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Título: Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos Compilação: Zélia Breda ([email protected]) Data: Fevereiro 2008
Nota de enquadramento 3
I. Estrutura e organização do trabalho 5 1.1 Parte pré-textual 5 1.2 Parte textual 7 1.3 Parte pós-textual 12
II. Apresentação do trabalho 13 2.1 Identificação das partes do
trabalho
13 2.2 Paginação 14 2.3 Figuras e quadros 14 2.4 Parágrafos 15 2.5 Notas 15
III. Redacção do trabalho 16 3.1 Linguagem 16 3.2 Abreviaturas 18 3.3 Figuras, quadros, apêndices e
anexos
18 3.4 Números 18 3.5 Citações 19
IV. Referenciação bibliográfica 25 4.1 Livro 32 4.2 Artigo publicado numa
colectânea de artigos
33 4.3 Artigo em publicação periódica
científica
34 4.4 Artigo em livro de actas de
congresso (Proceedings)
35 4.5 Artigo em conferência 35 4.6 Dissertação 36 4.7 Entrada em enciclopédia 36 4.8 Artigo em publicação periódica
não científica
36 4.9 Legislação ou normas 37 4.10 Documento não formalmente
publicado
38 4.11 Imagem, fotografia ou
ilustração
38 4.12 Material multimédia 39 4.13 Referência bibliográfica
electrónica
40
Bibliografia 44
Apêndice I 45
Apêndice II 46
Anexo I 47
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
3
NOTA DE ENQUADRAMENTO
O presente documento tem como objectivo fornecer um conjunto de normas que
facilitem a elaboração de trabalhos, procurando habilitar os alunos a redigir um texto
de acordo com os parâmetros mais comuns a nível académico e aceites a nível
internacional. Não se pretende criar normas rígidas, mas sim apresentar uma série de
elementos que orientem a elaboração dos trabalhos académicos, tendo também em
vista a futura produção científica dos licenciados em turismo.
Para facilitar a consulta do documento, a sua organização foi feita tendo em conta
quatro partes distintas:
1. orientações relativas ao conteúdo e organização de trabalhos académicos e
científicos;
2. regras de apresentação;
3. indicações para redacção dos trabalhos, incluindo as formas de citação;
4. normas de referenciação bibliográfica.
O conjunto de normas e orientações contidas neste documento não responde,
certamente, a todas as dúvidas que possam surgir durante a elaboração de um
trabalho, pelo que os alunos deverão sempre que necessário recorrer a outras fontes
ou aos docentes para esclarecer aspectos não contemplados neste documento.
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
5
I. ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Os trabalhos académicos e científicos devem conter três partes distintas: a pré-textual,
a textual e a pós-textual. A parte textual é a componente central do trabalho e está
organizada em várias secções que reflectem todo o desenvolvimento da investigação,
tanto em termos de fases como da sequência das mesmas. O trabalho pode assumir
diversas estruturas dependendo da sua natureza (trabalho teórico, relatório de
pesquisa científica, e monografia ou dissertação), conforme se apresenta no quadro
seguinte.
Quadro 1. Tipo de trabalhos académicos e científicos
trabalho teórico (pesquisa bibliográfica)
relatório de pesquisa (tipo artigo) monografia ou dissertação
pré-textual folha de rosto índice
folha de rosto resumo
folha de rosto agradecimentos resumo índice geral índice de quadros e figuras
textual introdução revisão de literatura discussão conclusões
introdução (incluindo enquadramento teórico) metodologia resultados discussão conclusões
introdução enquadramento teórico metodologia resultados discussão conclusões
pós-textual referências bibliográficas apêndices anexos
referências bibliográficas agradecimentos apêndices
referências bibliográficas apêndices anexos
Fonte: Escola Superior de Saúde do Alcoitão (2004)
1.1 Parte pré-textual
A parte pré-textual contém, na generalidade, os elementos apresentados de seguida. É
de notar que alguns destes elementos não são adequados em trabalhos de pequena
dimensão, pelo que se deve usar o bom senso para decidir acerca da sua inclusão ou
não no trabalho.
a) folha de rosto
A folha de rosto do trabalho tem o propósito de identificar o trabalho. Assim, na
generalidade, deve conter o título do trabalho, o nome da instituição, o nome do curso,
o nome da disciplina em que se insere, o(s) nome(s) do(s) autor(es), o(s) nome(s) do(s)
orientador(es)/docente(s), o local e data.
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
6
O título deve ser uma afirmação simples e não muito longa que informe o leitor sobre
o assunto que é tratado no trabalho, devendo portanto ser fiel ao seu conteúdo. Em
determinadas situações pode ser pertinente a introdução de um subtítulo para melhor
clarificação do tema do trabalho.
b) dedicatória (eventual)
Este elemento é opcional, devendo aparecer apenas quando o autor pretende dedicar o
trabalho a alguém.
c) agradecimentos (eventual)
Os agradecimentos podem ou não fazer parte do trabalho. Caso o autor considere que
a elaboração do trabalho foi possível apenas com a ajuda específica de alguém ou
alguma entidade, pode agradecer-lhes nesta secção. No caso de se tratar de uma
monografia ou dissertação, os agradecimentos devem ser feitos nesta parte do
trabalho, numa nova folha, usando a primeira pessoa do singular (exemplo: “Agradeço
a…”). Nos artigos científicos, os agradecimentos deverão ser feitos no final do
documento, e apenas devem ser referidos os contributos significativos para a
concretização efectiva do estudo. Neste caso é mais usual usar-se a terceira pessoa do
singular (exemplo: “O autor agradece a…”).
d) resumo
O resumo é uma síntese do trabalho e deve incluir, de uma forma clara e concisa, os
conteúdos mais relevantes. É mais utilizado em trabalhos de investigação e em
monografias ou dissertações; sendo que no primeiro caso aparece antes da introdução,
e no segundo caso deve-se colocar antes do índice. A sua estrutura é variável,
dependendo da natureza da investigação, mas geralmente inclui o estado do
conhecimento do tema em estudo (state of the art) e os objectivos da investigação ou
projecto; os principais materiais e métodos utilizados; os principais resultados; a
discussão desses resultados e a apresentação das conclusões do trabalho. É
recomendável a apresentação do resumo também em inglês (abstract).
Deve ser utilizado o presente do indicativo para descrever o(s) objectivo(s) e a(s)
hipótese(s), os resultados e as conclusões, e deve ser usada a forma verbal do passado
para descrever os processos metodológicos usados. Tal como no título, o resumo deve
ser conciso e evitar redundâncias, tanto em termos de expressão como de informação.
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
7
e) índice geral
O índice só deve constar nos trabalhos teóricos, monografias e dissertações, e deve
incluir os títulos e subtítulos do texto e dos apêndices/anexos, com indicação do
número da página. Deste modo, deverá corresponder exactamente aos títulos das
principais divisões e subdivisões do trabalho. Os artigos científicos e os trabalhos com
poucas páginas não têm índice.
f) índice de figuras e quadros (eventual)
No caso de haver várias figuras e quadros deve ser elaborada uma lista (apresentando
de forma separada as figuras e quadros), que é introduzida após o índice geral. A lista
deve incluir o número, título ou legenda (eventualmente abreviados) de cada figura ou
quadro, e indicar a página respectiva.
g) lista de abreviaturas (eventual)
No caso de se utilizarem abreviaturas ao longo do texto, estas devem estar
identificadas nesta parte do trabalho, também em forma de lista e por ordem
alfabética. Além das abreviaturas utilizadas, deve-se incluir o seu significado por
extenso.
h) glossário (eventual)
Se ao longo do trabalho forem usados termos que necessitem explicação, estes devem
ser definidos num glossário, cuja existência não liberta da necessidade de se incluir
uma breve explicação no texto principal, na primeira ocorrência de cada termo.
i) prefácio (eventual)
Texto preliminar de apresentação, geralmente breve, escrito pelo autor ou por outrem,
com explicações sobre o conteúdo do trabalho, objectivos ou sobre a pessoa do autor.
j) preâmbulo (eventual)
Similar ao prefácio, no entanto tem de ser da responsabilidade do autor do trabalho.
1.2 Parte Textual
Tal como acontece na parte pré-textual, a parte textual do trabalho pode assumir
diversas estruturas dependendo da natureza do trabalho. Em termos de estrutura
podem-se considerar:
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
8
Trabalho teórico
Uma revisão da literatura, ou outros trabalhos de natureza conceptual (mais
frequentemente realizados nos primeiros anos das licenciaturas), deve incluir
sempre introdução, revisão da literatura, discussão e conclusões.
Relatório de pesquisa científica
Este tipo de trabalhos inclui introdução, onde se inclui a revisão da literatura,
metodologia, resultados, discussão e conclusões.
Monografia ou dissertação
São trabalhos de maiores dimensões, normalmente realizados no final do curso.
A sua parte textual inclui a introdução, a revisão da literatura, a metodologia,
os resultados, a discussão e as conclusões.
Independentemente do tipo de trabalho, cada uma destas secções tem um objectivo
que deve ser cumprido.
a) introdução
A introdução deve apresentar o tema do trabalho ou a questão a ser investigada,
definindo-o de forma exacta e enquadrando-o no contexto da literatura existente sobre
o tema. Este enquadramento deve ser feito de forma articulada e lógica, evidenciando
as investigações das quais decorre o estudo, a razão dessas investigações e o estado
actual dos conhecimentos sobre o assunto. Não se pretende uma revisão exaustiva,
mas uma síntese da informação mais relevante. A apresentação de estudos anteriores
deve focar apenas os principais aspectos metodológicos e conclusões desses estudos,
evitando detalhes marginais.
Nos casos dos relatórios ou monografias, a introdução deve incluir também uma
síntese da metodologia (objectivo, variáveis e tipo de estudo), dando especial relevo às
hipóteses testadas e a sua relação com a literatura existente. Não se trata de descrever
em detalhe a metodologia utilizada, uma vez que esta tem um capítulo próprio, mas de
apresentar ao leitor as grandes linhas da investigação e de como esta vai permitir
responder aos objectivos ou testar as hipóteses. Deve ainda conter um enunciado
resumido da estrutura do trabalho, salientando, nomeadamente, as intenções que
levaram à inclusão de cada parte ou capítulo, e a justificação da organização lógica das
partes.
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
9
Uma boa introdução deve permitir ao leitor encontrar respostas para as seguintes
questões: Qual o objectivo do trabalho/estudo? Qual a sua relevância (interesse de
estudar/trabalhar determinado tema)? Qual a sua significância (em que medida vai
contribuir para o aumento do corpo de conhecimentos nessa área)? Quais as
implicações teóricas e práticas do estudo/trabalho e como se relacionam com o
conhecimento existente sobre o tema? A resposta a estas questões deve ser feita de
uma forma integrada ao longo da introdução.
b) revisão da literatura
A revisão da literatura deve ser específica (adequado ao objecto de estudo) e expressar
o estado actual de desenvolvimento do conhecimento (conter referências
bibliográficas actuais). Não deve ser apenas uma transcrição daquilo que outros
autores dizem e pensam, mas uma síntese comentada dos trabalhos produzidos até
então na área científica em estudo e, se possível, inovadora na sua forma ou
perspectiva. Toda e qualquer ideia de outro(s) autor(es) deve ser devidamente
referenciada (ver nas partes III e IV como citar e referenciar outros autores).
Para fazer a revisão de literatura deverão ser analisados diversos artigos científicos
sobre o tema. Hoje em dia existem várias ferramentas que ajudam a fazer a pesquisa
bibliográfica (ver no Apêndice I uma lista das principais bases de dados, catálogos
bibliográficos e motores de pesquisa). Para facilitar posteriormente a elaboração da
lista de referências bibliográficas, deve-se anotar de forma imediata e completa a
origem das fontes consultadas.
c) metodologia
Os relatórios e monografias deverão conter uma secção metodológica, que tem como
objectivo descrever o que foi feito e como foi feito, com rigor, pormenor e clareza.
Qualquer trabalho experimental deverá poder ser reproduzido, pelo que nesta secção
deverá constar toda a informação sobre o material e métodos utilizados, incluindo o
delineamento experimental, permitindo assim fazer uma réplica exacta do estudo.
Tratando-se de uma metodologia inédita e desenvolvida pelo autor, ela deve ser
justificada, incluindo as vantagens que apresenta em relação a outras.
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
10
A metodologia está organizada em vários tópicos, que podem variar um pouco de
acordo com o tipo de investigação conduzida. Na generalidade deve-se incluir o
seguinte:
problema a investigar (questão orientadora);
objectivo(s) do estudo – geral(is) e específico(s)1;
hipóteses e variáveis1;
tipo de estudo.
Nos trabalhos que impliquem recolha de dados, dever-se-á incluir também:
a população de onde se retira a amostra;
a amostra – inclui tipo de amostra, critérios de selecção, dimensão e
caracterização (para definir estes critérios é importante um conhecimento claro
daquilo que a literatura indica que pode intervir na(s) variável(eis) em estudo);
os instrumentos de recolha de dados – inclui validade, fidedignidade e
sensibilidade;
os procedimentos – descrição pormenorizada de todas as acções/passos dados
para atingir o objectivo previamente delineado, ou seja, deve-se identificar
como se procedeu para colocar em prática a investigação (por exemplo, quando
e onde foram recolhidos os dados, e a sua forma de registo);
o estudo piloto – caso exista, deve-se fazer uma avaliação da forma como
decorreu e indicar se os resultados implicam a alteração de alguns aspectos do
estudo;
a forma de tratamento dos dados – descrição sucinta do tratamento estatístico
efectuado.
Muitas vezes é necessário fazer uma recolha de dados secundários para complementar
o estudo empírico. Hoje em dia estão disponíveis na Internet diversos indicadores
estatísticos publicados por diversas instituições (ver no Apêndice II uma lista das
principais organizações que fornecem dados quantitativos na área do turismo).
d) resultados
Nesta secção são apresentados os resultados, qualitativos ou quantitativos, obtidos no
estudo. Pretende-se apenas a sua descrição e não a sua análise, uma vez que existe
1 No caso do relatório de pesquisa (tipo artigo), os objectivos e hipóteses devem ser referidos no final da introdução.
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
11
uma secção específica para esse efeito. No entanto, é necessário fazer alguns
comentários relativos à sua leitura, salientando os aspectos mais relevantes.
Os resultados devem ser agrupados e ordenados de forma objectiva e devem ser
apresentados, sempre que possível, em quadros e/ou figuras, devidamente
identificados com números e títulos, sem que haja, no entanto, duplicação de
informação2. Os resultados da análise estatística figurarão no texto ou em anexo,
consoante a sua relevância. Não devem ser incluídas figuras nem quadros que não
sejam mencionados no texto.
e) discussão
Esta secção do trabalho pretende analisar os resultados obtidos, face à literatura e
conhecimento existente. Deve-se relacionar o conhecimento existente, as hipóteses e
os resultados obtidos de forma a obter determinada evidência ou padrão. Deve-se
discutir os resultados tendo em consideração os resultados obtidos pelos outros
autores citados no enquadramento teórico do estudo.
Num trabalho de revisão da literatura, a discussão pretende ser uma análise
aprofundada da literatura revista na secção anterior, comparando as várias
perspectivas dos diferentes autores, salientando as semelhanças e diferenças, e as suas
implicações.
f) conclusões
Esta secção é obrigatória em qualquer trabalho e deve ser uma síntese da reflexão feita
ao longo do desenvolvimento do trabalho/estudo, na qual se deve dar resposta aos
objectivos estabelecidos na introdução. Esta secção, que se pretende que seja
apresentada de forma clara, deve ainda salientar a relevância do trabalho elaborado,
as limitações metodológicas, recomendações para futuros estudos e as implicações
deste trabalho para a prática. Deve-se referir se o objectivo inicial do trabalho foi ou
não alcançado e se as hipóteses se confirmam ou não. Não devem ser mencionadas
fontes bibliográficas, dados metodológicos ou resultados que não tenham aparecido
anteriormente no texto.
2 Não devem ser usados quadros ou figuras para apresentar os mesmos dados, deve ser escolhido o modelo que permite uma melhor leitura.
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
12
1.3 Parte Pós Textual
A parte pós-textual é normalmente composta pelas referências bibliográficas,
apêndices e anexos, no entanto pode conter ainda outros elementos.
a) notas (eventual)
A incluir quando não se optou pelo critério de referência em nota de rodapé ou no fim
do capítulo.
b) posfácio (eventual)
Semelhante ao prefácio, mas escrito após a realização do trabalho. No anexo I
encontra-se um exemplo de posfácio.
c) referências bibliográficas e/ou bibliografia
A parte pós-textual deve conter a lista de referências bibliográficas (onde devem
aparecer os documentos citados ao longo do trabalho) e/ou outra bibliografia
consultada (onde devem aparecer os documentos que não foram citados, mas que de
alguma maneira contribuíram para a elaboração do trabalho). É de referir que nos
trabalhos técnicos e científicos destinados a publicação, só se deve apresentar a lista
de referências bibliográficas. Devem-se identificar devidamente, de acordo com as
normas, todas as obras/autores citados na parte textual (ver na Parte IV como
elaborar a lista de referências bibliográficas). Devem-se incluir não apenas fontes
escritas mas também fontes bibliográficas em todos os suportes (por exemplo, vídeo,
áudio, Internet).
d) apêndices (eventual)
Os apêndices são todos os materiais trabalhados e elaborados pelo(s) autor(es) do
trabalho, sendo portanto da sua responsabilidade. São registos e informações
necessários à demonstração dos argumentos defendidos na discussão só que, por vezes,
por serem extensos, não se incluem no texto dos resultados (por exemplo, quadros,
tabelas, traduções). Todos os apêndices devem estar devidamente identificados,
paginados e referenciados no texto.
Cada apêndice deve começar numa nova folha, devendo ser identificado pela palavra
“Apêndice”, seguida de um número romano ou árabe, ou de uma letra maiúscula. A
sua ordenação corresponde à ordem em que são referenciados no texto. Os apêndices
devem ser paginados de forma consecutiva e contínua ao texto principal. A sua
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
13
eventual divisão e subdivisão deve ser consistente com aquela utilizada no texto
principal. A numeração destas partes deverá reiniciar-se em cada apêndice.
e) anexos (eventual)
Os anexos incluem documentos não elaborados pelo autor mas que servem de suporte
ou de ilustração ao trabalho, facilitando o processo de compreensão do seu objectivo.
Podem incluir informação ou descrição mais pormenorizadas de métodos ou técnicas
abordadas no texto principal, bibliografia recomendada ou outra informação não
essencial para a compreensão do texto principal. Podem ser impressos ou manuscritos,
e devem também estar identificados, paginados e terem sido referenciados no texto. A
sua ordenação corresponde à ordem em que são referenciados no texto.
Cada anexo deve começar numa nova folha, devendo ser identificado pela palavra
“Anexo”, seguida de um número romano ou árabe, ou de uma letra maiúscula. A
paginação dos anexos deve ser consecutiva e continuar a paginação do texto principal.
A eventual divisão e subdivisão dos anexos deve ser consistente com aquela utilizada
no texto principal. A numeração destas partes deverá reiniciar-se em cada anexo.
f) índices (eventual)
No final do trabalho poderão ser incluídos diversos tipos de índices: analítico,
remissivo, onomástico, antroponímico, entre outros.
II. APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
Na apresentação do trabalho há alguns aspectos que, não tendo a ver com o conteúdo,
são importantes para a sua compreensão, nomeadamente estar bem identificado (com
o(s) nome(s) do(s) autor(es), instituição a que pertencem e data) e ter uma
apresentação limpa e cuidada. As informações que de seguida se apresentam são mais
orientações do que indicações normativas. O objectivo pretendido é o de apresentar
algumas das regras estilísticas frequentemente seguidas nos trabalhos académicos e
científicos.
2.1 Identificação das partes do trabalho
O trabalho deve ser dividido em partes organizadas hierarquicamente e
numeradas, sendo desaconselhável usar mais do que três ou quatro níveis,
dependendo do volume do texto.
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
14
Os termos usados para designar as partes (por exemplo, capítulo, secção, sub-
capítulo, sub-secção) devem manter-se em todo o texto.
As partes principais (primeiro nível) devem começar numa nova página, na
face da folha, e ser numeradas com números inteiros de forma contínua.
As partes secundárias, que resultam da divisão das partes principais, devem ser
numeradas sequencialmente, tendo sempre como prefixo a numeração da parte
principal. Os números respeitantes a cada nível devem ser separados por um
ponto, mas não deve ser usado um ponto no fim do último nível (por exemplo,
o Capítulo 2 subdivide-se em 2.1, e este nos sub-capítulos 2.1.1 e 2.1.2).
As alíneas identificam-se por letras do alfabeto latino (a, b, c, ...) seguidas de
um parêntesis.
2.2 Paginação
Todas as folhas do trabalho devem ser numeradas consecutivamente, no
entanto as páginas de título são contadas, mas não são numeradas.
A numeração da parte pré-textual é feita com algarismos romanos minúsculos
(i, ii, iii, iv, ...) e da parte textual em numeração árabe, colocada no canto
inferior direito da folha.
No caso do trabalho ser constituído por mais que um volume, deve ser mantida
uma única sequência de numeração das folhas, do primeiro ao último volume.
Havendo apêndices e anexos, as suas folhas devem ser numeradas de forma
contínua e a sua paginação deve dar seguimento ao texto principal.
2.3 Figuras e quadros
As figuras (desenhos, gráficos, mapas, etc.) e quadros devem obedecer às
margens do texto. Caso exista um número excessivo de dados, estes devem ser
distribuídos num ou mais quadros. No entanto, quando não for possível reduzir
um quadro e este ocupar mais do que uma página, não se deve delimitar a parte
inferior, repetindo-se o cabeçalho na página seguinte.
As figuras e quadros deverão ser numerados em árabe e ser incluídos perto da
primeira referência que lhes é feita no texto.
A numeração deverá ser sequenciada e de acordo com a sua sequência nos
diferentes capítulos (por exemplo, Quadro 2.15 – refere-se ao quadro n.º 15 do
segundo capítulo), sendo que as figuras devem ser numeradas
consecutivamente, independentemente do tipo (desenho, gráfico, etc.) e as
tabelas devem ser numeradas consecutivamente, de forma separada das figuras.
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
15
A numeração das figuras e quadros dos anexos deve ser precedida de um
elemento identificador do anexo.
Nos quadros, o espaçamento entre linhas deverá ser simples.
As figuras e quadros devem ser acompanhados de uma legenda, que deve
conter informação suficiente de forma a torná-los compreensíveis mesmo
quando analisados isoladamente do texto onde se inserem.
Os títulos devem ser precedidos de “Figura” ou “Quadro” e respectiva
numeração, e colocados imediatamente antes dos quadros e imediatamente
depois das figuras. Os títulos não devem ser escritos em maiúsculas, excepto no
seu início ou quando forem utilizadas palavras cuja regra assim o exija.
Caso seja necessário incluir uma nota explicativa, esta deverá ser colocada na
parte inferior. A fonte de figuras ou quadros não originais deve ser também
indicada na parte inferior. As abreviaturas e símbolos utilizados deverão ser
explicados.
2.4 Parágrafos
Os parágrafos do texto não são tabulados e deverão ser espaçados por uma
linha em branco.
É aconselhável utilizar pelo menos um espaço e meio (1,5) entre as linhas na
formatação e usar o tamanho 12 para o corpo da letra no texto.
Nos índices, legendas de quadros e figuras, quadros e referências bibliográficas
dever-se-á usar espaçamento simples.
Numa citação longa (mais de três linhas) o espaço entrelinhas deve ser
simples, o texto deve estar tabulado 10 espaços em ambos os lados e usar-se
um tamanho de letra inferior ao usado no restante texto (ver exemplo no
ponto III). As margens utilizadas devem permitir a encadernação e a fácil leitura.
Aconselham-se 3 cm (esquerda) e 2,5 cm (direita, em cima e em baixo).
2.5 Notas
Devem-se usar notas de rodapé em vez de notas remetidas para o final do
capítulo, de modo a facilitar a leitura e a salvaguardar a comparação imediata
quando se discutem aspectos marginais do texto.
As notas devem ser numeradas ao longo do texto e não por página.
Evitar o uso de notas em títulos de capítulos ou sub-capítulos.
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
16
O número indicativo da nota deve ser sobrescrito após todos os sinais de
pontuação, excepto o travessão.
Nas notas de rodapé, a fonte utilizada deverá ser sempre de menor dimensão
do que aquela que ocorre no texto principal e deve-se utilizar espaçamento
simples.
III – REDACÇÃO DO TRABALHO
A redacção de um trabalho de natureza académica e científica é diferente da escrita
informal, pelo que há um conjunto de normas a seguir.
3.1 Linguagem
É importante escrever de forma clara, utilizando uma linguagem simples e
informativa. Naturalmente que se deve recorrer à terminologia específica da
área científica em causa, usando sempre os termos técnicos apropriados, mas
dever-se ter cuidado em definir ou esclarecer termos ou expressões que se
possam revestir de alguma ambiguidade.
O uso de terminologia específica deve ser ponderado com rigor, adequado às
circunstâncias e devidamente justificado. Não se deve fazer uso de terminologia
que não se domine com segurança. Certos termos técnicos com tradução menos
consensual poderão ser acompanhados do termo original entre parêntesis.
Não se devem usar “chavões” ou frases feitas, nem expressões coloquiais.
Palavras ou expressões estrangeiras isoladas devem ocorrer em itálico.
Contudo, aqueles termos cujo uso se tornou corrente em português devem
manter a fonte normal.
O texto não deve ter contradições, e deve ser coerente na sua argumentação.
Devem-se evitar redundâncias, quer por repetição da informação como forma
de a enfatizar, quer pelo uso de expressões e construções gramaticais
complexas que não fornecem qualquer informação nova.
Por vezes a utilização de um termo técnico preciso implica a sua repetição no
texto, já que podem não existir sinónimos adequados que permitam a sua
substituição sem introduzir ambiguidades. A sua repetição pode ser um pouco
evitada com recurso a pronomes.
O texto deve ser escrito em linguagem impessoal (na terceira pessoa – por
exemplo, “elaborou-se”, “conclui-se”), no entanto também se pode utilizar o
plural majestático (“nós”) ou o estilo narrativo (por exemplo, “o autor
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
17
concluiu”). O importante é que, independentemente do estilo narrativo
adoptado, deve-se ser coerente e consistente ao longo do trabalho, isto é, uma
convenção ou critério utilizados numa página devem ser mantidos em todo o
texto.
O trabalho deve reflectir equilíbrio entre as partes, as quais devem ser
harmoniosamente articuladas. Deste modo, a boa articulação entre os assuntos
e ideias é muito importante. Devem-se utilizar elementos de transição3, entre
parágrafos quando se muda de assunto. É importante não saltar de assunto ao
longo do texto. Quando se inicia um tema, este deve ser explorado até ao fim,
não mudando e voltando mais tarde ao mesmo.
Da mesma forma, recomenda-se que a apresentação das diferentes partes seja
consistente, seguindo os mesmos padrões e critérios de apresentação e
redacção.
Em termos gramaticais, devem-se utilizar frases curtas, não incluindo mais que
uma ideia em cada frase. A voz passiva e as frases na negativa devem ser
evitadas pois podem introduzir elementos de dúvida e confusão, ou tornar o
discurso menos claro e de difícil compreensão. Os advérbios de modo também
devem ser evitados.
Deve-se usar coerência nos tempos verbais ao longo das frases sucessivas do
mesmo parágrafo.
Em termos gerais, o tempo passado deve ser utilizado na revisão da literatura,
metodologia, cálculo e descrição dos resultados; e o tempo presente na
discussão dos resultados e nas conclusões.
Deve-se usar a vírgula como auxiliar de leitura e não como obstáculo. Por
exemplo, a vírgula nunca surge entre o sujeito e o verbo, excepto no caso de
existirem elementos móveis. Nesse caso, o elemento móvel está sempre isolado
entre duas vírgulas.
É ainda muito importante apresentar o trabalho sem erros ortográficos e
tipográficos, e sem falhas de concordância verbal, pontuação e acentuação.
Aconselha-se a usar o corrector ortográfico do Word e fazer uma leitura
cuidadosa antes da impressão final. É sempre útil pedir a alguém que possa
fazer uma segunda leitura e que ajude a detectar algumas falhas.
3 Alguns exemplos de elementos de ligação: ligação temporal (então, depois); ligação causa-efeito (assim, consequentemente); ligação por contraste (contudo, no entanto); ligação por adição (similarmente, mais ainda).
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
18
3.2 Abreviaturas
As abreviaturas podem ser utilizadas no texto. No entanto, quando são mencionadas
pela primeira vez, deve ser utilizada a expressão por extenso e depois entre parêntesis
a abreviatura (exemplo: a “... Organização Mundial de Turismo (OMT)...”). Nas vezes
seguintes pode-se utilizar apenas a abreviatura.
3.3 Figuras, quadros, apêndices e anexos
Todas as figuras, quadros, apêndices e anexos devem ser referenciados no texto, e
quando necessário devem ser alvo de análise. A sua remissão deverá ser realizada da
seguinte forma: “Na Figura 1 pode observar-se....”, ou entre parêntesis: “(conforme
Quadro 1)”.
3.4 Números
Quanto à grafia dos números, não existe nenhuma norma ortográfica, mas é muito
popular a convenção gráfica que aconselha a escrever por extenso os números de um
dígito, quando o contexto não for estatístico. No entanto, apesar de terem dois ou três
dígitos, é recomendável que se escreva por extenso qualquer número que seja dito ou
escrito numa só palavra, como as dezenas e as centenas (dez, noventa, cem,
quinhentos). Deve-se evitar a grafia por extenso de números que parecem pequenos
mas comportam mais de duas palavras (por exemplo, 23 – vinte e três), uma vez que a
grafia em algarismos proporciona uma leitura visual mais rápida. Alguns exemplos de
redacção correcta:
Foram inquiridos dois operadores turísticos e mais de trinta turistas.
O governo autorizou 53 projectos turísticos.
O grupo hoteleiro pretende construir 19 hotéis até 2010.
Dos nove investigadores abordados, cinco disseram que já leram mais de 250
artigos científicos nos últimos dez meses.
Num período de cinquenta anos foram realizados 976 projectos na área do
turismo.
Do mesmo modo, não existe qualquer norma para o uso de um separador das classes
de algarismos (unidades, milhares, milhões, etc.) ou para o separador das casas
decimais, no entanto é muito comum usar-se o ponto para separar as classes de
algarismos (exemplo: 1.000.000) e a vírgula para separar a parte inteira da parte
decimal (exemplo: 100,5). É importante notar que no sistema anglo-saxónico a
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
19
notação é feita de forma inversa (usa-se a vírgula para separar as classes de algarismos
e o ponto para separar a parte inteira da parte decimal).
3.4 Citações
As citações são outro elemento importante na redacção do texto de um trabalho. É
imprescindível colocar citações sempre que se usam ideias ou argumentos que não são
nossos. Deste modo, nunca se devem usar partes de uma obra que pertencem a outra
pessoa sem colocar os créditos para o autor original, sob pena de se incorrer em plágio.
Ao não se citarem as fontes está-se a fazer uma apropriação indevida da obra
intelectual de outras pessoas, o que é susceptível de procedimento disciplinar e
criminal. Deste modo é necessário a maior observância em relação a este assunto.
As citações podem ser de três tipos: formais, conceptuais e indirectas.
Citações formais – quando se transcreve literalmente trechos de obras. Utilizam-se
apenas em situações especiais, quando a frase ou declaração do autor original são de
uma importância extrema (por exemplo, a definição de determinado conceito ou outro
aspecto teórico).
As citações formais devem apresentar sempre o número da página da obra
original na referência (o número da página deve ser precedido de “p.”, ou de
“pp.” quando abrange mais do que uma página).
Quando se quer fazer uma citação de um trabalho em língua estrangeira, o
texto pode ser transcrito na língua original, devendo-se para tal indicar a
tradução em nota de rodapé; apresentar uma tradução já publicada; ou traduzir
o texto citado, devendo-se para tal incluir a expressão “tradução nossa” na
referência (exemplo: (Buhalis, 1982, p. 23, tradução nossa)).
Deverão ser usados parênteses rectos e reticências “[…]” para indicar que se
omitiu um fragmento do texto citado.
Utilizam-se ainda os parênteses rectos quando se deseja intercalar letras ou
palavras que não pertencem ao texto original, de modo a se incluir uma
informação que não conste da obra citada (exemplo: “…. [n]o sector do
turismo ....”).
No princípio e no fim das citações não devem ser colocadas reticências, a não
ser que a omissão possa induzir interpretações erradas.
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
20
Quando existem incorrecções ou incoerências no texto, estas devem ser
indicadas pela expressão “[sic]”, imediatamente após a sua ocorrência. A
expressão sic significa “assim mesmo”, isto é, estava assim no texto original.
As palavras ou expressões por nós destacadas no texto citado, devem ser
seguidas das expressões “sem destaque no original” ou “destaque nosso”,
inseridas após a indicação da referência da citação.
Curtas – quando têm menos de 3 linhas. A transcrição deve ser feita na
continuação do texto, entre aspas. Se a fonte original contiver palavras entre
aspas, estas deverão ser substituídas por aspas simples (‘).
Exemplos:
O turismo é reconhecidamente uma actividade globalizada, cuja dimensão o coloca a
par das mais importantes actividades económicas mundiais. Com efeito, “cerca de
‘700 milhões de turistas internacionais atravessam actualmente as fronteiras’, todos os
anos, com vista ao exercício de férias e lazer” (Matias, 2001, p. 56), estimando-se que
esse número venha a mais do que duplicar em duas décadas.
Cooper (2003) considera que “as alterações climáticas irão produzir alterações
significativas ao nível dos destinos turísticos […], havendo mesmo regiões que poderão
sofrer quebras [significativas].” (p. 45).
Longas – quando têm 3 linhas ou mais. A transcrição deve ser isolada, com
uma linha de intervalo antes e depois da citação, o texto deve estar tabulado
em ambos os lados, e não se devem utilizar aspas. O espaço entrelinhas deve
ser simples e o tamanho de letra deve ser menor que a utilizada no texto. Deve-
se evitar fazer transcrições muito longas e recorrer ao seu uso frequente.
Exemplo:
O turismo constitui hoje em dia um dos principais sectores da actividade económica.
A sua contribuição para o PIB, aproximando-se dos 8% e empregando cerca de 4,5% da população activa (cerca de 200 mil), constitui, de há muito, um factor compensador do tradicional saldo negativo da balança comercial. Para além destes factos, assinale-se ainda uma dupla característica de grande importância desta actividade: os seus acréscimos têm um efeito limitado sobre as importações (não induzindo mais de 17% por unidade de despesa efectuada no turismo) e as variações da procura destes serviços têm um efeito multiplicador significativo (1,4) sobre a actividade económica global. (Sousa & Farto, 1997, p. 1)
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
21
Citações conceptuais – quando, com sínteses pessoais, as citações reproduzem as
ideias ou resultados de outros autores. São as mais utilizadas.
Exemplo:
O modelo de Alberta assume o princípio de que a realização de planos e estratégias de
planeamento e de promoção tem de ser precedida de um cuidado diagnóstico de
inventariação e caracterização de recursos, em que as componentes sócio-culturais e
patrimoniais estão devidamente presentes (Gunn, 1988).
Citações indirectas – quando se usa informação a partir de uma fonte não consultada,
mas que foi citada por autor(es) em publicações identificadas. Estas citações indirectas
só se devem utilizar em casos excepcionais, quando existe impossibilidade de consulta
da referência bibliográfica original. Na citação, deve-se colocar o nome do(s) autor(es)
original(is) seguido da expressão “citado por” e do nome do(s) autor(es) da obra
consultada.
Exemplo:
O pensamento moderno, que presidiu ao aparecimento da produção em série,
condicionou os modelos urbanísticos, o incremento da produção cultural e o
desenvolvimento do turismo (Le Corbusier, 1929, citado por LeGates & Stout, 1999, pp.
336-344).
Existem três tipos de citações: numéricas, em nota e autor-data. Referir-nos-emos
apenas à última forma por ser a mais correntemente usada em publicações científicas
na área do turismo. Em baixo estão descritos diversos exemplos de referências
utilizadas no texto para identificar as obras, seguindo as normas da American
Psychological Association (APA).
a) um autor
A citação é feita referindo o apelido do autor, o ano de publicação e, se necessário o(s)
número(s) da(s) página(s). Se o nome do autor já fizer parte integrante do texto,
apenas devem ser colocados entre parênteses o ano e a(s) página(s).
.... turismo no Algarve (Silva, 1985, p. 34).
Silva (1985, p. 34) considera que o turismo no Algarve ....
b) dois autores
A citação é feita referindo os apelidos dos autores separados por “&”, o ano de
publicação e, se necessário o(s) número(s) da(s) página(s). Se os nomes dos autores já
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
22
fizerem parte integrante do texto devem ser separados pela partícula de ligação “e”,
apenas devem ser colocados entre parênteses o ano e a(s) página(s).
.... turismo no Algarve (Silva & Costa, 1985, pp. 34-35).
Silva e Costa (1985, pp. 34-35) consideram que o turismo no Algarve ....
c) três ou mais autores
três a cinco autores
Quando existem três a cinco autores, a primeira citação é feita referindo todos os
autores. Nas citações seguintes apenas se coloca o apelido do primeiro autor seguido
de “et al.” (expressão latina abreviada de et alli. que significa “e outros”), o ano de
publicação e, se necessário o(s) número(s) da(s) página(s). Se os nomes dos autores já
fizerem parte integrante do texto, apenas devem ser colocados entre parênteses o ano
e a(s) página(s). É de referir que nas referências bibliográficas devem ser mencionados
os nomes do primeiro autor e de todos os co-autores.
primeira citação
.... turismo no Algarve (Silva, Costa, Melo & Matos, 1985, pp. 34-35).
Silva, Costa, Melo e Matos (1985, pp. 34-35) consideram que o turismo no
Algarve ....
citações subsequentes
.... turismo no Algarve (Silva et al., 1985, pp. 34-35).
Silva et al. (1985, pp. 34-35) consideram que o turismo no Algarve ....
seis ou mais autores
Quando existem seis ou mais autores, apenas se coloca o apelido do primeiro autor
seguido de “et al.”, o ano de publicação e, se necessário o(s) número(s) da(s) página(s).
Se os nomes dos autores já fizerem parte integrante do texto, apenas devem ser
colocados entre parênteses o ano e a(s) página(s). É de referir que nas referências
bibliográficas, caso hajam mais do que seis autores, devem ser mencionados apenas os
nomes dos seis primeiros, seguido de “et al.” para designar os restantes autores.
.... turismo no Algarve (Silva et al., 1985, pp. 34-35).
Silva et al. (1985, pp. 34-35) consideram que o turismo no Algarve ....
d) sem autor
No caso do autor ser desconhecido ou do seu nome não constar do documento, o título
da obra será a referência bibliográfica. Numa citação parentética, faz-se a chamada
pela primeira palavra do título, seguido de reticências, separando-se a data da
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
23
publicação com vírgula. Se o documento for referido no texto, deve-se colocar o título
completo.
.... turismo no Algarve (Turismo…, 1985).
… tal como é referido no estudo Turismo no Algarve (1985).
Alternativamente, pode-se colocar a indicação “anónimo”.
.... turismo no Algarve (anónimo, 1985, pp. 34-35).
e) documento da autoria de uma instituição
Se a autoria da obra for de uma colectividade/instituição, o nome transcreve-se como
aparece na fonte. Na primeira citação deve-se sempre escrever o nome por extenso,
nas citações subsequentes pode-se usar apenas a abreviatura.
primeira citação
.... turismo no Algarve (Organização Mundial de Turismo [OMT], 1985).
A Organização Mundial de Turismo (1985) considera que o turismo no
Algarve ....
citações subsequentes
.... turismo no Algarve (OMT, 1985).
A OMT (1985) considera que o turismo no Algarve ....
f) várias obras do mesmo autor
Quando se citam várias obras do mesmo autor, estas devem ser colocadas por ordem
cronológica.
.... turismo no Algarve (Buhalis, 1996, 1998).
Buhalis (1996, 1998) considera que o turismo no Algarve ....
g) várias obras do mesmo autor publicadas no mesmo ano
Quando se faz referência a várias obras do mesmo autor publicadas no mesmo ano
acrescenta-se uma letra minúscula ao ano (a, b, c,…), sendo que a colocação da letra
obedece à ordem alfabética do título.
.... turismo no Algarve (Buhalis, 1996a, 1996b).
Buhalis (1996a, 1996b) considera que o turismo no Algarve ....
h) diversos autores que expressam a mesma ideia
Quando no texto houver necessidade de citar mais do que uma obra para a mesma
ideia, devem-se utilizar todas as referências necessárias, separadas entre si por ponto e
vírgula (“;”) e ordenadas por ordem alfabética do apelido do autor e, em caso de
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
24
igualdade, por ordem cronológica. Caso hajam autores com o mesmo apelido, deve-se
acrescentar a inicial do primeiro nome, para evitar confusão.
O Turismo de Natureza consiste num programa criado para as áreas
protegidas com vista a conciliar a preservação dos valores naturais e culturais
com o desenvolvimento de uma actividade turística sustentada (A. Amaro,
2003; J. Amaro, 2000; Vicente, 1985, 1987)...
i) fonte secundária
No caso de citações de trabalhos discutidos em outras fontes, a citação deve fazer
referência à fonte secundária. Deve-se colocar o nome do(s) autor(es) original(is)
seguido da expressão “citado por” e do nome do(s) autor(es) da obra consultada. Na
lista final deverá apenas constar a referência à fonte secundária.
… turismo em espaço rural (Smith 1987, citado por Figueira, 1995, p.36) ...
Smith (1987, citado por Figueira, 1995, p. 36) sugere que ...
j) comunicação pessoal
Alguns exemplos de comunicações pessoais são mensagens de correio electrónico,
cartas, memorandos, resultados informais de grupos de discussão, entrevistas pessoais
ou conversas telefónicas. As comunicações pessoais, não sendo informação
recuperável, não aparecem listadas nas referências bibliográficas. Mas isso não
significa que não possam ser citadas no corpo do texto.
… turismo náutico (J. I. Moreira, comunicação pessoal, 18 Jan 2003) …
J. I. Moreira (comunicação pessoal, 18 Jan 2003) defende que …
l) obra sem data
Quando for impossível determinar a data de publicação deve-se colocar a indicação
“s.d.”, isto é, sem data.
.... turismo no Algarve (Silva & Costa, s.d., pp. 34-35).
Silva e Costa (s.d., pp. 34-35) consideram que o turismo no Algarve ....
m) obra ainda não publicada
Quando a obra ainda não se encontra publicada mas já foi aceite para publicação deve-
se colocar a indicação “no prelo” no local onde se coloca o ano da publicação.
.... turismo no Algarve (Silva & Costa, no prelo, pp. 34-35).
Silva e Costa (no prelo, pp. 34-35) consideram que o turismo no Algarve ...
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
25
IV –REFERENCIAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
A lista de referências bibliográficas – onde constam apenas as obras referenciadas ao
longo do texto – ou bibliografia – onde constam todas as obras consultadas para a
elaboração do trabalho – aparece na parte pós-textual. Deve ser apresentada por
ordem alfabética, baseada no último apelido do autor e, para o mesmo autor, devem
ser ordenados cronologicamente. Se um autor possuir outros trabalhos publicados
com co-autores, deve ser feita a seguinte ordenação: publicações individuais
ordenadas por data; publicações com um co-autor ordenadas por ordem alfabética,
seguindo-se as com três ou mais autores.
Na organização das referências bibliográficas não é necessário separar os diferentes
tipos de documentos (por exemplo, livros, periódicos, sites da Internet), estes devem
ser integrados. Pormenores como o uso de maiúsculas, pontuação e efeitos
tipográficos (sublinhado, itálico, negrito.) variam consoante o estilo de citação.
Independentemente do estilo utilizado, o sistema de pontuação deve ser consistente,
devendo todos os elementos ser separados por um sinal de pontuação (ponto, vírgula,
etc.). Os efeitos também devem ser usados para realçar a separação entre elementos,
facilitando a leitura.
Há um conjunto de informação que é essencial constar na referência. Para elaborar a
referência bibliográfica de um documento impresso deve tomar-se como fonte de
informação privilegiada a página de rosto e o seu verso. Não se deve recorrer
unicamente à capa, a não ser na ausência de informação na página de rosto.
Os elementos primários numa referência bibliográfica são normalmente os mesmos
para todos os tipos de documentação e para todos os estilos de citação, embora a
ordem pela qual são apresentados possa variar conforme o estilo adoptado. Estes
elementos incluem:
a) nome do autor
O nome do autor deve ser dado como aparece no documento, mas de forma invertida,
referindo em primeiro lugar o último apelido ou o penúltimo, no caso de apelidos
compostos ou com relações familiares (exemplo: Marques, F.; Castelo Branco, M.;
Day-Lewis, C.; Portela Filho, A.). Os nomes espanhóis devem ser referenciados pelo
apelido que aparece a seguir ao nome próprio (exemplo: Serrano Palomo, L.) – o
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
26
apelido paterno é o penúltimo, por essa razão a referência começa sempre por esse
nome.
No caso da publicação ter mais do que um autor, a ordem pela qual o nome dos
autores aparece identificada no documento deve ser mantida. A sequência é
importante, uma vez que reflecte a contribuição relativa de cada autor para a
publicação.
No caso do autor ser desconhecido ou do seu nome não constar do documento, o título
da obra será a primeira referência bibliográfica. Alternativamente, pode-se colocar a
indicação “anónimo”.
Quando a obra não tem autor(es), mas editor(es), organizador(es) ou coordenador(es),
a seguir ao(s) seu(s) nome(s) colocam-se as abreviaturas correspondentes: “(Ed.)” ou
“(Eds.)”, “(Org.)” ou “(Orgs.)”, e “(Coord.)” ou “(Cords.)”.
Se a autoria da obra for de uma colectividade/instituição, o nome transcreve-se como
aparece na fonte. No caso de ministérios, órgãos legislativos, administrativos,
religiosos ou outros, estes ficam subordinados à zona ou país a que dizem respeito
(exemplo: Portugal, Ministério da Economia).
Na ligação entre os nomes dos autores usa-se o símbolo “&”, no entanto este só deve
ser usado nas citações feitas entre parêntesis; caso a citação seja feita na frase, dever-
se-á usar a conjugação coordenativa “e” (por exemplo, entre parêntesis: “.... turismo
no Algarve (Buhalis & Smith, 2006)”; na frase: “Buhalis e Smith (2006) consideram
que o turismo no Algarve ....”).
b) data da publicação
A data é um elemento essencial na referência bibliográfica de estilos do tipo autor-data.
Se não estiver referida nenhuma data deve-se procurar no próprio texto uma indicação
que permita fazer uma aproximação (por exemplo, a data do prefácio ou do
documento mais recente referenciado na bibliografia). Sempre que não haja certeza na
data da edição deve-se acrescentar um ponto de interrogação (exemplo: 2004?)4. Se
não for possível apresentar qualquer data pode-se ainda aproximar ao decénio. Neste
caso pode-se colocar um ponto de interrogação (exemplo: 199-?) ou “ca.”, a
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
27
abreviatura de “circa”, (exemplo: ca. 1990) 4 . Quando seja de todo impossível
encontrar uma data deve-se colocar a indicação “s.d.”, isto é, sem data.
As datas de certos tipos de documentos como jornais, patentes, documentos
legislativos, etc. são indicadas de forma completa, ou em números (ano-mês-dia) ou
com o mês por extenso ou abreviado (dia-mês-ano): 1995-03-17 ou 12 Ag. 1992.
No caso da referência dizer respeito a uma parte de um documento, por exemplo um
artigo de um autor cuja data seja diferente da data de publicação do documento
completo em que está inserido, a data a referir é sempre a da publicação do
documento e nunca a do texto citado.
Para as actas de congressos, seminários ou simpósios, a data é sempre a da publicação
do documento e não a da realização do evento. No caso de uma obra ter vários
volumes, com diferentes anos para cada volume, para a referência da obra completa
coloca-se a data do primeiro volume e do último separadas por hífen (exemplo: 1997-
2001), mas se a referência diz respeito apenas a um dos volumes coloca-se só a data
desse volume.
c) título
Os títulos de livros devem ter iniciais maiúsculas apenas na primeira palavra e sempre
que as regras gramaticais assim o exijam, e devem ser escritos em itálico. Quando a
obra apresenta subtítulo, este escreve-se também em destaque e deve ser iniciado com
maiúsculas, mas separa-se do título principal com dois pontos (exemplo: Tourism
networks: An introduction).
Se o título de uma obra integrar o título de outra, todo o conjunto deve ser escrito de
forma destacada, mas o título inserido apresenta-se entre aspas francesas (exemplo:
Para uma leitura de «Memorial do convento»). Se a publicação em série tem várias
secções ou subdivisões, estas devem ser acrescentadas ao título (exemplo: From
cultural tourism to creative tourism. Changing structure of collaboration).
4 O manual de estilo APA não considera a possibilidade da data aproximada (assinalada pelo ponto de interrogação). Todavia, dada a importância de que se reveste este elemento, é sempre preferível encontrar uma data, ainda que apenas de modo aproximado.
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
28
Os títulos de publicações periódicas (jornais, revistas e periódicos científicos) devem
ser apresentados por extenso, ser escritos em itálico e ter iniciais maiúsculas. Os
títulos dos artigos em publicações periódicas ou capítulos em livros devem ter iniciais
maiúsculas apenas na primeira palavra e sempre que as regras gramaticais assim o
exijam. Quando o título apresentar subtítulo, este também deve ser iniciado com
maiúsculas e separa-se do título principal com dois pontos.
d) edição
O número da edição só é dado naqueles casos em que não seja a primeira edição. Os
dados da edição podem ser abreviados e indicam-se como aparecem no documento
(exemplo: 4th rev. Ed.; Ed. Canadiana; Nuova ed.; 5e. éd. Rev. Par l’auter).
e) volume
Sendo a obra composta por mais do que um volume, dá-se a indicação do número de
volumes a seguir ao título ou complemento de título entre parêntesis (exemplo: 5
Vols.). No caso da referência dizer respeito apenas a um volume da obra, deve-se
indicar qual o número do volume (exemplo: Vol. 3). Se for necessário indicar o
número da edição e o volume, ambas as referências ficarão dentro dos mesmos
parêntesis (exemplo: (3ª ed. Vol. 2)).
No caso das publicações periódicas, o volume identifica o número de anos em que a
publicação tem sido feita. Geralmente um novo volume corresponde a um ano
diferente (por exemplo, se o volume 20 é publicado em 2008, então o volume 21 será
publicado em 2009). Deve ser apresentado em números árabes e, no caso das
publicações periódicas científicas, deve ser escrito em itálico.
f) número
O número do periódico identifica quantas vezes por ano a publicação é efectuada.
Geralmente são publicados vários números de cada volume por ano. Deve ser
apresentado em números árabes entre parêntesis, a seguir ao volume. O número deve
ser sempre colocado quando cada número se inicia com a página 1, pelo que quando os
números são paginados de forma contínua, não é obrigatório colocar essa informação.
g) local da publicação
O local da publicação diz respeito à localização da editora; essa informação pode ser
recolhida na folha de rosto ou no verso. Se no documento forem referidos vários locais
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
29
de publicação com o mesmo editor, basta referir o primeiro local que aparece no
documento ou a sede da editora. Poder-se-á também referir o local mais conveniente
para encontrar o livro (por exemplo, se um livro da Academic Press é publicado em
Nova Iorque e Londres, deve-se listar Nova Iorque para uma audiência americana e
Londres para uma audiência europeia). Se a cada local corresponderem editoras
diferentes podem-se transcrever até três (por exemplo, Paris: Masson; London:
Pergamon). Para evitar confusão entre cidades com o mesmo nome, deve-se incluir o
estado ou província (exemplo: Reston, VA). Se o local de publicação for desconhecido,
escreve-se “[s.l.]” que são as iniciais da expressão latina sine loco que significa “sem
lugar”.
h) editora
O nome do editor transcreve-se tal como aparece no documento no caso de
associações ou editoras de universidade, mas de forma abreviada nos restantes casos
(por exemplo, “MacMilan” em vez de “MacMilan and Co. Limited”). No caso de haver
mais do que um editor, segue-se o que foi dito para o local de publicação. Se se tratar
de uma edição de autor deve-se colocar “Edição de Autor”. Caso o nome da editora não
constar na publicação, escreve-se “[s.n.]”, que são as iniciais da expressão latina sine
nomine que significa “sem nome” (exemplo: London: [s. n.]).
i) páginas
Deve-se indicar a primeira e a última página, terminando com um ponto. Deve-se usar
“p.” ou “pp.” para números de páginas em capítulos de livro, artigos publicados em
livros de actas ou jornais. Devem-se omitir estas notações quando se trate de
publicações periódicas científicas, excepto se o periódico não tiver volumes, nesse caso
deve-se usar “p.” ou “pp.” antes dos números de página. No caso de uma fonte em
formato electrónico não estar paginada, deve-se tentar incluir informação que ajude os
leitores a encontrar a passagem citada (ver na secção ‘Publicação periódica on-line’
para mais detalhes).
É vulgar cada área científica possuir o seu estilo próprio de apresentar as referências
bibliográficas. Mesmo dentro de cada área científica, deparamo-nos com publicações
periódicas que exigem diferentes regras de apresentação da bibliografia aos autores
que nelas desejem publicar. Existe até uma Norma Portuguesa sobre referências
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
30
bibliográficas (NP 405). No entanto, independentemente do estilo de referenciação
bibliográfica a utilizar, que pode ser muito diverso, o mais importante é:
fornecer a informação mais completa possível relativa a cada referência
bibliográfica, de modo a que qualquer leitor possa identificar, sem dúvidas, a
obra referenciada;
respeitar o mesmo estilo de citação em toda a listagem de referências
bibliográficas, de forma a que esta apresente um estilo homogéneo.
As regras para apresentação das referências bibliográficas que se sugerem neste
documento são adaptadas a partir das da APA – American Psychological Association
(http://www.apastyle.org), e são as mais vulgarmente utilizadas em publicações
científicas internacionais na área do turismo.
Sintetizando, as regras gerais a seguir na elaboração da lista de referências
bibliográficas são:
Paginar a listagem das fontes bibliográficas como uma continuação do próprio
texto do trabalho.
Todas as citações devem aparecer na lista de referências bibliográficas, assim
como todas as obras listadas devem aparecer citadas no texto.
Dever-se-á usar espaçamento simples e iniciar a primeira linha de cada
referência junto à margem esquerda da página, e avançar 5 espaços nas linhas
seguintes.
A listagem deve ser organizada por ordem alfabética do último nome do
primeiro autor. Devem-se colocar primeiro as obras individuais e depois as
obras colectivas, utilizando-se o nome do segundo autor para ordenação.
Quando se referencia mais do que uma obra de um mesmo autor, devem-se
enumerar por ordem da data de publicação, começando na mais antiga e
terminando na mais recente, repetindo o nome do autor em cada publicação.
Quando se referencia mais do que uma obra de um mesmo autor, cujo ano de
publicação seja o mesmo, enumerá-los na bibliografia por ordem alfabética do
título, acrescentando uma letra minúscula ao ano, para prevenir qualquer tipo
de confusão, e utilizar a mesma metodologia aquando da citação no texto.
Devem ser colocados os nomes de todos os autores na lista de referências
bibliográficas, excepto se a obra tiver mais de seis autores. Nesse caso colocam-
se apenas os seis primeiros autores seguidos da expressão “et al” e de um ponto
final.
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
31
Inverter os nomes de todos os autores em cada referência, colocando o último
nome em primeiro lugar, e usando apenas as iniciais dos restantes nomes.
No caso dos editores, colocar primeiro as iniciais dos nomes próprios, seguidas
de ponto final, e só depois o apelido.
Quando existir mais do que um autor ou editor, usar “&” antes do nome do
último autor ou editor.
Em documentos que entrem pelo título, os artigos (definidos e indefinidos) não
são alfabetados. Os documentos cuja entrada se faça por um número (no título)
são alfabetados como se o número fosse soletrado. No caso de se tratar de
títulos de artigos ou capítulos em livro, o título deve aparecer sem destaque, no
caso de títulos de livros ou relatórios deve colocar-se em itálico.
Colocar a data da publicação entre parêntesis imediatamente após o(s) nome (s)
do(s) autor(es). Colocar um ponto final após o fecho do parêntesis.
Colocar o título do livro ou do artigo imediatamente após o ano da publicação.
Se uma obra for uma tradução, o nome do tradutor é indicado entre parêntesis
depois do título. Todavia, não é obrigatório referir o tradutor, só deve ser
referido naqueles casos em que se entenda ser relevante referir (por exemplo,
no caso da tradução de uma obra literária).
Na referência bibliográfica de livros, utilizar letra maiúscula apenas na
primeira letra do título, na primeira letra do subtítulo, quando existente, bem
como nos nomes próprios. Utilizar itálico para todo o título do livro e colocar
um ponto no final, caso não tenha informação sobre volume ou edição.
Na referência bibliográfica de artigos em periódicos ou em volumes editados,
utilizar letra maiúscula apenas na primeira letra do título, na primeira letra do
subtítulo, quando existente, bem como nos nomes próprios. Usar um ponto
após o título do artigo.
Colocar o nome da publicação periódica após o título do artigo, utilizar itálico
para todo o seu título e iniciar cada nome do título com letra maiúscula.
Usar “p.” ou “pp.” para números de páginas em capítulos de livro, artigos
publicados em livros de actas ou jornais. Omitir “p.” ou “pp.” se forem
publicações periódicas científicas.
Nas referências a periódicos, fornecer o número do volume em numeração
árabe, seguido do número entre parêntesis, também em numeração árabe, e
das páginas relativas a esse artigo, separadas por vírgula (exemplo: 34(1), 120-
128). É de referir que o número do periódico deve ser sempre colocado quando
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
32
cada número se inicia com a página 1; caso os números sejam paginados de
forma contínua, pode-se omitir essa informação.
Quando se fizer a referência ao trabalho de um autor, com base apenas na
informação de um segundo autor, dever-se-á referir no texto o facto de se estar
a fazer uma citação, fazendo referência aos dois autores. No entanto, nas
referências bibliográficas apenas se coloca a obra consultada.
Quando se elabora a lista de referências bibliográficas, deve-se colocar as categorias de
informação da forma que se exemplifica de seguida.
4.1 Livro
um só autor
Costa, J. (1995). Caracterização do turismo em Portugal (5ª ed. Vol. 2). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
até seis autores
Cunha, C., Cintra, L., Costa, J., Leandro, A., Mateus, I., & Brás, M. (1996). Caracterização do turismo nos Açores (9ª ed.). Lisboa: Edições João Sá da Costa.
seis ou mais autores
Cunha, C., Cintra, L., Costa, J., Leandro, A., Mateus, I., Brás, M., et al. (1996). Caracterização do turismo em Portugal (9ª ed.). Lisboa: Edições João Sá da Costa.
várias obras do mesmo autor
Costa, J. (1995). Caracterização do turismo em Portugal (5ª ed. rev. aum.). Lisboa: Edição de autor.
Costa, J. (1997a). Caracterização do turismo nos Açores. Lisboa: Editorial Presença. Costa, J. (1997b). O turismo em Portugal: Contributos para a compreensão do sector
(3ª ed.). Lisboa: Europa-América.
livro editado
Buhalis, D., & Costa, C. (Eds.). (2005). Tourism business frontiers: Consumers, products and industry. Amsterdam: Butterworth-Heinemann.
Último nome do autor, Primeira inicial. (Ano da publicação). Título do livro em
itálico: Subtítulo em itálico. Informação adicional (Primeira inicial do tradutor,
Último nome, Trad. número da edição ed. Vol. número do volume). Local da
publicação: Editora.
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
33
publicação de um organismo colectivo
Instituto de Financiamento e Apoio ao Turismo (2002). Turismo e natureza: Perspectivas de intervenção. Lisboa: Instituto de Financiamento e Apoio ao Turismo.
IFT (2003). Internacionalização em turismo. Lisboa: Instituto de Financiamento e Apoio ao Turismo.
Portugal, Ministério da Economia e Inovação. (1997). Turismo de natureza. Publicação No. ADM 90-1679. Lisboa: Ministério da Economia e Inovação.
séries
Lazzeretti, L., & Petrillo, C. S. (Eds.). (2006). Tourism local systems and networks. Advances in Tourism Research Series. Amsterdam: Elsevier.
obras multi-volume
Wilson, J. G., & Fraser, F. C. (Eds.). (1977-1978). Handbook of tourism (Vols. 1-4). New York: Plenum Press.
sem autor ou editor
O turismo em Portugal: Contributos para a compreensão do sector. (1997). (3ª ed.). Lisboa: Publicações Europa-América.
tradução
Organização Mundial do Turismo (2003). Turismo Internacional: Uma perspectiva global (C. Resende, Trad.). Porto Alegre: Bookman.
reimpressões ou republicações
Freud, S. (1961). The complete works of Sigmund Freud. London: Hogarth Press. (Trabalho original publicado em 1923)
4.2 Artigo publicado numa colectânea de artigos
Exemplos
Breda, Z. (2004). O desenvolvimento do sector do turismo na República Popular da China e o seu contributo para o crescimento económico do país. In A. Amaro, R. Leão & S. Dias (Coords.), Estudos sobre a China VI (Vol. 2, pp. 567-594). Lisboa: Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.
Breda, Z., & Costa, C. (2005). Safety and security issues affecting inbound tourism in the People's Republic of China. In Y. Mansfeld & A. Pizam (Eds.), Tourism, safety
Último nome do autor, Primeira inicial. (Ano da publicação). Título do artigo:
Subtítulo do artigo. In Iniciais, Último nome do editor (Ed.), Nome da
colectânea em itálico (Vol. número do volume, pp. primeira página-última
página). Local da publicação: Editora.
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
34
and security: From theory to practice (pp. 187-208). Amsterdam: Elsevier Butterworth-Heinemann.
Breda, Z., Costa, R., & Costa, C. (2006). Do clusters and networks make small places beautiful? The case of Caramulo (Portugal). In L. Lazzeretti & C. Petrillo (Eds.), Tourism local systems and networking (pp. 67-82). Oxford: Elsevier.
Breda, Z., & Costa, C. (2007). Re-launching development in peripheral rural areas: The role played by tourism in a Portuguese lagging area. In A. Raj (Ed.), Sustainability, profitability and successful tourism (pp. 125-140). New Delhi: Kanishka Publishers.
Freud, S. (1961). The ego and the id. In J. Strachey (Ed. e Trans.), The standard edition of the complete psychological works of Sigmund Freud (Vol. 19, pp. 3-66). London: Hogarth Press. (Trabalho original publicado em 1923)
4.3 Artigo em publicação periódica científica
Seguem-se as mesmas regras dos livros em relação à apresentação dos autores.
Exemplos
Breda, Z. (2004a). Avaliação do potencial de desenvolvimento turístico ao nível local: Uma proposta de metodologia aplicada ao concelho de Ílhavo. Revista Turismo & Desenvolvimento, 1(1), 35-42.
Breda, Z. (2004b) The impact of Severe Acute Respiratory Syndrome (SARS) on China’s tourism sector. Tourism Research Journal, 1(2), 5-14.
Clark, G. & Zimmerman, E. (1988). Creative tourism. In S. Dobbs (Ed.), Research readings for cultural tourism. Reston, VA: NAEA. (Reimpresso de Studies in Tourism, 19 (1986), 34-39)
Pizam, A. (1999). A comprehensive approach to classifying acts of crime and violence at tourism destinations. Journal of Travel Research, 38(1), 5-12.
Pizam, A., & Smith, G. (2000). Tourism and terrorism: A quantitative analysis of major terrorist acts and their impact on tourism destinations. Tourism Economics, 6(2), 123-138.
Pizam, A., Jeong, G.-H., Reichel, A., Boennel, H. V., Lusson, J. M., Steynberg, L., et al. (2004). The relationship between risk-taking, sensation-seeking and the tourist behavior of young adults: A cross-cultural study. Journal of Travel Research, 42, 251-260.
No caso de se querer referenciar um número especial editado de uma publicação
periódica científica deve-se colocar a referência bibliográfica da seguinte forma:
Pizam, A. (Ed.). (1998). Safety and Security in Tourism [Número especial].
International Journal of Hospitality Management, 17(3).
Último nome do autor, Primeira inicial. (Ano da publicação). Título do artigo:
Subtítulo do artigo. Título do periódico em itálico, Volume(Número), primeira
página-última página.
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
35
4.4 Artigo em livro de actas de congresso (Proceedings)
Seguem-se as mesmas regras dos livros.
Exemplos
Breda, Z., Costa, R., & Costa, C. (2004). Clustering and networking the tourism development process: A market driven approach for a small backwards tourist region located in central Portugal (Caramulo). In C. Petrillo & J. Sawrbrooke (Eds.), Networking and partnerships in destination development and management. (Vol. 2, pp. 469-484). Naples: Enzo Albano.
Breda, Z., Costa, R., & Costa, C. (2008). Helping small businesses getting bigger: The role played by networks and partnerships in the internationalisation of small tourism enterprises. In G. Richards & J. Wilson (Eds.), From cultural tourism to creative tourism. Changing structures of collaboration (Vol. 2, pp. 53-64). Arnhem: ATLAS.
Costa, R., Costa, C. & Breda, Z. (2007). Revitalização de áreas industriais tendo por base a definição de estratégias de desenvolvimento do turismo. In G. Seabra et al. (Eds.), Identidade Cultural e Desenvolvimento Local. Turismo, ensino e mercado de trabalho (Vol. 3, pp. 867-874). João Pessoa: Universidade João Pessoa.
4.5 Artigo apresentado em conferência
Seguem-se as mesmas regras dos livros em relação à apresentação dos autores.
Exemplos
Breda, Z. & Klicek, T. (2007, 5-7 Setembro). Hospitality exchange tourism: A new travel concept. Artigo apresentado na Conferência Internacional Atlas 2007 – Destinations revisited: Perspectives on developing and managing tourist areas, Instituto Politécnico de Viana do Castelo.
Costa, C., Breda, Z., Costa, R. & Panyik, E. (2007, 16-18 Julho). Stimulating local economic development in a peripheral industrial metropolitan area. Artigo apresentado em 3rd Tourism Outlook Conference in conjunction with Global Event Congress II – Heritage and Tourism: Alliances & Network Relationships, Event Management & Event Tourism, Kuala Lumpur.
Último nome do autor, Primeira inicial. (Ano da publicação). Título do artigo. In
Iniciais, Último nome do editor (Ed.), Título do livro de actas ou Proceedings
em itálico. Informação adicional (Vol. número do volume, pp. primeira página-
última página). Local da publicação: Organização que publica o livro de actas.
Último nome do autor, Primeira inicial. (Data da conferência). Título da
apresentação. Artigo apresentado na Nome da conferência, Local da
conferência.
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
36
Klicek, T. & Breda, Z. (2006, 20-22 Setembro). Restoring tourism in Serbia: The role played by volunteering in Vojvodina. Artigo apresentado na Conferência Internacional Atlas 2006 – The transformation of tourism spaces, Universidade de Lodz.
4.6 Dissertação
Exemplos
Breda, Z. (2002). Tourism in the People's Republic of China: Policies and economic development. Tese de Mestrado, Universidade de Aveiro, Aveiro.
Costa, C. (1996). Towards the improvement of the efficiency and effectiveness of tourism planning and development at the regional level: Planning and networks. The case of Portugal. Tese de Doutoramento, Universidade de Surrey, Guildford.
Costa, R. (2005). Avaliação do potencial de crescimento e desenvolvimento das pequenas e micro empresas do sector do turismo. Tese de Mestrado, Universidade de Aveiro, Aveiro.
4.7 Entrada em enciclopédia
Exemplos
Imago. (2000). In World book encyclopedia (Vol. 10, p. 79). Chicago: World Book Encyclopedia.
Urban tourism. (2000). In Encyclopedia of tourism (p. 230). Oxford: Routledge.
4.8 Artigo em publicação periódica não científica
artigo de revista
Seguem-se as mesmas regras dos livros em relação à apresentação dos autores.
Último nome do autor, Primeira inicial. (Ano da publicação). Título da dissertação
em itálico. Tipo de dissertação, Universidade que concede o grau, Cidade onde
se localiza a Universidade.
Entrada. (Ano da publicação). In Título da obra em itálico (Vol. número do
volume, p. número de página). Local da publicação: Editora.
Último nome do autor, Primeira inicial. (Data da publicação). Título do artigo:
Subtítulo do artigo. Título do periódico em itálico, Volume, primeira página-
última página.
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
37
com autor
Garner, H. J. (1997, Julho). Does terrorism affect travel? Tourism Today, 102, 70-77.
sem autor
Does terrorism affect travel? (1997, Julho). Tourism Today, 102, 70-77.
Artigo de jornal
Seguem-se as mesmas regras dos livros em relação à apresentação dos autores.
em periódico mensal
Trillin, C. (1993, Fevereiro). Culture Shopping. Times, pp. 48-51.
em periódico semanal ou diário
Jones, I. (1982, 3 de Abril). Tourism boom.Wall Street Journal, p. 5.
sem autor
Tourism boom. (1982, 3 de Abril). Wall Street Journal, p. 5.
em páginas descontínuas
Trillin, C. (1993, Fevereiro). Culture Shopping. Times, pp. E1, E4.
editorial
Tourism in Europe [Editorial]. (1993, 1 de Dezembro). New York Times, p. A22.
4.9 Legislação ou normas
Quando se fizer a referência a legislação ou normas, por uma questão de facilidade de
localização da respectiva obra na bibliografia, iniciar a referência com a identificação
do diploma legal ou da norma, que é exactamente a forma como é feita a referência no
texto (por exemplo, no texto: “... de acordo com o Dec. Lei nº 236/98 de 1 de Agosto...”
e nas referências bibliográficas: Decreto Lei nº 238/98 de 1 de Agosto. Diário da
República nº 176/98 – I Série A. Ministério do Ambiente. Lisboa).
Último nome do autor, Primeira inicial. (Data da publicação). Título do artigo:
Subtítulo do artigo. Título do periódico em itálico, pp. primeira página-última
página.
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
38
Exemplos
Portaria nº 809/90 de 10 de Setembro. Diário da República nº 209/90 – I Série. Ministério da Economia. Lisboa.
NP 405-1 (1994). Norma Portuguesa para referências bibliográficas: Documentos impressos. Instituto Português da Qualidade, Ministério da Industria e Energia. Lisboa.
4.10 Documento não formalmente publicado
Documentos transitórios, regulamentos, textos de apoio, originais não publicados
formalmente, mas acessíveis para consulta, podem ser citados de modo idêntico aos
outros. A referência poderá ser feita da forma seguinte:
Exemplos
Breda, Z. (2004). A Internacionalização da economia portuguesa e as pequenas e médias empresas de turismo (PMETs), disponível na Biblioteca do Turismo de Portugal.
Costa, C. (Coord.) (2005). PITER Terras do Vouga e do Caramulo, Programa Integrado Turístico de Natureza Estruturante e Base Regional para os concelhos de Águeda, Oliveira de Frades, Tondela e Vouzela, disponível na Biblioteca da Universidade de Aveiro.
Queiroz, J. P. (2006). Redacção de trabalhos. Acedido em 26 de Fevereiro de 2008, disponível na reprografia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
4.11 Imagem, fotografia ou ilustração
publicada num livro
Quando se faz referência no texto a uma imagem, fotografia ou ilustração, deve-se
fazer a sua identificação e citar o livro onde se encontra publicada (exemplo: “… como
se verifica na fotografia Ernest de André Kertész (Barthes, 1980, p.118).”). No caso de
se apresentar a própria imagem no texto, esta deve ser identificada de modo mais
completo (exemplo: Figura 1. André Kertész, Ernest, 1931), mas citada do mesmo
modo. Em ambos os casos na lista de referências bibliográficas deve constar o livro
citado.
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
39
publicada na Internet
Exemplos
no texto
Figura 2.1. Tourism, Torre Eiffel, 1989
(Scott, 2005)
Figura 3.15. Documentos electrónicos, Sem título, Imagem 4 de 7
(Documentos electrónicos, 2005)
nas referências bibliográficas
Documentos electrónicos (2005). Acedido em 21 de Abril de 2006, em http://www.docc.pt/online/ima.html
Scott, N. (2005). Tourism. Acedido em 1 de Março de 2005, em http://www.mocpc.com/Paris/torre.php
4.12 Material multimédia
Em relação ao material multimédia (CD-ROM, vídeo, filme, DVD, software), os
detalhes necessários são os mesmos dos livros, apenas se adiciona o formato do item
depois do título.
Exemplos
CDATA 91 with Supermap: Data for Australia 1995, release 2.1 rev. [Software]. Hawthorn East: Space-Time Research.
Get the facts (and get them organised). (1990). [Vídeo]. Williamstown: Appleseed Productions.
Mass, J. B. (Produtor), & Gluck, D. H. (Realizador). (1979). Travel in Australia. [Filme]. Englewood Cliffs: Prentice Hall.
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
40
Moore, K. & Collins M. (Eds.). (1997). Visit Britain. [CD-ROM]. (5ª ed). Ames: Iowa State University Press.
National Geographic Society (Produtor). (1987). In the shadow of Vesuvius. [DVD]. Washington: National Geographic Society.
4.13 Referência bibliográfica electrónica
Como para qualquer outro tipo de referência, a ideia é permitir que o leitor consiga
identificar e localizar a obra referenciada. Deve-se por isso fornecer toda a informação
habitual relativa a publicações impressas – autor, ano, e título – mas fornecendo
também o endereço de URL completo (Uniform Resource Locator), bem como a data.
Esta data deverá ser a correspondente à última actualização do documento na página
da Internet, ou a correspondente à data em que o documento foi consultado. Quando
não for perceptível a data de publicação ou actualização, pode-se recorrer ao Wayback
Machine – http://www.archive.org/web/web.php – que, ao se introduzir um URL,
permite obter um gráfico com a data da publicação da página na Internet e de todas as
suas alterações sucessivas.
As fontes bibliográficas electrónicas incluem bases de dados, publicações periódicas
(por exemplo, revistas científicas, jornais científicos ou newsletters), documentos ou
páginas Web, grupos de discussão, entre outros. Os protocolos APA para referências
bibliográficas electrónicas estão sempre a evoluir, pelo que se aconselha a consulta da
página oficial – http://www.apastyle.org/elecref.html – para as últimas actualizações
sobre este estilo de referenciação.
publicação periódica on-line
artigo acedido na Internet mas com fonte impressa
Normalmente, quando existe uma versão electrónica de uma revista científica que
também existe impressa, as duas versões coincidem na íntegra. Nesse caso a referência
bibliográfica é também igual à da versão impressa, apenas se deve adicionar “[Versão
electrónica]” depois do título do artigo.
Último nome do autor, Primeira inicial. (Ano da publicação). Título do artigo:
Subtítulo do artigo [Versão electrónica]. Título do periódico em itálico,
Volume(Número), primeira página-última página.
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
41
Exemplos
Pizam, A. (1999). A comprehensive approach to classifying acts of crime and violence at tourism destinations [Versão electrónica]. Journal of Travel Research, 38(1), 5-12.
Pizam, A., & Smith, G. (2000). Tourism and terrorism: A quantitative analysis of major terrorist acts and their impact on tourism destinations [Versão electrónica]. Tourism Economics, 6(2), 123-138.
Pizam, A., Jeong, G.-H., Reichel, A., Boennel, H. V., Lusson, J. M., Steynberg, L., et al. (2004). The relationship between risk-taking, sensation-seeking and the tourist behavior of young adults: A cross-cultural study [Versão electrónica]. Journal of Travel Research, 42, 251-260.
artigo de uma publicação periódica apenas existente na Internet
Nos casos em que a publicação apenas está disponível na Internet, ou quando não
existe certeza quanto ao facto da versão electrónica coincidir com a versão impressa, é
necessário acrescentar à referência a data da consulta do artigo, bem como o URL.
Neste caso, no final da referência, não se deve usar o ponto final. Quando o URL for
muito longo, pode ser dividido após um travessão ou antes de um ponto final. Dever-
se-á remover a hiperligação de modo a eliminar a cor azul do link. Quando a fonte do
documento é uma base de dados online, o URL não deve ser usado, sendo substituído
pelo nome completo da base de dados, uma vez que o URL é muito longo e por vezes
não funciona em sessões seguintes.
Exemplos
Pizam, A. (1999). A comprehensive approach to classifying acts of crime and violence at tourism destinations. Journal of Travel Research, 38(1), 5-12. Acedido em 13 de Outubro de 2006, em http://jtr.com/articles.html
Pizam, A., & Smith, G. (2000). Tourism and terrorism: A quantitative analysis of major terrorist acts and their impact on tourism destinations. Tourism Economics, 6(2), 123-138. Acedido em 15 de Maio de 2004, em EBSCOhost Business Source Premier.
Pizam, A., Jeong, G.-H., Reichel, A., Boennel, H. V., Lusson, J. M., Steynberg, L., et al. (2004). The relationship between risk-taking, sensation-seeking and the tourist behavior of young adults: A cross-cultural study. Journal of Travel Research, 42, 251-260. Acedido em 27 de Outubro de 1999, em Elsevier Science Direct.
Último nome do autor, Primeira inicial. (Ano da publicação). Título do artigo:
Subtítulo do artigo. Título do periódico em itálico, Volume(Número). Acedido
em dia-mês-ano, em URL ou base de dados.
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
42
Documento on-line
autor é uma organização privada
Midwest League. (2003). Pitching, individual records. Acedido em 1 de Outubro de 2003, em http://www.midwestleague.com/indivpitching.html
autor é uma organização governamental
Instituto Nacional de Estatística (2003). Conta Satélite do Turismo. Acedido em 24 de Novembro de 2003, em http://www.ine.pt/cst.htm
sem autor
GVU's 10th WWW user survey. (2004). Acedido em 19 de Augusto de 2005, em http://www.gvu.gatech.edu/user_surveys/survey-1998-10/
sem data
Chou, L., McClintock, R., Moretti, F. & Nix, D. H. (s.d.). ICT in hospitality and tourism: Future trends. Acedido em 24 de Agosto de 2000, em http://www.ilt.columbia.edu/publications/papers/ict.html
capítulo ou secção de um documento da Internet
Thompson, G. (2003). Tourism in China. In World Tourism. Acedido em 17 de Setembro de 2004, em http://www.wtv.com/menu.html
informação sobre uma empresa retirada de uma base de dados
Ripon Pickle Company Inc. (perfil da empresa). (2003). Acedido em 18 de Setembro de 2002, em Business and Company Resource Center.
Ingersoll-Rand Company Limited (perfil da empresa). (2004). In Hoovers. Acedido em 29 de Abril de 2004, em Lexis-Nexis.
No caso de uma fonte em formato electrónico não estar paginada, deve-se tentar
incluir informação que ajude os leitores a encontrar a passagem citada. Quando um
documento electrónico tem parágrafos numerados, deve-se usar o símbolo “¶” ou a
abreviatura “para.” seguido do número do parágrafo (exemplo: (Hall, 2001, ¶ 5) ou
(Hall, 2001, para. 5)). Caso os parágrafos não estejam numerados e o documento
contiver secções, deve-se fazer referência à secção respectiva e especificar qual o
número do parágrafo (exemplo: (Smith, 1997, secção Tourism in the World, para. 6)).
Nunca se deve usar os números das páginas resultantes da impressão do documento,
uma vez que a paginação varia de computador para computador.
Último nome do autor, Primeira inicial. (Ano da publicação). Título do documento
em itálico: Subtítulo do documento. Acedido em dia-mês-ano, em URL
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
43
NOTA: Existem ferramentas específicas para a gestão de referências bibliográficas e
criação de bibliografias (por exemplo, Bibtex, Reference Manager, ProCite, Endnote).
O Endnote encontra-se disponível para download, de forma gratuita, no site da
Biblioteca da UA (ver na figura em baixo os menus que deve procurar). No portal
encontra ainda o manual deste software, bem como informação acerca do
funcionamento do programa.
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
44
BIBLIOGRAFIA
Barros, J. P. (2000). Guia normativo para a elaboração e apresentação de relatórios de projecto e estágio. Acedido em 15 de Janeiro de 2008, em http://www.estig.ipbeja.pt/~jpb/textos/normas_relatorios.pdf
Ceia, C. (1995). Normas para a apresentação de trabalhos científicos. Lisboa: Editorial Presença.
ESAB (2003). Normas para a apresentação de referências bibliográficas. Acedido em 18 de Janeiro de 2008, em http://ltodi.est.ips.pt/rmendes/Elementos_de_Maquinas_II/Normas_referencias_bibliograficas.pdf
Escola Superior de Saúde (s.d.). Normas gerais para elaboração de trabalhos científicos. Acedido em 18 de Janeiro de 2008, em http://www.ess.ips.pt/_downloads/trab_cientificos.pdf
Escola Superior de Saúde do Alcoitão (2004). Normas para a redacção de trabalhos académicos e científicos. Acedido em 3 de Janeiro de 2008, em http://www.essa.pt/revista/docs/normas.pdf
Library of California State University (2005). APA style: 5th edition. Acedido em 20 de Fevereiro de 2008, em http://www.lattc.cc.ca.us/dept/TLIB/3apa.doc
Library of the University of Queensland (2005). References APA style: “How-to” guide. Acedido em 20 de Fevereiro de 2008, em http://www.library.uq.edu.au/training/citation/apa.pdf
Matos, M. (1993). Normas para apresentação de dissertações: Bases Essenciais. Acedido em 15 de Janeiro de 2008, em http://paginas.fe.up.pt/~mam/normas.pdf
Normas de elaboração e apresentação do relatório final de curso. (s.d.). Acedido em 14 de Janeiro de 2008, em http://pg.esa.ipvc.pt/mkv/images//normastrabalhos.pdf
Paiva, L. (1996). Referências bibliográficas e citações: Como fazer?. Revista de Farmácia Clínica, 2. Acedido em 15 de Janeiro de 2008, em http://teses.mediateca.pt/apoio/html/np405/ref_biblio.htm
Psychology Writing Center of the University of Washington (2004). APA style citations & References: A Guide for psychology undergraduates. Acedido em 20 de Fevereiro de 2008, em http://depts.washington.edu/psywc/handouts/pdf/citations.pdf
Queiroz, J. P. (2006). Redacção de trabalhos. Acedido em 26 de Fevereiro de 2008, em http://http://aquele.do.sapo.pt/redaccao_trabalhos.pdf
Quick orientation to APA style (5th Edition) (s.d.). Acedido em 29 de Fevereiro de 2008, em http://www.anpad.org.br/bar/bar-guia-apa.pdf
Williams, O. (2007). American Psychological Association (APA) Format (5th Edition). Acedido em 20 de Fevereiro de 2008, em http://www.crk.umn.edu/library/links/apa5th.htm
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
45
APÊNDICE I
Lista das principais bases de dados,
catálogos bibliográficos e motores de pesquisa
Academic Archive Online (DIVA) – http://www.diva-portal.org/ Australian Digital Thesis (ADT) – http://adt.caul.edu.au/ Biblioteca do Conhecimento Online (b-on) – http://www.b-on.pt/ Colcat – http://cc.doc.ua.pt Directory of Open Access Journals (DOAJ) – http://www.doaj.org/ EBSCO – http://search.ebscohost.com/ EconPapers – http://econpapers.repec.org/ Emerald – http://www.emeraldinsight.com/ European Commission – http://ec.europa.eu/enterprise/library/lib-tourism/index.htm Google Books – http://books.google.com/ Google Scholar – http://scholar.google.pt/ Ideas – http://ideas.repec.org/ Infomine – http://infomine.ucr.edu/ Informaworld – http://www.informaworld.com/ IngentaConnect – http://www.ingentaconnect.com/ Intute – http://www.intute.ac.uk/socialsciences/altislost.html ISI Web of Knowledge – http://apps.isiknowledge.com/ Lusodoc – http://www.lusodoc.pt/ Myilibrary – http://www.myilibrary.com/search/my_content.asp Porbase – http://pesquisa.bn.pt/ Portal – http://portal.acm.org/portal.cfm Portal Periódicos (CAPES) – http://www.periodicos.capes.gov.br/portugues/index.jsp Proquest – http://proquest.umi.com/pqdweb?RQT=306&TS=1018865531&cfc=1 Sage – http://online.sagepub.com/ Scielo – http://www.scielo.org/ Science Direct – http://www.sciencedirect.com/ SCIRUS – http://www.scirus.com/ Sinbad – http://sinbad.ua.pt/ Social Science Research Network (SSRN) – http://www.ssrn.com/ Springer – http://www.springer.com/ UNESCO – http://unesdoc.unesco.org/ulis/index.shtml Worldcat – http://worldcat.org/
Notas:
Consultar o site da Biblioteca da UA para obter mais informações acerca das bases de dados registadas e outro tipo de serviços disponibilizados (http://portal.doc.ua.pt/)
Para ter acesso a grande parte destes serviços, o computador onde efectuar a pesquisa deverá estar ligado à rede da UA, ou no campus ou através da VPN.
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
46
APÊNDICE II
Lista das principais organizações que fornecem
dados quantitativos na área do turismo
Banco de Portugal (BP) – http://www.bportugal.pt
Banco Mundial (BM) – http://www.worldbank.org
Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD) –
http://www.unctad.org
Departamento de Prospectiva e Planeamento (DPP) – http://www.dpp.pt
Eurostat – http://epp.eurostat.ec.europa.eu
Fundo Monetário Internacional (FMI) – http://www.imf.org
Gabinete de Estratégia e Estudos (GEE) – http://www.gee.min-economia.pt
Instituto Nacional de Estatística (INE) – http://www.ine.pt
Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económico (OCDE) –
http://www.oecd.org
Organização Internacional do Trabalho (OIT) – http://www.ilo.org
Organização Mundial do Turismo (OMT) – http://www.world-tourism.org
Turismo de Portugal, IP – http://www.turismodeportugal.pt/
World Travel & Tourism Council (WTTC) – http://www.wttc.org
Normas gerais para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos
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ANEXO I
Exemplo de um posfácio