EDIÇÃO MENSAL ONLINE NOVEMBRO 2013
Notícias do ténis D.R.
A direção presidida por Vasco Costa completou um ano à frente dos destinos da Federação
Portuguesa de Ténis. Não foi fácil a gestão com menos 20 por cento nas verbas estatais,
como admitiu o presidente, mas «o ano acabou
por ser equilibrado».
Ano um
A Jornada Nacional do PNDT juntou 80 crianças dos sete aos dez anos no Jamor.
O futuro no Jamor
2 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
Mais competição
EDITORIAL
Federação Portuguesa de Ténis Rua Ator Chaby Pinheiro, 7A — 2795-060 Linda-a-Velha
Tel.: 214 151 356 Fax: 214 141 520 [email protected] www.tenis.pt
EDIÇÃO ONLINE Direção: Vasco Costa. Coordenação: José Santos Costa
A transição do escalão de sub-18 para o de seniores é uma matéria que assumo ser de importância capi-tal e que, naturalmente, suscita a preocupação da direção a que presi-do. Esgotado o percurso no ténis juvenil, pontuado com muitos suces-sos no caso de muitos jovens portu-gueses, abrem-se as portas de uma carreira profissional no ténis, mas, admito, não é fácil um jovem portu-guês singrar no circuito profissional. Há uma multiplicidade de questões que rodeiam a passagem de um jovem a um circuito de uma maior exigência. Não vou abordar a funda-mental — financeira —, apenas um aspeto que está intrinsecamente relacionado: competição. É incontornável que a participação de jovens em transição de escalão em torneios é essencial na aborda-gem a uma nova realidade. O con-tacto com tenistas de outras geogra-fias contribui decisivamente para o desenvolvimento dos jovens talen-tos, potenciando a sua qualidade. Em Portugal, há um aumento de torneios dos calendários internacio-nais. É um facto muito importante, pelo que a Federação Portuguesa de Ténis continuará a trabalhar para que esse número seja maior, para permitir que os jovens portugueses
possam ter a competição sem terem necessidade de ultrapassem as fron-teiras do país. Por outro lado, a organização por-tuguesa — que tantos exemplos de elevada competência e responsabili-dade já deu — tem muito a ganhar com mais eventos. Eu próprio visitei os Açores recentemente e, conjunta-mente com o presidente da Associa-ção de Ténis, manifestei ao Governo Regional o desejo de levar torneios “Future” para o arquipélago. O esforço de aumentar o número de torneios, que permitirá divulgar também a modalidade, é plenamen-te assumido, mas, num período de dificuldades económicas e financei-ras, em que se impõem contenções e rigorosa racionalização de fundos, não depende apenas de nós. Nesse sentido, estamos a traba-lhar para que possa ser estabelecido um contrato-programa com o Institu-to Português do Desporto e da Juventude, para apoio a provas dos circuitos profissionais da ITF, quer masculinos quer femininos. Este ano, Guimarães estreou-se no calendário do ATP Challenger Tour e aos tradicionais torneios algarvios de Faro, Loulé e Portimão juntaram-se os “Futures” de Monfor-tinho, Coimbra, Castelo Branco, Gui-marães (quatro), o que significou mais … semanas de competição. É disto que os nossos jovem precisam!
«O contacto com tenistas
de outras geografias contribui decisivamente para o desenvolvimento
dos jovens talentos»
VASCO COSTA
Presidente da Federação Portuguesa
de Ténis
FERNANDO CO
RREIA
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D.R. Vasco Costa preside ao elenco
diretivo da Federação Portuguesa de Ténis há
um ano. Altura para realizar um primeiro balanço, com
especial enfoque para a realida-de económica-financeira da
estrutura federativa. Numa con-juntura difícil, a redução nas
dotações do Estado, que cor-respondia quase 80 por cento
da receita federativa até 2012,
foi significativa, mantendo-se a tendência de
decréscimo nas transferências de verbas do Orçamento do Estado desde 2011. Desde
então, a Federação Portuguesa de Ténis foi confrontada com
menos 37 por cento das verbas que recebeu em 2010: 12 por cento menos em 2011, cinco
por cento no ano seguinte e 20
por cento em 2013. A direção de Vasco Costa
apostou na racionalização de custos e lançou-se na procura
de verbas alternativas, granjeando o que o administra-
dor de empresas, natural do Porto, apelida de “parceiros
de negócio”. Com eles, promoveu-se a Semana do
Ténis & Padel, que recuperou o “prize money” no Nacional
Absoluto e, pela primeira vez, instituiu prémios monetários
nos nacionais de padel e ténis em cadeira de rodas. E também
no ténis de praia. Ao todo, distribuíram-se 28 mil euros.
O primeiro ano
– O ano de 2013 ficou marcado por uma redução significativa no financiamento do Instituto Portu-guês do Desporto e da Juventude (IPDJ). Esperava-se um corte de 10 por cento nas dotações, mas aca-bou por ser de 20… – Efetivamente, grande parte da receita da Federação Portuguesa de Ténis era, até ao ano passado, prove-niente dos subsídios do Estado, nomeadamente através dos contratos programa do IPDJ. É um montante que não chegava a 80 por cento, mas
andava muito próximo. Neste ano, esperávamos um corte de 10 por cento nos apoios governa-mentais e, a meio do ano, fomos sur-preendidos com nova redução de 10 por cento, o que equivale a dizer que, efetivamente, essa perda de receitas corresponde a valores muito significa-tivos. A Federação Portuguesa de Ténis teve de arranjar – e conseguiu arranjar em parte – receitas alternati-
vas para suprir essa diminuição.
– A redução no financiamento estatal pode repetir-se em 2014? – Em 2014, o que se espera é que, efetivamente, se mantenham os valo-res de 2013. Pelo menos, é essa a
nossa expectativa. Temos trabalhado numa redução de custos. Vamos continuar a trabalhar
nesse sentido, mas reduzir mais não
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JOÃO RAPAZOTE, CRISTINA OLIVEIRA, JOÃO PAULO SANTOS, LEONOR CHASTRE, VASCO COSTA, RITA ASCENSO E JOSÉ PINTO BASTO
completaram um ano de gestão na Federação Portuguesa de Ténis
«Neste ano, esperávamos um corte
de 10 por cento nos apoios
governamentais e, a meio do ano, fomos surpreendidos com uma nova redução de 10 por cento»
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já não é muito possível, em função dos compro-
missos que a Federa- ção Português de Té- nis tem e, obviamente,
temos de aumentar ain- da mais as receitas al- ternativas, como as pro-venientes dos patroci-
nadores, que gostamos mais de chamar parcei- ros de negócio. Fize- mos isso ao longo des- te ano. Conseguimos dar algum retorno a esses parceiros e pen- so que, pelo menos os quatro que nos apoia- ram fortemente estão satisfeitos e com expectativa de virem
a continuar em 2014. Esperamos ainda, e já estamos a efetuar contactos, aumentar o leque
de parceiros para o próximo ano. – Há garantias do IPDJ de que não haverá cortes extraordinários no próximo ano? – Não. Neste momento estão a começar as candidaturas aos contra-tos programa, devem abrir durante dezembro. Já abriram numa das modalidades, os eventos internacio-nais. As outras devem abrir no decor-rer de dezembro, portanto ainda não
temos expectativa. Mas, segundo sei, no Orçamento do Estado para 2014 a verba inscrita para a área do Desporto não teve redução. Aliás, há um pequeno aumento dos valores orçamentos e a nossa expectativa é que não haja
redução nas verbas.
D.R.
ção de 20 por cento em 2013 é muito significativa. Não é fácil a gestão com menos verbas, mas fomos mais crite-riosos e acho que acaba por ser um
ano equilibrado. – No entanto, foi possível dimi-nuir o passivo? – A redução deste ano é muito pou-co significativa, por causa do corte no financiamento. Estamos a trabalhar para que, no futuro, consigamos redu-zir mais fortemente o passivo, que ultrapassa um pouco os 600 mil
euros. – Para esta direção da Federação Portuguesa de Ténis, foi uma sur-presa herdar um montante tão expressivo? – A nossa expectativa era de que o passivo não fosse tão alto quando
– Um dos planos da Federação Por-tuguesa de Ténis candidato a finan-ciamento do IPDJ é o de ter 15 tor-neios por ano nos circuitos profis-sionais da ITF em masculinos e femininos em Portugal, permitindo mais competição aos tenistas por-tugueses. É exequível este plano? - Penso que sim. Em Portugal, este ano, estão inscritos um número muito próximo de 15 torneios em seniores masculinos. Em femininos, no mesmo escalão, podem vir a haver muitos
mais a curto prazo. A nossa ideia é termos um projeto em que consigamos que os nossos atletas comecem a fazer a transição dos juniores para os seniores,
ganhando pontos em Portugal. - De que forma os cortes no finan-ciamento estatal afetaram a ges-tão? Foi uma gestão difícil? - Obviamente que sim. Uma redu-
«Estamos a trabalhar
para que, no futuro,
consigamos reduzir
mais fortemente o passivo,
que ultrapassa um pouco os 600 mil
euros»
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fomos eleitos. Sabíamos que existia, mas julgámos que fosse um pouco menor. Quando tomámos posse, em finais do ano passado, não esperáva-mos o valor que o passivo atingiu no
final de 2012. – Como disse, a direção por si presidida encontrou receitas alter-nativas, o que não só permitiu pro-mover a Semana do Ténis & Padel, no CT Estoril, como distribuir 27 mil euros em prémios monetários nos campeonatos nacionais Abso-luto, de padel e de ténis em cadeira
... de rodas e mil euros no campeona-to nacional de ténis de praia. Esta é a solução para repetir na gestão em 2014? – Esperamos que sim. A Semana do Ténis & Padel foi um acontecimen-to inovador em Portugal. Fizemos três campeonatos nacionais: de ténis, de ténis em cadeira de rodas e de padel, três das modalidades que tutelamos, juntamente com ténis de praia, que
teve também “prize money”. No caso do Nacional Absoluto, dis-tribuímos 20 mil euros, 12 mil em
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FERNANDO FERREIRA
«A Semana do Ténis & Padel foi um
acontecimento inovador em Portugal, só possível
com os nossos parceiros de negócio, que ficaram contentes com o que se passou,
com os resultados promocionais das marcas»
CT Estoril recebeu a Semana do Ténis & Padel em setembro, uma iniciativa que congregou “parceiros de negócio”
da Federação Portuguesa de Ténis
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masculinos e oito mil em femininos. Desde 2008 que o campeonato nacio-nal mais importante não tinha “prize
money”. O Campeonato Nacional de Ténis de Praia decorreu na Figueira da Foz, naquele magnífico areal e, inclusiva-mente, tivemos oportunidade de fazer uma exibição na Semana do Ténis & Padel, não em areia, mas em relva sintética, para juntar todos os cam-peões naquela semana magnífica e
espetacular no Estoril. No nacional de padel, o “prize money” foi de seis mil euros, enquan-to no de ténis em cadeira de rodas
distribuímos mil euros. Além disso, a Semana do Ténis & Padel foi um grande acontecimento no ténis português. Acho que toda a gente ficou satisfeita com a Semana do Ténis & Padel, só possível com os nossos parceiros de negócio, que ficaram contentes com o que se pas-sou, com os resultados promocionais
das marcas. – A maior conquista em 2014 seria a Federação Portuguesa de Ténis ter a tão ambicionada gestão e exploração do complexo de ténis do Jamor? – Não seria só bom para a Federa-ção Portuguesa de Ténis, diria que seria muito bom para o ténis nacional. Acho que seria importante a Federa-ção conseguir a gestão e exploração da parte do ténis do Estádio Nacional,
onde queríamos acrescentar o padel. Estamos a dialogar nesse sentido. Era muito importante para a Federa-
... D.R.
cão Portuguesa de Ténis dinamizar o espaço do ténis no Jamor e não só. Até era muito importante para o desenvolvimento das modalidades que tutelamos. E, não tenho dúvidas, seria igualmente deveras importante para a sustentabilidade económica
ca-financeira da Federação Portugue-
sa de Ténis. – Mais receitas alternativas? – Exatamente. Queríamos conse-guir outras receitas alternativas com a exploração do espaço. Uma coisa é ter um complexo para explorar, fazer provas e uma série de outros eventos, para se poder tirar receitas; outra é
não ter espaço para explorar. – A gestão e exploração do com-plexo de ténis do Jamor permitiria reduzir o passivo da Federação Portuguesa de Ténis? – É muito mais fácil quando se tem um local próprio e poder fazer a ges-
tão.
«Estamos a trabalhar para que, no futuro, consigamos reduzir
mais fortemente o passivo,
que ultrapassa um pouco
os 600 mil euros»
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– É plenamente assumido o obje-tivo de promoção de Portugal ao Grupo Mundial da Taça Davis e da Fed Cup? – Na Fed Cup, o nosso objetivo é subir ao Grupo Mundial, que tem duas divisões. Se conseguíssemos subir,
entraríamos diretos na 2.ª Divisão do Grupo Mundial, o que nunca aconte-
ceu. Em fevereiro, vamos jogar na Hun-gria, em Budapeste, o torneio do Gru-po I. Ainda não foi o sorteio, vamos ver quem nos calha. O sorteio é muito
importante. Acho que a seleção portuguesa na Fed Cup tem valor. Temos duas joga-doras à porta do “top” 100 – Michelle Larcher de Brito e Maria João Koeh-ler. São jogadoras de qualidade, que acho que têm todo o potencial para entrarem no “top” 100 no próximo ano. Michelle já lá esteve. E acho que, eventualmente uma delas ou mesmo as duas, podem chegar mes-mo ao “top” 50. Estou bastante espe-
rançado nisso. Na Taça Davis, a seleção de Nuno Marques joga na Eslovénia, em finais de janeiro. É uma eliminatória bastan-te difícil. A Eslovénia tem um “top” 100 [Aljaz Bedeno, 95.º] e outro que está em 104.º [Blaz Kavcic], além de um jogador em 121. º [Grega Zemljc] e outro em 184.º [Blaz Rola]. São quatro jogadores do “top” 200 e, em termos de “ranking” médio, a Eslové-nia andará muito perto da nossa sele-ção, apesar de temos um “top” 50. Mas tem a vantagem de jogar a casa, de escolher o piso e de ter o apoio do público, que, na Taça Davis, é deve-
ras importante. Estou, no entanto, muito esperança-do também que consigamos vencer
na Eslovénia.
A nossa expectativa é que, se isso viesse a acontecer, o passivo pudes-se ser reduzido em metade ou pouco menos no final dos próximos três
anos. – No final deste primeiro ano de mandato da direção presidida por si, procedeu-se a uma rees-truturação na parte técnica da Federação Portuguesa de Ténis. Que objetivos presidiram à mudan-ça? – Com uma reestruturação técnica total, o nosso objetivo é, claramente, criar uma coesão e uma união mais fortes entre as várias pessoas que colaboram na área técnica da Federa-ção Portuguesa de Ténis, sendo que André Lopes é o coordenador técnico nacional, em quem esta direção depo-
sita total confiança. É claro que o trabalho começou agora e os resultados não são imedia-tos, mas estamos esperançados de que venha a dar resultados em breve, em todas a seleções e mesmo no alto
rendimento. As seleções nacionais foram a nos-sa prioridade em 2013 e vão conti-nuar a ser em 2014, com a mesma pretensão de dignificar a representa-
ção nacional. Uma das nossas preocupações é aproximar os potenciais futuros atle-tas da Taça Davis e da Fed Cup, especialmente os que saem do esca-lão júnior e que começam a competir nos seniores, assim como criar uma interligação entre o Centro de Alto Rendimento (CAR), que terá um novo
modelo, e as seleções.
«Acho que seria importante a Federação
Portuguesa de Ténis conseguir a gestão e exploração da parte do ténis do Estádio
Nacional» ...
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... – Em 2013, a Federação Portugue-sa de Ténis teve um conjunto de iniciativas para desenvolver as modalidades que tutela, não só com a realização dos campeonatos nacionais com “prize money”, mas também ações de formação de téc-nicos, “workshops”, etc… O que se preconiza para 2014 no padel, no ténis em cadeira de rodas e no ténis de praia? – Um dos objetivos que tínhamos era dignificar os campeonatos nacio-nais, quer do ténis quer do padel, do ténis em cadeira de rodas e do ténis de praia. Conseguimos dignificar os campeonatos nacionais e, na Semana do Ténis & Padel, assim como no nacional de ténis de praia, consegui-mos ter campeonatos super competiti-vos, com índices de competitividade bastante grandes. Pela primeira vez, introduzidos “prize money” nas provas todas, num total de 28 mil euros. Não foi só o ténis que teve prémios mone-tários, mas também as outras modali-
dades. A nossa ideia é apostar fortemente no padel em 2014. Este ano, já levá-mos a seleção nacional de juvenis à Argentina, para jogar o Campeonato do Mundo, em que alcançámos, pela primeira vez num dos escalões, o quarto lugar. Foi deveras importante para a modalidade e para o desenvol-
vimento. Recentemente, levámos os nossos pares ao Mundial em Bilbau, em Espanha, onde tiveram os melhores pares do mundo. E também tivemos
resultados bastante encorajadores.
«Na Fed Cup, o nosso objetivo é subir
ao Grupo Mundial. Na Taça Davis, estou
muito esperançado que consigamos vencer
na Eslovénia»
O padel tem um cariz muito social e é uma modalidade em que esta dire-ção está a apostar fortemente no seu desenvolvimento e no crescimento. E também no aspeto da formação. Este ano, fizemos cursos para monitores e treinadores e vamos continuar no
próximo ano. No ténis de praia, queríamos ver se seria possível tirar a sazonalidade, que é uma característica da modalida-de. Em Portugal, o clima não é o ideal todo o ano para a modalidade, mas estamos a dar passos para que se realizem provas fora da época bal-
near. Por último, temos grande apreço pelo ténis em cadeira de rodas e temos vindo a apoiar no sentido do
seu desenvolvimento. Estamos tam-bém a trabalhar em regulamentação específica e queremos estar presen-tes nos Jogos Paralímpicos do Brasil,
em 2016. – 2013 foi o melhor ano do ténis português. Boas perspetivas para 2014? – Sim, acho que foi o melhor ano do ténis português. Após a vitória de Portugal na Moldávia, que nos permi-tiu regressar ao Grupo I da Taça Davis em 2014, disse que esperava que, no próximo ano, tivéssemos dois jogadores no “top” 50. Conseguimos ter um primeiro, o que é um marco histórico. João Sousa ganhou em singulares um torneio no ATP Tour e isso também foi marcante. Fez-se
história. Espero que o ano seja melhor em 2014. Espero também mais recupera-ção de alguns jogadores no “ranking”, como Rui Machado e Frederico Gil, assim como aqueles outros portugue-ses que estão a se aproximarem dos patamares do “top” 300, como Frede-rico Silva, João Domingues e Bárbara
Luz.
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Mais uma temporada do PNDT (Programa Nacional de Deteção de Talentos) concluiu-se com a Jornada Nacional, no Jamor. Dois dias de festa, com a presença dos melhores atletas do país dos 7 aos 10 anos de idade. Foram 80 crianças, o futuro da
seleção nacional de sub-12. Pedro Lobão, coordenador nacional de sub-10, referiu que a jornada nacional no Jamor “proporcionou, certamente, um fim de semana ines-quecível aos jovens atletas nacio-
O futuro no Jamor petitiva, da formação dos treinadores e das atividades de fomento, será a chave do sucesso para o aparecimen-to e desenvolvimento de mais e melhores atletas nas camadas
jovens”, observou Pedro Lobão. Este ano, à semelhança do anterior, o escalão que “mais surpreendeu os coordenadores foi o de sub-8, em
masculinos e femininos”. “Grande parte dos jogadores já tem
nais”, acrescentando que a atividade significou um forte contributo “para o
desenvolvimento da modalidade”. “É possível unir todos em volta de um objetivo comum: o de fazer mais e melhor para aumentar o nível do ténis
em Portugal”, frisou. O coordenador nacional de sub-10 declarou que “o nível médio dos atle-tas tem vindo a aumentar significati-vamente” desde o primeiro ano do
PNDT, em 2006. “Este fator, a par da estrutura com- ...
O complexo de ténis do Jamor acolheu 80
crianças na Jornada Nacional do PNDT
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gestos técnicos bastante desenvolvi-dos e uma consciência tática que não tinham em anos anteriores. Estes jovens jogadores mostraram também que estão bem familiarizados com as pontuações e os sistemas de disputa de encontros, tanto em singulares
como em pares”, notou.
601 crianças em 2013
Neste ano, o PNDT movimentou 601 crianças, número superior ao regista-do no ano passado, em que se inscre-
veram nas atividades 501. No entanto, em 2011, o número de participações quedou-se em 560, quando em 2010 o total foi de 770 e em 2009 de 734. Já em 2008 tinham participado 775 crianças (o máximo nos oito anos do PNDT) e em 2007 apenas 599. No primeiro ano, em 2006, apenas se registaram 378 parti-cipações, o número mais baixo de
sempre. Pedro Lobão explicou que a irregu-laridade das participações de ano para ano “não significa que algo de
errado esteja a acontecer”. “Nas Jornadas Nacionais, são os treinadores que enviam os seus atle-tas para serem avaliados pelos coor-denadores do PNDT. Nos primeiros anos, os coordenadores enviavam todos os atletas. Mesmo aqueles que ainda tinham muito pouca qualidade técnica eram enviados para as jorna-das para serem avaliados. Tínhamos Jornadas de Deteção com muitos atletas, mas mais fracos qualitativa-
mente”, elucidou. O responsável do PNDT sublinhou
que “os treinadores estão mais exi-gentes com o passar dos anos”, pelo que apenas apresentavam nas Jorna-das de Deteção “os seus atletas de
referência”. Pedro Lobão acentuou que “não se espera uma tendência de crescimen-to” nas participações de crianças e observou que “os números mantive-ram-se perto do seu máximo”, em 2008, com 775, até 2010, que regis-
tou 770. Ressalvou, contudo, que, em 2013, os jogadores têm “muito mais qualida-
de do que em 2008”. No Jamor, as crianças transitaram de duas fases de apuramento. A pri-meira fase teve 400 atletas das 13
associações regionais, enquanto na segunda foram apurados cerca de 150 crianças nas cinco zonas do país. Deste últimos, foram selecionados 80
para a Jornada Nacional. No Jamor, os sub-8 femininos traba-lharam com os coordenadores Joana Roda (Zona Centro — Leiria) e Nuno André Ferreira (Norte — Aveiro), enquanto os masculinos com Hélder Araújo (Norte) e João Romeia (Sul —
Algarve). Os sub-10 femininos estiveram a cargo de Gonçalo Simões (Sul —Alentejo) e Pedro Lobão. Em mascu-
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Em 2013, o número de crianças no PNDT aumentou relativamente ao ano passado
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linos, as crianças ficaram entregues a Plínio Ferrão (Sul), João Moura (Centro), Nuno André Ferreira e Paulo Santiago, selecionador nacional de
sub-12, em masculinos. Pedro Lobão referiu que foi possível apurar que “o volume de treino dos atletas convocados” para a jornada nacional “já é significativo, mas ainda está aquém do volume de treino das
academias mais conceituadas”.
... Comparando com as Med Acade-mies, nos Estados Unidos, Lobão exemplificou com os jogadores de sub-10 presentes no Jamor: treinam em média quatro treinos de ténis e mais três sessões físicas por semana em masculinos e quatro treinos físicos mais dois físicos em femininos, quan-do as academias norte-americanas realizam mais 3 horas e meia em masculinos e 5 horas e 15 minutos em femininos, além de quatro horas
semanais de encontros competitivos. Em sub-8, as diferenças situam-se
em menos três horas semanais no
caso de crianças masculinas e de 4
horas e meias em femininos. A Jornada Nacional concluiu-se com Nuno Mota, coordenador PNDT e das seleções de sub-12, sub-14, sub-16 e sub-18, a chamar ao Centra-lito, repleto de crianças, Maria João Koehler, Frederico Silva, Francisco Ramos, José Maria Moya, Felipe
Cunha e Silva e Sofia Pereira. No Jamor, estiveram também pre-sentes João Paulo Santos, vice-presidente da Federação Portuguesa de Ténis, e José Santos Costa, secre-
tário-geral.
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Para recordar mais tarde
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FOTO
S: FERNANDO CO
RREIA
Há dez anos, Jorge Dias dirigiu o últi-mo encontro como árbitro de cadeira. Foi no Olympic Stadium, em Mosco-vo, na final da Fed Cup, em que a França de Amélie Mauresmo, Mary Pierce, Émilie Loit e Stéphanie Cohen-Aloro conquistou o segundo título, após infligir 4-1 aos Estados Unidos, com Billie Jean King como “capitã” e com a veterana Martina Navratilova
na seleção norte-americana. “Foi uma final espetacular. Aliás, as jogadoras da França escreveram uma frase de dedicação dirigida a mim na folha de arbitragem, agradecendo a minha contribuição para o ténis. Como também o fez a ITF, pelo seu presidente, Francesco Ricci Bitti, no jantar de encerramento da final da Fed Cup. Foi uma despedida muito
especial”, lembrou Jorge Dias. Radicado na Bélgica, Jorge Dias é atual operário fabril, mas não abando-nou o ténis. Em Pétange, no Luxem-burgo, ensina a prática do ténis nas horas vagas, no clube onde joga tam-
bém nos campeonatos interclubes. Em setembro, no “Challenger” de Pétange, de 64 mil euros, Jorge Dias foi convidado para exercer as funções de chefe dos árbitros. Um regresso à arbitragem, apenas para desempe-nhar aquela tarefa, “com a vantagem
de ter a experiência”. “Como toda a organização do tor-neio, fui voluntário. O meu papel foi ser o chefe dos árbitros, cargo esse
que
A última vez
foi aceite pela ATP, apesar de eu não fazer parte da arbitragem internacio-
nal”, sublinhou. Aceitou o convite por considerar que é “essencial transmitir a experiên-cia” que adquiriu ao longo dos anos no circuito mundial como árbitro de
cadeira. “Aliás, essa sempre foi a minha von-tade de passar os meus conhecimen-tos aos outros, como sempre fiz aos árbitros portugueses mais novos, Car-los Ramos, Carlos Sanches, Mariana Alves, Rogério Santos e outros mais. Acho mesmo que poderia ser mais aproveitado na arbitragem mundial e na portuguesa para passar essa mes-
ma experiência”, frisou.
As lembranças da carreira do pri-meiro árbitro estrangeiro a dirigir uma final de singulares de Wimbledon, em 2001, são muitas, mas Jorge Dias foi peremtório: “Regresso à cadeira?
Jamais!” “Retirei-me no topo e tive a cora-gem de fazer o que muitos árbitros de cadeira não fazem: parar na altura certa. Nunca direi que não voltarei à posição de supervisor, mas, neste momento, será muito difícil voltar à vida de saltimbanco”, referiu Jorge
Dias. Jorge Dias admitiu que ainda pode-
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JORGE DIAS (à esquerda) durante o “Challenger” de Pétange
ATP CHALLENGER TO
UR PÉTANGE
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ria arbitrar “ao mais alto nível”, mas repetiu que não quer “voltar a uma
vida de viajante”. “Não volto à cadeira, não porque não tenho capacidades para fazê-lo. Não quero para não voltar a estar sempre em viagem. E, para voltar, teria de começar tudo de novo: White Badge, depois Bronze Badge, depois Silver Badge e, por fim, Gold Badge. É rídiculo. Teria de esperar três anos para voltar a ser Gold Badge”, salien-
tou.
Mais de 69 finais
O currículo de Jorge Dias na arbitra-gem mundial integra mais de 69 finais em grandes competições, a maioria no ATP World Tour. Em 1986, arbi-trou a final da Taça Davis entre Aus-trália e Suécia, repetindo a presença em 1999, novamente com o triunfo dos australianos, desta feita sobre a França. Repetiu a presença em 2001,
para assistir ao triunfo dos franceses. Nas competições do “Grand Slam”, além da final de Wimbledon de 2001, que opôs o croata Goran Ivanisevic ao australiano Patrick Rafter. No ano anterior, Jorge Dias dirigiu a final de pares masculinos no All England Club e, meses antes, a do Open da Austrá-lia. Em Melbourne, já tinha inscrito no seu palmarés a final de duplas mas-
culinas em 1999. A final de Wimbledon, em 2001, não só teve como vencedor um jogador com “wild card” pela primeira vez em 115 edições, o croata Ivanisevic, como quebrou a tradição britânica de ser dirigida por um árbitro não inglês,
Jorge Dias.
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“Foi um sonho que se tornou reali-dade e fiquei muito satisfeito com o meu trabalho”, rememorou Jorge Dias, que recebeu uma placa das
mãos do duque de Kent. O árbitro português fez-lhe uma vénia antes de receber a lembrança e o nobre perguntou-lhe se tinha arbi-trado uma final em All England Club pela primeira vez. Jorge Dias respon-deu que era a estreia e que desejava não ser a última vez que esteve no derradeiro encontro do mítico torneio
inglês. Jorge Dias iniciou a carreira na arbi-tragem em 1981, dedicando-se a tem-po inteiro à profissão apenas uma
década depois.
Em 2003, depois da 10.ª vez que arbitrou em Wimbledon, pediu à ITF para se retirar dos grandes torneios mundiais, para desempenhar a fun-ção de juiz árbitro no circuito profis-
sional. Nesse ano, em Moscovo, Jorge Dias sentou-se pela última vez na cadeira do árbitro, na final da Fed Cup entre a França e os Estados Uni-
dos. Estabeleceu-se na Marinha Gran-de, mas o projeto de escola de ténis não resultou e acabou por aceitar um convite da Confederação Brasileira de Ténis. O contrato era aliciante, com boas condições e uma boa remunera-
ção. Em 2004, mudou-se para o Brasil, para Londrina, no Paraná, mas o des-tino trocou-lhe as voltas à vida. Um mês volvido a exercer funções, a Confederação Brasileira de Ténis alterou unilateralmente as condi-ções contratuais e a vida do riba-tejano mudou de um modo muito
drástico. Agora, reside em Aubange, uma pequena localidade no sul da Bél-gica, muito próxima das fronteiras com o Luxemburgo e a França. Todos os dias úteis, Jorge Dias deixa a casa aos primeiros alvores, para retomar o trabalho numa fábrica de alumínios, em Khelen, no Luxembur-
go. Ainda no Luxemburgo, em Pétan-ge, após o horário laboral, que ter-mina às 16 horas, Jorge Dias dá aulas de ténis no Tennis Club Pétange. É a sua única ligação a uma modalidade a que esteve ligado
pelo profissionalismo.
JORGE DIAS na final de singula-res de Wimbledon, em 2001
Felipe Cunha e Silva (CETO) elege o ténis
como melhor desporto do mundo. O filho de
João Cunha e Silva é o atual vice-campeão
nacional de sub-16 em singulares e em pares, juntamente com Fran-cisco Guimarães. Os
dois também foram vice-campeões em
2012. Felipe Cunha e Silva, do
Magnesium-OK Team, soma um título em
pares no circuito júnior mundial, ao lado do
espanhol Carlos Donat, em Mombassa, no
Quénia, em dezembro do ano passado. Em fevereiro de 2012, foi
vice-campeão em Tlemcen, na Argélia,
juntamente com Dan-
yal Sualehé. Mais recentemente,
Felipe Cunha e Silva e Francisco Guimarães foram vice-campeões na Rússia, na Gover-
nor Cup. Este ano, estreou-se no Portugal
Open (atingiu a segun-da ronda da fase de
qualificação) e jogou o Nacional Absoluto (eliminado por Rui
Machado nos quartos de final). Saíu do CT
Estoril como vice-campeão nacional em
pares mistos, tendo como parceira Mariana
Carreira.
O ténis é... o melhor desporto no mundo.
Jogo ténis… porque ser jogador foi a
profissão que escolhi para o meu futuro.
O que mais gosto no ténis... é o senti-mento de nos sentirmos concretizados pelo
sucesso.
O que mais detesto no ténis… é o sen-timento de frustração por termos dado o nosso máximo e isso não ter sido o sufi-
ciente para o sucesso.
Para mim, treinar é... melhorar as nos-sas capacidades técnicas, físicas e men-tais, para um melhor desempenho na
minha carreira profissional.
O sucesso significa… ser recompensa-
do pelo trabalho feito anteriormente.
No ténis, quero atingir... o “Grand
Slam”.
Depois de vencer um encontro… vou falar com o meu treinador, para ver os aspetos que tenho de melhorar, para me conseguir preparar melhor para o próximo
desafio.
Até ao momento, a minha maior ale-
«Ténis é o melhor desporto»
gria no ténis foi… ter tido a oportunidade
de jogar o Portugal Open. E a maior tristeza no ténis... foi não ter conseguido ser campeão nacional de sub-
16, em 2013.
Se eu mandasse no ténis... tentaria expandir mais o desporto, de forma a ser visto com outros olhos pelo público em
geral.
Em Portugal, o ténis precisa de…
apoios escolares e financeiros.
Um ou uma tenista português no
"top" 10 seria... o Pedro Sousa.
Um bom treinador é... duro, que nos
leve ao limite.
O meu ídolo no ténis é atualmente...
Roger Federer.
O meu torneio preferido é… Roland
Garros.
A minha superfície preferida é… terra
batida.
No meu saco, não dispenso… as raquetas e “grips” Wilson, as minhas cor-
das Solinco e o Magnesium-OK.
FERNANDO CO
RREIA 16 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS
Felipe Cunha e Silva
16 anos
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O outro lado do espelho
CARLOS FIGUEIREDO Jornalista
«TIE-BREAK»
«Já por essa altura, John McEnroe — que reencontrei no Vale do Lobo
Grand Champions, no Algarve — tinha
má fama»
Nas minhas viagens pelo mundo, para realizar a cobertura de even-tos de ténis, recupero a passagem por Dusseldorf, na Alemanha, para lembrar o norte-americano John McEnroe. Fui enviado pelo “Jornal do Ténis” ao World Team Cup, dis-putado na terra batida de Dussel-dorf. Era um torneio muito anima-do, com um ambiente fantástico e uma assistência sempre ávida de bom ténis. E a verdade é que assisti a encontros verdadeiramen-te espetaculares. Os Estados Unidos foram uma das equipas participantes na com-petição nesse ano de meados da década de 80 (não posso dizer ao certo o ano), apresentando nas suas fileiras o incontornável John McEnroe e Peter Fleming, seu par-ceiro de pares em muitas aventu-ras. Já por essa altura, John McEnroe — que reencontrei no Vale do Lobo Grand Champions, no Algarve, anos mais tarde — tinha má fama. A Dunlop, que fornecia as raquetas para o norte-americano e para a alemã Steffi Graf, promoveu, na manhã de um dia qualquer dia, uma exibição. De um lado da rede, McEnroe e do outro Graf. Recordo, com nitidez, o frio, capaz de fazer gelar os ossos, que
se fez sentir nessa manhã em Dus-seldorf. Numa exibição, o resultado será o que menos interessa, mas recordo que John McEnroe superiorizou-se a Graf. Mas o mais surpreendente é que o norte-americano espalhou sim-patia pelo “court”. Parecia um cordei-ro. No final do engraçado encontro entre os dois tenistas, abordei Steffi Graf para saber se tinha sido um encontro complicado, não dei-xando de dar uma “alfinetada” sobre o temperamento de John McEnroe, que, lembro, apesar de vociferar contra árbitros e juízes de linha, partir raqueta e as arremessar para longe, apenas foi expulso num encontro, em 1990, nos oitavos de final do Open da Austrália. Plena de simpatia, Steffi Graf esbo-çou um ligeiro sorriso e surpreendeu-me: — Nunca pensei que ia jogar com um homem assim. Ele adivinhava para onde eu ia e fez o queria com o seu jogo muito preciso. Não achei que é o homem irascível que dizem que é. Afinal, descobri um adversá-rio muito correto e simpatiquíssimo, que ganhou-me como quis. Fiquei muito impressionada com o jogo dele e com o comportamento cor-tês dele!
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TÉNIS 17
Associações Regionais
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AVEIRO CASTELO BRANCO COIMBRA
LEIRIA LISBOA MADEIRA PORTO
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