ÍNDICE
NEWSLETTER SISTEMA FINANCEIRO E MERCADO DE CAPITAIS I 2.º TRIMESTRE 2016
I TPROJECTO DE CÓDIGO DE GOVERNO DAS SOCIEDADES – CONSULTA PÚBLICA 2
II LEGISLAÇÃO
A. DIREITO BANCÁRIO INSTITUCIONAL E MATERIAL
B. DIREITO DOS SEGUROS INSTITUCIONAL E MATERIAL
C. VALORES MOBILIÁRIOS E MERCADO DE CAPITAIS
3
7
9
III JURISPRUDÊNCIA RELEVANTE 12
NEWSLETTER I SISTEMA FINANCEIRO E MERCADO DE CAPITAIS
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NEWSLETTER SISTEMA FINANCEIRO E MERCADO DE CAPITAIS
I PROJECTO DE CÓDIGO DE GOVERNO DAS SOCIEDADES - CONSULTA PÚBLICA
O ano de 2013 ficou particularmente marcado pela evolução em matérias de Corporate
Governance no plano nacional. Com efeito, nesse ano foram aprovados dois Códigos de
Governo das Sociedades em Portugal: o primeiro, de Junho desse ano, foi preparado pelo
Instituto Português de Corporate Governance (“IPCG”), o segundo, datado do mês de
Julho, resultou do Regulamento da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (“CMVM”)
n.º 4/2013. Porém, logo em 2014 verificou-se a inconveniência da coexistência de dois
Códigos, atenta sobretudo a reduzida dimensão do mercado nacional.
Desde logo, apontou-se que a comparabilidade de práticas de governo societário por parte
dos investidores no mercado saía prejudicada, tendo-se igualmente entendido que a
existência dos dois Códigos lançava uma dose indesejável de confusão no seio dos agentes
de mercado, desviando a atenção das discussões regulatórias consideradas mais
importantes, criando assim um injustificado e pernicioso fenómeno de arbitragem entre os
dois padrões recomendatórios autónomos.
Mais ainda, as sociedades destinatárias destas recomendações e uma vasta comunidade
de interessados nas matérias de Corporate Governance reclamavam uma regulamentação
unificada e que se caminhasse na transição da autoria e iniciativa dos Códigos de
Governação de um modelo público (onde, desde 1999, a CMVM havia assumido o exclusivo
da preparação de recomendações de bom governo societário) para um modelo privado de
auto-regulação.
Em virtude das críticas que foram sendo tecidas, iniciou-se um processo de diálogo entre
a CMVM e o IPCG no sentido de alcançar um consenso que levasse à existência de um
único código. Deste processo resultou o projecto de Código de Governo das Sociedades,
preparado pelo IPCG, que está, entre os dias 1 de Junho de 2016 e o próximo dia 25 de
Julho, disponível para consulta. O projecto de Código de Governo das Sociedades não
constitui em rigor um Código “novo”, tal como é referido no seu preâmbulo. De facto, este
projecto congrega o conteúdo do anterior Código do IPCG com as respectivas alterações e
modificações entendidas como nucleares pela CMVM, dando origem a um Código mais
extenso, comparativamente ao anterior.
Sem prejuízo das inovações propostas, o projecto de Código continua a ser de adesão
voluntária, assente na regra comply or explain. A aplicação deste princípio foi concebida
para permitir flexibilidade às sociedades, tendo em linha de conta que aquelas não são
todas iguais (one size doesn’t fit all), não devendo, por isso, ser sujeitas a um conjunto
de regras rígidas. Ainda assim, merecem especial destaque as novidades introduzidas pelo
projecto apresentado.
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Entre essas novidades realçamos, logo à partida, a promoção da diversidade de género na
composição de cada um dos órgãos sociais das sociedades, que vem em linha com o
Compromisso Estratégico para a Igualdade de Género 2016-2019 da Comissão Europeia e
a proposta de Directiva Europeia sobre a representação das mulheres nos conselhos de
administração das empresas cotadas em bolsa.
Merece também destaque a liberdade do formato de apresentação do relatório de governo,
aquando da apresentação do Relatório Anual, como forma de simplificação,
desburocratização e redução de custos a suportar pela sociedade.
Finalmente, o projecto de Código vem prever a constituição e composição de uma comissão
de nomeações, a par da comissão de remunerações, injustificadamente olvidada nos
anteriores Códigos de Governo da CMVM. Esta comissão permitirá uma maior sindicância
do perfil e competências dos membros dos diferentes órgãos das sociedades, maxime dos
órgãos de administração e fiscalização, permitindo uma maior adequação às funções a
desempenhar.
Em conclusão, este projecto de Código de Governo das Sociedades evidencia ser mais
flexível quando comparado aos seus antecessores. Cremos que tal facilitará a sua aplicação
às sociedades com diferentes estruturas de administração e de fiscalização, contribuindo
para o seu sucesso, sem prejuízo de o mesmo manter como destinatários naturais as
sociedades abertas.
II LEGISLAÇÃO
A. Direito bancário: institucional e material
Regulamento (UE) 2016/867 do Banco Central Europeu, de 18 de Maio de 2016
Relativo à recolha de dados granulares referentes ao crédito e ao risco de crédito.
Regulamento de Execução (UE) 2016/962 da Comissão, de 16 de Junho de 2016
Estabelece normas técnicas de execução no que respeita aos formatos uniformizados, aos
modelos e às definições relativos às informações que as autoridades competentes e as
autoridades de resolução devem identificar e transmitir à Autoridade Bancária Europeia
nos termos da Directiva 2014/59/UE do Parlamento Europeu e do Conselho.
Regulamento de Execução (UE) 2016/818 da Comissão, de 17 de Maio de 2016
Altera o Regulamento de Execução (UE) n.º 1030/2014 que estabelece normas técnicas de
execução no que diz respeito aos formatos uniformes e às datas para a divulgação dos valores
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utilizados com vista a identificar as instituições de importância sistémica global em
conformidade com o Regulamento (UE) n.º 575/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho.
Regulamento de Execução (UE) 2016/892 da Comissão, de 7 de Junho de 2016
Relativo à prorrogação dos períodos transitórios relacionados com os requisitos de fundos
próprios para posições em risco sobre contrapartes centrais previstos nos Regulamentos
(UE) n.º 575/2013 e (UE) n.º 648/2012 do Parlamento Europeu e do Conselho.
Regulamento de Execução (UE) 2016/911 da Comissão, de 9 de Junho de 2016
Estabelece normas técnicas de execução no que se refere à forma e teor da descrição dos
acordos de apoio financeiro intragrupo em conformidade com a Directiva 2014/59/UE do
Parlamento Europeu e do Conselho que estabelece um enquadramento para a recuperação
e a resolução de instituições de crédito e de empresas de investimento.
Rectificação do Regulamento de Execução (UE) 2016/322 da Comissão, de 10 de Fevereiro de
2016, publicado no Jornal Oficial em 9 de Abril
Altera o Regulamento de Execução (UE) n.º 680/2014 que estabelece normas técnicas de
execução no que diz respeito ao relato para fins de supervisão das instituições
relativamente ao requisito de cobertura de liquidez.
Regulamento Delegado (UE) 2016/592 da Comissão, de 1 de Março de 2016, publicado no
Jornal Oficial em 19 de Abril
Complementa o Regulamento (UE) n.º 648/2012 do Parlamento Europeu e do Conselho no
que respeita às normas técnicas de regulamentação relativas à obrigação de compensação.
Regulamento Delegado (UE) 2016/709 da Comissão, de 26 de Janeiro de 2016, publicado no
Jornal Oficial em 13 de Maio
Complementa o Regulamento (UE) n.º 575/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho no
que diz respeito às normas técnicas de regulamentação que especificam as condições de
aplicação das derrogações relativas às moedas com restrições em matéria de
disponibilidade de activos líquidos.
Regulamento Delegado (UE) 2016/860 da Comissão, de 4 de Fevereiro de 2016, publicado no
Jornal Oficial em 1 de Junho
Especifica mais pormenorizadamente as circunstâncias em que uma exclusão da aplicação
dos poderes de redução ou de conversão é necessária nos termos do artigo 44.º, n.º 3, da
Directiva 2014/59/UE do Parlamento Europeu e do Conselho que estabelece um
enquadramento para a recuperação e a resolução de instituições de crédito e de empresas
de investimento.
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Orientação (UE) 2016/450 do Banco Central Europeu, de 4 de Dezembro de 2015,
publicado no Jornal Oficial em 1 de Abril
Altera a Orientação BCE/2014/15 relativa às estatísticas monetárias e financeiras.
Orientação (UE) 2016/579 do Banco Central Europeu, de 16 de Março de 2016, publicado
no Jornal Oficial em 15 de Abril
Altera a Orientação BCE/2012/27 relativa a um sistema de transferências automáticas
transeuropeias de liquidação por bruto em tempo real (TARGET2).
Comité Europeu do Risco Sistémico
Recomendação do Comité Europeu do Risco Sistémico, de 21 de Março de 2016, publicado
no Jornal Oficial em 21 de Abril, que altera a Recomendação CERS/2012/2, relativa ao
financiamento das instituições de crédito.
Decisão (UE) 2016/868 do Banco Central Europeu, de 18 de Maio de 2016
Altera a Decisão BCE/2014/6 relativa à organização de medidas preparatórias para a recolha
de dados granulares referentes ao crédito pelo Sistema Europeu de Bancos Centrais.
Decisão (UE) 2016/956 do Banco Central Europeu, de 7 de Junho de 2016
Altera a Decisão BCE/2016/245 (BCE/2016/2) que estabelece as regras relativas ao regime de
aquisições.
Autoridade Bancária Europeia
Decisão da Autoridade Bancária Europeia que especifica a taxa de referência nos termos
do anexo II da Directiva 2014/17/UE (Directiva 2014/17/UE do Parlamento Europeu e do
Conselho de 4 de Fevereiro de 2014 ou Directiva «Crédito Hipotecário»).
Banco Central Europeu
Parecer do Banco Central Europeu, de 11 de Março de 2016, sobre a) uma proposta de
regulamento que estabelece regras comuns para a titularização e cria um quadro europeu
para a titularização simples, transparente e normalizada e b) uma proposta de regulamento
que altera o Regulamento (UE) n.º 575/2013 relativo aos requisitos prudenciais para as
instituições de crédito e as empresas de investimento.
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Decreto-Lei n.º 20/2016 – D.R. n.º 77/2016, Série I de 20 de Abril de 2016
Procede à 41.ª alteração ao Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades
Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro, visando conferir
aos accionistas de instituições de crédito a possibilidade de reavaliarem periodicamente a
justificação dos limites estatutários em matéria de detenção e exercício dos direitos de
voto.
Portaria n.º 165-A/2016 – D.R. n.º 112/2016, 1º Suplemento, Série I de 14 de Junho de
2016
Terceira alteração à Portaria n.º 121/2011, de 30 de Março, que regulamenta e estabelece
as condições de aplicação da contribuição sobre o sector bancário.
Despacho n.º 4587/2016 – D.R. n.º 65/2016, Série II de 4 de Abril de 2016
Garantia pessoal do Estado ao Fundo de Resolução.
Avisos do Banco de Portugal
O Aviso do Banco de Portugal n.º 2/2016, que entrou em vigor no dia 2 de Abril de 2016,
regulamenta o reporte de informação financeira, em base individual, para fins de supervisão,
estatísticos e de análise de riscos macroprudenciais com uma periodicidade trimestral. Revoga
a Instrução n.º 24/2014, publicada no BO n.º 11, de 17.11.2014.
O Aviso do Banco de Portugal n.º 3/2016, que entrou em vigor no dia 11 de Maio de 2016,
regulamenta a divulgação das medidas nacionais adoptadas pelo BdP, enquanto autoridade
macroprudencial, no âmbito de uma decisão de reciprocidade voluntária de medidas
macroprudenciais implementadas pelas autoridades competentes ou designadas de outros
Estados-Membros a fim de eliminar ou diminuir riscos sistémicos e cujo conteúdo será
divulgado até ao último dia do mês, quando aplicável, no sítio da Internet.
O Aviso do Banco de Portugal n.º 4/2016, que entrou em vigor no dia 30 de Junho de
2016, estabelece os requisitos prudenciais aplicáveis às caixas económicas anexas.
O Aviso do Banco de Portugal n.º 5/2016, que entrou em vigor no dia 30 de Junho de
2016, revoga expressamente os Avisos do Banco de Portugal nºs 5/2007, 7/2007, 8/2007,
9/2007 e 10/2007, todos de 27 de Abril, aquando da entrada em vigor da regulamentação
relativa aos requisitos prudenciais aplicáveis às caixas económicas anexas.
O Aviso do Banco de Portugal n.º 6/2016, que entrou em vigor no dia 8 de Junho de 2016,
revoga o Aviso n.º 1/2015, de 17 de Setembro, que regulamentou a aplicação da reserva de
conservação de fundos próprios.
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Instruções do Banco de Portugal
Instrução n.º 5/2016, que entrou em vigor no dia 20 de Abril de 2016, regula a participação
no BPnet, incluindo o acesso à infraestrutura e a adesão e disponibilização de serviços.
Instrução n.º 6/2016, que entrou em vigor no dia 15 de Abril de 2016, altera a Instrução
n.º 54/2012, de 15 de Janeiro de 2013, que regulamentou o TARGET2-PT.
Instrução n.º 7/2016, que entrou em vigor no dia 19 de Junho de 2016, cria o serviço
«Pedidos de Autorização e Registo» (PAR) e regulamenta o âmbito e condições de adesão ao
mesmo.
Instrução n.º 8/2016, que entrou em vigor no dia 1 de Julho de 2016, divulga, para o 3.º
trimestre de 2016, as taxas máximas a praticar nos contratos de crédito aos consumidores no
âmbito do Decreto-Lei n.º 133/2009, de 2 de Junho.
Cartas Circulares do Banco de Portugal
A Carta Circular n.º 1/2016/DET, de 15 de Junho de 2016, divulga os nomes das empresas
de transporte de valores e dos respectivos centros de tratamento de numerário que mantêm
as condições habilitantes para o exercício da actividade de recirculação de notas e moedas
metálicas de euro.
A Carta Circular n.º 2/2016/DET, de 15 de Junho de 2016, adapta o disposto da Carta-
Circular n.º 22/2009/DET, de 13 de Julho (cuja vigência cessará), aos novos termos da
Instrução n.º 16/2014 e ao novo teor do Protocolo existente entre o Banco de Portugal e a
Caixa Geral de Depósitos.
A Carta Circular n.º 4/2016/DMR, de 15 de Abril de 2016, actualiza as alterações
operacionais mais significativas decorrentes da entrada em produção do COLMS (Sistema de
Gestão de Ativos de Garantia e Operações), no âmbito da Política Monetária do Eurosistema.
Substitui a Carta-Circular n.º 4/2015/DMR, de 17 de Junho.
B. Direito dos Seguros: institucional e material
Regulamento de Execução (UE) 2016/869 da Comissão, de 27 de Maio de 2016
Estabelece as informações técnicas para o cálculo das provisões técnicas e dos fundos
próprios de base para efeitos do relato com uma data de referência compreendida entre
31 de Março e 29 de Junho de 2016, em conformidade com a Directiva 2009/138/CE do
Parlamento Europeu e do Conselho relativa ao acesso à actividade de seguros e resseguros
e ao seu exercício.
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Regulamento Delegado (UE) 2016/467 da Comissão, de 30 de Setembro de 2015,
publicado no Jornal Oficial em 1 de Abril
Altera o Regulamento Delegado (UE) 2015/35 relativo ao cálculo dos requisitos de capital
regulamentares para várias categorias de activos detidos por empresas de seguros e
resseguros.
Comité Económico e Social Europeu
Parecer do Comité Económico e Social Europeu sobre a «Proposta de regulamento do
Parlamento Europeu e do Conselho que altera o Regulamento (UE) n.º 806/2014 com vista à
criação do Sistema Europeu de Seguro de Depósitos».
Comissão
Comunicação da Comissão — Adaptação, em função da inflação, dos montantes mínimos
previstos pela Directiva 2009/103/CE do Parlamento Europeu e do Conselho respeitantes ao
seguro de responsabilidade civil que resulta da circulação de veículos automóveis e à
fiscalização do cumprimento da obrigação de segurar esta responsabilidade.
Norma Regulamentar da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões n.º
3/2016-R – D.R. n.º 104/2016, Série II de 31 de Maio de 2016
Estabelece os elementos e informações que devem acompanhar a comunicação prévia dos
projectos de aquisição, de aumento e de diminuição de participação qualificada em
empresa de seguros ou de resseguros e em sociedade gestora de fundos de pensões e a
comunicação da constituição de ónus ou encargos sobre participação qualificada em
empresa de seguros ou de resseguros e em sociedade gestora de fundos de pensões.
Norma Regulamentar da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões n.º
4/2016-R – D.R. n.º 104/2016, Série II de 31 de Maio de 2016
Altera a norma regulamentar n.º 6/2013-R, de 24 de Outubro, que regula os procedimentos
operacionais de pagamento ou entrega dos montantes resultantes das taxas e contribuições
incidentes sobre a actividade seguradora e dos fundos de pensões.
Norma Regulamentar da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões n.º
5/2016-R – D.R. n.º 104/2016, Série II de 31 de Maio de 2016
Certificação da informação de abertura para efeitos de supervisão.
Norma Regulamentar da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões n.º
6/2016-R – D.R. n.º 104/2016, Série II de 31 de Maio de 2016
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Define a composição e regras de funcionamento do júri previsto na alínea a) do n.º 5 do artigo
77.º do regime jurídico de acesso e exercício da actividade seguradora e resseguradora
(RJASR), aprovado pela Lei n.º 147/2015, de 9 de Setembro, e dos procedimentos a adoptar
para efeitos da certificação da qualificação profissional para o exercício de funções como
actuário responsável.
C. Valores mobiliários e mercado de capitais
Regulamento (UE) 2016/1033 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Junho de
2016
Altera o Regulamento (UE) n.º 600/2014 relativo aos mercados de instrumentos
financeiros, o Regulamento (UE) n.º 596/2014 relativo ao abuso de mercado e o
Regulamento (UE) n.º 909/2014 relativo à melhoria da liquidação de valores mobiliários
na União Europeia e às Centrais de Valores Mobiliários.
Regulamento (UE) 2016/1011 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 8 de Junho de
2016
Relativo aos índices utilizados como índices de referência no quadro de instrumentos e
contratos financeiros ou para aferir o desempenho de fundos de investimento e que altera
as Directivas 2008/48/CE e 2014/17/UE e o Regulamento (UE) n.º 596/2014.
Regulamento de Execução (UE) 2016/824 da Comissão, de 25 de Maio de 2016
Estabelece normas técnicas de execução no que respeita ao conteúdo e formato da
descrição do funcionamento dos sistemas de negociação multilateral e dos sistemas de
negociação organizados e das notificações à Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários
e dos Mercados nos termos da Directiva 2014/65/UE do Parlamento Europeu e do
Conselho relativa aos mercados de instrumentos financeiros.
Regulamento de Execução (UE) 2016/1055 da Comissão, de 29 de Junho de 2016
Estabelece normas técnicas de execução no que se refere às modalidades técnicas para a
divulgação pública adequada de informação privilegiada e para o diferimento da
divulgação pública de informação privilegiada em conformidade com o Regulamento (UE)
n.º 596/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho.
Regulamento de Execução (UE) 2016/959 da Comissão, de 17 de Maio de 2016
Estabelece normas técnicas de execução para as sondagens de mercado no que se refere
aos sistemas e modelos de notificação a utilizar pelos participantes no mercado que
transmitem a informação e ao formato dos registos referidos no Regulamento (UE) n.º
596/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho.
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Regulamento Delegado (UE) 2016/960 da Comissão, de 17 de Maio de 2016
Complementa o Regulamento (UE) n.º 596/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho
no que diz respeito às normas técnicas de regulamentação relativas aos dispositivos,
sistemas e procedimentos adequados aplicáveis aos participantes no mercado que
transmitem a informação e que realizam sondagens de mercado.
Regulamento Delegado (UE) 2016/822 da Comissão, de 21 de Abril de 2016
Altera o Regulamento Delegado (UE) n.º 153/2013 no que respeita aos horizontes temporais
para o período de liquidação a considerar para as diferentes categorias de instrumentos
financeiros.
Regulamento Delegado (UE) 2016/908 da Comissão, de 26 de Fevereiro de 2016, publicado
no Jornal Oficial em 10 de Junho
Complementa o Regulamento (UE) n.º 596/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho no
respeitante ao estabelecimento de normas técnicas de regulamentação para os critérios, os
procedimentos e os requisitos de definição de uma prática de mercado aceite e os requisitos
para a sua manutenção e cessação ou a alteração das condições da sua aceitação.
Regulamento Delegado (UE) 2016/909 da Comissão, de 1 de Março de 2016, publicado no
Jornal Oficial e 10 de Junho
Completa o Regulamento (UE) n.º 596/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho no que
respeita às normas técnicas de regulamentação aplicáveis ao conteúdo das notificações a
apresentar às autoridades competentes e à compilação, publicação e manutenção da lista de
notificações.
Regulamento Delegado (UE) 2016/957 da Comissão, de 9 de Março de 2016, publicado no
Jornal Oficial em 17 de Junho
Completa o Regulamento (UE) n.º 596/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho no que
se refere às normas técnicas de regulamentação relativas aos dispositivos, sistemas e
procedimentos, bem como aos modelos de notificação, a utilizar para prevenir, detectar e
comunicar práticas abusivas ou ordens ou operações suspeitas.
Regulamento Delegado (UE) 2016/958 da Comissão, de 9 de Março de 2016, publicado no
Jornal Oficial em 17 de Junho
Completa o Regulamento (UE) n.º 596/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho no que se
refere às normas técnicas de regulamentação com vista a determinar as modalidades técnicas
para a comunicação objectiva das recomendações de investimento ou outras informações
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recomendando ou sugerindo estratégias de investimento, bem como da menção de interesses
particulares ou de conflitos de interesses.
Directiva (UE) 2016/1034 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Junho de 2016
Altera a Directiva 2014/65/UE relativa aos mercados de instrumentos financeiros.
Banco Central Europeu
Parecer do Banco Central Europeu, de 17 de Março de 2016, sobre uma proposta de
regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho relativo ao prospecto a publicar em
caso de oferta pública de valores mobiliários ou da sua admissão à negociação.
Comissão
Comunicação da Comissão publicada nos termos do artigo 27.º, n.º 4, do Regulamento
(CE) n.º 1/2003 do Conselho no Processo AT.39745 — CDS — Mercado das Informações
— ISDA.
Comité Económico e Social Europeu
Parecer do Comité Económico e Social Europeu sobre a «Proposta de regulamento do
Parlamento Europeu e do Conselho relativo ao prospecto a publicar em caso de oferta
pública de valores mobiliários ou da sua admissão à negociação».
Banco Central Europeu
Parecer do Banco Central Europeu, de 29 de Abril de 2016, sobre uma proposta de
regulamento que altera, no que diz respeito a determinadas datas, o Regulamento (UE)
n.º 600/2014 relativo aos mercados de instrumentos financeiros, o Regulamento (UE) n.º
596/2014 relativo ao abuso de mercado e o Regulamento (UE) n.º 909/2014 relativo à
melhoria da liquidação de valores mobiliários na União Europeia e às Centrais de Valores
Mobiliários, e sobre uma proposta de directiva que altera a Directiva 2014/65/UE relativa
aos mercados de instrumentos financeiros, no que diz respeito a determinadas datas.
Decreto-Lei n.º 22/2016 – D.R. n.º 107/2016, Série I de 3 de Junho 2016
Transpõe parcialmente a Directiva n.º 2013/50/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho,
de 22 de Outubro de 2013, que altera a Directiva n.º 2004/109/CE, do Parlamento Europeu
e do Conselho, relativa à harmonização dos requisitos de transparência no que se refere
às informações respeitantes aos emitentes cujos valores mobiliários estão admitidos à
negociação num mercado regulamentado, a Directiva n.º 2003/71/CE, do Parlamento
Europeu e do Conselho, relativa ao prospecto a publicar em caso de oferta pública de
valores mobiliários ou da sua admissão à negociação, e a Directiva n.º 2007/14/CE, da
Comissão, que estabelece as normas de execução de determinadas disposições da
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Directiva n.º 2004/109/CE, e procede à vigésima sétima alteração ao Código dos Valores
Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de Novembro.
Resolução da Assembleia da República n.º 121/2016 – D.R. n.º 124/2016, Série I de 30
de Junho de 2016
Recomenda ao Governo a criação de um registo central de valores mobiliários no âmbito
da transposição da Directiva (UE) 2015/849 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20
de Maio de 2015.
Regulamento da CMVM n.º 1/2016 – D.R. n.º 101/2016, Série II de 25 de Maio de 2016
Financiamento colaborativo de capital ou por empréstimo.
III JURISPRUDÊNCIA RELEVANTE
Supremo Tribunal de Justiça, Acórdão de 3 de Maio de 2016, Processo n.º 613/08.2
Um rottweiler atacou uma criança no interior do logradouro da casa dos réus, em
ambiente que não é estranho ao cão e na presença de pessoas que também não lhe eram
estranhas. Por ser legalmente qualificado como um “animal perigoso ou potencialmente
perigoso”, a lei prescreve o dever de celebrar um contrato de seguro (obrigatório) de
responsabilidade civil, o qual contém uma cláusula de exclusão nos termos da qual o
seguro não abrange as reclamações por danos “causados pela inobservância das
disposições legais em vigor que regulamentam a detenção de animais de companhia”.
Dada a factualidade provada, entendeu o Tribunal que, para efeitos da cláusula de
exclusão, só devem considerar-se excluídos do contrato de seguro os danos decorrentes
da inobservância com, pelo menos, culpa grave, dos deveres de vigilância e segurança
por parte do tomador do seguro. No caso sub judice, o Tribunal considerou que não se
verificou qualquer infracção, com culpa grave, aos deveres de vigilância ou às medidas
de segurança aplicáveis.
Por fim, não sendo possível aplicar analogicamente o regime do contrato de seguro de
responsabilidade civil automóvel e tratando-se de obrigações solidárias, a lesada pode
exigir o cumprimento a qualquer dos réus, sendo que a seguradora apenas responderá
até ao limite do montante do capital segurado.
Supremo Tribunal de Justiça, Acórdão de 3 de Maio de 2016, Processo n.º 27/14.5
A autora intentou uma acção contra o Banco, réu, alegando que um contrato celebrado
entre ambos em Outubro de 2008 (e alterado em Março de 2010), denominado de
contrato de swap (na modalidade de permuta de taxa de juro), não é um verdadeiro
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contrato de swap, ou de permuta, de taxa de juros, mas sim um contrato especulativo,
que não visa a cobertura de risco nem é derivado de qualquer outro contrato, devendo
antes ser qualificado como contrato de jogo e aposta, sendo por isso nulo, nos termos
dos artigos 1285.º e 280.º do Código Civil.
Não obstante ter ficado provado que se tratava de um contrato especulativo, sem
qualquer função de cobertura de risco, entendeu o Tribunal o seguinte: (i) o contrato de
swap de taxa de juro é um contrato nominado; (ii) nada obsta que tal contrato seja
utilizado com finalidades puramente especulativas; (iii) trata-se de um instrumento
derivado que não necessita de nenhum contrato subjacente e, por ser admitido pelo
direito comunitário, é um instrumento financeiro não proibido por lei; (iv) a sua
consagração legal afasta a hipótese de o considerar inválido, nos termos do artigo 280.º
do Código Civil; (v) o regime do artigo 1285.º (jogo e aposta) não pode ser aplicado ao
contrato de swap; (vi) improcede a invocação da autora em considerar o swap
desconforme à Constituição da República Portuguesa, por violação do artigo 99.º, alínea
c).
Face ao exposto, concluiu o Tribunal que os contratos de swap nos quais o valor nocional
não tem qualquer correspondência com o passivo ou os financiamentos da autora não são
proibidos.
Tribunal da Relação de Lisboa, Acórdão de 28 de Abril de 2016, Processo n.º 42
Entre 2006 e 2007, os autores subscreveram obrigações emitidas por entidades
estrangeiras (bancos), num montante total de EUR 500.000,00, tendo os réus, uma
instituição de crédito e um seu funcionário, prestado serviços de intermediação financeira.
Como consequência da crise financeira de 2008, as entidades estrangeiras entraram em
incumprimento relativamente ao pagamento dos mencionados juros e, posteriormente,
do capital (no primeiro trimestre de 2009), tendo os autores invocado a nulidade do
contrato por falta de forma escrita e formulado um pedido de responsabilidade civil por
violação dos deveres de informação, com dolo ou culpa grave, por parte dos réus.
No que concerne ao primeiro pedido, considerou o Tribunal que até à entrada em vigor
da redacção dada ao Código dos Valores Mobiliários em 2007, os serviços de
intermediação financeira não estavam obrigados à forma escrita, uma vez que não exista
nenhuma norma que a impusesse.
Relativamente ao pedido de indemnização civil, o Tribunal considerou que, mesmo que os
clientes não tivessem a noção da existência do risco de perda total do capital que
investiram na subscrição das obrigações emitidas pelas entidades estrangeiras, tal não
se fica a dever a uma ausência de informação por parte da instituição de crédito em
termos tais que lhe seja imputável a título de culpa. Com efeito, à data da subscrição das
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obrigações, os bancos estrangeiros emitentes eram considerados bancos com capacidade
financeira suficiente para o cumprimento das suas obrigações e as consequências da crise
financeira de 2008 não eram previsíveis nem foram previstas por nenhuma das agências
de notação financeira. Decidiu, assim, o Tribunal que o banco intermediário financeiro
não pode ser responsabilizado pela perda do capital investido.
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