serem realizadas no
ambiente do sistema VistaSAGA
A regiatildeo de estudo abrange o total de 116 setores censitaacuterios como se pode observar a
seguir
27
Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
28
A base de dados cadastrais da populaccedilatildeo em escala dos setores censitaacuterios resultado
do Censo 2010 foi disponibilizada pelo IBGE em 2010 estruturada sob a forma tabular em
duas dimensotildees a saber domiciacutelios e pessoas
Para fins de filtragem dos dados tabulares socioeconocircmicos do IBGE as tabelas
originais para o municiacutepio de Seropeacutedica de domiciacutelios e pessoas foram filtradas para a aacuterea
de estudo pela seleccedilatildeo daqueles setores censitaacuterios restritos apenas ao municiacutepio em questatildeo
Todas as planilhas no formato Microsoft Excel que antes apresentavam aproximadamente
27767 mil registros referente a todos os setores censitaacuterios da Cidade do Rio de Janeiro
passa a ter apenas 116 registros referentes apenas aos setores cobertos pelo municiacutepio de
Seropeacutedica
Tendo em vista que as tabelas originais do IBGE de formato XLS (Microsoft Excel)
trazem o cabeccedilalho (nomes dos campos) em coacutedigo no formato V0001 V0002 V2500 pois
satildeo elaboradas especificamente para o uso no ambiente ESTATCART e sendo inviaacutevel
descrever o significado de cada campo em seu tiacutetulo o IBGE os codifica nos arquivos e
disponibilizam um manual descritivo de cada uma das variaacuteveis por meio do um documento
denominado ldquoCenso Demograacutefico 2010rdquo (IBGE2 2010)
Sendo assim houve tambeacutem um trabalho de interpretaccedilatildeo e pesquisa do referido
manual a fim de localizar os coacutedigos das variaacuteveis necessaacuterias a este projeto de pesquisa
dentre as mais de 3000 disponibilizadas pelo Censo Demograacutefico
A geraccedilatildeo de toda a base temaacutetica socioeconocircmica foi desenvolvida com utilizaccedilatildeo da
ferramenta de classificaccedilatildeo de mapas do SIG Esri ArcGIS
Apoacutes a geraccedilatildeo dos mapas classificatoacuterios realizou-se a conversatildeo dos mapas
temaacuteticos resultantes do formato shape (shp) para o formato matricial RasterSaga (rs2) por
meio do ldquoconversor SHPRS2rdquo aplicativo desenvolvido e disponibilizado pelo
LAGEOPUFRJ
42 Geraccedilatildeo do mapeamento temaacutetico classificatoacuterio
As subseccedilotildees a seguir caracterizam as aacutervores de decisatildeo individualizadas relativas
aos mapas temaacuteticos de infraestrutura aspectos sociais e niacutevel de educaccedilatildeo
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo
Variaacuteveis - Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
- Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
- Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
12
Utilizaccedilatildeo do aplicativo VISTASAGA como ferramenta para a elaboraccedilatildeo de
avaliaccedilotildees ambientais organizadas segundo a estrutura de ldquoAacutervore de Decisatildeordquo
14 Organizaccedilatildeo do Trabalho
Para uma compreensatildeo clara deste trabalho esta Monografia foi dividida em 7
capiacutetulos entre os quais se insere esta Introduccedilatildeo onde satildeo apresentados os Objetivos em
que se destacam as etapas para se atingir a anaacutelise da variaccedilatildeo territorial da qualidade de vida
no municiacutepio de Seropeacutedica ndash Rio de Janeiro
O capiacutetulo 2 estaraacute voltado agrave Fundamentaccedilatildeo Teoacuterica onde satildeo introduzidos alguns
conceitos baacutesicos baseados na literatura definiccedilotildees e indicadores de qualidade de vida
Tratar-se tambeacutem a importacircncia da utilizaccedilatildeo dos Sistemas Geograacuteficos de Informaccedilotildees
(SIGs) descrevendo sua disposiccedilatildeo de composiccedilatildeo aleacutem da importacircncia e exemplos de
aplicaccedilotildees providos pelos SIGs num contexto de gestatildeo territorial
O capiacutetulo 3 eacute reservado agrave exposiccedilatildeo de metodologia ldquoA Anaacutelise Ambiental por
Geoprocessamentordquo a qual se apresenta a estrutura conceitual e loacutegica bem definida e
organizada do Geoprocessamento Neste capiacutetulo tambeacutem satildeo citados alguns estudos de caso
de aplicaccedilatildeo da referida metodologia Em seguida apresenta sob a forma de organogramas a
Aacutervore de Decisatildeo para a determinaccedilatildeo da ldquoQualidade de Vidardquo assim como as aacutervores de
niacuteveis intermediaacuterios ldquoInfraestruturardquo ldquoAspectos Sociaisrdquo e ldquoEducaccedilatildeordquo Estes diagramas
definem de forma estruturada os passos das avaliaccedilotildees para as anaacutelises ambientais
projetadas Apresenta definiccedilotildees de indicadores iacutendices de desenvolvimento humano e
qualidade de vida aleacutem dos procedimentos estatiacutesticos para a definiccedilatildeo do nuacutemero de classes
baseado no modelo de Sturges utilizado para a classificaccedilatildeo de dados socioeconocircmicos Satildeo
introduzidas tambeacutem definiccedilotildees da terminologia censitaacuteria segundo o IBGE frequumlentemente
citada no capiacutetulo seguinte atraveacutes das variaacuteveis socioeconocircmicas estudadas Justifica de
forma ilustrada a necessidade do trabalho com dados relativizados (taxas percentuais)
normalizados pela quantidade de domiciacutelios particulares permanentes de cada setor censitaacuterio
na criaccedilatildeo dos mapas socioeconocircmicos
O capiacutetulo 4 eacute retrata exclusivamente os materiais e meacutetodos empregados como a
descriccedilatildeo da aacuterea objeto de estudo municiacutepio de Seropeacutedica com sua definiccedilatildeo territorial
determinada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) caracteriacutesticas e o
processo de evoluccedilatildeo urbaniacutestica desenfreada ocorrida naquela regiatildeo Em seguida destaca a
organizaccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica pelo qual mostra-se a importacircncia da
integraccedilatildeo dos dados populacionais com os do ambiente fiacutesico nas anaacutelises ambientais
13
Destacam-se tambeacutem as variaacuteveis ambientais empregadas para a determinaccedilatildeo de iacutendices de
desenvolvimento humano e de qualidade de vida os setores censitaacuterios como unidade
territorial e tambeacutem os procedimentos estatiacutesticos adotados na fase de geraccedilatildeo da base de
dados socioeconocircmica
O capiacutetulo 5 apresenta o desenvolvimento parcial da Aacutervore de Decisatildeo referente agraves
avaliaccedilotildees com os dados populacionais oriundos do Censo 2010 seguindo-se a metodologia
proposta no capiacutetulo 3 Apresenta os mapas resultantes de avaliaccedilotildees e as anaacutelises relativas agraves
dimensotildees Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo agrave qualidade de vida as condiccedilotildees dos
aspectos sociais e as condiccedilotildees de educaccedilatildeo mapeando assim a qualidade de vida da regiatildeo
O capiacutetulo 6 destina-se agraves conclusotildees pelas quais se apresentam sinteticamente os
resultados alcanccedilados com a pesquisa
O capiacutetulo 7 reserva-se ao material de referecircncia bibliograacutefica consultado durante as
fases de desenvolvimento desta pesquisa
14
2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
Esta sessatildeo apresenta diferentes abordagens sobre a qualidade de vida e sistemas de
informaccedilotildees geograacuteficas segundo distintos autores
21 Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas na Gestatildeo Territorial
Compreende-se Sistema de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG) como referecircncia ao
conjunto de software hardware bases de dados e organizaccedilatildeo Num sentido limitado o SIG
se refere a um pacote de software que permite o tratamento automaacutetico de dados graacuteficos e
natildeo graacuteficos georreferenciados Assim
O uso de SIGs permite obter mapas com rapidez e precisatildeo a partir
da atualizaccedilatildeo dos bancos de dados sendo uma ferramenta
importante no estudo de potencialidades do ambiente e no caso da
avaliaccedilatildeo de aacutereas com risco de salinizaccedilatildeo constitui-se etapa
importante para a definiccedilatildeo de praacuteticas adequadas de manejo e
conservaccedilatildeo do solo e recursos hiacutedricos (Valadares e Faria 2004
p91)
Para Polidoro e Barros (2010 p86) sistemas de informaccedilotildees geograacuteficas satildeo valiosas
ferramentas computacionais que tornam possiacutevel a anaacutelise e tratamento de informaccedilotildees
geograacuteficas e a posterior disponibilizaccedilatildeo dessas como suporte a tomada de decisotildees
Martins (2005 p 24) considera que o SIG eacute capaz de apontar por meio de mapas
temaacuteticos relacionados a um banco de dados tabularem situaccedilotildees de risco permitindo a
prevenccedilatildeo e a contenccedilatildeo de impactos ambientais
Martins (2005 p93) ainda compreende que
Um SIG eacute uma ferramenta computacional que permite a
representaccedilatildeo dos objetos geograacuteficos (vias limites de municiacutepios
edificaccedilotildees etc) da superfiacutecie terrestre de maneira simplificada por
meio da utilizaccedilatildeo de formas geomeacutetricas (pontos linhas e
poliacutegonos)
15
O SIG pode ser utilizado por qualquer aacuterea de conhecimento visto que eacute uma
disciplina multidisciplinar poreacutem eacute necessaacuterio que cada aacuterea se volte para a informaccedilatildeo
quantitativa para trabalhar e obter dados atraveacutes da visualizaccedilatildeo dos mapas Por exemplo
Um socioacutelogo deseja utilizar um SIG para entender e quantificar o fenocircmeno da
exclusatildeo social numa determinada capital brasileira
Um engenheiro florestal aplica um SIG para a contenccedilatildeo de aacutereas remanescentes
florestais de uma dada regiatildeo
Um geoacutegrafo pretende usar um SIG para gerar a distribuiccedilatildeo do desenvolvimento
industrial de uma dada regiatildeo
A partir das definiccedilotildees acima compreende-se a interdisciplinaridade do assunto diante
da integraccedilatildeo numa singular base de dados dados censitaacuterios informaccedilotildees espaciais
provenientes de dados cartograacuteficos e cadastro urbano e rural imagens de sateacutelite redes e
modelos numeacutericos de terreno
22 Qualidade de Vida e Iacutendices de Desenvolvimento Humano
De acordo com Demo (1998) num primeiro passo podemos recorrer para a
etimologia latina qualitas significa ldquoa essecircnciardquo Assim qualidade designa a parte essencial
das coisas aquilo que lhe seria mais importante e determinante Demo (1998 p93) tambeacutem
assume que a qualidade aponta para a marca central das coisas e dos seres aquilo que natildeo se
consome no tempo que fica para sempre que decide o que algo eacute definitivamente
Segundo Fleck (2000 apud The WHOQOL Group 1995 p34) a Organizaccedilatildeo
Mundial da Sauacutede conceituou ldquoQualidade de Vidardquo como a percepccedilatildeo do indiviacuteduo de sua
posiccedilatildeo na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relaccedilatildeo
aos seus objetivos expectativas padrotildees e preocupaccedilotildees
De acordo com Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Seropeacutedica Tiacutetulo I Paraacutegrafo Uacutenico
a accedilatildeo municipal desenvolve-se em todo o seu territoacuterio sem
privileacutegios de bairros reduzindo as desigualdades regionais e sociais
promovendo o bem-estar de todos sem preconceitos de origem raccedila
sexo cor idade e quaisquer outras formas de discriminaccedilatildeo
Um aspecto importante que caracteriza estudos que partem de uma definiccedilatildeo geneacuterica
da Qualidade de Vida eacute que as amostras estudadas incluem pessoas saudaacuteveis da populaccedilatildeo
nunca se restringindo a amostras de pessoas portadoras de agravos especiacuteficos
16
Para Seidl e Zannon (2004) a Qualidade de Vida apresenta uma acepccedilatildeo mais ampla
aparentemente influenciada por estudos socioloacutegicos sem fazer referecircncia a disfunccedilotildees ou
agravos (Zannon e Seidl 2004 p583) Com relaccedilatildeo ao meio ambiente o modelo incorpora
conceitos mais amplos onde meio ambiente eacute a resultante das questotildees socioeconocircmicas de
uma realidade Nesse processo qualidade de vida abrange ainda os aspectos comportamentais
(por exemplo exercitaccedilatildeo e alimentaccedilatildeo) e perceptivos da comunidade acerca do que eacute
qualidade de vida
Para Nobre (1995 p 299)
Qualidade de vida foi definida como sensaccedilatildeo iacutentima de conforto
bem-estar ou felicidade no desempenho de funccedilotildees fiacutesicas intelectuais
e psiacutequicas dentro da realidade da sua famiacutelia do seu trabalho e dos
valores da comunidade agrave qual pertence
A qualidade de vida no Brasil eacute medida atraveacutes do ponto de vista do Iacutendice de
Desenvolvimento Humano (IDH) Este por sua vez analisa os estados brasileiros atraveacutes de
trecircs itens essenciais renda educaccedilatildeo e expectativa de vida A renda eacute avaliada pelo PIB real
per capita a sauacutede pela esperanccedila de vida ao nascer e a educaccedilatildeo pela taxa de alfabetizaccedilatildeo
de adultos e taxas de matriacutecula aos niacuteveis primaacuterios secundaacuterios combinados Renda
educaccedilatildeo e sauacutede seriam atributos de igual importacircncia como expressatildeo da capacidade
humana (Minayo Buss Hartz 2000 p8)
O Programa das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgou em 1990 o
levantamento do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) O conceito de Desenvolvimento
Humano eacute o ingrediente principal do Relatoacuterio de Desenvolvimento Humano (RDH) Aleacutem
do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) este faz parte da compreensatildeo de que para
averiguar o avanccedilo de uma populaccedilatildeo natildeo se deve considerar apenas a dimensatildeo econocircmica
poreacutem outras influenciam a qualidade da vida humana
O desenvolvimento humano por definiccedilatildeo eacute compreendido como um abrangente
processo de expansatildeo de escolhas individuais nas diversas aacutereas como geograacutefica
econocircmica social cultural e poliacutetica Embora saiba-se que a possibilidade natildeo eacute satisfeita
de as pessoas terem o discernimento ou condiccedilotildees de exercerem esse direito que eacute
internacionalmente reconhecido nas cartas de cidadania e foco de assunto constitucional
brasileiro algumas dessas escolhas satildeo baacutesicas para a vida humana
17
As opccedilotildees por vida saudaacutevel por adquirir conhecimento por morar dignamente e por
atingir e manter um padratildeo de vida decente satildeo condiccedilotildees fundamentais para os seres
humanos e agrave medida que sejam alcanccediladas abrem caminho para outras escolhas igualmente
importantes referentes agrave participaccedilatildeo poliacutetica agrave diversidade cultural aos direitos humanos e agrave
liberdade individual e coletiva (IPEA1998)
Segundo IPEA (1998) o conceito atual de desenvolvimento humano eacute amplo pois
aleacutem de considerar os seres humanos como participantes ativos do processo de
desenvolvimento os tem como beneficiaacuterios do processo produtivo e vecirc suas necessidades
baacutesicas monitoradas a partir dos citados requisitos miacutenimos e de suas escolhas A ideia de
desenvolvimento humano ao integrar todos esses conceitos que sintetizam a capacidade de
bem-estar e da qualidade de vida representa uma noccedilatildeo abrangente de desenvolvimento com
sentido holiacutestico
Os censos demograacuteficos efetuados e entregues pelo IBGE por sua riqueza de dados e
informaccedilotildees permitem que sejam elaborados diversos tipos de iacutendices de desenvolvimento
que podem abarcar os conceitos econocircmicos e sociais
Segundo IPEA (1998) a vantagem de se aproveitar a base de dados censitaacuteria ainda
relativamente pouco explorada em trabalhos cientiacuteficos e teacutecnicos eacute que ela permite
incorporar outras variaacuteveis e dimensotildees agrave anaacutelise do desenvolvimento humano
Os iacutendices sinteacuteticos de desenvolvimento humano ocorrido no Brasil atualmente satildeo
o Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e o Iacutendice de Condiccedilotildees de Vida
(ICV) Para sua construccedilatildeo satildeo gerados e empregados diversos indicadores O objetivo do
iacutendice sinteacutetico que permite a comparaccedilatildeo e ordenaccedilatildeo entre comunidades eacute reduzir todos os
indicadores por ponderaccedilotildees e juiacutezos de valor a um iacutendice uacutenico O IDHM para sua
concepccedilatildeo precisa ultrapassar certos conceitos baacutesicos do IDH que foi idealizado para ser
calculado e comparar paiacuteses Para sua avaliaccedilatildeo consideram-se trecircs dimensotildees Educaccedilatildeo
Renda e Longevidade O ICV para a sua construccedilatildeo considera cinco grupos de indicadores
Educaccedilatildeo Renda Habitaccedilatildeo Infacircncia e Longevidade Cada uma dessas dimensotildees eacute
estruturada a partir de diversas variaacuteveis
Esses iacutendices tecircm sido empregados no Brasil com a incorporaccedilatildeo dos dados censitaacuterios
histoacutericos estando mais difundidos os relativos aos censos de 1970 a 2000 Tanto o IDHM
como o ICV generalizam os dados para municiacutepios e permitem a comparaccedilatildeo segundo essas
unidades
18
3 METODOLOGIA DE PESQUISA
31 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica
A Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada ilustra os materiais e processos
aplicados nesta pesquisa As caixas foram coloridas de modo a diferenciar os produtos e os
processos especiacuteficos da metodologia apresentada (violeta) da aplicaccedilatildeo especiacutefica para o
Municiacutepio de Seropeacutedica (vermelha)
Todo o processo eacute estruturado num modelo de representaccedilatildeo denominada ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo que apresenta passo a passo cada avaliaccedilatildeo intermediaacuteria necessaacuteria a se chegar ao
resultado final (mapeamento de Qualidade de Vida)
Figura 1 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica da Pesquisa
32 Base de Dados Socioeconocircmica
No estrato superior do fluxograma apresenta-se a malha e dados censitaacuterios obtida a
partir do acervo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) Constituem os
elementos necessaacuterios para a geraccedilatildeo de mapas temaacuteticos que compotildeem a base de dados
socioeconocircmica do estudo O processo eacute permitido para esta particular aplicaccedilatildeo por meio
da utilizaccedilatildeo do ldquoMoacutedulo de Classificaccedilatildeo e Criaccedilatildeo de Mapas Temaacuteticosrdquo do aplicativo Esri
ArcGIS A coloraccedilatildeo vermelha destas caixas eacute justificada devido agrave possibilidade da base de
dados socioeconocircmica a ser obtida a partir de qualquer outra fonte (ou de ser gerada) e
19
tambeacutem processada por outros aplicativos de acordo com os conhecimentos do analista e
disponibilidade de dados para a localidade de estudo Aleacutem da flexibilidade quanto agrave fonte
dos dados fica a criteacuterio do analista a seleccedilatildeo das variaacuteveis socioeconocircmicas a serem
utilizadas na avaliaccedilatildeo de qualidade de vida Para esta aplicaccedilatildeo a unidade territorial adotada
satildeo os setores censitaacuterios definidos a partir de IBGE (2010)
33 Avaliaccedilatildeo Ambiental
A partir das bases de dados socioeconocircmicos (Renda Analfabetismo Coleta de Lixo
etc) aplica-se formulaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo Ambiental (detalhada na sessatildeo 334) para obtenccedilatildeo
dos mapas de ldquoQualidade de Vidardquo A escolha do algoritmo avaliativo para o processamento
das anaacutelises tambeacutem eacute flexiacutevel a outras formulaccedilotildees e aplicativos a criteacuterio do avaliador
331 A Anaacutelise Ambiental por Geoprocessamento
A Anaacutelise Ambiental ldquoeacute um instrumento fundamental na investigaccedilatildeo interdisciplinar
pois fornece uma gama variada de percepccedilotildees que iratildeo auxiliar no aprofundamento do
conhecimento cientiacuteficordquo (Stipp e Stipp 2004 p24)
Para SILVA amp SOUZA (1998 ldquoapudrdquo Stipp e Stipp 2004 p24) analisar um
ambiente significa desmembraacute-lo em termos de suas partes componentes e apreender as suas
funccedilotildees internas e externas com a consequente criaccedilatildeo de um conjunto integrado de
informaccedilotildees representativo deste conhecimento adquirido
A Anaacutelise Ambiental deve ser compreendida como um instrumento integrador que
encare o meio ambiente sob o acircngulo da preocupaccedilatildeo com o uso que o homem faz dele no
sentido de se contribuir para o desenvolvimento de uma perspectiva interdisciplinar de
investigaccedilatildeo da construccedilatildeo do meio ambiente e da organizaccedilatildeo do espaccedilo (Stipp e Stipp
2004 p24)
A anaacutelise ambiental expressa na realizaccedilatildeo dos diagnoacutesticos zoneamentos e a
avaliaccedilatildeo nos impactos ambientais (Sales 2004 p130) Paralelamente satildeo tratados os planos
de manejo e planejamento dos usos dos espaccedilos naturais e em alguns casos - ainda raros - de
recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas Satildeo esses conjuntos de procedimentos que recebe a rubrica
de anaacutelise ambiental (Mendonccedila 1993 Ross 1990 ldquoapudrdquo Geografia Sistemas e anaacutelise
ambiental abordagem criacutetica 2004 p130)
Logo o processo de anaacutelise ambiental envolve a elaboraccedilatildeo de diagnoacutesticos a
manifestaccedilatildeo de interesse poliacutetico a revelaccedilatildeo de interesse da coletividade envolvida com o
20
intuito de trazer melhorias para uma determinada aacuterea ou trazer antecipadamente diagnoacutesticos
de possiacuteveis situaccedilotildees indesejaacuteveis ou ateacute mesmo prever aacutereas de potencial
332 O Projeto SAGAUFRJ
O Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental (SAGAUFRJ) foi implantado em 1983 no
Departamento de Geografia da UFRJ pelo Prof Dr Jorge Xavier da Silva coordenador do
entatildeo Grupo de Pesquisas em Geoprocessamento (GPG) Foi desenvolvido como um sistema
para aplicaccedilotildees ambientais de faacutecil implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo em equipamentos de baixo custo
o que se tornou possiacutevel principalmente graccedilas ao crescimento da popularidade e uso de
microcomputadores do tipo IBM-PC
Eacute possiacutevel a partir da aplicaccedilatildeo deste ter estimativas de riscos de desmoronamentos e
de enchentes potenciais turiacutesticos e de urbanizaccedilatildeo para fins de preservaccedilatildeo e a anaacutelise da
qualidade de vida em favelas constituem uma pequena amostra das pesquisas realizadas pela
comunidade de usuaacuterios atraveacutes da utilizaccedilatildeo do SAGAUFRJ
Sua primeira versatildeo foi criada na deacutecada de 1980 apresentando mapas com no
maacuteximo 16 cores Nesta eacutepoca o geoprocessamento era bastante limitado pela barreira
tecnoloacutegica Seguindo a evoluccedilatildeo da informaacutetica o Vista Saga tambeacutem foi evoluindo com
novas versotildees mais sofisticadas Hoje o Vista Saga trabalha com cores de 32 bits
viabilizando ateacute a visualizaccedilatildeo em trecircs dimensotildees de aacutereas de estudos
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que o VISTASAGA eacute um projeto totalmente
nacional cresce em meio acadecircmico e sem fins lucrativos Pode ser obtido gratuitamente
atraveacutes do site httpwwwlageopufrjbr
Constituem seus principais moacutedulos de processamento
MONITORIA Este procedimento consiste no levantamento puxado das alteraccedilotildees
ambientais ocorridas em uma determinada situaccedilatildeo ambiental Registros sucessivos de
fenocircmenos ambientais utilizando taxonomias correspondentes (classificaccedilotildees iguais
ou correlacionaacuteveis) podem ser usados para o acompanhamento da evoluccedilatildeo
territorial de processos e ocorrecircncias de interesse
ASSINATURA SIGs permitem a locomoccedilatildeo entre localizaccedilotildees e atributos ou seja a
recuperaccedilatildeo da localizaccedilatildeo a partir da seleccedilatildeo de uma informaccedilatildeo e vice-versa
AVALIACcedilAtildeO Utilizado para realizar estimativas sobre possiacuteveis ocorrecircncias de
fenocircmenos de diversas naturezas segundo diversas intensidades definindo-se a
extensatildeo territorial destas estimativas e suas relaccedilotildees de proximidade e conexatildeo Este
21
moacutedulo gera um mapa do territoacuterio analisado classificando cada local com notas de 0
a 10
333 A Escolha do SAGAUFRJ
Como o proacuteprio nome jaacute diz SAGA ndash Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental tratar-se de
uma ferramenta especiacutefica para o processamento das avaliaccedilotildees ambientais
Contudo nada impede que os mesmos procedimentos sejam aplicados em qualquer
outro software que disponha de recursos que viabilizem a aplicaccedilatildeo metodoloacutegica proposta
O cerne deste trabalho constitui-se na apresentaccedilatildeo da metodologia para tomadas de decisatildeo
no acircmbito de riscos socioambientais de aacutereas urbanas O VISTASAGA foi selecionado
como ferramenta de aplicaccedilatildeo em funccedilatildeo de sua praticidade e profundo conhecimento na
utilizaccedilatildeo do aplicativo se alcanccedilar a finalidade proposta
334 Formulaccedilatildeo da Anaacutelise Ambiental
A formulaccedilatildeo de meacutedia ponderada eacute proposta nas avaliaccedilotildees ambientais moacutedulo
constituinte do sistema SAGA conforme a seguir exposta
Onde
n Nuacutemero de paracircmetros (mapas) utilizados
Ai j Probabilidade de ocorrecircncia do evento analisado no elemento (pixel) ij da matriz
(mapa) resultante
Pk Peso (percentual) da contribuiccedilatildeo do paracircmetro k em relaccedilatildeo aos demais para a
ocorrecircncia do evento analisado
Nk Nota segundo o(s) avaliador (ES) dentro da escala de 0 a 10 da ocorrecircncia do
evento analisado na presenccedila da classe encontrada na linha i coluna j do mapa k
Pixel Aglutinaccedilatildeo de ldquopicture elementrdquo ou seja elemento de imagem Eacute o menor
elemento num dispositivo de exibiccedilatildeo (como por exemplo um monitor) ao qual possibilita
atribuir-se uma cor De modo mais simples um pixel eacute o menor ponto que forma uma
imagem digital sendo que os conjuntos de milhares de pixels formam a imagem inteira A
Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada possui dimensotildees de 31 X 15 ou seja 31
colunas por 15 linhas totalizando 465 pixels (adaptado de MARINO 2005 p4)
22
Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005)
A partir desta formulaccedilatildeo de Anaacutelise Ambiental podem ser feitas as seguintes
proposiccedilotildees tambeacutem segundo XAVIER DA SILVA (2001)
Ai j exprime a probabilidade resultante do produto da formulaccedilatildeo ambiental numa
escala de 0 a 10 para a ocorrecircncia de um evento ou entidade ambiental que seja
causado em princiacutepio pela atuaccedilatildeo convergente dos paracircmetros ambientais nela
considerados
Os dados envolvidos na avaliaccedilatildeo podem ser lanccedilados em uma escala ordinal que
varie entre 0 e 10 ou entre 0 e 100 para que seja gerada uma amplitude de variaccedilatildeo
suficiente a permitir maior percepccedilatildeo da variabilidade das estimativas
A normalizaccedilatildeo dos pesos restritos entre os valores 0 e 1 resulta na definiccedilatildeo do
valor do peso atribuiacutedo a um mapa como o valor maacuteximo que qualquer das classes
daquele mapa pode assumir Por exemplo atribuir um peso de 40 ao paracircmetro
ldquodeclividadesrdquo numa anaacutelise significa que o maacuteximo que uma determinada classe
deste mapa pode contribuir na determinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia do evento
analisado eacute de 4 numa escala de 0 a 10
Com a adoccedilatildeo da meacutedia ponderada estaacute criado um espaccedilo classificatoacuterio que eacute em
princiacutepio ordinal mas que pode admitir grande e variado detalhamento na
classificaccedilatildeo das estimativas
34 Aacutervore de Decisatildeo Qualidade de Vida
O diagrama da Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada eacute denominado ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo (XAVIER DA SILVA 2001) uma vez que propicia em seus diversos niacuteveis apoio
a decisotildees quanto ao seu objetivo formal ou seja estimar a quantidade a localizaccedilatildeo e a
extensatildeo dos movimentos populacionais a serem executados em uma aacuterea tendo em vista a
melhoria da qualidade de vida de seus habitantes
23
Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ)
Cada um dos retacircngulos representa um mapeamento digital de um paracircmetro de
anaacutelise ou uma avaliaccedilatildeo ambiental que tenha sido executada
A inspeccedilatildeo desta aacutervore de decisatildeo como tambeacutem das parciais seguintes possibilita
que se apresentem constataccedilotildees relevantes quanto agrave origem dos dados
No estrato inferior da figura (noacutes folhas da aacutervore) constam os mapas baacutesicos
elaborados e que constituem os componentes ambientais decisivos para as anaacutelises que
se vai empreender e que satildeo resultantes de levantamentos e de interpretaccedilotildees da
realidade ambiental do municiacutepio de Seropeacutedica
Os mapas da realidade ambiental sob a perspectiva da geografia humana utilizados
nos ramos infraestrutura condiccedilotildees sociais e condiccedilotildees de renda foram gerados a
partir dos dados censitaacuterios produzidos por IBGE (2010) referentes agrave Base de
Informaccedilotildees por Setor Censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010
Os mapas derivados e resultantes de anaacutelises mostram-se de forma assimeacutetrica no
modelo e foram elaborados no ambiente do programa VISTASAGA
A estimativa de mais alto niacutevel foi obtida a partir da conjugaccedilatildeo e integraccedilatildeo da
representaccedilatildeo cartograacutefica das Condiccedilotildees de Renda e constitui para o elevado niacutevel
de detalhe possibilitado pela escala e resoluccedilatildeo adotadas a distribuiccedilatildeo territorial de
locais indicados para transposiccedilotildees de assentamentos precaacuterios
24
35 Terminologia Censitaacuteria (IBGE)
A seguir satildeo apresentados alguns termos frequentemente citados nos capiacutetulos que
discutem o aspecto socioeconocircmico dos mapeamentos definidos segundo IBGE (2010)
Domiciacutelio particular - Domiciacutelio onde o relacionamento entre seus ocupantes era
ditado por laccedilos de parentesco de dependecircncia domeacutestica ou por normas de
convivecircncia O domiciacutelio particular eacute classificado em permanente ndash Domiciacutelio
construiacutedo para servir exclusivamente agrave habitaccedilatildeo e na data de referecircncia tinha a
finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas e coletivo - Eacute uma instituiccedilatildeo
ou estabelecimento onde as relaccedilotildees entre as pessoas que nele se encontravam
moradoras ou natildeo era restrita a normas de subordinaccedilatildeo administrativa como em
hoteacuteis moteacuteis camping pensotildees penitenciaacuterias presiacutedios casas de detenccedilatildeo
quarteacuteis postos militares asilos orfanatos conventos hospitais e cliacutenicas (com
internaccedilatildeo) alojamento de trabalhadores ou de estudantes etc
Rendimento mensal - soma do rendimento mensal de trabalho com o rendimento
proveniente de outras fontes
Rendimento mensal familiar ndash A soma dos rendimentos mensais dos componentes
da famiacutelia exclusive os das pessoas cuja condiccedilatildeo na famiacutelia fosse pensionista
empregado domeacutestico ou parente do empregado domeacutestico
Domiciacutelio com esgoto ligado a rede coletora (ou fossa seacuteptica) - quando a
canalizaccedilatildeo das aacuteguas servidas e dos dejetos proveniente do banheiro ou sanitaacuterio
estava ligada a um sistema de coleta que os conduzia a um desaguadouro geral da
aacuterea regiatildeo ou municiacutepio mesmo que o sistema natildeo dispusesse de estaccedilatildeo de
tratamento da mateacuteria esgotada
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados
O nuacutemero de domiciacutelios registrados por setor censitaacuterio no municiacutepio de Seropeacutedica
varia dependendo do setor Para a exposiccedilatildeo dos dados tabulares sob a expressatildeo
cartograacutefica haacute a necessidade de se efetuar o agrupamento desses dados em classes
A formulaccedilatildeo de Sturges (Marino apud 2008) orienta qual deva ser o nuacutemero de
categorias de acordo com a quantidade de dados disponiacuteveis neste caso o nuacutemero total de
116 setores censitaacuterios constituintes da aacuterea de estudo
25
K = 1+ 33log 116 = 1+ 33206 = 1+ 679 asymp 8 classes
352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais)
Eacute importante observar que natildeo faz sentido realizar as classificaccedilotildees a seguir sem
normalizaacute-las pelo campo que tabula a quantidade de domiciacutelios permanentes Para a melhor
compreensatildeo desta citaccedilatildeo segue uma breve ilustraccedilatildeo
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees
SETOR DOM CONECTADOS Agrave REDE ELEacuteTRICA DOMICIacuteLIOS
1 50 100 50
2 50 1000 5
Apesar de ambos setores apresentarem as mesmas quantidades de domiciacutelios
conectados agrave rede de energia eleacutetrica o setor 1 possui apenas 100 domiciacutelios ou seja 50
deste setor eacute atendido pela rede de energia eleacutetrica Analisando agora o setor 2 que tambeacutem
possui 50 domiciacutelios conectados agrave rede eleacutetrica este por sua vez eacute constituiacutedo por 1000
domiciacutelios Em termos percentuais este setor possui apenas 5 de seus domiciacutelios
abastecidos pela rede de energia eleacutetrica o que nos leva a concluir que o setor 1 eacute melhor
servido em relaccedilatildeo ao setor 2 diferentemente de quando olhamos apenas para os valores
absolutos desta amostragem
Sendo assim todos os dados seratildeo sempre classificados normalizados pela quantidade
de domiciacutelios do setor Assim obteacutem-se a resposta em termos percentuais ou seja indexada
pelo universo amostral
26
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA
Para a concepccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica a origem e o formato dos dados
foram exclusivamente apoiados nos resultados do Censo 2010 (IBGE 2010) no niacutevel de
detalhe agrupados pelos setores censitaacuterios
As anaacutelises ambientais da populaccedilatildeo residente na aacuterea de estudos versaram sobre trecircs
principais dimensotildees cada uma delas com seu conjunto de variaacuteveis empregadas
convencionalmente para a detecccedilatildeo dos iacutendices de desenvolvimento humano e de qualidade
de vida
Desta forma foram desenvolvidos mapas temaacuteticos sobre condiccedilotildees de infraestrutura
caracterizadas pelas contribuiccedilotildees do estado e do indiviacuteduo para a qualidade de vida
correspondentes aos cuidados com a coleta de lixo como condiccedilotildees do domiciacutelio quanto
energia eleacutetrica e banheiros conectados ao saneamento baacutesico sobre os aspectos sociais como
nuacutemero de habitantes por domiciacutelio e renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo e das condiccedilotildees
de educaccedilatildeo os itens avaliados satildeo crianccedilas com 5 anos ou mais de idade alfabetizados e
pessoas analfabetas funcionais
41 Unidade territorial Setor censitaacuterio
A unidade territorial adotada para as anaacutelises referentes agrave populaccedilatildeo eacute o setor
censitaacuterio conforme delimitado e identificado por IBGE (2010) A partir do mapeamento da
divisatildeo censitaacuteria disponibilizada no formato vetorial procedimentos de conversatildeo de
formatos foram aplicados atraveacutes do aplicativo Esri ArcGIS para a geraccedilatildeo do formato
matricial RasterSAGA apropriado para as avaliaccedilotildees ambientais a serem realizadas no
ambiente do sistema VistaSAGA
A regiatildeo de estudo abrange o total de 116 setores censitaacuterios como se pode observar a
seguir
27
Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
28
A base de dados cadastrais da populaccedilatildeo em escala dos setores censitaacuterios resultado
do Censo 2010 foi disponibilizada pelo IBGE em 2010 estruturada sob a forma tabular em
duas dimensotildees a saber domiciacutelios e pessoas
Para fins de filtragem dos dados tabulares socioeconocircmicos do IBGE as tabelas
originais para o municiacutepio de Seropeacutedica de domiciacutelios e pessoas foram filtradas para a aacuterea
de estudo pela seleccedilatildeo daqueles setores censitaacuterios restritos apenas ao municiacutepio em questatildeo
Todas as planilhas no formato Microsoft Excel que antes apresentavam aproximadamente
27767 mil registros referente a todos os setores censitaacuterios da Cidade do Rio de Janeiro
passa a ter apenas 116 registros referentes apenas aos setores cobertos pelo municiacutepio de
Seropeacutedica
Tendo em vista que as tabelas originais do IBGE de formato XLS (Microsoft Excel)
trazem o cabeccedilalho (nomes dos campos) em coacutedigo no formato V0001 V0002 V2500 pois
satildeo elaboradas especificamente para o uso no ambiente ESTATCART e sendo inviaacutevel
descrever o significado de cada campo em seu tiacutetulo o IBGE os codifica nos arquivos e
disponibilizam um manual descritivo de cada uma das variaacuteveis por meio do um documento
denominado ldquoCenso Demograacutefico 2010rdquo (IBGE2 2010)
Sendo assim houve tambeacutem um trabalho de interpretaccedilatildeo e pesquisa do referido
manual a fim de localizar os coacutedigos das variaacuteveis necessaacuterias a este projeto de pesquisa
dentre as mais de 3000 disponibilizadas pelo Censo Demograacutefico
A geraccedilatildeo de toda a base temaacutetica socioeconocircmica foi desenvolvida com utilizaccedilatildeo da
ferramenta de classificaccedilatildeo de mapas do SIG Esri ArcGIS
Apoacutes a geraccedilatildeo dos mapas classificatoacuterios realizou-se a conversatildeo dos mapas
temaacuteticos resultantes do formato shape (shp) para o formato matricial RasterSaga (rs2) por
meio do ldquoconversor SHPRS2rdquo aplicativo desenvolvido e disponibilizado pelo
LAGEOPUFRJ
42 Geraccedilatildeo do mapeamento temaacutetico classificatoacuterio
As subseccedilotildees a seguir caracterizam as aacutervores de decisatildeo individualizadas relativas
aos mapas temaacuteticos de infraestrutura aspectos sociais e niacutevel de educaccedilatildeo
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo
Variaacuteveis - Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
- Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
- Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
13
Destacam-se tambeacutem as variaacuteveis ambientais empregadas para a determinaccedilatildeo de iacutendices de
desenvolvimento humano e de qualidade de vida os setores censitaacuterios como unidade
territorial e tambeacutem os procedimentos estatiacutesticos adotados na fase de geraccedilatildeo da base de
dados socioeconocircmica
O capiacutetulo 5 apresenta o desenvolvimento parcial da Aacutervore de Decisatildeo referente agraves
avaliaccedilotildees com os dados populacionais oriundos do Censo 2010 seguindo-se a metodologia
proposta no capiacutetulo 3 Apresenta os mapas resultantes de avaliaccedilotildees e as anaacutelises relativas agraves
dimensotildees Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo agrave qualidade de vida as condiccedilotildees dos
aspectos sociais e as condiccedilotildees de educaccedilatildeo mapeando assim a qualidade de vida da regiatildeo
O capiacutetulo 6 destina-se agraves conclusotildees pelas quais se apresentam sinteticamente os
resultados alcanccedilados com a pesquisa
O capiacutetulo 7 reserva-se ao material de referecircncia bibliograacutefica consultado durante as
fases de desenvolvimento desta pesquisa
14
2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
Esta sessatildeo apresenta diferentes abordagens sobre a qualidade de vida e sistemas de
informaccedilotildees geograacuteficas segundo distintos autores
21 Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas na Gestatildeo Territorial
Compreende-se Sistema de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG) como referecircncia ao
conjunto de software hardware bases de dados e organizaccedilatildeo Num sentido limitado o SIG
se refere a um pacote de software que permite o tratamento automaacutetico de dados graacuteficos e
natildeo graacuteficos georreferenciados Assim
O uso de SIGs permite obter mapas com rapidez e precisatildeo a partir
da atualizaccedilatildeo dos bancos de dados sendo uma ferramenta
importante no estudo de potencialidades do ambiente e no caso da
avaliaccedilatildeo de aacutereas com risco de salinizaccedilatildeo constitui-se etapa
importante para a definiccedilatildeo de praacuteticas adequadas de manejo e
conservaccedilatildeo do solo e recursos hiacutedricos (Valadares e Faria 2004
p91)
Para Polidoro e Barros (2010 p86) sistemas de informaccedilotildees geograacuteficas satildeo valiosas
ferramentas computacionais que tornam possiacutevel a anaacutelise e tratamento de informaccedilotildees
geograacuteficas e a posterior disponibilizaccedilatildeo dessas como suporte a tomada de decisotildees
Martins (2005 p 24) considera que o SIG eacute capaz de apontar por meio de mapas
temaacuteticos relacionados a um banco de dados tabularem situaccedilotildees de risco permitindo a
prevenccedilatildeo e a contenccedilatildeo de impactos ambientais
Martins (2005 p93) ainda compreende que
Um SIG eacute uma ferramenta computacional que permite a
representaccedilatildeo dos objetos geograacuteficos (vias limites de municiacutepios
edificaccedilotildees etc) da superfiacutecie terrestre de maneira simplificada por
meio da utilizaccedilatildeo de formas geomeacutetricas (pontos linhas e
poliacutegonos)
15
O SIG pode ser utilizado por qualquer aacuterea de conhecimento visto que eacute uma
disciplina multidisciplinar poreacutem eacute necessaacuterio que cada aacuterea se volte para a informaccedilatildeo
quantitativa para trabalhar e obter dados atraveacutes da visualizaccedilatildeo dos mapas Por exemplo
Um socioacutelogo deseja utilizar um SIG para entender e quantificar o fenocircmeno da
exclusatildeo social numa determinada capital brasileira
Um engenheiro florestal aplica um SIG para a contenccedilatildeo de aacutereas remanescentes
florestais de uma dada regiatildeo
Um geoacutegrafo pretende usar um SIG para gerar a distribuiccedilatildeo do desenvolvimento
industrial de uma dada regiatildeo
A partir das definiccedilotildees acima compreende-se a interdisciplinaridade do assunto diante
da integraccedilatildeo numa singular base de dados dados censitaacuterios informaccedilotildees espaciais
provenientes de dados cartograacuteficos e cadastro urbano e rural imagens de sateacutelite redes e
modelos numeacutericos de terreno
22 Qualidade de Vida e Iacutendices de Desenvolvimento Humano
De acordo com Demo (1998) num primeiro passo podemos recorrer para a
etimologia latina qualitas significa ldquoa essecircnciardquo Assim qualidade designa a parte essencial
das coisas aquilo que lhe seria mais importante e determinante Demo (1998 p93) tambeacutem
assume que a qualidade aponta para a marca central das coisas e dos seres aquilo que natildeo se
consome no tempo que fica para sempre que decide o que algo eacute definitivamente
Segundo Fleck (2000 apud The WHOQOL Group 1995 p34) a Organizaccedilatildeo
Mundial da Sauacutede conceituou ldquoQualidade de Vidardquo como a percepccedilatildeo do indiviacuteduo de sua
posiccedilatildeo na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relaccedilatildeo
aos seus objetivos expectativas padrotildees e preocupaccedilotildees
De acordo com Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Seropeacutedica Tiacutetulo I Paraacutegrafo Uacutenico
a accedilatildeo municipal desenvolve-se em todo o seu territoacuterio sem
privileacutegios de bairros reduzindo as desigualdades regionais e sociais
promovendo o bem-estar de todos sem preconceitos de origem raccedila
sexo cor idade e quaisquer outras formas de discriminaccedilatildeo
Um aspecto importante que caracteriza estudos que partem de uma definiccedilatildeo geneacuterica
da Qualidade de Vida eacute que as amostras estudadas incluem pessoas saudaacuteveis da populaccedilatildeo
nunca se restringindo a amostras de pessoas portadoras de agravos especiacuteficos
16
Para Seidl e Zannon (2004) a Qualidade de Vida apresenta uma acepccedilatildeo mais ampla
aparentemente influenciada por estudos socioloacutegicos sem fazer referecircncia a disfunccedilotildees ou
agravos (Zannon e Seidl 2004 p583) Com relaccedilatildeo ao meio ambiente o modelo incorpora
conceitos mais amplos onde meio ambiente eacute a resultante das questotildees socioeconocircmicas de
uma realidade Nesse processo qualidade de vida abrange ainda os aspectos comportamentais
(por exemplo exercitaccedilatildeo e alimentaccedilatildeo) e perceptivos da comunidade acerca do que eacute
qualidade de vida
Para Nobre (1995 p 299)
Qualidade de vida foi definida como sensaccedilatildeo iacutentima de conforto
bem-estar ou felicidade no desempenho de funccedilotildees fiacutesicas intelectuais
e psiacutequicas dentro da realidade da sua famiacutelia do seu trabalho e dos
valores da comunidade agrave qual pertence
A qualidade de vida no Brasil eacute medida atraveacutes do ponto de vista do Iacutendice de
Desenvolvimento Humano (IDH) Este por sua vez analisa os estados brasileiros atraveacutes de
trecircs itens essenciais renda educaccedilatildeo e expectativa de vida A renda eacute avaliada pelo PIB real
per capita a sauacutede pela esperanccedila de vida ao nascer e a educaccedilatildeo pela taxa de alfabetizaccedilatildeo
de adultos e taxas de matriacutecula aos niacuteveis primaacuterios secundaacuterios combinados Renda
educaccedilatildeo e sauacutede seriam atributos de igual importacircncia como expressatildeo da capacidade
humana (Minayo Buss Hartz 2000 p8)
O Programa das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgou em 1990 o
levantamento do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) O conceito de Desenvolvimento
Humano eacute o ingrediente principal do Relatoacuterio de Desenvolvimento Humano (RDH) Aleacutem
do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) este faz parte da compreensatildeo de que para
averiguar o avanccedilo de uma populaccedilatildeo natildeo se deve considerar apenas a dimensatildeo econocircmica
poreacutem outras influenciam a qualidade da vida humana
O desenvolvimento humano por definiccedilatildeo eacute compreendido como um abrangente
processo de expansatildeo de escolhas individuais nas diversas aacutereas como geograacutefica
econocircmica social cultural e poliacutetica Embora saiba-se que a possibilidade natildeo eacute satisfeita
de as pessoas terem o discernimento ou condiccedilotildees de exercerem esse direito que eacute
internacionalmente reconhecido nas cartas de cidadania e foco de assunto constitucional
brasileiro algumas dessas escolhas satildeo baacutesicas para a vida humana
17
As opccedilotildees por vida saudaacutevel por adquirir conhecimento por morar dignamente e por
atingir e manter um padratildeo de vida decente satildeo condiccedilotildees fundamentais para os seres
humanos e agrave medida que sejam alcanccediladas abrem caminho para outras escolhas igualmente
importantes referentes agrave participaccedilatildeo poliacutetica agrave diversidade cultural aos direitos humanos e agrave
liberdade individual e coletiva (IPEA1998)
Segundo IPEA (1998) o conceito atual de desenvolvimento humano eacute amplo pois
aleacutem de considerar os seres humanos como participantes ativos do processo de
desenvolvimento os tem como beneficiaacuterios do processo produtivo e vecirc suas necessidades
baacutesicas monitoradas a partir dos citados requisitos miacutenimos e de suas escolhas A ideia de
desenvolvimento humano ao integrar todos esses conceitos que sintetizam a capacidade de
bem-estar e da qualidade de vida representa uma noccedilatildeo abrangente de desenvolvimento com
sentido holiacutestico
Os censos demograacuteficos efetuados e entregues pelo IBGE por sua riqueza de dados e
informaccedilotildees permitem que sejam elaborados diversos tipos de iacutendices de desenvolvimento
que podem abarcar os conceitos econocircmicos e sociais
Segundo IPEA (1998) a vantagem de se aproveitar a base de dados censitaacuteria ainda
relativamente pouco explorada em trabalhos cientiacuteficos e teacutecnicos eacute que ela permite
incorporar outras variaacuteveis e dimensotildees agrave anaacutelise do desenvolvimento humano
Os iacutendices sinteacuteticos de desenvolvimento humano ocorrido no Brasil atualmente satildeo
o Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e o Iacutendice de Condiccedilotildees de Vida
(ICV) Para sua construccedilatildeo satildeo gerados e empregados diversos indicadores O objetivo do
iacutendice sinteacutetico que permite a comparaccedilatildeo e ordenaccedilatildeo entre comunidades eacute reduzir todos os
indicadores por ponderaccedilotildees e juiacutezos de valor a um iacutendice uacutenico O IDHM para sua
concepccedilatildeo precisa ultrapassar certos conceitos baacutesicos do IDH que foi idealizado para ser
calculado e comparar paiacuteses Para sua avaliaccedilatildeo consideram-se trecircs dimensotildees Educaccedilatildeo
Renda e Longevidade O ICV para a sua construccedilatildeo considera cinco grupos de indicadores
Educaccedilatildeo Renda Habitaccedilatildeo Infacircncia e Longevidade Cada uma dessas dimensotildees eacute
estruturada a partir de diversas variaacuteveis
Esses iacutendices tecircm sido empregados no Brasil com a incorporaccedilatildeo dos dados censitaacuterios
histoacutericos estando mais difundidos os relativos aos censos de 1970 a 2000 Tanto o IDHM
como o ICV generalizam os dados para municiacutepios e permitem a comparaccedilatildeo segundo essas
unidades
18
3 METODOLOGIA DE PESQUISA
31 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica
A Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada ilustra os materiais e processos
aplicados nesta pesquisa As caixas foram coloridas de modo a diferenciar os produtos e os
processos especiacuteficos da metodologia apresentada (violeta) da aplicaccedilatildeo especiacutefica para o
Municiacutepio de Seropeacutedica (vermelha)
Todo o processo eacute estruturado num modelo de representaccedilatildeo denominada ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo que apresenta passo a passo cada avaliaccedilatildeo intermediaacuteria necessaacuteria a se chegar ao
resultado final (mapeamento de Qualidade de Vida)
Figura 1 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica da Pesquisa
32 Base de Dados Socioeconocircmica
No estrato superior do fluxograma apresenta-se a malha e dados censitaacuterios obtida a
partir do acervo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) Constituem os
elementos necessaacuterios para a geraccedilatildeo de mapas temaacuteticos que compotildeem a base de dados
socioeconocircmica do estudo O processo eacute permitido para esta particular aplicaccedilatildeo por meio
da utilizaccedilatildeo do ldquoMoacutedulo de Classificaccedilatildeo e Criaccedilatildeo de Mapas Temaacuteticosrdquo do aplicativo Esri
ArcGIS A coloraccedilatildeo vermelha destas caixas eacute justificada devido agrave possibilidade da base de
dados socioeconocircmica a ser obtida a partir de qualquer outra fonte (ou de ser gerada) e
19
tambeacutem processada por outros aplicativos de acordo com os conhecimentos do analista e
disponibilidade de dados para a localidade de estudo Aleacutem da flexibilidade quanto agrave fonte
dos dados fica a criteacuterio do analista a seleccedilatildeo das variaacuteveis socioeconocircmicas a serem
utilizadas na avaliaccedilatildeo de qualidade de vida Para esta aplicaccedilatildeo a unidade territorial adotada
satildeo os setores censitaacuterios definidos a partir de IBGE (2010)
33 Avaliaccedilatildeo Ambiental
A partir das bases de dados socioeconocircmicos (Renda Analfabetismo Coleta de Lixo
etc) aplica-se formulaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo Ambiental (detalhada na sessatildeo 334) para obtenccedilatildeo
dos mapas de ldquoQualidade de Vidardquo A escolha do algoritmo avaliativo para o processamento
das anaacutelises tambeacutem eacute flexiacutevel a outras formulaccedilotildees e aplicativos a criteacuterio do avaliador
331 A Anaacutelise Ambiental por Geoprocessamento
A Anaacutelise Ambiental ldquoeacute um instrumento fundamental na investigaccedilatildeo interdisciplinar
pois fornece uma gama variada de percepccedilotildees que iratildeo auxiliar no aprofundamento do
conhecimento cientiacuteficordquo (Stipp e Stipp 2004 p24)
Para SILVA amp SOUZA (1998 ldquoapudrdquo Stipp e Stipp 2004 p24) analisar um
ambiente significa desmembraacute-lo em termos de suas partes componentes e apreender as suas
funccedilotildees internas e externas com a consequente criaccedilatildeo de um conjunto integrado de
informaccedilotildees representativo deste conhecimento adquirido
A Anaacutelise Ambiental deve ser compreendida como um instrumento integrador que
encare o meio ambiente sob o acircngulo da preocupaccedilatildeo com o uso que o homem faz dele no
sentido de se contribuir para o desenvolvimento de uma perspectiva interdisciplinar de
investigaccedilatildeo da construccedilatildeo do meio ambiente e da organizaccedilatildeo do espaccedilo (Stipp e Stipp
2004 p24)
A anaacutelise ambiental expressa na realizaccedilatildeo dos diagnoacutesticos zoneamentos e a
avaliaccedilatildeo nos impactos ambientais (Sales 2004 p130) Paralelamente satildeo tratados os planos
de manejo e planejamento dos usos dos espaccedilos naturais e em alguns casos - ainda raros - de
recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas Satildeo esses conjuntos de procedimentos que recebe a rubrica
de anaacutelise ambiental (Mendonccedila 1993 Ross 1990 ldquoapudrdquo Geografia Sistemas e anaacutelise
ambiental abordagem criacutetica 2004 p130)
Logo o processo de anaacutelise ambiental envolve a elaboraccedilatildeo de diagnoacutesticos a
manifestaccedilatildeo de interesse poliacutetico a revelaccedilatildeo de interesse da coletividade envolvida com o
20
intuito de trazer melhorias para uma determinada aacuterea ou trazer antecipadamente diagnoacutesticos
de possiacuteveis situaccedilotildees indesejaacuteveis ou ateacute mesmo prever aacutereas de potencial
332 O Projeto SAGAUFRJ
O Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental (SAGAUFRJ) foi implantado em 1983 no
Departamento de Geografia da UFRJ pelo Prof Dr Jorge Xavier da Silva coordenador do
entatildeo Grupo de Pesquisas em Geoprocessamento (GPG) Foi desenvolvido como um sistema
para aplicaccedilotildees ambientais de faacutecil implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo em equipamentos de baixo custo
o que se tornou possiacutevel principalmente graccedilas ao crescimento da popularidade e uso de
microcomputadores do tipo IBM-PC
Eacute possiacutevel a partir da aplicaccedilatildeo deste ter estimativas de riscos de desmoronamentos e
de enchentes potenciais turiacutesticos e de urbanizaccedilatildeo para fins de preservaccedilatildeo e a anaacutelise da
qualidade de vida em favelas constituem uma pequena amostra das pesquisas realizadas pela
comunidade de usuaacuterios atraveacutes da utilizaccedilatildeo do SAGAUFRJ
Sua primeira versatildeo foi criada na deacutecada de 1980 apresentando mapas com no
maacuteximo 16 cores Nesta eacutepoca o geoprocessamento era bastante limitado pela barreira
tecnoloacutegica Seguindo a evoluccedilatildeo da informaacutetica o Vista Saga tambeacutem foi evoluindo com
novas versotildees mais sofisticadas Hoje o Vista Saga trabalha com cores de 32 bits
viabilizando ateacute a visualizaccedilatildeo em trecircs dimensotildees de aacutereas de estudos
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que o VISTASAGA eacute um projeto totalmente
nacional cresce em meio acadecircmico e sem fins lucrativos Pode ser obtido gratuitamente
atraveacutes do site httpwwwlageopufrjbr
Constituem seus principais moacutedulos de processamento
MONITORIA Este procedimento consiste no levantamento puxado das alteraccedilotildees
ambientais ocorridas em uma determinada situaccedilatildeo ambiental Registros sucessivos de
fenocircmenos ambientais utilizando taxonomias correspondentes (classificaccedilotildees iguais
ou correlacionaacuteveis) podem ser usados para o acompanhamento da evoluccedilatildeo
territorial de processos e ocorrecircncias de interesse
ASSINATURA SIGs permitem a locomoccedilatildeo entre localizaccedilotildees e atributos ou seja a
recuperaccedilatildeo da localizaccedilatildeo a partir da seleccedilatildeo de uma informaccedilatildeo e vice-versa
AVALIACcedilAtildeO Utilizado para realizar estimativas sobre possiacuteveis ocorrecircncias de
fenocircmenos de diversas naturezas segundo diversas intensidades definindo-se a
extensatildeo territorial destas estimativas e suas relaccedilotildees de proximidade e conexatildeo Este
21
moacutedulo gera um mapa do territoacuterio analisado classificando cada local com notas de 0
a 10
333 A Escolha do SAGAUFRJ
Como o proacuteprio nome jaacute diz SAGA ndash Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental tratar-se de
uma ferramenta especiacutefica para o processamento das avaliaccedilotildees ambientais
Contudo nada impede que os mesmos procedimentos sejam aplicados em qualquer
outro software que disponha de recursos que viabilizem a aplicaccedilatildeo metodoloacutegica proposta
O cerne deste trabalho constitui-se na apresentaccedilatildeo da metodologia para tomadas de decisatildeo
no acircmbito de riscos socioambientais de aacutereas urbanas O VISTASAGA foi selecionado
como ferramenta de aplicaccedilatildeo em funccedilatildeo de sua praticidade e profundo conhecimento na
utilizaccedilatildeo do aplicativo se alcanccedilar a finalidade proposta
334 Formulaccedilatildeo da Anaacutelise Ambiental
A formulaccedilatildeo de meacutedia ponderada eacute proposta nas avaliaccedilotildees ambientais moacutedulo
constituinte do sistema SAGA conforme a seguir exposta
Onde
n Nuacutemero de paracircmetros (mapas) utilizados
Ai j Probabilidade de ocorrecircncia do evento analisado no elemento (pixel) ij da matriz
(mapa) resultante
Pk Peso (percentual) da contribuiccedilatildeo do paracircmetro k em relaccedilatildeo aos demais para a
ocorrecircncia do evento analisado
Nk Nota segundo o(s) avaliador (ES) dentro da escala de 0 a 10 da ocorrecircncia do
evento analisado na presenccedila da classe encontrada na linha i coluna j do mapa k
Pixel Aglutinaccedilatildeo de ldquopicture elementrdquo ou seja elemento de imagem Eacute o menor
elemento num dispositivo de exibiccedilatildeo (como por exemplo um monitor) ao qual possibilita
atribuir-se uma cor De modo mais simples um pixel eacute o menor ponto que forma uma
imagem digital sendo que os conjuntos de milhares de pixels formam a imagem inteira A
Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada possui dimensotildees de 31 X 15 ou seja 31
colunas por 15 linhas totalizando 465 pixels (adaptado de MARINO 2005 p4)
22
Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005)
A partir desta formulaccedilatildeo de Anaacutelise Ambiental podem ser feitas as seguintes
proposiccedilotildees tambeacutem segundo XAVIER DA SILVA (2001)
Ai j exprime a probabilidade resultante do produto da formulaccedilatildeo ambiental numa
escala de 0 a 10 para a ocorrecircncia de um evento ou entidade ambiental que seja
causado em princiacutepio pela atuaccedilatildeo convergente dos paracircmetros ambientais nela
considerados
Os dados envolvidos na avaliaccedilatildeo podem ser lanccedilados em uma escala ordinal que
varie entre 0 e 10 ou entre 0 e 100 para que seja gerada uma amplitude de variaccedilatildeo
suficiente a permitir maior percepccedilatildeo da variabilidade das estimativas
A normalizaccedilatildeo dos pesos restritos entre os valores 0 e 1 resulta na definiccedilatildeo do
valor do peso atribuiacutedo a um mapa como o valor maacuteximo que qualquer das classes
daquele mapa pode assumir Por exemplo atribuir um peso de 40 ao paracircmetro
ldquodeclividadesrdquo numa anaacutelise significa que o maacuteximo que uma determinada classe
deste mapa pode contribuir na determinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia do evento
analisado eacute de 4 numa escala de 0 a 10
Com a adoccedilatildeo da meacutedia ponderada estaacute criado um espaccedilo classificatoacuterio que eacute em
princiacutepio ordinal mas que pode admitir grande e variado detalhamento na
classificaccedilatildeo das estimativas
34 Aacutervore de Decisatildeo Qualidade de Vida
O diagrama da Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada eacute denominado ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo (XAVIER DA SILVA 2001) uma vez que propicia em seus diversos niacuteveis apoio
a decisotildees quanto ao seu objetivo formal ou seja estimar a quantidade a localizaccedilatildeo e a
extensatildeo dos movimentos populacionais a serem executados em uma aacuterea tendo em vista a
melhoria da qualidade de vida de seus habitantes
23
Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ)
Cada um dos retacircngulos representa um mapeamento digital de um paracircmetro de
anaacutelise ou uma avaliaccedilatildeo ambiental que tenha sido executada
A inspeccedilatildeo desta aacutervore de decisatildeo como tambeacutem das parciais seguintes possibilita
que se apresentem constataccedilotildees relevantes quanto agrave origem dos dados
No estrato inferior da figura (noacutes folhas da aacutervore) constam os mapas baacutesicos
elaborados e que constituem os componentes ambientais decisivos para as anaacutelises que
se vai empreender e que satildeo resultantes de levantamentos e de interpretaccedilotildees da
realidade ambiental do municiacutepio de Seropeacutedica
Os mapas da realidade ambiental sob a perspectiva da geografia humana utilizados
nos ramos infraestrutura condiccedilotildees sociais e condiccedilotildees de renda foram gerados a
partir dos dados censitaacuterios produzidos por IBGE (2010) referentes agrave Base de
Informaccedilotildees por Setor Censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010
Os mapas derivados e resultantes de anaacutelises mostram-se de forma assimeacutetrica no
modelo e foram elaborados no ambiente do programa VISTASAGA
A estimativa de mais alto niacutevel foi obtida a partir da conjugaccedilatildeo e integraccedilatildeo da
representaccedilatildeo cartograacutefica das Condiccedilotildees de Renda e constitui para o elevado niacutevel
de detalhe possibilitado pela escala e resoluccedilatildeo adotadas a distribuiccedilatildeo territorial de
locais indicados para transposiccedilotildees de assentamentos precaacuterios
24
35 Terminologia Censitaacuteria (IBGE)
A seguir satildeo apresentados alguns termos frequentemente citados nos capiacutetulos que
discutem o aspecto socioeconocircmico dos mapeamentos definidos segundo IBGE (2010)
Domiciacutelio particular - Domiciacutelio onde o relacionamento entre seus ocupantes era
ditado por laccedilos de parentesco de dependecircncia domeacutestica ou por normas de
convivecircncia O domiciacutelio particular eacute classificado em permanente ndash Domiciacutelio
construiacutedo para servir exclusivamente agrave habitaccedilatildeo e na data de referecircncia tinha a
finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas e coletivo - Eacute uma instituiccedilatildeo
ou estabelecimento onde as relaccedilotildees entre as pessoas que nele se encontravam
moradoras ou natildeo era restrita a normas de subordinaccedilatildeo administrativa como em
hoteacuteis moteacuteis camping pensotildees penitenciaacuterias presiacutedios casas de detenccedilatildeo
quarteacuteis postos militares asilos orfanatos conventos hospitais e cliacutenicas (com
internaccedilatildeo) alojamento de trabalhadores ou de estudantes etc
Rendimento mensal - soma do rendimento mensal de trabalho com o rendimento
proveniente de outras fontes
Rendimento mensal familiar ndash A soma dos rendimentos mensais dos componentes
da famiacutelia exclusive os das pessoas cuja condiccedilatildeo na famiacutelia fosse pensionista
empregado domeacutestico ou parente do empregado domeacutestico
Domiciacutelio com esgoto ligado a rede coletora (ou fossa seacuteptica) - quando a
canalizaccedilatildeo das aacuteguas servidas e dos dejetos proveniente do banheiro ou sanitaacuterio
estava ligada a um sistema de coleta que os conduzia a um desaguadouro geral da
aacuterea regiatildeo ou municiacutepio mesmo que o sistema natildeo dispusesse de estaccedilatildeo de
tratamento da mateacuteria esgotada
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados
O nuacutemero de domiciacutelios registrados por setor censitaacuterio no municiacutepio de Seropeacutedica
varia dependendo do setor Para a exposiccedilatildeo dos dados tabulares sob a expressatildeo
cartograacutefica haacute a necessidade de se efetuar o agrupamento desses dados em classes
A formulaccedilatildeo de Sturges (Marino apud 2008) orienta qual deva ser o nuacutemero de
categorias de acordo com a quantidade de dados disponiacuteveis neste caso o nuacutemero total de
116 setores censitaacuterios constituintes da aacuterea de estudo
25
K = 1+ 33log 116 = 1+ 33206 = 1+ 679 asymp 8 classes
352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais)
Eacute importante observar que natildeo faz sentido realizar as classificaccedilotildees a seguir sem
normalizaacute-las pelo campo que tabula a quantidade de domiciacutelios permanentes Para a melhor
compreensatildeo desta citaccedilatildeo segue uma breve ilustraccedilatildeo
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees
SETOR DOM CONECTADOS Agrave REDE ELEacuteTRICA DOMICIacuteLIOS
1 50 100 50
2 50 1000 5
Apesar de ambos setores apresentarem as mesmas quantidades de domiciacutelios
conectados agrave rede de energia eleacutetrica o setor 1 possui apenas 100 domiciacutelios ou seja 50
deste setor eacute atendido pela rede de energia eleacutetrica Analisando agora o setor 2 que tambeacutem
possui 50 domiciacutelios conectados agrave rede eleacutetrica este por sua vez eacute constituiacutedo por 1000
domiciacutelios Em termos percentuais este setor possui apenas 5 de seus domiciacutelios
abastecidos pela rede de energia eleacutetrica o que nos leva a concluir que o setor 1 eacute melhor
servido em relaccedilatildeo ao setor 2 diferentemente de quando olhamos apenas para os valores
absolutos desta amostragem
Sendo assim todos os dados seratildeo sempre classificados normalizados pela quantidade
de domiciacutelios do setor Assim obteacutem-se a resposta em termos percentuais ou seja indexada
pelo universo amostral
26
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA
Para a concepccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica a origem e o formato dos dados
foram exclusivamente apoiados nos resultados do Censo 2010 (IBGE 2010) no niacutevel de
detalhe agrupados pelos setores censitaacuterios
As anaacutelises ambientais da populaccedilatildeo residente na aacuterea de estudos versaram sobre trecircs
principais dimensotildees cada uma delas com seu conjunto de variaacuteveis empregadas
convencionalmente para a detecccedilatildeo dos iacutendices de desenvolvimento humano e de qualidade
de vida
Desta forma foram desenvolvidos mapas temaacuteticos sobre condiccedilotildees de infraestrutura
caracterizadas pelas contribuiccedilotildees do estado e do indiviacuteduo para a qualidade de vida
correspondentes aos cuidados com a coleta de lixo como condiccedilotildees do domiciacutelio quanto
energia eleacutetrica e banheiros conectados ao saneamento baacutesico sobre os aspectos sociais como
nuacutemero de habitantes por domiciacutelio e renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo e das condiccedilotildees
de educaccedilatildeo os itens avaliados satildeo crianccedilas com 5 anos ou mais de idade alfabetizados e
pessoas analfabetas funcionais
41 Unidade territorial Setor censitaacuterio
A unidade territorial adotada para as anaacutelises referentes agrave populaccedilatildeo eacute o setor
censitaacuterio conforme delimitado e identificado por IBGE (2010) A partir do mapeamento da
divisatildeo censitaacuteria disponibilizada no formato vetorial procedimentos de conversatildeo de
formatos foram aplicados atraveacutes do aplicativo Esri ArcGIS para a geraccedilatildeo do formato
matricial RasterSAGA apropriado para as avaliaccedilotildees ambientais a serem realizadas no
ambiente do sistema VistaSAGA
A regiatildeo de estudo abrange o total de 116 setores censitaacuterios como se pode observar a
seguir
27
Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
28
A base de dados cadastrais da populaccedilatildeo em escala dos setores censitaacuterios resultado
do Censo 2010 foi disponibilizada pelo IBGE em 2010 estruturada sob a forma tabular em
duas dimensotildees a saber domiciacutelios e pessoas
Para fins de filtragem dos dados tabulares socioeconocircmicos do IBGE as tabelas
originais para o municiacutepio de Seropeacutedica de domiciacutelios e pessoas foram filtradas para a aacuterea
de estudo pela seleccedilatildeo daqueles setores censitaacuterios restritos apenas ao municiacutepio em questatildeo
Todas as planilhas no formato Microsoft Excel que antes apresentavam aproximadamente
27767 mil registros referente a todos os setores censitaacuterios da Cidade do Rio de Janeiro
passa a ter apenas 116 registros referentes apenas aos setores cobertos pelo municiacutepio de
Seropeacutedica
Tendo em vista que as tabelas originais do IBGE de formato XLS (Microsoft Excel)
trazem o cabeccedilalho (nomes dos campos) em coacutedigo no formato V0001 V0002 V2500 pois
satildeo elaboradas especificamente para o uso no ambiente ESTATCART e sendo inviaacutevel
descrever o significado de cada campo em seu tiacutetulo o IBGE os codifica nos arquivos e
disponibilizam um manual descritivo de cada uma das variaacuteveis por meio do um documento
denominado ldquoCenso Demograacutefico 2010rdquo (IBGE2 2010)
Sendo assim houve tambeacutem um trabalho de interpretaccedilatildeo e pesquisa do referido
manual a fim de localizar os coacutedigos das variaacuteveis necessaacuterias a este projeto de pesquisa
dentre as mais de 3000 disponibilizadas pelo Censo Demograacutefico
A geraccedilatildeo de toda a base temaacutetica socioeconocircmica foi desenvolvida com utilizaccedilatildeo da
ferramenta de classificaccedilatildeo de mapas do SIG Esri ArcGIS
Apoacutes a geraccedilatildeo dos mapas classificatoacuterios realizou-se a conversatildeo dos mapas
temaacuteticos resultantes do formato shape (shp) para o formato matricial RasterSaga (rs2) por
meio do ldquoconversor SHPRS2rdquo aplicativo desenvolvido e disponibilizado pelo
LAGEOPUFRJ
42 Geraccedilatildeo do mapeamento temaacutetico classificatoacuterio
As subseccedilotildees a seguir caracterizam as aacutervores de decisatildeo individualizadas relativas
aos mapas temaacuteticos de infraestrutura aspectos sociais e niacutevel de educaccedilatildeo
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo
Variaacuteveis - Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
- Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
- Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
14
2 FUNDAMENTACcedilAtildeO TEOacuteRICA
Esta sessatildeo apresenta diferentes abordagens sobre a qualidade de vida e sistemas de
informaccedilotildees geograacuteficas segundo distintos autores
21 Sistemas de Informaccedilotildees Geograacuteficas na Gestatildeo Territorial
Compreende-se Sistema de Informaccedilotildees Geograacuteficas (SIG) como referecircncia ao
conjunto de software hardware bases de dados e organizaccedilatildeo Num sentido limitado o SIG
se refere a um pacote de software que permite o tratamento automaacutetico de dados graacuteficos e
natildeo graacuteficos georreferenciados Assim
O uso de SIGs permite obter mapas com rapidez e precisatildeo a partir
da atualizaccedilatildeo dos bancos de dados sendo uma ferramenta
importante no estudo de potencialidades do ambiente e no caso da
avaliaccedilatildeo de aacutereas com risco de salinizaccedilatildeo constitui-se etapa
importante para a definiccedilatildeo de praacuteticas adequadas de manejo e
conservaccedilatildeo do solo e recursos hiacutedricos (Valadares e Faria 2004
p91)
Para Polidoro e Barros (2010 p86) sistemas de informaccedilotildees geograacuteficas satildeo valiosas
ferramentas computacionais que tornam possiacutevel a anaacutelise e tratamento de informaccedilotildees
geograacuteficas e a posterior disponibilizaccedilatildeo dessas como suporte a tomada de decisotildees
Martins (2005 p 24) considera que o SIG eacute capaz de apontar por meio de mapas
temaacuteticos relacionados a um banco de dados tabularem situaccedilotildees de risco permitindo a
prevenccedilatildeo e a contenccedilatildeo de impactos ambientais
Martins (2005 p93) ainda compreende que
Um SIG eacute uma ferramenta computacional que permite a
representaccedilatildeo dos objetos geograacuteficos (vias limites de municiacutepios
edificaccedilotildees etc) da superfiacutecie terrestre de maneira simplificada por
meio da utilizaccedilatildeo de formas geomeacutetricas (pontos linhas e
poliacutegonos)
15
O SIG pode ser utilizado por qualquer aacuterea de conhecimento visto que eacute uma
disciplina multidisciplinar poreacutem eacute necessaacuterio que cada aacuterea se volte para a informaccedilatildeo
quantitativa para trabalhar e obter dados atraveacutes da visualizaccedilatildeo dos mapas Por exemplo
Um socioacutelogo deseja utilizar um SIG para entender e quantificar o fenocircmeno da
exclusatildeo social numa determinada capital brasileira
Um engenheiro florestal aplica um SIG para a contenccedilatildeo de aacutereas remanescentes
florestais de uma dada regiatildeo
Um geoacutegrafo pretende usar um SIG para gerar a distribuiccedilatildeo do desenvolvimento
industrial de uma dada regiatildeo
A partir das definiccedilotildees acima compreende-se a interdisciplinaridade do assunto diante
da integraccedilatildeo numa singular base de dados dados censitaacuterios informaccedilotildees espaciais
provenientes de dados cartograacuteficos e cadastro urbano e rural imagens de sateacutelite redes e
modelos numeacutericos de terreno
22 Qualidade de Vida e Iacutendices de Desenvolvimento Humano
De acordo com Demo (1998) num primeiro passo podemos recorrer para a
etimologia latina qualitas significa ldquoa essecircnciardquo Assim qualidade designa a parte essencial
das coisas aquilo que lhe seria mais importante e determinante Demo (1998 p93) tambeacutem
assume que a qualidade aponta para a marca central das coisas e dos seres aquilo que natildeo se
consome no tempo que fica para sempre que decide o que algo eacute definitivamente
Segundo Fleck (2000 apud The WHOQOL Group 1995 p34) a Organizaccedilatildeo
Mundial da Sauacutede conceituou ldquoQualidade de Vidardquo como a percepccedilatildeo do indiviacuteduo de sua
posiccedilatildeo na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relaccedilatildeo
aos seus objetivos expectativas padrotildees e preocupaccedilotildees
De acordo com Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Seropeacutedica Tiacutetulo I Paraacutegrafo Uacutenico
a accedilatildeo municipal desenvolve-se em todo o seu territoacuterio sem
privileacutegios de bairros reduzindo as desigualdades regionais e sociais
promovendo o bem-estar de todos sem preconceitos de origem raccedila
sexo cor idade e quaisquer outras formas de discriminaccedilatildeo
Um aspecto importante que caracteriza estudos que partem de uma definiccedilatildeo geneacuterica
da Qualidade de Vida eacute que as amostras estudadas incluem pessoas saudaacuteveis da populaccedilatildeo
nunca se restringindo a amostras de pessoas portadoras de agravos especiacuteficos
16
Para Seidl e Zannon (2004) a Qualidade de Vida apresenta uma acepccedilatildeo mais ampla
aparentemente influenciada por estudos socioloacutegicos sem fazer referecircncia a disfunccedilotildees ou
agravos (Zannon e Seidl 2004 p583) Com relaccedilatildeo ao meio ambiente o modelo incorpora
conceitos mais amplos onde meio ambiente eacute a resultante das questotildees socioeconocircmicas de
uma realidade Nesse processo qualidade de vida abrange ainda os aspectos comportamentais
(por exemplo exercitaccedilatildeo e alimentaccedilatildeo) e perceptivos da comunidade acerca do que eacute
qualidade de vida
Para Nobre (1995 p 299)
Qualidade de vida foi definida como sensaccedilatildeo iacutentima de conforto
bem-estar ou felicidade no desempenho de funccedilotildees fiacutesicas intelectuais
e psiacutequicas dentro da realidade da sua famiacutelia do seu trabalho e dos
valores da comunidade agrave qual pertence
A qualidade de vida no Brasil eacute medida atraveacutes do ponto de vista do Iacutendice de
Desenvolvimento Humano (IDH) Este por sua vez analisa os estados brasileiros atraveacutes de
trecircs itens essenciais renda educaccedilatildeo e expectativa de vida A renda eacute avaliada pelo PIB real
per capita a sauacutede pela esperanccedila de vida ao nascer e a educaccedilatildeo pela taxa de alfabetizaccedilatildeo
de adultos e taxas de matriacutecula aos niacuteveis primaacuterios secundaacuterios combinados Renda
educaccedilatildeo e sauacutede seriam atributos de igual importacircncia como expressatildeo da capacidade
humana (Minayo Buss Hartz 2000 p8)
O Programa das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgou em 1990 o
levantamento do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) O conceito de Desenvolvimento
Humano eacute o ingrediente principal do Relatoacuterio de Desenvolvimento Humano (RDH) Aleacutem
do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) este faz parte da compreensatildeo de que para
averiguar o avanccedilo de uma populaccedilatildeo natildeo se deve considerar apenas a dimensatildeo econocircmica
poreacutem outras influenciam a qualidade da vida humana
O desenvolvimento humano por definiccedilatildeo eacute compreendido como um abrangente
processo de expansatildeo de escolhas individuais nas diversas aacutereas como geograacutefica
econocircmica social cultural e poliacutetica Embora saiba-se que a possibilidade natildeo eacute satisfeita
de as pessoas terem o discernimento ou condiccedilotildees de exercerem esse direito que eacute
internacionalmente reconhecido nas cartas de cidadania e foco de assunto constitucional
brasileiro algumas dessas escolhas satildeo baacutesicas para a vida humana
17
As opccedilotildees por vida saudaacutevel por adquirir conhecimento por morar dignamente e por
atingir e manter um padratildeo de vida decente satildeo condiccedilotildees fundamentais para os seres
humanos e agrave medida que sejam alcanccediladas abrem caminho para outras escolhas igualmente
importantes referentes agrave participaccedilatildeo poliacutetica agrave diversidade cultural aos direitos humanos e agrave
liberdade individual e coletiva (IPEA1998)
Segundo IPEA (1998) o conceito atual de desenvolvimento humano eacute amplo pois
aleacutem de considerar os seres humanos como participantes ativos do processo de
desenvolvimento os tem como beneficiaacuterios do processo produtivo e vecirc suas necessidades
baacutesicas monitoradas a partir dos citados requisitos miacutenimos e de suas escolhas A ideia de
desenvolvimento humano ao integrar todos esses conceitos que sintetizam a capacidade de
bem-estar e da qualidade de vida representa uma noccedilatildeo abrangente de desenvolvimento com
sentido holiacutestico
Os censos demograacuteficos efetuados e entregues pelo IBGE por sua riqueza de dados e
informaccedilotildees permitem que sejam elaborados diversos tipos de iacutendices de desenvolvimento
que podem abarcar os conceitos econocircmicos e sociais
Segundo IPEA (1998) a vantagem de se aproveitar a base de dados censitaacuteria ainda
relativamente pouco explorada em trabalhos cientiacuteficos e teacutecnicos eacute que ela permite
incorporar outras variaacuteveis e dimensotildees agrave anaacutelise do desenvolvimento humano
Os iacutendices sinteacuteticos de desenvolvimento humano ocorrido no Brasil atualmente satildeo
o Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e o Iacutendice de Condiccedilotildees de Vida
(ICV) Para sua construccedilatildeo satildeo gerados e empregados diversos indicadores O objetivo do
iacutendice sinteacutetico que permite a comparaccedilatildeo e ordenaccedilatildeo entre comunidades eacute reduzir todos os
indicadores por ponderaccedilotildees e juiacutezos de valor a um iacutendice uacutenico O IDHM para sua
concepccedilatildeo precisa ultrapassar certos conceitos baacutesicos do IDH que foi idealizado para ser
calculado e comparar paiacuteses Para sua avaliaccedilatildeo consideram-se trecircs dimensotildees Educaccedilatildeo
Renda e Longevidade O ICV para a sua construccedilatildeo considera cinco grupos de indicadores
Educaccedilatildeo Renda Habitaccedilatildeo Infacircncia e Longevidade Cada uma dessas dimensotildees eacute
estruturada a partir de diversas variaacuteveis
Esses iacutendices tecircm sido empregados no Brasil com a incorporaccedilatildeo dos dados censitaacuterios
histoacutericos estando mais difundidos os relativos aos censos de 1970 a 2000 Tanto o IDHM
como o ICV generalizam os dados para municiacutepios e permitem a comparaccedilatildeo segundo essas
unidades
18
3 METODOLOGIA DE PESQUISA
31 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica
A Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada ilustra os materiais e processos
aplicados nesta pesquisa As caixas foram coloridas de modo a diferenciar os produtos e os
processos especiacuteficos da metodologia apresentada (violeta) da aplicaccedilatildeo especiacutefica para o
Municiacutepio de Seropeacutedica (vermelha)
Todo o processo eacute estruturado num modelo de representaccedilatildeo denominada ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo que apresenta passo a passo cada avaliaccedilatildeo intermediaacuteria necessaacuteria a se chegar ao
resultado final (mapeamento de Qualidade de Vida)
Figura 1 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica da Pesquisa
32 Base de Dados Socioeconocircmica
No estrato superior do fluxograma apresenta-se a malha e dados censitaacuterios obtida a
partir do acervo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) Constituem os
elementos necessaacuterios para a geraccedilatildeo de mapas temaacuteticos que compotildeem a base de dados
socioeconocircmica do estudo O processo eacute permitido para esta particular aplicaccedilatildeo por meio
da utilizaccedilatildeo do ldquoMoacutedulo de Classificaccedilatildeo e Criaccedilatildeo de Mapas Temaacuteticosrdquo do aplicativo Esri
ArcGIS A coloraccedilatildeo vermelha destas caixas eacute justificada devido agrave possibilidade da base de
dados socioeconocircmica a ser obtida a partir de qualquer outra fonte (ou de ser gerada) e
19
tambeacutem processada por outros aplicativos de acordo com os conhecimentos do analista e
disponibilidade de dados para a localidade de estudo Aleacutem da flexibilidade quanto agrave fonte
dos dados fica a criteacuterio do analista a seleccedilatildeo das variaacuteveis socioeconocircmicas a serem
utilizadas na avaliaccedilatildeo de qualidade de vida Para esta aplicaccedilatildeo a unidade territorial adotada
satildeo os setores censitaacuterios definidos a partir de IBGE (2010)
33 Avaliaccedilatildeo Ambiental
A partir das bases de dados socioeconocircmicos (Renda Analfabetismo Coleta de Lixo
etc) aplica-se formulaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo Ambiental (detalhada na sessatildeo 334) para obtenccedilatildeo
dos mapas de ldquoQualidade de Vidardquo A escolha do algoritmo avaliativo para o processamento
das anaacutelises tambeacutem eacute flexiacutevel a outras formulaccedilotildees e aplicativos a criteacuterio do avaliador
331 A Anaacutelise Ambiental por Geoprocessamento
A Anaacutelise Ambiental ldquoeacute um instrumento fundamental na investigaccedilatildeo interdisciplinar
pois fornece uma gama variada de percepccedilotildees que iratildeo auxiliar no aprofundamento do
conhecimento cientiacuteficordquo (Stipp e Stipp 2004 p24)
Para SILVA amp SOUZA (1998 ldquoapudrdquo Stipp e Stipp 2004 p24) analisar um
ambiente significa desmembraacute-lo em termos de suas partes componentes e apreender as suas
funccedilotildees internas e externas com a consequente criaccedilatildeo de um conjunto integrado de
informaccedilotildees representativo deste conhecimento adquirido
A Anaacutelise Ambiental deve ser compreendida como um instrumento integrador que
encare o meio ambiente sob o acircngulo da preocupaccedilatildeo com o uso que o homem faz dele no
sentido de se contribuir para o desenvolvimento de uma perspectiva interdisciplinar de
investigaccedilatildeo da construccedilatildeo do meio ambiente e da organizaccedilatildeo do espaccedilo (Stipp e Stipp
2004 p24)
A anaacutelise ambiental expressa na realizaccedilatildeo dos diagnoacutesticos zoneamentos e a
avaliaccedilatildeo nos impactos ambientais (Sales 2004 p130) Paralelamente satildeo tratados os planos
de manejo e planejamento dos usos dos espaccedilos naturais e em alguns casos - ainda raros - de
recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas Satildeo esses conjuntos de procedimentos que recebe a rubrica
de anaacutelise ambiental (Mendonccedila 1993 Ross 1990 ldquoapudrdquo Geografia Sistemas e anaacutelise
ambiental abordagem criacutetica 2004 p130)
Logo o processo de anaacutelise ambiental envolve a elaboraccedilatildeo de diagnoacutesticos a
manifestaccedilatildeo de interesse poliacutetico a revelaccedilatildeo de interesse da coletividade envolvida com o
20
intuito de trazer melhorias para uma determinada aacuterea ou trazer antecipadamente diagnoacutesticos
de possiacuteveis situaccedilotildees indesejaacuteveis ou ateacute mesmo prever aacutereas de potencial
332 O Projeto SAGAUFRJ
O Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental (SAGAUFRJ) foi implantado em 1983 no
Departamento de Geografia da UFRJ pelo Prof Dr Jorge Xavier da Silva coordenador do
entatildeo Grupo de Pesquisas em Geoprocessamento (GPG) Foi desenvolvido como um sistema
para aplicaccedilotildees ambientais de faacutecil implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo em equipamentos de baixo custo
o que se tornou possiacutevel principalmente graccedilas ao crescimento da popularidade e uso de
microcomputadores do tipo IBM-PC
Eacute possiacutevel a partir da aplicaccedilatildeo deste ter estimativas de riscos de desmoronamentos e
de enchentes potenciais turiacutesticos e de urbanizaccedilatildeo para fins de preservaccedilatildeo e a anaacutelise da
qualidade de vida em favelas constituem uma pequena amostra das pesquisas realizadas pela
comunidade de usuaacuterios atraveacutes da utilizaccedilatildeo do SAGAUFRJ
Sua primeira versatildeo foi criada na deacutecada de 1980 apresentando mapas com no
maacuteximo 16 cores Nesta eacutepoca o geoprocessamento era bastante limitado pela barreira
tecnoloacutegica Seguindo a evoluccedilatildeo da informaacutetica o Vista Saga tambeacutem foi evoluindo com
novas versotildees mais sofisticadas Hoje o Vista Saga trabalha com cores de 32 bits
viabilizando ateacute a visualizaccedilatildeo em trecircs dimensotildees de aacutereas de estudos
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que o VISTASAGA eacute um projeto totalmente
nacional cresce em meio acadecircmico e sem fins lucrativos Pode ser obtido gratuitamente
atraveacutes do site httpwwwlageopufrjbr
Constituem seus principais moacutedulos de processamento
MONITORIA Este procedimento consiste no levantamento puxado das alteraccedilotildees
ambientais ocorridas em uma determinada situaccedilatildeo ambiental Registros sucessivos de
fenocircmenos ambientais utilizando taxonomias correspondentes (classificaccedilotildees iguais
ou correlacionaacuteveis) podem ser usados para o acompanhamento da evoluccedilatildeo
territorial de processos e ocorrecircncias de interesse
ASSINATURA SIGs permitem a locomoccedilatildeo entre localizaccedilotildees e atributos ou seja a
recuperaccedilatildeo da localizaccedilatildeo a partir da seleccedilatildeo de uma informaccedilatildeo e vice-versa
AVALIACcedilAtildeO Utilizado para realizar estimativas sobre possiacuteveis ocorrecircncias de
fenocircmenos de diversas naturezas segundo diversas intensidades definindo-se a
extensatildeo territorial destas estimativas e suas relaccedilotildees de proximidade e conexatildeo Este
21
moacutedulo gera um mapa do territoacuterio analisado classificando cada local com notas de 0
a 10
333 A Escolha do SAGAUFRJ
Como o proacuteprio nome jaacute diz SAGA ndash Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental tratar-se de
uma ferramenta especiacutefica para o processamento das avaliaccedilotildees ambientais
Contudo nada impede que os mesmos procedimentos sejam aplicados em qualquer
outro software que disponha de recursos que viabilizem a aplicaccedilatildeo metodoloacutegica proposta
O cerne deste trabalho constitui-se na apresentaccedilatildeo da metodologia para tomadas de decisatildeo
no acircmbito de riscos socioambientais de aacutereas urbanas O VISTASAGA foi selecionado
como ferramenta de aplicaccedilatildeo em funccedilatildeo de sua praticidade e profundo conhecimento na
utilizaccedilatildeo do aplicativo se alcanccedilar a finalidade proposta
334 Formulaccedilatildeo da Anaacutelise Ambiental
A formulaccedilatildeo de meacutedia ponderada eacute proposta nas avaliaccedilotildees ambientais moacutedulo
constituinte do sistema SAGA conforme a seguir exposta
Onde
n Nuacutemero de paracircmetros (mapas) utilizados
Ai j Probabilidade de ocorrecircncia do evento analisado no elemento (pixel) ij da matriz
(mapa) resultante
Pk Peso (percentual) da contribuiccedilatildeo do paracircmetro k em relaccedilatildeo aos demais para a
ocorrecircncia do evento analisado
Nk Nota segundo o(s) avaliador (ES) dentro da escala de 0 a 10 da ocorrecircncia do
evento analisado na presenccedila da classe encontrada na linha i coluna j do mapa k
Pixel Aglutinaccedilatildeo de ldquopicture elementrdquo ou seja elemento de imagem Eacute o menor
elemento num dispositivo de exibiccedilatildeo (como por exemplo um monitor) ao qual possibilita
atribuir-se uma cor De modo mais simples um pixel eacute o menor ponto que forma uma
imagem digital sendo que os conjuntos de milhares de pixels formam a imagem inteira A
Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada possui dimensotildees de 31 X 15 ou seja 31
colunas por 15 linhas totalizando 465 pixels (adaptado de MARINO 2005 p4)
22
Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005)
A partir desta formulaccedilatildeo de Anaacutelise Ambiental podem ser feitas as seguintes
proposiccedilotildees tambeacutem segundo XAVIER DA SILVA (2001)
Ai j exprime a probabilidade resultante do produto da formulaccedilatildeo ambiental numa
escala de 0 a 10 para a ocorrecircncia de um evento ou entidade ambiental que seja
causado em princiacutepio pela atuaccedilatildeo convergente dos paracircmetros ambientais nela
considerados
Os dados envolvidos na avaliaccedilatildeo podem ser lanccedilados em uma escala ordinal que
varie entre 0 e 10 ou entre 0 e 100 para que seja gerada uma amplitude de variaccedilatildeo
suficiente a permitir maior percepccedilatildeo da variabilidade das estimativas
A normalizaccedilatildeo dos pesos restritos entre os valores 0 e 1 resulta na definiccedilatildeo do
valor do peso atribuiacutedo a um mapa como o valor maacuteximo que qualquer das classes
daquele mapa pode assumir Por exemplo atribuir um peso de 40 ao paracircmetro
ldquodeclividadesrdquo numa anaacutelise significa que o maacuteximo que uma determinada classe
deste mapa pode contribuir na determinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia do evento
analisado eacute de 4 numa escala de 0 a 10
Com a adoccedilatildeo da meacutedia ponderada estaacute criado um espaccedilo classificatoacuterio que eacute em
princiacutepio ordinal mas que pode admitir grande e variado detalhamento na
classificaccedilatildeo das estimativas
34 Aacutervore de Decisatildeo Qualidade de Vida
O diagrama da Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada eacute denominado ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo (XAVIER DA SILVA 2001) uma vez que propicia em seus diversos niacuteveis apoio
a decisotildees quanto ao seu objetivo formal ou seja estimar a quantidade a localizaccedilatildeo e a
extensatildeo dos movimentos populacionais a serem executados em uma aacuterea tendo em vista a
melhoria da qualidade de vida de seus habitantes
23
Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ)
Cada um dos retacircngulos representa um mapeamento digital de um paracircmetro de
anaacutelise ou uma avaliaccedilatildeo ambiental que tenha sido executada
A inspeccedilatildeo desta aacutervore de decisatildeo como tambeacutem das parciais seguintes possibilita
que se apresentem constataccedilotildees relevantes quanto agrave origem dos dados
No estrato inferior da figura (noacutes folhas da aacutervore) constam os mapas baacutesicos
elaborados e que constituem os componentes ambientais decisivos para as anaacutelises que
se vai empreender e que satildeo resultantes de levantamentos e de interpretaccedilotildees da
realidade ambiental do municiacutepio de Seropeacutedica
Os mapas da realidade ambiental sob a perspectiva da geografia humana utilizados
nos ramos infraestrutura condiccedilotildees sociais e condiccedilotildees de renda foram gerados a
partir dos dados censitaacuterios produzidos por IBGE (2010) referentes agrave Base de
Informaccedilotildees por Setor Censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010
Os mapas derivados e resultantes de anaacutelises mostram-se de forma assimeacutetrica no
modelo e foram elaborados no ambiente do programa VISTASAGA
A estimativa de mais alto niacutevel foi obtida a partir da conjugaccedilatildeo e integraccedilatildeo da
representaccedilatildeo cartograacutefica das Condiccedilotildees de Renda e constitui para o elevado niacutevel
de detalhe possibilitado pela escala e resoluccedilatildeo adotadas a distribuiccedilatildeo territorial de
locais indicados para transposiccedilotildees de assentamentos precaacuterios
24
35 Terminologia Censitaacuteria (IBGE)
A seguir satildeo apresentados alguns termos frequentemente citados nos capiacutetulos que
discutem o aspecto socioeconocircmico dos mapeamentos definidos segundo IBGE (2010)
Domiciacutelio particular - Domiciacutelio onde o relacionamento entre seus ocupantes era
ditado por laccedilos de parentesco de dependecircncia domeacutestica ou por normas de
convivecircncia O domiciacutelio particular eacute classificado em permanente ndash Domiciacutelio
construiacutedo para servir exclusivamente agrave habitaccedilatildeo e na data de referecircncia tinha a
finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas e coletivo - Eacute uma instituiccedilatildeo
ou estabelecimento onde as relaccedilotildees entre as pessoas que nele se encontravam
moradoras ou natildeo era restrita a normas de subordinaccedilatildeo administrativa como em
hoteacuteis moteacuteis camping pensotildees penitenciaacuterias presiacutedios casas de detenccedilatildeo
quarteacuteis postos militares asilos orfanatos conventos hospitais e cliacutenicas (com
internaccedilatildeo) alojamento de trabalhadores ou de estudantes etc
Rendimento mensal - soma do rendimento mensal de trabalho com o rendimento
proveniente de outras fontes
Rendimento mensal familiar ndash A soma dos rendimentos mensais dos componentes
da famiacutelia exclusive os das pessoas cuja condiccedilatildeo na famiacutelia fosse pensionista
empregado domeacutestico ou parente do empregado domeacutestico
Domiciacutelio com esgoto ligado a rede coletora (ou fossa seacuteptica) - quando a
canalizaccedilatildeo das aacuteguas servidas e dos dejetos proveniente do banheiro ou sanitaacuterio
estava ligada a um sistema de coleta que os conduzia a um desaguadouro geral da
aacuterea regiatildeo ou municiacutepio mesmo que o sistema natildeo dispusesse de estaccedilatildeo de
tratamento da mateacuteria esgotada
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados
O nuacutemero de domiciacutelios registrados por setor censitaacuterio no municiacutepio de Seropeacutedica
varia dependendo do setor Para a exposiccedilatildeo dos dados tabulares sob a expressatildeo
cartograacutefica haacute a necessidade de se efetuar o agrupamento desses dados em classes
A formulaccedilatildeo de Sturges (Marino apud 2008) orienta qual deva ser o nuacutemero de
categorias de acordo com a quantidade de dados disponiacuteveis neste caso o nuacutemero total de
116 setores censitaacuterios constituintes da aacuterea de estudo
25
K = 1+ 33log 116 = 1+ 33206 = 1+ 679 asymp 8 classes
352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais)
Eacute importante observar que natildeo faz sentido realizar as classificaccedilotildees a seguir sem
normalizaacute-las pelo campo que tabula a quantidade de domiciacutelios permanentes Para a melhor
compreensatildeo desta citaccedilatildeo segue uma breve ilustraccedilatildeo
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees
SETOR DOM CONECTADOS Agrave REDE ELEacuteTRICA DOMICIacuteLIOS
1 50 100 50
2 50 1000 5
Apesar de ambos setores apresentarem as mesmas quantidades de domiciacutelios
conectados agrave rede de energia eleacutetrica o setor 1 possui apenas 100 domiciacutelios ou seja 50
deste setor eacute atendido pela rede de energia eleacutetrica Analisando agora o setor 2 que tambeacutem
possui 50 domiciacutelios conectados agrave rede eleacutetrica este por sua vez eacute constituiacutedo por 1000
domiciacutelios Em termos percentuais este setor possui apenas 5 de seus domiciacutelios
abastecidos pela rede de energia eleacutetrica o que nos leva a concluir que o setor 1 eacute melhor
servido em relaccedilatildeo ao setor 2 diferentemente de quando olhamos apenas para os valores
absolutos desta amostragem
Sendo assim todos os dados seratildeo sempre classificados normalizados pela quantidade
de domiciacutelios do setor Assim obteacutem-se a resposta em termos percentuais ou seja indexada
pelo universo amostral
26
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA
Para a concepccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica a origem e o formato dos dados
foram exclusivamente apoiados nos resultados do Censo 2010 (IBGE 2010) no niacutevel de
detalhe agrupados pelos setores censitaacuterios
As anaacutelises ambientais da populaccedilatildeo residente na aacuterea de estudos versaram sobre trecircs
principais dimensotildees cada uma delas com seu conjunto de variaacuteveis empregadas
convencionalmente para a detecccedilatildeo dos iacutendices de desenvolvimento humano e de qualidade
de vida
Desta forma foram desenvolvidos mapas temaacuteticos sobre condiccedilotildees de infraestrutura
caracterizadas pelas contribuiccedilotildees do estado e do indiviacuteduo para a qualidade de vida
correspondentes aos cuidados com a coleta de lixo como condiccedilotildees do domiciacutelio quanto
energia eleacutetrica e banheiros conectados ao saneamento baacutesico sobre os aspectos sociais como
nuacutemero de habitantes por domiciacutelio e renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo e das condiccedilotildees
de educaccedilatildeo os itens avaliados satildeo crianccedilas com 5 anos ou mais de idade alfabetizados e
pessoas analfabetas funcionais
41 Unidade territorial Setor censitaacuterio
A unidade territorial adotada para as anaacutelises referentes agrave populaccedilatildeo eacute o setor
censitaacuterio conforme delimitado e identificado por IBGE (2010) A partir do mapeamento da
divisatildeo censitaacuteria disponibilizada no formato vetorial procedimentos de conversatildeo de
formatos foram aplicados atraveacutes do aplicativo Esri ArcGIS para a geraccedilatildeo do formato
matricial RasterSAGA apropriado para as avaliaccedilotildees ambientais a serem realizadas no
ambiente do sistema VistaSAGA
A regiatildeo de estudo abrange o total de 116 setores censitaacuterios como se pode observar a
seguir
27
Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
28
A base de dados cadastrais da populaccedilatildeo em escala dos setores censitaacuterios resultado
do Censo 2010 foi disponibilizada pelo IBGE em 2010 estruturada sob a forma tabular em
duas dimensotildees a saber domiciacutelios e pessoas
Para fins de filtragem dos dados tabulares socioeconocircmicos do IBGE as tabelas
originais para o municiacutepio de Seropeacutedica de domiciacutelios e pessoas foram filtradas para a aacuterea
de estudo pela seleccedilatildeo daqueles setores censitaacuterios restritos apenas ao municiacutepio em questatildeo
Todas as planilhas no formato Microsoft Excel que antes apresentavam aproximadamente
27767 mil registros referente a todos os setores censitaacuterios da Cidade do Rio de Janeiro
passa a ter apenas 116 registros referentes apenas aos setores cobertos pelo municiacutepio de
Seropeacutedica
Tendo em vista que as tabelas originais do IBGE de formato XLS (Microsoft Excel)
trazem o cabeccedilalho (nomes dos campos) em coacutedigo no formato V0001 V0002 V2500 pois
satildeo elaboradas especificamente para o uso no ambiente ESTATCART e sendo inviaacutevel
descrever o significado de cada campo em seu tiacutetulo o IBGE os codifica nos arquivos e
disponibilizam um manual descritivo de cada uma das variaacuteveis por meio do um documento
denominado ldquoCenso Demograacutefico 2010rdquo (IBGE2 2010)
Sendo assim houve tambeacutem um trabalho de interpretaccedilatildeo e pesquisa do referido
manual a fim de localizar os coacutedigos das variaacuteveis necessaacuterias a este projeto de pesquisa
dentre as mais de 3000 disponibilizadas pelo Censo Demograacutefico
A geraccedilatildeo de toda a base temaacutetica socioeconocircmica foi desenvolvida com utilizaccedilatildeo da
ferramenta de classificaccedilatildeo de mapas do SIG Esri ArcGIS
Apoacutes a geraccedilatildeo dos mapas classificatoacuterios realizou-se a conversatildeo dos mapas
temaacuteticos resultantes do formato shape (shp) para o formato matricial RasterSaga (rs2) por
meio do ldquoconversor SHPRS2rdquo aplicativo desenvolvido e disponibilizado pelo
LAGEOPUFRJ
42 Geraccedilatildeo do mapeamento temaacutetico classificatoacuterio
As subseccedilotildees a seguir caracterizam as aacutervores de decisatildeo individualizadas relativas
aos mapas temaacuteticos de infraestrutura aspectos sociais e niacutevel de educaccedilatildeo
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo
Variaacuteveis - Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
- Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
- Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
15
O SIG pode ser utilizado por qualquer aacuterea de conhecimento visto que eacute uma
disciplina multidisciplinar poreacutem eacute necessaacuterio que cada aacuterea se volte para a informaccedilatildeo
quantitativa para trabalhar e obter dados atraveacutes da visualizaccedilatildeo dos mapas Por exemplo
Um socioacutelogo deseja utilizar um SIG para entender e quantificar o fenocircmeno da
exclusatildeo social numa determinada capital brasileira
Um engenheiro florestal aplica um SIG para a contenccedilatildeo de aacutereas remanescentes
florestais de uma dada regiatildeo
Um geoacutegrafo pretende usar um SIG para gerar a distribuiccedilatildeo do desenvolvimento
industrial de uma dada regiatildeo
A partir das definiccedilotildees acima compreende-se a interdisciplinaridade do assunto diante
da integraccedilatildeo numa singular base de dados dados censitaacuterios informaccedilotildees espaciais
provenientes de dados cartograacuteficos e cadastro urbano e rural imagens de sateacutelite redes e
modelos numeacutericos de terreno
22 Qualidade de Vida e Iacutendices de Desenvolvimento Humano
De acordo com Demo (1998) num primeiro passo podemos recorrer para a
etimologia latina qualitas significa ldquoa essecircnciardquo Assim qualidade designa a parte essencial
das coisas aquilo que lhe seria mais importante e determinante Demo (1998 p93) tambeacutem
assume que a qualidade aponta para a marca central das coisas e dos seres aquilo que natildeo se
consome no tempo que fica para sempre que decide o que algo eacute definitivamente
Segundo Fleck (2000 apud The WHOQOL Group 1995 p34) a Organizaccedilatildeo
Mundial da Sauacutede conceituou ldquoQualidade de Vidardquo como a percepccedilatildeo do indiviacuteduo de sua
posiccedilatildeo na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relaccedilatildeo
aos seus objetivos expectativas padrotildees e preocupaccedilotildees
De acordo com Lei Orgacircnica do Municiacutepio de Seropeacutedica Tiacutetulo I Paraacutegrafo Uacutenico
a accedilatildeo municipal desenvolve-se em todo o seu territoacuterio sem
privileacutegios de bairros reduzindo as desigualdades regionais e sociais
promovendo o bem-estar de todos sem preconceitos de origem raccedila
sexo cor idade e quaisquer outras formas de discriminaccedilatildeo
Um aspecto importante que caracteriza estudos que partem de uma definiccedilatildeo geneacuterica
da Qualidade de Vida eacute que as amostras estudadas incluem pessoas saudaacuteveis da populaccedilatildeo
nunca se restringindo a amostras de pessoas portadoras de agravos especiacuteficos
16
Para Seidl e Zannon (2004) a Qualidade de Vida apresenta uma acepccedilatildeo mais ampla
aparentemente influenciada por estudos socioloacutegicos sem fazer referecircncia a disfunccedilotildees ou
agravos (Zannon e Seidl 2004 p583) Com relaccedilatildeo ao meio ambiente o modelo incorpora
conceitos mais amplos onde meio ambiente eacute a resultante das questotildees socioeconocircmicas de
uma realidade Nesse processo qualidade de vida abrange ainda os aspectos comportamentais
(por exemplo exercitaccedilatildeo e alimentaccedilatildeo) e perceptivos da comunidade acerca do que eacute
qualidade de vida
Para Nobre (1995 p 299)
Qualidade de vida foi definida como sensaccedilatildeo iacutentima de conforto
bem-estar ou felicidade no desempenho de funccedilotildees fiacutesicas intelectuais
e psiacutequicas dentro da realidade da sua famiacutelia do seu trabalho e dos
valores da comunidade agrave qual pertence
A qualidade de vida no Brasil eacute medida atraveacutes do ponto de vista do Iacutendice de
Desenvolvimento Humano (IDH) Este por sua vez analisa os estados brasileiros atraveacutes de
trecircs itens essenciais renda educaccedilatildeo e expectativa de vida A renda eacute avaliada pelo PIB real
per capita a sauacutede pela esperanccedila de vida ao nascer e a educaccedilatildeo pela taxa de alfabetizaccedilatildeo
de adultos e taxas de matriacutecula aos niacuteveis primaacuterios secundaacuterios combinados Renda
educaccedilatildeo e sauacutede seriam atributos de igual importacircncia como expressatildeo da capacidade
humana (Minayo Buss Hartz 2000 p8)
O Programa das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgou em 1990 o
levantamento do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) O conceito de Desenvolvimento
Humano eacute o ingrediente principal do Relatoacuterio de Desenvolvimento Humano (RDH) Aleacutem
do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) este faz parte da compreensatildeo de que para
averiguar o avanccedilo de uma populaccedilatildeo natildeo se deve considerar apenas a dimensatildeo econocircmica
poreacutem outras influenciam a qualidade da vida humana
O desenvolvimento humano por definiccedilatildeo eacute compreendido como um abrangente
processo de expansatildeo de escolhas individuais nas diversas aacutereas como geograacutefica
econocircmica social cultural e poliacutetica Embora saiba-se que a possibilidade natildeo eacute satisfeita
de as pessoas terem o discernimento ou condiccedilotildees de exercerem esse direito que eacute
internacionalmente reconhecido nas cartas de cidadania e foco de assunto constitucional
brasileiro algumas dessas escolhas satildeo baacutesicas para a vida humana
17
As opccedilotildees por vida saudaacutevel por adquirir conhecimento por morar dignamente e por
atingir e manter um padratildeo de vida decente satildeo condiccedilotildees fundamentais para os seres
humanos e agrave medida que sejam alcanccediladas abrem caminho para outras escolhas igualmente
importantes referentes agrave participaccedilatildeo poliacutetica agrave diversidade cultural aos direitos humanos e agrave
liberdade individual e coletiva (IPEA1998)
Segundo IPEA (1998) o conceito atual de desenvolvimento humano eacute amplo pois
aleacutem de considerar os seres humanos como participantes ativos do processo de
desenvolvimento os tem como beneficiaacuterios do processo produtivo e vecirc suas necessidades
baacutesicas monitoradas a partir dos citados requisitos miacutenimos e de suas escolhas A ideia de
desenvolvimento humano ao integrar todos esses conceitos que sintetizam a capacidade de
bem-estar e da qualidade de vida representa uma noccedilatildeo abrangente de desenvolvimento com
sentido holiacutestico
Os censos demograacuteficos efetuados e entregues pelo IBGE por sua riqueza de dados e
informaccedilotildees permitem que sejam elaborados diversos tipos de iacutendices de desenvolvimento
que podem abarcar os conceitos econocircmicos e sociais
Segundo IPEA (1998) a vantagem de se aproveitar a base de dados censitaacuteria ainda
relativamente pouco explorada em trabalhos cientiacuteficos e teacutecnicos eacute que ela permite
incorporar outras variaacuteveis e dimensotildees agrave anaacutelise do desenvolvimento humano
Os iacutendices sinteacuteticos de desenvolvimento humano ocorrido no Brasil atualmente satildeo
o Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e o Iacutendice de Condiccedilotildees de Vida
(ICV) Para sua construccedilatildeo satildeo gerados e empregados diversos indicadores O objetivo do
iacutendice sinteacutetico que permite a comparaccedilatildeo e ordenaccedilatildeo entre comunidades eacute reduzir todos os
indicadores por ponderaccedilotildees e juiacutezos de valor a um iacutendice uacutenico O IDHM para sua
concepccedilatildeo precisa ultrapassar certos conceitos baacutesicos do IDH que foi idealizado para ser
calculado e comparar paiacuteses Para sua avaliaccedilatildeo consideram-se trecircs dimensotildees Educaccedilatildeo
Renda e Longevidade O ICV para a sua construccedilatildeo considera cinco grupos de indicadores
Educaccedilatildeo Renda Habitaccedilatildeo Infacircncia e Longevidade Cada uma dessas dimensotildees eacute
estruturada a partir de diversas variaacuteveis
Esses iacutendices tecircm sido empregados no Brasil com a incorporaccedilatildeo dos dados censitaacuterios
histoacutericos estando mais difundidos os relativos aos censos de 1970 a 2000 Tanto o IDHM
como o ICV generalizam os dados para municiacutepios e permitem a comparaccedilatildeo segundo essas
unidades
18
3 METODOLOGIA DE PESQUISA
31 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica
A Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada ilustra os materiais e processos
aplicados nesta pesquisa As caixas foram coloridas de modo a diferenciar os produtos e os
processos especiacuteficos da metodologia apresentada (violeta) da aplicaccedilatildeo especiacutefica para o
Municiacutepio de Seropeacutedica (vermelha)
Todo o processo eacute estruturado num modelo de representaccedilatildeo denominada ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo que apresenta passo a passo cada avaliaccedilatildeo intermediaacuteria necessaacuteria a se chegar ao
resultado final (mapeamento de Qualidade de Vida)
Figura 1 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica da Pesquisa
32 Base de Dados Socioeconocircmica
No estrato superior do fluxograma apresenta-se a malha e dados censitaacuterios obtida a
partir do acervo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) Constituem os
elementos necessaacuterios para a geraccedilatildeo de mapas temaacuteticos que compotildeem a base de dados
socioeconocircmica do estudo O processo eacute permitido para esta particular aplicaccedilatildeo por meio
da utilizaccedilatildeo do ldquoMoacutedulo de Classificaccedilatildeo e Criaccedilatildeo de Mapas Temaacuteticosrdquo do aplicativo Esri
ArcGIS A coloraccedilatildeo vermelha destas caixas eacute justificada devido agrave possibilidade da base de
dados socioeconocircmica a ser obtida a partir de qualquer outra fonte (ou de ser gerada) e
19
tambeacutem processada por outros aplicativos de acordo com os conhecimentos do analista e
disponibilidade de dados para a localidade de estudo Aleacutem da flexibilidade quanto agrave fonte
dos dados fica a criteacuterio do analista a seleccedilatildeo das variaacuteveis socioeconocircmicas a serem
utilizadas na avaliaccedilatildeo de qualidade de vida Para esta aplicaccedilatildeo a unidade territorial adotada
satildeo os setores censitaacuterios definidos a partir de IBGE (2010)
33 Avaliaccedilatildeo Ambiental
A partir das bases de dados socioeconocircmicos (Renda Analfabetismo Coleta de Lixo
etc) aplica-se formulaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo Ambiental (detalhada na sessatildeo 334) para obtenccedilatildeo
dos mapas de ldquoQualidade de Vidardquo A escolha do algoritmo avaliativo para o processamento
das anaacutelises tambeacutem eacute flexiacutevel a outras formulaccedilotildees e aplicativos a criteacuterio do avaliador
331 A Anaacutelise Ambiental por Geoprocessamento
A Anaacutelise Ambiental ldquoeacute um instrumento fundamental na investigaccedilatildeo interdisciplinar
pois fornece uma gama variada de percepccedilotildees que iratildeo auxiliar no aprofundamento do
conhecimento cientiacuteficordquo (Stipp e Stipp 2004 p24)
Para SILVA amp SOUZA (1998 ldquoapudrdquo Stipp e Stipp 2004 p24) analisar um
ambiente significa desmembraacute-lo em termos de suas partes componentes e apreender as suas
funccedilotildees internas e externas com a consequente criaccedilatildeo de um conjunto integrado de
informaccedilotildees representativo deste conhecimento adquirido
A Anaacutelise Ambiental deve ser compreendida como um instrumento integrador que
encare o meio ambiente sob o acircngulo da preocupaccedilatildeo com o uso que o homem faz dele no
sentido de se contribuir para o desenvolvimento de uma perspectiva interdisciplinar de
investigaccedilatildeo da construccedilatildeo do meio ambiente e da organizaccedilatildeo do espaccedilo (Stipp e Stipp
2004 p24)
A anaacutelise ambiental expressa na realizaccedilatildeo dos diagnoacutesticos zoneamentos e a
avaliaccedilatildeo nos impactos ambientais (Sales 2004 p130) Paralelamente satildeo tratados os planos
de manejo e planejamento dos usos dos espaccedilos naturais e em alguns casos - ainda raros - de
recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas Satildeo esses conjuntos de procedimentos que recebe a rubrica
de anaacutelise ambiental (Mendonccedila 1993 Ross 1990 ldquoapudrdquo Geografia Sistemas e anaacutelise
ambiental abordagem criacutetica 2004 p130)
Logo o processo de anaacutelise ambiental envolve a elaboraccedilatildeo de diagnoacutesticos a
manifestaccedilatildeo de interesse poliacutetico a revelaccedilatildeo de interesse da coletividade envolvida com o
20
intuito de trazer melhorias para uma determinada aacuterea ou trazer antecipadamente diagnoacutesticos
de possiacuteveis situaccedilotildees indesejaacuteveis ou ateacute mesmo prever aacutereas de potencial
332 O Projeto SAGAUFRJ
O Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental (SAGAUFRJ) foi implantado em 1983 no
Departamento de Geografia da UFRJ pelo Prof Dr Jorge Xavier da Silva coordenador do
entatildeo Grupo de Pesquisas em Geoprocessamento (GPG) Foi desenvolvido como um sistema
para aplicaccedilotildees ambientais de faacutecil implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo em equipamentos de baixo custo
o que se tornou possiacutevel principalmente graccedilas ao crescimento da popularidade e uso de
microcomputadores do tipo IBM-PC
Eacute possiacutevel a partir da aplicaccedilatildeo deste ter estimativas de riscos de desmoronamentos e
de enchentes potenciais turiacutesticos e de urbanizaccedilatildeo para fins de preservaccedilatildeo e a anaacutelise da
qualidade de vida em favelas constituem uma pequena amostra das pesquisas realizadas pela
comunidade de usuaacuterios atraveacutes da utilizaccedilatildeo do SAGAUFRJ
Sua primeira versatildeo foi criada na deacutecada de 1980 apresentando mapas com no
maacuteximo 16 cores Nesta eacutepoca o geoprocessamento era bastante limitado pela barreira
tecnoloacutegica Seguindo a evoluccedilatildeo da informaacutetica o Vista Saga tambeacutem foi evoluindo com
novas versotildees mais sofisticadas Hoje o Vista Saga trabalha com cores de 32 bits
viabilizando ateacute a visualizaccedilatildeo em trecircs dimensotildees de aacutereas de estudos
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que o VISTASAGA eacute um projeto totalmente
nacional cresce em meio acadecircmico e sem fins lucrativos Pode ser obtido gratuitamente
atraveacutes do site httpwwwlageopufrjbr
Constituem seus principais moacutedulos de processamento
MONITORIA Este procedimento consiste no levantamento puxado das alteraccedilotildees
ambientais ocorridas em uma determinada situaccedilatildeo ambiental Registros sucessivos de
fenocircmenos ambientais utilizando taxonomias correspondentes (classificaccedilotildees iguais
ou correlacionaacuteveis) podem ser usados para o acompanhamento da evoluccedilatildeo
territorial de processos e ocorrecircncias de interesse
ASSINATURA SIGs permitem a locomoccedilatildeo entre localizaccedilotildees e atributos ou seja a
recuperaccedilatildeo da localizaccedilatildeo a partir da seleccedilatildeo de uma informaccedilatildeo e vice-versa
AVALIACcedilAtildeO Utilizado para realizar estimativas sobre possiacuteveis ocorrecircncias de
fenocircmenos de diversas naturezas segundo diversas intensidades definindo-se a
extensatildeo territorial destas estimativas e suas relaccedilotildees de proximidade e conexatildeo Este
21
moacutedulo gera um mapa do territoacuterio analisado classificando cada local com notas de 0
a 10
333 A Escolha do SAGAUFRJ
Como o proacuteprio nome jaacute diz SAGA ndash Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental tratar-se de
uma ferramenta especiacutefica para o processamento das avaliaccedilotildees ambientais
Contudo nada impede que os mesmos procedimentos sejam aplicados em qualquer
outro software que disponha de recursos que viabilizem a aplicaccedilatildeo metodoloacutegica proposta
O cerne deste trabalho constitui-se na apresentaccedilatildeo da metodologia para tomadas de decisatildeo
no acircmbito de riscos socioambientais de aacutereas urbanas O VISTASAGA foi selecionado
como ferramenta de aplicaccedilatildeo em funccedilatildeo de sua praticidade e profundo conhecimento na
utilizaccedilatildeo do aplicativo se alcanccedilar a finalidade proposta
334 Formulaccedilatildeo da Anaacutelise Ambiental
A formulaccedilatildeo de meacutedia ponderada eacute proposta nas avaliaccedilotildees ambientais moacutedulo
constituinte do sistema SAGA conforme a seguir exposta
Onde
n Nuacutemero de paracircmetros (mapas) utilizados
Ai j Probabilidade de ocorrecircncia do evento analisado no elemento (pixel) ij da matriz
(mapa) resultante
Pk Peso (percentual) da contribuiccedilatildeo do paracircmetro k em relaccedilatildeo aos demais para a
ocorrecircncia do evento analisado
Nk Nota segundo o(s) avaliador (ES) dentro da escala de 0 a 10 da ocorrecircncia do
evento analisado na presenccedila da classe encontrada na linha i coluna j do mapa k
Pixel Aglutinaccedilatildeo de ldquopicture elementrdquo ou seja elemento de imagem Eacute o menor
elemento num dispositivo de exibiccedilatildeo (como por exemplo um monitor) ao qual possibilita
atribuir-se uma cor De modo mais simples um pixel eacute o menor ponto que forma uma
imagem digital sendo que os conjuntos de milhares de pixels formam a imagem inteira A
Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada possui dimensotildees de 31 X 15 ou seja 31
colunas por 15 linhas totalizando 465 pixels (adaptado de MARINO 2005 p4)
22
Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005)
A partir desta formulaccedilatildeo de Anaacutelise Ambiental podem ser feitas as seguintes
proposiccedilotildees tambeacutem segundo XAVIER DA SILVA (2001)
Ai j exprime a probabilidade resultante do produto da formulaccedilatildeo ambiental numa
escala de 0 a 10 para a ocorrecircncia de um evento ou entidade ambiental que seja
causado em princiacutepio pela atuaccedilatildeo convergente dos paracircmetros ambientais nela
considerados
Os dados envolvidos na avaliaccedilatildeo podem ser lanccedilados em uma escala ordinal que
varie entre 0 e 10 ou entre 0 e 100 para que seja gerada uma amplitude de variaccedilatildeo
suficiente a permitir maior percepccedilatildeo da variabilidade das estimativas
A normalizaccedilatildeo dos pesos restritos entre os valores 0 e 1 resulta na definiccedilatildeo do
valor do peso atribuiacutedo a um mapa como o valor maacuteximo que qualquer das classes
daquele mapa pode assumir Por exemplo atribuir um peso de 40 ao paracircmetro
ldquodeclividadesrdquo numa anaacutelise significa que o maacuteximo que uma determinada classe
deste mapa pode contribuir na determinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia do evento
analisado eacute de 4 numa escala de 0 a 10
Com a adoccedilatildeo da meacutedia ponderada estaacute criado um espaccedilo classificatoacuterio que eacute em
princiacutepio ordinal mas que pode admitir grande e variado detalhamento na
classificaccedilatildeo das estimativas
34 Aacutervore de Decisatildeo Qualidade de Vida
O diagrama da Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada eacute denominado ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo (XAVIER DA SILVA 2001) uma vez que propicia em seus diversos niacuteveis apoio
a decisotildees quanto ao seu objetivo formal ou seja estimar a quantidade a localizaccedilatildeo e a
extensatildeo dos movimentos populacionais a serem executados em uma aacuterea tendo em vista a
melhoria da qualidade de vida de seus habitantes
23
Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ)
Cada um dos retacircngulos representa um mapeamento digital de um paracircmetro de
anaacutelise ou uma avaliaccedilatildeo ambiental que tenha sido executada
A inspeccedilatildeo desta aacutervore de decisatildeo como tambeacutem das parciais seguintes possibilita
que se apresentem constataccedilotildees relevantes quanto agrave origem dos dados
No estrato inferior da figura (noacutes folhas da aacutervore) constam os mapas baacutesicos
elaborados e que constituem os componentes ambientais decisivos para as anaacutelises que
se vai empreender e que satildeo resultantes de levantamentos e de interpretaccedilotildees da
realidade ambiental do municiacutepio de Seropeacutedica
Os mapas da realidade ambiental sob a perspectiva da geografia humana utilizados
nos ramos infraestrutura condiccedilotildees sociais e condiccedilotildees de renda foram gerados a
partir dos dados censitaacuterios produzidos por IBGE (2010) referentes agrave Base de
Informaccedilotildees por Setor Censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010
Os mapas derivados e resultantes de anaacutelises mostram-se de forma assimeacutetrica no
modelo e foram elaborados no ambiente do programa VISTASAGA
A estimativa de mais alto niacutevel foi obtida a partir da conjugaccedilatildeo e integraccedilatildeo da
representaccedilatildeo cartograacutefica das Condiccedilotildees de Renda e constitui para o elevado niacutevel
de detalhe possibilitado pela escala e resoluccedilatildeo adotadas a distribuiccedilatildeo territorial de
locais indicados para transposiccedilotildees de assentamentos precaacuterios
24
35 Terminologia Censitaacuteria (IBGE)
A seguir satildeo apresentados alguns termos frequentemente citados nos capiacutetulos que
discutem o aspecto socioeconocircmico dos mapeamentos definidos segundo IBGE (2010)
Domiciacutelio particular - Domiciacutelio onde o relacionamento entre seus ocupantes era
ditado por laccedilos de parentesco de dependecircncia domeacutestica ou por normas de
convivecircncia O domiciacutelio particular eacute classificado em permanente ndash Domiciacutelio
construiacutedo para servir exclusivamente agrave habitaccedilatildeo e na data de referecircncia tinha a
finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas e coletivo - Eacute uma instituiccedilatildeo
ou estabelecimento onde as relaccedilotildees entre as pessoas que nele se encontravam
moradoras ou natildeo era restrita a normas de subordinaccedilatildeo administrativa como em
hoteacuteis moteacuteis camping pensotildees penitenciaacuterias presiacutedios casas de detenccedilatildeo
quarteacuteis postos militares asilos orfanatos conventos hospitais e cliacutenicas (com
internaccedilatildeo) alojamento de trabalhadores ou de estudantes etc
Rendimento mensal - soma do rendimento mensal de trabalho com o rendimento
proveniente de outras fontes
Rendimento mensal familiar ndash A soma dos rendimentos mensais dos componentes
da famiacutelia exclusive os das pessoas cuja condiccedilatildeo na famiacutelia fosse pensionista
empregado domeacutestico ou parente do empregado domeacutestico
Domiciacutelio com esgoto ligado a rede coletora (ou fossa seacuteptica) - quando a
canalizaccedilatildeo das aacuteguas servidas e dos dejetos proveniente do banheiro ou sanitaacuterio
estava ligada a um sistema de coleta que os conduzia a um desaguadouro geral da
aacuterea regiatildeo ou municiacutepio mesmo que o sistema natildeo dispusesse de estaccedilatildeo de
tratamento da mateacuteria esgotada
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados
O nuacutemero de domiciacutelios registrados por setor censitaacuterio no municiacutepio de Seropeacutedica
varia dependendo do setor Para a exposiccedilatildeo dos dados tabulares sob a expressatildeo
cartograacutefica haacute a necessidade de se efetuar o agrupamento desses dados em classes
A formulaccedilatildeo de Sturges (Marino apud 2008) orienta qual deva ser o nuacutemero de
categorias de acordo com a quantidade de dados disponiacuteveis neste caso o nuacutemero total de
116 setores censitaacuterios constituintes da aacuterea de estudo
25
K = 1+ 33log 116 = 1+ 33206 = 1+ 679 asymp 8 classes
352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais)
Eacute importante observar que natildeo faz sentido realizar as classificaccedilotildees a seguir sem
normalizaacute-las pelo campo que tabula a quantidade de domiciacutelios permanentes Para a melhor
compreensatildeo desta citaccedilatildeo segue uma breve ilustraccedilatildeo
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees
SETOR DOM CONECTADOS Agrave REDE ELEacuteTRICA DOMICIacuteLIOS
1 50 100 50
2 50 1000 5
Apesar de ambos setores apresentarem as mesmas quantidades de domiciacutelios
conectados agrave rede de energia eleacutetrica o setor 1 possui apenas 100 domiciacutelios ou seja 50
deste setor eacute atendido pela rede de energia eleacutetrica Analisando agora o setor 2 que tambeacutem
possui 50 domiciacutelios conectados agrave rede eleacutetrica este por sua vez eacute constituiacutedo por 1000
domiciacutelios Em termos percentuais este setor possui apenas 5 de seus domiciacutelios
abastecidos pela rede de energia eleacutetrica o que nos leva a concluir que o setor 1 eacute melhor
servido em relaccedilatildeo ao setor 2 diferentemente de quando olhamos apenas para os valores
absolutos desta amostragem
Sendo assim todos os dados seratildeo sempre classificados normalizados pela quantidade
de domiciacutelios do setor Assim obteacutem-se a resposta em termos percentuais ou seja indexada
pelo universo amostral
26
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA
Para a concepccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica a origem e o formato dos dados
foram exclusivamente apoiados nos resultados do Censo 2010 (IBGE 2010) no niacutevel de
detalhe agrupados pelos setores censitaacuterios
As anaacutelises ambientais da populaccedilatildeo residente na aacuterea de estudos versaram sobre trecircs
principais dimensotildees cada uma delas com seu conjunto de variaacuteveis empregadas
convencionalmente para a detecccedilatildeo dos iacutendices de desenvolvimento humano e de qualidade
de vida
Desta forma foram desenvolvidos mapas temaacuteticos sobre condiccedilotildees de infraestrutura
caracterizadas pelas contribuiccedilotildees do estado e do indiviacuteduo para a qualidade de vida
correspondentes aos cuidados com a coleta de lixo como condiccedilotildees do domiciacutelio quanto
energia eleacutetrica e banheiros conectados ao saneamento baacutesico sobre os aspectos sociais como
nuacutemero de habitantes por domiciacutelio e renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo e das condiccedilotildees
de educaccedilatildeo os itens avaliados satildeo crianccedilas com 5 anos ou mais de idade alfabetizados e
pessoas analfabetas funcionais
41 Unidade territorial Setor censitaacuterio
A unidade territorial adotada para as anaacutelises referentes agrave populaccedilatildeo eacute o setor
censitaacuterio conforme delimitado e identificado por IBGE (2010) A partir do mapeamento da
divisatildeo censitaacuteria disponibilizada no formato vetorial procedimentos de conversatildeo de
formatos foram aplicados atraveacutes do aplicativo Esri ArcGIS para a geraccedilatildeo do formato
matricial RasterSAGA apropriado para as avaliaccedilotildees ambientais a serem realizadas no
ambiente do sistema VistaSAGA
A regiatildeo de estudo abrange o total de 116 setores censitaacuterios como se pode observar a
seguir
27
Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
28
A base de dados cadastrais da populaccedilatildeo em escala dos setores censitaacuterios resultado
do Censo 2010 foi disponibilizada pelo IBGE em 2010 estruturada sob a forma tabular em
duas dimensotildees a saber domiciacutelios e pessoas
Para fins de filtragem dos dados tabulares socioeconocircmicos do IBGE as tabelas
originais para o municiacutepio de Seropeacutedica de domiciacutelios e pessoas foram filtradas para a aacuterea
de estudo pela seleccedilatildeo daqueles setores censitaacuterios restritos apenas ao municiacutepio em questatildeo
Todas as planilhas no formato Microsoft Excel que antes apresentavam aproximadamente
27767 mil registros referente a todos os setores censitaacuterios da Cidade do Rio de Janeiro
passa a ter apenas 116 registros referentes apenas aos setores cobertos pelo municiacutepio de
Seropeacutedica
Tendo em vista que as tabelas originais do IBGE de formato XLS (Microsoft Excel)
trazem o cabeccedilalho (nomes dos campos) em coacutedigo no formato V0001 V0002 V2500 pois
satildeo elaboradas especificamente para o uso no ambiente ESTATCART e sendo inviaacutevel
descrever o significado de cada campo em seu tiacutetulo o IBGE os codifica nos arquivos e
disponibilizam um manual descritivo de cada uma das variaacuteveis por meio do um documento
denominado ldquoCenso Demograacutefico 2010rdquo (IBGE2 2010)
Sendo assim houve tambeacutem um trabalho de interpretaccedilatildeo e pesquisa do referido
manual a fim de localizar os coacutedigos das variaacuteveis necessaacuterias a este projeto de pesquisa
dentre as mais de 3000 disponibilizadas pelo Censo Demograacutefico
A geraccedilatildeo de toda a base temaacutetica socioeconocircmica foi desenvolvida com utilizaccedilatildeo da
ferramenta de classificaccedilatildeo de mapas do SIG Esri ArcGIS
Apoacutes a geraccedilatildeo dos mapas classificatoacuterios realizou-se a conversatildeo dos mapas
temaacuteticos resultantes do formato shape (shp) para o formato matricial RasterSaga (rs2) por
meio do ldquoconversor SHPRS2rdquo aplicativo desenvolvido e disponibilizado pelo
LAGEOPUFRJ
42 Geraccedilatildeo do mapeamento temaacutetico classificatoacuterio
As subseccedilotildees a seguir caracterizam as aacutervores de decisatildeo individualizadas relativas
aos mapas temaacuteticos de infraestrutura aspectos sociais e niacutevel de educaccedilatildeo
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo
Variaacuteveis - Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
- Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
- Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
16
Para Seidl e Zannon (2004) a Qualidade de Vida apresenta uma acepccedilatildeo mais ampla
aparentemente influenciada por estudos socioloacutegicos sem fazer referecircncia a disfunccedilotildees ou
agravos (Zannon e Seidl 2004 p583) Com relaccedilatildeo ao meio ambiente o modelo incorpora
conceitos mais amplos onde meio ambiente eacute a resultante das questotildees socioeconocircmicas de
uma realidade Nesse processo qualidade de vida abrange ainda os aspectos comportamentais
(por exemplo exercitaccedilatildeo e alimentaccedilatildeo) e perceptivos da comunidade acerca do que eacute
qualidade de vida
Para Nobre (1995 p 299)
Qualidade de vida foi definida como sensaccedilatildeo iacutentima de conforto
bem-estar ou felicidade no desempenho de funccedilotildees fiacutesicas intelectuais
e psiacutequicas dentro da realidade da sua famiacutelia do seu trabalho e dos
valores da comunidade agrave qual pertence
A qualidade de vida no Brasil eacute medida atraveacutes do ponto de vista do Iacutendice de
Desenvolvimento Humano (IDH) Este por sua vez analisa os estados brasileiros atraveacutes de
trecircs itens essenciais renda educaccedilatildeo e expectativa de vida A renda eacute avaliada pelo PIB real
per capita a sauacutede pela esperanccedila de vida ao nascer e a educaccedilatildeo pela taxa de alfabetizaccedilatildeo
de adultos e taxas de matriacutecula aos niacuteveis primaacuterios secundaacuterios combinados Renda
educaccedilatildeo e sauacutede seriam atributos de igual importacircncia como expressatildeo da capacidade
humana (Minayo Buss Hartz 2000 p8)
O Programa das Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgou em 1990 o
levantamento do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) O conceito de Desenvolvimento
Humano eacute o ingrediente principal do Relatoacuterio de Desenvolvimento Humano (RDH) Aleacutem
do Iacutendice de Desenvolvimento Humano (IDH) este faz parte da compreensatildeo de que para
averiguar o avanccedilo de uma populaccedilatildeo natildeo se deve considerar apenas a dimensatildeo econocircmica
poreacutem outras influenciam a qualidade da vida humana
O desenvolvimento humano por definiccedilatildeo eacute compreendido como um abrangente
processo de expansatildeo de escolhas individuais nas diversas aacutereas como geograacutefica
econocircmica social cultural e poliacutetica Embora saiba-se que a possibilidade natildeo eacute satisfeita
de as pessoas terem o discernimento ou condiccedilotildees de exercerem esse direito que eacute
internacionalmente reconhecido nas cartas de cidadania e foco de assunto constitucional
brasileiro algumas dessas escolhas satildeo baacutesicas para a vida humana
17
As opccedilotildees por vida saudaacutevel por adquirir conhecimento por morar dignamente e por
atingir e manter um padratildeo de vida decente satildeo condiccedilotildees fundamentais para os seres
humanos e agrave medida que sejam alcanccediladas abrem caminho para outras escolhas igualmente
importantes referentes agrave participaccedilatildeo poliacutetica agrave diversidade cultural aos direitos humanos e agrave
liberdade individual e coletiva (IPEA1998)
Segundo IPEA (1998) o conceito atual de desenvolvimento humano eacute amplo pois
aleacutem de considerar os seres humanos como participantes ativos do processo de
desenvolvimento os tem como beneficiaacuterios do processo produtivo e vecirc suas necessidades
baacutesicas monitoradas a partir dos citados requisitos miacutenimos e de suas escolhas A ideia de
desenvolvimento humano ao integrar todos esses conceitos que sintetizam a capacidade de
bem-estar e da qualidade de vida representa uma noccedilatildeo abrangente de desenvolvimento com
sentido holiacutestico
Os censos demograacuteficos efetuados e entregues pelo IBGE por sua riqueza de dados e
informaccedilotildees permitem que sejam elaborados diversos tipos de iacutendices de desenvolvimento
que podem abarcar os conceitos econocircmicos e sociais
Segundo IPEA (1998) a vantagem de se aproveitar a base de dados censitaacuteria ainda
relativamente pouco explorada em trabalhos cientiacuteficos e teacutecnicos eacute que ela permite
incorporar outras variaacuteveis e dimensotildees agrave anaacutelise do desenvolvimento humano
Os iacutendices sinteacuteticos de desenvolvimento humano ocorrido no Brasil atualmente satildeo
o Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e o Iacutendice de Condiccedilotildees de Vida
(ICV) Para sua construccedilatildeo satildeo gerados e empregados diversos indicadores O objetivo do
iacutendice sinteacutetico que permite a comparaccedilatildeo e ordenaccedilatildeo entre comunidades eacute reduzir todos os
indicadores por ponderaccedilotildees e juiacutezos de valor a um iacutendice uacutenico O IDHM para sua
concepccedilatildeo precisa ultrapassar certos conceitos baacutesicos do IDH que foi idealizado para ser
calculado e comparar paiacuteses Para sua avaliaccedilatildeo consideram-se trecircs dimensotildees Educaccedilatildeo
Renda e Longevidade O ICV para a sua construccedilatildeo considera cinco grupos de indicadores
Educaccedilatildeo Renda Habitaccedilatildeo Infacircncia e Longevidade Cada uma dessas dimensotildees eacute
estruturada a partir de diversas variaacuteveis
Esses iacutendices tecircm sido empregados no Brasil com a incorporaccedilatildeo dos dados censitaacuterios
histoacutericos estando mais difundidos os relativos aos censos de 1970 a 2000 Tanto o IDHM
como o ICV generalizam os dados para municiacutepios e permitem a comparaccedilatildeo segundo essas
unidades
18
3 METODOLOGIA DE PESQUISA
31 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica
A Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada ilustra os materiais e processos
aplicados nesta pesquisa As caixas foram coloridas de modo a diferenciar os produtos e os
processos especiacuteficos da metodologia apresentada (violeta) da aplicaccedilatildeo especiacutefica para o
Municiacutepio de Seropeacutedica (vermelha)
Todo o processo eacute estruturado num modelo de representaccedilatildeo denominada ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo que apresenta passo a passo cada avaliaccedilatildeo intermediaacuteria necessaacuteria a se chegar ao
resultado final (mapeamento de Qualidade de Vida)
Figura 1 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica da Pesquisa
32 Base de Dados Socioeconocircmica
No estrato superior do fluxograma apresenta-se a malha e dados censitaacuterios obtida a
partir do acervo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) Constituem os
elementos necessaacuterios para a geraccedilatildeo de mapas temaacuteticos que compotildeem a base de dados
socioeconocircmica do estudo O processo eacute permitido para esta particular aplicaccedilatildeo por meio
da utilizaccedilatildeo do ldquoMoacutedulo de Classificaccedilatildeo e Criaccedilatildeo de Mapas Temaacuteticosrdquo do aplicativo Esri
ArcGIS A coloraccedilatildeo vermelha destas caixas eacute justificada devido agrave possibilidade da base de
dados socioeconocircmica a ser obtida a partir de qualquer outra fonte (ou de ser gerada) e
19
tambeacutem processada por outros aplicativos de acordo com os conhecimentos do analista e
disponibilidade de dados para a localidade de estudo Aleacutem da flexibilidade quanto agrave fonte
dos dados fica a criteacuterio do analista a seleccedilatildeo das variaacuteveis socioeconocircmicas a serem
utilizadas na avaliaccedilatildeo de qualidade de vida Para esta aplicaccedilatildeo a unidade territorial adotada
satildeo os setores censitaacuterios definidos a partir de IBGE (2010)
33 Avaliaccedilatildeo Ambiental
A partir das bases de dados socioeconocircmicos (Renda Analfabetismo Coleta de Lixo
etc) aplica-se formulaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo Ambiental (detalhada na sessatildeo 334) para obtenccedilatildeo
dos mapas de ldquoQualidade de Vidardquo A escolha do algoritmo avaliativo para o processamento
das anaacutelises tambeacutem eacute flexiacutevel a outras formulaccedilotildees e aplicativos a criteacuterio do avaliador
331 A Anaacutelise Ambiental por Geoprocessamento
A Anaacutelise Ambiental ldquoeacute um instrumento fundamental na investigaccedilatildeo interdisciplinar
pois fornece uma gama variada de percepccedilotildees que iratildeo auxiliar no aprofundamento do
conhecimento cientiacuteficordquo (Stipp e Stipp 2004 p24)
Para SILVA amp SOUZA (1998 ldquoapudrdquo Stipp e Stipp 2004 p24) analisar um
ambiente significa desmembraacute-lo em termos de suas partes componentes e apreender as suas
funccedilotildees internas e externas com a consequente criaccedilatildeo de um conjunto integrado de
informaccedilotildees representativo deste conhecimento adquirido
A Anaacutelise Ambiental deve ser compreendida como um instrumento integrador que
encare o meio ambiente sob o acircngulo da preocupaccedilatildeo com o uso que o homem faz dele no
sentido de se contribuir para o desenvolvimento de uma perspectiva interdisciplinar de
investigaccedilatildeo da construccedilatildeo do meio ambiente e da organizaccedilatildeo do espaccedilo (Stipp e Stipp
2004 p24)
A anaacutelise ambiental expressa na realizaccedilatildeo dos diagnoacutesticos zoneamentos e a
avaliaccedilatildeo nos impactos ambientais (Sales 2004 p130) Paralelamente satildeo tratados os planos
de manejo e planejamento dos usos dos espaccedilos naturais e em alguns casos - ainda raros - de
recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas Satildeo esses conjuntos de procedimentos que recebe a rubrica
de anaacutelise ambiental (Mendonccedila 1993 Ross 1990 ldquoapudrdquo Geografia Sistemas e anaacutelise
ambiental abordagem criacutetica 2004 p130)
Logo o processo de anaacutelise ambiental envolve a elaboraccedilatildeo de diagnoacutesticos a
manifestaccedilatildeo de interesse poliacutetico a revelaccedilatildeo de interesse da coletividade envolvida com o
20
intuito de trazer melhorias para uma determinada aacuterea ou trazer antecipadamente diagnoacutesticos
de possiacuteveis situaccedilotildees indesejaacuteveis ou ateacute mesmo prever aacutereas de potencial
332 O Projeto SAGAUFRJ
O Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental (SAGAUFRJ) foi implantado em 1983 no
Departamento de Geografia da UFRJ pelo Prof Dr Jorge Xavier da Silva coordenador do
entatildeo Grupo de Pesquisas em Geoprocessamento (GPG) Foi desenvolvido como um sistema
para aplicaccedilotildees ambientais de faacutecil implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo em equipamentos de baixo custo
o que se tornou possiacutevel principalmente graccedilas ao crescimento da popularidade e uso de
microcomputadores do tipo IBM-PC
Eacute possiacutevel a partir da aplicaccedilatildeo deste ter estimativas de riscos de desmoronamentos e
de enchentes potenciais turiacutesticos e de urbanizaccedilatildeo para fins de preservaccedilatildeo e a anaacutelise da
qualidade de vida em favelas constituem uma pequena amostra das pesquisas realizadas pela
comunidade de usuaacuterios atraveacutes da utilizaccedilatildeo do SAGAUFRJ
Sua primeira versatildeo foi criada na deacutecada de 1980 apresentando mapas com no
maacuteximo 16 cores Nesta eacutepoca o geoprocessamento era bastante limitado pela barreira
tecnoloacutegica Seguindo a evoluccedilatildeo da informaacutetica o Vista Saga tambeacutem foi evoluindo com
novas versotildees mais sofisticadas Hoje o Vista Saga trabalha com cores de 32 bits
viabilizando ateacute a visualizaccedilatildeo em trecircs dimensotildees de aacutereas de estudos
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que o VISTASAGA eacute um projeto totalmente
nacional cresce em meio acadecircmico e sem fins lucrativos Pode ser obtido gratuitamente
atraveacutes do site httpwwwlageopufrjbr
Constituem seus principais moacutedulos de processamento
MONITORIA Este procedimento consiste no levantamento puxado das alteraccedilotildees
ambientais ocorridas em uma determinada situaccedilatildeo ambiental Registros sucessivos de
fenocircmenos ambientais utilizando taxonomias correspondentes (classificaccedilotildees iguais
ou correlacionaacuteveis) podem ser usados para o acompanhamento da evoluccedilatildeo
territorial de processos e ocorrecircncias de interesse
ASSINATURA SIGs permitem a locomoccedilatildeo entre localizaccedilotildees e atributos ou seja a
recuperaccedilatildeo da localizaccedilatildeo a partir da seleccedilatildeo de uma informaccedilatildeo e vice-versa
AVALIACcedilAtildeO Utilizado para realizar estimativas sobre possiacuteveis ocorrecircncias de
fenocircmenos de diversas naturezas segundo diversas intensidades definindo-se a
extensatildeo territorial destas estimativas e suas relaccedilotildees de proximidade e conexatildeo Este
21
moacutedulo gera um mapa do territoacuterio analisado classificando cada local com notas de 0
a 10
333 A Escolha do SAGAUFRJ
Como o proacuteprio nome jaacute diz SAGA ndash Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental tratar-se de
uma ferramenta especiacutefica para o processamento das avaliaccedilotildees ambientais
Contudo nada impede que os mesmos procedimentos sejam aplicados em qualquer
outro software que disponha de recursos que viabilizem a aplicaccedilatildeo metodoloacutegica proposta
O cerne deste trabalho constitui-se na apresentaccedilatildeo da metodologia para tomadas de decisatildeo
no acircmbito de riscos socioambientais de aacutereas urbanas O VISTASAGA foi selecionado
como ferramenta de aplicaccedilatildeo em funccedilatildeo de sua praticidade e profundo conhecimento na
utilizaccedilatildeo do aplicativo se alcanccedilar a finalidade proposta
334 Formulaccedilatildeo da Anaacutelise Ambiental
A formulaccedilatildeo de meacutedia ponderada eacute proposta nas avaliaccedilotildees ambientais moacutedulo
constituinte do sistema SAGA conforme a seguir exposta
Onde
n Nuacutemero de paracircmetros (mapas) utilizados
Ai j Probabilidade de ocorrecircncia do evento analisado no elemento (pixel) ij da matriz
(mapa) resultante
Pk Peso (percentual) da contribuiccedilatildeo do paracircmetro k em relaccedilatildeo aos demais para a
ocorrecircncia do evento analisado
Nk Nota segundo o(s) avaliador (ES) dentro da escala de 0 a 10 da ocorrecircncia do
evento analisado na presenccedila da classe encontrada na linha i coluna j do mapa k
Pixel Aglutinaccedilatildeo de ldquopicture elementrdquo ou seja elemento de imagem Eacute o menor
elemento num dispositivo de exibiccedilatildeo (como por exemplo um monitor) ao qual possibilita
atribuir-se uma cor De modo mais simples um pixel eacute o menor ponto que forma uma
imagem digital sendo que os conjuntos de milhares de pixels formam a imagem inteira A
Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada possui dimensotildees de 31 X 15 ou seja 31
colunas por 15 linhas totalizando 465 pixels (adaptado de MARINO 2005 p4)
22
Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005)
A partir desta formulaccedilatildeo de Anaacutelise Ambiental podem ser feitas as seguintes
proposiccedilotildees tambeacutem segundo XAVIER DA SILVA (2001)
Ai j exprime a probabilidade resultante do produto da formulaccedilatildeo ambiental numa
escala de 0 a 10 para a ocorrecircncia de um evento ou entidade ambiental que seja
causado em princiacutepio pela atuaccedilatildeo convergente dos paracircmetros ambientais nela
considerados
Os dados envolvidos na avaliaccedilatildeo podem ser lanccedilados em uma escala ordinal que
varie entre 0 e 10 ou entre 0 e 100 para que seja gerada uma amplitude de variaccedilatildeo
suficiente a permitir maior percepccedilatildeo da variabilidade das estimativas
A normalizaccedilatildeo dos pesos restritos entre os valores 0 e 1 resulta na definiccedilatildeo do
valor do peso atribuiacutedo a um mapa como o valor maacuteximo que qualquer das classes
daquele mapa pode assumir Por exemplo atribuir um peso de 40 ao paracircmetro
ldquodeclividadesrdquo numa anaacutelise significa que o maacuteximo que uma determinada classe
deste mapa pode contribuir na determinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia do evento
analisado eacute de 4 numa escala de 0 a 10
Com a adoccedilatildeo da meacutedia ponderada estaacute criado um espaccedilo classificatoacuterio que eacute em
princiacutepio ordinal mas que pode admitir grande e variado detalhamento na
classificaccedilatildeo das estimativas
34 Aacutervore de Decisatildeo Qualidade de Vida
O diagrama da Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada eacute denominado ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo (XAVIER DA SILVA 2001) uma vez que propicia em seus diversos niacuteveis apoio
a decisotildees quanto ao seu objetivo formal ou seja estimar a quantidade a localizaccedilatildeo e a
extensatildeo dos movimentos populacionais a serem executados em uma aacuterea tendo em vista a
melhoria da qualidade de vida de seus habitantes
23
Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ)
Cada um dos retacircngulos representa um mapeamento digital de um paracircmetro de
anaacutelise ou uma avaliaccedilatildeo ambiental que tenha sido executada
A inspeccedilatildeo desta aacutervore de decisatildeo como tambeacutem das parciais seguintes possibilita
que se apresentem constataccedilotildees relevantes quanto agrave origem dos dados
No estrato inferior da figura (noacutes folhas da aacutervore) constam os mapas baacutesicos
elaborados e que constituem os componentes ambientais decisivos para as anaacutelises que
se vai empreender e que satildeo resultantes de levantamentos e de interpretaccedilotildees da
realidade ambiental do municiacutepio de Seropeacutedica
Os mapas da realidade ambiental sob a perspectiva da geografia humana utilizados
nos ramos infraestrutura condiccedilotildees sociais e condiccedilotildees de renda foram gerados a
partir dos dados censitaacuterios produzidos por IBGE (2010) referentes agrave Base de
Informaccedilotildees por Setor Censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010
Os mapas derivados e resultantes de anaacutelises mostram-se de forma assimeacutetrica no
modelo e foram elaborados no ambiente do programa VISTASAGA
A estimativa de mais alto niacutevel foi obtida a partir da conjugaccedilatildeo e integraccedilatildeo da
representaccedilatildeo cartograacutefica das Condiccedilotildees de Renda e constitui para o elevado niacutevel
de detalhe possibilitado pela escala e resoluccedilatildeo adotadas a distribuiccedilatildeo territorial de
locais indicados para transposiccedilotildees de assentamentos precaacuterios
24
35 Terminologia Censitaacuteria (IBGE)
A seguir satildeo apresentados alguns termos frequentemente citados nos capiacutetulos que
discutem o aspecto socioeconocircmico dos mapeamentos definidos segundo IBGE (2010)
Domiciacutelio particular - Domiciacutelio onde o relacionamento entre seus ocupantes era
ditado por laccedilos de parentesco de dependecircncia domeacutestica ou por normas de
convivecircncia O domiciacutelio particular eacute classificado em permanente ndash Domiciacutelio
construiacutedo para servir exclusivamente agrave habitaccedilatildeo e na data de referecircncia tinha a
finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas e coletivo - Eacute uma instituiccedilatildeo
ou estabelecimento onde as relaccedilotildees entre as pessoas que nele se encontravam
moradoras ou natildeo era restrita a normas de subordinaccedilatildeo administrativa como em
hoteacuteis moteacuteis camping pensotildees penitenciaacuterias presiacutedios casas de detenccedilatildeo
quarteacuteis postos militares asilos orfanatos conventos hospitais e cliacutenicas (com
internaccedilatildeo) alojamento de trabalhadores ou de estudantes etc
Rendimento mensal - soma do rendimento mensal de trabalho com o rendimento
proveniente de outras fontes
Rendimento mensal familiar ndash A soma dos rendimentos mensais dos componentes
da famiacutelia exclusive os das pessoas cuja condiccedilatildeo na famiacutelia fosse pensionista
empregado domeacutestico ou parente do empregado domeacutestico
Domiciacutelio com esgoto ligado a rede coletora (ou fossa seacuteptica) - quando a
canalizaccedilatildeo das aacuteguas servidas e dos dejetos proveniente do banheiro ou sanitaacuterio
estava ligada a um sistema de coleta que os conduzia a um desaguadouro geral da
aacuterea regiatildeo ou municiacutepio mesmo que o sistema natildeo dispusesse de estaccedilatildeo de
tratamento da mateacuteria esgotada
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados
O nuacutemero de domiciacutelios registrados por setor censitaacuterio no municiacutepio de Seropeacutedica
varia dependendo do setor Para a exposiccedilatildeo dos dados tabulares sob a expressatildeo
cartograacutefica haacute a necessidade de se efetuar o agrupamento desses dados em classes
A formulaccedilatildeo de Sturges (Marino apud 2008) orienta qual deva ser o nuacutemero de
categorias de acordo com a quantidade de dados disponiacuteveis neste caso o nuacutemero total de
116 setores censitaacuterios constituintes da aacuterea de estudo
25
K = 1+ 33log 116 = 1+ 33206 = 1+ 679 asymp 8 classes
352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais)
Eacute importante observar que natildeo faz sentido realizar as classificaccedilotildees a seguir sem
normalizaacute-las pelo campo que tabula a quantidade de domiciacutelios permanentes Para a melhor
compreensatildeo desta citaccedilatildeo segue uma breve ilustraccedilatildeo
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees
SETOR DOM CONECTADOS Agrave REDE ELEacuteTRICA DOMICIacuteLIOS
1 50 100 50
2 50 1000 5
Apesar de ambos setores apresentarem as mesmas quantidades de domiciacutelios
conectados agrave rede de energia eleacutetrica o setor 1 possui apenas 100 domiciacutelios ou seja 50
deste setor eacute atendido pela rede de energia eleacutetrica Analisando agora o setor 2 que tambeacutem
possui 50 domiciacutelios conectados agrave rede eleacutetrica este por sua vez eacute constituiacutedo por 1000
domiciacutelios Em termos percentuais este setor possui apenas 5 de seus domiciacutelios
abastecidos pela rede de energia eleacutetrica o que nos leva a concluir que o setor 1 eacute melhor
servido em relaccedilatildeo ao setor 2 diferentemente de quando olhamos apenas para os valores
absolutos desta amostragem
Sendo assim todos os dados seratildeo sempre classificados normalizados pela quantidade
de domiciacutelios do setor Assim obteacutem-se a resposta em termos percentuais ou seja indexada
pelo universo amostral
26
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA
Para a concepccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica a origem e o formato dos dados
foram exclusivamente apoiados nos resultados do Censo 2010 (IBGE 2010) no niacutevel de
detalhe agrupados pelos setores censitaacuterios
As anaacutelises ambientais da populaccedilatildeo residente na aacuterea de estudos versaram sobre trecircs
principais dimensotildees cada uma delas com seu conjunto de variaacuteveis empregadas
convencionalmente para a detecccedilatildeo dos iacutendices de desenvolvimento humano e de qualidade
de vida
Desta forma foram desenvolvidos mapas temaacuteticos sobre condiccedilotildees de infraestrutura
caracterizadas pelas contribuiccedilotildees do estado e do indiviacuteduo para a qualidade de vida
correspondentes aos cuidados com a coleta de lixo como condiccedilotildees do domiciacutelio quanto
energia eleacutetrica e banheiros conectados ao saneamento baacutesico sobre os aspectos sociais como
nuacutemero de habitantes por domiciacutelio e renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo e das condiccedilotildees
de educaccedilatildeo os itens avaliados satildeo crianccedilas com 5 anos ou mais de idade alfabetizados e
pessoas analfabetas funcionais
41 Unidade territorial Setor censitaacuterio
A unidade territorial adotada para as anaacutelises referentes agrave populaccedilatildeo eacute o setor
censitaacuterio conforme delimitado e identificado por IBGE (2010) A partir do mapeamento da
divisatildeo censitaacuteria disponibilizada no formato vetorial procedimentos de conversatildeo de
formatos foram aplicados atraveacutes do aplicativo Esri ArcGIS para a geraccedilatildeo do formato
matricial RasterSAGA apropriado para as avaliaccedilotildees ambientais a serem realizadas no
ambiente do sistema VistaSAGA
A regiatildeo de estudo abrange o total de 116 setores censitaacuterios como se pode observar a
seguir
27
Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
28
A base de dados cadastrais da populaccedilatildeo em escala dos setores censitaacuterios resultado
do Censo 2010 foi disponibilizada pelo IBGE em 2010 estruturada sob a forma tabular em
duas dimensotildees a saber domiciacutelios e pessoas
Para fins de filtragem dos dados tabulares socioeconocircmicos do IBGE as tabelas
originais para o municiacutepio de Seropeacutedica de domiciacutelios e pessoas foram filtradas para a aacuterea
de estudo pela seleccedilatildeo daqueles setores censitaacuterios restritos apenas ao municiacutepio em questatildeo
Todas as planilhas no formato Microsoft Excel que antes apresentavam aproximadamente
27767 mil registros referente a todos os setores censitaacuterios da Cidade do Rio de Janeiro
passa a ter apenas 116 registros referentes apenas aos setores cobertos pelo municiacutepio de
Seropeacutedica
Tendo em vista que as tabelas originais do IBGE de formato XLS (Microsoft Excel)
trazem o cabeccedilalho (nomes dos campos) em coacutedigo no formato V0001 V0002 V2500 pois
satildeo elaboradas especificamente para o uso no ambiente ESTATCART e sendo inviaacutevel
descrever o significado de cada campo em seu tiacutetulo o IBGE os codifica nos arquivos e
disponibilizam um manual descritivo de cada uma das variaacuteveis por meio do um documento
denominado ldquoCenso Demograacutefico 2010rdquo (IBGE2 2010)
Sendo assim houve tambeacutem um trabalho de interpretaccedilatildeo e pesquisa do referido
manual a fim de localizar os coacutedigos das variaacuteveis necessaacuterias a este projeto de pesquisa
dentre as mais de 3000 disponibilizadas pelo Censo Demograacutefico
A geraccedilatildeo de toda a base temaacutetica socioeconocircmica foi desenvolvida com utilizaccedilatildeo da
ferramenta de classificaccedilatildeo de mapas do SIG Esri ArcGIS
Apoacutes a geraccedilatildeo dos mapas classificatoacuterios realizou-se a conversatildeo dos mapas
temaacuteticos resultantes do formato shape (shp) para o formato matricial RasterSaga (rs2) por
meio do ldquoconversor SHPRS2rdquo aplicativo desenvolvido e disponibilizado pelo
LAGEOPUFRJ
42 Geraccedilatildeo do mapeamento temaacutetico classificatoacuterio
As subseccedilotildees a seguir caracterizam as aacutervores de decisatildeo individualizadas relativas
aos mapas temaacuteticos de infraestrutura aspectos sociais e niacutevel de educaccedilatildeo
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo
Variaacuteveis - Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
- Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
- Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
17
As opccedilotildees por vida saudaacutevel por adquirir conhecimento por morar dignamente e por
atingir e manter um padratildeo de vida decente satildeo condiccedilotildees fundamentais para os seres
humanos e agrave medida que sejam alcanccediladas abrem caminho para outras escolhas igualmente
importantes referentes agrave participaccedilatildeo poliacutetica agrave diversidade cultural aos direitos humanos e agrave
liberdade individual e coletiva (IPEA1998)
Segundo IPEA (1998) o conceito atual de desenvolvimento humano eacute amplo pois
aleacutem de considerar os seres humanos como participantes ativos do processo de
desenvolvimento os tem como beneficiaacuterios do processo produtivo e vecirc suas necessidades
baacutesicas monitoradas a partir dos citados requisitos miacutenimos e de suas escolhas A ideia de
desenvolvimento humano ao integrar todos esses conceitos que sintetizam a capacidade de
bem-estar e da qualidade de vida representa uma noccedilatildeo abrangente de desenvolvimento com
sentido holiacutestico
Os censos demograacuteficos efetuados e entregues pelo IBGE por sua riqueza de dados e
informaccedilotildees permitem que sejam elaborados diversos tipos de iacutendices de desenvolvimento
que podem abarcar os conceitos econocircmicos e sociais
Segundo IPEA (1998) a vantagem de se aproveitar a base de dados censitaacuteria ainda
relativamente pouco explorada em trabalhos cientiacuteficos e teacutecnicos eacute que ela permite
incorporar outras variaacuteveis e dimensotildees agrave anaacutelise do desenvolvimento humano
Os iacutendices sinteacuteticos de desenvolvimento humano ocorrido no Brasil atualmente satildeo
o Iacutendice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e o Iacutendice de Condiccedilotildees de Vida
(ICV) Para sua construccedilatildeo satildeo gerados e empregados diversos indicadores O objetivo do
iacutendice sinteacutetico que permite a comparaccedilatildeo e ordenaccedilatildeo entre comunidades eacute reduzir todos os
indicadores por ponderaccedilotildees e juiacutezos de valor a um iacutendice uacutenico O IDHM para sua
concepccedilatildeo precisa ultrapassar certos conceitos baacutesicos do IDH que foi idealizado para ser
calculado e comparar paiacuteses Para sua avaliaccedilatildeo consideram-se trecircs dimensotildees Educaccedilatildeo
Renda e Longevidade O ICV para a sua construccedilatildeo considera cinco grupos de indicadores
Educaccedilatildeo Renda Habitaccedilatildeo Infacircncia e Longevidade Cada uma dessas dimensotildees eacute
estruturada a partir de diversas variaacuteveis
Esses iacutendices tecircm sido empregados no Brasil com a incorporaccedilatildeo dos dados censitaacuterios
histoacutericos estando mais difundidos os relativos aos censos de 1970 a 2000 Tanto o IDHM
como o ICV generalizam os dados para municiacutepios e permitem a comparaccedilatildeo segundo essas
unidades
18
3 METODOLOGIA DE PESQUISA
31 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica
A Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada ilustra os materiais e processos
aplicados nesta pesquisa As caixas foram coloridas de modo a diferenciar os produtos e os
processos especiacuteficos da metodologia apresentada (violeta) da aplicaccedilatildeo especiacutefica para o
Municiacutepio de Seropeacutedica (vermelha)
Todo o processo eacute estruturado num modelo de representaccedilatildeo denominada ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo que apresenta passo a passo cada avaliaccedilatildeo intermediaacuteria necessaacuteria a se chegar ao
resultado final (mapeamento de Qualidade de Vida)
Figura 1 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica da Pesquisa
32 Base de Dados Socioeconocircmica
No estrato superior do fluxograma apresenta-se a malha e dados censitaacuterios obtida a
partir do acervo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) Constituem os
elementos necessaacuterios para a geraccedilatildeo de mapas temaacuteticos que compotildeem a base de dados
socioeconocircmica do estudo O processo eacute permitido para esta particular aplicaccedilatildeo por meio
da utilizaccedilatildeo do ldquoMoacutedulo de Classificaccedilatildeo e Criaccedilatildeo de Mapas Temaacuteticosrdquo do aplicativo Esri
ArcGIS A coloraccedilatildeo vermelha destas caixas eacute justificada devido agrave possibilidade da base de
dados socioeconocircmica a ser obtida a partir de qualquer outra fonte (ou de ser gerada) e
19
tambeacutem processada por outros aplicativos de acordo com os conhecimentos do analista e
disponibilidade de dados para a localidade de estudo Aleacutem da flexibilidade quanto agrave fonte
dos dados fica a criteacuterio do analista a seleccedilatildeo das variaacuteveis socioeconocircmicas a serem
utilizadas na avaliaccedilatildeo de qualidade de vida Para esta aplicaccedilatildeo a unidade territorial adotada
satildeo os setores censitaacuterios definidos a partir de IBGE (2010)
33 Avaliaccedilatildeo Ambiental
A partir das bases de dados socioeconocircmicos (Renda Analfabetismo Coleta de Lixo
etc) aplica-se formulaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo Ambiental (detalhada na sessatildeo 334) para obtenccedilatildeo
dos mapas de ldquoQualidade de Vidardquo A escolha do algoritmo avaliativo para o processamento
das anaacutelises tambeacutem eacute flexiacutevel a outras formulaccedilotildees e aplicativos a criteacuterio do avaliador
331 A Anaacutelise Ambiental por Geoprocessamento
A Anaacutelise Ambiental ldquoeacute um instrumento fundamental na investigaccedilatildeo interdisciplinar
pois fornece uma gama variada de percepccedilotildees que iratildeo auxiliar no aprofundamento do
conhecimento cientiacuteficordquo (Stipp e Stipp 2004 p24)
Para SILVA amp SOUZA (1998 ldquoapudrdquo Stipp e Stipp 2004 p24) analisar um
ambiente significa desmembraacute-lo em termos de suas partes componentes e apreender as suas
funccedilotildees internas e externas com a consequente criaccedilatildeo de um conjunto integrado de
informaccedilotildees representativo deste conhecimento adquirido
A Anaacutelise Ambiental deve ser compreendida como um instrumento integrador que
encare o meio ambiente sob o acircngulo da preocupaccedilatildeo com o uso que o homem faz dele no
sentido de se contribuir para o desenvolvimento de uma perspectiva interdisciplinar de
investigaccedilatildeo da construccedilatildeo do meio ambiente e da organizaccedilatildeo do espaccedilo (Stipp e Stipp
2004 p24)
A anaacutelise ambiental expressa na realizaccedilatildeo dos diagnoacutesticos zoneamentos e a
avaliaccedilatildeo nos impactos ambientais (Sales 2004 p130) Paralelamente satildeo tratados os planos
de manejo e planejamento dos usos dos espaccedilos naturais e em alguns casos - ainda raros - de
recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas Satildeo esses conjuntos de procedimentos que recebe a rubrica
de anaacutelise ambiental (Mendonccedila 1993 Ross 1990 ldquoapudrdquo Geografia Sistemas e anaacutelise
ambiental abordagem criacutetica 2004 p130)
Logo o processo de anaacutelise ambiental envolve a elaboraccedilatildeo de diagnoacutesticos a
manifestaccedilatildeo de interesse poliacutetico a revelaccedilatildeo de interesse da coletividade envolvida com o
20
intuito de trazer melhorias para uma determinada aacuterea ou trazer antecipadamente diagnoacutesticos
de possiacuteveis situaccedilotildees indesejaacuteveis ou ateacute mesmo prever aacutereas de potencial
332 O Projeto SAGAUFRJ
O Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental (SAGAUFRJ) foi implantado em 1983 no
Departamento de Geografia da UFRJ pelo Prof Dr Jorge Xavier da Silva coordenador do
entatildeo Grupo de Pesquisas em Geoprocessamento (GPG) Foi desenvolvido como um sistema
para aplicaccedilotildees ambientais de faacutecil implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo em equipamentos de baixo custo
o que se tornou possiacutevel principalmente graccedilas ao crescimento da popularidade e uso de
microcomputadores do tipo IBM-PC
Eacute possiacutevel a partir da aplicaccedilatildeo deste ter estimativas de riscos de desmoronamentos e
de enchentes potenciais turiacutesticos e de urbanizaccedilatildeo para fins de preservaccedilatildeo e a anaacutelise da
qualidade de vida em favelas constituem uma pequena amostra das pesquisas realizadas pela
comunidade de usuaacuterios atraveacutes da utilizaccedilatildeo do SAGAUFRJ
Sua primeira versatildeo foi criada na deacutecada de 1980 apresentando mapas com no
maacuteximo 16 cores Nesta eacutepoca o geoprocessamento era bastante limitado pela barreira
tecnoloacutegica Seguindo a evoluccedilatildeo da informaacutetica o Vista Saga tambeacutem foi evoluindo com
novas versotildees mais sofisticadas Hoje o Vista Saga trabalha com cores de 32 bits
viabilizando ateacute a visualizaccedilatildeo em trecircs dimensotildees de aacutereas de estudos
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que o VISTASAGA eacute um projeto totalmente
nacional cresce em meio acadecircmico e sem fins lucrativos Pode ser obtido gratuitamente
atraveacutes do site httpwwwlageopufrjbr
Constituem seus principais moacutedulos de processamento
MONITORIA Este procedimento consiste no levantamento puxado das alteraccedilotildees
ambientais ocorridas em uma determinada situaccedilatildeo ambiental Registros sucessivos de
fenocircmenos ambientais utilizando taxonomias correspondentes (classificaccedilotildees iguais
ou correlacionaacuteveis) podem ser usados para o acompanhamento da evoluccedilatildeo
territorial de processos e ocorrecircncias de interesse
ASSINATURA SIGs permitem a locomoccedilatildeo entre localizaccedilotildees e atributos ou seja a
recuperaccedilatildeo da localizaccedilatildeo a partir da seleccedilatildeo de uma informaccedilatildeo e vice-versa
AVALIACcedilAtildeO Utilizado para realizar estimativas sobre possiacuteveis ocorrecircncias de
fenocircmenos de diversas naturezas segundo diversas intensidades definindo-se a
extensatildeo territorial destas estimativas e suas relaccedilotildees de proximidade e conexatildeo Este
21
moacutedulo gera um mapa do territoacuterio analisado classificando cada local com notas de 0
a 10
333 A Escolha do SAGAUFRJ
Como o proacuteprio nome jaacute diz SAGA ndash Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental tratar-se de
uma ferramenta especiacutefica para o processamento das avaliaccedilotildees ambientais
Contudo nada impede que os mesmos procedimentos sejam aplicados em qualquer
outro software que disponha de recursos que viabilizem a aplicaccedilatildeo metodoloacutegica proposta
O cerne deste trabalho constitui-se na apresentaccedilatildeo da metodologia para tomadas de decisatildeo
no acircmbito de riscos socioambientais de aacutereas urbanas O VISTASAGA foi selecionado
como ferramenta de aplicaccedilatildeo em funccedilatildeo de sua praticidade e profundo conhecimento na
utilizaccedilatildeo do aplicativo se alcanccedilar a finalidade proposta
334 Formulaccedilatildeo da Anaacutelise Ambiental
A formulaccedilatildeo de meacutedia ponderada eacute proposta nas avaliaccedilotildees ambientais moacutedulo
constituinte do sistema SAGA conforme a seguir exposta
Onde
n Nuacutemero de paracircmetros (mapas) utilizados
Ai j Probabilidade de ocorrecircncia do evento analisado no elemento (pixel) ij da matriz
(mapa) resultante
Pk Peso (percentual) da contribuiccedilatildeo do paracircmetro k em relaccedilatildeo aos demais para a
ocorrecircncia do evento analisado
Nk Nota segundo o(s) avaliador (ES) dentro da escala de 0 a 10 da ocorrecircncia do
evento analisado na presenccedila da classe encontrada na linha i coluna j do mapa k
Pixel Aglutinaccedilatildeo de ldquopicture elementrdquo ou seja elemento de imagem Eacute o menor
elemento num dispositivo de exibiccedilatildeo (como por exemplo um monitor) ao qual possibilita
atribuir-se uma cor De modo mais simples um pixel eacute o menor ponto que forma uma
imagem digital sendo que os conjuntos de milhares de pixels formam a imagem inteira A
Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada possui dimensotildees de 31 X 15 ou seja 31
colunas por 15 linhas totalizando 465 pixels (adaptado de MARINO 2005 p4)
22
Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005)
A partir desta formulaccedilatildeo de Anaacutelise Ambiental podem ser feitas as seguintes
proposiccedilotildees tambeacutem segundo XAVIER DA SILVA (2001)
Ai j exprime a probabilidade resultante do produto da formulaccedilatildeo ambiental numa
escala de 0 a 10 para a ocorrecircncia de um evento ou entidade ambiental que seja
causado em princiacutepio pela atuaccedilatildeo convergente dos paracircmetros ambientais nela
considerados
Os dados envolvidos na avaliaccedilatildeo podem ser lanccedilados em uma escala ordinal que
varie entre 0 e 10 ou entre 0 e 100 para que seja gerada uma amplitude de variaccedilatildeo
suficiente a permitir maior percepccedilatildeo da variabilidade das estimativas
A normalizaccedilatildeo dos pesos restritos entre os valores 0 e 1 resulta na definiccedilatildeo do
valor do peso atribuiacutedo a um mapa como o valor maacuteximo que qualquer das classes
daquele mapa pode assumir Por exemplo atribuir um peso de 40 ao paracircmetro
ldquodeclividadesrdquo numa anaacutelise significa que o maacuteximo que uma determinada classe
deste mapa pode contribuir na determinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia do evento
analisado eacute de 4 numa escala de 0 a 10
Com a adoccedilatildeo da meacutedia ponderada estaacute criado um espaccedilo classificatoacuterio que eacute em
princiacutepio ordinal mas que pode admitir grande e variado detalhamento na
classificaccedilatildeo das estimativas
34 Aacutervore de Decisatildeo Qualidade de Vida
O diagrama da Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada eacute denominado ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo (XAVIER DA SILVA 2001) uma vez que propicia em seus diversos niacuteveis apoio
a decisotildees quanto ao seu objetivo formal ou seja estimar a quantidade a localizaccedilatildeo e a
extensatildeo dos movimentos populacionais a serem executados em uma aacuterea tendo em vista a
melhoria da qualidade de vida de seus habitantes
23
Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ)
Cada um dos retacircngulos representa um mapeamento digital de um paracircmetro de
anaacutelise ou uma avaliaccedilatildeo ambiental que tenha sido executada
A inspeccedilatildeo desta aacutervore de decisatildeo como tambeacutem das parciais seguintes possibilita
que se apresentem constataccedilotildees relevantes quanto agrave origem dos dados
No estrato inferior da figura (noacutes folhas da aacutervore) constam os mapas baacutesicos
elaborados e que constituem os componentes ambientais decisivos para as anaacutelises que
se vai empreender e que satildeo resultantes de levantamentos e de interpretaccedilotildees da
realidade ambiental do municiacutepio de Seropeacutedica
Os mapas da realidade ambiental sob a perspectiva da geografia humana utilizados
nos ramos infraestrutura condiccedilotildees sociais e condiccedilotildees de renda foram gerados a
partir dos dados censitaacuterios produzidos por IBGE (2010) referentes agrave Base de
Informaccedilotildees por Setor Censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010
Os mapas derivados e resultantes de anaacutelises mostram-se de forma assimeacutetrica no
modelo e foram elaborados no ambiente do programa VISTASAGA
A estimativa de mais alto niacutevel foi obtida a partir da conjugaccedilatildeo e integraccedilatildeo da
representaccedilatildeo cartograacutefica das Condiccedilotildees de Renda e constitui para o elevado niacutevel
de detalhe possibilitado pela escala e resoluccedilatildeo adotadas a distribuiccedilatildeo territorial de
locais indicados para transposiccedilotildees de assentamentos precaacuterios
24
35 Terminologia Censitaacuteria (IBGE)
A seguir satildeo apresentados alguns termos frequentemente citados nos capiacutetulos que
discutem o aspecto socioeconocircmico dos mapeamentos definidos segundo IBGE (2010)
Domiciacutelio particular - Domiciacutelio onde o relacionamento entre seus ocupantes era
ditado por laccedilos de parentesco de dependecircncia domeacutestica ou por normas de
convivecircncia O domiciacutelio particular eacute classificado em permanente ndash Domiciacutelio
construiacutedo para servir exclusivamente agrave habitaccedilatildeo e na data de referecircncia tinha a
finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas e coletivo - Eacute uma instituiccedilatildeo
ou estabelecimento onde as relaccedilotildees entre as pessoas que nele se encontravam
moradoras ou natildeo era restrita a normas de subordinaccedilatildeo administrativa como em
hoteacuteis moteacuteis camping pensotildees penitenciaacuterias presiacutedios casas de detenccedilatildeo
quarteacuteis postos militares asilos orfanatos conventos hospitais e cliacutenicas (com
internaccedilatildeo) alojamento de trabalhadores ou de estudantes etc
Rendimento mensal - soma do rendimento mensal de trabalho com o rendimento
proveniente de outras fontes
Rendimento mensal familiar ndash A soma dos rendimentos mensais dos componentes
da famiacutelia exclusive os das pessoas cuja condiccedilatildeo na famiacutelia fosse pensionista
empregado domeacutestico ou parente do empregado domeacutestico
Domiciacutelio com esgoto ligado a rede coletora (ou fossa seacuteptica) - quando a
canalizaccedilatildeo das aacuteguas servidas e dos dejetos proveniente do banheiro ou sanitaacuterio
estava ligada a um sistema de coleta que os conduzia a um desaguadouro geral da
aacuterea regiatildeo ou municiacutepio mesmo que o sistema natildeo dispusesse de estaccedilatildeo de
tratamento da mateacuteria esgotada
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados
O nuacutemero de domiciacutelios registrados por setor censitaacuterio no municiacutepio de Seropeacutedica
varia dependendo do setor Para a exposiccedilatildeo dos dados tabulares sob a expressatildeo
cartograacutefica haacute a necessidade de se efetuar o agrupamento desses dados em classes
A formulaccedilatildeo de Sturges (Marino apud 2008) orienta qual deva ser o nuacutemero de
categorias de acordo com a quantidade de dados disponiacuteveis neste caso o nuacutemero total de
116 setores censitaacuterios constituintes da aacuterea de estudo
25
K = 1+ 33log 116 = 1+ 33206 = 1+ 679 asymp 8 classes
352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais)
Eacute importante observar que natildeo faz sentido realizar as classificaccedilotildees a seguir sem
normalizaacute-las pelo campo que tabula a quantidade de domiciacutelios permanentes Para a melhor
compreensatildeo desta citaccedilatildeo segue uma breve ilustraccedilatildeo
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees
SETOR DOM CONECTADOS Agrave REDE ELEacuteTRICA DOMICIacuteLIOS
1 50 100 50
2 50 1000 5
Apesar de ambos setores apresentarem as mesmas quantidades de domiciacutelios
conectados agrave rede de energia eleacutetrica o setor 1 possui apenas 100 domiciacutelios ou seja 50
deste setor eacute atendido pela rede de energia eleacutetrica Analisando agora o setor 2 que tambeacutem
possui 50 domiciacutelios conectados agrave rede eleacutetrica este por sua vez eacute constituiacutedo por 1000
domiciacutelios Em termos percentuais este setor possui apenas 5 de seus domiciacutelios
abastecidos pela rede de energia eleacutetrica o que nos leva a concluir que o setor 1 eacute melhor
servido em relaccedilatildeo ao setor 2 diferentemente de quando olhamos apenas para os valores
absolutos desta amostragem
Sendo assim todos os dados seratildeo sempre classificados normalizados pela quantidade
de domiciacutelios do setor Assim obteacutem-se a resposta em termos percentuais ou seja indexada
pelo universo amostral
26
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA
Para a concepccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica a origem e o formato dos dados
foram exclusivamente apoiados nos resultados do Censo 2010 (IBGE 2010) no niacutevel de
detalhe agrupados pelos setores censitaacuterios
As anaacutelises ambientais da populaccedilatildeo residente na aacuterea de estudos versaram sobre trecircs
principais dimensotildees cada uma delas com seu conjunto de variaacuteveis empregadas
convencionalmente para a detecccedilatildeo dos iacutendices de desenvolvimento humano e de qualidade
de vida
Desta forma foram desenvolvidos mapas temaacuteticos sobre condiccedilotildees de infraestrutura
caracterizadas pelas contribuiccedilotildees do estado e do indiviacuteduo para a qualidade de vida
correspondentes aos cuidados com a coleta de lixo como condiccedilotildees do domiciacutelio quanto
energia eleacutetrica e banheiros conectados ao saneamento baacutesico sobre os aspectos sociais como
nuacutemero de habitantes por domiciacutelio e renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo e das condiccedilotildees
de educaccedilatildeo os itens avaliados satildeo crianccedilas com 5 anos ou mais de idade alfabetizados e
pessoas analfabetas funcionais
41 Unidade territorial Setor censitaacuterio
A unidade territorial adotada para as anaacutelises referentes agrave populaccedilatildeo eacute o setor
censitaacuterio conforme delimitado e identificado por IBGE (2010) A partir do mapeamento da
divisatildeo censitaacuteria disponibilizada no formato vetorial procedimentos de conversatildeo de
formatos foram aplicados atraveacutes do aplicativo Esri ArcGIS para a geraccedilatildeo do formato
matricial RasterSAGA apropriado para as avaliaccedilotildees ambientais a serem realizadas no
ambiente do sistema VistaSAGA
A regiatildeo de estudo abrange o total de 116 setores censitaacuterios como se pode observar a
seguir
27
Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
28
A base de dados cadastrais da populaccedilatildeo em escala dos setores censitaacuterios resultado
do Censo 2010 foi disponibilizada pelo IBGE em 2010 estruturada sob a forma tabular em
duas dimensotildees a saber domiciacutelios e pessoas
Para fins de filtragem dos dados tabulares socioeconocircmicos do IBGE as tabelas
originais para o municiacutepio de Seropeacutedica de domiciacutelios e pessoas foram filtradas para a aacuterea
de estudo pela seleccedilatildeo daqueles setores censitaacuterios restritos apenas ao municiacutepio em questatildeo
Todas as planilhas no formato Microsoft Excel que antes apresentavam aproximadamente
27767 mil registros referente a todos os setores censitaacuterios da Cidade do Rio de Janeiro
passa a ter apenas 116 registros referentes apenas aos setores cobertos pelo municiacutepio de
Seropeacutedica
Tendo em vista que as tabelas originais do IBGE de formato XLS (Microsoft Excel)
trazem o cabeccedilalho (nomes dos campos) em coacutedigo no formato V0001 V0002 V2500 pois
satildeo elaboradas especificamente para o uso no ambiente ESTATCART e sendo inviaacutevel
descrever o significado de cada campo em seu tiacutetulo o IBGE os codifica nos arquivos e
disponibilizam um manual descritivo de cada uma das variaacuteveis por meio do um documento
denominado ldquoCenso Demograacutefico 2010rdquo (IBGE2 2010)
Sendo assim houve tambeacutem um trabalho de interpretaccedilatildeo e pesquisa do referido
manual a fim de localizar os coacutedigos das variaacuteveis necessaacuterias a este projeto de pesquisa
dentre as mais de 3000 disponibilizadas pelo Censo Demograacutefico
A geraccedilatildeo de toda a base temaacutetica socioeconocircmica foi desenvolvida com utilizaccedilatildeo da
ferramenta de classificaccedilatildeo de mapas do SIG Esri ArcGIS
Apoacutes a geraccedilatildeo dos mapas classificatoacuterios realizou-se a conversatildeo dos mapas
temaacuteticos resultantes do formato shape (shp) para o formato matricial RasterSaga (rs2) por
meio do ldquoconversor SHPRS2rdquo aplicativo desenvolvido e disponibilizado pelo
LAGEOPUFRJ
42 Geraccedilatildeo do mapeamento temaacutetico classificatoacuterio
As subseccedilotildees a seguir caracterizam as aacutervores de decisatildeo individualizadas relativas
aos mapas temaacuteticos de infraestrutura aspectos sociais e niacutevel de educaccedilatildeo
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo
Variaacuteveis - Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
- Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
- Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
18
3 METODOLOGIA DE PESQUISA
31 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica
A Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada ilustra os materiais e processos
aplicados nesta pesquisa As caixas foram coloridas de modo a diferenciar os produtos e os
processos especiacuteficos da metodologia apresentada (violeta) da aplicaccedilatildeo especiacutefica para o
Municiacutepio de Seropeacutedica (vermelha)
Todo o processo eacute estruturado num modelo de representaccedilatildeo denominada ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo que apresenta passo a passo cada avaliaccedilatildeo intermediaacuteria necessaacuteria a se chegar ao
resultado final (mapeamento de Qualidade de Vida)
Figura 1 Organizaccedilatildeo Metodoloacutegica da Pesquisa
32 Base de Dados Socioeconocircmica
No estrato superior do fluxograma apresenta-se a malha e dados censitaacuterios obtida a
partir do acervo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica (IBGE) Constituem os
elementos necessaacuterios para a geraccedilatildeo de mapas temaacuteticos que compotildeem a base de dados
socioeconocircmica do estudo O processo eacute permitido para esta particular aplicaccedilatildeo por meio
da utilizaccedilatildeo do ldquoMoacutedulo de Classificaccedilatildeo e Criaccedilatildeo de Mapas Temaacuteticosrdquo do aplicativo Esri
ArcGIS A coloraccedilatildeo vermelha destas caixas eacute justificada devido agrave possibilidade da base de
dados socioeconocircmica a ser obtida a partir de qualquer outra fonte (ou de ser gerada) e
19
tambeacutem processada por outros aplicativos de acordo com os conhecimentos do analista e
disponibilidade de dados para a localidade de estudo Aleacutem da flexibilidade quanto agrave fonte
dos dados fica a criteacuterio do analista a seleccedilatildeo das variaacuteveis socioeconocircmicas a serem
utilizadas na avaliaccedilatildeo de qualidade de vida Para esta aplicaccedilatildeo a unidade territorial adotada
satildeo os setores censitaacuterios definidos a partir de IBGE (2010)
33 Avaliaccedilatildeo Ambiental
A partir das bases de dados socioeconocircmicos (Renda Analfabetismo Coleta de Lixo
etc) aplica-se formulaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo Ambiental (detalhada na sessatildeo 334) para obtenccedilatildeo
dos mapas de ldquoQualidade de Vidardquo A escolha do algoritmo avaliativo para o processamento
das anaacutelises tambeacutem eacute flexiacutevel a outras formulaccedilotildees e aplicativos a criteacuterio do avaliador
331 A Anaacutelise Ambiental por Geoprocessamento
A Anaacutelise Ambiental ldquoeacute um instrumento fundamental na investigaccedilatildeo interdisciplinar
pois fornece uma gama variada de percepccedilotildees que iratildeo auxiliar no aprofundamento do
conhecimento cientiacuteficordquo (Stipp e Stipp 2004 p24)
Para SILVA amp SOUZA (1998 ldquoapudrdquo Stipp e Stipp 2004 p24) analisar um
ambiente significa desmembraacute-lo em termos de suas partes componentes e apreender as suas
funccedilotildees internas e externas com a consequente criaccedilatildeo de um conjunto integrado de
informaccedilotildees representativo deste conhecimento adquirido
A Anaacutelise Ambiental deve ser compreendida como um instrumento integrador que
encare o meio ambiente sob o acircngulo da preocupaccedilatildeo com o uso que o homem faz dele no
sentido de se contribuir para o desenvolvimento de uma perspectiva interdisciplinar de
investigaccedilatildeo da construccedilatildeo do meio ambiente e da organizaccedilatildeo do espaccedilo (Stipp e Stipp
2004 p24)
A anaacutelise ambiental expressa na realizaccedilatildeo dos diagnoacutesticos zoneamentos e a
avaliaccedilatildeo nos impactos ambientais (Sales 2004 p130) Paralelamente satildeo tratados os planos
de manejo e planejamento dos usos dos espaccedilos naturais e em alguns casos - ainda raros - de
recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas Satildeo esses conjuntos de procedimentos que recebe a rubrica
de anaacutelise ambiental (Mendonccedila 1993 Ross 1990 ldquoapudrdquo Geografia Sistemas e anaacutelise
ambiental abordagem criacutetica 2004 p130)
Logo o processo de anaacutelise ambiental envolve a elaboraccedilatildeo de diagnoacutesticos a
manifestaccedilatildeo de interesse poliacutetico a revelaccedilatildeo de interesse da coletividade envolvida com o
20
intuito de trazer melhorias para uma determinada aacuterea ou trazer antecipadamente diagnoacutesticos
de possiacuteveis situaccedilotildees indesejaacuteveis ou ateacute mesmo prever aacutereas de potencial
332 O Projeto SAGAUFRJ
O Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental (SAGAUFRJ) foi implantado em 1983 no
Departamento de Geografia da UFRJ pelo Prof Dr Jorge Xavier da Silva coordenador do
entatildeo Grupo de Pesquisas em Geoprocessamento (GPG) Foi desenvolvido como um sistema
para aplicaccedilotildees ambientais de faacutecil implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo em equipamentos de baixo custo
o que se tornou possiacutevel principalmente graccedilas ao crescimento da popularidade e uso de
microcomputadores do tipo IBM-PC
Eacute possiacutevel a partir da aplicaccedilatildeo deste ter estimativas de riscos de desmoronamentos e
de enchentes potenciais turiacutesticos e de urbanizaccedilatildeo para fins de preservaccedilatildeo e a anaacutelise da
qualidade de vida em favelas constituem uma pequena amostra das pesquisas realizadas pela
comunidade de usuaacuterios atraveacutes da utilizaccedilatildeo do SAGAUFRJ
Sua primeira versatildeo foi criada na deacutecada de 1980 apresentando mapas com no
maacuteximo 16 cores Nesta eacutepoca o geoprocessamento era bastante limitado pela barreira
tecnoloacutegica Seguindo a evoluccedilatildeo da informaacutetica o Vista Saga tambeacutem foi evoluindo com
novas versotildees mais sofisticadas Hoje o Vista Saga trabalha com cores de 32 bits
viabilizando ateacute a visualizaccedilatildeo em trecircs dimensotildees de aacutereas de estudos
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que o VISTASAGA eacute um projeto totalmente
nacional cresce em meio acadecircmico e sem fins lucrativos Pode ser obtido gratuitamente
atraveacutes do site httpwwwlageopufrjbr
Constituem seus principais moacutedulos de processamento
MONITORIA Este procedimento consiste no levantamento puxado das alteraccedilotildees
ambientais ocorridas em uma determinada situaccedilatildeo ambiental Registros sucessivos de
fenocircmenos ambientais utilizando taxonomias correspondentes (classificaccedilotildees iguais
ou correlacionaacuteveis) podem ser usados para o acompanhamento da evoluccedilatildeo
territorial de processos e ocorrecircncias de interesse
ASSINATURA SIGs permitem a locomoccedilatildeo entre localizaccedilotildees e atributos ou seja a
recuperaccedilatildeo da localizaccedilatildeo a partir da seleccedilatildeo de uma informaccedilatildeo e vice-versa
AVALIACcedilAtildeO Utilizado para realizar estimativas sobre possiacuteveis ocorrecircncias de
fenocircmenos de diversas naturezas segundo diversas intensidades definindo-se a
extensatildeo territorial destas estimativas e suas relaccedilotildees de proximidade e conexatildeo Este
21
moacutedulo gera um mapa do territoacuterio analisado classificando cada local com notas de 0
a 10
333 A Escolha do SAGAUFRJ
Como o proacuteprio nome jaacute diz SAGA ndash Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental tratar-se de
uma ferramenta especiacutefica para o processamento das avaliaccedilotildees ambientais
Contudo nada impede que os mesmos procedimentos sejam aplicados em qualquer
outro software que disponha de recursos que viabilizem a aplicaccedilatildeo metodoloacutegica proposta
O cerne deste trabalho constitui-se na apresentaccedilatildeo da metodologia para tomadas de decisatildeo
no acircmbito de riscos socioambientais de aacutereas urbanas O VISTASAGA foi selecionado
como ferramenta de aplicaccedilatildeo em funccedilatildeo de sua praticidade e profundo conhecimento na
utilizaccedilatildeo do aplicativo se alcanccedilar a finalidade proposta
334 Formulaccedilatildeo da Anaacutelise Ambiental
A formulaccedilatildeo de meacutedia ponderada eacute proposta nas avaliaccedilotildees ambientais moacutedulo
constituinte do sistema SAGA conforme a seguir exposta
Onde
n Nuacutemero de paracircmetros (mapas) utilizados
Ai j Probabilidade de ocorrecircncia do evento analisado no elemento (pixel) ij da matriz
(mapa) resultante
Pk Peso (percentual) da contribuiccedilatildeo do paracircmetro k em relaccedilatildeo aos demais para a
ocorrecircncia do evento analisado
Nk Nota segundo o(s) avaliador (ES) dentro da escala de 0 a 10 da ocorrecircncia do
evento analisado na presenccedila da classe encontrada na linha i coluna j do mapa k
Pixel Aglutinaccedilatildeo de ldquopicture elementrdquo ou seja elemento de imagem Eacute o menor
elemento num dispositivo de exibiccedilatildeo (como por exemplo um monitor) ao qual possibilita
atribuir-se uma cor De modo mais simples um pixel eacute o menor ponto que forma uma
imagem digital sendo que os conjuntos de milhares de pixels formam a imagem inteira A
Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada possui dimensotildees de 31 X 15 ou seja 31
colunas por 15 linhas totalizando 465 pixels (adaptado de MARINO 2005 p4)
22
Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005)
A partir desta formulaccedilatildeo de Anaacutelise Ambiental podem ser feitas as seguintes
proposiccedilotildees tambeacutem segundo XAVIER DA SILVA (2001)
Ai j exprime a probabilidade resultante do produto da formulaccedilatildeo ambiental numa
escala de 0 a 10 para a ocorrecircncia de um evento ou entidade ambiental que seja
causado em princiacutepio pela atuaccedilatildeo convergente dos paracircmetros ambientais nela
considerados
Os dados envolvidos na avaliaccedilatildeo podem ser lanccedilados em uma escala ordinal que
varie entre 0 e 10 ou entre 0 e 100 para que seja gerada uma amplitude de variaccedilatildeo
suficiente a permitir maior percepccedilatildeo da variabilidade das estimativas
A normalizaccedilatildeo dos pesos restritos entre os valores 0 e 1 resulta na definiccedilatildeo do
valor do peso atribuiacutedo a um mapa como o valor maacuteximo que qualquer das classes
daquele mapa pode assumir Por exemplo atribuir um peso de 40 ao paracircmetro
ldquodeclividadesrdquo numa anaacutelise significa que o maacuteximo que uma determinada classe
deste mapa pode contribuir na determinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia do evento
analisado eacute de 4 numa escala de 0 a 10
Com a adoccedilatildeo da meacutedia ponderada estaacute criado um espaccedilo classificatoacuterio que eacute em
princiacutepio ordinal mas que pode admitir grande e variado detalhamento na
classificaccedilatildeo das estimativas
34 Aacutervore de Decisatildeo Qualidade de Vida
O diagrama da Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada eacute denominado ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo (XAVIER DA SILVA 2001) uma vez que propicia em seus diversos niacuteveis apoio
a decisotildees quanto ao seu objetivo formal ou seja estimar a quantidade a localizaccedilatildeo e a
extensatildeo dos movimentos populacionais a serem executados em uma aacuterea tendo em vista a
melhoria da qualidade de vida de seus habitantes
23
Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ)
Cada um dos retacircngulos representa um mapeamento digital de um paracircmetro de
anaacutelise ou uma avaliaccedilatildeo ambiental que tenha sido executada
A inspeccedilatildeo desta aacutervore de decisatildeo como tambeacutem das parciais seguintes possibilita
que se apresentem constataccedilotildees relevantes quanto agrave origem dos dados
No estrato inferior da figura (noacutes folhas da aacutervore) constam os mapas baacutesicos
elaborados e que constituem os componentes ambientais decisivos para as anaacutelises que
se vai empreender e que satildeo resultantes de levantamentos e de interpretaccedilotildees da
realidade ambiental do municiacutepio de Seropeacutedica
Os mapas da realidade ambiental sob a perspectiva da geografia humana utilizados
nos ramos infraestrutura condiccedilotildees sociais e condiccedilotildees de renda foram gerados a
partir dos dados censitaacuterios produzidos por IBGE (2010) referentes agrave Base de
Informaccedilotildees por Setor Censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010
Os mapas derivados e resultantes de anaacutelises mostram-se de forma assimeacutetrica no
modelo e foram elaborados no ambiente do programa VISTASAGA
A estimativa de mais alto niacutevel foi obtida a partir da conjugaccedilatildeo e integraccedilatildeo da
representaccedilatildeo cartograacutefica das Condiccedilotildees de Renda e constitui para o elevado niacutevel
de detalhe possibilitado pela escala e resoluccedilatildeo adotadas a distribuiccedilatildeo territorial de
locais indicados para transposiccedilotildees de assentamentos precaacuterios
24
35 Terminologia Censitaacuteria (IBGE)
A seguir satildeo apresentados alguns termos frequentemente citados nos capiacutetulos que
discutem o aspecto socioeconocircmico dos mapeamentos definidos segundo IBGE (2010)
Domiciacutelio particular - Domiciacutelio onde o relacionamento entre seus ocupantes era
ditado por laccedilos de parentesco de dependecircncia domeacutestica ou por normas de
convivecircncia O domiciacutelio particular eacute classificado em permanente ndash Domiciacutelio
construiacutedo para servir exclusivamente agrave habitaccedilatildeo e na data de referecircncia tinha a
finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas e coletivo - Eacute uma instituiccedilatildeo
ou estabelecimento onde as relaccedilotildees entre as pessoas que nele se encontravam
moradoras ou natildeo era restrita a normas de subordinaccedilatildeo administrativa como em
hoteacuteis moteacuteis camping pensotildees penitenciaacuterias presiacutedios casas de detenccedilatildeo
quarteacuteis postos militares asilos orfanatos conventos hospitais e cliacutenicas (com
internaccedilatildeo) alojamento de trabalhadores ou de estudantes etc
Rendimento mensal - soma do rendimento mensal de trabalho com o rendimento
proveniente de outras fontes
Rendimento mensal familiar ndash A soma dos rendimentos mensais dos componentes
da famiacutelia exclusive os das pessoas cuja condiccedilatildeo na famiacutelia fosse pensionista
empregado domeacutestico ou parente do empregado domeacutestico
Domiciacutelio com esgoto ligado a rede coletora (ou fossa seacuteptica) - quando a
canalizaccedilatildeo das aacuteguas servidas e dos dejetos proveniente do banheiro ou sanitaacuterio
estava ligada a um sistema de coleta que os conduzia a um desaguadouro geral da
aacuterea regiatildeo ou municiacutepio mesmo que o sistema natildeo dispusesse de estaccedilatildeo de
tratamento da mateacuteria esgotada
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados
O nuacutemero de domiciacutelios registrados por setor censitaacuterio no municiacutepio de Seropeacutedica
varia dependendo do setor Para a exposiccedilatildeo dos dados tabulares sob a expressatildeo
cartograacutefica haacute a necessidade de se efetuar o agrupamento desses dados em classes
A formulaccedilatildeo de Sturges (Marino apud 2008) orienta qual deva ser o nuacutemero de
categorias de acordo com a quantidade de dados disponiacuteveis neste caso o nuacutemero total de
116 setores censitaacuterios constituintes da aacuterea de estudo
25
K = 1+ 33log 116 = 1+ 33206 = 1+ 679 asymp 8 classes
352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais)
Eacute importante observar que natildeo faz sentido realizar as classificaccedilotildees a seguir sem
normalizaacute-las pelo campo que tabula a quantidade de domiciacutelios permanentes Para a melhor
compreensatildeo desta citaccedilatildeo segue uma breve ilustraccedilatildeo
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees
SETOR DOM CONECTADOS Agrave REDE ELEacuteTRICA DOMICIacuteLIOS
1 50 100 50
2 50 1000 5
Apesar de ambos setores apresentarem as mesmas quantidades de domiciacutelios
conectados agrave rede de energia eleacutetrica o setor 1 possui apenas 100 domiciacutelios ou seja 50
deste setor eacute atendido pela rede de energia eleacutetrica Analisando agora o setor 2 que tambeacutem
possui 50 domiciacutelios conectados agrave rede eleacutetrica este por sua vez eacute constituiacutedo por 1000
domiciacutelios Em termos percentuais este setor possui apenas 5 de seus domiciacutelios
abastecidos pela rede de energia eleacutetrica o que nos leva a concluir que o setor 1 eacute melhor
servido em relaccedilatildeo ao setor 2 diferentemente de quando olhamos apenas para os valores
absolutos desta amostragem
Sendo assim todos os dados seratildeo sempre classificados normalizados pela quantidade
de domiciacutelios do setor Assim obteacutem-se a resposta em termos percentuais ou seja indexada
pelo universo amostral
26
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA
Para a concepccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica a origem e o formato dos dados
foram exclusivamente apoiados nos resultados do Censo 2010 (IBGE 2010) no niacutevel de
detalhe agrupados pelos setores censitaacuterios
As anaacutelises ambientais da populaccedilatildeo residente na aacuterea de estudos versaram sobre trecircs
principais dimensotildees cada uma delas com seu conjunto de variaacuteveis empregadas
convencionalmente para a detecccedilatildeo dos iacutendices de desenvolvimento humano e de qualidade
de vida
Desta forma foram desenvolvidos mapas temaacuteticos sobre condiccedilotildees de infraestrutura
caracterizadas pelas contribuiccedilotildees do estado e do indiviacuteduo para a qualidade de vida
correspondentes aos cuidados com a coleta de lixo como condiccedilotildees do domiciacutelio quanto
energia eleacutetrica e banheiros conectados ao saneamento baacutesico sobre os aspectos sociais como
nuacutemero de habitantes por domiciacutelio e renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo e das condiccedilotildees
de educaccedilatildeo os itens avaliados satildeo crianccedilas com 5 anos ou mais de idade alfabetizados e
pessoas analfabetas funcionais
41 Unidade territorial Setor censitaacuterio
A unidade territorial adotada para as anaacutelises referentes agrave populaccedilatildeo eacute o setor
censitaacuterio conforme delimitado e identificado por IBGE (2010) A partir do mapeamento da
divisatildeo censitaacuteria disponibilizada no formato vetorial procedimentos de conversatildeo de
formatos foram aplicados atraveacutes do aplicativo Esri ArcGIS para a geraccedilatildeo do formato
matricial RasterSAGA apropriado para as avaliaccedilotildees ambientais a serem realizadas no
ambiente do sistema VistaSAGA
A regiatildeo de estudo abrange o total de 116 setores censitaacuterios como se pode observar a
seguir
27
Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
28
A base de dados cadastrais da populaccedilatildeo em escala dos setores censitaacuterios resultado
do Censo 2010 foi disponibilizada pelo IBGE em 2010 estruturada sob a forma tabular em
duas dimensotildees a saber domiciacutelios e pessoas
Para fins de filtragem dos dados tabulares socioeconocircmicos do IBGE as tabelas
originais para o municiacutepio de Seropeacutedica de domiciacutelios e pessoas foram filtradas para a aacuterea
de estudo pela seleccedilatildeo daqueles setores censitaacuterios restritos apenas ao municiacutepio em questatildeo
Todas as planilhas no formato Microsoft Excel que antes apresentavam aproximadamente
27767 mil registros referente a todos os setores censitaacuterios da Cidade do Rio de Janeiro
passa a ter apenas 116 registros referentes apenas aos setores cobertos pelo municiacutepio de
Seropeacutedica
Tendo em vista que as tabelas originais do IBGE de formato XLS (Microsoft Excel)
trazem o cabeccedilalho (nomes dos campos) em coacutedigo no formato V0001 V0002 V2500 pois
satildeo elaboradas especificamente para o uso no ambiente ESTATCART e sendo inviaacutevel
descrever o significado de cada campo em seu tiacutetulo o IBGE os codifica nos arquivos e
disponibilizam um manual descritivo de cada uma das variaacuteveis por meio do um documento
denominado ldquoCenso Demograacutefico 2010rdquo (IBGE2 2010)
Sendo assim houve tambeacutem um trabalho de interpretaccedilatildeo e pesquisa do referido
manual a fim de localizar os coacutedigos das variaacuteveis necessaacuterias a este projeto de pesquisa
dentre as mais de 3000 disponibilizadas pelo Censo Demograacutefico
A geraccedilatildeo de toda a base temaacutetica socioeconocircmica foi desenvolvida com utilizaccedilatildeo da
ferramenta de classificaccedilatildeo de mapas do SIG Esri ArcGIS
Apoacutes a geraccedilatildeo dos mapas classificatoacuterios realizou-se a conversatildeo dos mapas
temaacuteticos resultantes do formato shape (shp) para o formato matricial RasterSaga (rs2) por
meio do ldquoconversor SHPRS2rdquo aplicativo desenvolvido e disponibilizado pelo
LAGEOPUFRJ
42 Geraccedilatildeo do mapeamento temaacutetico classificatoacuterio
As subseccedilotildees a seguir caracterizam as aacutervores de decisatildeo individualizadas relativas
aos mapas temaacuteticos de infraestrutura aspectos sociais e niacutevel de educaccedilatildeo
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo
Variaacuteveis - Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
- Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
- Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
19
tambeacutem processada por outros aplicativos de acordo com os conhecimentos do analista e
disponibilidade de dados para a localidade de estudo Aleacutem da flexibilidade quanto agrave fonte
dos dados fica a criteacuterio do analista a seleccedilatildeo das variaacuteveis socioeconocircmicas a serem
utilizadas na avaliaccedilatildeo de qualidade de vida Para esta aplicaccedilatildeo a unidade territorial adotada
satildeo os setores censitaacuterios definidos a partir de IBGE (2010)
33 Avaliaccedilatildeo Ambiental
A partir das bases de dados socioeconocircmicos (Renda Analfabetismo Coleta de Lixo
etc) aplica-se formulaccedilatildeo da Avaliaccedilatildeo Ambiental (detalhada na sessatildeo 334) para obtenccedilatildeo
dos mapas de ldquoQualidade de Vidardquo A escolha do algoritmo avaliativo para o processamento
das anaacutelises tambeacutem eacute flexiacutevel a outras formulaccedilotildees e aplicativos a criteacuterio do avaliador
331 A Anaacutelise Ambiental por Geoprocessamento
A Anaacutelise Ambiental ldquoeacute um instrumento fundamental na investigaccedilatildeo interdisciplinar
pois fornece uma gama variada de percepccedilotildees que iratildeo auxiliar no aprofundamento do
conhecimento cientiacuteficordquo (Stipp e Stipp 2004 p24)
Para SILVA amp SOUZA (1998 ldquoapudrdquo Stipp e Stipp 2004 p24) analisar um
ambiente significa desmembraacute-lo em termos de suas partes componentes e apreender as suas
funccedilotildees internas e externas com a consequente criaccedilatildeo de um conjunto integrado de
informaccedilotildees representativo deste conhecimento adquirido
A Anaacutelise Ambiental deve ser compreendida como um instrumento integrador que
encare o meio ambiente sob o acircngulo da preocupaccedilatildeo com o uso que o homem faz dele no
sentido de se contribuir para o desenvolvimento de uma perspectiva interdisciplinar de
investigaccedilatildeo da construccedilatildeo do meio ambiente e da organizaccedilatildeo do espaccedilo (Stipp e Stipp
2004 p24)
A anaacutelise ambiental expressa na realizaccedilatildeo dos diagnoacutesticos zoneamentos e a
avaliaccedilatildeo nos impactos ambientais (Sales 2004 p130) Paralelamente satildeo tratados os planos
de manejo e planejamento dos usos dos espaccedilos naturais e em alguns casos - ainda raros - de
recuperaccedilatildeo de aacutereas degradadas Satildeo esses conjuntos de procedimentos que recebe a rubrica
de anaacutelise ambiental (Mendonccedila 1993 Ross 1990 ldquoapudrdquo Geografia Sistemas e anaacutelise
ambiental abordagem criacutetica 2004 p130)
Logo o processo de anaacutelise ambiental envolve a elaboraccedilatildeo de diagnoacutesticos a
manifestaccedilatildeo de interesse poliacutetico a revelaccedilatildeo de interesse da coletividade envolvida com o
20
intuito de trazer melhorias para uma determinada aacuterea ou trazer antecipadamente diagnoacutesticos
de possiacuteveis situaccedilotildees indesejaacuteveis ou ateacute mesmo prever aacutereas de potencial
332 O Projeto SAGAUFRJ
O Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental (SAGAUFRJ) foi implantado em 1983 no
Departamento de Geografia da UFRJ pelo Prof Dr Jorge Xavier da Silva coordenador do
entatildeo Grupo de Pesquisas em Geoprocessamento (GPG) Foi desenvolvido como um sistema
para aplicaccedilotildees ambientais de faacutecil implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo em equipamentos de baixo custo
o que se tornou possiacutevel principalmente graccedilas ao crescimento da popularidade e uso de
microcomputadores do tipo IBM-PC
Eacute possiacutevel a partir da aplicaccedilatildeo deste ter estimativas de riscos de desmoronamentos e
de enchentes potenciais turiacutesticos e de urbanizaccedilatildeo para fins de preservaccedilatildeo e a anaacutelise da
qualidade de vida em favelas constituem uma pequena amostra das pesquisas realizadas pela
comunidade de usuaacuterios atraveacutes da utilizaccedilatildeo do SAGAUFRJ
Sua primeira versatildeo foi criada na deacutecada de 1980 apresentando mapas com no
maacuteximo 16 cores Nesta eacutepoca o geoprocessamento era bastante limitado pela barreira
tecnoloacutegica Seguindo a evoluccedilatildeo da informaacutetica o Vista Saga tambeacutem foi evoluindo com
novas versotildees mais sofisticadas Hoje o Vista Saga trabalha com cores de 32 bits
viabilizando ateacute a visualizaccedilatildeo em trecircs dimensotildees de aacutereas de estudos
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que o VISTASAGA eacute um projeto totalmente
nacional cresce em meio acadecircmico e sem fins lucrativos Pode ser obtido gratuitamente
atraveacutes do site httpwwwlageopufrjbr
Constituem seus principais moacutedulos de processamento
MONITORIA Este procedimento consiste no levantamento puxado das alteraccedilotildees
ambientais ocorridas em uma determinada situaccedilatildeo ambiental Registros sucessivos de
fenocircmenos ambientais utilizando taxonomias correspondentes (classificaccedilotildees iguais
ou correlacionaacuteveis) podem ser usados para o acompanhamento da evoluccedilatildeo
territorial de processos e ocorrecircncias de interesse
ASSINATURA SIGs permitem a locomoccedilatildeo entre localizaccedilotildees e atributos ou seja a
recuperaccedilatildeo da localizaccedilatildeo a partir da seleccedilatildeo de uma informaccedilatildeo e vice-versa
AVALIACcedilAtildeO Utilizado para realizar estimativas sobre possiacuteveis ocorrecircncias de
fenocircmenos de diversas naturezas segundo diversas intensidades definindo-se a
extensatildeo territorial destas estimativas e suas relaccedilotildees de proximidade e conexatildeo Este
21
moacutedulo gera um mapa do territoacuterio analisado classificando cada local com notas de 0
a 10
333 A Escolha do SAGAUFRJ
Como o proacuteprio nome jaacute diz SAGA ndash Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental tratar-se de
uma ferramenta especiacutefica para o processamento das avaliaccedilotildees ambientais
Contudo nada impede que os mesmos procedimentos sejam aplicados em qualquer
outro software que disponha de recursos que viabilizem a aplicaccedilatildeo metodoloacutegica proposta
O cerne deste trabalho constitui-se na apresentaccedilatildeo da metodologia para tomadas de decisatildeo
no acircmbito de riscos socioambientais de aacutereas urbanas O VISTASAGA foi selecionado
como ferramenta de aplicaccedilatildeo em funccedilatildeo de sua praticidade e profundo conhecimento na
utilizaccedilatildeo do aplicativo se alcanccedilar a finalidade proposta
334 Formulaccedilatildeo da Anaacutelise Ambiental
A formulaccedilatildeo de meacutedia ponderada eacute proposta nas avaliaccedilotildees ambientais moacutedulo
constituinte do sistema SAGA conforme a seguir exposta
Onde
n Nuacutemero de paracircmetros (mapas) utilizados
Ai j Probabilidade de ocorrecircncia do evento analisado no elemento (pixel) ij da matriz
(mapa) resultante
Pk Peso (percentual) da contribuiccedilatildeo do paracircmetro k em relaccedilatildeo aos demais para a
ocorrecircncia do evento analisado
Nk Nota segundo o(s) avaliador (ES) dentro da escala de 0 a 10 da ocorrecircncia do
evento analisado na presenccedila da classe encontrada na linha i coluna j do mapa k
Pixel Aglutinaccedilatildeo de ldquopicture elementrdquo ou seja elemento de imagem Eacute o menor
elemento num dispositivo de exibiccedilatildeo (como por exemplo um monitor) ao qual possibilita
atribuir-se uma cor De modo mais simples um pixel eacute o menor ponto que forma uma
imagem digital sendo que os conjuntos de milhares de pixels formam a imagem inteira A
Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada possui dimensotildees de 31 X 15 ou seja 31
colunas por 15 linhas totalizando 465 pixels (adaptado de MARINO 2005 p4)
22
Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005)
A partir desta formulaccedilatildeo de Anaacutelise Ambiental podem ser feitas as seguintes
proposiccedilotildees tambeacutem segundo XAVIER DA SILVA (2001)
Ai j exprime a probabilidade resultante do produto da formulaccedilatildeo ambiental numa
escala de 0 a 10 para a ocorrecircncia de um evento ou entidade ambiental que seja
causado em princiacutepio pela atuaccedilatildeo convergente dos paracircmetros ambientais nela
considerados
Os dados envolvidos na avaliaccedilatildeo podem ser lanccedilados em uma escala ordinal que
varie entre 0 e 10 ou entre 0 e 100 para que seja gerada uma amplitude de variaccedilatildeo
suficiente a permitir maior percepccedilatildeo da variabilidade das estimativas
A normalizaccedilatildeo dos pesos restritos entre os valores 0 e 1 resulta na definiccedilatildeo do
valor do peso atribuiacutedo a um mapa como o valor maacuteximo que qualquer das classes
daquele mapa pode assumir Por exemplo atribuir um peso de 40 ao paracircmetro
ldquodeclividadesrdquo numa anaacutelise significa que o maacuteximo que uma determinada classe
deste mapa pode contribuir na determinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia do evento
analisado eacute de 4 numa escala de 0 a 10
Com a adoccedilatildeo da meacutedia ponderada estaacute criado um espaccedilo classificatoacuterio que eacute em
princiacutepio ordinal mas que pode admitir grande e variado detalhamento na
classificaccedilatildeo das estimativas
34 Aacutervore de Decisatildeo Qualidade de Vida
O diagrama da Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada eacute denominado ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo (XAVIER DA SILVA 2001) uma vez que propicia em seus diversos niacuteveis apoio
a decisotildees quanto ao seu objetivo formal ou seja estimar a quantidade a localizaccedilatildeo e a
extensatildeo dos movimentos populacionais a serem executados em uma aacuterea tendo em vista a
melhoria da qualidade de vida de seus habitantes
23
Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ)
Cada um dos retacircngulos representa um mapeamento digital de um paracircmetro de
anaacutelise ou uma avaliaccedilatildeo ambiental que tenha sido executada
A inspeccedilatildeo desta aacutervore de decisatildeo como tambeacutem das parciais seguintes possibilita
que se apresentem constataccedilotildees relevantes quanto agrave origem dos dados
No estrato inferior da figura (noacutes folhas da aacutervore) constam os mapas baacutesicos
elaborados e que constituem os componentes ambientais decisivos para as anaacutelises que
se vai empreender e que satildeo resultantes de levantamentos e de interpretaccedilotildees da
realidade ambiental do municiacutepio de Seropeacutedica
Os mapas da realidade ambiental sob a perspectiva da geografia humana utilizados
nos ramos infraestrutura condiccedilotildees sociais e condiccedilotildees de renda foram gerados a
partir dos dados censitaacuterios produzidos por IBGE (2010) referentes agrave Base de
Informaccedilotildees por Setor Censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010
Os mapas derivados e resultantes de anaacutelises mostram-se de forma assimeacutetrica no
modelo e foram elaborados no ambiente do programa VISTASAGA
A estimativa de mais alto niacutevel foi obtida a partir da conjugaccedilatildeo e integraccedilatildeo da
representaccedilatildeo cartograacutefica das Condiccedilotildees de Renda e constitui para o elevado niacutevel
de detalhe possibilitado pela escala e resoluccedilatildeo adotadas a distribuiccedilatildeo territorial de
locais indicados para transposiccedilotildees de assentamentos precaacuterios
24
35 Terminologia Censitaacuteria (IBGE)
A seguir satildeo apresentados alguns termos frequentemente citados nos capiacutetulos que
discutem o aspecto socioeconocircmico dos mapeamentos definidos segundo IBGE (2010)
Domiciacutelio particular - Domiciacutelio onde o relacionamento entre seus ocupantes era
ditado por laccedilos de parentesco de dependecircncia domeacutestica ou por normas de
convivecircncia O domiciacutelio particular eacute classificado em permanente ndash Domiciacutelio
construiacutedo para servir exclusivamente agrave habitaccedilatildeo e na data de referecircncia tinha a
finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas e coletivo - Eacute uma instituiccedilatildeo
ou estabelecimento onde as relaccedilotildees entre as pessoas que nele se encontravam
moradoras ou natildeo era restrita a normas de subordinaccedilatildeo administrativa como em
hoteacuteis moteacuteis camping pensotildees penitenciaacuterias presiacutedios casas de detenccedilatildeo
quarteacuteis postos militares asilos orfanatos conventos hospitais e cliacutenicas (com
internaccedilatildeo) alojamento de trabalhadores ou de estudantes etc
Rendimento mensal - soma do rendimento mensal de trabalho com o rendimento
proveniente de outras fontes
Rendimento mensal familiar ndash A soma dos rendimentos mensais dos componentes
da famiacutelia exclusive os das pessoas cuja condiccedilatildeo na famiacutelia fosse pensionista
empregado domeacutestico ou parente do empregado domeacutestico
Domiciacutelio com esgoto ligado a rede coletora (ou fossa seacuteptica) - quando a
canalizaccedilatildeo das aacuteguas servidas e dos dejetos proveniente do banheiro ou sanitaacuterio
estava ligada a um sistema de coleta que os conduzia a um desaguadouro geral da
aacuterea regiatildeo ou municiacutepio mesmo que o sistema natildeo dispusesse de estaccedilatildeo de
tratamento da mateacuteria esgotada
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados
O nuacutemero de domiciacutelios registrados por setor censitaacuterio no municiacutepio de Seropeacutedica
varia dependendo do setor Para a exposiccedilatildeo dos dados tabulares sob a expressatildeo
cartograacutefica haacute a necessidade de se efetuar o agrupamento desses dados em classes
A formulaccedilatildeo de Sturges (Marino apud 2008) orienta qual deva ser o nuacutemero de
categorias de acordo com a quantidade de dados disponiacuteveis neste caso o nuacutemero total de
116 setores censitaacuterios constituintes da aacuterea de estudo
25
K = 1+ 33log 116 = 1+ 33206 = 1+ 679 asymp 8 classes
352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais)
Eacute importante observar que natildeo faz sentido realizar as classificaccedilotildees a seguir sem
normalizaacute-las pelo campo que tabula a quantidade de domiciacutelios permanentes Para a melhor
compreensatildeo desta citaccedilatildeo segue uma breve ilustraccedilatildeo
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees
SETOR DOM CONECTADOS Agrave REDE ELEacuteTRICA DOMICIacuteLIOS
1 50 100 50
2 50 1000 5
Apesar de ambos setores apresentarem as mesmas quantidades de domiciacutelios
conectados agrave rede de energia eleacutetrica o setor 1 possui apenas 100 domiciacutelios ou seja 50
deste setor eacute atendido pela rede de energia eleacutetrica Analisando agora o setor 2 que tambeacutem
possui 50 domiciacutelios conectados agrave rede eleacutetrica este por sua vez eacute constituiacutedo por 1000
domiciacutelios Em termos percentuais este setor possui apenas 5 de seus domiciacutelios
abastecidos pela rede de energia eleacutetrica o que nos leva a concluir que o setor 1 eacute melhor
servido em relaccedilatildeo ao setor 2 diferentemente de quando olhamos apenas para os valores
absolutos desta amostragem
Sendo assim todos os dados seratildeo sempre classificados normalizados pela quantidade
de domiciacutelios do setor Assim obteacutem-se a resposta em termos percentuais ou seja indexada
pelo universo amostral
26
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA
Para a concepccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica a origem e o formato dos dados
foram exclusivamente apoiados nos resultados do Censo 2010 (IBGE 2010) no niacutevel de
detalhe agrupados pelos setores censitaacuterios
As anaacutelises ambientais da populaccedilatildeo residente na aacuterea de estudos versaram sobre trecircs
principais dimensotildees cada uma delas com seu conjunto de variaacuteveis empregadas
convencionalmente para a detecccedilatildeo dos iacutendices de desenvolvimento humano e de qualidade
de vida
Desta forma foram desenvolvidos mapas temaacuteticos sobre condiccedilotildees de infraestrutura
caracterizadas pelas contribuiccedilotildees do estado e do indiviacuteduo para a qualidade de vida
correspondentes aos cuidados com a coleta de lixo como condiccedilotildees do domiciacutelio quanto
energia eleacutetrica e banheiros conectados ao saneamento baacutesico sobre os aspectos sociais como
nuacutemero de habitantes por domiciacutelio e renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo e das condiccedilotildees
de educaccedilatildeo os itens avaliados satildeo crianccedilas com 5 anos ou mais de idade alfabetizados e
pessoas analfabetas funcionais
41 Unidade territorial Setor censitaacuterio
A unidade territorial adotada para as anaacutelises referentes agrave populaccedilatildeo eacute o setor
censitaacuterio conforme delimitado e identificado por IBGE (2010) A partir do mapeamento da
divisatildeo censitaacuteria disponibilizada no formato vetorial procedimentos de conversatildeo de
formatos foram aplicados atraveacutes do aplicativo Esri ArcGIS para a geraccedilatildeo do formato
matricial RasterSAGA apropriado para as avaliaccedilotildees ambientais a serem realizadas no
ambiente do sistema VistaSAGA
A regiatildeo de estudo abrange o total de 116 setores censitaacuterios como se pode observar a
seguir
27
Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
28
A base de dados cadastrais da populaccedilatildeo em escala dos setores censitaacuterios resultado
do Censo 2010 foi disponibilizada pelo IBGE em 2010 estruturada sob a forma tabular em
duas dimensotildees a saber domiciacutelios e pessoas
Para fins de filtragem dos dados tabulares socioeconocircmicos do IBGE as tabelas
originais para o municiacutepio de Seropeacutedica de domiciacutelios e pessoas foram filtradas para a aacuterea
de estudo pela seleccedilatildeo daqueles setores censitaacuterios restritos apenas ao municiacutepio em questatildeo
Todas as planilhas no formato Microsoft Excel que antes apresentavam aproximadamente
27767 mil registros referente a todos os setores censitaacuterios da Cidade do Rio de Janeiro
passa a ter apenas 116 registros referentes apenas aos setores cobertos pelo municiacutepio de
Seropeacutedica
Tendo em vista que as tabelas originais do IBGE de formato XLS (Microsoft Excel)
trazem o cabeccedilalho (nomes dos campos) em coacutedigo no formato V0001 V0002 V2500 pois
satildeo elaboradas especificamente para o uso no ambiente ESTATCART e sendo inviaacutevel
descrever o significado de cada campo em seu tiacutetulo o IBGE os codifica nos arquivos e
disponibilizam um manual descritivo de cada uma das variaacuteveis por meio do um documento
denominado ldquoCenso Demograacutefico 2010rdquo (IBGE2 2010)
Sendo assim houve tambeacutem um trabalho de interpretaccedilatildeo e pesquisa do referido
manual a fim de localizar os coacutedigos das variaacuteveis necessaacuterias a este projeto de pesquisa
dentre as mais de 3000 disponibilizadas pelo Censo Demograacutefico
A geraccedilatildeo de toda a base temaacutetica socioeconocircmica foi desenvolvida com utilizaccedilatildeo da
ferramenta de classificaccedilatildeo de mapas do SIG Esri ArcGIS
Apoacutes a geraccedilatildeo dos mapas classificatoacuterios realizou-se a conversatildeo dos mapas
temaacuteticos resultantes do formato shape (shp) para o formato matricial RasterSaga (rs2) por
meio do ldquoconversor SHPRS2rdquo aplicativo desenvolvido e disponibilizado pelo
LAGEOPUFRJ
42 Geraccedilatildeo do mapeamento temaacutetico classificatoacuterio
As subseccedilotildees a seguir caracterizam as aacutervores de decisatildeo individualizadas relativas
aos mapas temaacuteticos de infraestrutura aspectos sociais e niacutevel de educaccedilatildeo
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo
Variaacuteveis - Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
- Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
- Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
20
intuito de trazer melhorias para uma determinada aacuterea ou trazer antecipadamente diagnoacutesticos
de possiacuteveis situaccedilotildees indesejaacuteveis ou ateacute mesmo prever aacutereas de potencial
332 O Projeto SAGAUFRJ
O Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental (SAGAUFRJ) foi implantado em 1983 no
Departamento de Geografia da UFRJ pelo Prof Dr Jorge Xavier da Silva coordenador do
entatildeo Grupo de Pesquisas em Geoprocessamento (GPG) Foi desenvolvido como um sistema
para aplicaccedilotildees ambientais de faacutecil implantaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo em equipamentos de baixo custo
o que se tornou possiacutevel principalmente graccedilas ao crescimento da popularidade e uso de
microcomputadores do tipo IBM-PC
Eacute possiacutevel a partir da aplicaccedilatildeo deste ter estimativas de riscos de desmoronamentos e
de enchentes potenciais turiacutesticos e de urbanizaccedilatildeo para fins de preservaccedilatildeo e a anaacutelise da
qualidade de vida em favelas constituem uma pequena amostra das pesquisas realizadas pela
comunidade de usuaacuterios atraveacutes da utilizaccedilatildeo do SAGAUFRJ
Sua primeira versatildeo foi criada na deacutecada de 1980 apresentando mapas com no
maacuteximo 16 cores Nesta eacutepoca o geoprocessamento era bastante limitado pela barreira
tecnoloacutegica Seguindo a evoluccedilatildeo da informaacutetica o Vista Saga tambeacutem foi evoluindo com
novas versotildees mais sofisticadas Hoje o Vista Saga trabalha com cores de 32 bits
viabilizando ateacute a visualizaccedilatildeo em trecircs dimensotildees de aacutereas de estudos
Aleacutem disso eacute importante ressaltar que o VISTASAGA eacute um projeto totalmente
nacional cresce em meio acadecircmico e sem fins lucrativos Pode ser obtido gratuitamente
atraveacutes do site httpwwwlageopufrjbr
Constituem seus principais moacutedulos de processamento
MONITORIA Este procedimento consiste no levantamento puxado das alteraccedilotildees
ambientais ocorridas em uma determinada situaccedilatildeo ambiental Registros sucessivos de
fenocircmenos ambientais utilizando taxonomias correspondentes (classificaccedilotildees iguais
ou correlacionaacuteveis) podem ser usados para o acompanhamento da evoluccedilatildeo
territorial de processos e ocorrecircncias de interesse
ASSINATURA SIGs permitem a locomoccedilatildeo entre localizaccedilotildees e atributos ou seja a
recuperaccedilatildeo da localizaccedilatildeo a partir da seleccedilatildeo de uma informaccedilatildeo e vice-versa
AVALIACcedilAtildeO Utilizado para realizar estimativas sobre possiacuteveis ocorrecircncias de
fenocircmenos de diversas naturezas segundo diversas intensidades definindo-se a
extensatildeo territorial destas estimativas e suas relaccedilotildees de proximidade e conexatildeo Este
21
moacutedulo gera um mapa do territoacuterio analisado classificando cada local com notas de 0
a 10
333 A Escolha do SAGAUFRJ
Como o proacuteprio nome jaacute diz SAGA ndash Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental tratar-se de
uma ferramenta especiacutefica para o processamento das avaliaccedilotildees ambientais
Contudo nada impede que os mesmos procedimentos sejam aplicados em qualquer
outro software que disponha de recursos que viabilizem a aplicaccedilatildeo metodoloacutegica proposta
O cerne deste trabalho constitui-se na apresentaccedilatildeo da metodologia para tomadas de decisatildeo
no acircmbito de riscos socioambientais de aacutereas urbanas O VISTASAGA foi selecionado
como ferramenta de aplicaccedilatildeo em funccedilatildeo de sua praticidade e profundo conhecimento na
utilizaccedilatildeo do aplicativo se alcanccedilar a finalidade proposta
334 Formulaccedilatildeo da Anaacutelise Ambiental
A formulaccedilatildeo de meacutedia ponderada eacute proposta nas avaliaccedilotildees ambientais moacutedulo
constituinte do sistema SAGA conforme a seguir exposta
Onde
n Nuacutemero de paracircmetros (mapas) utilizados
Ai j Probabilidade de ocorrecircncia do evento analisado no elemento (pixel) ij da matriz
(mapa) resultante
Pk Peso (percentual) da contribuiccedilatildeo do paracircmetro k em relaccedilatildeo aos demais para a
ocorrecircncia do evento analisado
Nk Nota segundo o(s) avaliador (ES) dentro da escala de 0 a 10 da ocorrecircncia do
evento analisado na presenccedila da classe encontrada na linha i coluna j do mapa k
Pixel Aglutinaccedilatildeo de ldquopicture elementrdquo ou seja elemento de imagem Eacute o menor
elemento num dispositivo de exibiccedilatildeo (como por exemplo um monitor) ao qual possibilita
atribuir-se uma cor De modo mais simples um pixel eacute o menor ponto que forma uma
imagem digital sendo que os conjuntos de milhares de pixels formam a imagem inteira A
Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada possui dimensotildees de 31 X 15 ou seja 31
colunas por 15 linhas totalizando 465 pixels (adaptado de MARINO 2005 p4)
22
Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005)
A partir desta formulaccedilatildeo de Anaacutelise Ambiental podem ser feitas as seguintes
proposiccedilotildees tambeacutem segundo XAVIER DA SILVA (2001)
Ai j exprime a probabilidade resultante do produto da formulaccedilatildeo ambiental numa
escala de 0 a 10 para a ocorrecircncia de um evento ou entidade ambiental que seja
causado em princiacutepio pela atuaccedilatildeo convergente dos paracircmetros ambientais nela
considerados
Os dados envolvidos na avaliaccedilatildeo podem ser lanccedilados em uma escala ordinal que
varie entre 0 e 10 ou entre 0 e 100 para que seja gerada uma amplitude de variaccedilatildeo
suficiente a permitir maior percepccedilatildeo da variabilidade das estimativas
A normalizaccedilatildeo dos pesos restritos entre os valores 0 e 1 resulta na definiccedilatildeo do
valor do peso atribuiacutedo a um mapa como o valor maacuteximo que qualquer das classes
daquele mapa pode assumir Por exemplo atribuir um peso de 40 ao paracircmetro
ldquodeclividadesrdquo numa anaacutelise significa que o maacuteximo que uma determinada classe
deste mapa pode contribuir na determinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia do evento
analisado eacute de 4 numa escala de 0 a 10
Com a adoccedilatildeo da meacutedia ponderada estaacute criado um espaccedilo classificatoacuterio que eacute em
princiacutepio ordinal mas que pode admitir grande e variado detalhamento na
classificaccedilatildeo das estimativas
34 Aacutervore de Decisatildeo Qualidade de Vida
O diagrama da Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada eacute denominado ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo (XAVIER DA SILVA 2001) uma vez que propicia em seus diversos niacuteveis apoio
a decisotildees quanto ao seu objetivo formal ou seja estimar a quantidade a localizaccedilatildeo e a
extensatildeo dos movimentos populacionais a serem executados em uma aacuterea tendo em vista a
melhoria da qualidade de vida de seus habitantes
23
Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ)
Cada um dos retacircngulos representa um mapeamento digital de um paracircmetro de
anaacutelise ou uma avaliaccedilatildeo ambiental que tenha sido executada
A inspeccedilatildeo desta aacutervore de decisatildeo como tambeacutem das parciais seguintes possibilita
que se apresentem constataccedilotildees relevantes quanto agrave origem dos dados
No estrato inferior da figura (noacutes folhas da aacutervore) constam os mapas baacutesicos
elaborados e que constituem os componentes ambientais decisivos para as anaacutelises que
se vai empreender e que satildeo resultantes de levantamentos e de interpretaccedilotildees da
realidade ambiental do municiacutepio de Seropeacutedica
Os mapas da realidade ambiental sob a perspectiva da geografia humana utilizados
nos ramos infraestrutura condiccedilotildees sociais e condiccedilotildees de renda foram gerados a
partir dos dados censitaacuterios produzidos por IBGE (2010) referentes agrave Base de
Informaccedilotildees por Setor Censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010
Os mapas derivados e resultantes de anaacutelises mostram-se de forma assimeacutetrica no
modelo e foram elaborados no ambiente do programa VISTASAGA
A estimativa de mais alto niacutevel foi obtida a partir da conjugaccedilatildeo e integraccedilatildeo da
representaccedilatildeo cartograacutefica das Condiccedilotildees de Renda e constitui para o elevado niacutevel
de detalhe possibilitado pela escala e resoluccedilatildeo adotadas a distribuiccedilatildeo territorial de
locais indicados para transposiccedilotildees de assentamentos precaacuterios
24
35 Terminologia Censitaacuteria (IBGE)
A seguir satildeo apresentados alguns termos frequentemente citados nos capiacutetulos que
discutem o aspecto socioeconocircmico dos mapeamentos definidos segundo IBGE (2010)
Domiciacutelio particular - Domiciacutelio onde o relacionamento entre seus ocupantes era
ditado por laccedilos de parentesco de dependecircncia domeacutestica ou por normas de
convivecircncia O domiciacutelio particular eacute classificado em permanente ndash Domiciacutelio
construiacutedo para servir exclusivamente agrave habitaccedilatildeo e na data de referecircncia tinha a
finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas e coletivo - Eacute uma instituiccedilatildeo
ou estabelecimento onde as relaccedilotildees entre as pessoas que nele se encontravam
moradoras ou natildeo era restrita a normas de subordinaccedilatildeo administrativa como em
hoteacuteis moteacuteis camping pensotildees penitenciaacuterias presiacutedios casas de detenccedilatildeo
quarteacuteis postos militares asilos orfanatos conventos hospitais e cliacutenicas (com
internaccedilatildeo) alojamento de trabalhadores ou de estudantes etc
Rendimento mensal - soma do rendimento mensal de trabalho com o rendimento
proveniente de outras fontes
Rendimento mensal familiar ndash A soma dos rendimentos mensais dos componentes
da famiacutelia exclusive os das pessoas cuja condiccedilatildeo na famiacutelia fosse pensionista
empregado domeacutestico ou parente do empregado domeacutestico
Domiciacutelio com esgoto ligado a rede coletora (ou fossa seacuteptica) - quando a
canalizaccedilatildeo das aacuteguas servidas e dos dejetos proveniente do banheiro ou sanitaacuterio
estava ligada a um sistema de coleta que os conduzia a um desaguadouro geral da
aacuterea regiatildeo ou municiacutepio mesmo que o sistema natildeo dispusesse de estaccedilatildeo de
tratamento da mateacuteria esgotada
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados
O nuacutemero de domiciacutelios registrados por setor censitaacuterio no municiacutepio de Seropeacutedica
varia dependendo do setor Para a exposiccedilatildeo dos dados tabulares sob a expressatildeo
cartograacutefica haacute a necessidade de se efetuar o agrupamento desses dados em classes
A formulaccedilatildeo de Sturges (Marino apud 2008) orienta qual deva ser o nuacutemero de
categorias de acordo com a quantidade de dados disponiacuteveis neste caso o nuacutemero total de
116 setores censitaacuterios constituintes da aacuterea de estudo
25
K = 1+ 33log 116 = 1+ 33206 = 1+ 679 asymp 8 classes
352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais)
Eacute importante observar que natildeo faz sentido realizar as classificaccedilotildees a seguir sem
normalizaacute-las pelo campo que tabula a quantidade de domiciacutelios permanentes Para a melhor
compreensatildeo desta citaccedilatildeo segue uma breve ilustraccedilatildeo
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees
SETOR DOM CONECTADOS Agrave REDE ELEacuteTRICA DOMICIacuteLIOS
1 50 100 50
2 50 1000 5
Apesar de ambos setores apresentarem as mesmas quantidades de domiciacutelios
conectados agrave rede de energia eleacutetrica o setor 1 possui apenas 100 domiciacutelios ou seja 50
deste setor eacute atendido pela rede de energia eleacutetrica Analisando agora o setor 2 que tambeacutem
possui 50 domiciacutelios conectados agrave rede eleacutetrica este por sua vez eacute constituiacutedo por 1000
domiciacutelios Em termos percentuais este setor possui apenas 5 de seus domiciacutelios
abastecidos pela rede de energia eleacutetrica o que nos leva a concluir que o setor 1 eacute melhor
servido em relaccedilatildeo ao setor 2 diferentemente de quando olhamos apenas para os valores
absolutos desta amostragem
Sendo assim todos os dados seratildeo sempre classificados normalizados pela quantidade
de domiciacutelios do setor Assim obteacutem-se a resposta em termos percentuais ou seja indexada
pelo universo amostral
26
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA
Para a concepccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica a origem e o formato dos dados
foram exclusivamente apoiados nos resultados do Censo 2010 (IBGE 2010) no niacutevel de
detalhe agrupados pelos setores censitaacuterios
As anaacutelises ambientais da populaccedilatildeo residente na aacuterea de estudos versaram sobre trecircs
principais dimensotildees cada uma delas com seu conjunto de variaacuteveis empregadas
convencionalmente para a detecccedilatildeo dos iacutendices de desenvolvimento humano e de qualidade
de vida
Desta forma foram desenvolvidos mapas temaacuteticos sobre condiccedilotildees de infraestrutura
caracterizadas pelas contribuiccedilotildees do estado e do indiviacuteduo para a qualidade de vida
correspondentes aos cuidados com a coleta de lixo como condiccedilotildees do domiciacutelio quanto
energia eleacutetrica e banheiros conectados ao saneamento baacutesico sobre os aspectos sociais como
nuacutemero de habitantes por domiciacutelio e renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo e das condiccedilotildees
de educaccedilatildeo os itens avaliados satildeo crianccedilas com 5 anos ou mais de idade alfabetizados e
pessoas analfabetas funcionais
41 Unidade territorial Setor censitaacuterio
A unidade territorial adotada para as anaacutelises referentes agrave populaccedilatildeo eacute o setor
censitaacuterio conforme delimitado e identificado por IBGE (2010) A partir do mapeamento da
divisatildeo censitaacuteria disponibilizada no formato vetorial procedimentos de conversatildeo de
formatos foram aplicados atraveacutes do aplicativo Esri ArcGIS para a geraccedilatildeo do formato
matricial RasterSAGA apropriado para as avaliaccedilotildees ambientais a serem realizadas no
ambiente do sistema VistaSAGA
A regiatildeo de estudo abrange o total de 116 setores censitaacuterios como se pode observar a
seguir
27
Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
28
A base de dados cadastrais da populaccedilatildeo em escala dos setores censitaacuterios resultado
do Censo 2010 foi disponibilizada pelo IBGE em 2010 estruturada sob a forma tabular em
duas dimensotildees a saber domiciacutelios e pessoas
Para fins de filtragem dos dados tabulares socioeconocircmicos do IBGE as tabelas
originais para o municiacutepio de Seropeacutedica de domiciacutelios e pessoas foram filtradas para a aacuterea
de estudo pela seleccedilatildeo daqueles setores censitaacuterios restritos apenas ao municiacutepio em questatildeo
Todas as planilhas no formato Microsoft Excel que antes apresentavam aproximadamente
27767 mil registros referente a todos os setores censitaacuterios da Cidade do Rio de Janeiro
passa a ter apenas 116 registros referentes apenas aos setores cobertos pelo municiacutepio de
Seropeacutedica
Tendo em vista que as tabelas originais do IBGE de formato XLS (Microsoft Excel)
trazem o cabeccedilalho (nomes dos campos) em coacutedigo no formato V0001 V0002 V2500 pois
satildeo elaboradas especificamente para o uso no ambiente ESTATCART e sendo inviaacutevel
descrever o significado de cada campo em seu tiacutetulo o IBGE os codifica nos arquivos e
disponibilizam um manual descritivo de cada uma das variaacuteveis por meio do um documento
denominado ldquoCenso Demograacutefico 2010rdquo (IBGE2 2010)
Sendo assim houve tambeacutem um trabalho de interpretaccedilatildeo e pesquisa do referido
manual a fim de localizar os coacutedigos das variaacuteveis necessaacuterias a este projeto de pesquisa
dentre as mais de 3000 disponibilizadas pelo Censo Demograacutefico
A geraccedilatildeo de toda a base temaacutetica socioeconocircmica foi desenvolvida com utilizaccedilatildeo da
ferramenta de classificaccedilatildeo de mapas do SIG Esri ArcGIS
Apoacutes a geraccedilatildeo dos mapas classificatoacuterios realizou-se a conversatildeo dos mapas
temaacuteticos resultantes do formato shape (shp) para o formato matricial RasterSaga (rs2) por
meio do ldquoconversor SHPRS2rdquo aplicativo desenvolvido e disponibilizado pelo
LAGEOPUFRJ
42 Geraccedilatildeo do mapeamento temaacutetico classificatoacuterio
As subseccedilotildees a seguir caracterizam as aacutervores de decisatildeo individualizadas relativas
aos mapas temaacuteticos de infraestrutura aspectos sociais e niacutevel de educaccedilatildeo
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo
Variaacuteveis - Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
- Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
- Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
21
moacutedulo gera um mapa do territoacuterio analisado classificando cada local com notas de 0
a 10
333 A Escolha do SAGAUFRJ
Como o proacuteprio nome jaacute diz SAGA ndash Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental tratar-se de
uma ferramenta especiacutefica para o processamento das avaliaccedilotildees ambientais
Contudo nada impede que os mesmos procedimentos sejam aplicados em qualquer
outro software que disponha de recursos que viabilizem a aplicaccedilatildeo metodoloacutegica proposta
O cerne deste trabalho constitui-se na apresentaccedilatildeo da metodologia para tomadas de decisatildeo
no acircmbito de riscos socioambientais de aacutereas urbanas O VISTASAGA foi selecionado
como ferramenta de aplicaccedilatildeo em funccedilatildeo de sua praticidade e profundo conhecimento na
utilizaccedilatildeo do aplicativo se alcanccedilar a finalidade proposta
334 Formulaccedilatildeo da Anaacutelise Ambiental
A formulaccedilatildeo de meacutedia ponderada eacute proposta nas avaliaccedilotildees ambientais moacutedulo
constituinte do sistema SAGA conforme a seguir exposta
Onde
n Nuacutemero de paracircmetros (mapas) utilizados
Ai j Probabilidade de ocorrecircncia do evento analisado no elemento (pixel) ij da matriz
(mapa) resultante
Pk Peso (percentual) da contribuiccedilatildeo do paracircmetro k em relaccedilatildeo aos demais para a
ocorrecircncia do evento analisado
Nk Nota segundo o(s) avaliador (ES) dentro da escala de 0 a 10 da ocorrecircncia do
evento analisado na presenccedila da classe encontrada na linha i coluna j do mapa k
Pixel Aglutinaccedilatildeo de ldquopicture elementrdquo ou seja elemento de imagem Eacute o menor
elemento num dispositivo de exibiccedilatildeo (como por exemplo um monitor) ao qual possibilita
atribuir-se uma cor De modo mais simples um pixel eacute o menor ponto que forma uma
imagem digital sendo que os conjuntos de milhares de pixels formam a imagem inteira A
Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada possui dimensotildees de 31 X 15 ou seja 31
colunas por 15 linhas totalizando 465 pixels (adaptado de MARINO 2005 p4)
22
Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005)
A partir desta formulaccedilatildeo de Anaacutelise Ambiental podem ser feitas as seguintes
proposiccedilotildees tambeacutem segundo XAVIER DA SILVA (2001)
Ai j exprime a probabilidade resultante do produto da formulaccedilatildeo ambiental numa
escala de 0 a 10 para a ocorrecircncia de um evento ou entidade ambiental que seja
causado em princiacutepio pela atuaccedilatildeo convergente dos paracircmetros ambientais nela
considerados
Os dados envolvidos na avaliaccedilatildeo podem ser lanccedilados em uma escala ordinal que
varie entre 0 e 10 ou entre 0 e 100 para que seja gerada uma amplitude de variaccedilatildeo
suficiente a permitir maior percepccedilatildeo da variabilidade das estimativas
A normalizaccedilatildeo dos pesos restritos entre os valores 0 e 1 resulta na definiccedilatildeo do
valor do peso atribuiacutedo a um mapa como o valor maacuteximo que qualquer das classes
daquele mapa pode assumir Por exemplo atribuir um peso de 40 ao paracircmetro
ldquodeclividadesrdquo numa anaacutelise significa que o maacuteximo que uma determinada classe
deste mapa pode contribuir na determinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia do evento
analisado eacute de 4 numa escala de 0 a 10
Com a adoccedilatildeo da meacutedia ponderada estaacute criado um espaccedilo classificatoacuterio que eacute em
princiacutepio ordinal mas que pode admitir grande e variado detalhamento na
classificaccedilatildeo das estimativas
34 Aacutervore de Decisatildeo Qualidade de Vida
O diagrama da Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada eacute denominado ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo (XAVIER DA SILVA 2001) uma vez que propicia em seus diversos niacuteveis apoio
a decisotildees quanto ao seu objetivo formal ou seja estimar a quantidade a localizaccedilatildeo e a
extensatildeo dos movimentos populacionais a serem executados em uma aacuterea tendo em vista a
melhoria da qualidade de vida de seus habitantes
23
Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ)
Cada um dos retacircngulos representa um mapeamento digital de um paracircmetro de
anaacutelise ou uma avaliaccedilatildeo ambiental que tenha sido executada
A inspeccedilatildeo desta aacutervore de decisatildeo como tambeacutem das parciais seguintes possibilita
que se apresentem constataccedilotildees relevantes quanto agrave origem dos dados
No estrato inferior da figura (noacutes folhas da aacutervore) constam os mapas baacutesicos
elaborados e que constituem os componentes ambientais decisivos para as anaacutelises que
se vai empreender e que satildeo resultantes de levantamentos e de interpretaccedilotildees da
realidade ambiental do municiacutepio de Seropeacutedica
Os mapas da realidade ambiental sob a perspectiva da geografia humana utilizados
nos ramos infraestrutura condiccedilotildees sociais e condiccedilotildees de renda foram gerados a
partir dos dados censitaacuterios produzidos por IBGE (2010) referentes agrave Base de
Informaccedilotildees por Setor Censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010
Os mapas derivados e resultantes de anaacutelises mostram-se de forma assimeacutetrica no
modelo e foram elaborados no ambiente do programa VISTASAGA
A estimativa de mais alto niacutevel foi obtida a partir da conjugaccedilatildeo e integraccedilatildeo da
representaccedilatildeo cartograacutefica das Condiccedilotildees de Renda e constitui para o elevado niacutevel
de detalhe possibilitado pela escala e resoluccedilatildeo adotadas a distribuiccedilatildeo territorial de
locais indicados para transposiccedilotildees de assentamentos precaacuterios
24
35 Terminologia Censitaacuteria (IBGE)
A seguir satildeo apresentados alguns termos frequentemente citados nos capiacutetulos que
discutem o aspecto socioeconocircmico dos mapeamentos definidos segundo IBGE (2010)
Domiciacutelio particular - Domiciacutelio onde o relacionamento entre seus ocupantes era
ditado por laccedilos de parentesco de dependecircncia domeacutestica ou por normas de
convivecircncia O domiciacutelio particular eacute classificado em permanente ndash Domiciacutelio
construiacutedo para servir exclusivamente agrave habitaccedilatildeo e na data de referecircncia tinha a
finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas e coletivo - Eacute uma instituiccedilatildeo
ou estabelecimento onde as relaccedilotildees entre as pessoas que nele se encontravam
moradoras ou natildeo era restrita a normas de subordinaccedilatildeo administrativa como em
hoteacuteis moteacuteis camping pensotildees penitenciaacuterias presiacutedios casas de detenccedilatildeo
quarteacuteis postos militares asilos orfanatos conventos hospitais e cliacutenicas (com
internaccedilatildeo) alojamento de trabalhadores ou de estudantes etc
Rendimento mensal - soma do rendimento mensal de trabalho com o rendimento
proveniente de outras fontes
Rendimento mensal familiar ndash A soma dos rendimentos mensais dos componentes
da famiacutelia exclusive os das pessoas cuja condiccedilatildeo na famiacutelia fosse pensionista
empregado domeacutestico ou parente do empregado domeacutestico
Domiciacutelio com esgoto ligado a rede coletora (ou fossa seacuteptica) - quando a
canalizaccedilatildeo das aacuteguas servidas e dos dejetos proveniente do banheiro ou sanitaacuterio
estava ligada a um sistema de coleta que os conduzia a um desaguadouro geral da
aacuterea regiatildeo ou municiacutepio mesmo que o sistema natildeo dispusesse de estaccedilatildeo de
tratamento da mateacuteria esgotada
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados
O nuacutemero de domiciacutelios registrados por setor censitaacuterio no municiacutepio de Seropeacutedica
varia dependendo do setor Para a exposiccedilatildeo dos dados tabulares sob a expressatildeo
cartograacutefica haacute a necessidade de se efetuar o agrupamento desses dados em classes
A formulaccedilatildeo de Sturges (Marino apud 2008) orienta qual deva ser o nuacutemero de
categorias de acordo com a quantidade de dados disponiacuteveis neste caso o nuacutemero total de
116 setores censitaacuterios constituintes da aacuterea de estudo
25
K = 1+ 33log 116 = 1+ 33206 = 1+ 679 asymp 8 classes
352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais)
Eacute importante observar que natildeo faz sentido realizar as classificaccedilotildees a seguir sem
normalizaacute-las pelo campo que tabula a quantidade de domiciacutelios permanentes Para a melhor
compreensatildeo desta citaccedilatildeo segue uma breve ilustraccedilatildeo
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees
SETOR DOM CONECTADOS Agrave REDE ELEacuteTRICA DOMICIacuteLIOS
1 50 100 50
2 50 1000 5
Apesar de ambos setores apresentarem as mesmas quantidades de domiciacutelios
conectados agrave rede de energia eleacutetrica o setor 1 possui apenas 100 domiciacutelios ou seja 50
deste setor eacute atendido pela rede de energia eleacutetrica Analisando agora o setor 2 que tambeacutem
possui 50 domiciacutelios conectados agrave rede eleacutetrica este por sua vez eacute constituiacutedo por 1000
domiciacutelios Em termos percentuais este setor possui apenas 5 de seus domiciacutelios
abastecidos pela rede de energia eleacutetrica o que nos leva a concluir que o setor 1 eacute melhor
servido em relaccedilatildeo ao setor 2 diferentemente de quando olhamos apenas para os valores
absolutos desta amostragem
Sendo assim todos os dados seratildeo sempre classificados normalizados pela quantidade
de domiciacutelios do setor Assim obteacutem-se a resposta em termos percentuais ou seja indexada
pelo universo amostral
26
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA
Para a concepccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica a origem e o formato dos dados
foram exclusivamente apoiados nos resultados do Censo 2010 (IBGE 2010) no niacutevel de
detalhe agrupados pelos setores censitaacuterios
As anaacutelises ambientais da populaccedilatildeo residente na aacuterea de estudos versaram sobre trecircs
principais dimensotildees cada uma delas com seu conjunto de variaacuteveis empregadas
convencionalmente para a detecccedilatildeo dos iacutendices de desenvolvimento humano e de qualidade
de vida
Desta forma foram desenvolvidos mapas temaacuteticos sobre condiccedilotildees de infraestrutura
caracterizadas pelas contribuiccedilotildees do estado e do indiviacuteduo para a qualidade de vida
correspondentes aos cuidados com a coleta de lixo como condiccedilotildees do domiciacutelio quanto
energia eleacutetrica e banheiros conectados ao saneamento baacutesico sobre os aspectos sociais como
nuacutemero de habitantes por domiciacutelio e renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo e das condiccedilotildees
de educaccedilatildeo os itens avaliados satildeo crianccedilas com 5 anos ou mais de idade alfabetizados e
pessoas analfabetas funcionais
41 Unidade territorial Setor censitaacuterio
A unidade territorial adotada para as anaacutelises referentes agrave populaccedilatildeo eacute o setor
censitaacuterio conforme delimitado e identificado por IBGE (2010) A partir do mapeamento da
divisatildeo censitaacuteria disponibilizada no formato vetorial procedimentos de conversatildeo de
formatos foram aplicados atraveacutes do aplicativo Esri ArcGIS para a geraccedilatildeo do formato
matricial RasterSAGA apropriado para as avaliaccedilotildees ambientais a serem realizadas no
ambiente do sistema VistaSAGA
A regiatildeo de estudo abrange o total de 116 setores censitaacuterios como se pode observar a
seguir
27
Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
28
A base de dados cadastrais da populaccedilatildeo em escala dos setores censitaacuterios resultado
do Censo 2010 foi disponibilizada pelo IBGE em 2010 estruturada sob a forma tabular em
duas dimensotildees a saber domiciacutelios e pessoas
Para fins de filtragem dos dados tabulares socioeconocircmicos do IBGE as tabelas
originais para o municiacutepio de Seropeacutedica de domiciacutelios e pessoas foram filtradas para a aacuterea
de estudo pela seleccedilatildeo daqueles setores censitaacuterios restritos apenas ao municiacutepio em questatildeo
Todas as planilhas no formato Microsoft Excel que antes apresentavam aproximadamente
27767 mil registros referente a todos os setores censitaacuterios da Cidade do Rio de Janeiro
passa a ter apenas 116 registros referentes apenas aos setores cobertos pelo municiacutepio de
Seropeacutedica
Tendo em vista que as tabelas originais do IBGE de formato XLS (Microsoft Excel)
trazem o cabeccedilalho (nomes dos campos) em coacutedigo no formato V0001 V0002 V2500 pois
satildeo elaboradas especificamente para o uso no ambiente ESTATCART e sendo inviaacutevel
descrever o significado de cada campo em seu tiacutetulo o IBGE os codifica nos arquivos e
disponibilizam um manual descritivo de cada uma das variaacuteveis por meio do um documento
denominado ldquoCenso Demograacutefico 2010rdquo (IBGE2 2010)
Sendo assim houve tambeacutem um trabalho de interpretaccedilatildeo e pesquisa do referido
manual a fim de localizar os coacutedigos das variaacuteveis necessaacuterias a este projeto de pesquisa
dentre as mais de 3000 disponibilizadas pelo Censo Demograacutefico
A geraccedilatildeo de toda a base temaacutetica socioeconocircmica foi desenvolvida com utilizaccedilatildeo da
ferramenta de classificaccedilatildeo de mapas do SIG Esri ArcGIS
Apoacutes a geraccedilatildeo dos mapas classificatoacuterios realizou-se a conversatildeo dos mapas
temaacuteticos resultantes do formato shape (shp) para o formato matricial RasterSaga (rs2) por
meio do ldquoconversor SHPRS2rdquo aplicativo desenvolvido e disponibilizado pelo
LAGEOPUFRJ
42 Geraccedilatildeo do mapeamento temaacutetico classificatoacuterio
As subseccedilotildees a seguir caracterizam as aacutervores de decisatildeo individualizadas relativas
aos mapas temaacuteticos de infraestrutura aspectos sociais e niacutevel de educaccedilatildeo
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo
Variaacuteveis - Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
- Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
- Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
22
Figura 2 Pixels da imagem (MARINO 2005)
A partir desta formulaccedilatildeo de Anaacutelise Ambiental podem ser feitas as seguintes
proposiccedilotildees tambeacutem segundo XAVIER DA SILVA (2001)
Ai j exprime a probabilidade resultante do produto da formulaccedilatildeo ambiental numa
escala de 0 a 10 para a ocorrecircncia de um evento ou entidade ambiental que seja
causado em princiacutepio pela atuaccedilatildeo convergente dos paracircmetros ambientais nela
considerados
Os dados envolvidos na avaliaccedilatildeo podem ser lanccedilados em uma escala ordinal que
varie entre 0 e 10 ou entre 0 e 100 para que seja gerada uma amplitude de variaccedilatildeo
suficiente a permitir maior percepccedilatildeo da variabilidade das estimativas
A normalizaccedilatildeo dos pesos restritos entre os valores 0 e 1 resulta na definiccedilatildeo do
valor do peso atribuiacutedo a um mapa como o valor maacuteximo que qualquer das classes
daquele mapa pode assumir Por exemplo atribuir um peso de 40 ao paracircmetro
ldquodeclividadesrdquo numa anaacutelise significa que o maacuteximo que uma determinada classe
deste mapa pode contribuir na determinaccedilatildeo da probabilidade de ocorrecircncia do evento
analisado eacute de 4 numa escala de 0 a 10
Com a adoccedilatildeo da meacutedia ponderada estaacute criado um espaccedilo classificatoacuterio que eacute em
princiacutepio ordinal mas que pode admitir grande e variado detalhamento na
classificaccedilatildeo das estimativas
34 Aacutervore de Decisatildeo Qualidade de Vida
O diagrama da Erro Fonte de referecircncia natildeo encontrada eacute denominado ldquoAacutervore de
Decisatildeordquo (XAVIER DA SILVA 2001) uma vez que propicia em seus diversos niacuteveis apoio
a decisotildees quanto ao seu objetivo formal ou seja estimar a quantidade a localizaccedilatildeo e a
extensatildeo dos movimentos populacionais a serem executados em uma aacuterea tendo em vista a
melhoria da qualidade de vida de seus habitantes
23
Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ)
Cada um dos retacircngulos representa um mapeamento digital de um paracircmetro de
anaacutelise ou uma avaliaccedilatildeo ambiental que tenha sido executada
A inspeccedilatildeo desta aacutervore de decisatildeo como tambeacutem das parciais seguintes possibilita
que se apresentem constataccedilotildees relevantes quanto agrave origem dos dados
No estrato inferior da figura (noacutes folhas da aacutervore) constam os mapas baacutesicos
elaborados e que constituem os componentes ambientais decisivos para as anaacutelises que
se vai empreender e que satildeo resultantes de levantamentos e de interpretaccedilotildees da
realidade ambiental do municiacutepio de Seropeacutedica
Os mapas da realidade ambiental sob a perspectiva da geografia humana utilizados
nos ramos infraestrutura condiccedilotildees sociais e condiccedilotildees de renda foram gerados a
partir dos dados censitaacuterios produzidos por IBGE (2010) referentes agrave Base de
Informaccedilotildees por Setor Censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010
Os mapas derivados e resultantes de anaacutelises mostram-se de forma assimeacutetrica no
modelo e foram elaborados no ambiente do programa VISTASAGA
A estimativa de mais alto niacutevel foi obtida a partir da conjugaccedilatildeo e integraccedilatildeo da
representaccedilatildeo cartograacutefica das Condiccedilotildees de Renda e constitui para o elevado niacutevel
de detalhe possibilitado pela escala e resoluccedilatildeo adotadas a distribuiccedilatildeo territorial de
locais indicados para transposiccedilotildees de assentamentos precaacuterios
24
35 Terminologia Censitaacuteria (IBGE)
A seguir satildeo apresentados alguns termos frequentemente citados nos capiacutetulos que
discutem o aspecto socioeconocircmico dos mapeamentos definidos segundo IBGE (2010)
Domiciacutelio particular - Domiciacutelio onde o relacionamento entre seus ocupantes era
ditado por laccedilos de parentesco de dependecircncia domeacutestica ou por normas de
convivecircncia O domiciacutelio particular eacute classificado em permanente ndash Domiciacutelio
construiacutedo para servir exclusivamente agrave habitaccedilatildeo e na data de referecircncia tinha a
finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas e coletivo - Eacute uma instituiccedilatildeo
ou estabelecimento onde as relaccedilotildees entre as pessoas que nele se encontravam
moradoras ou natildeo era restrita a normas de subordinaccedilatildeo administrativa como em
hoteacuteis moteacuteis camping pensotildees penitenciaacuterias presiacutedios casas de detenccedilatildeo
quarteacuteis postos militares asilos orfanatos conventos hospitais e cliacutenicas (com
internaccedilatildeo) alojamento de trabalhadores ou de estudantes etc
Rendimento mensal - soma do rendimento mensal de trabalho com o rendimento
proveniente de outras fontes
Rendimento mensal familiar ndash A soma dos rendimentos mensais dos componentes
da famiacutelia exclusive os das pessoas cuja condiccedilatildeo na famiacutelia fosse pensionista
empregado domeacutestico ou parente do empregado domeacutestico
Domiciacutelio com esgoto ligado a rede coletora (ou fossa seacuteptica) - quando a
canalizaccedilatildeo das aacuteguas servidas e dos dejetos proveniente do banheiro ou sanitaacuterio
estava ligada a um sistema de coleta que os conduzia a um desaguadouro geral da
aacuterea regiatildeo ou municiacutepio mesmo que o sistema natildeo dispusesse de estaccedilatildeo de
tratamento da mateacuteria esgotada
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados
O nuacutemero de domiciacutelios registrados por setor censitaacuterio no municiacutepio de Seropeacutedica
varia dependendo do setor Para a exposiccedilatildeo dos dados tabulares sob a expressatildeo
cartograacutefica haacute a necessidade de se efetuar o agrupamento desses dados em classes
A formulaccedilatildeo de Sturges (Marino apud 2008) orienta qual deva ser o nuacutemero de
categorias de acordo com a quantidade de dados disponiacuteveis neste caso o nuacutemero total de
116 setores censitaacuterios constituintes da aacuterea de estudo
25
K = 1+ 33log 116 = 1+ 33206 = 1+ 679 asymp 8 classes
352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais)
Eacute importante observar que natildeo faz sentido realizar as classificaccedilotildees a seguir sem
normalizaacute-las pelo campo que tabula a quantidade de domiciacutelios permanentes Para a melhor
compreensatildeo desta citaccedilatildeo segue uma breve ilustraccedilatildeo
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees
SETOR DOM CONECTADOS Agrave REDE ELEacuteTRICA DOMICIacuteLIOS
1 50 100 50
2 50 1000 5
Apesar de ambos setores apresentarem as mesmas quantidades de domiciacutelios
conectados agrave rede de energia eleacutetrica o setor 1 possui apenas 100 domiciacutelios ou seja 50
deste setor eacute atendido pela rede de energia eleacutetrica Analisando agora o setor 2 que tambeacutem
possui 50 domiciacutelios conectados agrave rede eleacutetrica este por sua vez eacute constituiacutedo por 1000
domiciacutelios Em termos percentuais este setor possui apenas 5 de seus domiciacutelios
abastecidos pela rede de energia eleacutetrica o que nos leva a concluir que o setor 1 eacute melhor
servido em relaccedilatildeo ao setor 2 diferentemente de quando olhamos apenas para os valores
absolutos desta amostragem
Sendo assim todos os dados seratildeo sempre classificados normalizados pela quantidade
de domiciacutelios do setor Assim obteacutem-se a resposta em termos percentuais ou seja indexada
pelo universo amostral
26
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA
Para a concepccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica a origem e o formato dos dados
foram exclusivamente apoiados nos resultados do Censo 2010 (IBGE 2010) no niacutevel de
detalhe agrupados pelos setores censitaacuterios
As anaacutelises ambientais da populaccedilatildeo residente na aacuterea de estudos versaram sobre trecircs
principais dimensotildees cada uma delas com seu conjunto de variaacuteveis empregadas
convencionalmente para a detecccedilatildeo dos iacutendices de desenvolvimento humano e de qualidade
de vida
Desta forma foram desenvolvidos mapas temaacuteticos sobre condiccedilotildees de infraestrutura
caracterizadas pelas contribuiccedilotildees do estado e do indiviacuteduo para a qualidade de vida
correspondentes aos cuidados com a coleta de lixo como condiccedilotildees do domiciacutelio quanto
energia eleacutetrica e banheiros conectados ao saneamento baacutesico sobre os aspectos sociais como
nuacutemero de habitantes por domiciacutelio e renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo e das condiccedilotildees
de educaccedilatildeo os itens avaliados satildeo crianccedilas com 5 anos ou mais de idade alfabetizados e
pessoas analfabetas funcionais
41 Unidade territorial Setor censitaacuterio
A unidade territorial adotada para as anaacutelises referentes agrave populaccedilatildeo eacute o setor
censitaacuterio conforme delimitado e identificado por IBGE (2010) A partir do mapeamento da
divisatildeo censitaacuteria disponibilizada no formato vetorial procedimentos de conversatildeo de
formatos foram aplicados atraveacutes do aplicativo Esri ArcGIS para a geraccedilatildeo do formato
matricial RasterSAGA apropriado para as avaliaccedilotildees ambientais a serem realizadas no
ambiente do sistema VistaSAGA
A regiatildeo de estudo abrange o total de 116 setores censitaacuterios como se pode observar a
seguir
27
Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
28
A base de dados cadastrais da populaccedilatildeo em escala dos setores censitaacuterios resultado
do Censo 2010 foi disponibilizada pelo IBGE em 2010 estruturada sob a forma tabular em
duas dimensotildees a saber domiciacutelios e pessoas
Para fins de filtragem dos dados tabulares socioeconocircmicos do IBGE as tabelas
originais para o municiacutepio de Seropeacutedica de domiciacutelios e pessoas foram filtradas para a aacuterea
de estudo pela seleccedilatildeo daqueles setores censitaacuterios restritos apenas ao municiacutepio em questatildeo
Todas as planilhas no formato Microsoft Excel que antes apresentavam aproximadamente
27767 mil registros referente a todos os setores censitaacuterios da Cidade do Rio de Janeiro
passa a ter apenas 116 registros referentes apenas aos setores cobertos pelo municiacutepio de
Seropeacutedica
Tendo em vista que as tabelas originais do IBGE de formato XLS (Microsoft Excel)
trazem o cabeccedilalho (nomes dos campos) em coacutedigo no formato V0001 V0002 V2500 pois
satildeo elaboradas especificamente para o uso no ambiente ESTATCART e sendo inviaacutevel
descrever o significado de cada campo em seu tiacutetulo o IBGE os codifica nos arquivos e
disponibilizam um manual descritivo de cada uma das variaacuteveis por meio do um documento
denominado ldquoCenso Demograacutefico 2010rdquo (IBGE2 2010)
Sendo assim houve tambeacutem um trabalho de interpretaccedilatildeo e pesquisa do referido
manual a fim de localizar os coacutedigos das variaacuteveis necessaacuterias a este projeto de pesquisa
dentre as mais de 3000 disponibilizadas pelo Censo Demograacutefico
A geraccedilatildeo de toda a base temaacutetica socioeconocircmica foi desenvolvida com utilizaccedilatildeo da
ferramenta de classificaccedilatildeo de mapas do SIG Esri ArcGIS
Apoacutes a geraccedilatildeo dos mapas classificatoacuterios realizou-se a conversatildeo dos mapas
temaacuteticos resultantes do formato shape (shp) para o formato matricial RasterSaga (rs2) por
meio do ldquoconversor SHPRS2rdquo aplicativo desenvolvido e disponibilizado pelo
LAGEOPUFRJ
42 Geraccedilatildeo do mapeamento temaacutetico classificatoacuterio
As subseccedilotildees a seguir caracterizam as aacutervores de decisatildeo individualizadas relativas
aos mapas temaacuteticos de infraestrutura aspectos sociais e niacutevel de educaccedilatildeo
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo
Variaacuteveis - Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
- Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
- Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
23
Figura 3 Aacutervore de Decisatildeo para Qualidade de Vida em Seropeacutedica (RJ)
Cada um dos retacircngulos representa um mapeamento digital de um paracircmetro de
anaacutelise ou uma avaliaccedilatildeo ambiental que tenha sido executada
A inspeccedilatildeo desta aacutervore de decisatildeo como tambeacutem das parciais seguintes possibilita
que se apresentem constataccedilotildees relevantes quanto agrave origem dos dados
No estrato inferior da figura (noacutes folhas da aacutervore) constam os mapas baacutesicos
elaborados e que constituem os componentes ambientais decisivos para as anaacutelises que
se vai empreender e que satildeo resultantes de levantamentos e de interpretaccedilotildees da
realidade ambiental do municiacutepio de Seropeacutedica
Os mapas da realidade ambiental sob a perspectiva da geografia humana utilizados
nos ramos infraestrutura condiccedilotildees sociais e condiccedilotildees de renda foram gerados a
partir dos dados censitaacuterios produzidos por IBGE (2010) referentes agrave Base de
Informaccedilotildees por Setor Censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010
Os mapas derivados e resultantes de anaacutelises mostram-se de forma assimeacutetrica no
modelo e foram elaborados no ambiente do programa VISTASAGA
A estimativa de mais alto niacutevel foi obtida a partir da conjugaccedilatildeo e integraccedilatildeo da
representaccedilatildeo cartograacutefica das Condiccedilotildees de Renda e constitui para o elevado niacutevel
de detalhe possibilitado pela escala e resoluccedilatildeo adotadas a distribuiccedilatildeo territorial de
locais indicados para transposiccedilotildees de assentamentos precaacuterios
24
35 Terminologia Censitaacuteria (IBGE)
A seguir satildeo apresentados alguns termos frequentemente citados nos capiacutetulos que
discutem o aspecto socioeconocircmico dos mapeamentos definidos segundo IBGE (2010)
Domiciacutelio particular - Domiciacutelio onde o relacionamento entre seus ocupantes era
ditado por laccedilos de parentesco de dependecircncia domeacutestica ou por normas de
convivecircncia O domiciacutelio particular eacute classificado em permanente ndash Domiciacutelio
construiacutedo para servir exclusivamente agrave habitaccedilatildeo e na data de referecircncia tinha a
finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas e coletivo - Eacute uma instituiccedilatildeo
ou estabelecimento onde as relaccedilotildees entre as pessoas que nele se encontravam
moradoras ou natildeo era restrita a normas de subordinaccedilatildeo administrativa como em
hoteacuteis moteacuteis camping pensotildees penitenciaacuterias presiacutedios casas de detenccedilatildeo
quarteacuteis postos militares asilos orfanatos conventos hospitais e cliacutenicas (com
internaccedilatildeo) alojamento de trabalhadores ou de estudantes etc
Rendimento mensal - soma do rendimento mensal de trabalho com o rendimento
proveniente de outras fontes
Rendimento mensal familiar ndash A soma dos rendimentos mensais dos componentes
da famiacutelia exclusive os das pessoas cuja condiccedilatildeo na famiacutelia fosse pensionista
empregado domeacutestico ou parente do empregado domeacutestico
Domiciacutelio com esgoto ligado a rede coletora (ou fossa seacuteptica) - quando a
canalizaccedilatildeo das aacuteguas servidas e dos dejetos proveniente do banheiro ou sanitaacuterio
estava ligada a um sistema de coleta que os conduzia a um desaguadouro geral da
aacuterea regiatildeo ou municiacutepio mesmo que o sistema natildeo dispusesse de estaccedilatildeo de
tratamento da mateacuteria esgotada
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados
O nuacutemero de domiciacutelios registrados por setor censitaacuterio no municiacutepio de Seropeacutedica
varia dependendo do setor Para a exposiccedilatildeo dos dados tabulares sob a expressatildeo
cartograacutefica haacute a necessidade de se efetuar o agrupamento desses dados em classes
A formulaccedilatildeo de Sturges (Marino apud 2008) orienta qual deva ser o nuacutemero de
categorias de acordo com a quantidade de dados disponiacuteveis neste caso o nuacutemero total de
116 setores censitaacuterios constituintes da aacuterea de estudo
25
K = 1+ 33log 116 = 1+ 33206 = 1+ 679 asymp 8 classes
352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais)
Eacute importante observar que natildeo faz sentido realizar as classificaccedilotildees a seguir sem
normalizaacute-las pelo campo que tabula a quantidade de domiciacutelios permanentes Para a melhor
compreensatildeo desta citaccedilatildeo segue uma breve ilustraccedilatildeo
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees
SETOR DOM CONECTADOS Agrave REDE ELEacuteTRICA DOMICIacuteLIOS
1 50 100 50
2 50 1000 5
Apesar de ambos setores apresentarem as mesmas quantidades de domiciacutelios
conectados agrave rede de energia eleacutetrica o setor 1 possui apenas 100 domiciacutelios ou seja 50
deste setor eacute atendido pela rede de energia eleacutetrica Analisando agora o setor 2 que tambeacutem
possui 50 domiciacutelios conectados agrave rede eleacutetrica este por sua vez eacute constituiacutedo por 1000
domiciacutelios Em termos percentuais este setor possui apenas 5 de seus domiciacutelios
abastecidos pela rede de energia eleacutetrica o que nos leva a concluir que o setor 1 eacute melhor
servido em relaccedilatildeo ao setor 2 diferentemente de quando olhamos apenas para os valores
absolutos desta amostragem
Sendo assim todos os dados seratildeo sempre classificados normalizados pela quantidade
de domiciacutelios do setor Assim obteacutem-se a resposta em termos percentuais ou seja indexada
pelo universo amostral
26
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA
Para a concepccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica a origem e o formato dos dados
foram exclusivamente apoiados nos resultados do Censo 2010 (IBGE 2010) no niacutevel de
detalhe agrupados pelos setores censitaacuterios
As anaacutelises ambientais da populaccedilatildeo residente na aacuterea de estudos versaram sobre trecircs
principais dimensotildees cada uma delas com seu conjunto de variaacuteveis empregadas
convencionalmente para a detecccedilatildeo dos iacutendices de desenvolvimento humano e de qualidade
de vida
Desta forma foram desenvolvidos mapas temaacuteticos sobre condiccedilotildees de infraestrutura
caracterizadas pelas contribuiccedilotildees do estado e do indiviacuteduo para a qualidade de vida
correspondentes aos cuidados com a coleta de lixo como condiccedilotildees do domiciacutelio quanto
energia eleacutetrica e banheiros conectados ao saneamento baacutesico sobre os aspectos sociais como
nuacutemero de habitantes por domiciacutelio e renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo e das condiccedilotildees
de educaccedilatildeo os itens avaliados satildeo crianccedilas com 5 anos ou mais de idade alfabetizados e
pessoas analfabetas funcionais
41 Unidade territorial Setor censitaacuterio
A unidade territorial adotada para as anaacutelises referentes agrave populaccedilatildeo eacute o setor
censitaacuterio conforme delimitado e identificado por IBGE (2010) A partir do mapeamento da
divisatildeo censitaacuteria disponibilizada no formato vetorial procedimentos de conversatildeo de
formatos foram aplicados atraveacutes do aplicativo Esri ArcGIS para a geraccedilatildeo do formato
matricial RasterSAGA apropriado para as avaliaccedilotildees ambientais a serem realizadas no
ambiente do sistema VistaSAGA
A regiatildeo de estudo abrange o total de 116 setores censitaacuterios como se pode observar a
seguir
27
Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
28
A base de dados cadastrais da populaccedilatildeo em escala dos setores censitaacuterios resultado
do Censo 2010 foi disponibilizada pelo IBGE em 2010 estruturada sob a forma tabular em
duas dimensotildees a saber domiciacutelios e pessoas
Para fins de filtragem dos dados tabulares socioeconocircmicos do IBGE as tabelas
originais para o municiacutepio de Seropeacutedica de domiciacutelios e pessoas foram filtradas para a aacuterea
de estudo pela seleccedilatildeo daqueles setores censitaacuterios restritos apenas ao municiacutepio em questatildeo
Todas as planilhas no formato Microsoft Excel que antes apresentavam aproximadamente
27767 mil registros referente a todos os setores censitaacuterios da Cidade do Rio de Janeiro
passa a ter apenas 116 registros referentes apenas aos setores cobertos pelo municiacutepio de
Seropeacutedica
Tendo em vista que as tabelas originais do IBGE de formato XLS (Microsoft Excel)
trazem o cabeccedilalho (nomes dos campos) em coacutedigo no formato V0001 V0002 V2500 pois
satildeo elaboradas especificamente para o uso no ambiente ESTATCART e sendo inviaacutevel
descrever o significado de cada campo em seu tiacutetulo o IBGE os codifica nos arquivos e
disponibilizam um manual descritivo de cada uma das variaacuteveis por meio do um documento
denominado ldquoCenso Demograacutefico 2010rdquo (IBGE2 2010)
Sendo assim houve tambeacutem um trabalho de interpretaccedilatildeo e pesquisa do referido
manual a fim de localizar os coacutedigos das variaacuteveis necessaacuterias a este projeto de pesquisa
dentre as mais de 3000 disponibilizadas pelo Censo Demograacutefico
A geraccedilatildeo de toda a base temaacutetica socioeconocircmica foi desenvolvida com utilizaccedilatildeo da
ferramenta de classificaccedilatildeo de mapas do SIG Esri ArcGIS
Apoacutes a geraccedilatildeo dos mapas classificatoacuterios realizou-se a conversatildeo dos mapas
temaacuteticos resultantes do formato shape (shp) para o formato matricial RasterSaga (rs2) por
meio do ldquoconversor SHPRS2rdquo aplicativo desenvolvido e disponibilizado pelo
LAGEOPUFRJ
42 Geraccedilatildeo do mapeamento temaacutetico classificatoacuterio
As subseccedilotildees a seguir caracterizam as aacutervores de decisatildeo individualizadas relativas
aos mapas temaacuteticos de infraestrutura aspectos sociais e niacutevel de educaccedilatildeo
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo
Variaacuteveis - Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
- Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
- Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
24
35 Terminologia Censitaacuteria (IBGE)
A seguir satildeo apresentados alguns termos frequentemente citados nos capiacutetulos que
discutem o aspecto socioeconocircmico dos mapeamentos definidos segundo IBGE (2010)
Domiciacutelio particular - Domiciacutelio onde o relacionamento entre seus ocupantes era
ditado por laccedilos de parentesco de dependecircncia domeacutestica ou por normas de
convivecircncia O domiciacutelio particular eacute classificado em permanente ndash Domiciacutelio
construiacutedo para servir exclusivamente agrave habitaccedilatildeo e na data de referecircncia tinha a
finalidade de servir de moradia a uma ou mais pessoas e coletivo - Eacute uma instituiccedilatildeo
ou estabelecimento onde as relaccedilotildees entre as pessoas que nele se encontravam
moradoras ou natildeo era restrita a normas de subordinaccedilatildeo administrativa como em
hoteacuteis moteacuteis camping pensotildees penitenciaacuterias presiacutedios casas de detenccedilatildeo
quarteacuteis postos militares asilos orfanatos conventos hospitais e cliacutenicas (com
internaccedilatildeo) alojamento de trabalhadores ou de estudantes etc
Rendimento mensal - soma do rendimento mensal de trabalho com o rendimento
proveniente de outras fontes
Rendimento mensal familiar ndash A soma dos rendimentos mensais dos componentes
da famiacutelia exclusive os das pessoas cuja condiccedilatildeo na famiacutelia fosse pensionista
empregado domeacutestico ou parente do empregado domeacutestico
Domiciacutelio com esgoto ligado a rede coletora (ou fossa seacuteptica) - quando a
canalizaccedilatildeo das aacuteguas servidas e dos dejetos proveniente do banheiro ou sanitaacuterio
estava ligada a um sistema de coleta que os conduzia a um desaguadouro geral da
aacuterea regiatildeo ou municiacutepio mesmo que o sistema natildeo dispusesse de estaccedilatildeo de
tratamento da mateacuteria esgotada
351 Procedimentos estatiacutesticos e classes de dados
O nuacutemero de domiciacutelios registrados por setor censitaacuterio no municiacutepio de Seropeacutedica
varia dependendo do setor Para a exposiccedilatildeo dos dados tabulares sob a expressatildeo
cartograacutefica haacute a necessidade de se efetuar o agrupamento desses dados em classes
A formulaccedilatildeo de Sturges (Marino apud 2008) orienta qual deva ser o nuacutemero de
categorias de acordo com a quantidade de dados disponiacuteveis neste caso o nuacutemero total de
116 setores censitaacuterios constituintes da aacuterea de estudo
25
K = 1+ 33log 116 = 1+ 33206 = 1+ 679 asymp 8 classes
352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais)
Eacute importante observar que natildeo faz sentido realizar as classificaccedilotildees a seguir sem
normalizaacute-las pelo campo que tabula a quantidade de domiciacutelios permanentes Para a melhor
compreensatildeo desta citaccedilatildeo segue uma breve ilustraccedilatildeo
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees
SETOR DOM CONECTADOS Agrave REDE ELEacuteTRICA DOMICIacuteLIOS
1 50 100 50
2 50 1000 5
Apesar de ambos setores apresentarem as mesmas quantidades de domiciacutelios
conectados agrave rede de energia eleacutetrica o setor 1 possui apenas 100 domiciacutelios ou seja 50
deste setor eacute atendido pela rede de energia eleacutetrica Analisando agora o setor 2 que tambeacutem
possui 50 domiciacutelios conectados agrave rede eleacutetrica este por sua vez eacute constituiacutedo por 1000
domiciacutelios Em termos percentuais este setor possui apenas 5 de seus domiciacutelios
abastecidos pela rede de energia eleacutetrica o que nos leva a concluir que o setor 1 eacute melhor
servido em relaccedilatildeo ao setor 2 diferentemente de quando olhamos apenas para os valores
absolutos desta amostragem
Sendo assim todos os dados seratildeo sempre classificados normalizados pela quantidade
de domiciacutelios do setor Assim obteacutem-se a resposta em termos percentuais ou seja indexada
pelo universo amostral
26
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA
Para a concepccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica a origem e o formato dos dados
foram exclusivamente apoiados nos resultados do Censo 2010 (IBGE 2010) no niacutevel de
detalhe agrupados pelos setores censitaacuterios
As anaacutelises ambientais da populaccedilatildeo residente na aacuterea de estudos versaram sobre trecircs
principais dimensotildees cada uma delas com seu conjunto de variaacuteveis empregadas
convencionalmente para a detecccedilatildeo dos iacutendices de desenvolvimento humano e de qualidade
de vida
Desta forma foram desenvolvidos mapas temaacuteticos sobre condiccedilotildees de infraestrutura
caracterizadas pelas contribuiccedilotildees do estado e do indiviacuteduo para a qualidade de vida
correspondentes aos cuidados com a coleta de lixo como condiccedilotildees do domiciacutelio quanto
energia eleacutetrica e banheiros conectados ao saneamento baacutesico sobre os aspectos sociais como
nuacutemero de habitantes por domiciacutelio e renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo e das condiccedilotildees
de educaccedilatildeo os itens avaliados satildeo crianccedilas com 5 anos ou mais de idade alfabetizados e
pessoas analfabetas funcionais
41 Unidade territorial Setor censitaacuterio
A unidade territorial adotada para as anaacutelises referentes agrave populaccedilatildeo eacute o setor
censitaacuterio conforme delimitado e identificado por IBGE (2010) A partir do mapeamento da
divisatildeo censitaacuteria disponibilizada no formato vetorial procedimentos de conversatildeo de
formatos foram aplicados atraveacutes do aplicativo Esri ArcGIS para a geraccedilatildeo do formato
matricial RasterSAGA apropriado para as avaliaccedilotildees ambientais a serem realizadas no
ambiente do sistema VistaSAGA
A regiatildeo de estudo abrange o total de 116 setores censitaacuterios como se pode observar a
seguir
27
Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
28
A base de dados cadastrais da populaccedilatildeo em escala dos setores censitaacuterios resultado
do Censo 2010 foi disponibilizada pelo IBGE em 2010 estruturada sob a forma tabular em
duas dimensotildees a saber domiciacutelios e pessoas
Para fins de filtragem dos dados tabulares socioeconocircmicos do IBGE as tabelas
originais para o municiacutepio de Seropeacutedica de domiciacutelios e pessoas foram filtradas para a aacuterea
de estudo pela seleccedilatildeo daqueles setores censitaacuterios restritos apenas ao municiacutepio em questatildeo
Todas as planilhas no formato Microsoft Excel que antes apresentavam aproximadamente
27767 mil registros referente a todos os setores censitaacuterios da Cidade do Rio de Janeiro
passa a ter apenas 116 registros referentes apenas aos setores cobertos pelo municiacutepio de
Seropeacutedica
Tendo em vista que as tabelas originais do IBGE de formato XLS (Microsoft Excel)
trazem o cabeccedilalho (nomes dos campos) em coacutedigo no formato V0001 V0002 V2500 pois
satildeo elaboradas especificamente para o uso no ambiente ESTATCART e sendo inviaacutevel
descrever o significado de cada campo em seu tiacutetulo o IBGE os codifica nos arquivos e
disponibilizam um manual descritivo de cada uma das variaacuteveis por meio do um documento
denominado ldquoCenso Demograacutefico 2010rdquo (IBGE2 2010)
Sendo assim houve tambeacutem um trabalho de interpretaccedilatildeo e pesquisa do referido
manual a fim de localizar os coacutedigos das variaacuteveis necessaacuterias a este projeto de pesquisa
dentre as mais de 3000 disponibilizadas pelo Censo Demograacutefico
A geraccedilatildeo de toda a base temaacutetica socioeconocircmica foi desenvolvida com utilizaccedilatildeo da
ferramenta de classificaccedilatildeo de mapas do SIG Esri ArcGIS
Apoacutes a geraccedilatildeo dos mapas classificatoacuterios realizou-se a conversatildeo dos mapas
temaacuteticos resultantes do formato shape (shp) para o formato matricial RasterSaga (rs2) por
meio do ldquoconversor SHPRS2rdquo aplicativo desenvolvido e disponibilizado pelo
LAGEOPUFRJ
42 Geraccedilatildeo do mapeamento temaacutetico classificatoacuterio
As subseccedilotildees a seguir caracterizam as aacutervores de decisatildeo individualizadas relativas
aos mapas temaacuteticos de infraestrutura aspectos sociais e niacutevel de educaccedilatildeo
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo
Variaacuteveis - Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
- Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
- Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
25
K = 1+ 33log 116 = 1+ 33206 = 1+ 679 asymp 8 classes
352 Anaacutelise baseada em valores relativos (taxas percentuais)
Eacute importante observar que natildeo faz sentido realizar as classificaccedilotildees a seguir sem
normalizaacute-las pelo campo que tabula a quantidade de domiciacutelios permanentes Para a melhor
compreensatildeo desta citaccedilatildeo segue uma breve ilustraccedilatildeo
Quadro 1 Ilustraccedilatildeo da necessidade de normalizaccedilatildeo das classificaccedilotildees
SETOR DOM CONECTADOS Agrave REDE ELEacuteTRICA DOMICIacuteLIOS
1 50 100 50
2 50 1000 5
Apesar de ambos setores apresentarem as mesmas quantidades de domiciacutelios
conectados agrave rede de energia eleacutetrica o setor 1 possui apenas 100 domiciacutelios ou seja 50
deste setor eacute atendido pela rede de energia eleacutetrica Analisando agora o setor 2 que tambeacutem
possui 50 domiciacutelios conectados agrave rede eleacutetrica este por sua vez eacute constituiacutedo por 1000
domiciacutelios Em termos percentuais este setor possui apenas 5 de seus domiciacutelios
abastecidos pela rede de energia eleacutetrica o que nos leva a concluir que o setor 1 eacute melhor
servido em relaccedilatildeo ao setor 2 diferentemente de quando olhamos apenas para os valores
absolutos desta amostragem
Sendo assim todos os dados seratildeo sempre classificados normalizados pela quantidade
de domiciacutelios do setor Assim obteacutem-se a resposta em termos percentuais ou seja indexada
pelo universo amostral
26
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA
Para a concepccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica a origem e o formato dos dados
foram exclusivamente apoiados nos resultados do Censo 2010 (IBGE 2010) no niacutevel de
detalhe agrupados pelos setores censitaacuterios
As anaacutelises ambientais da populaccedilatildeo residente na aacuterea de estudos versaram sobre trecircs
principais dimensotildees cada uma delas com seu conjunto de variaacuteveis empregadas
convencionalmente para a detecccedilatildeo dos iacutendices de desenvolvimento humano e de qualidade
de vida
Desta forma foram desenvolvidos mapas temaacuteticos sobre condiccedilotildees de infraestrutura
caracterizadas pelas contribuiccedilotildees do estado e do indiviacuteduo para a qualidade de vida
correspondentes aos cuidados com a coleta de lixo como condiccedilotildees do domiciacutelio quanto
energia eleacutetrica e banheiros conectados ao saneamento baacutesico sobre os aspectos sociais como
nuacutemero de habitantes por domiciacutelio e renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo e das condiccedilotildees
de educaccedilatildeo os itens avaliados satildeo crianccedilas com 5 anos ou mais de idade alfabetizados e
pessoas analfabetas funcionais
41 Unidade territorial Setor censitaacuterio
A unidade territorial adotada para as anaacutelises referentes agrave populaccedilatildeo eacute o setor
censitaacuterio conforme delimitado e identificado por IBGE (2010) A partir do mapeamento da
divisatildeo censitaacuteria disponibilizada no formato vetorial procedimentos de conversatildeo de
formatos foram aplicados atraveacutes do aplicativo Esri ArcGIS para a geraccedilatildeo do formato
matricial RasterSAGA apropriado para as avaliaccedilotildees ambientais a serem realizadas no
ambiente do sistema VistaSAGA
A regiatildeo de estudo abrange o total de 116 setores censitaacuterios como se pode observar a
seguir
27
Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
28
A base de dados cadastrais da populaccedilatildeo em escala dos setores censitaacuterios resultado
do Censo 2010 foi disponibilizada pelo IBGE em 2010 estruturada sob a forma tabular em
duas dimensotildees a saber domiciacutelios e pessoas
Para fins de filtragem dos dados tabulares socioeconocircmicos do IBGE as tabelas
originais para o municiacutepio de Seropeacutedica de domiciacutelios e pessoas foram filtradas para a aacuterea
de estudo pela seleccedilatildeo daqueles setores censitaacuterios restritos apenas ao municiacutepio em questatildeo
Todas as planilhas no formato Microsoft Excel que antes apresentavam aproximadamente
27767 mil registros referente a todos os setores censitaacuterios da Cidade do Rio de Janeiro
passa a ter apenas 116 registros referentes apenas aos setores cobertos pelo municiacutepio de
Seropeacutedica
Tendo em vista que as tabelas originais do IBGE de formato XLS (Microsoft Excel)
trazem o cabeccedilalho (nomes dos campos) em coacutedigo no formato V0001 V0002 V2500 pois
satildeo elaboradas especificamente para o uso no ambiente ESTATCART e sendo inviaacutevel
descrever o significado de cada campo em seu tiacutetulo o IBGE os codifica nos arquivos e
disponibilizam um manual descritivo de cada uma das variaacuteveis por meio do um documento
denominado ldquoCenso Demograacutefico 2010rdquo (IBGE2 2010)
Sendo assim houve tambeacutem um trabalho de interpretaccedilatildeo e pesquisa do referido
manual a fim de localizar os coacutedigos das variaacuteveis necessaacuterias a este projeto de pesquisa
dentre as mais de 3000 disponibilizadas pelo Censo Demograacutefico
A geraccedilatildeo de toda a base temaacutetica socioeconocircmica foi desenvolvida com utilizaccedilatildeo da
ferramenta de classificaccedilatildeo de mapas do SIG Esri ArcGIS
Apoacutes a geraccedilatildeo dos mapas classificatoacuterios realizou-se a conversatildeo dos mapas
temaacuteticos resultantes do formato shape (shp) para o formato matricial RasterSaga (rs2) por
meio do ldquoconversor SHPRS2rdquo aplicativo desenvolvido e disponibilizado pelo
LAGEOPUFRJ
42 Geraccedilatildeo do mapeamento temaacutetico classificatoacuterio
As subseccedilotildees a seguir caracterizam as aacutervores de decisatildeo individualizadas relativas
aos mapas temaacuteticos de infraestrutura aspectos sociais e niacutevel de educaccedilatildeo
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo
Variaacuteveis - Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
- Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
- Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
26
4 GERACcedilAtildeO DA BASE DE DADOS TEMAacuteTICA
Para a concepccedilatildeo da base de dados socioeconocircmica a origem e o formato dos dados
foram exclusivamente apoiados nos resultados do Censo 2010 (IBGE 2010) no niacutevel de
detalhe agrupados pelos setores censitaacuterios
As anaacutelises ambientais da populaccedilatildeo residente na aacuterea de estudos versaram sobre trecircs
principais dimensotildees cada uma delas com seu conjunto de variaacuteveis empregadas
convencionalmente para a detecccedilatildeo dos iacutendices de desenvolvimento humano e de qualidade
de vida
Desta forma foram desenvolvidos mapas temaacuteticos sobre condiccedilotildees de infraestrutura
caracterizadas pelas contribuiccedilotildees do estado e do indiviacuteduo para a qualidade de vida
correspondentes aos cuidados com a coleta de lixo como condiccedilotildees do domiciacutelio quanto
energia eleacutetrica e banheiros conectados ao saneamento baacutesico sobre os aspectos sociais como
nuacutemero de habitantes por domiciacutelio e renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo e das condiccedilotildees
de educaccedilatildeo os itens avaliados satildeo crianccedilas com 5 anos ou mais de idade alfabetizados e
pessoas analfabetas funcionais
41 Unidade territorial Setor censitaacuterio
A unidade territorial adotada para as anaacutelises referentes agrave populaccedilatildeo eacute o setor
censitaacuterio conforme delimitado e identificado por IBGE (2010) A partir do mapeamento da
divisatildeo censitaacuteria disponibilizada no formato vetorial procedimentos de conversatildeo de
formatos foram aplicados atraveacutes do aplicativo Esri ArcGIS para a geraccedilatildeo do formato
matricial RasterSAGA apropriado para as avaliaccedilotildees ambientais a serem realizadas no
ambiente do sistema VistaSAGA
A regiatildeo de estudo abrange o total de 116 setores censitaacuterios como se pode observar a
seguir
27
Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
28
A base de dados cadastrais da populaccedilatildeo em escala dos setores censitaacuterios resultado
do Censo 2010 foi disponibilizada pelo IBGE em 2010 estruturada sob a forma tabular em
duas dimensotildees a saber domiciacutelios e pessoas
Para fins de filtragem dos dados tabulares socioeconocircmicos do IBGE as tabelas
originais para o municiacutepio de Seropeacutedica de domiciacutelios e pessoas foram filtradas para a aacuterea
de estudo pela seleccedilatildeo daqueles setores censitaacuterios restritos apenas ao municiacutepio em questatildeo
Todas as planilhas no formato Microsoft Excel que antes apresentavam aproximadamente
27767 mil registros referente a todos os setores censitaacuterios da Cidade do Rio de Janeiro
passa a ter apenas 116 registros referentes apenas aos setores cobertos pelo municiacutepio de
Seropeacutedica
Tendo em vista que as tabelas originais do IBGE de formato XLS (Microsoft Excel)
trazem o cabeccedilalho (nomes dos campos) em coacutedigo no formato V0001 V0002 V2500 pois
satildeo elaboradas especificamente para o uso no ambiente ESTATCART e sendo inviaacutevel
descrever o significado de cada campo em seu tiacutetulo o IBGE os codifica nos arquivos e
disponibilizam um manual descritivo de cada uma das variaacuteveis por meio do um documento
denominado ldquoCenso Demograacutefico 2010rdquo (IBGE2 2010)
Sendo assim houve tambeacutem um trabalho de interpretaccedilatildeo e pesquisa do referido
manual a fim de localizar os coacutedigos das variaacuteveis necessaacuterias a este projeto de pesquisa
dentre as mais de 3000 disponibilizadas pelo Censo Demograacutefico
A geraccedilatildeo de toda a base temaacutetica socioeconocircmica foi desenvolvida com utilizaccedilatildeo da
ferramenta de classificaccedilatildeo de mapas do SIG Esri ArcGIS
Apoacutes a geraccedilatildeo dos mapas classificatoacuterios realizou-se a conversatildeo dos mapas
temaacuteticos resultantes do formato shape (shp) para o formato matricial RasterSaga (rs2) por
meio do ldquoconversor SHPRS2rdquo aplicativo desenvolvido e disponibilizado pelo
LAGEOPUFRJ
42 Geraccedilatildeo do mapeamento temaacutetico classificatoacuterio
As subseccedilotildees a seguir caracterizam as aacutervores de decisatildeo individualizadas relativas
aos mapas temaacuteticos de infraestrutura aspectos sociais e niacutevel de educaccedilatildeo
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo
Variaacuteveis - Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
- Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
- Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
27
Mapa 2 Setores Censitaacuterios do Municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
28
A base de dados cadastrais da populaccedilatildeo em escala dos setores censitaacuterios resultado
do Censo 2010 foi disponibilizada pelo IBGE em 2010 estruturada sob a forma tabular em
duas dimensotildees a saber domiciacutelios e pessoas
Para fins de filtragem dos dados tabulares socioeconocircmicos do IBGE as tabelas
originais para o municiacutepio de Seropeacutedica de domiciacutelios e pessoas foram filtradas para a aacuterea
de estudo pela seleccedilatildeo daqueles setores censitaacuterios restritos apenas ao municiacutepio em questatildeo
Todas as planilhas no formato Microsoft Excel que antes apresentavam aproximadamente
27767 mil registros referente a todos os setores censitaacuterios da Cidade do Rio de Janeiro
passa a ter apenas 116 registros referentes apenas aos setores cobertos pelo municiacutepio de
Seropeacutedica
Tendo em vista que as tabelas originais do IBGE de formato XLS (Microsoft Excel)
trazem o cabeccedilalho (nomes dos campos) em coacutedigo no formato V0001 V0002 V2500 pois
satildeo elaboradas especificamente para o uso no ambiente ESTATCART e sendo inviaacutevel
descrever o significado de cada campo em seu tiacutetulo o IBGE os codifica nos arquivos e
disponibilizam um manual descritivo de cada uma das variaacuteveis por meio do um documento
denominado ldquoCenso Demograacutefico 2010rdquo (IBGE2 2010)
Sendo assim houve tambeacutem um trabalho de interpretaccedilatildeo e pesquisa do referido
manual a fim de localizar os coacutedigos das variaacuteveis necessaacuterias a este projeto de pesquisa
dentre as mais de 3000 disponibilizadas pelo Censo Demograacutefico
A geraccedilatildeo de toda a base temaacutetica socioeconocircmica foi desenvolvida com utilizaccedilatildeo da
ferramenta de classificaccedilatildeo de mapas do SIG Esri ArcGIS
Apoacutes a geraccedilatildeo dos mapas classificatoacuterios realizou-se a conversatildeo dos mapas
temaacuteticos resultantes do formato shape (shp) para o formato matricial RasterSaga (rs2) por
meio do ldquoconversor SHPRS2rdquo aplicativo desenvolvido e disponibilizado pelo
LAGEOPUFRJ
42 Geraccedilatildeo do mapeamento temaacutetico classificatoacuterio
As subseccedilotildees a seguir caracterizam as aacutervores de decisatildeo individualizadas relativas
aos mapas temaacuteticos de infraestrutura aspectos sociais e niacutevel de educaccedilatildeo
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo
Variaacuteveis - Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
- Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
- Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
28
A base de dados cadastrais da populaccedilatildeo em escala dos setores censitaacuterios resultado
do Censo 2010 foi disponibilizada pelo IBGE em 2010 estruturada sob a forma tabular em
duas dimensotildees a saber domiciacutelios e pessoas
Para fins de filtragem dos dados tabulares socioeconocircmicos do IBGE as tabelas
originais para o municiacutepio de Seropeacutedica de domiciacutelios e pessoas foram filtradas para a aacuterea
de estudo pela seleccedilatildeo daqueles setores censitaacuterios restritos apenas ao municiacutepio em questatildeo
Todas as planilhas no formato Microsoft Excel que antes apresentavam aproximadamente
27767 mil registros referente a todos os setores censitaacuterios da Cidade do Rio de Janeiro
passa a ter apenas 116 registros referentes apenas aos setores cobertos pelo municiacutepio de
Seropeacutedica
Tendo em vista que as tabelas originais do IBGE de formato XLS (Microsoft Excel)
trazem o cabeccedilalho (nomes dos campos) em coacutedigo no formato V0001 V0002 V2500 pois
satildeo elaboradas especificamente para o uso no ambiente ESTATCART e sendo inviaacutevel
descrever o significado de cada campo em seu tiacutetulo o IBGE os codifica nos arquivos e
disponibilizam um manual descritivo de cada uma das variaacuteveis por meio do um documento
denominado ldquoCenso Demograacutefico 2010rdquo (IBGE2 2010)
Sendo assim houve tambeacutem um trabalho de interpretaccedilatildeo e pesquisa do referido
manual a fim de localizar os coacutedigos das variaacuteveis necessaacuterias a este projeto de pesquisa
dentre as mais de 3000 disponibilizadas pelo Censo Demograacutefico
A geraccedilatildeo de toda a base temaacutetica socioeconocircmica foi desenvolvida com utilizaccedilatildeo da
ferramenta de classificaccedilatildeo de mapas do SIG Esri ArcGIS
Apoacutes a geraccedilatildeo dos mapas classificatoacuterios realizou-se a conversatildeo dos mapas
temaacuteticos resultantes do formato shape (shp) para o formato matricial RasterSaga (rs2) por
meio do ldquoconversor SHPRS2rdquo aplicativo desenvolvido e disponibilizado pelo
LAGEOPUFRJ
42 Geraccedilatildeo do mapeamento temaacutetico classificatoacuterio
As subseccedilotildees a seguir caracterizam as aacutervores de decisatildeo individualizadas relativas
aos mapas temaacuteticos de infraestrutura aspectos sociais e niacutevel de educaccedilatildeo
421 Infraestrutura do estado e do indiviacuteduo
Variaacuteveis - Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
- Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
- Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
29
Dentre os itens essenciais a serem tratados na quantificaccedilatildeo do niacutevel de
desenvolvimento destaca-se a habitaccedilatildeo necessidade baacutesica do ser humano Uma moradia
adequada e digna eacute uma das condiccedilotildees determinantes para a qualidade de vida da populaccedilatildeo
(IBGE 2004)
Quanto agraves instalaccedilotildees de esgoto emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive
em domiciacutelios com instalaccedilotildees sanitaacuterias natildeo compartilhadas com outro domiciacutelio e com
escoamento atraveacutes de fossa seacuteptica ou rede geral de esgoto
Quanto agrave coleta de lixo emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que vive em
domiciacutelios que satildeo atendidos por serviccedilo oficial de limpeza
Em relaccedilatildeo agrave rede de energia eleacutetrica emprega-se o valor percentual da populaccedilatildeo que
vivem em domiciacutelios que satildeo atendidos com o serviccedilo
Figura 4 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoinfraestruturardquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade
de vida
Conforme metodologia explicitada no organograma da Figura 1 a dimensatildeo que
expressa a infraestrutura analisada compreende as variaacuteveis que registram as contribuiccedilotildees
que se espera do estado para a qualidade de vida da populaccedilatildeo e tambeacutem da contribuiccedilatildeo que
se deve aguardar dos habitantes do lugar
A responsabilidade pela oferta de saneamento baacutesico a todos os cidadatildeos brasileiros
estaacute consignada na Constituiccedilatildeo Federal e permite que os municiacutepios possam legislar a
respeito de assuntos de interesses locais e sobre a organizaccedilatildeo dos serviccedilos puacuteblicos Eacute
portanto uma atribuiccedilatildeo do estado o abastecimento adequado de energia eleacutetrica o
esgotamento sanitaacuterio canalizado e a gestatildeo da limpeza urbana e dos resiacuteduos soacutelidos gerados
em seu territoacuterio
4211 Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Considera-se nesta variaacutevel a porcentagem dos domiciacutelios que satildeo atendidos por
serviccedilo de limpeza na coleta de lixo Foram os seguintes os dados obtidos na classificaccedilatildeo
que seguem expressos no mapa a seguir
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
30
Quadro 2 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de
limpezardquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIODBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V035 Domiciacutelios particulares permanentes com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
Mapa 3 Mapa de domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza
4212 Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
Neste tema eacute analisada a porcentagem de domiciacutelios particulares permanentes que
apresentam pelo menos um banheiro conectado via rede geral de esgoto
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
31
Quadro 3 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios conectados agrave rede de esgotamento
sanitaacuteriordquo (IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Domiciacutelios particulares permanentes
V017 Domiciacutelios particulares permanentes com banheiro exclusivo dos moradores e
esgoto sanitaacuterio conectados agrave rede geral do esgoto
Mapa 4 Mapa de domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
32
4213 Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
Neste item o tema analisado por porcentagem eacute a energia eleacutetrica de domiciacutelios
particulares permanentes que possuem energia eleacutetrica O paracircmetro energia eleacutetrica foi
calculado pelo quociente entre a total de domiciacutelios particulares permanente com energia
eleacutetrica (V043- 62 arquivo domiciacutelio caracteriacutesticas gerais (planilha domiciacutelio01_UF ou
dom01_UFcsv)) e o total de domiciacutelios em cada setor censitaacuterio (V002- 619 da arquivo
renda dos domiciacutelios- planilha domiciacutelios renda_UFxls) como resultado obteacutem-se a meacutedia de
densidade populacional do setor
Quadro 4 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquodomiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetricardquo
(IBGE 2010)
PLANILHA DOMICIacuteLIO
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V043 Domiciacutelios particulares permanentes ligados agrave rede de energia eleacutetrica
V002 Total de domiciacutelios particulares permanentes
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
33
Mapa 5 Mapa de domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica
422 Aspectos Sociais
Variaacuteveis - Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
- Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
O IBGE considerou como moradora a pessoa que tinha o domiciacutelio como local
habitual de residecircncia A quantidade de pessoas que moram numa casa foi importante para
designar a qualidade de vida de tais
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
34
A renda eacute frequentemente utilizada para se auferir o niacutevel de bem-estar de uma
comunidade Segundo CORSEUIL e FOGUEL (2010) seu uso se justifica pela associaccedilatildeo
dessa variaacutevel com a capacidade de um indiviacuteduo ou sua famiacutelia consumir bens e serviccedilos
que lhe proporcionem satisfaccedilatildeo ou bem-estar
Figura 5 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoaspectos sociaisrdquo da aacutervore de decisatildeo para
qualidade de vida
4221 Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
Considera-se nesta variaacutevel a renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo do municiacutepio em
Reais (R$) conforme informaccedilatildeo coletada pelo Censo 2010 identificados segundo o setor
censitaacuterio em que residem
A renda meacutedia mensal por setor foi obtida pela divisatildeo da variaacutevel Total do
rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares (V002) pela quantidade total de
domiciacutelios com rendimento nominal mensal maior que zero (V001) da planilha ldquoDomiciacutelio
Renda_ufxlsrdquo
Quadro 5 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoRenda meacutedia mensal da populaccedilatildeordquo (IBGE
2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V002 Total do rendimento nominal mensal dos domiciacutelios particulares
V001 Total de domiciacutelios particulares permanentes
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
35
Mapa 6 Mapa de renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
36
4222 Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
Consideram-se nesta variaacutevel os responsaacuteveis por domiciacutelios com renda meacutedia mensal
igual a um salaacuterio miacutenimo identificados segundo o setor censitaacuterio em que residem
Para as tabulaccedilotildees do Censo 2010 natildeo haacute nenhuma variaacutevel que expresse este
resultado O que ocorre satildeo variaacuteveis (V005) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo (V006) Domiciacutelios
particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio
miacutenimo (V007) Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal domiciliar per
capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo (V008) Domiciacutelios particulares com rendimento
nominal mensal domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo A estrateacutegia tomada
foi somar estes campos numa variaacutevel e classificaacute-la entatildeo segundo os meacutetodos de
classificaccedilatildeo ldquoQuebras Naturaisrdquo no moacutedulo de classificaccedilatildeo do SIG Esri ArcGIS O resultado
seraacute a distribuiccedilatildeo da renda por domiciacutelios particulares permanentes com rendimento mensal
de ateacute 1 salaacuterio miacutenimo
Quadro 6 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis com renda mensal de ateacute 1
salaacuterio miacutenimordquo (IBGE 2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVELDBF
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V005 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de ateacute 18 salaacuterio miacutenimo
V006 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 18 a 14 salaacuterio miacutenimo
V007 Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 14 a 12 salaacuterio miacutenimo
V008
Domiciacutelios particulares com rendimento nominal mensal
domiciliar per capita de mais de 12 a 1 salaacuterio miacutenimo
V005+V006+V007+V008 Renda ateacute um salaacuterio miacutenimo
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
37
Mapa 7 Mapa de domiciacutelios com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
38
423 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Variaacuteveis - Densidade meacutedia de habitantes por domiciacutelio
- Responsaacuteveis Alfabetizados
Figura 6 Composiccedilatildeo do ramo de ldquoeducaccedilatildeordquo da aacutervore de decisatildeo para qualidade de
vida
A escolaridade da populaccedilatildeo eacute um dos pontos-chave juntamente agrave alfabetizaccedilatildeo de
adultos para o conhecimento da situaccedilatildeo ambiental e da qualidade de vida da populaccedilatildeo de
uma comunidade Segundo IBGE (2004) a inserccedilatildeo em um mercado de trabalho competitivo
e exigente de habilidades intelectuais depende de um ensino prolongado e de qualidade
4231 Responsaacuteveis Alfabetizados
O niacutevel de escolaridade foi medido por meio da divisatildeo do nuacutemero total de anos de
estudos dos responsaacuteveis por domiciacutelios permanentes (V001 - Arquivos Alfabetizaccedilatildeo total
(planilha Pessoa01_UFxls) pela quantidade de pessoas responsaacuteveis por domiciacutelios em cada
setor (V001 - Arquivos Cor ou Raccedila idade e gecircnero Pessoa03_UFxls) Como resultado
obteacutem-se a meacutedia de anos de estudo de cada setor analisado
Quadro 7 Variaacuteveis para classificaccedilatildeo de ldquoResponsaacuteveis Alfabetizadosrdquo (IBGE2010)
PLANILHA RESPONSAacuteVEL
COacuteDIGO DESCRICcedilAtildeO
V001 Pessoas alfabetizadas (com 5 ou mais anos de idade v 001)
V001 Total de pessoas no setor censitaacuterio
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
39
Mapa 8 Mapa de porcentagem de Responsaacuteveis Alfabetizados
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
40
5 PROCESSAMENTOS E RESULTADOS DA AVALIACcedilAtildeO
AMBIENTAL
A seguir seratildeo apresentados os paracircmetros utilizados nos caacutelculos das avaliaccedilotildees e os
resultados do processamento das avaliaccedilotildees ambientais por Geoprocessamento
Como se pode notar na formulaccedilatildeo da anaacutelise ambiental as notas atribuiacutedas a cada
classe satildeo proporcionais agrave probabilidade de ocorrecircncia do risco analisado numa escala ordinal
de 0 a 10 na visatildeo do grupo de analistas condicionada agrave presenccedila desta classe Esta escala
com 10 faixas eacute suficiente para compreender os setores com alta e baixa qualidade de vida
respectivamente Para fins de simplificaccedilatildeo as classes de qualidade de vida forma agrupadas
da escala de 0 (mais baixa) a 10 (mais alta) para cinco classes de agrupamento baixiacutessimo
baixo meacutedio alto e altiacutessimo
As classes ldquoBLOQUEADASrdquo satildeo aquelas que natildeo seratildeo processadas pelo algoritmo
uma vez que natildeo haacute necessidade de analisar a ocorrecircncia de riscos condicionados agraves mesmas
por natildeo serem antropizadas (ex oceano atlacircntico rios) ou natildeo estarem dentro do escopo do
projeto (ex aacuterea fora de anaacutelise)
A distribuiccedilatildeo de pesos para cada paracircmetro possibilita a hierarquizaccedilatildeo segundo o
ponto de vista dos analistas envolvidos em funccedilatildeo do grau de influecircncia daquele paracircmetro
na probabilidade da ocorrecircncia do evento analisado em relaccedilatildeo aos demais envolvidos na
avaliaccedilatildeo Para fins de normalizaccedilatildeo a soma da distribuiccedilatildeo dos pesos deve ser igual a 100
51 Avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Para a anaacutelise de infraestrutura provida as notas mais baixas foram atribuiacutedas agraves
classes onde foram mapeados setores com baixa porcentagem de domiciacutelios abastecidos por
energia eleacutetrica coleta de lixo e saneamento baacutesico Analogamente os setores que
apresentam maior valor percentual satildeo os que se apresentam melhores resultados quanto agrave
infraestrutura recebendo entatildeo as maiores notas
Quadro 8 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para a avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
Domiciacutelios com lixo coletado por serviccedilo de limpeza ndash Peso 35
CLASSE NOTA
15 a 56 35
56 a 89 72
89 a 94 91
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
41
94 a 96 95
96 a 98 97
98 a 99 98
99 a 997 99
997 a 100 100
Domiciacutelios com banheiros conectados agrave rede de esgotamento sanitaacuterio ndash Peso 35
CLASSE NOTA
0 a 13 6
136 a 40 26
40 a 64 52
649 a 81 72
81 a 84 82
885 a 92 90
921 a 96 94
96 a 100 98
Domiciacutelios ligados agrave rede de energia eleacutetrica ndash Peso 30
CLASSE NOTA
0 0
0 a 61 30
61 a 89 75
89 a 96 92
963 a 98 97
983 a 99 98
991 a 997 99
998 a 100 100
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
42
Mapa 9 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Infraestrutura
52 Avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
De acordo com a Aacutervore de Decisatildeo apresentada por XAVIER DA SILVA (2007) no
contexto econocircmico foram julgados apenas dois paracircmetros inferindo-se que
Quanto maior a renda meacutedia mensal melhor qualidade de vida melhor nota
Setores que apresentam as menores taxas de chefes de domiciacutelios cuja renda mensal eacute
menor que um salaacuterio miacutenimo menor qualidade de vida menor a nota
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
43
Quadro 9 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Aspectos Sociais
Renda meacutedia mensal da populaccedilatildeo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
R$ 000 a R$ 80770 30
R$ 80780 a R$ 1 66900 40
R$167000 a R$ 342800 50
R$ 342900 a R$ 603100 65
R$ 603200 a R$1067000 70
R$106800 a R$ 2985000 85
R$2986000 a R$ 7844000 100
R$7848000 a R$ 13880000 100
Responsaacuteveis com renda mensal de ateacute um salaacuterio miacutenimo ndash Peso 50
CLASSE NOTA
0 a 05965 0
05966 a 1192 1
1193 ndash 1915 1
11916 ndash 4154 2
4155 ndash 6923 3
6924 ndash 1209 5
1210 ndash 2213 8
2214 ndash 7350 10
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
44
Mapa 10 Mapa resultante da avaliaccedilatildeo de Aspectos Sociais
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
45
53 Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo
Pessoas Alfabetizadas - Educaccedilatildeo
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54
46
54 Avaliaccedilatildeo da Qualidade de Vida
Quadro 10 Pesos e notas atribuiacutedos aos paracircmetros para Qualidade de Vida
Infraestrutura ndash Peso 33
CLASSE NOTA
Nota 27 27
Nota 44 44
Nota 46 46
Nota 51 51
Nota 59 59
Nota 63 63
Nota 64 64
Nota 65 65
47
Nota 66 66
Nota 73 73
Nota 76 76
Nota 80 80
Nota 83 83
Nota 84 84
Nota87 87
Nota 89 89
Nota 90 90
Nota 93 93
Nota94 94
Nota 95 95
Nota 96 96
Nota 97 97
Nota 98 98
Nota 99 99
Aspectos Sociais ndash Peso 33
CLASSE
Nota 18 18
Nota 23 23
Nota 28 28
Nota 33 33
Nota 36 36
Nota 38 38
Nota 41 41
Nota 46 46
Nota 48 48
Nota 51 51
Nota 56 56
Nota 57 57
Nota 60 60
Nota 61 62
Nota 64 64
Nota 65 65
Nota 67 67
Nota 68 68
Nota 69 69
Nota 70 70
Nota 71 71
Nota 74 74
Nota 78 78
Nota 80 80
Nota 82 82
Nota 0 0
Condiccedilotildees de Educaccedilatildeo ndash Peso 34
CLASSE NOTA
Nota 32 0
Nota 42 1
48
Nota 44 2
Nota 46 3
Nota 47 4
Nota 48 5
Nota 49 6
Mapa 11 Mapa resultante de avaliaccedilatildeo ambiental para ldquoQualidade de Vidardquo no
municiacutepio de Seropeacutedica (RJ)
49
6 CONCLUSOtildeES
Este trabalho possibilitou a anaacutelise baseada nos dados disponibilizados pelo IBGE
atraveacutes de Censo Demograacutefico e apoiadas nos indicadores do Iacutendice de Desenvolvimento
Humano (IDH) A partir destes insumos constatou-se que a qualidade de vida no Municiacutepio
de Seropeacutedica aponta deficiecircncias significativas
Entretanto com um pouco de disciplina por parte da gestatildeo local eacute possiacutevel
reorganizar tais aacutereas criacuteticas aquelas apontadas com baixiacutessima e baixa qualidade de vida
As aacutereas com qualidade de vida satisfatoacuteria podem servir de exemplo para as demais jaacute que
tais correspondem agraves aacutereas atendidas minimamente segundo o IDH
Em suma o caraacuteter amplo desse conhecimento pode ser apontado como uma limitaccedilatildeo
do trabalho uma vez realizados estes estudos o conhecimento apanhado apoiado pelo uso do
Geoprocessamento sobre a realidade ambiental urbana e problemaacutetica do municiacutepio de
Seropeacutedica (RJ) possibilita a detecccedilatildeo de deficiecircncias e possibilidades de melhorias em
determinadas aacutereas
As aplicaccedilotildees desses instrumentos satildeo amplas e buscam avaliar e apoiar a efetividade
da gestatildeo territorial Aleacutem disso a partir das deficiecircncias e potencialidades verificadas
podem ordenar caminhos para a melhoria da qualidade de vida
50
7 REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS
PAULO LIMA 1 GILBERTO CAcircMARA 1 JOAtildeO ARGEMIRO 1 ANTOcircNIO
MIGUEL VIEIRA MONTEIRO 1 2001 Satildeo Joseacute Dos Campos Intercacircmbio de Dados
Geograacuteficos Modelos Formatos e Conversores Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001 36-28 p
WESTPHAL Maacutercia Faria O Movimento CidadesMuniciacutepios Saudaacuteveis um compromisso
com a qualidade de vida Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Satildeo Paulo n p39-51 2000
STIPP Nilza Aparecida Freres STIPP Marcelo Eduardo Freres ANAacuteLISE AMBIENTAL
EM CIDADES DE PEQUENO E MEacuteDIO PORTE um compromisso com a qualidade de
vida Geografia Satildeo Paulo v 13 n 2 p23-37 dez 2004
SALES Vanda de Claudino GEOGRAFIA SISTEMAS E ANAacuteLISE AMBIENTAL
ABORDAGEM CRIacuteTICA Geousp Espaccedilo e Tempo Satildeo Paulo n 16 p125-144 2004
DEMO Pedro PESQUISA QUALITATIVA BUSCA DE EQUILIacuteBRIO ENTRE FORMA
E CONTEUacuteDO Latino-amenfermagem Ribeiratildeo Preto v 6 n 2 p89-104 abr 1998
FLECK Marcelo Pio de Almeida O instrumento de avaliaccedilatildeo de qualidade de vida da
Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede (WHOQOL-100) caracteriacutesticas e perspectivas Ciecircncia amp
Sauacutede Coletiva Porto Alegre v 1 n 5 p33-38 2000
DIAS Aylton et al Lei Orgacircnica Municipal de Seropeacutedica Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomportalimagesLeiOrganicaDoMunicipioDeSeropedicapdf
gt Acesso em 15 mar 2012
HERCULANO Selene C Qualidade de Vida e Riscos Ambientais A QUALIDADE DE
VIDA E SEUS INDICADORES Niteroacutei Eduff 2000 1-30 p
RISCO DE SALINIZACcedilAtildeO DOS SOLOS DA BACIA HIDROGRAacuteFICA DO RIO
COLOcircNIA - SUDESTE DA BAHIABRASIL Niteroacutei Engevista v 10 n 1 jun 2008
51
REVISTA ELETROcircNICA DA ASSOCIACcedilAtildeO DOS GEOacuteGRAFOS BRASILEIROS Mato
Grosso do Sul Seccedilatildeo Trecircs Lagoasms v 7 n 11 maio 2010 Disponiacutevel em
lthttpwwwuelbrprojetosatlasrmlpublicacoesperiodicos4pdfgt Acesso em 23 jul 2012
MARTINS Jussara Barros SISTEMA DE INFORMACcedilOtildeES PARA O
GERENCIAMENTO AMBIENTAL DA OPERACcedilAtildeO RODOVIAacuteRIA2005 1-174 f
Mestrado (Superior) - Instituto Militar De Engenharia Rio De Janeiro 2005 Disponiacutevel em
lthttpwwwdominiopublicogovbrpesquisaDetalheObraFormdoselect_action=ampco_obra
=31740gt Acesso em 23 jul 2012
CAcircMARA Gilberto MONTEIRO Antonio Miguel VieiraCONCEITOS BAacuteSICOS EM
CIEcircNCIA DA GEOINFORMACcedilAtildeO Satildeo Joseacute Dos Campos Inpe 2001
NOBRE Moacyr Roberto Cucecirc Qualidade de Vida Arq Bras Cardiol Satildeo Paulo v 64 n
4 p299-300 1995
QUALIDADE DE VIDA E SAUacuteDE um debate necessaacuterio Ciecircncia e Sauacutede Coletiva
Redalyc v 1 n 5 2000
SEIDL Eliane Maria Fl e U Ry ZANNON Ceacutelia Maria Lana da Costa Qualidade de vida e
sauacutede aspectos conceituais e metodoloacutegicos Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro v 2 n
20 p580-589 Natildeo eacute um mecircs validoNatildeo eacute um mecircs valido 2004
DESENVOLVIMENTO Programa Das Naccedilotildees Unidas Para O (Org) Programa das
Naccedilotildees Unidas para o Desenvolvimento do Brasileiro Programa das Naccedilotildees Unidas para o
Desenvolvimento Disponiacutevel em lthttpwwwpnudorgbrIDHDHaspxgt Acesso em 15
ago 2012
DESEMPENHO EDUCACIONAL E RENDA DOMICILIAR ANAacuteLISE DO IDEB DOS
MUNICIacutePIOS DA BAIXADA FLUMINENSE Vivecircncias Revista Eletrocircnica de Extensatildeo da
Uri Vivecircncias 27 mar 2012 Disponiacutevel em
lthttpwwwreitoriauribr~vivenciasNumero_014artigosartigos_vivencias_14n14_09pdf
gt Acesso em 09 maio 2012
52
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Malhas digitais censo 2010 setores
censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 23
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Iacutendice de Censo Demograacutefico 2010
Agregados do Universo Agregados por Setores Censitaacuterios Disponiacutevel em
ltftpftpibgegovbrCensosCenso_Demografico_2010Resultados_do_UniversoAgregados
_por_Setores_Censitariosgt Acesso em 24 abr 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org) Base de informaccedilotildees do Censo
Demograacutefico 2010 Resultados do Universo por setor censitaacuterio Disponiacutevel em
ltftpgeoftpibgegovbrmalhas_digitaiscenso_2010setores_censitariosgt Acesso em 27
mar 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Sinopse por Setores Disponiacutevel em
lthttpwwwcenso2010ibgegovbrsinopseporsetoresgt Acesso em 27 mar 2012
LOPES Darci Dos Anjos Plano Diretor participativo do Municiacutepio de Seropeacutedica
Disponiacutevel em
lthttpwwwportalseropedicacomprojeto_de_lei_do_plano_diretor_de_seropedicaswfgt
Acesso em 12 jul 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Base de informaccedilotildees do Censo
DemograacuteficoSeropeacutedica Disponiacutevel em lthttpwwwubedugeocritb3w-775htmgt
Acesso em 27 jan 2012
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e (Org)Qualidade de vida e sauacutede aspectos
conceituais e metodoloacutegicos Disponiacutevel em lthttpwwwscielobrpdfcspv20n227pdfgt
Acesso em 27 abr 2012
UFRJ Lageop Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental - SAGA Disponiacutevel em
lthttpwwwlageopufrjbrsagaphpPHPSESSID=c1801adea47062f5cc828f77565374c6gt
Acesso em 28 jan 2012
53
MARINO Tiago Badre Vista Saga 2005 Sistema de Anaacutelise Geo-Ambiental 2005 72 f
Monografia (3ordm) - Curso de Ciecircncia da Computacatildeo Departamento de Ciecircncia da
Computaccedilatildeo Instituto de Matemaacutetica Rio de Janeiro 2005
ESTATIacuteSTICA Iacutendice Brasileiro Geograacutefico e Indicadores Sociais Miacutenimos Disponiacutevel
em
lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaocondicaodevidaindicadoresminimoscon
ceitosshtmgt Acesso em 05 jan 2012
MARINO Tiago Badre Metodologia Para Tomadas de Decisatildeo no Acircmbito de Risco-Soacutecio
Ambientais de aacutereas Urbanas Desmoronamento e enchentes em assentamentos
Precaacuterios na Bacia do Coacuterrego Cabuccedilu de Baixo ndash SP 2008 138fDissertaccedilatildeo (Mestrado
em Engenharia de Transporte) - Escola Politeacutecnica da Universidade de Satildeo Paulo Satildeo Paulo
2008
IBGE Gentiacutelico Seropediquense Histoacuterico Disponiacutevel em
httpwwwcidadesibgegovbrpainelhistoricophplang=ampcodmun=330555ampsearch=rio-de-
janeiro|seropedica|infograficos-historico Acessado em 14 janeiro 2012)
Zaidan R T Xavier-da-Silva J Geoprocessamento para Anaacutelise Ambiental Aplicaccedilotildees
2a Ediccedilatildeo Bertrand Brasil Rio de Janeiro 2007 363 p
Zadeh L A The concept of a linguistic variable and its application to approximate
reasoning Information Sciences 1119-249p 1975
Burrough PA MCDONNELL R A Principles of geographical information systems
Oxford Oxford University Press 1998 327 p
IBGE Base de informaccedilotildees por setor censitaacuterio ndash Censo demograacutefico 2010 ndash Resultados
do universo ndash Rio de Janeiro IBGE Rio de Janeiro 2010
IBGE Indicadores de desenvolvimento sustentaacutevel ndash Brasil 2004 Seacuterie estudos e Pesquisas
ndash Informaccedilatildeo Geograacutefica Rio de Janeiro 2004 191 p
IPEA Desenvolvimento humano e condiccedilotildees de vida indicadores brasileiros IPEA-
Fundaccedilatildeo Joatildeo Pinheiro-PNUD-IBGE Brasiacutelia 1998 140 p (Livro e CD-ROM)
Melo Filho JA Qualidade de vida na regiatildeo da Tijuca RJ por Geoprocessamento Tese
RJ 2003 288p (Doutorado em Ciecircncias) - Universidade Federal do Rio de Janeiro Rio de
Janeiro 2003
Xavier-da-Silva J Carvalho Filho LM Sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica uma
proposta metodoloacutegica IV Conferecircncia latino-americana sobre sistemas de informaccedilatildeo
geograacutefica 2o Simpoacutesio Brasileiro de Geoprocessamento 7 a 9071993 Anais Satildeo Paulo
1993 p 608-629
Xavier-da-Silva J Inclusatildeo Geograacutefica no Planejamento do Dado agrave Informaccedilatildeo Anais
do VIII Encontro Gauacutecho de Agrimensura e Cartografia Santa Maria RS 2007
54