Por: Orientador:Gustavo Duarte Luiz Carlos GondimLucas RodriguesOdair Ezequiel Renato BezerraThiago Santana
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Até que ponto o conhecimento de si mesmo pode contribuir para um maior desempenho no ministério pastoral adventista?
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Refletir sobre os benefícios da busca de si mesmo dentro do ministério pastoral adventista.
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• Estudar a necessidade do homem de conhecer-se de modo a lidar eficazmente com suas dificuldades.
• Avaliar a perspectiva das ações fundadas a partir da busca de si mesmo.
• Estudar a problemática da busca de si mesmo no ministério adventista exaradas nos documentos e autores da IASD.
• Realizar a pesquisa de campo sobre a temática junto a pastores adventistas em nossa região.
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O ministério adventista tem sido cada dia mais exigente tanto para os neófitos como para os pastores veteranos. Muitos se sentem perdidos diante de tantas demandas que envolvem seu ministério. Portanto achamos relevante que uma reflexão sobre si mesmo no sentido de compreender suas potencialidades, fragilidades e seus desafios seja de grande contribuição para a produção teórica no campo da Teologia pastoral.
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A A pesquisa é qualitativa e foi realizada através de estudos bibliográfico e de Campo desenvolvidos em Cachoeira- Bahia.
Foram selecionados, para entrevista semiestruturada, doze casais adventistas com as seguintes características: Faixa
etária de vinte a quarenta e quatro anos de idade; Vinte anos, o tempo máximo de casados; Residem juntos num lar só deles;
são heterossexuais; no mínimo um dos cônjuges tem graduação superior completa ou incompleta; Têm um filho ou
mais na faixa de recém-nascidos a seis anos de idade.
Esse perfil viabilizou uma observação mais apurada dos papéis, das relações e da necessidade de apoio mútuo nessa fase da
relação conjugal.
A entrevista foi gravada em pen drive e estruturada com um roteiro previamente estabelecido, proporcionando aos
entrevistados, as informações necessárias.Total de 72h de entrevistas, seguidas da transcrição dos
conteúdos.
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1 A CRISE DE IDENTIDADE NO MINISTÉRIO PASTORAL ADVENTISTA
1.1 Equilíbrio emocional do Pastor1.2 Quem sou eu? A questão da identidade pastoral1.3 Os sofrimentos do pastor
2A PERSPECTIVA DAS AÇÕES FUNDADAS A PARTIR DA BUSCA DE SI MESMO
2.1 O reflexo das ações na vida ministerial2.2 Consequências da falta de reflexão de suas ações2.3 A interferência das emoções nas escolhas pessoais
2OS EFEITOS POSITIVOS DA BUSCA DE SI MESMO NO MINISTÉRIO ADVENTISTA EM ABORDAGENS DE AUTORES DA IASD
3.1 A necessidade de conhecer a si e sua influência na salvação de outros3.2 As descobertas da auto reflexão e seu uso3.3 O conhecimento de si abre caminhos
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Para compreender melhor a temática: “ O Conhecimento de Si no ministério pastoral Adventista”, o estudo fundamentou-se nas
ideias dos teóricos abaixo:
LOPES (2010)
BARRIENTOS (1998)
MAY (1953)
DEUS (2008)
WHITE (2007)
DENTRE OUTROS
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LOPES (2010)
“ Há pastores doentes emocionalmente no seu exercício pastoral, deveriam estar sendo pastoreados, mas estão
pastoreando.”
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BARRIENTOS (1998)
“Por vezes na vida do pastor ele encontra-se sozinho. Em contra partida,
muitos pastores vivem rodeados de pessoas, mas tem um sentimento de
solidão “
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Afirma num estudo sobre a depressão ocorrida entre pastores que dentre alguns
dos pacientes cristãos portadores de depressão atendidos na referida pesquisa,
13 deles eram ministros, representando 26% dos pacientes atendidos.
DEUS (2008)
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RICA May (1953)
“Existem quatro estágios de consciência, onde a terceira etapa é a da consciência ordinária do ego, onde o indivíduo é capaz de aprender com
os próprios erros para viver de um modo responsável.”
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WHITE (2007)
“O conhecimento de si mesmo contribuirá para a salvação de muitos e
evitará que caiam em graves tentações, e evitará derrotas
desnecessárias, substituindo-as por vitórias.”
FUN
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WHITE (2007)
“Os homens que cultuam uma ou duas faculdades, e não exercitam todas igualmente, não podem
realizar a metade do bem que Deus designa que façam no mundo. São homens unilaterais; apenas metade da capacidade que Deus lhes deu é posta em uso, ao passo que a outra fica enferrujando na
atividade.”
SEÇÃ
O 1
1A CRISE DE IDENTIDADE NO MINISTÉRIO PASTORAL ADVENTISTA
1.1 EQUÍLIBRIO EMOCIONAL DO PASTOR
LOPES (2010) - Há pastores doentes emocionalmente no seu exercício pastoral, deveriam estar sendo pastoreados, mas estão pastoreando.
1.2 Quem sou eu? A questão da identidade pastoral Fisher (1999) - Como ministros do evangelho, a nossa identidade é
muito mais profunda do que os modelos profissionais ou a adaptação cultural. Certamente, é mais que recuperar um pouco de nosso respeito perdido no contexto da cultura ou da igreja. Nossa identidade, nosso senso de vocação, e nossa missão, devem estar fundamentadas nas escrituras e cheias de integridade teológicas.
1.3 Os sofrimentos do pastor
BARRIENTOS (1998) - Por vezes na vida do pastor ele encontra-se sozinho. Em contra partida, muitos pastores vivem rodeados de pessoas, mas tem um sentimento de solidão .
SEÇÃ
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2 A PERSPECTIVA DAS AÇÕES FUNDADAS A PARTIR DA BUSCA DE SI MESMO
2.1 O reflexo das ações na vida ministerial May(1953) - Existem quatro estágios de consciência, onde a terceira etapa é a da consciência ordinária do ego, onde o indivíduo é capaz de aprender com os próprios erros para viver de um modo responsável.
2.2 Consequências da falta de reflexão de suas açõesDeus (2008) - As causas da depressão na atividade pastoral, foram:
falta de compreensão dos lideres das Igrejas, problemas de relacionamento com as igrejas, problemas de instabilidade financeira, dificuldade de relacionamento conjugal, onde o principal motivo é a insatisfação das esposas em não terem a atenção devida do ministro.(DEUS, 2008).
2.3 A interferência das emoções nas escolhas pessoaisLopes (2010) - O pastor é um homem que precisa de domínio próprio.
Há momento em que há uma reação intempestiva põe tudo a perder. A precipitação no falar pode suscitar contendas e conflitos enormes. A maneira errada de falar pode desencadear verdadeiras guerras dentro da igreja. A truculência no agir pode abrir feridas incuráveis nos relacionamentos.
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3 OS EFEITOS POSITIVOS DA BUSCA DE SI MESMO NO MINISTÉRIO ADVENTISTA EM ABORDAGENS DE AUTORES DA IASD
3.1 A necessidade de conhecer a si mesmo e suas influências na salvação de outros PAGANI (2010) - O ministério é reconhecido como um trabalho estressante. A natureza intrapessoal do ministério não apenas proporciona oportunidade para alegre intercâmbio com outros, mas também ocasiões de lutas e tristeza.
3.2 As descobertas da auto reflexão e seu usoWHITE (2006) - Que ninguém se engrandeça, falando de si mesmo,
enchendo-se de vanglorias pelas suas capacidades, ostentando seu conhecimento e cultivando a vaidade. 3.3 O conhecimento de si abre caminhos
White (2007) - Afirma que: “Grande conhecimento é conhecer a si mesmo. O verdadeiro conhecimento de si próprio induz a uma humildade que abrirá o caminho para que o Senhor desenvolva o espírito, molde e discipline o caráter”.
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Essa é a sessão mais importante!4.1 O pastor e suas emoções
Fisher (1999) se surpreende ao notar que muitas críticas machucam os pastores, mesmo quando são construtivas, justamente porque a pressão para ser perfeito em cada ponto da vida é crucial para os membros.
O pastor tem que ser maduro o suficiente para saber que nunca vai agradar a todos. A igreja é exigente. Esta exigência pode causar sérios sentimentos negativos, em contrapartida
esta questão de sucesso ou fracasso é decisiva para o crescimento em seu ministério pastoral.
(Matias, pastor Adventista do Sétimo Dia).
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4.1 O pastor e suas emoções
Lutzer (2000): É possível fracassar aos olhos humanos e ter sucesso aos olhos de Deus, entretanto, o inverso também é possível, podemos ter sucesso aos olhos dos homens e ter fracassado aos olhos de Deus. As exigências do ministério são superabundantes.
Você tem que encontrar um equilíbrio, pois exigências sempre irão acontecer. Você tem que ter a certeza perante Deus, não perante homens
(campo, igreja). O máximo que você der nunca será o suficiente para os homens. Assim você terá uma consciência limpa perante Deus.
(Tiago, pastor Adventista do Sétimo Dia).
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4.2 A influência das ações na vida pastoral
Conforme o pesquisador Neto (1997) há um grande número de ministros com problemas mentais decorrentes a fatores de sua vida ministerial.
O esforço exagerado em atender a igreja, e a dedicação descontrolada, pode afetar o ministro, não só fisicamente, mas espiritualmente e mentalmente. Eu
apareci com uma queda de cabelo estranha, meu cabelo ficou parecendo que eu tinha raspado. Eu pensei que era alguma coisa afetando o couro cabeludo, mas o
médico perguntou se eu trabalhava com pessoas, eu respondi que sim, e ele mandou tirar férias. Eu estava tendo um principio de estresse decorrente do
exercício ministerial.
(Matias, pastor Adventista do Sétimo Dia).
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4.2 A influência das ações na vida pastoral
Lopes (2010) identificou que muitos pastores têm caído em tentação sexual, muitos ministros não dão à atenção devida a sua família, e em muitos casos dedicam mais tempo à obra do que a sua própria esposa.
O pastor precisa saber conciliar, e ter um equilíbrio emocional, uma boa vivência conjugal, para não afetar seu relacionamento matrimonial.
Naturalmente ele tem que colocar sua vida em prioridade, pois sabemos que a Bíblia e o espírito de profecia nos diz que a prioridade é a família. Se não houver esse equilíbrio a família sofre, a igreja sofre, e o próprio
pastor vai sofrer.
(João, pastor Adventista do Sétimo Dia).
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4.3 O conhecimento é conhecer-se a si mesmo
É necessário conhecer os próprios limites e desenvolver um meio de lidar com a igreja. (PAGANI, 2010)
Trabalhar de mais além do limite, ou trabalhar de menos. Se trabalhar demais você perde o tempo com a família, se trabalhar de menos você fica de mais com a família e não tem produção, e não tendo produção
fica dentro de casa o tempo todo, você entra em conflito com a família. Então trabalhar pouco é um problema, trabalhar demais também, tem
que ser equilibrado, trabalhar bastante, mas equilibrado, trabalhar inteligentemente, utilizando as situações para fazer sua igreja crescer.
(Mateus, Pastor Adventista do Sétimo Dia).
CON
SIDE
RAÇÕ
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S•Muitos pastores não conhecem a si mesmo e nem desenvolvem o hábito da auto reflexão.
•O conhecimento de si no ministério pastoral adventista faz toda a diferença na atuação familiar e ministerial.
• Conhecer a si mesmo traz saúde física e mental.
• A pesquisa de campo com pastores adventistas apontou diversos problemas emocionais e espirituais.
•A Igreja Adventista do Sétimo Dia necessita de um programa de apoio psicológico para acompanhar os ministros.
Em memória de Leo Carvalho, que teve sua colaboração em o nosso Artigo