O encontro com Jesus
A palavra Missa refere-se ao
mandamento do Senhor «fazei isto em
memória de Mim» (Lc 22,19-20).
Por isso, reunimo-nos
obedecendo ao mandamento do
Senhor.
O sacerdote preside «em pessoa de
Cristo», mas é
todo o povo que exerce a sua função
sacerdotal. Esta inicia-se com um cântico que acompanha a procissão de entrada do sacerdote e dos
acólitos. No diálogo que se segue entre o sacerdote
e a comunidade, Jesus, pela boca do sacerdote, convida à união com Ele.
É um momento de silêncio, de preparação e reconhecimento
da salvação de Deus.
Kyrie (Senhor tende piedade de
nós):É uma invocação
a Cristo Senhor e Salvador.Glória: Hino de louvor à Santíssima trindade
recorda-nos o canto dos anjos em Belém.
A liturgia da Palavra vai desde a primeira leitura até à
oração Universal. Ela está organizada num primeiro
tempo de escuta (leituras e homilia) e um segundo
tempo de resposta (profissão de fé e oração Universal) mas ao longo da primeira
parte, a escuta é sem cessar relançada pela meditação (silêncio) e a resposta do povo (Salmo, Aclamações, pontuando cada leitura).
Isto é: Deus fala, cada um recebe a
Palavra no seu coração e responde.
A liturgia da Palavra é a primeira mesa da
celebração.A seguir, virá a segunda, a mesa do pão. As duas,
juntas e equilibradas, constituem o encontro
dominical Cristão.
Primeira Leitura: Retirada do Antigo
Testamento conta-nos o que Deus fez e disse, antes da
vinda de Jesus.
Segunda Leitura:É sempre retirada do Novo
Testamento, que descreve um novo acordo
entre Deus e os homens, mediado através de Cristo com base na Nova Aliança.
Evangelho:A leitura do texto
evangélico é a mais importante.
Escuta-se de pé em sinal de respeito.
Homilia: Faz parte da celebração da
palavra.O sacerdote explica
e aprofunda o sentido da mesma.Actualiza a Palavra de Deus
para o contexto dos nossos dias.
O credo exprime a nossa adesão à Palavra de Deus
escutada nas leituras e homilia.
Aí se recordam as grandes verdades da fé Cristã.
(oração dos fiéis):Com esta oração conclui-se a celebração da Palavra.Um leitor lê as intenções normalmente pela seguinte ordem:
1. Pelas necessidades da Igreja;2. Pelas autoridades civis e pela salvação do mundo;3. Por aqueles que sofrem dificuldades;4. Pela comunidade local.
A Liturgia Eucarística começa com o ofertório
e tem como momento central a “consagração” em que o pão e o vinho se transformam na Presença sacramental do Senhor. Presença em
Corpo, Sangue, Alma e Divindade, tal como foi definido no Concílio de
Trento.
A procissão é símbolo do povo de Deus que caminha para
Deus.
Junto com o pão e o vinho, podemos
apresentar outras coisas, mas tudo significa a
oferta da nossa vida a Deus.
O pão e o vinho, são os elementos mais importantes porque, pelo poder do
Espírito Santo, mudam-se no Corpo e Sangue do Senhor.
Esta transformação
chama-se “TRANSUBSTANCIAÇÃ
O”
Neste momento costuma-se fazer uma colecta de
dinheiro … A colecta é também fruto do nosso
trabalho e, como tal, é oferecida a Deus.
Deus não precisa de esmola, pois Ele é o Criador e o Senhor da vida,
mas os pobres e a própria Igreja precisam. As nossas ofertas
não deveria ser uma esmola, mas a nossa contribuição generosa para manutenção
da casa de Deus e para ajudar os necessitados.
O sacerdote oferece o pão a Deus, depois coloca a hóstia
sobre o corporal e prepara o vinho para
oferecê-lo do mesmo modo.
Ele põe algumas gotas de água no vinho, símbolo da
união com Jesus Cristo, dizendo a voz baixa: «Pelo mistério desta água e deste
vinho, sejamos participantes da
divindade de Cristo, que se dignou
assumir a nossa humanidade».
Jesus, com a encarnação, uniu na sua pessoa, a
natureza humana com a natureza divina. Ele é Deus-Homem. E assim como a água
colocada no cálice torna-se uma só coisa com o vinho, também
nós, na Missa, nos unimos a Cristo para
formar um só corpo com Ele.
O celebrante lava as mãos: é uma purificação
simbólica, espiritual,
em vista do Mistério que se vai
realizar.
Prefácio é o hino de “abertura” da
Oração Eucarística e começa com
o convite do sacerdote:
“O Senhor esteja convosco”.
O Prefácio varia segundo o tempo litúrgico e louva e agradece a Deus pela criação e pela
salvação realizada em Jesus Cristo.
O Prefácio termina com a aclamação
“Santo, Santo, Santo” ... Uma
expressão tirada do livro do profeta Isaías (6,3): Deus é três vezes
santo, significa o máximo de
santidade: Santíssimo
Nós somos pecadores, mas Deus é Santo,
Deus é AMOR e chama-nos a sermos
santos como Ele, por isso nos convida ao Seu banquete, e nos alimenta com a Sua Palavra e com o Pão da Vida …
Este é o momento mais importante da celebração. Pelas mãos e oração do Sacerdote o pão e o vinho se transformam em
Corpo e Sangue de Jesus.
O celebrante e os outros sacerdotes estendem as mãos sobre o pão e o vinho e pedem ao Pai
que os santifique enviando sobre eles o Espírito Santo.
É o memorial da Última Ceia
que Jesus mandou celebrar:
“TOMAI TODOS E COMEI”O celebrante
faz uma genuflexão para adorar
Jesus presente sobre o altar.Em seguida toma o cálice com vinho:
"TOMAI TODOS E BEBEI ... FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM!"
É o Mistério da fé: não podemos vê-lo com os olhos do corpo, mas o reconhecemos
com os olhos do coração e da alma.
O sacerdote na consagração cumpre o que Jesus mandou celebrar.
Pelo poder do Espírito Santo, renova-se no altar
o Mistério da Encarnação … Jesus está presente
no Sacramento do Pão e do Vinho.
A consagração é um momento
sublime, de profundo silêncio e recolhimento,
de adoração de Jesus, Nosso Senhor e Salvador,
que mais uma vez ofereceu a sua Vida por
nós.
Formamos o Corpo de Cristo, se participamos nos Seus sofrimentos participaremos também na Sua Glória. Se
morremos com Ele, com Ele ressuscitaremos.
Neste momento o sacerdote oferece ao Pai,
junto com Jesus a nossa vida.
O Sacerdote apresenta
a toda a assembleia o Pão e o Vinho consagrados,
é o Cristo Vivo, Deus e Homem
verdadeiro. É o mistério da nossa fé. Mas nem todos
acreditam com a mesma intensidade.
Há quem fique indiferente!
A pouca fé é uma barreira à acção
salvadora de Cristo, presente neste
sacramento. A fé é uma atitude
humilde que nos leva a recebê-Lo dignamente,
em estado de graça. O pecado torna ineficaz a acção de Deus em nossa vida.
Acabou de se renovar o Sacrifício da Cruz, por isso, o sacerdote ora pela Igreja que está espalhada por toda a terra e pelas
defuntos. Trata-se da comunhão dos santos … oramos uns pelos outros, sendo que juntos formamos a grande Família de
Deus.
O sacerdote diante da presença
sacramental do Senhor
ora pelo Papa e pelo bispo Diocesano,
são os nossos pastores,
pela Igreja inteira e depois pelos
defuntos.
Chegamos ao momento
culminante da Oração Eucarística.
… a Vós, Deus Pai todo-poderoso, na
unidade do Espírito Santo … O sacerdote oferece ao Pai todas as orações do povo de Deus, unidas com
a presença sacramental de
Jesus.
Todos respondem AMEM.
Este “Amem” é soleníssimo é o “Amen” mais
importante de toda a celebração que exprime o nosso “sim” pessoal a
Deus.
O Pai Nosso é a oração de Jesus. Ele orava com essas palavras que depois
ensinou aos Seus discípulos.
Rezando o Pai-Nosso pedimos ao Pai a
graçade vivermos como Jesus, em intimidade filial com Ele, que é um Pai bondoso. Com estes
sentimentos de profunda confiança, nos preparamos
para receber a Comunhão.
A oração do Pai Nosso resume todos
os ensinamentos de Jesus …
lembra-nos que não podemos comungar o
Corpo do Senhor se não estamos
unidos, em “comunhão”, com os irmãos, pois juntos formamos o Corpo
Místico de Cristo. O Pai Nosso é rezado de pé,
com as mãos erguidas, na posição de orante.
A paz é um dom de Deus. É o maior bem que há sobre a terra.
Vale mais que todas as receitas, todos os remédios e todo o
dinheiro do mundo.
A paz foi o dom mais precioso que Jesus deixou
à Sua Igreja como presente da sua Ressurreição.
Assim como só Deus pode dar a verdadeira paz, também só quem
está em comunhão com Deus é que a pode comunicar a
seus irmãos.
Jesus é o “Cordeiro de Deus” que tira os pecados do mundo.
Os fiéis sentem-se indignos de receber o Corpo do Senhor e pedem perdão
mais uma vez.
No entanto, o celebrante parte a
hóstia grande e coloca um pedacinho
da mesma dentro do cálice, que representa a união do Corpo e do Sangue do Senhor
num mesmo Sacrifício e mesma comunhão.
É um gesto simples e humilde que
representa a Ressurreição do Senhor.
A Eucaristia é Jesus. É alimento de Vida
Eterna, vamos recebê-lo, com humildade e
gratidão.
Recorramos ao Sacramento da
Reconciliação, quando necessário … para sermos sempre e verdadeiramente
preparados , a participar deste Banquete Celeste.
Comungar Jesus, recebé-Lo com amor …
É um momento sagrado: Jesus fala directamente com cada um de nós,
nos ilumina e dá forças para vivermos
o mandamento do Amor, de maneira que a sua
imagem transpareça em nós, onde quer que
estejamos.
Depois da comunhão há um momento de
silêncio, afim de interiorizar mais, a Palavra de Deus
e agradecer a Jesus pela Sua Presença
dentro de nós.
O sacerdote rompe o silencio com a oração final, com a qual implora
a Santíssima Trindade para que cresçamos em
santidade e testemunhemos o Amor de Deus
em nossas vidas.
É neste momento que são colocados os avisos: o sacerdote,
ou outros irmãos, informam a
comunidade …
Os avisos são importantes, é necessário dar a devida atenção e participar activamente nos acontecimentos marcantes da comunidade
paroquial e diocesana.
A saudação do sacerdote: «O Senhor esteja
convosco» e a resposta do povo «Ele está no meio de nós» resume a
fé da Igreja. É a presença constante
do Ressuscitado, que pelo Espírito Santo,
nos conduz pelos caminhos deste mundo
até a Pátria Celeste.
Estamos fortalecidos e prontos para vivenciar a
salvação . Olhando o mundo de nova
maneira, acolhendo a todos como irmãos, por amor de Cristo,
fazendo o bem a todos, principalmente os pobres, os excluídos, os doentes, os presos …
Testemunhando a nossa fé a todos aqueles que não
conhecem Jesus … Sem a nossa
Missão, a Santa Missa não alcança o seu
verdadeiro sentido. até chegarmos à
plenitude da Vida, junto à Santíssima
Trindade